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Acórdão
e
939Ementa
ADI
160
ášzy//zziâwâ %Zíâzzzz/ fifgém/
SERVIÇO DE JURISPRUDÊNCIA
D.J. 18.03.94
EMENTARIO NQ 1 7 3 7 - 02
ADI 939-? nz
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Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam
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OCTAVIO GALLOTTI - PRESIDENTE
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SYDNEY SANCHES - RELATOR
(10)
Relatório
wtf/mm' Êj/I'Iázøm/ :Q/"rfzé'm/
163
TRIBUNAL PLENO
01737020
00180000
09392000
00000280
ÀDI 939-7/DF
[w
ADI 939-7/DF
I
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'Ôoi
Tratando-se, como Em: trata, (k: coníedãršgggfíindioal e
estando atendido o disposto rn) art. 103, inciso IX, da
Constituição (nn vigor, ¡anunnu vicio :1 respeito pode ser
apontado.
e. Quanto ao exame dos requisitos formais da
petição inicial, cabe apenas a observação de que a
requerente somente pediu ao final que fosse "declarada a
inconstitucionalidade da lei que institui o Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira~IPHF", nada
dizendo explicitamente sobre :1 Emenda Constitucional nq
3, (ka l?.3.1993. Ora, rm: esta run) foi impugnada, esse
Colendo Tribunal não pode, em princípio, declarar a sua
inconstitucionalidade, por extrapolação dos limites
explícitos do poder de revisão. E isto constitui o
pressuposto logico necessario para que se possa exercer o
controle ck: constitucionalidade Ena relação à) Lei
Complementar nu 7?/93. Daí decorre que o pedido da
requerente, tal como íormulado, é juridicamente
impossível, sendo inepta a sua petição inicial. Ou, na
melhor (kn: hipóteses, estariin previa :z necessariamente
configurada a improcedência da ação-
lu. Qualquer (sua seja ai solução cam: esse
Colendo Tribunal venha a: adotar, até porque já rejeitou
preliminar de inépcia suscitada pelo Exmo. Sr. Min.
Carlos Velloso, cumpre neste parecer que se adentro no
exame do mérito 11a acão, procedendo-se como se nenhum
impedimento houvesse para tanto.
.I'JIJJ'JT
cz'y'í/Vzw? ÍJ/rf-flzrfiífi/ y:r¿r/fff¿/I 166
ADI 939-?/DF
A
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plausível E1 respeito snnmnnxa pode1teífñ;;;;?objeto, in
casu, (J disposto rm: § 4" «ha art. tn) desta última, que
estabelece os limites explícitos ou expressos do poder de
revisão, ou se se preferir as cláusulas pétreas ou
garantias de eternidade. A referida norma tem o seguinte
teor:
"AFE.GU..........................................
'ÇIÍIQIÇCIIIII'llllliflg'-.II'I'III-IGQIIIIII-iiilllpfl
IC!
ADI 939r7/DF
f _/
mw
quatro incisos i ? Como atingir o pontof/fi/ƒfl?
de equilibrio no
qual :i.Constituioão nem fique tao engessada, ao ponto
de servir de argumento para rupturas tão do agrado dos
raqicais, nem fique ãi merce tm: maioria ocasionais ou
sujeita a pseudo-razões fundadas na suposta gravidade de
proclama-'is meramente circunstanciais, que muitas vezes
estimuiam e Enxnnxnnu pruridos In: sentido de mudanças
injustificaveis e irretletidas, que nem dao oportunidade
as normas constitucionais modificadas de serem postas
a
prova ? Eis a questão fundamental.
21. In casu, a Emenda Constitucional n" 3/93,
ao tratar do IPMF, não impôs alterações ao texto
permanente cn: Carta Magna (ni mesmo ck) respectivo ÀDCT.
Apenas subtraiu um imposto transitório, cuja instituição
autorizou, da regência de determinados principios e
normas que em regra limitam o poder de tributar. Para a
maioria (k: contribuintes çnnuni destaque :1 discussão em
torno do principio da anterioridade. Seria tal principio
uma garantia individual do tipo que o § 4” inciso iv,
do art. 60 da CF cobriu com o manto da imutaoilidade ?
Teria algum relevo :1 natureza excepcional e transitória
da derrogacäo do principio citado ?
22. Esta última indagação não parece que
ofereça maiores dificuldades. Até intuitivamente Se pode
chegar à conclusão de que não faz sentido admitir que um
originário considerou
princípio'ffl“3<3 PUÚEF Cüflstituintepara
de importancia transcendente, a identidade e
preservação th: SU” (HHTH Pofiäflz ainda (DHB minimamente,
ser mutilüdü Pelo poder constituinte derivado ou ue
revisão' OU: se não mutilado, artificiosamgnte
Contornadof Ênffflquüüídü (mi diminuído :nn seu âmbito de
aplicacao c eficácia.
, por
23' Tümpüuüfi ¡Huflflna ser significativa
outro lado, :1 circunstância, que muitos têm ressaltado,
de ter o ¬proprio poder' constituinte oriulnaricr aberto
exceções quanto ao princípio da anterior'Lumix-:s,çqui'inno,l no
fi 1° ak) art. 150, dispôs (nur a vedação do incrsc 111,
"b", do mesmo artigo "não se aplica aos _impostos
previstos nos arts. 153,I, II, IV e V, e 154,11", todos
da mesma Carta Magna. Ora, rfin›‹§ porque, ao delinear
determinado principio considerado transocnüüflte, o poder
constituinte originário abriu exceções, que se lui oe
considerar o poder de revisão também autorizado a fase?
lo, pmincipalmonte cnuuuk) semelhante rwancípio foi
fauna: as chamad as "cláus ulas
fiflprflfiflflmflfltc inseri do
: P
potreas".
24. Na busca da soiucño do problema em oaimí,
dos círculos Éicioeoa.
deve*se,tentar sair das armadilnas
ssão a ques tao das chamadas tvieàlaçoãã
Sem trazer a discu
ponto dg: ¡àar ¡tallqaü
implícitas", pode-se afirmar como ce unlšme; elo
rmin ado prin cipi o Pare
não e porque dete onto co eítot
intérprete que. ele deve ser 'considerado
tec1do pelo `_ Sons rpui¬v
manto aki imutab-ilidadei äè
originário com os fios vasiveis das äeggtoízroxgëñfiëà
prin cipio so r [le šoqš íbilíd núü th?
Ao contrario, c)
rh: afericao ai f o 1'_L() div
fundamental, para .fins
estiver fã) a›n;3 às
ser alterado, Em; efetivamente
definidasé pelo- reíeíi o ¡Íëíugíto,
“cláusulas petreas" a 'Êpš uè
possa chegar a qualquer conclusao
para que se
eaame dos Ffefei o q
tem-se, obviamente, que partir do expiessas.
coes
definem e.estabelecem as tais veda
óãflmw flãfiwfifgäáw/ 169
Í 7
ADI 9219-7/01?
ON
25. . I lx questão :nn torno ck) principio nha
anterioridade está relacionada com o preceito do § 4°,
inciso IV, rh) art. 60 (na CF, que xmnkl a deliberacãe de
proposta do emenda tmnlonto n abolir os direitos o
garantias individuais. Mas, aíinai de contas, quais
seriam especificamente estes direitos e garantias
indLviduais? Ora, da Constituição consta todo um
título (Ii) dedicado aos direitos e garantias
fundamentais. [Hei esta subdividido Em] 5 capitulos dos
Quais' c) primeiro trata nas; direitos E; deveres
individuais (é coletivos, o :umnnuka cuida ckx; direitos
sociais, o terceiro dispõe sobre a nacionalidade, o
quarto enumera os direitos politicos e o quinto anuncia
os principios :uma devem governar cu: partidos politicos.
Sera que tudo que ai esta, sendo expressão de um direito
ou garantia individual, deve ser considerado insuscetivel
de Imodificação ou abolição pelo poder constituinte
derivado? Direitos ou garantias previstos em outros
títulos estariam nesta mesma situação?
2o. Uma resposta afirmativa a tais indagacoes
nao parece plausível, pois isto significaria a quase
completa eliminação do poder de revisão. Deixar a
solução subordinada ao exame de cada caso concreto, a
valoração do direito ou garantia que, em um dado momento,
estiverem sendo cogitados, tampouco merece aplauso.
Conforme anotou Canotilho na obra acima citada, Forsthoff
moveu uma cerrado critica a chamada jurisprudência
valorativa, alertando para os "perigos da insegurança da
constituição, rua dissolução chi Itú. constitucional numa
casuística interpretativa, earecida de 'racionalidade e
evidencia, e onde os juizes deixam de estar sob a
constituição para passarem :1 donos da mesma
constituição".
4m,-
isencão fiscal sao (ha grande importância. Se se
conceder ao governo federal o poder de tributar
os estados, estes não terão mais a independência
que sempre se supós que tivessem. Eles são
relegados são relegados a condição mais sei-vil-
Ficam sujeitos à interferência e controle tanto
nas funções que exercem quanto nos metodos que
empregam. .Devem Jpagar ao governo federal pelo
privilégio ck; exercerem cx; poderes ch: soberania
que lhes são assegurados pela Constituição."
33. _ A passagem grafada em itálico foi
transcrito pelo citado autor do voto _do Juiz Douglas,
voto vencido, em New York v. United States, 326 U.S. em
595.
