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FACULDADE CENECISTA DE JOINVILLE - FCJ


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

ANÁLISE DE JULGADOS

Amanda Cristina do Nascimento


Maria Alice Macedo Tavares
Vanessa Gabriela Gois

Direito Civil III – Contratos e Obrigações


Professor: Guilherme Machado Casali, MSc.

Joinville
Junho de 2016
2

SUMÁRIO

1. ANÁLISE DE JULGADOS.........................................................................4
1.1. Consignação em pagamento..........................................................4
1.1.1. Apelação Cível..........................................................................4
1.1.1.1. As partes envolvidas......................................................5
1.1.1.2. Relato dos fatos.............................................................5
1.1.1.3. Decisão de primeira instância........................................5
1.1.1.4. Decisão de segunda instância.......................................5
1.1.2. Apelação Cível..........................................................................6
1.1.2.1. As partes envolvidas......................................................7
1.1.2.2. Relato dos fatos.............................................................7
1.1.2.3. Decisão de primeira instância........................................7
1.1.2.4. Decisão de segunda instância........................................8
1.2. Subrogação....................................................................................8
1.2.1. Apelação Cível..........................................................................8
1.2.1.1. As partes envolvidas......................................................8
1.2.1.2. Relato dos fatos..............................................................
1.2.1.3. Decisão de primeira instância.........................................
1.2.1.4. Decisão de segunda instância........................................
1.2.2. Apelação Cível...........................................................................
1.2.2.1. As partes envolvidas.......................................................
1.2.2.2. Relato dos fatos..............................................................
1.2.2.3. Decisão de primeira instância.........................................
1.2.2.4. Decisão de segunda instância........................................
1.3. Dação em pagamento.....................................................................
1.3.1. Apelação Cível...........................................................................
1.3.1.1. As partes envolvidas.......................................................
1.3.1.2. Relato dos fatos..............................................................
1.3.1.3. Decisão de primeira instância.........................................
1.3.1.4. Decisão de segunda instância........................................
1.3.2. Apelação Cível..........................................................................
1.3.2.1. As partes envolvidas......................................................
1.3.2.2. Relato dos fatos.............................................................
1.3.2.3. Decisão de primeira instância........................................
1.3.2.4. Decisão de segunda instância.......................................
1.4. Novação.........................................................................................
1.4.1. Apelação Cível.........................................................................
1.4.1.1. As partes envolvidas......................................................
1.4.1.2. Relato dos fatos..............................................................
1.4.1.3. Decisão de primeira instância.........................................
1.4.1.4. Decisão de segunda instância.........................................
1.4.2. Apelação Cível............................................................................
1.4.2.1. As partes envolvidas........................................................
3

1.4.2.2. Relato dos fatos..............................................................


1.4.2.3. Decisão de primeira instância........................................
1.4.2.4. Decisão de segunda instância........................................
1.5. Compensação.................................................................................
1.5.1. Apelação Cível..........................................................................
1.5.1.1. As partes envolvidas.......................................................
1.5.1.2. Relato dos fatos..............................................................
1.5.1.3. Decisão de primeira instância...........................................
1.5.1.4. Decisão de segunda instância.........................................
1.5.2. Apelação Cível...........................................................................
1.5.2.1. As partes envolvidas......................................................
1.5.2.2. Relato dos fatos............................................................
1.5.2.3. Decisão de primeira instância........................................
1.5.2.4. Decisão de segunda instância..........................................
4

1. ANÁLISE DE JULGADOS

1.1. Consignação em Pagamento

1.1.1. Apelação Cível n. 2015.064945-1, de Blumenau.


Relator: Desa. Substituta Cinthia Beatriz da S. Bittencourt Schaefer.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. SENTENÇA
DE IMPROCEDÊNCIA. RECURSO DA AUTORA. PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO REALIZAÇÃO DE PERÍCIA CONTÁBIL.
TESE RECHAÇADA. MÉRITO. PARCELAS DEVIDAS PELA AUTORA QUE
NÃO FORAM PAGAS ANTE A AUSÊNCIA DE ENVIO DO BOLETO. FATO
ESTE QUE A LEVOU À INADIMPLÊNCIA. PROVA NOS AUTOS DE QUE SE
TRATA DE OBRIGAÇÃO QUESÍVEL (ART. 327, CC). AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DO ENVIO DO DOCUMENTO HÁBIL PARA PAGAMENTO.
ÔNUS DA PROVA QUE RECAI SOBRE O CREDOR. ENCARGOS
MORATÓRIOS NÃO DEVEM SER COMPUTADOS. PAGAMENTOS
REALIZADOS NO VALOR EXCLUSIVO DAS PARCELAS. QUITAÇÃO
RECONHECIDA ATÉ O MÊS DE MAIO/2008. PEDIDO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO EM RELAÇÃO ÀS 8 PARCELAS FALTANTES, DIANTE DA
CONTÍNUA AUSÊNCIA DO ENVIO DOS BOLETOS. VALOR DEPOSITADO
JUDICIALMENTE INSUFICIENTE, POIS NÃO INCIDE A MORA CONTRATUAL.
DEPÓSITOS REALIZADOS FORA DO PRAZO DE VENCIMENTO.
INCIDÊNCIA DE ENCARGOS CONTRATUAIS MORATÓRIOS NÃO
OBSERVADOS PELA AUTORA. POSSIBILIDADE, TODAVIA, DE SE
RECONHECER A QUITAÇÃO PARCIAL DO DÉBITO, NOS LIMITES DOS
VALORES DEPOSITADOS. "A insuficiência do depósito, assim, para parcela da
doutrina e da jurisprudência, não implicaria a improcedência do pedido, mas,
antes e apenas, que o efeito da extinção da obrigação deveria ser parcial, até o
montante da importância consignada [...]. Em hipóteses como a verificada nestes
autos, a melhor solução, efetivamente, é o acolhimento parcial do pedido inicial,
ainda que reconhecida a insuficiência dos depósitos efetuados pela parte
demandante, pois haverá a necessária liquidação de sentença para averiguação
do saldo remanescente, o que afasta qualquer prejuízo ao credor. [...] (Apelação
Cível n. 2009.055993-3, de São Miguel do Oeste. Relator: Des. Ricardo Fontes.
J. em 14/10/2009)". FIXAÇÃO DO VALOR DO DÉBITO. QUESTÃO A SER
VERIFICADA EM FASE DE CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. "Não é permitido
ao Tribunal fixar, ademais, o exato importe devido pela parte consignante nesta
Instância, pois ausentes parâmetros concretos para a sua delimitação, a qual
exige a elaboração de cálculos matemáticos. Ao credor, porém, será lícito
promover execução de título judicial buscando a satisfação do crédito
remanescente, instruída com planilha elaborada de acordo com os critérios
acordados, subtraída a quantia depositada (STJ, REsp n. 255.105/SC, Rel. Min.
Aldir Passarinho Junior, DJU de 30-8-2004; e REsp n. 699.248/GO, Rel. Min.
Barros Monteiro, DJU de 29-8-2005)". SUCUMBÊNCIA. REFORMA DA
SENTENÇA A QUO QUE LEVOU A PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO
5

