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PROF.:GUSTAVO SCATOLINO
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"O rio corta a rocha não por causa de sua força, mas por causa de sua persistência."
SERVIDORES PÚBLICOS
AGENTES PÚBLICOS
O Estado é essencialmente uma realidade jurídica, que lhe dá suporte e lhe reconhece a
personalidade. Todavia, a vontade do Estado e a realização de seus fins são realizados por pessoas físicas
que de alguma forma investidos de funções do Estado realizam a sua vontade. A essa gama de pessoas a
doutrina resolveu denominar de AGENTES PÚBLICOS.
Com relação a classificação dos agentes públicos, há duas correntes que merecem relevo, a
primeira formulada por Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, seguida por Celso Antônio Bandeira de Mello e
Maria Sylvia Z Di Pietro; e a segunda de Hely Lopes Meirelles.
1ª corrente: os Agentes Públicos são de 4 espécies (Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, Celso
Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Z Di Pietro):
a) AGENTES POLÍTICOS: são os titulares dos cargos estruturais à organização do País, sendo os
ocupantes dos cargos que compõe o arcabouço constitucional do Estado. Sua função é formar a vontade
superior do Estado. Para esses autores somente são agentes políticos o Presidente e Vice, os Governadores
e Vices, os Prefeitos e Vices, os auxiliares diretos como os Ministros e Secretários, e mais os Senadores,
Deputados Federais e Estudais, e ainda os Vereadores.
c) MILITARES: abrange os militares das forças armadas e os militares dos Estados e do DF (art. 42,
CF). São servidores estatutários sujeitos a regime jurídico próprio.
d) PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO: são as pessoas físicas que prestam
serviço ao Estado, com ou sem vínculo empregatício, compreendendo:
Os empregados das concessionárias de serviços públicos, os notários e registradores (art. 236, CF)
Os requisitados, nomeados e designados para funções públicas, tais como jurados, mesários, os
convocados para o serviço militar, comissários de menores;
2ª corrente: em que os agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, definitivamente
ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Desempenham funções do órgão, distribuídas
entre os cargos de que são titulares, mas excepcionalmente podem exercer funções sem cargo.: (Hely
Lopes Meirelles)
a) AGENTES POLÍTICOS: são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, para o
exercício de atribuições constitucionais. Atuam com plena liberdade funcional, desempenham suas
atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na CF e em leis esparsas. Não
estão hierarquizados, sujeitando-se apenas aos graus e limites constitucionais impostos. Têm plena
liberdade funcional, ficando a salvo de responsabilização civil por seus eventuais erros de atuação, a
menos que tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder.
As prerrogativas que tem tais agentes não são privilégios pessoais, mas são garantias necessárias ao
pleno exercício de suas altas e complexas funções. Se assim não fosse, os agentes ficariam tolhidos na sua
liberdade de opção e de decisão.
Ex.: foro privilegiado; garantias aos juízes de não poderem ser removidos; acumulação de cargos.
Não são servidores públicos, mas momentaneamente exercem função pública, mas para FINS
PENAIS são equiparados a funcionários públicos.
Remunerados, como regra, pelo usuário do serviço público, não pelo poder público.
Não são servidores públicos, nem representantes do Estado, são COLABORADORES do Estado.
Quando atuam no exercício da delegação e lesam direitos alheios devem responder sob as mesmas
normas da Administração, ou seja, com responsabilidade objetiva pelo dano e por crime funcional se for o
caso. Tendo o Estado responsabilidade subsidiária.
QUESTÕES HISTÓRICAS
Lei 1.711/52 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União. A partir desse estatuto passou a
existir na Administração Pública pessoal regido pela CLT e pela referida lei.
Até a CF de 88, coexistiram no serviço público federal dois regimes de pessoal. O regime privado
que abrangia os empregados públicos contratados e o Regime Estatutário que abrangia os funcionários
públicos, regidos pela lei 1.711/52. Entretanto, com o advento da Carta Constitucional de 88 foi exigido um
Regime Jurídico Único (RJU).
Com a entrada em vigência da Lei 8.112/9, e em atendimento à redação original do art. 39 da CF,
que institui o RJU, extingui-se a relação de emprego público na Administração Direta, Autarquias Federais e
Fundações Públicas Federais, tendo havido verdadeira estatutarização de empregados celetistas.
A lei 8.112/9 não abrangeu os empregados públicos das EP e das SEM que são regidos pela CLT.
O sistema do RJU anteriormente previsto no art. 39 da CF foi abolido pela EC 19/98, que implantou
a reforma administrativa do Estado. Com a extinção desse regime, a Constituição passou a permitir que a
União, Estados, DF e Municípios possam recrutar servidores sob mais de um regime jurídico. Desse modo,
após a entrada em nosso ordenamento da EC19/98, tornou-se possível, por exemplo, que um Estado tenha
um grupo de servidores estatutários e outro de servidores trabalhistas, desde que a organização funcional
seja estabelecida em lei.
Entretanto, em 2007 o Supremo Tribunal Federal, em decisão cautelar, por meio da ADIN n. 2.135
declarou inconstitucional o trâmite para a elaboração da EC 19/98, tendo em vista sua
inconstitucionalidade formal. Nesse passo, após a Adin 2.135 não é mais possível recrutar servidores sob
mais de um regime jurídico.
SERVIDOR PÚBLICO, segundo o art. 2º da Lei 8.112/90 é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
Recentemente, a Lei 8.429/92, foi mais feliz ao referir-se ao sujeito ativo do ato de improbidade
administrativa com AGENTE PÚBLICO, pois é mais abrangente e tecnicamente correta para definir a pessoa
que no exercício do cargo praticou ato de improbidade administrativa.
Estatutários são aqueles cuja relação jurídica de trabalho é disciplinada por diplomas legais
específicos, denominados estatutos. Os atuais servidores estatutários podem integrar não somente a
estrutura da pessoa federativa, mas também a de suas autarquias e fundações autárquicas.
Os estatutos funcionais são múltiplos. Cada pessoa da federação, desde que adote o regime
estatutário para os seus servidores, precisa ter a sua lei estatutária.
A relação jurídica estatutária não tem relação jurídica contratual, ou seja, não há contrato entre o
Poder Público e o servidor estatutário. Assim, é insuscetível de gerar a inalterabilidade da situação
funcional. (vide informativo 80 STJ)
Constitui competência privativa do Chefe do Executivo, nos termos do art. 61, § 1º, II, “c” da CF, a
iniciativa de leis que disponham sobre o regime jurídico dos servidores públicos, inclusive provimento de
cargos, estabilidade e aposentadoria.(ver informativo 229 STF)
Trabalhistas (ou celetistas) são aqueles que as regras disciplinadoras de sua relação de trabalho são
as constantes da CLT.