34. De modo que, adotando essas considerações
como marco orientador, pois elas são indiscutivelmente
válidas para o nosso modelo, a conclusão inevitável é que
a imunidade fiscal recíproca constitui um dos elementos
essenciais do principio federativo, e como tal não
poderia ter sido objeto de disposição do poder de
revisão. A Emenda nn 3/93 é, portanto, inconstitucional,
na parte do § 2n do seu art. 2n em que dispõe sobre a
não aplicação da vedação em causa em relação ao IPMF.
'PH-UCI?
Ô/fz' :fama Úaärrâm/ Wàsírz/ . .
nn: 939-?/2í lQ
172
parcialmente procedente n presente ação direta,
declarando-ee a inconstitucionalidade apennn (kl
referência no inoieo ví (ka.art. 150 da CF, contida no fi
2' do art. 2' da Emenda nu 3/93, e do inciso I do art. U"
da Lei Complementar n" ??/93.
Brasília, 2 do dezembro do iUQJ
i ú Í'ULIJD?
Óá/sa äfáxzra/ I gazém/
(69)
SANCHES
SYDNEY
-
Voto
173
15/12/93 TRIBUNAL PLENO
lã.
FEDERAL
Í
E Q T Q
(i
O SENHOR MINISTRO SYDNEY SANCHES - (Relator):
54/55):
"Em resposta ao Oficio n9 113/93-P/MC, de 16 de
setembro de 1993, referente à Ação de
Inconstitucionalidade ng 939~7/600, requerida pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio -
CNTC, que visa atacar os efeitos do artigo 29 e seus
parágrafos, da Emenda Constitucional ng 03, de
0173?020
00180000 17.03.93, bem como da Lei Complementar nQ 77, de
09393000 13.07.93, temos a informar o seguinte:
01400370 C) projeto de .Emenda Constitucional nE 00048,
oriundo da Câmara dos Deputados, de autoria do
Deputado Luiz Carlos Hauly, que visava alterar os
artigos 146, 149, 150, 153, 155, 158, 159 e 161 da
Constituição Federal, cmmlúu objetivo (na promover c)
ajuste fiscal, foi despachado após sua apresentação
em plenário, à Comissão de Constituição e Justiça e
Redação, da Câmara dos Deputados, oportunidade em que
veio a receber aprovação unânime do parecer do seu
relator, Deputado Nilson Gibson.
Passo seguinte, deu-se a criação de uma Comissão
Especial, composta por parlamentares de varios
partidos, oportunidade em- que a matéria foi
exaustivamente debatida, inclusive com o recebimento
de varias emendas; presença de vários tributaristas e
de representantes de varios segmentos da sociedade e
de todos os Secretários da Fazenda dos Estados.
Nesta Comissão, foi designado relator da matéria
o Deputado Benito Gama, que apresentou substitutivo,
vindo este a ser aprovado.
Em plenário, a matéria foi discutida em turno
único.
Também emu plenário, já Ina fase ck? votação, c)
substitutivo do Deputado Benito Gama foi submetido a_
"` TF -10?-00'2
t%‹¿ë/'-zwn gšfzçflm / gãíía/ a
(fls.58/64)z
"1. A Confederação Nacional dos Trabalhadores no
Comércio ~ CNTC propõe Ação Direta de
Inconstitucionalidade, com _pedido de liminar, com
fundamento no art. 103, IX, da Constituição Federal,
a proposito da instituição do Imposto Provisório
sobre Movimentação Financeira (IPMF), através da
Emenda Constitucional ng 3 e Lei Complementar' ng
77/93.
2. Relata, em sua petição, que a instituição do
Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira
(IPMF) "vem acarretando sérios prejuizos aos
trabalhadores de um modo geral, mormente aos do
COMÉRCIO (...)”, ocorrendo, na hipótese, o"periculum
in mora"e o'fumus bonis iuri'por ser a instituição do
IMPOSTO PROVISÓRIO SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA -
IPMF INCONSTITUCIONÀL (...)".
3. Acresce, nesse sentido, a violação aos
princípios :na anterioridade, cn: não-cumulatividade,
do equilíbrio orçamentário e, sobretudo, o da
bitributação do contribuinte.
4. Retifica .a Autora (3 pedido ck? liminar,
requerendo a procedência toral da ação, com a
declaração da inconstitucionalidade da lei que
instituiu o mencionado tributo.
5. Deferida a Medida Cautelar por esse Egrégio
Tribunal, com a suspensão dos efeitos do art. Zg e
seus parágrafos, da Emenda Constitucional ng 3, de
17.3.1993, bem como da Lei Complementar ng 77, de
|=F - :oz-oo:
áfé/fwma fa/šfámzz/ Ê'J/'ÉQÉM/ ..
1 7o
U
13.7.93, foram solicitadas asfpgšäeššes informações,
sobre o alegado na peça inicial.
6. A inconstitucionalidade das leis ou de atos do
Poder Público, na lição de José Afonso da Silva, ig
Direito Constitucional Positivo, p. 48, em face do
principio chi Supremacia uma Constituição, dá-se
formalmente (normas emanadas por autoridades
incompetentes ou em 1desacordo com formalidades ou
procedimentos estabelecidos pela Constituição) ou
materialmente (o conteúdo da norma contraria o
preceito ou principio da Constituição).
7. Faz-se mister, nesse sentido, tecer
considerações acerca do aspecto formal da apreciação
da Proposta de Emenda ã Constituição ng 3, de 1993.
8. Dispõe o art. 60, ca ut, da Constituição
Federal, quer a proposta de emenda à Constituição
poderá ser apresentada por um terço, no minimo, dos
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal,
pelo Presidente da República, e por mais da metade
das Assembléias Legislativas das unidades da
Federação (hipótese em que se exige a manifestação de
cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros).
9. O Regimento Interno da Câmara dos Deputados, em
seu art. 201 e seguintes, estabelece normas atinentes
ao procedimento que deve ser adotado na apreciação da
proposta de emenda à Constituição, aplicando-se
apenas subsidiariamente as disposições regimentais
relativas ao trâmite e apreciação dos projetos de
lei.
IO. O procedimento especial prevê o encaminhamento,
preliminarmente, para o necessário exame de
admissibilidade, da proposta de emenda a Constituição
ã Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
ll: Admitida a Jproposta, será designada Comissão
Especial para o exame do mérito da proposição.
12. A Emenda Constitucional rfi .1, de 1993,
originou-se da Proposta de Emenda à Constituição ng
48, de 1991, de autoria do Deputado .Luiz Carlos
Hauly. Foi apresentada na sessão plenária de
19.09.91, tendo sido encaminhada, nos termos
regimentais, ã Comissão de Constituição e Justiça e
de .Redação, cujo'lparecer' pela admissibilidade foi
aprovado unanimemente em 19.04.92, tendo sido lida e
publicada a matéria em 22.04.92.
13. Concluiu o Relator em seu parecer:
“(...) Examinando a proposição, verifico que ela
obedece à norma contida no art. 60, da vigente
Carta `Política, pois ha número suficiente de
assinaturas e não se pretende abolir a forma
federativa do Estado, o voto direto, secreto,
universal e periódico nem a separação dos
poderes ou os direitos e garantias individuais.
EM FACE DO EXPOSTO, voto pela admissibilidade
desta Proposta de Emenda a Constituição nQ
48/91."
14. De conformidade com o disposto no art. 202, §
22, do Estatuto Interno, foi instalada Comissão
Especial em 20.08.92, para análise do mérito da
Proposta. O parecer favorável do Relator, com
Í . 162.002
áíf/Ázrwa alfifnn/ Êãuém/ 17 8
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F - :oz-om
zgyziafiza gzäíma/ t/gêe/Ém/ 17 7
“E \
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nesse caso, a violaçãÕ/zšƒƒššnstituição só
ocorrerá depois de o pwcjeto se transformar em
lei ou de a proposta de emenda vir a ser
aprovada. Antes disso nem o res'dente da Casa
do Concresso, ou deste, em a Mesa, nem o Pode;
Le islativo estão raticando ual uer
inconstitucionalidade, mas estão, sim.
exercitando seus poderes constitucionais
referentes ao processamento da lei em Geral
1...!!!
b- ¡DE-DD?
gøéeâwe géuÃ/rrn/ gšúém/ 17 8
ao: 939-? og
"A ilustrada Presidência do Egrégio Tribunal Federal, através da Mensagem n" 066, de
16.09.93,endereçada à Chefia do Poder Executivo da União, solicita a prestação de informacoes sobre o
contido na inicial da Ação Direta de Inconstitucionalidade n" 939-7i600, onde se postula sejam declarados
inconstitucionais o art. 2°,§ 2°, da Emenda Constitucional n” 03i93 e a Lei Complementar n*JI 77, de
l3.07.93,por incompatibilidade corn o preceituado nos arts. 150,111, "b",c 154,1, ambos da Constituição
Federal.
ll
6. Não se cuida, na hipotese, de exercicio de competencia residual. Trata-se, isto sim, de op-
ção que o Congresso Nacional fez, munido de seu poder constituinte derivado, de autorizar diretamente a
criação do IFMF por nova norma constitucional consubstanciada no art. 2° da EC U3i93. E tudo sem alte-
rar o testo constitucional original, dado o carater emergencia! e provisorio do novo imposto, com curto
pet-todo de vigência. Nem foi, por tudo isso, cogitada a inclusão da inovação no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
7. As normas do art. 2° da EC n" 03i93, como se ve, ficaram a iatere do texto da Constitui-
ção, mantendo sua autonomia, como se normas originárias fossem da mesma Carta Federal, ainda mais
que todas elas têm a mesma natureza e hierarquia. Como ensina MANOEL GONCALVES FERREIRA
FILHO, as "emendas constitucionais têm eficácia iguai à do ato iniciai, a Constituição" ("Cu-
mentários a Constituição Brasileira de I98tl",ed. Saraiva, 1992, volume 2, pag. 86, escólio ao art. 60).