INICIAL. INVERSÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL QUE SE IMPÕE. RECURSO


CONHECIDO E PROVIDO.
1.1.1.1. As partes envolvidas
Figuram, como Apelante e Apelado, Rosane Maçaneiro e Consórcio
Nacional Sudamérica S/C Ltda., respectivamente.
1.1.1.2. Relato dos fatos
Apelante, Rosane Maçaneiro, afirma que adquiriu uma carta de crédito da
empresa apelado, Consórcio Nacional Sudamérica S/C Ltda., tendo ficado em
adimplente com suas obrigações de pagamento dos boletos até a data de
dezembro de 2007. A mesma alega que pelo fato de estar em viagem, não
realizou o pagamento do boleto referente a janeiro de 2008, e por tal fato a
empresa não mais lhe envio os demais boletos de pagamento, com exceção do
mês de março, que lhe foi enviado e a apelante pagou.
Todavia, ao ser notificada pela ré, informou que realizou os pagamentos
em atraso (mês janeiro/2008 e fevereiro/2008). Entretanto, a apelada deixou de
realizar os envios dos boletos subsequentes (abril/2008 e maio/2008) e, que ao
receber notificação extrajudicial novamente, constatou que além dos débitos em
aberto a empresa ré lhe cobrava novamente valor referente ao mês de fevereiro
de 2008, já pago. Visto isso, a autora realizou pagamento somente dos déido
referentes a abril de 2008 e maio de 2008, mas novamente, a empresa deixou
de enviar o boleto do mês de junho de 2008, motivo pelo qual a autora entrou
com ação de consignação em pagamento.
Em contestação, o apelado alegou que não fez recusa no recebimento do
boleto, mas que não poderia dar recibo dos boletos anteriores, uma vez que a
autora não pagou o valor integral dos mesmos, deixando de pagar os juros
moratórios destes e as custas com notificações extrajudiciais realizadas. Alega
também, que devido a inadimplência ajuizou ação de Busca e Apreensão.

1.1.1.3. Decisão de primeira instância


Juiz julgou improcedente os pedidos da inicial, e condenou a autora ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais nos
valores de R$ 2.000,00 reais.
Deste modo, autora entrou com pedido de apelação, suscitando o direito
de defesa alegando que não foi dada a oportunidade para que se levantasse os
valores efetivamente devidos, uma vez que a decisão do juiz para o conflito em
questão foi antecipada, e alega que nos pagamos dos boletos em atraso calculou
os juros acordados em contrato, que seriam de 2%. Salienta também que sejam
reconhecidos os pedidos iniciais, de que os valores depositados em consignação
sejam considerados quitados, ainda que a menor, possibilitando a apuração do
efetivo valor devido pela apelante.

1.1.1.4. Decisão de segunda instância


Acerca da afirmação de que não foi lhe dado direito de defesa, o relator,
não lhe dá razão. Visto que, mesmo tendo das partes o direito de ônus da prova,
cabe ao juiz selecionar as mesmas e ver quais são mais pertinentes a solução
6

do caso. Desta maneira, se o juiz encontrou elementos suficientes para resolver


a questão, não houve aqui cerceamento de defesa. O que se exige é que as
provas selecionadas para a decisão adotada do magistrado tenham fundamento,
o que ocorreu neste caso concreto.
Em relação a consignação em pagamento, verificou-se o direito parcial
nos pedidos iniciais. Uma vez que para o pagamento das parcelas, cabe ao
credor o envio dos boletos e no inadimplemento das obrigações, que a mesma
busque o pagamento no endereço do devedor, ou que lhe envie os documentos
para que seja possível efetuar os pagamentos.
A autora mesmo admite que não realizou os pagamentos dos meses de
janeiro de 2008 e fevereiro de 2008, mas que quando recebeu a notificação do
debito em aberto os quitou. Desta maneira, quando a empresa ré deixou de lhe
enviar os boletos referentes aos meses de abril de 2008 e maio de 2008, e
novamente, a autora recebeu notificação extrajudicial, nesta última notificação,
continha não só os meses em aberto, mas também havia cobrança do mês de
fevereiro de 2008 já pago. A apelante realizou os pagamentos dos débitos em
abertos, mas não pagou o valor referente ao mês de fevereiro de 2008, no qual
a mesma já havia pago. Todavia, mesmo com este pagamento das parcelas em
atraso, a empresa apelada não encaminhou o boleto do mês de junho de 2008,
razão pela qual autora ajuizou ação de consignação.
O relator observa que não haviam motivos para o não envio dos boletos
referidos e que fica claro a recusa por parte da empresa em receber da apelante.
Deste modo, a ausência de pagamento dos boletos de abril e maio de 2008 não
incide juros, uma vez que era dever da ré procurar receber as parcelas de
maneira correta.
Verificou a boa-fé da apelante-autora, vez que todas as vezes que lhe
foram realizadas notificações, realizou o pagamento da inadimplência em
questão. Entretanto, os valores referentes a junho de 2016, e os subsequentes
devem ser acrescidos de juros moratórios por não terem sido pagos nas datas
acordadas em contrato, sendo assim o montante em consignação insuficiente.
O voto dos relatores foi para dar provimento parcial ao pedido inicial, e
declarar a quitação parcial do débito até o limite da quantia consignada em juízo,
e decidindo que deva ser dada a quantia exata dos valores faltantes para a
realização da liquidação dos débitos devido.
1.1.2. Apelação Cível n. 2010.007777-2, de Chapecó.

Relatora: Desa. Hildemar Meneguzzi de Carvalho.


APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.
IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAÇÃO. PEDIDO DE
INEXIGIBILIDADE DE TAXA CONDOMINIAL. TESE DE COBRANÇA EM
DESACORDO COM A LEI N. 8.245/91. INSUBSISTÊNCIA. LOCATÁRIA DO
IMÓVEL A QUEM INCUMBE AS DESPESAS ORDINÁRIAS DE CONDOMÍNIO.
INTELIGÊNCIA DO ART. 23, INCS. I E XII, §1o, ALÍNEAS 'A', 'B' E 'C' DA LEI
DAS LOCAÇÕES. DECORRÊNCIA LEGAL COM EXPRESSA PREVISÃO NO
CONTRATO LOCATÍCIO. RATEIO DE DESPESAS FIXAS DO CONDOMÍNIO
ESTIPULADAS EM ASSEMBLÉIA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE
7