Temporários. Cuja previsão está no art. 37, IX da CF, que admite a contratação por tempo
determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.
O Texto Constitucional no art. 37, IX usa a expressão “a lei estabelecerá”, indicando que se trata
desde logo de norma constitucional de eficácia limitada. Como se trata de recrutamento que pode traduzir
interesse para algumas pessoas federativas e desinteresse para outras, deve entender-se que a lei
reguladora deverá ser a da pessoa federativa que pretender a inclusão dessa categoria de servidores.
O STJ decidiu que esse tipo de contratação “não revela qualquer vínculo trabalhista disciplinado
pela CLT, sendo, da competência da Justiça Federal dirimir questão de pagamento de verbas quando for ré
a União Federal. (ver info 189)
Esses contratos devem sempre ter prazo determinado. (ver info STF 320)
A necessidade dos serviços deve ser temporária. Se a necessidade é permanente, o Estado deve
processar o recrutamento através dos demais regimes.
São títulos que permitem que uma pessoa física exerça atividades em nome da Administração.
Para o desempenho da função pública pode ser atribuído à pessoa um cargo público, assim, a
função pública pode ser exercida sem estar revestida de cargo público. Portanto, nem toda função pública
implica cargo público. Nesse aspecto, o sentido da expressão função pública serve para designar o tipo de
vínculo de trabalho em que as atividades são exercidas. Ex: contratados por tempo determinado nos
termos do art. 37, IX da CF.
Hely Lopes Meirelles diz que toda função é atribuída e delimitada pela norma legal. Essa atribuição
e delimitação configuram a competência do órgão, do cargo e do agente. O art. 61, § 1º, II, a da CF exige lei
de iniciativa do PR para a criação de cargos empregos e funções.
Quando a função é exercida com base em contrato de trabalho regido pela CLT, esse vínculo
denomina-se emprego público.
O Servidor trabalhista tem função (no sentido de tarefa, atividade), mas não ocupa cargo.
Todo cargo implica o exercício de função pública. O ato administrativo que atribui, a uma pessoa,
exercício inicial de um cargo é a nomeação.
Segundo Maria Sylvia, o art. 37, II da CF exige o concurso público só para a investidura em cargo ou
emprego. Nos casos de função, a exigência não existe porque os que exercem ou são contratados
temporariamente para atender às necessidades emergentes da Administração, ou são ocupantes de
funções de confiança, para as quais não se exige concurso público.
Em qualquer caso o cargo ou a função pertence ao Estado, e não ao agente que o exerce, razão pela
qual o Estado pode suprimir ou alterar cargos ou funções sem nenhuma ofensa aos direitos de seus
titulares.
conforme o seu próprio artigo 1º, abrange os Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
1) VITALÍCIOS
Oferecem maior garantia de permanência a seus ocupantes. Somente através de processo judicial,
como regra, podem os titulares perder seus cargos. Configura-se verdadeira prerrogativa para os titulares
dos cargos dessa natureza e se justifica pela circunstância de que é necessária para tornar independente a
atuação desses agentes, sem que sejam sujeitos a eventuais pressões impostas por determinados grupos
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Professor Gustavo Scatolino
Lei 8.112 – Direito Administrativo
de pessoas. A vitaliciedade tem previsão constitucional. Atualmente são cargos vitalícios os dos
Magistrados, membros do MP, membros dos Tribunais de Contas. Por ser prerrogativa de sede
constitucional, em função da qual cabe ao Constituinte aferir a natureza do cargo e da função para
atribuí-la, não podem as Constituições Estaduais e Leis Orgânicas municipais, nem mesmo lei de
qualquer esfera, criar outros cargos com a garantia da vitaliciedade. Conseqüentemente, apenas Emenda
à CF poderá fazê-lo. (ver informativo 409 STF).
2) EFETIVOS
São aqueles que se revestem de caráter de permanência, constituindo a maioria absoluta dos
cargos integrantes dos diversos quadros funcionais.
A perda do cargo só poderá ocorrer, depois que adquirirem a estabilidade, se houver sentença
judicial ou processo administrativo em que se lhes faculte ampla defesa, e agora também em virtude de
avaliação negativa de desempenho, introduzido pela EC 19/98. Ou, então, na forma do art. 169, § 3º da
Constituição.
Cargos de carreira admitem progressão funcional dos servidores através de diversas classes. Os
cargos isolados têm natureza estanque e inviabilizam a progressão.
Carreira é o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vão percorrendo os diversos
patamares de que se constitui a progressão funcional. As classes são compostas de cargos que tenham as
mesmas atribuições. Os cargos que compõe as classes são cargos de carreira, diversos dos cargos isolados
que, embora integrando o quadro, não ensejam o percurso progressivo do servidor. Ex: procurado de 1ª,
2ª e 3ª classe.
3) COMISSÃO
São de ocupação transitória. Seus titulares são nomeados em função da relação de confiança que
existe entre eles e a autoridade nomeante.
Assim, a lei fixará o percentual dos cargos em comissão a serem preenchidos por servidores de
carreira.
4) TEMPORÁRIO
É o cargo preenchido por prazo determinado e para atender necessidade de excepcional interesse
público, observados os prazos máximos e improrrogáveis da Lei. 8.745/93
De acordo com o art. 3º da Lei 8.112/90, o cargo público somente pode ser criado por lei, com
número certo, vencimento e designação próprios (art. 3º)
Conforme o art. 48, X da CF cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
dispor sobre a criação, transformação e extinção dos cargos, empregos e funções públicas. Todos esses
fatos relativos aos cargos pressupõe a existência de lei.
No âmbito do Poder Executivo, os cargos públicos são criados por lei de iniciativa do PR (art. 61, §
1º). A EC 32/01, alterando o art. 84, VI, “b”, da CF, conferiu ao Presidente da República competência para,
por meio de Decreto, dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Federal, quando não
houver criação ou extinção de órgão nem o aumento de despesa, e ainda, à extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos. Desse modo, mesmo que o cargo tenha sido criado por lei, pode ser extinto por
decreto no caso de vacância. (art. 84, VI, b)
A transformação é a extinção e a criação simultânea de cargos: um cargo desaparece para dar lugar
a outro.
