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1 INTRODUÇÃO

Os presentes memoriais descritivo e de cálculo referem-se ao Projeto Hidrossanitário que


contempla os detalhamentos das instalações de água fria, esgoto e água pluvial, da obra de um
edifício de dois pavimentos, sendo, o pavimento térreo uma drogaria e o pavimento superior uma
residência unifamiliar de padrão médio.

2 DESCRIÇÃO DO PROJETO HIDROSSANITÁRIO

2.1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


A alimentação da água potável da edificação será feita pela concessionária local, até o
hidrômetro a ser instalado, com nicho próprio, junto ao alinhamento predial e assim aos
reservatórios superiores. Dos reservatórios superiores partirá as tubulações, por gravidade, que
alimentará todos os ambientes.

Serão 2 reservatórios em polietileno com tampa simples, formato redondo com


capacidade de 1500L.

Os sub-ramais que alimentarão os banheiros serão em PVC Ø 32 mm.


As torneiras de bancada e as esperas para as duchas higiênicas utilizarão PVC Ø 25
mm, e serão conectadas às respectivas esperas, com ligações flexíveis cromadas Ø15 mm.
Os vasos serão com caixa acoplada com coluna de PVC Ø 25 mm.
Toda tubulação de água fria de consumo, será executada em PVC rígido soldável.
O diâmetro inicial da coluna e suas reduções progressivas foram calculados
levando-se em consideração as perdas de carga, vazão de cada aparelho e a possibilidade
de uso simultâneo na hora de maior consumo. As tubulações deverão respeitar uma
profundidade mínima de 60 cm ou maior de escavação em função das passagens em locais
de trafego de veículos e vigas baldrames.

2.2 COLETA DE ESGOTO SANITÁRIO


Os vasos sanitários serão escoados por tubos PVC Ø 100 mm, ligados à caixa de
inspeção de esgoto, os lavatórios serão ligados às respectivas caixas sifonadas por tubos
PVC Ø 40 mm, e as caixas sifonadas dos banheiros serão ligadas aos respectivos ramais
primários, por tubos PVC Ø 50 mm.
As tubulações deverão respeitar uma profundidade mínima de 60 cm ou maior de
escavação em função das passagens em locais de trafego de veículos e vigas baldrames.
As caixas sifonadas dos banheiros serão de PVC Ø100 mm, com grelha cromada e
saída Ø 50 mm.
O destino dos efluentes dos esgotos sanitários serão encaminhados a Tanque
Séptico e Sumidouro, onde receberão tratamento adequado para infiltração no solo.
2.3 COLETA DE ÁGUA PLUVIAL
A captação da água pluvial será feita através da calha no pavimento cobertura, de
onde será escoada por tubos de PVC Ø 100 mm até o poço de infiltração localizado no
jardim da construção.

3 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL

3.1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA


Os tubos de água fria serão de PVC marrom soldável. Os locais, diâmetros e
comprimentos deverão seguir como previsto no projeto.
Todos os tubos deverão ser fixos com braçadeiras, cintas ou tirantes metálicos em
paredes, lajes ou vigas com parafusos. A distância entre os apoios deverá respeitar as
recomendações dos fabricantes.
As conexões de água fria serão de PVC marrom soldável, quando para saída de
consumo as conexões serão de PVC azul com rosca de latão com a finalidade de abastecer
sanitários. Os locais e diâmetros deverão seguir como previsto no projeto.
As peças terminais para a ligação de aparelhos, tês ou joelhos serão sempre de PVC
azul com bucha de latão.
Os lavatórios e vasos sanitários serão ligados aos respectivos ramais de espera com
engates flexíveis com acabamento cromado.

3.2 COLETA DE ESGOTO SANITÁRIO


Os tubos de esgoto sanitário serão de PVC branco soldável, e série “N” Normal os
quais tem a finalidade de conduzir o esgoto sanitário até sistema de tratamento de esgoto.
As conexões de esgoto serão de PVC branco soldável, e série “N” Normal os quais
tem a finalidade de fazer a ligação entre tubos para conduzir o esgoto sanitário até o
sistema de tratamento de esgoto.
Todos os tubos deverão ser fixados com braçadeiras, cintas ou tirantes metálicos em
paredes, lajes ou vigas com parafusos. A distância entre os apoios deverá respeitar as
recomendações dos fabricantes.

3.3 COLETA DE ÁGUA PLUVIAL


Os tubos de águas pluviais serão de PVC branco soldável, os quais tem a finalidade
de conduzir a água pluvial das calhas até as caixas de passagem localizadas no térreo.
As conexões de águas pluviais serão de PVC branco soldável e série “N” Normal os
quais tem a finalidade de fazer a ligação entre tubos para conduzir a água pluvial até a rua,
onde será encaminhada para a rede coletora de águas pluviais.
Todos os tubos deverão ser fixados com braçadeiras, cintas ou tirantes metálicos em
paredes, lajes ou vigas com parafusos. A distância entre os apoios deverá respeitar as
recomendações dos fabricantes.

3.4 INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO


O tópico a seguir é composto pelos memoriais descritivo e de cálculo, que se
referem ao Projeto de Tratamento de Esgoto. O sistema foi elaborado devido à inexistência
de rede pública de esgotamento sanitário no local onde está instalada a construção da
Promotoria Geral da Justiça, faz-se necessária à implantação de um sistema individual de
tratamento de esgoto. De modo a atender a legislação vigente neste município, o projeto
elaborado contempla: tanque séptico e sumidouro, para tratamento e destinação final do
efluente.