AS DESPESAS EXIGIDAS SE TRATAVAM DE ENCARGOS


EXTRAORDINÁRIOS. INEXISTÊNCIA DE PROVA ACERCA DE CONTRATO
VERBAL DE ISENÇÃO. PRÉDIO EM FASE DE FINALIZAÇÃO.
IRRELEVÂNCIA. CONCORDÂNCIA PRÉVIA DA LOCAÇÃO NO ESTADO EM
QUE O IMÓVEL SE ENCONTRAVA. POSSE DO IMÓVEL COM EXERCÍCIO
DO DIREITO DE CONDÔMINO QUE IMPORTA EM DEVER DE ARCAR COM
AS RESPECTIVAS OBRIGAÇÕES. LEGALIDADE DA TAXA CONDOMINIAL
QUE REDUNDA EM IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO DE VALORES QUE EXCLUEM O ENCARGO. MANUTENÇÃO
INTEGRAL DA SENTENÇA QUE INVIABILIZA A INVERSÃO DO ÔNUS
SUCUMBENCIAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1.1.2.1. As partes envolvidas
Figuram, como Apelante e Apelado, Vânia Verona e Imobiliária Markize Ltda.,
respectivamente.
1.1.2.2. Relato dos fatos

A autora ajuizou ação de pagamento em consignação contra Imobiliária Markize


Ltda., pois alegava ter realizado acordo verbal com a ré ligado a isenção na
cobrança de taxas extras acerca do condomínio, entretanto a ré passou a realizar
tais cobranças. Todavia, não concordando com cobranças adicionais, a autora
passou a não receber mais os boletos e se forçou a realizar depósito em juízo
dos valores que julga sendo os corretos.
A apelante declarou também, que a requerida fez uso de manobras ilícita
para cobrar duas vezes o acerca do condomínio, além de que “[...] a recusa na
percepção de alugueres faria com que a requerida recebesse montante referente
à bonificação (que se constituiria em verdadeira multa), além da própria multa de
10% (dez por cento), juros e correção monetária. ” (Apel. Cível, 2010.007777-2,
pag. 03). Afirma também, que a ré fez uso de meios ameaçadores, e entrou com
ação revisional sobre o contrato de locação.
Os depósitos em juízo foram realizados nas quantias do valor do aluguel,
nos períodos de vencimento estipulados no contrato de locação, da data em que
se deu cobrança indevida até a solução da lide em questão e da solução da ação
revisional proposta pela apelada. Por fim, a autora pede que estes valores
depositados em juízo sejam declarados como sendo pertinentes e que seja
dispensada de qualquer outra obrigação, ficando a ré, responsável de arcar com
os valores referidos a custas e honorários.
No decorrer da ação a autora se retirou do imóvel e realizou entrega da chave
judicialmente.
Diante de todas estas alegações a Imobiliária Markize, contestou as
informações de que realizou acordo verbal de isenção na cobrança de taxas,
bem como a higidez na recusa ao recebimento de valores "a menor" em
consignação extrajudicial.

1.1.2.3. Decisão de primeira instância

O juízo solicitou que se aguardasse instrução de ação revisional para decisão


simultânea.
8

A decisão foi de negar provimento aos pedidos formulados pela autora em


sua inicial.
Discordando da decisão, a ré na ação revisional e autora na ação de
consignação, entrou com apelação com o argumento de que tal decisão estaria
sendo contraria ao ordenamento jurídico vigente.

1.1.2.4. Decisão de segunda instância

Acerca da ação revisional, tal discussão gira em torno da legalidade das


cobranças das taxas condominiais. Aqui é mantida decisão de primeira instância,
em que é improcedente o pedido de consignação.
É previsto em lei as obrigações para com taxas, tanto do locador como
para o locatário. As despesas consideradas em lei extraordinárias são
consideradas responsabilidades do locador, no mesmo passo que, despesas
consideradas em lei ordinárias são de responsabilidade do locatário. Neste
caso, surge a dúvida se as taxas alegadas pela autora são de proveniência
extraordinária, ou ordinária.
Neste caso, a ação revisional demostra que não ficou comprovado a
existência de taxas indevidas cobradas e, que, cada condômino paga estas
conforme seu uso.
No que se refere a declaração de suposto acordo verbal entre a autora e
o Condomínio para isenção em taxas condominiais, por motivo de obra
inacabada, ficou comprovado a inexistência de tal acordo.
Ao se realizar oitiva de testemunhas, até mesmo testemunha em favor da
autora, não conseguiu apresentar informações que solucionassem conflito em
favor da mesma.
Por tais afirmações da autora não terem conseguido ser comprovadas, o
voto é, para se manter sentença de primeiro grau na integra e, julga
improcedente recurso formulado pela autora em face da ré.

1.2. Subrogação

1.2.1. Apelação Cível n. 2012.052793-6, de Joinville

Relator: Des. Subst. Júlio César Knoll

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DEMOLITÓRIA. IMÓVEL EM ÁREA DE


PRESERVAÇÃO PERMANENTE. OFENSA ÀS NORMAS URBANÍSTICAS.
CONSTRUÇÃO SEM ALVARÁ. IRREGULARIDADES EVIDENCIADAS.
IMPOSSIBILIDADE DE ADEQUAÇÃO. DESFAZIMENTO. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E ACOLHIDO, EM PARTE. "Tendo em
vista que não há direito fundamental absoluto, havendo o embate entre o direito
ambiental difuso a um meio ambiente hígido e o direito fundamental à moradia,
que perpassa pela dignidade da pessoa humana, em que pese a prevalência
geral do primeiro, porque sensível e afeto a toda a coletividade, há casos de
prevalência deste, a fim de garantir o mínimo existencial no caso concreto. Trata-
se de prevalência, jamais total subrogação de um sobre o outro. Desta forma,
demonstrada ocupação de área de preservação permanente ou terreno de
marinha, com fins de moradia por tempo considerável, deve o posseiro demolir
a construção ilegitimamente levada a efeito, recompondo o meio integralmente
9

ou pagando multa indenizatória direcionada para tal fim. Entretanto, a


desocupação somente poderá ser efetivada após garantia do Poder Público de
designação de novo local adequado para moradia da família" (TRF - 4ª Região -
Apelação Cível n. 2005.04.01.032019-0/SC, relª. Desª. Federal Maria Lúcia Luz
Leiria, j. em 15.9.2009)". [...] (Ap. Cível n. 2014.060516-4, rel. Des. João
Henrique Blasi, j. em 23-6-2015). (TJSC, Apelação Cível n. 2012.052793-6, de
Joinville, rel. Des. Júlio César Knoll, j. 20-10-2015).

1.2.1.1. As partes envolvidas

Figuram, como Apelante e Apelado, Maria Aparecido Cavalheiro e


Município do Joinville, respectivamente.
1.2.1.2. Relato dos fatos

Foi evidenciado que a requerida construiu uma casa de madeira


reutilizada, sendo que a mesma não possuía alvará para tal atividade e nem
projetos arquitetônicos, e, portanto, encontrava-se em discordância com as
deliberações contidas nas normas do município.
Foi afirmado que a edificação construída por Maria Aparecida Cavalheiro
estava localizada em área de manguezal, isto é, de preservação permanente.
Fundamentou que a obra em questão fora embargada, já quando a mesma se
encontrava em andamento, mesmo antes de ser concluída, através do Auto de
Fiscalização Ambiental n. 0397/08, de 25-9-2008, por cometia diversas infrações
do Código de Obras do Município e do Código Municipal do Meio Ambiente.