. E,andou bem o legislador constituinte em não elencar o lPlttF no art. 153 da Constituição,
ao lado dos demais impostos. i que a emenda constitucional, uma vez promulgada e publicada, mantem
sua autonomia e não se incorpora ao testo da Constituição, nem mesmo devendo alterado em sua reda-
ção original. Como ohserva JOSÉ CELSO DE MELLO FILHO, 'a emenda Constituotbnai não é in-
corporada, mas simpiesmente anexada, com o respectivo número de ordem, ao texto constitu-
cional' ("Constituicão Federal Anotada", 2' ed. ampliada, l93t'1, ed. Saraiva, escoliu ao art. 49 da Consti-
tuição de 1969, pag. 203).
"Cada emenda constitucional devera ter um numero de ordem. Essa regra, apa-
rentemente dispensável' porque Óbvio, significa que o texto da Constituição não deve ter
sua redação mudaria nem sua numeração aitoraria. Determina, portanto, que as aitera-
ções trazidas a Constituição por emendas constitucionais sejam apenas anexadas a seu
corpo (of. Pontes de Miranda, Comentários à Constituição de 79672. com a Emenda n'"Í i
de 1969, cit., t. 3, p. 150). isso estava bem ciaro na Constituição de 1934 tart. iiti.
li 3"), que distinguiu entre revisão. que se incorporada ao testo constitucionai, e einen~
da. que apenas se anexaria à Constituição. iguatmente. a Constituição de 1946 (art.
2t7, ã 4°) mandava anexar a entenda "com o respectivo numero de ordem. ao texto da
Constituição ".
p'- - toa-oca
%4rfzwn aqt-rÁf'rrr/z/ Ê/ãzíƒza /q 1 79
nor 939-:r pg
Wi'
dou a redação de grande parte dos dispositivos da Constituição e iterou, sem ouaiquer
cerimónia, a sua numeração' (op. cit.,págs. 90 e 91, escio ao art. 60, § 3°).
10. Não se vislumbra, pois, também sob esse ângulo, anomalia alguma na instituição do IPMF.
ll. Nem ha falar em bis in idem. Se é verdade constituir-se o IPMF em imposto sobre a cir-
culação, ad instar do que sucede com o IOF, não e menos verdadeiro guardarem ambos esses tributos
marcada distinção entre si, cada qual atuando em hipóteses de incidência que se não equivalem nem se
substituem.
12. Na verdade, o fato gerador do lOF (e as operações deste imposto que mais interessam a
esta apreciação são as de credito e as com títulos e valores mobiliários), nas operações creditl'cias, e a en-
trega do valor emprestado; e, nas transações com títulos ou valores mobiliários, o fato imponl'vel do IOF
e a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses titulos.
13. O [PME a seu turno, incidindo sobre a movimentação de numerário nos bancos, tem co-r
rno fato gerador o lançamento a debito nas contas de depositos, poupança, deposito especial remunerado,
bem assim o recebimento de dinheiro por ordens de pagamento.
14. Note-se: enquanto o lOF alcança as operações ativas das instituições financeiras, incidindo
nas contas de seu ativo circulante, mdxime nas de empréstimos, o IPMF atua no âmbito das operações
passivas dos bancos, em especial as contas de depósitos, que integram o passivo exigível.
15. 0 fato gerador do Imposto de Renda, por outro lado, e a aquisição da disponibilidade
economica resultante da renda ou proventos de qualquer natureza. Nada tem a ver com os fatos imponl-
veis do IOF e IPMF.
17. Não ha, pois, bis in idem, nem mesmo bitributação ou qualquer agressão a não-cumulativi-
dade. Mas mesmo que assim não se entendesse - admita-se para argumentar -, nenhuma inconstitucionali-
dade poderia ser invocavel na especie. Como e sabido, o his ln idem, segundo observa BERNARDO RI-
BEIRO DE MORAES, pode atentar “contra os principios recomendados ceia ciencia juridica. To-
davia, essa exigência do mesmo imposto, por duas ou mais vezes, na'o contraria a Constitui-
cão, não é iiegai nem inconstitucional' ("Compendio de Direito Tributario", 1° volume, 2' ed., 1993,
Forense, pag. 284). E o principio da não-cumulatividade, a semelhança do que ocorre com o lOF, não fi-
cou previsto para o IPMF, nem constitucional nem legalmente.
18. Não vinga argumentar, de outra parte, com a vulneração da cláusula pétrea do inciso IV, ä
4°,do art. 60 da Carta Federal, por força de suposta inobservância aos principios da anualidade e da an"
terioridade por parte do art. 2°,§ 2°,da precitada EC n° 03/93.
19. Cumpre para logo distinguir, pois, como é cediço, a anterioridade não se confunde com o
principio da anualídade, segundo o qual a cobrança de tributos depende de autorização legal anual, me-
diante previsão no orçamento. Contudo, como de ha muito já observava JOSÉ CELSO DE MELLO F1-
LHO, a anualidade, que vigorava na Constituição de 1946, desapareceu com a Carta de 1969. 'A exigi-
bilidade dos tributos não mais está condicionada à pre via autoriaacao orçamentária ", pois
'essa extpencia foi suprimida peia Carta Constitucionai de 196.9 ", tendo o STF decidido 'que
a iei que cria o tributo pode anteceder ou suceder ao orçamento, sendo essenciai apenas que
venha, quando sucedendo ao orçamento. em tempo hábii" (obr. cit.,pag. 478, anotação ao art.
153 da Constituição de 1969).
22. Primeiro, porque a anterioridade não se constitui em proibição absoluta. O principio, que
traduz explicita limitação ao poder de tributar, sempre comportou exceções, sendo derrogãvel por ressal-
vas referidas na Constituição, _
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54;/44 5424.../f 5424;/
nor 939-? pg
23. Assim, a anterioridade não se aplica nos seguintes : osto de Importação (art.
153, i); Imposto de Exportação (art. 153,11); Imposto sobre P utos Industrializados (art. 153,1V); lm-
posto sobre Operações de Credito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Titulos ou Valores Mobiliários (art.
153,'V); Imposto Extraordinário por motivo de Guerra Externa (art. ¡54,11). Sd os impostos sobre Renda
e Proventos de Qualquer Natureza, sobre Propriedade Territorial Rural e sobre Grandes Fortunas, na or-
bita federal, é que escapam às exceções. Não se aplica, ainda, a anterioridade aos casos de Empréstimo
Compulsório (art. 148, caput, e inciso I), e de contribuições para a seguridade social, inclusive as que fo-
rem criadas com base na competencia residual da União (arts. 149, 195, caput, incisos I a Ill, § 4° e § 6°),
estas últimas observando a vacatio de 9D dias para serem exigíveis.
24. Portanto, e sem falar nas ressalvas ao principio da legalidade a que alude o § 1° do art.
153, que faculta ao Poder Executivo alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, Il, IV e
V do mesmo dispositivo, toda essa gama de exceções esta a revelar ser até residual a aplicação da ante-
rioridade aos impostos, no ambito federal.
25. Ora, o art. 2°,§ 2°,da EC n” 03i93, ao excepcionar o novo imposto do princípio da ante~
rioridade, o fez atendendo à propria natureza emergencial e provisória do IPMF. Se ao lOF não se aplica
a anterioridade, com muito mais razão se ha de fazer incidir a ressalva ao lPMF, que também, a exemplo
do IOF, atua sobre fatos geradores instantâneos, reclamando execução orçamentária imediata.
26. Ciassificavei que é o IPMF como tributo sobre movimentação e circulação economica, tal
como ocorre com o IOF, por certo ele estaria arrolado entre os impostos a que aproveita a exceção a an-
terioridade, caso tivesse sido discriminado no texto da Constituição promulgada a 5 de outubro de 1988.
Não haveria razão alguma para alijá-Io da exceção.
28. Nem se pense, por outro lado, ter havido incompatibilidade da emenda com o art. 60, §
4°,da Constituição, por ser ela tendente a abolir quaisquer das garantias ali previstas.
29. Mesmo que se admitisse incluído naquelas garantias o principio da anterioridade, ainda as*
sim seria impossivel pensar dessa forma, por isso que a Emenda 03i93 apenas criou nova exceção; com
ela, evidentemente, nunca o constituinte derivado pensou em aholir ou extinguir o principio.
30. Uma exceção, obviamente, não traduz extinção. Veja-se, para melhor elucidar a questão,
que, no Brasil, antes da Constituição de 1988, a República era forma politico-juridica intangível e ¡modifi-
cãvel, tendo a nossa Suprema Corte reputado inconstitucional a prorrogação de mandatos, por ferir a for-
ma repuhlieana de governo, que se caracteriza pela temporarierlade das funçoes eletivas (cfc. RT 285917;
RF 186:l53, RDA 83:133,apud JOSE CELSO DE MELLO FILHO, nbr. cit.,p:lg. 73, observação ao art.
8° da Constituição de 1969).
'. toa-oo:
aørrw/n Âd/zrfirrrn/ I ctg/*r r¿'¿0/.
