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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
1 Ética. 1.1 Ética e moral.
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
ÉTICA
Sendo uma palavra de origem grega – ethos – que significa caráter.
Diferentes filósofos tentaram conceituar o termo ética:
Sócrates ligava-o à felicidade de tal sorte que afirmava que a ética conduzia à felicidade, uma vez que
o seu objetivo era preparar o homem para o autoconhecimento, conhecimento esse que constitui a base
do agir ético.
A ética socrática prevê a submissão do homem e da sua ética individual à ética coletiva que pode ser
traduzida como a obediência às leis.
Para Platão a ética está intimamente ligada ao conhecimento dado que somente se pode agir com
ética quando se conhece todos os elementos que caracterizam determinada situação posto que somente
assim, poderá o homem alcançar a justiça.
Para José Renato Nalini1 “ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.2 É
uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio, na singela identificação do caráter
científico de um determinado ramo do conhecimento.3 O objeto da Ética é a moral. A moral é um dos
aspectos do comportamento humano. A expressão moral deriva da palavra romana mores, com o sentido
de costumes, conjunto de normas adquiridas pelo hábito reiterado de sua prática.
Com exatidão maior, o objeto da ética é a moralidade positiva, ou seja, "o conjunto de regras de
comportamento e formas de vida através das quais tende o homem a realizar o valor do bem".4 A distinção
conceitual não elimina o uso corrente das duas expressões como intercambiáveis. A origem etimológica
de Ética é o vocábulo grego "ethos", a significar "morada", "lugar onde se habita". Mas também quer dizer
"modo de ser" ou "caráter". Esse "modo de ser" é a aquisição de características resultantes da nossa
forma de vida. A reiteração de certos hábitos nos faz virtuosos ou viciados. Dessa forma, "o ethos é o
caráter impresso na alma por hábito".5”
Perla Müller6 explica vários aspectos da ética, quais sejam: ética especulativa que é aquela que busca
responder, de forma não definitiva, indagações acerca da moral e de seus princípios de sorte que,
utilizando-se de investigação teórica é possível à ética explicar algumas realidades sociais.
Para a mesma, a ética é ainda pedagogia do espírito, posto que é o estudo dos ideais da educação
moral. A ética pode ser vista também como a medida que o indivíduo toma de si, portanto, é pessoal e
voluntária.
Em suma: “ser ético significa conhecer e cumprir o dever; a ética é a condição que possibilita o
conhecimento do dever. O ‘dever’ repousa, antes de qualquer coisa, no reconhecimento da necessidade
de respeitar a todos como fins em si mesmos e não como meios para qualquer outro objetivo”.
A ética guarda estreita relação com a moral e os princípios, porém com esses não se confunde.
A ética é a ciência que busca estudar a melhor forma de convívio humano. No convívio social se faz
necessário a obediência de certas normas que visam impedir conflitos e promover a paz social, essas
são as normas éticas.
Toda sociedade possui preceitos éticos e esses baseiam-se nos valores e princípios dessa mesma
sociedade e influenciam a formação do caráter individual do ser humano que nessa convive.
Os valores de uma sociedade são baseados no chamado senso comum, ou seja, nos conceitos aceitos
e sentidos por um número indeterminado de pessoas.
1
NALINI, José Renato. Conceito de Ética. Disponível em: www.aureliano.com.br/downloads/conceito_etica_nalini.doc.
2
ADOLFO SÁNCHEZ V ÁZQUEZ, Ética, p. 12. Para o autor, Ética seria a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
3
Ciência, recorda MIGUEL REALE, é termo que "pode ser tomado em duas acepções fundamentais distintas: a) como 'todo conjunto de conhecimentos ordenados
coerentemente segundo princípios'; b) como 'todo conjunto de conhecimentos dotados de certeza por se fundar em relações objetivas, confirmadas por métodos de
verificação definida, suscetível de levar quantos os cultivam a conclusões ou resultados concordantes'" (Fílosofia do direito, p. 73, ao citar o Vocabulaire de Ia
phílosophie, de LALANDE).
4
EDUARDO GARCÍA MÁYNEZ, Ética - Ética empírica. Ética de bens. Ética formal. Ética valorativa, p. 12.
5
ADELA CORTINA, Ética aplicada y democracia radical, p. 162.
6
MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Jus Podivm, 2014.
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Quando se fala em valores, necessariamente deve-se tratar de juízo de aprovação ou reprovação, ou
seja, para determinada sociedade um comportamento pode ser tido como bom e, portanto, aprovado,
enquanto outro é reprovado por ser considerado ruim.