1.2.1.3. Decisão de primeira instância

O Juiz de Direito, Dr. Renato L. C. Roberge julgou procedente o pedido


que o Município de Joinville formulou em face Maria Aparecida Cavalheiro para
a demolição da obra e estabeleceu o prazo de 30 dias para tanto, sob pena de
ser conduzido pelo autor. Tal decisão foi tomada devido ao fato de a moradora
possuir edificação de madeira reutilizada em local inapropriado, sendo esta área
de manguezal que é de preservação permanente no município em questão.

1.2.1.4. Decisão de segunda instância

A recorrente por sua vez recorre sustentando a tese de ser dever de o


estado fornecer moradia. É afirmado na decisão que mesmo agindo de boa-fé,
a construção estava em desacordo com a legislação municipal. Verificou-se
trata-se de uma pessoa carente e que não tinha possibilidades de conseguir
outra moradia de imediato para si e sua família. Diante de tais fatos, foi entendido
que a ação demolitória deveria estar condicionada a designação de outro lar para
a apelante.
A decisão foi no sentido de conhecer e acolher, em parte, o recurso, para
que a demolição da casa seja condicionada a obrigação do Município de
Joinville, de cumprir sua função social, e garantir a moradia adequada para Maria
Aparecida.

1.2.2. Apelação Cível 1471243-9, de Londrina.


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Relator: Des. Luis Sérgio Swiech

AÇÃO SUMÁRIA DE COBRANÇA. TAXAS CONDOMINIAIS. SENTENÇA QUE


JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS INICIAIS (ART.269, I DO CPC/73).1.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA.NÃO ACOLHIMENTO.
CONTRATAÇÃO DE PRESTADORA DE SERVIÇO DE COBRANÇA QUE NÃO
CARACTERIZA, POR SI SÓ, A SUBROGAÇÃO. TITULARIDADE DO CRÉDITO
PERTENCENTE AO CONDOMÍNIO.2. PRELIMINAR DE FALTA DE
INTERESSE DE AGIR AFASTADA. RESISTÊNCIA DA CONDÔMINA EM
ADIMPLIR AS PRESTAÇÕES.AÇÃO DE COBRANÇA QUE SE MOSTRA ÚTIL,
NECESSÁRIA E ADEQUADA AO PROVIMENTO JURISDICIONAL
PRETENDIDO PELO AUTOR.3. INADIMPLEMENTO DAS TAXAS
CONDOMINIAIS. ALEGAÇÃO DA APELANTE/ RÉ DE QUE NÃO POSSUI
RECURSOS FINANCEIROS PARA ARCAR COM TAIS DESPESAS.
ARGUMENTO INSUFICIENTE PARA OBSTAR A PRETENSÃO DE
COBRANÇA. OBRIGAÇÃO DECORRENTE DE LEI. INCIDÊNCIA DA MULTA
DE 2%, DOS JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O
VALOR DO DÉBITO.POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 1336, §1º,
DO CÓDIGO CIVIL.RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJPR - 8ª C.Cível - AC - 1471243-9 - Região Metropolitana de Londrina - Foro
Central de Londrina - Rel.: Luis Sérgio Swiech - Unânime - - J. 07.04.2016)

1.2.2.1. As partes envolvidas


Figuram, como Apelante e Apelado, Ramacris Ivone de Souza da Silva e
Condomínio Residencial Tietê, respectivamente.

1.2.2.2. Relato dos fatos

Trata-se de apelação interposta em face de sentença que julgou a


apelante ao pagamento de parcelas de taxas de condomínio vencidas desde
07.04.2011 e também aquelas vincendas no curso da ação.
A apelante deixou de pagar algumas das parcelas das taxas condominiais
e, portanto, o Condomínio Residencial Tietê ajuizou ação de cobrança contra a
mesma, que sustenta que o apelado não possui legitimidade para tanto, uma vez
que a empresa Dezainy Assessoria de Cobranças S/S Ltda. é quem possuiria tal
legitimidade para efetuar as cobranças, uma vez que esse direito teria a ela sido
sub-rogado.
De acordo com a apelante, a mesma em momento algum se negou que
deixou de efetuar o pagamento das taxas condominiais. Limitou-se a apresentar
argumentos de ordem sentimental, sustentando que possui custos com a
medicação e tratamento de seu filho, carecendo de recursos financeiros para
arcar com as despesas do condomínio.

1.2.2.3. Decisão de primeira instância

A Ação Sumária de Cobrança de nº 0006061-86.2015.8.16.0014, acabou


por condenar a senhora Ramacris Ivone de Souza da Silva ao pagamento das
taxas de condomínio vencidas desde 07.04.2011 e aquelas vincendas no curso
da ação, atualizadas pelo INPC e acrescidas de juros de mora de 1% ao mês,
contados a partir do respectivo vencimento, além de multa de 2%.
11

Além disto, também condenou a ré ao pagamento das custas processuais


e dos honorários advocatícios em favor do patrono do autor, os mesmos foram
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação.

1.2.2.4. Decisão de segunda instância

A apelante afirma que o Condomínio Residencial Tietê não teria


legitimidade para ajuizar a ação de cobrança, uma vez que teria sub-rogado este
direito à empresa de cobranças Dezainy Assessoria de Cobranças S/S Ltda., no
entanto, o relator entende que a contratação de empresa terceirizada não
caracteriza, por si só, a sub-rogação ou a transferência de direitos, dado que a
sua função limita-se a prestar serviço de cobrança e assessoramento ao
condomínio, o qual permanece como titular do direito de crédito, não dispondo
desse direito.
De acordo com o relator, apesar de a apelante alegar que não apresentou
resistência à pretensão da ação, é fato que ocorreu o inadimplemento das
parcelas das taxas condominiais. Isso já é suficiente para caracterizar a
necessidade, utilidade e adequação da demanda de cobrança proposta pelo
autor, ficando patente a presença do interesse de agir, sendo, portanto, o
apelado detentor de interesse de agir.
Os Desembargadores desta Câmara, por unanimidade de votos,
conhecem, porém, negam provimento ao apelo, mantendo, portanto, a
distribuição da sucumbência fixada em primeiro grau.