O art. 48 da CF dispensa a sanção do Presidente da República nos casos dos arts. 49, 51 e 52. Os
arts. 51, IV e 52, XIII autorizam a Câmara e o Senado a dispor sobre sua organização e sobre a criação,
transformação e extinção de seus cargos. Resulta que quando se trata da organização da Câmara e do
Senado, não dependem de lei, como nos demais casos. Em conseqüência, seus cargos serão, criados,
transformados e extintos através de resolução.
No caso do executivo a iniciativa da lei é privativa desse Chefe de Poder. Quanto ao Judiciário, a
iniciativa cabe ao Tribunal interessado, como também aos próprios cargos da magistratura. A regra
aplicável ao Judiciário é aplicável aos cargos dos Tribunais de Contas. O Ministério Público cabe ao seu
Procurador –Geral, propor ao Legislativo.
ESTABILIDADE
A mesma EC inseriu no art. 41, o § 4º, estatuindo que, além do prazo acima, a aquisição de
estabilidade depende ainda de avaliação especial de desempenho do servidor, a ser realizada por comissão
funcional com essa finalidade.
Conforme José dos Santos Carvalho Filho, caso a Administração não institua a referida comissão ou
esta retarde sua decisão para após o prazo de três anos, deverá considerar-se que o servidor, cumprido o
prazo, terá adquirido a estabilidade, mesmo sem avaliação da comissão. É que a norma da avaliação
funcional por comissão especial foi criada em favor da Administração, de modo que, se esta não se
concretiza a faculdade constitucional, deve entender-se que tacitamente avaliou o servidor de forma
positiva. (ver MS/DF 24543, informativo 317)
O direito só é conferida ao servidor estatutário, não conferido ao servidor trabalhista, bem como
aos titulares de cargos em comissão.
A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se o
servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo estágio
probatório no caso de permanecer na sua carreira, cujos patamares são alcançados normalmente pelo
sistema de promoções. Entretanto, se vier a habilitar-se a cargo de natureza e carreira diversas, terá que
submeter-se a novo estágio probatório para aquisição da estabilidade. (ver ROMS STJ 859)
ESTABILIDZAÇÃO CONSTITUCIONAL
Além da condição normal que ocasiona a estabilidade do servidor público, as Constituições têm
criado hipóteses funcionais especiais às quais proporciona também a garantia de permanência.
A vigente Constituição previu hipótese dessa natureza no art. 19 do ADCT, considerando estáveis
todos os servidores públicos civis federais, estaduais, distritais e municipais, da Administração Direta ou
Indireta, que estivessem em exercício há pelo menos cinco anos na data da promulgação da Carta e que
não tenham sido admitidos na forma estabelecida no art. 37 da CF.
Essa forma de garantia, que melhor se denomina estabilização, teve incidência de grande
amplitude, abrangendo os servidores públicos estatutários e trabalhistas, somente sendo dela excluídos
os servidores que desempenhassem cargo, emprego ou função de confiança ou outras funções e cargos
que a lei considerasse como de livre exoneração. Em outras, palavras, a estabilização alcançou todos
aqueles servidores que exercessem suas funções com caráter de permanência. (ver também RE 319156,
info 407).
ESTÁGIO PROBATÓRIO
É o período dentro do qual o servidor é aferido quanto aos requisitos necessários para o
desempenho do cargo, relativos ao interesse no serviço, adequação, disciplina, assiduidade, e outros do
mesmo gênero.
Embora o servidor em estágio probatório não tenha estabilidade, sua exclusão do serviço público,
no caso de restar comprovado que não reúne as condições mínimas para a permanência, não pode
processar-se sem o mínimo requisito formal. O certo, no caso, á a instauração de processo administrativo
em que se ofereça a cada interessado o direito de defender-se das conclusões firmadas pelos órgãos
competentes. É o processo formal que vai admitir a verificação da legalidade na conduta dos
administradores responsáveis pela aferição do servidor. Por isso, o STF já definiu que o funcionário em
estágio probatório não pode ser exonerado sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de
sua capacidade. (ver Súmula 621)
Prevalecia o entendimento no Superior Tribunal de Justiça de que o prazo de três anos para
a aquisição da estabilidade no serviço público não está vinculado ao prazo do estágio probatório, o que
teria fundamento na interpretação do art. 41, caput, e § 4º, da CF; desse modo, deveria manter-se para o
estágio probatório o prazo anterior 24 meses, que continua fixado em algumas normas de estatutos
funcionais. Essa decisão foi proferida pelo STJ ao julgar o MS STJ 9373.
Por outro lado, a maioria da doutrina estaria em posição oposta. Seguindo a orientação de que o
estágio probatório e a estabilidade são institutos que estão relacionados um ao outro. Assim, como a
estabilidade foi elevada para o período de três anos, conseqüentemente o estágio probatório foi também
para 36 meses. Seguindo essa corrente doutrinária podemos citar Celso Antônio Bandeira de Mello, Maria
Sylvia di Pietro, José dos Santos Carvalho Filho, Diógenes Gasparini, Odete Medauar entre outros grandes
doutrinadores.
Ocorre que em 2008, por meio de Medida Provisória o prazo do estágio probatório foi, conforme o
art. 20 da Lei 8.112/90, estabelecido em 36 meses. Entretanto, na conversão da referida medida provisória
em lei essa parte não foi aprovada. Assim, retorna a redação antiga do artigo segundo o qual o prazo do
estágio probatório é de 24 meses.
Apesar da confusão do legislador o STF, através da STA (suspensão de tutela antecipada) 310 e 311,
proferiu decisão no sentido de que o estágio probatório é de 36 meses. Entretanto, foi uma decisão do
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Lei 8.112 – Direito Administrativo
Ministro Presidente e não do Pleno do STF. Assim, essa decisão pode ser modificada por esse Tribunal.
Nesse caso decidido pelo STF foi no que se refere a questão do cargo de Advogado da União e Procurador
da Fazenda Nacional que são órgãos do Poder Executivo Federal e entendem que o prazo do estágio
probatório deve ser de 36 meses.
