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Um pouco da história
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) -
Doutoranda em Estudos da Linguagem pelo Programa de Pós-
Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL).
E-mail: isamabelibc@gmail.com
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Tendo em vista a exiguidade de fontes sobre Josefina Álvares de
Azevedo, para reconstruirmos seu percurso, vamos nos valer da
pesquisa apresentada por Valéria Andrade, em O Florete e a Máscara.
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Vamos nos valer das pesquisas apresentadas por Valéria Andrade
Souto-Maior como fonte sobre Josefina Álvares de Azevedo, bem
como sobre a literatura dramática de autoria feminina.
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mesma época, uma voz tentava ser abafada, nesse caso uma
mulher, Josefina Álvares de Azevedo, e mesmo sem saber que
demoraria muito para que seu pedido de direito ao voto fosse
aceito, o que só aconteceu em 1932, quando o governo brasileiro
decreta um novo código eleitoral, incluindo as mulheres no
exercício de sua cidadania, criticava e lutava contra a
esmagadora sociedade patriarcal.
Um meio encontrado por elas para exporem suas ideias,
foram os jornais, e, para isso, Josefina Álvares fundou o jornal
A Família, de acordo com Souto-Maior (2001). Sempre
preocupada em escrever em suas páginas, principalmente
dirigidas às mulheres, a respeito de uma educação mais
consistente, enfatizava a instrução, entendida como
instrumento de libertação efetiva das mulheres, uma porta que
se abria para fora do lar. Consequentemente, isso traria
benefícios, como o exercício de novas funções em esferas
diversas como na economia, na política e na cultura.
Essa corrente que se cria, através dos jornais e escritoras
espalhadas pelo país, começa a despertar nas mulheres o
sentimento de igualdade em relação aos homens, de forma que
crescia a divulgação de exemplos de sucesso feminino
conquistados, não só no Brasil, como também em vários
outros países, em diversas áreas profissionais, tais como a
advocacia, medicina, artes plásticas, teatro, além das letras e
do magistério.
Souto-Maior (2001) em seus estudos revela que as
mulheres cariocas do século XIX assumiram um novo papel
na esfera social, o de dama de salão, o que lhes permitia a
transitoriedade entre a casa e a rua. Os salões, além de oferecer
às mulheres maior desenvoltura de ação nos domínios
domésticos, davam-lhes essa possibilidade de transitar com
mais liberdade entre o público e o privado, participando das
atividades culturais como os recitais poéticos, de música de
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Identidade e sufragismo
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Lembrou Jorge Fernandes (1997) que um decreto de 21 de dezembro
de 1889 já havia a convocação de eleições para uma Assembléia
Constituinte. Por sua vez, o decreto doa alistamento foi o 200ª, de 8
de fevereiro de 1890, assinado pelo inimigo político de Aristides
Lobo, o mineiro Cesário Alvim. O chamado Regulamento Alvim,
de fevereiro, foi reeditado com alterações que não comprometem a
nossa linha de análise, a 23 de julho de 1890. [Decreto n. 511] apud
MARQUES, 2009. p. 448.
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O direito de voto
A velha questão já vivenciada do direito do voto às pessoas
do meu sexo, teve, ao que me consta, uma solução provisória
pelo governo, a mais incompatível com o regime de
igualdade, como é republicano que agora possuímos.
O governo, resolvendo a questão apresentada, “não
considera nem oportuna, nem convincente qualquer
inovação na legislação vigente no intuito de admitir as
mulheres sui juris ao alistamento e ao exercício da função
eleitoral”.
A solução supra pode ser considerada como não tendo razão
de ser uma vez que se nos admitimos a votar, em virtude da
lei vigente, nada se inova, nem se concede fora da lei. A
grande questão está em saber se a mulher está ou não na letra
da lei para ser admitida à qualificação, e ninguém poderá
negar que a respeito não há nem uma só disposição que a
impeça de poder obter o título de eleitora (AZEVEDO apud
MARQUES, 2009, p. 449).
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Referências
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