1.3. Dação em pagamento

1.3.1. Apelação Cível n. 2014.029741-7, de Itajaí

Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta

EXECUÇÃO. ALIMENTOS. PRESCRIÇÃO. MENOR IMPÚBERE. INCIDÊNCIA


DO ART. 197, II C/C 206, § 2o, DO CPC. INOCORRÊNCIA. PREFACIAL
RECHAÇADA. MÉRITO. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DAS PARCELAS
MEDIANTE DAÇÃO DE GÊNEROS NECESSÁRIOS À SUBSISTÊNCIA.
AUSÊNCIA DE PROVAS OU RECIBO DE QUITAÇÃO PASSADO PELO
CREDOR. OBRIGAÇÃO LÍDIMA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Na dicção do
art. 197, II, do Código Civil: "Não corre prescrição entre ascendentes e
descendentes, durante o poder familiar", também incorrendo a prescrição contra
os absolutamente incapazes (CC/2002, art. 3o, I, c/c o art. 198, I), logo,
inconteste que, em relação ao filho menor, não há se falar em prescrição das
verbas alimentares (Apelação Cível n. 2009.016292-9, de Joaçaba, rel. Des.
Carlos Adilson Silva, j. 20-10-2010). (Apelação Cível n. 2011.015906-0, de
Imbituba, Rel. Des. Stanley da Silva Braga, j.3.11.2011). 2. Cabe ao alimentante
comprovar documentalmente a quitação da obrigação alimentar (art. 333, II, do
CPC). À míngua de tal prova, portanto, outra alternativa não resta a não ser
manter a exigibilidade das prestações reclamadas. 3. Recurso desprovido.

1.3.1.1. As partes envolvidas


12

Figuram, como Apelante e Apelado, P.E.Q. e M.E.F.Q. representada pela


mãe D.C.F., respectivamente.
1.3.1.2. Relato dos fatos
O acórdão se refere à embargos propostos pelo pai do apelado acerca de
execução movida pela mãe, que o representa nesta ação, por alimentos devidos
de maio de 2008 a março de 2013.
Em sua defesa o apelante alega que sanou esses débitos por meio de
dação em pagamento, fornecendo a filha outros meios que propusessem sua
subsistência. Afirma também, a prescrição de débitos antes da data de maio de
2011.
1.3.1.3. Decisão de primeira instância
Juiz indeferiu os embargos do réu, afirmando que quando se trata de
menor, não há prescrição das obrigações de alimentos. Expos também, que para
afirmação de adimplência para com as obrigações, deve ser apresentado recibo
e para afirmar excesso de execução também deve haver demonstrativo.
Não contente com a decisão, o apelante interpôs recurso de apelação
afirmando ter pago os valores reclamados pela apelada, que representa sua
filha, por outros meios que promovam a subsistência da menor.

1.3.1.4. Decisão de segunda instância


O relator menciona que há prazo de dois anos para cobrança de
alimentos, entretanto expressa que isto somente é valido fora do período de
poder familiar – que é o período em questão, tratando-se de uma menor.
Referindo-se as parcelas alegadas como pagas, o relator é claro em
afirmar que é devedor do devedor comprovar a entrega dos gêneros utilizados
para sanar suas obrigações, mesmo que está tenha se dado por dação de
alimentos ou de qualquer outro meio, ficando claro a quitação da mesma por
parte do credor. Tarefa essa, que não foi realizada pelo apelante.
Destarte, o voto é para negar provimento ao recurso.

1.3.2. Apelação Cível n. 2013.068999-2, de Lages

Relator: Juiz Saul Steil

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE DIVULGAÇÃO DE


PROPAGANDA. REALIZAÇÃO DE DOIS CONTRATOS DE 12 MESES, UM
APÓS O OUTRO. FORMA DE PAGAMENTO AJUSTADA: DAÇÃO DE
VEÍCULO. PAGAMENTO APENAS DA PRIMEIRA AVENÇA. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ. CERCEAMENTO DE DEFESA PELO
JULGAMENTO ANTECIPADO NÃO CONSTATADO. PRELIMINAR
AFASTADA. MÉRITO. SEGUNDO CONTRATO REALIZADO VERBALMENTE.
ALEGAÇÃO DE QUE O PAGAMENTO FOI REALIZADO MEDIANTE ENTREGA
DE RECIBO DE QUITAÇÃO. RECIBO NÃO JUNTADO AOS AUTOS.
ELEMENTOS QUE DENOTAM QUE O VEÍCULO ENTREGUE À AUTORA
SERVIU COMO PAGAMENTO DO PRIMEIRO AJUSTE. AUSÊNCIA DE
PROVAS DO PAGAMENTO DA ÚLTIMA NEGOCIAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
13

DE PRODUÇÃO DE PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. VALOR DO


CONTRATO QUE EXCEDE O DÉCUPLO DO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO
NO TEMPO EM QUE FOI CELEBRADO. ARTIGO 401 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. O Juiz, na condição de destinatário da prova, deve indeferir a
produção de provas desnecessárias, inúteis ou protelatória, que se constituam
em atraso na prestação jurisdicional, se os elementos constantes dos autos
forem suficientes ao seguro julgamento do processo (Apelação Cível n.
2013.041198-0, de Campos Novos, rel. Juiz Saul Steil, j. em 17-9-2013).

1.3.2.1. As partes envolvidas

Figuram, como Apelante e Apelado, L.L. Comércio de Veículos Ltda. e O


Momento Editora Ltda. ME, respectivamente.
1.3.2.2. Relato dos fatos
Apelado entrou com ação ordinária de cobrança contra a ré, referente a
dois contratos de publicidade acordado entre as mesmas, para divulgação de
veículos da apelante. Cada contrato teria período de dois anos e, as divulgações
se dariam semanalmente, ficando acordado o pagamento de R$ 1.000,00 reais
mensais. Entretanto, ocorre que a Editora alega somente o pagamento de um
contrato, ajuizando assim ação para buscar o cumprimento das obrigações da
devedora, solicitando o contentamento do Comércio de Veículos ao pagamento
de R$ 12.000,00 reais mais os valores referentes a juros e correção monetária.
Todavia a apelante alega que somente realizou um acordo com a autora
e desconhece assinatura no segundo acordo, não tendo ela ciência do mesmo.
Alega também, que nunca se comprometeu que os pagamentos se dariam pela
moeda vigente, mas sim, através da dação de veículos automotores como
mencionado no contrato. Informa que após a finalização da vigência do contrato,
entregou o veículo acordado e que, quando foi proposto novo contrato pela
apelada, a ré no momento não aceitou proposta.
Entretanto, após insistência aceitou realizar novo contrato, mas com
pagamento a ser realizado da mesma forma do anterior. O contrato se deu de
modo verbal, e após novamente ao termino entregou veículo automotor como
forma de quitação da obrigação.
1.3.2.3. Decisão de primeira instância
Após tentativa de acordo sem sucesso, o juiz da vara decidiu de maneira
antecipada o conflito entre as partes, julgando improcedente a apelação e
determinando o pagamento solicitado pela autora, acrescidos de juros de 1% e
correção monetária, desde a citação.
Não concordando com a decisão, a ré apelou alegando cerceamento de
defesa, e os motivos alegados na contestação, de que realizou pagamento de
primeiro contrato e que o segundo, realizado verbalmente, foi também por ela
cumprido.
1.3.2.4. Decisão de segunda instância
14