Por outro lado, o STJ através de sua 3ª Seção, revendo sua jurisprudência, pacificou a
questão e proferiu decisão no mesmo sentido do STF, entendendo que o prazo do estágio probatório deve
acompanhar a estabilidade. Confira a decisão:
INF 392 - ESTÁGIO PROBATÓRIO. ALTERAÇÃO. PRAZO. - Em mandado de segurança, discute-se o prazo a
ser considerado para inclusão de procurador federal em listas de promoção e progressão na carreira: se o
prazo para o estágio probatório de dois anos nos termos do art. 20 da Lei n. 8.112/1990 – reproduzido no
art. 22 da LC n. 73/1993 (Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União) e em outros estatutos de servidores
públicos – ou o prazo de aquisição de estabilidade no serviço público, de três anos, conforme disposto no
art. 41 da CF/1988 (com a redação dada pela EC n. 19/1998). Para o Min. Relator, o prazo de estágio
probatório dos servidores públicos deve observar a alteração promovida pela EC n. 19/1998, que
aumentou para três anos o prazo para aquisição da estabilidade no serviço público, visto que, apesar de
esses institutos jurídicos (estágio probatório e estabilidade) serem distintos entre si, de fato, não há como
dissociá-los, ambos estão pragmaticamente ligados. Observa que a finalidade do estágio é fornecer
subsídios para a estabilização ou não do servidor público. Assim, não faz sentido que o servidor público
seja considerado apto para o cargo num estágio probatório de dois anos e apenas, após três anos do
efetivo exercício vir a ser estabilizado no mesmo cargo. Destaca que segundo a doutrina quando a EC n.
19/1998 diz que os servidores são estáveis após três anos, esse prazo só pode ser de estágio probatório.
Ademais, no antigo entendimento, haveria também a circunstância de que, a partir do segundo ano, o
servidor perderia o direito à recondução (art. 29, I, da Lei n. 8.112/1990). Sendo assim, o estágio
probatório é o período compreendido entre o início do exercício do cargo e a aquisição de estabilidade
no serviço público, que se dá após três anos. Aponta ser também essa a opinião do STF, que considerou
ser a nova ordem constitucional do citado art. 41 imediatamente aplicável. Ressalta que havendo
autorização legal, o servidor público pode avançar na carreira independentemente de se encontrar em
estágio probatório. No caso dos autos, há a Portaria n. 468/2005 da Procuradoria-Geral Federal que
restringiu a elaboração e edição de listas de promoção e progressão aos procuradores federais que
houvessem findado o estágio probatório entre 1º de julho de 2000 a 30 de junho de 2002. De modo que,
no momento da elaboração das listas, como o impetrante não concluiu o requisito no lapso temporal do
efetivo exercício para conclusão do período do estado probatório, não pode figurar nas listas de promoção
e progressão funcional. Com esse entendimento, a Seção mudou seu posicionamento quanto ao estágio
probatório e denegou o MS. MS 12.523-DF, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/4/2009.
O Cespe, nos últimos concurso realizados (TCU 2009) tem seguido o novo entendimento
jurisprudencial adotando a nova posição do STJ, afirmando, ainda, que o prazo do estágio probatório é de
3 anos.
Mas cuidado! A Lei 8112/90 somente regulamenta os direitos e deveres dos servidores públicos
FEDERAIS. Dessa forma, para as outras entidades da federação deve ser observada a legislação específica.
No caso do DF, que é a Lei 8112/90 aplicada ao DF com algumas modificações específicas para o DF, este
diploma legal determina que o prazo do estágio probatório é de 3 anos.
Assiduidade
Disciplina
Capacidade de iniciativa
Produtividade
Resposabilidade
O servidor que durante o estágio probatório for aprovado em outro concurso não poderá
aproveitar e somar os tempos de estágio probatório;
O servidor em estágio probatório somente tem direito às licenças previtas no art. 81, inciso I a IV,
94, 95 e 96:
SUSPENSÃO DO EP:
Segundo o art. 20, da Lei 8112/90, quatro meses antes de findo o período do estágio probatório,
será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, sem
prejuízo da continuidade da apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.
ESTABILIDADE E EFETIVIDADE
Pode haver:
d) pode não haver nem estabilidade nem efetividade (caso dos servidores trabalhistas não
alcançados pela regra excepcional de estabilização prevista no art. 19 do ADCT da CF).
PAD-demissão
Insuficiência de desempenho
Quanto à possibilidade de perda do cargo público por sentença judicial transitado em julgado, não
se confunde com demissão, pois essa é penalidade administrativa, ao passo que perda do cargo público
por decisão judicial é pena a ser aplicada pelo juiz, independentemente da Administração Pública.
Conforme o CP, art. 91 e 92, o juiz pode motivadamente aplicar a pena de perda do cargo, emprego
ou função pública nos casos em que:
a) a pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a 1 ano, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever com a Administração;
b) a pena privativa de liberdade for superior a 4 anos nos demais casos;
c) condenação por improbidade administrativa;
DEMISSÃO E EXONERAÇÃO
São atos administrativos que ensejam a extinção do vínculo estatutário do servidor público,
ocasionando a vacância dos cargos.
A exoneração admite ainda uma subdivisão: pode ser a pedido ou ex officio. Na primeira é o
servidor que manifesta seu interesse em sair do serviço público e desocupar o cargo de que é titular. A
exoneração ex officio, ao revés, implica a iniciativa da Administração em dispensar o servidor.
a) quando o servidor, ocupante de cargo efetivo, não satisfizer as condições do estágio probatório;
b) quando esse mesmo servidor, tendo tomado posse, não entra em exercício no prazo legal;
A EC 19/98, institui, agora com previsão no art. 41, § 1º, III, mais um caso de demissão, a ser
disciplinado por LC, que é aquele em que o servidor, após sofrer avaliação funcional, demonstrar
insuficiência de desempenho, comprovada em processo administrativo com ampla defesa.
Criou também outra hipótese de exoneração de servidor estável ( e não de demissão como pensam
alguns), quando tiverem sido insuficientes duas providencias administrativas com vistas a adequar as
despesas de pessoal aos limites fixados na LC 101/00, que regulamentou o art. 169 da CF, este alterado
pela EC 19/98, para o fim de criar, por si e pro seus parágrafos, novos mecanismos de controle e redução
de despesas com pessoal a cargo das pessoas federativas:
a) redução em pelo menos 20 % das despesas com cargos em comissão ou funções de confiança;
b) exoneração de servidores não estáveis, assim considerados aqueles que foram admitidos na
Administração Direta, autarquias e fundações sem concurso público após 5/10/83. (ver RE 223904/MG)
Nesse caso, o servidor fará jus à indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço, sendo extinto seu cargo e vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos. Para tanto, cada Poder deverá expedir ato normativo motivado,
especificando a atividade funcional e o órgão ou unidade objeto da redução de pessoal.
Há autores, como Lúcia Vale Figueiredo, que sustentam ser inaplicável a exoneração prevista no art.
169, § 4º, da CF, aos servidores já estáveis ao momento em que foi promulgada a EC 19/98, sob o
fundamento de que não podem sujeitar-se a novo regime jurídico, pena de violação a seu direito
adquirido.
