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Capítulo 1
Sistemas de prescrição fitoterápica
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Farmácia da Natureza
Paradigmas na Medicina
Em toda história da medicina sempre houve uma busca por compreender os
intrincados mecanismos do adoecimento humano. Algumas figuras se destacaram
em função de suas notáveis contribuições no campo do conhecimento médico. Estas
contribuições partiam de determinados paradigmas e influenciavam na construção
de outros mais novos que, ora substituíam os antigos, ora caminhavam
simultaneamente com a predominância de um sobre o outro.
Duas grandes ideias filosóficas permearam a história do conhecimento
médico:
Uma relacionada à compreensão do homem como uma unidade
psicossomática, com características singulares e únicas, animada por uma força
vital que se perturba diante de determinados agravos sejam físicos, psicológicos ou
ambientais. Este modelo entende o funcionamento do organismo dentro de uma
visão sistêmica na qual todas as partes deste funcionam de maneira integrada e
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Farmácia da Natureza
Fitoterapia)
Modelo!! Modelo-
Sistêmico- Organicista-
- -
- -
Fitocomplexo- Substâncias-
químicas-
isoladas-
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Farmácia da Natureza
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Farmácia da Natureza
• Integração homem-sociedade-ambiente
1) Especificidade bioquímica
Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-se no conceito de conjunto
sintomático. É muito familiar e de fácil entendimento para o médico ocidental.
• Arnica montana: anti-inflamatório (terpenos e flavonoides)
• Pyrostegia venusta: antifúngica
• Phyllantus niruri: diurético
• Valleriana officinalis: sedativo
• Sambucus nigra: antitérmico
2) Tropismo fisiopatológico
Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-se no conceito de fitocomplexo.
O fitocomplexo consiste no conjunto de compostos químicos
biologicamente ativos encontrados em uma espécie vegetal. Estes compostos
possuem múltiplas ações farmacológicas agindo em diversos ‘alvos’ de forma
sinérgica (herbal shotgun).
Para aprofundamento deste tema recomenda-se a leitura do artigo Herbal
medicines: old and new concepts, truths and misunderstandings (Rev. Bras.
Farmacogn. Braz. J. Pharmacogn. 23(2): Mar./Apr. 2013)
3) Potencial Homeofitoterápico
Esta forma de raciocínio terapêutico baseia-se no uso de fitoterápicos em
diluições decimais (DH1 a DH5). São geralmente utilizadas para espécies tóxicas
(p. ex. Atropa belladonna, Symphitum officinalis).
4) Potencial bioenergético
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Farmácia da Natureza
Conclusão
Enfim, o médico irá buscar aqueles sistemas de prescrição que tem maior
afinidade ou facilidade de compreensão/manejo, mas sempre integrando-os ao
raciocínio clínico moderno.