Referente a afirmação de cerceamento, o juízo entende que houve a


observância do devido processo legal.
No que tange a alegação do segundo contrato, verifica-se que a ré não
anexou nenhuma prova acerca da dação do móvel, mesmo alegando que ao
cumprir com sua parte no acordo – acordo este, alegado pela ré, que se deu
verbalmente -, a autora teria fornecido recibo de quitação. A ré alega que o
automóvel está em posse de pessoa ligada a apelada, entretanto, mesmo
apresentando os dados de tal pessoa, não conseguiu a apelante apresentar em
juízo nexo entre suposta funcionaria e autora. O documento fornecido pelo órgão
Detran, demostra que o veículo foi adquirido em data de 10 de outubro de 2010,
ou seja, posterior a data de 03 de agosto de 2010 que seria data de termino do
contrato.
Por fim, expressa o relator que a apelante não conseguiu apresentar
nenhuma prova de suas alegações. Uma vez que somente a prova testemunhal
não é demitida na comprovação de pagamentos de serviços. Sendo assim, a
dívida existe, sendo procedente o pedido de cobrança dos valores alegado pela
autora contra a ré.

1.4. Novação

1.4.1. Recurso Inomunado n. 71005970314 (Nº CNJ: 0007481-


62.2016.8.21.9000), de Caxias do Sul - RS

Relator: Dr. Roberto Carvalho Fraga.

RECURSO INOMINADO. BANCO. CONSUMIDOR. AÇÃO DE DECLARAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
NOVAÇÃO DE DÍVIDA. MANUTENÇÃO DO NOME DA AUTORA EM ÓRGÃO
DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO POR PERÍODO SUPERIOR A CINCO (5) DIAS.
DANOS MORAIS CONFIGURADOS, IN RE IPSA. 1. A parte ré pede provimento
ao recurso para reformar a sentença. 2. A autora foi inscrita em registros
negativos de órgão de proteção ao crédito em 24.06.2014, no valor de R$
855,06, vencimento em 21.04.2015, por dívida contraída com a instituição
bancária referente ao cartão de crédito. No dia 07.07.2015 ela firmou contrato de
confissão de dívida e consequente novação da mesma em valor de R$ 1.990,00.
Todavia, a inscrição negativa de seu nome permaneceu até 12.09.2015. 3. A
parte ré sustentou, em síntese, se tratar de juros do valor quitado em 13.07.2015,
cujo pagamento de R$ 14,92 foi realizado apenas em 11.09.2015. Sem respaldo
a alegação do banco réu, haja vista que a inscrição no SERASA ocorreu no mês
de junho, no valor de R$ 855,06, e ao ser realizada a novação da dívida em
07.07.2015 no valor de R$ 1.990,00, evidente que englobou os juros, com débito
da primeira parcela em 1º.09.2015. O aludido acordo implicaria na exclusão do
nome da autora dos órgãos restritivos de crédito, providência tomada pela
instituição bancária ré cerca de dois meses após a novação. 4. Relação de
consumo que opera a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso
VIII do CDC. Logo, cabia a ré o dever de comprovar a regularidade na
permanência do débito, ônus do qual não se desincumbiu, a teor do que
preceitua o art. 373, inciso II, do CPC/2015. 5. A permanência da inscrição
negativa em órgão de proteção ao crédito gera dano moral in re ipsa. 6.
Constatada a permanência da restrição de crédito após o adimplemento da
15

dívida por um período superior a cinco dias configura-se ilicitude no ato da ré. 7.
O quantum fixado em R$ 3.000,00 não comporta redução sendo adequado aos
parâmetros utilizados por esta Turma Recursal Cível em casos análogos, pois a
inscrição ab initio era lícita.

1.4.1.1. As partes envolvidas

Figuram, como Recorrente e Recorrido, Marlei de Lourdes Termus e O


Banco do Estado do Rio Grande do Sul, respectivamente.

1.4.1.2. Relato dos fatos

A autora teve seu nome inscrito no SPC/Serasa no dia 24 de abril de 2016


pelo montante de R$ 855,06 reais. Tal dívida tem origem de cartão de crédito,
que teve seu vencimento datado em 21 de abril de 2015. No dia 07 de julho de
2015, a recorrente realizou acordo acerca da dívida e por este motivo, novação
da mesma no valor de R$ 1.990,00 reais. Entretanto, seu nome permaneceu em
órgãos de registro de CPF’s negativados até 12 de setembro de 2015.
A justificativa da recorrida para tal situação, é de que os valores referentes
a juros sobre o valor quitado foram pagos somente no dia 11 de agosto de 2015.
Entretanto, o acordo estabelecido entre as partes deixava acordado que o nome
da mesma sairia das restrições logo após confirmação do pagamento.

1.4.1.3. Decisão de primeira instância

A decisão é em favor da autora, condenando o réu ao pagamento de R$


3.000,00 reais a título de indenização por danos morais, visto que o nome da
mesma se manteve em restrição de crédito sem justificativa plausível.

1.4.1.4. Decisão de segunda instância

Tal alegação da ré para manter nome da autora com restrição nos órgãos
de créditos, não conseguiu ser comprovada pela mesma. Uma vez que é claro a
junção dos juros na novação. É sabido que a permanência de inadimplência em
restrição de crédito, após cinco dias configura ilicitude por parte da ré, deste
modo o recurso é julgado desprovido e a sentença mantida.

1.4.2. TJ-DF - Agravo de Instrumento: AI 185381420108070000 DF


0018538-14.2010.807.0000

Relator: Desembargador Sandoval Oliveira.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS A


EXECUÇÃO. DEPÓSITO REALIZADO PELO EMBARGANTE A TITULO DE
PROPOSTA DE QUITAÇÃO DO DÉBITO. RECONHECIMENTO DE NOVAÇÃO
POR DE ACEITAÇÃO TÁCITA DO CREDOR. IMPOSSIBILIDADE.
DEVOLUÇÃO DO VALOR DEPOSITADO ACRESCIDO DE CORREÇÃO
MONETÁRIA. POSSIBILIDADE. 1. A demora da instituição financeira em
recusar expressamente o depósito efetuado pelo devedor a título de proposta de
quitação de débito, não pode ser tida como aceitação tácita da oferta, ante ao
16

que dispõe o art. 111 do Código Civil. 2. Na formação do negócio jurídico, o


silêncio apenas importa anuência quando as circunstâncias ou os usos o
autorizarem, não se podendo reconhecer como circunstância usual que
instituição financeira aceite de forma tácita, proposta de quitação de débito
formalizada unilateralmente pelo devedor, principalmente tratando-se de
depósito em valor muito aquém ao da execução. 3. É legítima a devolução do
valor depositado, acrescido das devidas correções, pois não há risco de perda
patrimonial pelo depositante, e a restituição do montante não impede posterior
reconhecimento da suscitada novação, quando da análise do mérito dos
embargos à execução. 4. Recurso conhecido e não provido.