Esse tipo de exoneração foi disciplinada pela Lei 9.801/99, que regulamentou o citado artigo.
Outrossim, a referida lei tem caráter geral, assim, aplica-se à Administração de todos os Poderes da União,
Estados, DF e Municípios. Sendo assim, é vedado a qualquer dessas pessoas federativas estabelecer, em
leis próprias, regras que contrariem o conteúdo normativo daquele diploma. (ver info STJ 87)
O STJ decidiu que em curso processo administrativo, o servidor foi exonerado a pedido, de acordo
com o programa de demissão voluntária. Concluído o processo, foi demitido a bem do serviço público. A
Corte entendeu que, com a exoneração foi extinto a relação estatutária, sendo inviável a aplicação de pena
disciplinar e restando para a Administração apenas a possibilidade de apurar a responsabilidade civil e
criminal do servidor (ver RMS 11056 info 87). Entretanto, Carvalho Filho entende de modo diverso, pois
terá havido erro administrativo, porque a Administração não pode abrir mão de seu dever de sancionar
quando o servidor tiver praticado infração funcional, sobretudo a infração grave passível de demissão.
RETRIBUIÇÕES PECUNIÁRIAS
a) Vencimento: é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado em lei.
d) Subsídio: conforme o art. 39, § 4º da CF 88, trata-se de contraprestação pelo exercício de função
ou cargo público composto de parcela única e insuscetível de qualquer outra gratificação, adicional, abono,
prêmio ou outra espécie remuneratória.
Recebem subsídio os membros de Poder (PE, PL e PJ), os integrantes do MP, Defensorias Públicas,
Procuradorias dos Estados e DF, Policias e Corpo de Bombeiros (art. 144 da CF).
VINCULAÇÃO E TETO
A regra do teto remuneratório é a que consta do art. 37, XI da CF, com a redação da EC 41/03, pois
com a referida emenda, passou a CF a admitir tetos remuneratórios geral e específicos, estes dependendo
da respectiva entidade federativa. Assim, estabeleceu como teto geral para todos os Poderes da União,
Estados, Municípios e DF, o subsídio mensal dos Ministros do STF. No que concerne aos tetos específicos
(ou subtetos), foi fixado para os Municípios o subsídio do Prefeito e para Estados e DF, foram previstos 3
subtetos:
A despeito dessa regra geral, a EC 47/05, introduziu o § 12, ao art. 37 da CF, pelo qual fixou
alternativa para a fixação do teto. Segundo a referida mudança os Estados e o DF têm a faculdade de fixar
teto único local remuneratório, desde que o façam através de EMENDAS às respectivas Constituições e Lei
Orgânica. O limite único deverá corresponder ao subsídio mensal dos DESEMBARGADORES do respectivo
TJ, o qual ao seu turno, se limita a percentual de 90, 25 % do subsídio mensal dos Ministros do STF. O dito
comando não se aplica ao âmbito municipal.
Outrossim, o art. 37, XIII, da CF, estabelece que não é possível a equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para efeito de remuneração, de sorte que um determinado cargo não pode ter como
remuneração um percentual de outro cargo, vedando, assim, o efeito cascata.
PROVIMENTO
TIPOS DE PROVIMENTO
Derivado: o cargo é preenchido por alguém que já tenha vínculo anterior com outro cargo, sujeito
ao mesmo estatuto. Por exemplo, quando o servidor é titular do cargo de Assistente de nível A e, por
promoção, passa a ocupar o cargo de assistente nível B.
FORMAS DE PROVIMENTO
NOMEAÇÃO
Posse é o ato de investidura pelo qual ficam atribuídos ao servidor as prerrogativas, os direitos e os
deveres do cargo. É o ato que completa a investidura, traduzindo uma autêntica condição para o exercício
da função pública. É o momento em que o servidor assume o compromisso do fiel cumprimento dos
deveres e atribuições.
No ato da posse o candidato deverá apresentar a sua declaração de bens – art. 13, 8429/92;
Exercício representa o efetivo desempenho das funções atribuídas ao cargo. É o exercício que
confere ao servidor o direito à retribuição pecuniária como contraprestação das funções inerentes ao
cargo.
Uma vez tomado posse, o servidor deve se apresentar para exercício no prazo de até 15 dias, não
entrando em exercício no prazo legal, o servidor será EXONERADO.
PROMOÇÃO
É a passagem do servidor de uma classe para outra dentro da mesma carreira. Ocorre nas carreiras
em que o desenvolvimento do servidor ocorre por provimentos sucessivos.
A promoção se dá dentro da mesma carreira, jamais de uma para outra carreira, o que é
inconstitucional.
READAPTAÇÃO
É a forma de provimento pela qual o servidor passa a ocupar cargo diverso do que ocupava, tendo
em vista a necessidade de compatibilizar o exercício da função pública com a limitação sofrida em sua
capacidade física ou mental, aferida em inspeção médica
Requisitos:
Equivalência de vencimentos
RECONDUÇÃO
É o retorno do servidor que tenha estabilidade ao cargo que ocupava anteriormente, por motivo:
REINTEGRAÇÃO
É a reinvestidura do servidor no cargo que anteriormente ocupara, ou no cargo que resultou sua
transformação, quando sua demissão for invalidade por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante se estável, será reconduzido, sem direito a
indenização, ou será aproveitado em outro cargo (caso o anterior esteja preenchido) ou ainda, posto em
disponibilidade;
No texto anterior, o dispositivo assegurava que, no caso de reintegração, o servidor que vinha
ocupando cargo tinha direito de ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou
aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade. A EC19/98 alterou o dispositivo,
condicionando a existência desse direito apenas ao servidor estável que venha ocupando o cargo antes da
reintegração, o que significa que o servidor não-estável pode ser exonerado pela Administração , sem que
se lhe confira a possibilidade de recondução, aporoveitamento ou disponibilidade. Bem como a referida
Emenda dispôs que a disponibilidade será proporcional ao tempo de serviço.
APROVEITAMENTO
Significa o retorno do servidor a determinado cargo, tendo em vista que o cargo que ocupava foi
extinto ou declarado desnecessário. Até o momento que o servidor está em situação transitória
denomina-se disponibilidade remunerada.
REVERSÃO
b) não havendo cargo vago o servidor exercerá suas atribuições como excedente até surgir vaga.
Conforme as linhas traçadas do novo dispositivo a reversão dar-se-á no mesmo cargo em que o
servidor se aposentou ou naquele que resultou de eventual transformação. Caso o cargo estiver provido, o
servidor ficará como excedente até a ocorrência de vaga.