181(
nor 939-? pg
W
vários niveis da Federação, não impiica introdução do icipio de que os mandatos não
mais são temporários. nem envolve, indiretamente; sua adoção de fato. como sustentam
os impetrantes. sob a aiegacão de one. a adrnitirfse- qualquer prorrogação, iniima que
fosse. estar~se~ia a admitir prorrogação por vinte, _trinta ou mais anos. Juiga-se à vista
do fato concreto, e não de suposição, que. se vier a concretirar-se, merecem, então,
juigamento para aferir-se da existencia. ou não, de traude a proibição constitucionaii "' (in
RTJ n” 99. páginas 1040 e 1041). '
33. ' Se assim é, com muito mais justeza não se há. de acalmar de Inconstitucional o _5 2° do art.
2° da EC 03i93,qne, a toda evidência. não impiica abolição da anterioridade. Constitui ele mera exceção,
de resto estabelecida segundo os mesmos critérios que presidiram as ressalvas antes criadas com o att.
150.§ 1°,da Constituição de 1988. A ser juigada inconstitucional aquela. estas, a fortiori, também seriam
inconstitucionais.` .
34. Por tudo isso e que. com seu proverbiai acerto. proclamou o eminente Ministro FRANCIS~
CD REZEK em voto vencido proferido na mesma ação, vei-bis: '
'Mas não acho que a regra da anterioridade seia um principio intocávei peio pró-
prio Congresso Naoionat. em trabaiho de emenda à Carta. Começaria e ver nessa regra
algo parecido com um principio em favor do cidadão. do contribuinte, se pelo menos eia
pretendesse, para evitar o fator surpresa. estabeiecer para nos todos uma garantia de
acomodação, dizendo que não se nos pode exigir um tributo que não tenha sido inven-
tado, peio legislador; pelo menos seis. doze ou vinte e quatro meses antes. Embora'su-
jeitos. os brasiieiros, a surpresas de toda ordem no seu dias-dia, a regra soaria como
um principio que nos previne contra a surpresa ocasionada peio Estado enquanto entida-
de tributante. Mas não. a regra não diz nada disso. Eia diz que não se cobra, em certo
exercicio, aouiio oue não tenha sido concebido iegisiativamente no exercicio anterior. As-
sim, nenhum de nos está iivre de ser legitimamente cobrado. na primeira semana do inês
de janeiro, de um tributo one se tenha inventado na última semana de dezembro. Santo
fleus i, isso não é garantia para ninguém. O que ha ai é mera regra de comodidade or-
çamentária, para que as empresas se organizam. para otie o erário se organize em fun-
ção do ano civil. Não veio ai uma regra que reaimente vise a estabeiecer interveio cro-
nológica, justo e razoávei, entre o momento em que se institui' o tributo e o momento
em oue se cobra o tributo. Não vejo. por isso. como dizer que a emenda constitucionai
ora em exame vioia um princniio concebido para dar segurança aos cidadãos. "
35. Por igual, com precisão incriticavel, afirmou também em voto vencido o eminente Ministro
Presidente OCTAVIO GALLOTTI: '
"........ não é exatamente isso o que ocorre, a meu ver, com a norma agora im-
pugnada (exceção ao principio da anuaiidade), que o próprio tegisiador constituinte origi-
nário. no' š t” do art. t50, exeiiiiu em reiacão a quatro espécies tributárias, sem contar
o imposto extraordinário, em caso de guerra, previsto no art. 154, ti.
38. ~ Ademais, os direitos e garantias resguardados pelo disposto no art. 60, 5 4°, inciso iV, da
Carta Federal, sem sombra de dúvida. não aharcam todos os direitos e garantias expressos na Constitui-
ção, nem mesmo os decorrentes do regime e dos principios por ela adotados, ou dos tratados internacio~
nais em que a República Federativa do Brasil seja parte, pois, do contrario, petril'tcado ficaria todo o tei-
to constitucional.
gyrcrrrn Lairárrrir/ L/g/šaálie/ 1 8 III/é
ADI 939-? pg
12. Muito pelo con trário, o principal motivo para a instituição do lPMF foi o
combate ao den'cit público, déficit este que, segundo as opiniões unânimes dos econo-
mistas, e o principal responsável pela alavanca da inflação, perversa calamidade que, no
ficar de Mll. TON FRlEDMAN, 'e uma forma de tributação que pode ser imposta sem
ei .
t3. A proposito, como bem disse o pai do milagre alemão LUD WlG
ERHARD, a estabilidade da moeda deveria ser incluida entre os direitos fundamentais do
homem e só uma politica de estabilização da moeda, de combate aos reais fatores infla-
cionários, toma possivel que uma classe única não enriquece a custa das demais.
10
E» ros-oo:
(Égši'štarrza ÍJ/iihiá'nin /n giinrftrzr/I 182 Í
ADI 939-? og
15, A seu turno, a Lei Compiementar n" ??/93 não apresenta quaiouer dis-
crepäncia com o texto constitucionat, sendo as aiegações que tem sido ievantadas para
- :norma-ia totaimente improcedentes.
f7, Cumpre, neste tópico, dizer, ainda, que a Lei Compiementar institui'dora
do [PME no art, 7°, define movimentação ou transmissao de vaiores e de créditos e di-
reitos de natureza financeira como ouaiquer operação iiquidada ou iançamento reaiizado
peias entidades nnanceiras, que represen tem circulação escritura! ou fisica de moeda, e
de que resuite ou não transferencia da tituiaridade dos mesmos vetores, créditos e direi-
tos.
18. Vaie asseverar, também, no que tange ao disposto tio art.'1`9, inciso i,
da LC n” ?}'/93, que, independentemente de sua natureza - endosso - recibo, endosso
transferência (arts, 25' e t7 c/c o 46, respectivamente, da Lei n” J,1219572 de 02.09.85)
ou outra modalidade ouaiouer -, admite-se um unico endosso nos cheques pagáveis no
Pais. "
Eli/263 do 2g volume).
kr - ins-en!
¬_._
__? ,""` i/'T'Í i;
ADI 939-? QE
F' #ä FI EE E: EE FÉ
F*EBFrqfEZÍQaiiiaffqššfi?£3§rff5?flš
II
12
hr *102-002
fløérflfzâ gzámfi/ ÍÚÍZÁM/
1811
NO ÉOHÉRCID - CNTC.
III:
oportunidade.
13
f - ¡GQ-DU?
gif/ferem fãäímâ/ Ágzèzz'Égm/A 18 5
ADI 939-? 95
blicas de 1994.
14
5P-:u2-on2
zgëzyáëffim gšçémâ/ (Ka/ífzëíz'zz/ 185
ADI 939-? E
\\`
cit público, propiciando, eimultäneament , o Fiianciamento de re-
f
levantee obraa e aervicoe de caráter social.
Informal, que, até hoje, tem logrado enimirHee dae obrigacfiee tri"H
hutáriae.
diaer'de HILTGN FRIEDHÊH, "é uma forma de tributacäo que pode eer
torna possivel que uma claaee unica näo enriquece a cuata das de-
maia..
i= _ vai-oo?
fiyemwe Êšƒ-ÉÃflze/f z/gãzém/ 187
i
ADI 939-? 25 "ÇKI _
de habitação popular.
Prooedentee.
cia ao difipoeto no art. 146, inoieo III, letra "e", de Certa Po"
I -102-002
gøe'fwzfl gãilfkmrz/ Ê'QÃM/ 188
ADI 939-? Qg
i H - i 'k-I"
las entidadee financeiras, que repreeente circuiacao escritura!
Paeáveia no Faia.
ÍIÍIII
A legitimidada da discriminamäfl
(je: r1enxwea ¡Inlflcaeatzca mei Em
Emenda Dunfitituciünal
ao: I al".
17
P. 102.002
tgøé'føzâ gãémâ/ Êäzém /A
ADI 939-? E
derivado.
ll: 1 WI-Qü'l
-J Í áj“_' f íñf k If
Mpázwm LÁJfÁUm/ t/míáfz, 19O
aDI 939-? og
tento original,
19
EF - 102-002
fii//Mføm ÍD/EÁHM/ gâçm 1/
am: 939-? E;
nl
tflJtar.
mentar (art. 146, inciao III, alínea hra”, da CF) e de lei crdiná"
ria mederai,
20
i - ¡GQ-002
LS/Zšfáffiøfzä ÊQÇÃ'L'JM/ giãzífrzz/ A 19 2
ADI 939-? E `
todos e doe Municipios, uma vez que, mesmo que o Congresso Heciofl
convenhamos, é inaceitável,
garantias individuais.
¡_TF - 'MDE-DD?
fi/wmâ %Âma/ gšâém/
gidos pela cláuaula pétrea do art. 69. I 49, Incino IU. da Carta
oupfimír.”
22
zg/àfism :WÃ'ÂHM/ zÊ/ãém/ _ 194
âDI 939-? QE , (
Jr;
43. à título ilustrativo, transcrevaflee a seguinte dou"
ras", Uol. XIII, 1965, p. 462), acerca do poder de emenda das ma”
.III'IHIÚHHIIIÚHHIIIII
ÚII-lfii'flflflflflflflfliihIH
IHH'IIH'III-fl
F . :oz-oo?
âgíf/féréwa L%Éw272/ gíøém/ 19 3
ADI 939-? QE
ral.
JIKJ
aDI 939-? QE
Ponderacfiee.
