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Origem das palavras “cidadão” e “cidadania”

A origem do termo “cidadão” remonta à Antiguidade Clássica e a uma forma de organização


específica, que se difundiu no Mediterrâneo a partir do século IX a.C.: as cidades-Estados. Os
“cidadãos” eram os membros da comunidade que detinham o privilégio de participar
integralmente de todo o ciclo da vida cotidiana da cidade-Estado, ou seja, das decisões
políticas das elaboração das regras, das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública
etc. Eram os únicos considerados indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua
pessoa e seus bens.

Berço da cultura ocidental, a civilização greco-romana permitiu uma nova concepção política
baseada, mesmo que limitada, na participação popular, na cidadania, na representatividade e no
direito romano, o que permitiu regular e organizar a sociedade através do aparato legal.
O exemplo de Atenas nos permite observar que durante o século VI A.C, Dracon criou as Leis
Draconianas (620 A.C) que davam ao conselho dos anciãos o poder de julgar os crimes graves e
punir os infratores com a morte ou com o exílio. O Código Draconiano ficou conhecido como
algo cruel na História, e consagrou o poder paterno sobre a família favorecendo a aristocracia
agrária e ignorando os pobres.

Os “cidadãos” eram os membros da comunidade que detinham o privilégio de participar


integralmente de todo o ciclo da vida cotidiana da cidade-Estado, ou seja, das decisões
políticas das elaboração das regras, das festividades, dos rituais religiosos, da vida pública
etc. Eram os únicos considerados indivíduos plenos e livres, com direitos e garantias sobre sua
pessoa e seus bens. Existiam variações entre as cidades-Estados (Atenas, Esparta e Tebas, por
exemplo), não havendo um princípio universal que definisse a condição de cidadão. Além
disso, os critérios para integração ao corpo de cidadãos variaram ao longo do tempo, e as
cidades se tornaram mais ou menos abertas ou fechadas dependendo da época. Porém, é
possível indicar três grupos, entre o restante da população, que geralmente não integravam o
conjunto dos cidadãos: 1) Os estrangeiros residentes que, embora participassem da vida
econômica da cidade, não tinham direito à propriedade privada e não podiam participar das
decisões políticas; 2) Populações submetidas ao controle militar da cidade-Estado após a
conquista, como os periecos e hilotas; 3) os escravos, que realizavam todo e qualquer tipo de
ofício, desde as atividades agrícolas às artesanais, e eram utilizados, sobretudo, nos serviços
domésticos. Os escravos não tinham acesso à esfera pública ou a quaisquer direitos.

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