Ainda para o mesmo autor à antiga readmissão aplica-se o mesmo entendimento. O instituo previa
o reingresso do servidor, depois de deixar o serviço público, requerendo o retorno direto a seu cargo, sem
aprovação em concurso público, ficando a critério da Administração aceitar ou não o pedido.
OBS! Ascensão ou acesso é a forma de progressão pela qual o servidor é elevado de cargo situado
na classe mais elevada de uma carreira para cargo da classe inicial de carreira diversa ou de carreira tida
como complementar da anterior. Transferência é a passagem do servidor de seu cargo efetivo para outro
de igual denominação, situado em quadro funcional diverso. Cabe lembrar que a ascensão e a
transferência, anteriormente previstas no dispositivo, foram suprimidas pela lei 9527/97.
O STF editou a Súmula 685 que tem o seguinte enunciado: “é inconstitucional toda
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.”
VACÂNCIA
É o fato administrativo-funcional que indica que determinado cargo público não está provido, ou
seja, sem titular.
Exoneração
Demissão
Promoção
Readaptação
Aposentadoria
Falecimento
DESLOCAMENTO
Sob o nome de deslocamento a lei se refere à remoção e à redistribuição, mas nenhum dos dois
casos são formas vacância ou provimento.
a) de ofício
c.1) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar; de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DF e Municípios, que foi deslocado no interesse da
Administração;
c.2) por motivo de saúde do servidor, do cônjuge, companheiro ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica
oficial;
CUIDADO! Remoção não pode ter caráter punitivo, pois ocorre vício na finalidade do ato.
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Lei 8.112 – Direito Administrativo
REDISTRIBUIÇÃO
REGRA GERAL
Como regra geral, a Constituição veda a acumulação remunerada de cargos públicos, regra esta
positivada no art. 37, XVI. O inciso XVII, do referido artigo, estende a proibição a mais duas situações: uma
delas é a acumulação de empregos e funções. Assim, chega-se à primeira regra geral completa: é vedada a
acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas.
A segunda situação de impedimento é a relativa aos cargos, empregos e funções nos entes da
Administração Indireta. Daí, extrai-se a segunda regra: proíbe-se a acumulação de cargos, empregos e
funções também nas pessoas da Administração Indireta. A EC 19/98, alterando o art. 37, XVII, da CF, que
trata desses outros casos de inviabilidade de acumulação, ampliou as vedações ali contidas, para alcançar
também as subsidiárias dar referidas entidades, bem como as sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo Poder Público. Significa dizer que, mesmo que a entidade não integre a Administração
Indireta, mas desde que seja subsidiária ou que sofra controle direto ou indireto do Poder Executivo,
vedada estará a acumlação remunerada de funções e empregos públicos. (ver info 361 STF)
Vale a pena destacar que, em virtude da ampliação das hipóteses de vedação, não mais poderão
subsistir eventuais situações de acúmulo anteriormente permitidas, sendo incabível a alegação de direito
adquirido por se tratar de situação jurídica com efeitos protraídos no tempo.
SITUAÇÃO DE PERMISSIVIDADE
Outrossim, a EC 19/98, alterando o art. 37, XVI da CF estabeleceu, ainda, a observância de que os
ganhos acumulados não excedam o teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da Lei Maior.(ver info 361
STF).
O art. 17, § 2º, do ADCT da CF assegurou o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos
privativos de profissionais de saúde, passando a condição de validade as situações englobadas no regime
anterior. Cuida-se, portanto, de acumulações indevidas que foram convalidadas pela nova CF.
Com relação aos magistrados a disciplina sofre incidência do art. 95, parág. Único, I, da CF, que lhes
veda “exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função,salvo uma de magistério”. A ressalva
feita limita-se a cargos ou funções em instituições pertencentes à Administração, seja centralizada, seja
descentralizada. Não obsta, contudo, a acumulação o fato de o professor ser guinado a cargos de direção
institucional, desde que eles sejam privativos de docentes.
Carvalho Filho entende que a restrição ao texto – uma única função – se refere a instituições
administrativas, nada impede que, além do cargo de magistério nessas instituições, o magistrado tenha
contrato com instituições ou curso do setor privado. No caso de magistrado aposentado, aplica-se,
subsidiariamente, o art. 37, § 10, da CF, segundo o qual os proventos de aposentadoria somente são
acumuláveis com: cargo ou função de magistério; cargos eletivos; cargos em comissão.
O servidor que já adquiriu estabilidade em seu cargo ou já exerce seu emprego com certo grau de
permanência e, aprovado por concurso público para carreira diversa, terá que se sujeitar a novo estágio
probatório; porquanto, sendo diversa a carreira, o novo provimento se qualificará como originário.
Quando o estatuto do servidor já prevê que o servidor estável possa retornar ao cargo antigo, em
não sendo habilitado no estágio probatório do novo cargo, a situação fica resolvida, como é o caso do art.
29, I da lei 8.112/90.
Entretanto, a maioria dos estatutos funcionais não prevê esse instituto. Assim, deve o servidor se
licenciar do cargo anterior ou ajuste a suspensão do contrato de trabalho, sempre sem remuneração, e
seja empossado no novo cargo da nova carreira.
O servidor quando ingressa no serviço público sob regime estatuttário, recebe o influxo das normas
que compões o respectivo estatuto. Essas normas, logicamente, não são imutáveis. O Poder Púbico pode
introduzir alterações com vistas à melhoria dos serviços, à concessão ou extinção de vantagens etc. Como
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as normas estatutárias são contempladas em lei, segue-se que têm caráter genérico e abstrato, podendo
sofrer alterações. Nesse passo, o servidor não tem direito adquirido à imutabilidade do estatuto.
Entretanto, se se consuma o suporte fático previsto na lei e se são preenchidos os requisitos para o
seu exercício, o servidor passa a ter direito adquirido ao benefício ou vantagem que o favorece.
ACESSIBILIDADE
A regra fundamental do acesso ao serviço público é a que figura no art. 37, I, da Cf, que,
anteriormente, tinha os seguintes dizeres:
“Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei.”