25
zgíøzzwm ggráfíw z/1 9:;ú4'fl9/ L 197
ADI 939-7 ge
to, com ampliaeäo dae reeeaivae, Ja que este Principio não euJei"n
de 1977. que deu nova redaeäo ao art. 133, 5 29, do Estatuto Poli*
FF - IGE-009
fiøérøzô gššáme /L1 Égâém /`
_ Á* u
4pLDI 939-'7 E
fi
art. 153, paeeou a ser a eeguint "Nenhum tributo sera
2?, do
Nacional,
de 1988, em aeu art. 159, "caput", Inciso III, alinea “b”, veda a
encecüee. naaim, o š 19, do próprio art. 15%, diepfie que não estão
27
zgÊ//zârfzzfi g/ZIÁem/z/ gadƒaf/ 1 9 9
meu art, 153, faculta ao Poder Eeecutivo, por ato inFralegal, em"
bora atendidas as condlcües e os limites por lei estabelecidos,
dispor sobre alíquotae dos impostos sobre importação, emportaeão,
que, cada vee que surgem dão lugar a uma relacäo ohrigacional aum
tönoma”-
rÍF ~1Ú!-002
(T z
z/Í'y/fzrfim 35f Ã/fiw/a
f gífim/F
.r 2oG
ADI 939-? QE
f" LI,
$9. Cumpre observar que o arte Êfi탚iššçjza EC ng 3/93,
poder que o tecto constitucional original, uma vez que atende aoo
29
S/føéfwm ÂÚ/šlféfzzâ/ Ê'šfzítëzz/
ADI 939-? pg
o”
.Col ' aliás, vale eniatiear que, para que haJa alteração
ola comum, não me alcança quorum tão elevado eenäo em caeoe muito
eepeclaifi.
Am: 939-? pg
mentar ng 77/93, mas pelo 5 29, do art. 22. da Emenda HQ 3/93, ie-
IJ'
~ Não há direito adquirido contre texto constitu-
cional, reeulte ele do Poder Constituinte originám
rio ou do Poder Constituinte derivado. Precedentee
du sTFI” '
31
5ç%ärfwâ gzámfl/ ggaz/fízz /J 2 O 3
ADI 939-7 pg
i
E!
iii '
ih Clcormeei: ii:\¿.i‹:šäea E:eetieer¬ae1.z
ele: j;§?€3£3,. rtäie: r'eeeai:eam1r"caLl
1:: PI-*incfpin da anual idade:
eae a que alude o E 29, do art. 165. da Lei Maior, não Podem Prefl
ver todos ae eituecfiee futurae que surjam durante o ano, que re”r
ÊJII
seguranca Jurídica nu
ciel r1ääc3*-eemxr*i1r*eeeaen
ADI 9394 QE \l i ¬.
\\ ,
J'
n,
iJIIÍI
criminado pela mesma Emenda, vinte por cento serão destinados para
meamo art. 29, terá curtioaima vigência, vale dizer, até 31 de de"
HF - :oe-oo:
t9;%ê'rwm %Â/fm/ géaéázêr/ 20 ã
ADI 939-? 93
tuicäo Federal.
kJJÊJIJI
(3 :Efild e: e: cj ¡tre! ii:t3 :joe ¡Ir-collr-i Eeclznclee
teriam leeionado o art. 59, incieo XXII. da Carta Magna. que gaH
Para Fine de reforma agrária, o Imóvel rural que näo eoteJa cum-
cão de imóvel urbano que não eoteJe cumprindo eua Função eocial
propriedade,
:Chi
35
$¢emfm z/cyzzéwe/ Ãõ/gm/fm/ 2 D l*
am: 939-7 QE ,_
mBnio doe contribuintee: isto porque näozfiáfd:p;§aíoneiderar que o
eer tanta que abeorva a coiea ou renda, porque ieao significa ab-
ou renda”.
)(
e 145, š 19.
tático.
36
EF - 1Úfl-UD'2
wyzmwâ gšzáffm/ grrzrm/ _ 20 8
.--¬
ADI 939-? 95 .
_IF - 'IÚQ-ÚÚ'À
g¢mwâ Âõ/Z'fiffiäf Êçzfiƒe /n
ADI 939-? pg
lidade (art. 59, II, c/c o art. 159. I, da CF, e art. 9Q, I. c/c o
pelo lanoanuerito (art. 146,. II e III. "a" e "b", da CF, e art. 143.2
do CTNl.
cíPioe doe arte. 59, "caput¿, 145, 5 iQ e 150, III.I todos da Carta
m1 939-»7 QE
J l
Judiciario näo corrige injustica da lei),4fiƒ€ë;:äãš I
inconstitucio-
I d.
hF-ioz-coü
gyéírzwâ gäzÍ/èma/ tra/ãzééfzz/
ou: 939-? QE
de, portantor de uma única pessoa Figursr nos pólos ativo e passifl
público Federal.
40
'TF - 102-039
xøâ'réwâ íg/«šl'Ãffm/fl f/í/Jém/ ¬ 21 9
e do recolhimento do IPHF.
nele listadas. Tal tratamento fiscal tem como escopo, por um lado,
r .102.002
ãy/zéewzfl Éj/ZÉm/z/ gãém ƒ/H 213
ADI 939-? og
:F - lüÊ-OO'Z
_. J QT'H' ” 'ÇÊ'Í _. /'
gøzzwm ififÃm-vm/ L/m̓/é* 21 4
,f
fl
_fl'f'ä
do IPHF.
dispüe que "as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Hu"
tF.m¶mu2
zgçøáffim Â%ä§fim/ ¶rzéífz/ 21m
w?
ADI 939-7 og ` i
3<IE
da capamidadfl cmntributiva
*F -102-002
fiâázrom gzáf12fz/g ggmém/I 216
ou, pelo menoa, tal Princípio, em relaoäo aos imnoetoe reais. näo
e de Fácil aplicabilidade.
buintea.
.F-ioa-ooa
¡Il-_*
LgÍ/vwfim ícZ-zäá'mz/ Êãzzém /I 21?
ADI 939-? DF
já .
-
financeira. ao dispor que a alíquota do;ndñgií::šgne näo eacederá
imposto.
a alegacäo de inconstitucionalidade.
e 102-001
yømvnfl fláfim/ ¶%m / 21 8 \
digna.
E? .ide-dus
f//ê''wma gí/
zš/f f f Êãgúëazz/
z (me 21 9
ADI 939-?F E
¡\`
›\i
132. No caso especifico do Pr amatico princípio da ca-
äfiitít
Cäea 1?Eat:caea i norrcara (arca ieä
tic: :Elaliff ea ca ¡arr iI1c: fi: ic: ciel
t:i Fei c:¡ claaciee :jam i:l" ¡lanalzeafizäicn
reitoa.
,EF - mem:
fi/ázwze çãéflm/ Lga/am /1 2 2 i]
li'
_.. a analogia e Forma de auto-integração da
lei- Omissa, parterse da solucao nela prevista para
eerto caso, chegando-se à validade da mesma para
aquele näo previsto. Ha interpretaeäo analógica
' (permitida pela própria lei), é o próprio diseosi*
tivo que determina se aplique analogioamente o preH
ceito. Na primeira, näo e vontade da lei abranger
os casos semelhantes; na segunda, a própria lei,
após definir a Fórmula casuística, menciona os ea"
sos que devem ser compreendidos Por semelhança. às”
sim. o art. 171, caput, ao definir o estelionato,
Fala em JIqualquer outro meio fraudulento', que quer
dizer! 'qualquer meio semelhante ao artifício ou
ardƒl'. e, poisr da vontade da lei abranger os caHH
sos semelhante”.
49
ë - 102-002
áføemw afa/ãámzz/ gíâémf1 221
ADI 939-? EE [
de lucro das pessoas jurídicas, nem da renda bruta das pessoas ii"
sicas, mas simIF e valer sacada das contas bancárias dessas pesso"
3.5.
šCJEJIII
dão.
IPI.
F . foi-oo?
. . › ‹ 9
L%%dfwm Ê/ZÁ/mz/ ÃÇ/Í'Êfié'zz/ 22d
ADI 939-? E \
..\\
renda, e os servicos como o ISS, ou emaieígzäoƒçzto implicaria que
lF-1ot-oo:
zgøéeøm äšávm/ Êäzéäú/
ADI 939-? QE
Constituinte derivadan
*F - 1012430:
z%/=¢fwm Êãiáom/ Ãgãfléäzz/ 22 ~
de l I
Jetividade contida na
"d", do '
incieo UI. do i
art. íoü,
'É'
D<IE1J
54
EF - int-no:
zgøffwm gzfimzz/ 9:04M/ 226
ADI 939-? 95
der de tributar.
IJ'
legítimo direitoƒdever de perseguir o que lhe pertence eu vi le"
gls”-
ceiroe.
atividadee de terceiros.
Fisco.
i: - IGE-ODE
gy/ê'zrmâ Ãõ/Z'Émú/ gaém/ 227
äCKJ
públicos (arts. 39, š EQ, ?5. III, e íRB, I, “c”, todos da CF).
mento.
na hipóteee, o IPHF»
}(K}J:
termos do art. 154. inciso I, ea Carta de 1988. mae sim. com supe"
[F .102-001
gøâewm girázfle/ gr'dém/ 229
i
ADI 939-7 Ef; ~
\\`*\i
1?3. Encime-se dizendo que, n á, na especie, bis in
idem do Imposto Provisório sobre Hovimentacäo Financeira em rela-
a renda bruta, mas sim, o valor sacado das contas bancárias dessas
PÉ'BEOE'E e
58
š' -102-002
gøffwzfi Íñ-Ç'áom/ tããzí'z'zz/ 230
lo IPHF.
valores mobiliários.
rias (débitos).
hF-ioe-oufl
Wøâøzâ z.%á;wzz/ Lig/garm/
" )(\JI[II
E:c3r1c:111¿eaäico
60
l' - 102-002
áãf/ézsmâ LÍJÃÉIWe/ Âf'f»;f/¢:fifzézfà:/A 23 2
h - 102-9131.