1.4.2.1. As partes envolvidas

Figuram, como Agravante e Agravado, Coencil Comércio e Indústria Ltda.


e Wanderley Gonzaga Jaime e outros, respectivamente.
1.4.2.2. Relato dos fatos
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão prolatada
pelo Juiz em exercício perante a 14ª Vara Cível de Brasília, que consagrou o
entendimento de que o acordo entabulado entre o agravante e o Banco agravado
não foi sacramentado.
Como razão do recurso, justifica o agravante ter sucedido novação da
dívida objeto da execução embargada, harmoniosamente caracteriza recibo
juntado aos embargos, em que o Banco não se rebelou em que não obstante os
inúmeros pedidos de suspensão do feito.
A Carência de fixação de prazo para o agravado se oportunizar sobre o
depósito faz incidir as normas dos artigos 185 e 794, I, do CPC, explanando ao
aniquilamento do processo executivo, porque o recibo emitido expresso
completo quitação da dívida, por força da novação, não há de ser interpretado
como mera proposta de acordo.
Argumenta que o transcurso do tempo deve ser entendido como aceitação
tácita da avença e que a desistência unilateral não pode ser acolhida, porque se
tratar de vínculo de consumo.
Encerra certificando que o Banco reteve o dinheiro cedido, por mais de
três anos, tornando-se absurda o pressuposto de reembolso sem qualquer
correção ou incidência dos juros de mora. Solicita a aniquilação do feito principal,
sem julgamento do mérito, em face da obstinação em que situa-se o recorrido,
no que interessa a comprovação de realização conforme para quitação da dívida.
1.4.2.3. Decisão de primeira instância
A decisão do juízo monocrático, que nos autos de origem deixou de
identificar a existência de novação entre as partes, e autorizou a devolução de
valores pagos pela recorrente a título de proposta de quitação de débito.
1.4.2.4. Decisão de segunda instância
De acordo com o relatado insurgiu exposto o agravante contra a decisão
do juízo monocrático.
17

Por não estar presentes o preceito elencado no ártico 558 do CPC, na


apreciação da liminar, indefere-se a antecipação da tutela. Entretanto, não se
conjectura importantes os argumentos da parte recorrente como justificativa da
antecipação da tutela recursal.
Argumenta a recognição de novação subsequente de um hipotético
acordo que foi firmado entre as partes. Que por sua vez é o próprio objeto dos
embargos de onde se tirou o presente recurso.
Os documentos que foram apresentados não provam de forma convicta,
que houve de fato o acordo, nem sequer comprova a manifestação do Banco.
Desta forma não existe a possibilidade de reconhecer que a instituição
financeira aceite de forma tácita a proposta de quitação de débito, visto que foi
formalizada somente pelo devedor. Ainda mais em se tratar do fato que o
deposito realizado foi num valor muito inferior ao da execução.
Defronte a esta situação, negou-se o provimento ao recurso, mantendo
assim a integra da decisão já imposta.
1.5. Compensação

1.5.1. Apelação Cível nº 1.501.573-3, de Maringá, 6ª Vara Cível


Relator: Jucimar Novochadlo
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. AÇÃO
REVISIONAL EM APENSO. SENTENÇA ÚNICA. 1. JUROS
REMUNERATÓRIOS. LIMITAÇÃO A TAXA MÉDIA DE MERCADO.
IMPOSSIBILIDADE. ABUSIVIDADE NÃO COMPROVADA. MANUTENÇÃO
DAS TAXAS PRATICADAS. 2.COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. LEGALIDADE
DA COBRANÇA ATENDIDOS OS TERMOS DA SÚMULA 472 DO
STJ.CUMULAÇÃO COM ENCARGOS MORATÓRIOS.IMPOSSIBIDADE.
EXCLUSÃO. 3. TAXA REFERENCIAL-TR. VÁLIDADE PARA CONTRATOS
POSTERIORES À LEI N.8.177/91, DESDE QUE PACTUADA. INEXISTÊNCIA
DE PROVA DA COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO.
4.REPETIÇÃO DO INDÉBITO. DESCABIMENTO. INEXISTÊNCIA DE
COBRANÇA INDEVIDA. 5. SUCUMBÊNCIA. REDISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS. 1.
Não demonstrada a abusividade da taxa de juros remuneratórios praticada, não
há motivo para determinar a adoção da taxa média de mercado. A abusividade
da taxa de juros deve ser cabalmente demonstrada em cada caso, com a
comprovação do desequilíbrio contratual ou de lucros excessivos, sendo
insuficiente o só fato de a estipulação ultrapassar 12% ao ano ou de haver
estabilidade inflacionária no período. 2. A cobrança de comissão de permanência
- cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios previstos no contrato - exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios,
moratórios e da multa contratual. (Súmula nº 472 do STJ). 3. A taxa referencial
(TR) é indexador válido para os contratos posteriores à Lei 8.177/91, desde que
pactuada, nos termos da Súmula 295 do Superior Tribunal de Justiça. 4. A
repetição do indébito somente é possível quando constatada a cobrança de
encargos ilegais e o pagamento indevido, tendo em vista o princípio que veda o
enriquecimento sem causa do credor. 5. O ônus de sucumbência deve ser
18

distribuído considerando o aspecto quantitativo e o jurídico em que cada parte


decai de suas pretensões. 2. Apelação Cível provida.
(TJPR - 15ª C.Cível - AC - 1501573-3 - Região Metropolitana de Maringá - Foro
Central de Maringá - Rel.: Jucimar Novochadlo - Unânime - - J. 08.06.2016)
1.5.1.1. As partes envolvidas
Figuram, como Apelante e Apelado, HSBC Bank Brasil S/A. Banco
Múltiplo e Aparecido Pereira de Brito e outro, respectivamente.
1.5.1.2. Relato dos fatos
Trata-se de apelação cível interposta por HSBC Bank Brasil S/A. Banco
Múltiplo, pois foi proferida uma sentença que definia a expurgação da
movimentação financeira os juros na taxa em que foram cobrados, devendo ser
aplicados juros remuneratórios correspondentes à taxa média de mercado em
sua substituição.
O apelante alega que devem ser mantidas as taxas de juros
remuneratórios estipuladas e exercidas pelo banco tanto na conta corrente
quanto na operação de crédito parcelado, pois estão em consonância com a
média de mercado para o período. Afirma ainda, que houve expressa
concordância para com a taxa de juros nos contratos e que não há limitação para
as taxas aplicadas pelas instituições financeiras.
Alega o banco que a comissão de permanência, apesar de ter sido
pactuada, não foi cobrada, sendo cobrados apenas os juros remuneratórios no
período do contrato, e os juros moratórios e correção monetária após o
vencimento.