Primeiramente, é preciso observar que o direito ao acesso ao serviço público é conferido aos
brasileiros que preencham os requisitos em lei. Como não há qualquer restrição quanto ao sentido do
termo, deve-se entender que são titulares não apenas os brasileiros natos como também os naturalizados,
salvo nas hipóteses do art. 12, § 3º da CF:
Com o advento da EC 19/98, que alterou o art. 37, I, da CF, ampliando o princípio da acessiblidade
também aos estrangeiros, da forma como vier a disciplinar a lei, pois a rigidez da Norma Constitucional
criava inúmeras dificuldades nas situações em que se tornava necessário o recrutamento de professores,
técnicos e profissionais estrangeiros. Ademais, fora incluído o § 3º no art. 5º da Lei 8.112/90, admitindo
expressamente o recrutamento de estrangeiros pelas universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica.
REQUISITOS DE ACESSO
O texto constitucional deixou consignado que o acesso pressupõe a observância dos requisitos
estabelecidos em lei.
Diferentemente de requisitos de inscrição, são os requisitos do cargo, que são aqueles que o
candidato deve preencher para a investidura em cargo público. Esses requisitos devem estar contemplados
em lei. Nada impede, que o edital os mencione, reproduzindo o que a lei estabelece. O que não é lícito é
que tal exigência seja apenas prevista no edital.
Caso o concurso não esteja concluído e a lei venha a elevar o padrão de escolaridade para o
cargo, é lícito alterar o edital para adequá-lo à nova exigência legal. Nesse caso, serão excluídos do
certame aqueles que não possuírem a nova escolaridade, o que se funda na premissa de que o participante
do concurso tem mera expectativa quanto à nomeação para o cargo. (ver info STF 405, RE 318106)
Questão delicada e complexa é aquela que diz respeito à capacitação moral do candidato
instituída como requisito de acesso. Esse tipo de aferição nem sempre é muito simples e pode dar margem
à arbitrariedade por parte dos agentes integrantes da comissão de concurso.(ver STF RE 194872 info 209)
Hipótese diversa, entretanto, é aquela em que o delito já foi alcançado pela prescrição. Como se
trata de instituto que rende ensejo à extinção da punibilidade, a prática do delito não pode servir como
óbice à capacitação moral do candidato, permitindo que este concorra em igualdade de condições com os
demais candidatos. (ver RE 212198 info 237)
Quanto à idade, Carvalho Filho destaca a observação de Celso Antônio, segundo a qual “não é
inconstitucional estabelecer limite de idade quando o concurso destinar-se a determinados cargos ou
empregos cujo desempenho requeira esforços físicos ou cause acentuados desgastes intoleráveis a partir
de faixas etárias mais elevadas.” E no mesmo sentido HLM e JAS.(ver STF súmula 683 RE 157863 e STJ RMS
2341).
CONCURSO PÚBLICO
Se o candidato for preterido na ordem classificatória tem direito à nomeação. Assim, o candidato
que for aprovado em concurso público não tem direito à nomeação, salvo se preterido na ordem
classificatória.
É o procedimento administrativo que tem por fim aferir as aptidões pessoais e selecionar os
melhores candidatos ao aproveitamento de cargos e funções públicas.
O concurso pode ser de provas ou de provas e títulos. Atualmente não é mais possível o concurso
apenas de títulos, porque esta forma de seleção não permite uma disputa em igualdade de condições.
A regra do concurso está no art. 37, II da CF. A EC 19/98, que implantou a reforma do Estado,
alterou o dispositivo, introduzindo alteração no sentido de que o concurso público de provas ou de provas
e títulos se faça “de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei”.
OBRIGATORIEDADE
No que se refere à contratação por entes públicos de servidores sem a prévia aprovação em
concurso público, o recrutamento ser reveste de ilegalidade, devendo, portanto, ser invalidade, sendo que
o regime jurídico do servidor deve ser considerado o regime trabalhista. A referida espécie de contratação,
conforme entendimento firmado na Justiça do Trabalho, é que a contratação sem concurso é nula e só
gera para os empregados o direito a salários e aos valores relativos ao FGTS. (EM 363 TST). Carvalho Filho
discorda do entendimento, tendo em vista que quem acaba punido é o trabalhador que prestou o serviço.
EXCEÇÕES
Quanto aos cargos vitalícios, é inexigível o concurso para a investidura dos membros integrantes
do quinto constitucional dos Tribunais Judiciários, composto de membros do Ministério Público e
advogados (art. 94 CF). A investidura dos Tribunais de Contas sujeita-se à mesma regra (art. 73, §§ 1º e 2º,
CF). Na mesma situação os Ministros do STF e do STJ.
Por último, é inexigível o concurso para o recrutamento de servidores temporários, conforme art.
37, IX da CF. A lei 8.745/93 dispõe que o recrutamento é feito por processo seletivo simplificado com
ampla divulgação, dispensando o concurso público. (art. 3º).
PRAZO DE VALIDADE
O prazo de validade é de dois anos, prorrogável uma vez por igual período, nos termos do art. 37,
III, da CF.
Quanto o texto constitucional relata que será em igual período quer dizer que se o concurso foi
prorrogado para ter prazo de validade de dois anos, a prorrogação será de dois anos, seguindo o mesmo
raciocínio, se o prazo inicial for de um ano, o prazo de prorrogação também será de um ano. Segundo
Carvalho Filho, a expressão igual período significa que o prazo de prorrogação tem que ser igual ao prazo
inicialmente projetado para o concurso. A norma constitucional pretendeu evitar que a flexibillidade
quanto ao prazo pudesse ensejar favoritismo a certos candidatos, bem como garantir certo grau de
conhecimento quanto ao prazo de validade, uma vez que somente pode ser prorrogado pelo mesmo
prazo.
Se escoou o prazo de validade do concurso e não houve prorrogação, quer porque o edital não o
previu, quer porque a Administração não a providenciou momento oportuno (antes do escoamento do
prazo inicial), é vedado restabelecer sua validade a posteriori. (informativo STJ 345/204 e STF, RE 352258,
Min. Ellen Gracie)
PRECEDÊNCIA NA CONVOCAÇÃO
A expressão prazo improrrogável constante do texto deve ser interpretada como o prazo dentro
do qual tem validade o concurso. Aplica-se, portanto, o direito de precedência na convocação tanto no
prazo de validade fixado para o concurso, sem prorrogação, como no prazo de prorrogação, se tal fato
ocorrer. Ambos são improrrogáveis e, desse modo, incide o direito de precedência.
Considerando, unicamente, o texto da lei 8.112/90, não é possível a abertura de novo concurso,
quando ainda existirem aprovados em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Mas parte
considerável da doutrina entende que durante o prazo improrrogável do concurso será possível abertura
de novo concurso, a teor do art. 37, IV da CF.