áãfiífwza age-ÊÉWQ/ %zénz/f '2 3 3
F«102-oofl
Lgøéówm gífáíme/ gíám/ 234
n.
F - 102-032
áZâÉñfiwM? Êñšäzfiäffi âgãàÉÉQ/fi 223g;
i
\\\ '
efetuar movimentacäo de n erário atravée do siste-
ma bancario estará sujeito ao imposto a alíquota de
ü,25% sobre cada débito em eua conta ou sobre paga-
mento recebido em instituição Financeira. Não há,
por conseguinte, violacäo ao principio da isonomia
(art. 59, "caput", da CF), uma vez que a LC nQ
YY/QQ näo eingularieou determinada peeeoa, poeeuin-
do, ao contrario, inegável carater hipotético;
HF «102.002
5% mw ÂÚ/Ãáøm/ fiám/l
IF - 192-4302
gyfwma fiizšzmz/ gráífz/ 23 7
g
di
f
IEF - 102-002
Lçfz/zmm ‹.%{¿Êma/ z/ã/gúém/ 238
èâl fläflzl DE
salario ou de vencimentos.
FF ~ iGí-O'D'I
IE "Art. 150.
asseguradas ao contribuinte,
Sem
vedado a União, aos
_'ƒ
.afllãëfišgl
FTF «102-002
ga/âfawm íõyššÃ/øm/ genééfz/ 24 0
/14
principio da garantia individual do contfibuinte, que nem por
Federal.
H: - 102-001!
ñr//zeaéwa z%%ffm/ ggám /I¬ 241
...I LH _If..
\ \
\\ F
deduziu:
"VOTO
SENHOR MINISTRO SYDHEY SANCHES (Relator):
1. Como se vê do relatório, que transcreve a
petição inicial, apóia-se o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 2g do art. 29 da E.C. ng
03/93, na alegação de violação a várias normas e
princípios da Constituição Federal, porque:
a) - estabelecendo o dispositivo impugnado
exceção à regra da imunidade recíproca, contida no
art. 150, III, VI, "a", desrespeita a forma
01737020
federativa de Estado (arts. 19 e 18), assim como a
00180000 vedação contida no art. 60, § 49, inciso I, porque
09393010 tende a aboli~la (a federação);
01400420 b) - ofende o princípio da anterioridade contida
no art. 150, III, "b", da Constituição, segundo o
qual, sem prejuizo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, cobrar tributos no
mesmo exercicio financeiro em que haja sido publicada
a lei que os instituiu ou aumentou;
o) - afronta o disposto no art. 60, § 49, inciso
IV, porque a emenda tende a abolir essa garantia
individual (de contribuinte);
d) - desatende à proibição do art. 154, I, "a",
que não permite impostos cumulativos.
2. Examinando, pela ordem, os fundamentos da ação,
tenho por relevantes, desde logo, aqueles
relacionados com a alegação de quebra do princípio da
imunidade recíproca, que pode repercutir na
estabilidade da federação (artigos 12, 18, 60, § 49,
I, e 150, III, vI, "a").
3. Quanto a esse ponto, lembraram os autores a
doutrina de PAULO DE BARROS CARVALHO, "in" "Curso de
Direito Tributário", Ed. Saraiva, 5! ed., 1991, pág.
120, n2 4, "in verbis”:
"A IMUNIDADE RECÍPROCA
A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI,
"a", da Constituição é uma decorrência pronta e
,ferraz
f'"
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agf/:Mann gíräímn/ fiáén/ 24 2
EE; Eâflzl DE
._ j 1
/QV
imediata do postulado daúiišgnšmizç7dos entes
constitucionais, sustentado pela estrutura
federativa do Estado brasileiro e pela autonomia
dos Municipios. Na verdade, encerraria imensa
contradição imaginar o principio da paridade
juridica daquelas entidades e, simultaneamente,
conceder' pudessem elas exercitar suas
competências impositivas sobre c: patrimônio, a
renda e os serviços, umas com relação às outras.
Entendemos, na linha do pensamento de Francisco
Campos, Oswaldo Aranha Bandeira de Mello e
Geraldo Ataliba, que, se não houvesse disposição
expressa nesse sentido, estaríamos forçados a
admitir o principio da imunidade recíproca, como
corolário indispensável da conjugação do esquema
federativo de Estado com a diretriz da autonomia
municipal. Continuaria a imunidade, ainda que
implícita, com o mesmo vigor que a formulação
expressa lhe outorgou.
É em nome do cânone da supremacia do
interesse público ao particular que a atividade
de administração tributária ganha foros de
efetividade prática. E não poderiamos
compreender como, debaixo dessa mesma linha
diretiva, uma pessoa juridica de direito
público, munida de personalidade politica e
autonomia, pelos dizeres explícitos da
Constituição, viesse a submeter-se aos poderes
de fiscalização e de controle, que são insitos
ao desempenho daquele tipo de atividade.”
4. BARBALHO, nos "Comentários à Constituição
Federal de 1891” (Ed. Senado Federal, 1992, pág. 40),
ocupou-se de seu art. IO, que dizia: (”sic”)
"É proibido aos Estados tributar bens e
rendas federaes ou serviços a cargo da União, e
reciprocamente”.
Fez, então, estas considerações:
"Se entre os poderes dos Estados se
comprehendesse c) de lançar taxas sobre a
receita, serviços e bens da União, facil é de
ver que esta ficaria à mercê dos Estados,
tolhida no exercício de suas funções, sem
independencia rn: desenvolvimento constitucional
d'ellas, subordinada, annullada; fora isso
incompatível com exercicio de suas faculdades
soberanas. `
Nem se poderia comprehender uma "União" com
essa fonte de discordia e separação. Tampouco se
poderia justificar esse poder como uma
prerogativa propria e necessária aos Estados, em
quanto unidades da federação, pois lhe föra ella
antinomica e antipoda.
E reciprocamente. E por outro lado, os
aparelhos governamentaes dos Estados, sua
dotação, seu funccionamento, tudo que concerne a
seos serviços, necessariamente tem de ficar
immune e isento do poder taxatorio da União.
Na qualidade de Estado, com autonomia, com
direito de estabelecer seo mechanismo
governamental, suas instituições, seus serviços
71
EF - 102-002
zãff/ífzfinza fiš'šávm/ Êšíaém/ 24 3
èQL Êlflzl EE
\
públicos, essas entidadesácãmgãgzäíes da União
não poderiam n'isso estar sujeitas a pegar-lhe
cousa alguma, sob título algum. Importaria o
contrário obrigal-as a contribuição pelo proprio
facto de terem-se constituído em Estados, o que
é absurdo. E tal sujeição dar-lhes-ia certo
caracter de vassallagem, de suzerania.
- O mesmo se deve dizer quanto aos municípios,
em vista do art. 68 que os constituio partes
autônomas dos Estados. Essa autonomia soffrerá
desde que forem tributários dos Estados e da
União. Tudo pois que constitue o governo
municipal, suas repartições, seus serviços, seo
funccionalismo, fica livre de impostos estadoaes
e federaes.
- Egualmente, com quanto não o diga o art.
10, é fóra de duvida, pelas razões expostas, que
um AEstado .não pode tambem tributar' os .bens,
rendas e serviços de outros Estados.
Nos Estados Unidos Norte Americanos vigora,
affirmada pela jurisprudência dos tribunaes, a
mesma doutrina, embora não consagrada
expressamente na constituiçãoƒ'
5. FRANCISCO CAMPOS, em seu "Direito
Constitucional”, Livraria Freitas Bastos S.A.,
Rio-São Paulo, 1956, discorrendo, igualmente, sobre o
art. 10 da Constituição Federal de 1891, já
assinalara:
"O fundamento ou razão de ser dessa cláusula
constitucional se encontra na particularidade
própria ou no caráter especifico do regime
federativo. A organização dêste regime› é
extremamente complexa. Nela as funções
governamentais, ao invés de concentradas num
~ unico órgão ou num só poder, coalescem em tõrno
de dois centros políticos e administrativos,
cada qual autônomo na esfera reservada à sua
competência, e, embora coexistindo no mesmo
território, mantêm, um em relação ao outro, a
mais completa independência em tudo quanto
incida sob a capacidade de decisão que lhes é
imputada no instrumento constitucional".
6. Mais adiante (ap.loc.cit., pág. 19 ng 11),
ponderava Francisco Campos:
"É o que se da no regime federativo.
Implicita ou expressa, é consubstancial a ele a
regra de que nenhum dos poderes ou dos governos,
de cuja associação se compõe a sua unidade, deve
interferir nas atividades legítimas do outro,
nem diretamente, nem por vias indiretas,
oblíquas ou furtivas, poderá criar õbices,
embaraços, tropeços, ou empecilhos ao exercicio
das suas funções constitucionais, e, sobretudo,
onera , de qualquer' maneira, diminuir' ou
destruir a eficácia dos meios ou instrumentos
necessarios ou adequados à ação dos seus órgãos
na órbita constitucional da sua competência.
Nenhum campo, porém, como o triggtãzig, mais
propício ao conflito de poderes, mais fértil em
oportunidades para a concorrência prejudicial
72
'Í F -I ¡DÊ-DU?
fiøéfism Íñtífsm/ Êúézz/ 2 44
É
E
f
lã
entre os governos, seja conscientemente
orientada no mau sentido, e, portanto, desleal
ou ilícita, seja por motivo da fluidez ou da
indeterminação da matéria tributária, que, sendo
a mesma e uma só, por mais precisamente que se
recortem no mapa constitucional os contornos da
sua divisão, comportarã sempre a espécie esquiva
e fugidia dos casos marginais, cuja ambigüidade
dá lugar a que sobre eles se concentrem os fogos
cruzados dos giscos concorrentes”.