1.5.1.3. Decisão de primeira instância


A Ação Revisional de nº 0011275-30.2007.8.16.0017, que foi julgada
simultaneamente com a Ação Monitória de nº 0012339-41.2008.8.16.0017,
determinou a expurgação da movimentação financeira os juros na taxa em que
foram cobrados, aplicando, em substituição, juros remuneratórios
correspondentes à taxa média de mercado; a exclusão da comissão de
permanência, utilizando somente a correção monetária a partir da inadimplência
pelos índices do IGP-M combinados ao juros de mora simples com a taxa de 1%
ao mês e multa de 2%; a exclusão da utilização da Taxa Referencial (TR) como
indexador, caso utilizada nas operações, devendo ser substituída pelo INPC e o
pagamento do valor referente ao indébito acima referido, de forma simples, o
qual deverá ser compensado com o débito em aberto na Ação Monitória.
Os Requeridos – Aparecido Pereira de Brito e Elizabete Crispim de Brito
também foram condenados ao pagamento de um valor que deverá ser definido
de acordo com o procedimento do art. 475-B do Código de Processo Civil, uma
vez que se constituirá de pleno direito, o título executivo judicial, devendo os
valores já pagos a maior pelos Requeridos serem compensados com o restante
do débito por serem de mesma natureza, bem como condenando-os ao
pagamento das custas processuais, e honorários advocatícios, fixados conforme
19

exposto no art. 20, §4º, do CPC, por equidade, em R$ 1.500,00 (um mil e
quinhentos reais), pois a profissão do advogado não pode ser aviltada,
ressaltando que os Requeridos decaíram na parte mínima do pedido, conforme
art. 21, caput, do Código de Processo Civil.
1.5.1.4. Decisão de segunda instância
Os Desembargadores da Décima Quinta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná decidiram por prover a Apelação Cível em questão,
por unanimidade de votos, no que diz respeito ao mantimento das taxas de juros
remuneratórios praticadas pela instituição financeira em todos os contratos, pois
é possível observar que não foi demonstrada a abusividade da taxa de juros
remuneratórios praticada. É importante ressaltar que a abusividade da taxa de
juros deve ser cabalmente demonstrada em cada caso. Foi também mantida a
cobrança apenas da comissão de permanência nos contratos de abertura de
crédito em conta corrente, e, no que diz respeito ao contrato de operação de
crédito parcelado, excluir o expurgo da comissão de permanência. Em relação
ao expurgo da Taxa Referencial (TR) como indexador nos contratos – a mesma
foi excluída, assim como a condenação do apelante à repetição/compensação
de valores. O ônus de sucumbência foi restituído, para condenar o apelado ao
pagamento integral das custas processuais e dos honorários advocatícios, tanto
na ação revisional quanto na ação monitória, sendo que o valor dos honorários
advocatícios foi estipulado em 10% sobre o valor total atualizado do débito, para
as duas ações, nos termos da fundamentação.
1.5.2. Apelação Cível nº 70069614840, do Rio Grande do Sul

Relator: DES. Heleno Tregnago Saraiva.

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO, AÇÃO DE


RESCISÃO CONTRATUAL. Dano moral. Ainda que aborrecedora e frustrante a
situação vivenciada pelos autores, pois realizado um investimento “em um sonho
que não se realizou”, os aborrecimentos foram, em realidade, mais pela perda
patrimonial, para a qual houve o devido ressarcimento. Oportuno destacar que a
fixação do quantum deve atender aos fins a que se presta a indenização,
considerando a condição econômica da vítima e do ofensor, o grau de culpa, a
extensão do dano, a finalidade da sanção reparatória e os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. A sentença fixou a indenização em R$
7.000,00, valor que se mostra adequado à situação dos autos, motivo pelo qual
é de ser mantido o quantum fixado. Juros de mora. Em se tratando de juros
fixados na indenização por danos morais, merece ser reformada a sentença,
tendo em vista o entendimento consolidado no STJ no sentido de que na
reparação de dano moral fundada em responsabilidade contratual os juros
moratórios têm por termo inicial a data da citação. Correção monetária. A
correção monetária, na indenização por danos morais, deve incidir a partir da
data do seu arbitramento, o que, no caso ocorreu na sentença, devendo ser este
o seu termo inicial, nos termos da Súmula 362 do STJ. Indenização pelos danos
materiais. Na indenização pelos danos materiais, os juros de mora devem incidir
a partir da citação, pois é quando o devedor é constituído em mora e a correção
monetária a partir do pagamento efetuado, por se tratar de mera recomposição
20

do valor em face da desvalorização da moeda. Compensação dos honorários. A


questão relacionada à compensação da verba honorária foi fruto de sentença
lançada ainda sob a égide do Código de Processo Civil anterior e da
jurisprudência então dominante, representada pela já referida Súmula 306 do
STJ. Tenho que na ocasião da determinação da compensação se mostrou
correta a decisão judicial, não podendo ser invocada a regra contida no art. 85,
§ 14, do Novo Código de Processo Civil. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA.

1.5.2.1. As partes envolvidas

Figuram, como Apelante e Apelado, Antonio Carlos Bellinazo, Eunice


Antonia da Costa Bellinazo e MCO Holiday Club Negócios Turísticos Ltda.,
respectivamente.
1.5.2.2. Relato dos fatos
No acórdão não é especificado qual direito privado foi violado por meio do
contrato, no entanto, é afirmado que a situação que os autores viveram foi
frustrante e aborrecedora, uma vez que realizaram um investimento “em um
sonho que não se realizou”. Em verdade, os aborrecimentos foram pela perda
patrimonial que os autores sofreram.
1.5.2.3. Decisão de primeira instância
Também decretou a rescisão do “Contrato de Compra e Venda de
Programa de Férias Royal Holiday Club” nº 112-200575, havida entre as partes,
condenar a requerida no pagamento da multa rescisória de 10% sobre o valor
total do contrato e a restituição do valor total do “Contrato de Compra e Venda
de Programa de Férias Royal Holiday Club” nº 112-200575 (R$ 34.990,00), além
do pagamento da importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais), relativamente à
reparação dos danos morais.
A mesma também foi condenada a requerida ao pagamento de 80% das
custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em 10% do valor da
causa.
1.5.2.4. Decisão de segunda instância
O recurso foi parcialmente provido, e, dessa maneira, foi fixado o termo
inicial dos juros moratórios relativos à indenização por dano moral a contar da
data da citação, fixado o termo inicial para a incidência de atualização monetária
para a indenização por dano moral a partir da data da prolação da sentença
(Súmula 362 do STJ); fixado o termo inicial para a incidência dos juros moratórios
quanto aos danos materiais a partir da data da citação; fixado o termo inicial para
a incidência de atualização monetária quanto ao dano material a partir da data
do pagamento do valor a ser restituído e mantida a distribuição da verba de
sucumbência nos termos em que fixada em primeira instância.

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