EXAME PSICOTÉCNICO
Quanto à exigência relativa à aferição psíquica do candidato ao concurso deve ser prevista em lei,
como claramente estabelecido no art. 37, I, da CF. Se o exame é previsto apenas no ato da Administração,
a exigência reveste-se de inconstitucional. Nesse sentido, já teve o STF a oportunidade de proferir decisão.
(ver RE 232571 e súmula 686)
Por outro lado, se o servidor já se submeteu a exame psicotécnico para o cargo que ocupa e se
submete a concurso para cargo idêntico ou de funções semelhantes da mesma pessoa federativa, sem que
a Administração lhe tenha atribuído anteriormente qualquer comportamento doentio sob o aspecto
psíquico, desnecessária será nova avaliação psicológica ou, se tiver sido realizada, irrelevante seu
resultado. Foi a solução dada pelo STF ao julgar o MS 20.972-DF (ver também RESP 24558)
Inconstitucional também cláusula de edital que considera sigiloso o exame psicotécnico para
delegado de polícia. (ver STF info 217 e RESP 442964 info 147)
VANTAGENS PECUNIÁRIAS
INDENIZAÇÕES
Tem por fim compensar o servidor com as despesas de instalação, quando, no interesse da
Administração, passar a ter exercício em nova sede, mudando seu domicílio em caráter permanente.
Não é acumulável, caso o cônjuge do servidor também seja servidor e também tenha sido
removido;
Também tem direito à ajuda de custo, aquele que não for servidor da União e for nomeado para
cargo em comissão, com mudança de domicílio;
DIÁRIAS – ART. 58
Ao servidor que viajar a serviço, em caráter eventual e transitório, é devido passagens e diárias,
destinando-se especificadamente ao custeio de despesas com hospedagem e alimentação e locomoção
urbana;
Não tem direito às diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região, micro-região,
região metropolitana, constituída por municípios limítrofes, regularmente constituídos, e cuja competência
dos órgãos e entidades estendida, salvo se houver pernoite.
TRANSPORTE – ART. 60
Destina-se a compensar as despesas realizadas pelo servidor que utilizar meio próprio de
locomoção, para execução de serviços externos, próprios do cargo.
AUXÍLIO-MORADIA – ART60-A
deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o
parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento)
do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado
ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da
remuneração de Ministro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica
garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$
1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por
um mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
GRATIFICAÇÕES
Tem por finalidade gratificar o servidor como reconhecimento pelo desempenho do cargo ao
longo do tempo, bem como pelo plus de responsabilidade na hipótese de exercício de cargo em comissão
ou função comissionada.
GRATIFICAÇÃO NATALINA
Corresponde a 1/12 anos da remuneração que o servidor fizer jus no mês de dezembro, sendo
paga até 20 de dezembro.
ADICIONAIS
São acréscimos pagos aos servidores públicos em razão de situações especiais, previstas em lei.
MP 2.225/01 revogou esta hipótese. (A cada 5 anos incorporava 5%, até 35 %. Não se confundia
com os “quintos” que era incorporação de FC ou CC após 5 anos na função)
O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou
em localidade cujas condições de vida o justifiquem.
Adicional de 50% sobre o valor da hora normal, tendo como limite máximo de 2 horas por
jornada de trabalho.
ADICIONAL NOTURNO
ADICIONAL DE FÉRIAS
Ao servidor que entrar em gozo de férias, é devido o pagamento de adicional no montante de 1/3
da remuneração, independentemente de sua remuneração. Em se tratando de servidor que exerça cargo
em comissão ou função de direção, chefia ou assessoramento, a respectiva vantagem será considerada
para fins de pagamento do adicional de férias.
O servidor fará jus a 30 dias de férias sem prejuízo de sua remuneração, sendo que somente para
o primeiro período de férias, será necessário o exercício de 12 meses. Nas férias seguintes o servidor
poderá usufruir das férias tão logo se inicie o exercício seguinte.
Servidor que trabalho permanentemente com Raio X ou outra substância radioativa terá 20 dias
de férias a cada semestre;
DAS LICENÇAS
Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste de
seu assentamento funcional, mediante comprovação de junta médica oficial.
A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma
do disposto no art. 44, II.
Será concedida sem prejuízo da remuneração, ATÉ 30 dias, podendo ser prorrogada por ATÉ 30
dias, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo esses prazos, SEM REMUNERAÇÃO POR ATÉ
90 DIAS. A leitura desatenta do artigo pode causar alguma confusão quanto ao último prazo de
prorrogação. O prazo desta licença é de 30+30+90.
Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi
deslocado para outro ponto do território nacional ou para o exterior ou para o exercício de mandato
eletivo dos Poderes do Executivo e Legislativo.
Concluído o serviço militar, o servidor terá ATÉ 30 DIAS, SEM remuneração para assumir o
exercício do cargo.
A licença tem início por ocasião da escolha do servidor em convenção partidária e se estende até
10 dias após o pleito.
O servidor terá direito a licença, SEM REMUNERAÇÃO, durante o período que mediar entre a sua
escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
A Lei 9.527/97, extingui a LICENÇA PRÊMIO que consistia em uma licença remunerada pelo
período de três meses, a cada qüinqüênio de efetivo exercício, a título de prêmio por assiduidade.
A critério da Administração, desde que o servidor não esteja em estágio probatório, pelo prazo de
3 anos consecutivos, SEM REMUNERAÇÃO.
Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação.
A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogado, no caso de reeleição, POR
UMA ÚNICA VEZ.
DOS AFASTAMENTOS
Caso a cessão seja para Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista, nos termos das
respectivas normas, pode o servidor optar pela remuneração do cargo efetivo, nessa hipótese, a entidade
cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.
Do mesmo modo que a lei admite a licença para o exercício de atividade política, assegura,
outrossim, em caso de êxito e posse o afastamento para o exercício em mandato eletivo adquirido através
do voto.
Desde que obtenha autorização do Presidente da República, caso pertença ao Poder Executivo;
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo (Câmara ou Senado) se pertencer a algum desses órgãos; ou do
Presidente do STF, na hipótese de ser servidor do Judiciário.
A ausência não excederá a 4 anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período,
será permitida nova ausência.
Ao servidor beneficiado por esse artigo NÃO será concedida EXONERAÇÃO ou LICENÇA PARA
TRATAR DE ASSUNTOS DE INTERESSE PARTICULAR antes de decorrido IGUAL período ao do afastamento,
ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
DAS CONCESSÕES
AFASTAMENTO DE SERVIÇO
a) casamento
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,
menor sob guarda ou tutela e irmãos.
“a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem” (Hb. 11:1).