7. Foi, porém, Aliomar Balseiro, entre nos, quem
mais se aprofundou no estudo da questão, em suas
"Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar"
(Ed. Forense, Rio, 19?7, pãgs. 9 e seguintes):
"1. As FONTES DE IMUNIDADE REOÍPROCA.
A sobrevivência de três órbitas governamentais
autônomas, inerentes ao nosso sistema iederativo
levou a Constituição brasileira a inscrever de
maneira expressa, em seu texto, o principio da
imunidade recíproca: nenhuma das pessoas de
direito público interno, ressalvados os casos
previstos na própria Constituição, poderá exigir
imposto sobre o patrimônio, as rendas e os
serviços de Outra (art. 19, III,”a”).”
8. Explica, a seguir, BALEEIRO (”ap.loc.cit.",
págs. 92/94):
"O principio, sem exceções, entrou no Direito
Constitucional brasileiro com o art. 10 da
Constituição de 1891, que proibia "aos Estados
tributar bens e rendas federais ou serviços a
cargo da União, e reciprocamente”. Aceito sem a
mínima objeção, pela Constituinte, o
dispositivo, que se não linútava aos impostos,
mas não se referia, em termos expressos, aos
Municipios, representava a adoção de principio
-
reputado implícito no Direito americano por
jurisprudência até então pacífica. Dele não se
cuidou no regime da Carta Constit. de 1824.
Foi a experiência dos Estados Unidos a mestra
do legislador brasileiro de 1821 e ainda o
inspirou em 1946.
Tornaflse, pois, imprescindível rápida revisão
da marcha evolutiva desse problema na vida
constitucional daquele país, como elemento
inapreciãvel cha Direito Comparado para
inteligência dos arts.1 19, III, e 20, II, da Em.
nQ 1, de 1969.
2. EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO NOS ESTADOS UNIDOS
Em nenhum 'dispositivo da Constituição dos
Estados' Unidos ou de suas emendas seI contém
expressamente o princípio da regiprggal immunitz
of Federal and Statate Instrumentalities. Ela é
conseqüência remota e indireta da teoria dos
"poderes implícitos", inseparável do nome dey
HAMILTON, que, desde a Convenção de Filadélfia,
defendeu a necessidade de expansão da
competência Federal, em detrimento da ciumenta
autonomia dos Estados.
Dessa política, surgiu, em 1791, a idéia da
criação cmêlnn banco nacional, como instrumento
73
EÍ F - 'lü'Z-flDü?
zçãfizafwa fišáma/ Ágãé'ízz/ 24 1...
É
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s
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K
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do Governo para regular ocgpmërgššág a moeda. O
Estado de Maryland tributou uma filial desse
banco, dando ensejo ao leading case de 1819, que
celebrizou o Ac. da Corte Suprema redigido por
Marshall, onde, pela primeira vez, se afirmou a
tese da imunidade dos meios de ação do Governo
Federal em frente as pretensões do fisco dos
Estados, pois, "the power to tax involves the
power to destroy” e, então, ficariam a mercê de
um governo todos os serviços e instrumentos de
outro.
RUI BARBOSA, que traçou desse julgado Mc.
Culloch vs. Maryland uma síntese fulgurante,
lembra que, naquele pais, o reputam a mais
notável das sentenças daquele famoso magistrado,
que durante 30 anos presidiu a Corte Suprema e
contribuiu poderosamente para o fortalecimento
da União através da construção judicãria."
9. Aprofunda-se BALEEIRO no estudo da
jurisprudência norte-americana e, em certa passagem,
lembra (pág. 101):
"O justioe JACKSON, no caso ILS. vs.
Allegheny County, 322 U.S. 174 (1944) disse uma
verdade: "Olhando retrospectivamente, é fácil
ver-se que a linha entre o tributável e o imune
tem sido traçada por um punho vacilante”. E esse
punho continua a traçar com a mesma vacilação a
linha divisória, razão pela qual a nossa
Constituição resolveu dar mais vigor a fronteira
entre o imune e o tributável.”
10. Ainda de ALIOMAR BALEEIRO, ao cuidar da
imunidade recíproca entre Estados e respectivos
Municipios e destes entre si ("ap.loc.cit.", ng 7,
págs. 116/117):
~ "Políticamente, a Constituição visa a uma
união indestrutível a base da concordia, do
respeito e da solidariedade reciprocos.
Não seria compativel com esses fins supremos,
substancialmente ligados a unidade nacional,
preocupação máxima de todos os grandes
estadistas brasileiros desde a Independência, a
interpretação que permitisse aos Estados entre
si retaliaçöes tributárias, como os impostos
interestaduais, tão combatidos na primeira
República, ou as práticas mais ou menos
idênticas que ainda hoje ensombram a vida dos
Estados americanos, segundo- depoimento de
financistas da mais alta circunspecção.”
ll. SACHA CALMON NAVARRO COELHO, "in" "O Controle da
constitucionalidade das leis e do poder de tributar
na Constituição de 1988" (Del Rey Editora, B.H.,
1992, pág. 383, ng 16), dentre os doutrinadores que
cita, a propósito das imunidades intergovernamentais
reciprocas, lembra a posição de GERALDO ATALIBA "in"
"Natureza juridica da contribuição de melhoria",
(S.P., Ed. Revista dos Tribunais, 1964, p. .231),
quando diz "imunidade e' ontologicamente
constitucional” e que só "a soberana Assembléia
Constituinte pode estabelecer limitações e condições
do exercicio do poder tributario.”
TF - 102-002
zçff//ê'éãflaa z/Õ/Ez'fišmm/ t/tg/ãém/ 24 G
E
H
U
lã
I?
12. São, aliás, de GERALDO .ATAQÍÊÉÍfiÊÍssa mesma
obra, pãgs. 235/23?, ainda sobre a imunidade em
questão, as considerações seguintes:
"Com efeito, para tributar, deve a pessoa
juridica de direito público ter poder sobre o
sujeito passivo. SÓ o poder lhe permite
assegurar, mediante coação, seu comando. Só do
sudito pode o poder público mr. Só pode
tributar cuem pode exercer pode; - dentro da
margem de discrição apontada - sobre o
contribuinte.
Aliás, este termo significa sujeito ao poder
tributário.
Pode-se falar em sujeição ao poder tributário
entre os estados federados e federal e
vice-versa? Entre estados federados,
reciprocamente considerados? Entre União e
município autônomo e vice~versa?
Evidentemente não!
Decorre da própria natureza das coisas a
intributabilidade recíproca dos entes públicos.
Não tem qualquer cabimento tributarem-se
reciprocamente os entes que exercem o poder
público.
O fundamento politico da imunidade
constitucional recíproca - e a Constituição é
documento político - dos entes públicos foi
magistralmente colocado por' Aliomar .Baleeiro,
nos seguintes termos:
"Politicamente, a Constituição visa a união
indestrutível, ã base da concõrdia, do respeito
e da solidariedade recíproca.
Não seria compatível com esses fins supremos,
substancialmente ligados à unidade nacional,
preocupação máxima de todos os grandes
estadistas brasileiros, desde a Independência, a
interpretação que permitisse aos estados entre
si retaliações tributárias como os impostos
interestaduais, tão combatidos na Primeira
República, ou as práticas mais ou menos
idênticas que ainda hoje ensombram a Vida dos
estados americanos...”
E, pouco mais adiante, fixa lapidarmente
primeira regra hermenêutica: "A Constituição não
poderá ser interpretada de sorte que ameace a
organização federal por ela instituída, ou ponha
em risco a coexistência harmoniosa e solidária
da União, estados e municípios."
Esse o fundamento da imunidade tributária
recíproca. Como se vê, decorre das concepções
politicas dominantes, da mentalidade da época e
do Jpais, expressos no diploma fundamental. É
exigência da própria estrutura nacional.
Const't '-se e ' '
federação. Decorref'ex ipsa natura rei." da
propria essência do pacto federal a imunidade
recíproca dos entes que o compõem, porque, sendo
a federação uma associação de estados, que se
encontram no mesmo plano, não há que se falar em
relação de sudito para soberano, de poder
75
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ÍF ¡Eli-DGI
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fiøømm gnäfma/ gííáízz/ Q4 '7
êQl 21211 QE x
*TF - mamae
zQíf//zmaza ufiãásn/ Êám/ 24 8
lã
lã
reciprocamente" (art. 10). ÊF//dwflç7
Com efeito, a imunidade ributäria recíproca
não poderia deixar de comparecer como principio
constitucional, tendo agido com prudência e
grande descortínio o legislador constituinte de
1891, ao consagra-la expressamente, o que, se do
ponto de vista rigorosamente técnico, não era
essencialmente necessário - uma vez que a
imunidade tributária recíproca, à semelhança do
que ocorre nos Estados Unidos da América é
insita ã natureza federal do estado - a
prudência política, o bom senso e a experiência
prática recomendam sua expressa menção, como foi
feito.”
16. CELSO RIBEIRO BASTOS, examinando a estrutura do
Estado Federal, nos "Comentários à Constituição do
Brasil”, Ed. Saraiva, 1988, 19 volume, observa:
"A União é, portanto, uma pessoa juridica de
direito público dotada de autonomia, vale dizer,
ela pode atuar dentro dos limites que a
Constituição lhe outorga, da mesma maneira que
os EstadoseMembros também são autônomos. g
autonomia recíproca entre os Estados-Membros e a
União é essência do principio federativo. Com
relação a quem seria soberano dentro do Estado
Federal já muito se discutiu. Houve época em que
se entendeu fossem os .EstadoseMembros os
soberanos. Em outras ocasiões preferiu-se dizer
que a soberania caberia simultaneamente aos
Estados-Membros e à União. Hoje prevalece a
doutrina segundo a qual soberano é o Estado
total, é a República Federativa do Brasil, que
expressa a sua soberania na ordem internacional
através dos órgãos da União.
