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As ondas de Fmm variam senoidalmente com o tempo, cada componente é uma distribuição
senoidal estacionária pulsante de fmm ao redor do entreferro, com o máximo localizado ao longo do
eixo magnético de sua fase e amplitude proporcional à corrente de fase instantânea.
A Fmm resultante e a soma vetorial das Fmm de cada fase.
Considere a figura 9.3, onde para t = 0, representa o momento em que a corrente da fase (a)
está em seu valor máximo, a Fmm da fase (a) é máxima sendo representada pelo vetor (Fa) desenhado
ao longo do eixo magnético da fase (a) conforme figura 9.4.
O vetor (F) está alinhado com o eixo da fase (a), a mesma análise deve ser realizada para
t = ( π/3 ) e t = ( 2π/3 ) gerando as figuras 9.5 e 9.6
Fig. 9.6
No projeto das máquinas de corrente alternada, são realizados inúmeros esforços para
distribuir os enrolamentos no núcleo do motor com o objetivo de obter uma distribuição espacial
senoidal das Fmm.
Portanto um enrolamento distribuído faz melhor uso do ferro e cobre e melhora a forma de
onda do campo magnético girante produzido no estator do motor.
Quando utiliza-se enrolamentos distribuídos, deve ser considerado um fator de distribuição
(kw), porque as Fems induzidas nas bobinas individuais de qualquer grupo monofásico não estão em
fase no tempo.
Para a maioria dos enrolamentos trifásicos, (kw) é cerca de (0,85 a 0,95), portanto para
enrolamentos distribuídos a expressão da (Fem) em um enrolamento é mostrada pela equação 9.3 :
volts
Eef = 4,44 . f . kw . n . φ ⇒ EQ. 9.3
fase
(rpm ) , NR = ( 1 − S ) NS
120 . f
NS = EQ. 9.4
np
9.4 ESCORREGAMENTO
A diferença entre a velocidade do rotor (nr) e a velocidade do campo girante (ns), chama-se
escorregamento (s) que pode ser expresso em rpm ou como fração da velocidade síncrona, ou como
porcentagem desta.
Se o rotor gira a uma velocidade diferente da velocidade do campo girante, o enrolamento do
rotor corta as linhas de força magnética do enrolamento do estator e pelas leis do eletromagnetismo,
circularão no rotor correntes induzidas.
Quanto maior a carga, maior será o conjugado necessário para acioná-la, para obter um maior
conjugado, deve-se aumentar a diferença entre as velocidades, para que as correntes induzidas e os
campos produzidos sejam maiores. Portanto , à medida que a carga aumenta, cai a rotação do motor, o
conjugado aumenta e se restabelece a velocidade do motor
Quando a carga é zero (motor em vazio) o rotor girará praticamente com a mesma velocidade
do campo girante.
Para se calcular o escorregamento deve-se utilizar a equação 9.5
ns - nr ns − nr EQ. 9.5
S(rpm) = ns - nr , S = , S(%) = × 100%
ns ns
A grande maioria dos motores são fornecidos com terminais dos enrolamentos religáveis, de
modo a poderem funcionar em redes de pelo menos duas tensões diferentes. Os principais tipos de
ligações de motores para funcionar em mais de uma tensão são:
A ligação mostrada na figura 9.7 é chamada de (estrela – dupla estrela) exige nove terminais
no motor e a tensão nominal (dupla) mais comum é 440/220V ou 760/380V, sendo a ligação em 760V
apenas usada para a partida na ligação série.
440V 220V
127V
254V
A ligação mostrada na figura 9.8 é chamada de (triângulo - duplo triângulo) exige doze
terminais do motor e a tensão nominal dupla mais comum é 440/220V sendo a ligação em 440V usada
apenas na partida em série.
440V 220V
Este tipo de ligação exige seis terminais no mínimo no motor e utiliza tensões nominais
duplas , desde que a segunda seja à primeira multiplicada por √ 3.
220V
380V
Este tipo de ligação exige doze terminais a figura 9.10 mostra a numeração normal dos
terminais e o esquema de ligação para as três tensões nominais.
Duplo Triângulo para 220V Dupla estrela para 380V Triângulo para 440V
O motor de indução possui conjugado igual a zero à velocidade síncrona, à medida que a
carga vai aumentando, a rotação do motor diminui gradativamente, até um ponto em que o conjugado
atinge o valor máximo.
Se o conjugado da carga aumentar mais, a rotação do motor cai bruscamente, podendo chegar
a travar o rotor.
A figura 9.11 mostra o gráfico da variação do conjugado em função da velocidade síncrona do
motor.
EQ. 9.7
Cp(Nm)
Cp = × 100
(%) Cn(Nm)
Na prática, o conjugado de rotor bloqueado deve ser o mais alto possível, para que o rotor
possa vencer a inércia inicial da carga e possa acelerá-la rapidamente, principalmente quando a
partida é com tensão reduzida.
Cmax ⇒ Conjugado Máximo é o maior conjugado desenvolvido pelo motor, sob tensão e
freqüência nominais, sem queda brusca de velocidade.
Na prática o conjugado máximo deve ser o mais alto possível, por duas razões principais:
1 - O motor deve ser capaz de vencer, sem grandes dificuldades, eventuais picos de carga
como pode acontecer em certas aplicações, como em britadores, calandras, misturadores.
2- O motor não deve perder bruscamente a velocidade, quando ocorrem quedas de tensão,
momentaneamente, excessivas.
9.7.1 Categoria N
9.7.2 Categoria H
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal; baixo escorregamento. Usados para
cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras, transportadores carregadores, cargas
de alta inércia, britadores.
9.7.3 Categoria D
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal, alto escorregamento (> 5%). Usados
em prensas excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos.
Usados também em elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito alto e
corrente de partida limitada.
As curvas Conjugado x Velocidade das diferentes categorias podem ser vistas na figura 9.12
Classe A ( 105ºC )
Classe E ( 120ºC )
Classe B ( 130ºC )
Classe F ( 155ºC )
Classe H ( 180ºC )
As classes B e F são as utilizadas em motores normais
CLASSE DE ISOLAMENTO A E B F H
Temperatura Ambiente ºC 40 40 40 40 40
∆t = elevação de temperatura ºC 60 75 80 100 125
Diferença entre o ponto mais quente e a temperatura ºC 5 5 10 15 15
média
Total : temperatura do ponto mais quente ºC 105 120 130 155 180
S = 3 × VL × IL ⇒ ( VA )
EQ. 9.8
S P = 3 × VL × IL × cos ϕ ⇒ ( W )
Q Q = 3 × VL × IL × sen ϕ ⇒ ( VAR )
Q
ϕ = arctan g
ϕ P
P(eixo) × 736
η(%) = × 100
P(rede)
P(rede) = 3 × VL × IL × cos ϕ
P(eixo) × 736
P(rede) =
η
EQ. 9.9
P(eixo) × 736
3 × VL × IL × cos ϕ =
η
P(eixo) × 736
IL =
3 × VL × cos ϕ × η
Onde :