Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
naufragou no litoral de Santa Catarina. Dois anos depois, conseguiu chegar em São
Vicente, reduto da colonização portuguesa. Ali ficou dois anos trabalhando como
artilheiro do Forte de Bertioga. Já se preparava para voltar à Europa, onde receberia
o reconhecimento e o ouro de El-Rei de Portugal, por seus serviços na Colônia.
Staden tinha para si um escravo da tribo Carijó que servia o Forte. Em Janeiro de
1554, preocupado com o escravo que havia desaparecido depois de sair para
pescar, resolveu procurá-lo pelas redondezas. Em uma canoa navegou por um rio
próximo, onde o escravo costumava pescar. Porém, ao invés do Carijó, encontrou
uma cruz vincada à beira do rio. A cruz tinha uma simbologia que Staden conhecia:
era o sinal para os Portugueses chamarem os Tupiniquins , seus aliados. Ele, então,
deu um tiro de mosquetão para chamar os Tupiniquins e obter notícias de seu
escravo. Os Tupiniquins não apareceram, porém, sete Tupinambás, tribo inimiga dos
Portugueses e de seus aliados, cercaram e aprisionaram Staden. Um festivo ritual
esperava por Staden na Aldeia de Ubatuba, onde iriam matá-lo e devorá-lo. Staden
tratou de encontrar uma estratégia para manter-se vivo. Mentiu que era francês,
povo aliado dos Tupinambás, mas foi logo desmascarado. Mudou de estratégia,
apelando para o misticismo muito forte entre os Tupinambás. Conseguiu convencer
os índios. Virou curandeiro e adivinho. Depois de um tempo, desistiram de devorá-lo.
Trocado por um baú de mercadorias e resgatado pelo capitão de um navio francês
que aportou na região, Staden conseguiu, depois de nove meses entre os
Tupinambás, ser libertado e voltar para a Europa, onde escreveu suas memórias.
Sinopse e detalhes
Hans Staden (Carlos Evelyn) um imigrante alemão que naufragou no litoral de Santa
Catarina. Dois anos depois, chegou a São Vicente, concentração da colônia
portuguesa no Brasil, onde trabalhou por mais dois anos, visando juntar dinheiro
para retornar Europa. Neste tempo em que viveu em São Vicente, Staden passou a
ter um escravo da tribo Carijó, que o ajudava. Preocupado com seu sumiço
repentino após ter ido pescar, Staden parte em sua procura, sendo encontrado por
sete índiso Tupinambás, inimigos dos portugueses, que o prendem no intuito de
matá-lo e devorá-lo. a partir de então que passa a ter que arranjar meios para
convencer os índios a não devorá-lo e permanecer vivo.
Resenha: “Hans Staden”, Luiz Antônio Aguiar
Postado por Cristian Luis Hruschka | Postado em Sem Categoria | Postado dia
18-02-20082 UM ALEMÃO ENTRE OS CANIBAIS
HANS STADEN – VIAGENS E AVENTURAS NO BRASIL, Luiz Antônio Aguiar, Ed.
Melhoramentos, 2ª. ed., 1992, 110 p.