Falamos há pouco dos municípios. É este um
ponto importante na compreensão do federalismo
brasileiro. Porque, se contemplarmos a doutrina
sobre Federação, nunca vamos encontrar
referência aos municípios, que são considerados
um assunto de interesse dos EstadoseMembros, que
a eles outorgam ou não autonomia segundo o seu
talante, ou segundo a sua vontade.
Mas no constitucionalismo brasileiro tal não
ocorre. Os municípios também desfrutam de uma
autonomia similar à dos Estados-Membros, visto
que não lhes falta um campo de atuação
delimitado, leis próprias e autoridade sua. Isto
dá ao nosso município a qualidade de autônomo e,
mais do que isto, autônomo por força da própria
Constituição.”
17. Em face de todas essas considerações, sem me
comprometer com a tese no julgamento final de mérito,
tenho por relevante, para o efeito do exame de medida
cautelar, o primeiro fundamento da presente ação
direta de inconstitucionalidade, qual seja o da
ameaça ao regime federativo, pela quebra do principio
da imunidade recíproca entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, no que concerne ã
instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou
serviços uns dos outros (artigo 19, 18, 60, § 49,
Óšfifawza g-Ê'Ámm 1/7 fiaz/T/n /+ 24 9
nn; 232-? ng
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retro-transcritos.
21. Por todas essas razões e no mais, pelo que ficou dito
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1R - declarar a inconstitucionalidade das expressões
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brasileiro.
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zzqãf/eâma gšäãwa/ äíséáa/ 260
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direito do cidadão; no entanto, esse direito esta mitigado pela
garantias do contribuinte.
2
261
t9ãáaemfl Íñãäâes/ffiãšfiâsší
E, ai, temos:
constitucionalmente.
parágrafo dispõe:
STF - 102-009
25f
ñf/zmú %Ãmzz/ ggzzéée/ 3
w
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232-7 DF
STF - 102-002
fšføesmâ gšíáfmz/ gšsém/ 2 64
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financeira".
Movimentação Financeira".
STF ~ 102-002
b;
Cm
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J
:gyímvzâ äšãfma/ ä'ám/
ADI 232-? DF
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sucessivas.
:HF . ¡às-0,92
26'?
Jëëãaam':gäÉÉWQ/fígšfläaíp
ADI 232-? DF
Movimentações Financeiras.
ADI 2§2~7 DF
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10
Óéàäamw'¿9ãøáfla/FÍ%É%%e/i
(11)
VELLOSO
CARLOS
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Voto
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O Sr. Ministro CARLOS VELLOSO: - Sr. Presidente,
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" ,sz/sm? 92mm/ esém/
270
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tendente a abolir:
I - a forma federativa de
Estado.'
Movimentações Financeiras.
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gl/âøämfi íCZ-É'Zá'fia/ ígfšaém/ 272
MME
formação de juiz.
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'STF - 'lü'I-QU?
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ze se,éW/ 27 3
IE
como relevante, no ponto, a argüição, no sentido
IV, da Constituição.
oontribuinte...'
constitucionalidade da Emenda.
/LuoottM/c
sem. .fã/.Med .az/MM 27”
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parte.
Direito.
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do contribuinte.
letra Q"."
constituinte derivado.
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áfãf/éâsma Êzéøm/ gízeém/ 278
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legislador constituinte derivado, como acima foi dito.
19). É que quem pagará esse imposto é quem tem dinheiro, é quem
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Voto
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FEDERAL
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0173?020
00180000
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constitucional.
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STF -102-001
Lgãf/Áéâøm %Z;0m/ a/QÍÇQQQ/ 2 31
É
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sistema consagrado pela Constituição Federal não se revela
existentes.
arbítrárías do Estado.
z MV
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É
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Lga/wma aoñtfla/ gíaéáa/ 2 8 c)
z W
TF - 102-001?
tgã/zmwm gírfiføm/ .gúévzz/ 283
contribuintes.
4 W
gé/áøâma gøáma/ gaém/ 2 84
contribuintes.
5 (:šêƒjkuj`-~___mii3
ÊTF - :ua-oo:
zgã/Mma fišzízfle/ Âgäzém/ 2 83
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1
ADI 939fl7 EE
situação fiscal.”
6 W
'F . 102-002
sem, esaf sz'aés/ 286
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brasileira em favor dos organismos sindicais, representativos
É
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E
("Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar", p. 191, 5!
o fato de que
regime democrático”.
em matéria tributária.
8 W.
F - 102-002
áíf/émzâ azâzfla/ gazéäs/ 28 8
É
Fl
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'11
“J
ls
histórica opção pela forma federativa de Estado, pronunciou uma
Outros .
9 W
h
TI' - 102.002
fi/mäg gëšáøm/ goéán/ 2 89
H
232-?
I'ã
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patrimonio, a renda e os serviços das demais.
f...).~
Federação.
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'F - 102-0112
zgêáammu Ízšãëem/rágšnea/p E29{)
sem 939-? QE
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11 W
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'F - 100-001
.ÊÊ/áwma gøáma/ gám/ 2 91
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H
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IV
lã
contrário obriga-las a contribuição pelo próprio
e federaes.
expressamente na Constituição.”
.z W
gÊ/eama atáfize/ gaz/fm/ 29 2
lê:
Estado Federal
jurisprudencial,
naquele
à condição
pais,
de
erigi-lo,
cláusula
mediante
de salvaguarda
construção
da
government”.
quem
13 gabi
Lçfãf/zama gšáaa/ gšaéáa/ 2 9 .3
W
14
I.
'F -102-002
igëúàeua Íäãäâfia/pâããfläašp 25,4
QUI 232-? QE
15 W
fiøiføzzfl üšãéíms/ gfâ'yõzéén/ 29 5
ADI 939-? ng
constituinte derivado.
Caminho, Lisboa).
do Estado.
16
1102-0512
r_% äâ'ff'ííá? %/áäíífi/ cg/è-ééíá/ 29 G
que não pode ser alterada nos seus aspectos essenciais sob pena
M ~
17
%/¿m¿a gešáaza/ Léa/gaéáa/
ADI 939-? QE
29?
Federação e o princípio tutelar dos direitos e
jurídico-tributária.
trata este artigo não .se aplica o artigo 150, III, "b", e
VI...".
18 (ššl/À\efl/MHH`“__”'
zçëáàfiafl Éãããána/fígšààfidfi
298
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q
I?
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inscrita no art. 150, VI, da Carta Politica, são
É o meu vota.
/llpc.
(4)
BROSSARD
PAULO
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Voto
zgákeeeø Éñšäâee/figzeéeuf
299
01737020
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I<
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00180000
09393070
01531070
B'ÍF - ¡OQ-'002
Jãêéamma Íäšäâme/pigãeéna/ 3(›0
ëQL 23211 DE
considerações maiores.
.iifllíífirlfl
uma Federação e ser uma Nação. E por isso penso que' são
preservação.
religioso.
STF - 102-4102
áëfiäw ÊQÉmM/šäám/ 302
Mai-191
:a V
gÍ/tówza %Émz/ «Wmém/
303
(4)
SILVEIRA
DA
NÉRI
-
Voto
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE NQ 00009397/600
V O T O
XMCA
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z.%/tøww zø/-Ãfima/ gia/Mó,
304
popular."
INCA
rgáátâfiw grúfia/ «gøãém/
305
3
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE NO 00009397XSOO
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áífím figámz/ ÊÊ'QÉM/ 306
4
AÇÃO DIRETA Os INCONSTITUCIONALIDADE NO 00009397/600
W
1
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c§ë%äa%m ígääâwâ/äágêfläaí&
307
(1)
GALLOTTI
OCTAVIO
-
Voto
15/12ƒ93 TRIBUNAL PLENO
FEDERAL
01737020
00180000 'VOTO
09393090
0141 1240
Constituição Federal. W? ML
/raf/
-. L; -102-002
(2)
SANCHES
SYDNEY
-
Voto
øøáówm äfáfia /q Âgšméáa/
3OS
l\\P
1929 M
01737020 (RETIFICAÇÃO PARCIAL DE VOTO)
00180000
09393100
01401310
apenas a alinea "a"), foi por não ver em tais alíneas ("b", "c"
inciso VI, para abranger, não só a alinea "a", como fizera eu,
Constitucional ng 3, de 17.03.93.
ST F -10'2-002
yfizsm getfäífim/ Êíaém/ñ 30q
t.
ADI 939-7 QE
3- 102-G02
rgêfiafiwa Íãšãâmø/gâãšãëa/F
(1)
GALLOTTI
OCTAVIO
-
Voto
310
IZ
FEDERAL
ÚJ-v
/raf/
sxTeATo os ATA
tes
Presidência do Senhor Ministro Octavio Gallotti. Presen
Sllvelra, äydne y Sanch es, Peg
à sessão os Senhores Ministros Neri da Vellos o, Mag
nce, Celso de Hello , Carlo s
lo Brossard, Sepúlveda Perte Senhores
ente, os
eo Rurêlio e Ilmar Galvão. Ausentes, justificadam
Ministros Moreira Alves e Franclseo Rezek.
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Secretário
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