3.4.1 Tanque séptico


São câmaras convenientemente construídas para deter os despejos domésticos por
um tempo especificamente estabelecido e tem a capacidade de dar ao esgoto um grau de
tratamento compatível com sua simplicidade de modo a permitir a sedimentação dos
sólidos e a retenção do material graxo contido nos esgotos.
O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a intervalos
equivalentes ao período de limpeza do projeto, no período de 1(um) ano.
O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projeto,
sempre que se verificarem alterações nas vazões efetivas de trabalho com relação às
estimadas.
Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume devem
ser deixados no interior do tanque.

3.4.2 Sumidouro
É a unidade de depuração e de disposição final do efluente de tanque séptico
verticalizado.
A distância mínima entre as paredes dos poços múltiplos deve ser de 1,50 m.
Todas as tubulações de transporte de esgoto do sistema devem ser protegidas contra
cargas rodantes, para não causar extravasamento ou obstrução do sistema.
Os sumidouros devem ter as paredes revestidas de alvenaria de tijolos, assentes
com juntas livres, ou de anéis (ou placas) pré-moldados de concreto, convenientemente
fundos, e ter enchimento no fundo de cascalho, ou pedra britada.
4 MEMORIAL DE CÁLCULO

4.1 CONSUMO DIÁRIO PARA RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA


Para o pavimento inferior, onde funcionará uma drogaria, foi utilizado o consumo
per capta de 50L/dia. Foram considerados 4 funcionários e 6 visitantes com um total de 10
pessoas para esse pavimento. Assim temos 500L/dia e para armazenagem considerou-se
um volume suficiente para abastecimento durante dois dias em caso de interrupção da rede
pública.
A residência no pavimento superior foi projetada para 3 pessoas, mas foram
acrescentadas mais 3 no cálculo como visitantes. Com um consumo per capta de 150L/dia
para residências temos um total de 900L diários. Para armazenamento também foi
considerado um volume suficiente para 2 dias. A Tabela 4.1.1 a seguir apresenta os dados
do cálculo:
Tabela 4.4.1: Volume de Armazenamento

Pavimento Ocupantes Visitantes Consumo per Total Volume Armaz.


Térreo (drogaria) 4 6 capta50
(L/dia) (L/dia)
500 (L/dia)
1000
Superior (residência) 3 3 150 900 1800

Os volumes dos reservatórios foram estabelecidos:


- Pavimento térreo: 1 reservatório de 1000L de capacidade
- Pavimento superior: 2 reservatórios conectados com capacidade de 1000L cada, 2000L
armazenados no total.
- Reserva de incêndio: 20% do volume calculado para a drogaria (200L), esse volume será
considerado como sendo o restante dos reservatórios da residência que não estão previstos
no consumo.

4.2 DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE ÁGUA


Os diâmetros dos trechos das tubulações foram calculados utilizando o método dos
pesos relativos dos aparelhos sanitários. A Figura 4.2.1 a seguir mostra dos pesos utilizados
no dimensionamento:
Figura 4.2.1: Peso relativo dos aparelhos sanitários

Fazendo a somatória dos pesos de cada trecho tem-se o peso total que é usado para o
cálculo do diâmetro do tubo pelo ábaco mostrado na Figura 4.2.2 abaixo:

Figura 4.2.2: Ábaco luneta peso x diâmetro

Os primeiros trechos calculados foram os trechos de saída dos reservatórios,


levando em conta todos os aparelhos sanitários contidos nos pavimentos. As Tabelas 4.2.1
e 4.2.2 mostram o cálculo do diâmetro inicial dos reservatórios do pavimento térreo e
superior respectivamente:
Tabela 4.2.1: Diâmetro tubo de saída pav. térreo

Pavimento Térreo (drogaria)


Aparelho sanitário Peso Quantidade Peso total Diâmetro
Bacia San. Caixa Acoplada 0,3 4
Chuveiro Elétrico 0,4 2
3,9 32 mm
Lavatório 0,3 5
Torneira de Jardim 0,4 1

Tabela 4.2.2: Diâmetro tubo de saída pav. superior

Pavimento Superior (residência)


Aparelho sanitário Peso Quantidade Peso total Diâmetro
Bacia San. Caixa Acoplada 0,3 3
Chuveiro Elétrico 0,4 2
Lavatório 0,3 3
Torneira de Jardim 0,4 1
6,9 32 mm
Bebedouro 0,1 1
Lavadora de roupas 1 1
Pia 0,7 2
Tanque 0,7 2

Os trechos seguintes foram calculados da mesma forma e obtiveram diâmetro igual


a 25 mm.

4.3 CONTRIBUIÇÃO DE ESGOTO POR APARELHO


Para se calcular o volume da fossa séptica utilizou-se a seguinte fórmula:
V =1000+ N ( C . T + K . lf )
Onde:
V - Volume;
N - Número de pessoas;
C - Contribuição de despejos ( L/ Pessoa ¿ ;
T - Período de detenção;
K - Taxa de acumulação de lodo digerido em dias;
Lf - Contribuição de lodo fresco ( L/Pessoa ¿ ;
Adotou-se a edificação de alto padrão, portanto com uma contribuição de despejos
de C = 160L/hab.dia e Lf = 1L/pessoa, estimando cerca de 7 ocupantes, mais 7 visitantes
totalizando 14, um tempo de detenção de 0,5 dia. Foi feito o mesmo processo para os
demais ambientes: escritórios, salas comerciais, restaurante e cinema.
Assim calculou-se um volume útil de aproximadamente 71,34m³. Segundo a NBR
7229 adotamos para a fossa séptica uma profundidade máxima de 2,8m, e largura de 3,0 m,
contendo assim uma área útil de 8,4 m². Para comportar o volume útil da fossa séptica foi
calculado o seu comprimento (c):
C = volume / área
C = 71,34 / 8,4 = 8,5 m

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