O ser humano é influenciado por esses valores estabelecidos no meio social em que convive de sorte
que passa a adotá-los ainda que inconscientemente. Contudo, para agir com ética é preciso que o homem
reflita sobre seus passos, de forma a adotar determinado comportamento porque, após a devida reflexão,
considerou-o justo. Não existe ética onde há ausência de pensamento.
Tem-se como valores éticos aqueles sobre os quais o homem exerceu atividade intelectual. Ao
estabelecer juízo de valores sobre determinadas situações ou coisas o homem está atribuindo a essas
conceitos morais.
MORAL, portanto, é o fator que determina se algo é bom ou ruim. Pertence à ética mas, com essa não
se confunde, haja vista que a ética tem como objeto de estudo o comportamento humano em sua forma
mais abrangente e a moral é uma expressão dos valores humanos, ou seja, quando o homem classifica
algo como bom ou como ruim, está expressando seus valores. São esses valores que vão pautar seu
comportamento.
Os atos morais possuem dois aspectos, quais sejam: o aspecto normativo que se traduz nas normas
e imperativos que revelam o dever ser e o aspecto factual que é a aplicação dessas normas no convívio
social.
Os princípios são as regras de boa conduta, ou seja, são os conceitos estabelecidos que regem o
comportamento humano por serem aceitos como bons, portanto, refletem a moral social.
Características da Ética:
. Validade universal: no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no
mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização. A ética é uma só, válida para todos
eternamente, de forma imutável e definitiva, por mais que possam surgir novas perspectivas a respeito
de sua aplicação prática.
“Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana
perante o ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os estudos de aprovação ou desaprovação da ação dos
homens e a consideração de valor como equivalente de uma medição do que é real e voluntarioso no
campo das ações virtuosas”7.
Podemos dizer, de um modo geral, que ética é o conhecimento que oferta ao homem critérios para
a eleição da melhor conduta, tendo em conta o interesse de toda a comunidade humana.8
ÉTICA
Ethos (grego): caráter, morada do ser;
Disciplina filosófica (parte da filosofia);
Os fundamentos da moralidade e princípios ideais da ação humana;
7
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
8
ALMEIDA, Guilherme de Assis; CHRISTMANN, Martha Ochsenhofer. Ética e direito: uma perspectiva integrada. 3ª edição, São Paulo: Atlas, 2009, p.4.
9
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 15.
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Ponderação da ação, intenção e circunstâncias sob o manto da liberdade;
Teórica, universal (geral), especulativa, investigativa;
Fornece os critérios para eleição da melhor conduta.
ÉTICA E MORAL
Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a
Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se
exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética,
mas principalmente porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e
cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a
moral. Moral é ação, Ética é reflexão.
Em resumo:
- Ética - mais ampla - filosofia moral – reflexão;
- Moral - parte da Ética - realização efetiva e cotidiana dos valores – ação.
No início do pensamento filosófico não prevalecia real distinção entre Direito e Moral, as discussões
sobre o agir ético envolviam essencialmente as noções de virtude e de justiça, constituindo esta uma das
dimensões da virtude. Por exemplo, na Grécia antiga, berço do pensamento filosófico, embora com
variações de abordagem, o conceito de ética aparece sempre ligado ao de virtude.
O descumprimento das diretivas morais gera sanção, e caso ele se encontre transposto para uma
norma jurídica, gera coação (espécie de sanção aplicada pelo Estado). Assim, violar uma lei ética não
significa excluir a sua validade. Por exemplo, matar alguém não torna matar uma ação correta, apenas
gera a punição daquele que cometeu a violação. Neste sentido, explica Reale 10: “No plano das normas
éticas, a contradição dos fatos não anula a validez dos preceitos: ao contrário, exatamente porque a
normatividade não se compreende sem fins de validez objetiva e estes têm sua fonte na liberdade
espiritual, os insucessos e as violações das normas conduzem à responsabilidade e à sanção, ou seja, à
concreta afirmação da ordenação normativa”.
Como se percebe, Ética e Moral são conceitos interligados, mas a primeira é mais abrangente que a
segunda, porque pode abarcar outros elementos, como o Direito e os costumes. Todas as regras éticas
são passíveis de alguma sanção, sendo que as incorporadas pelo Direito aceitam a coação, que é a
sanção aplicada pelo Estado. Sob o aspecto do conteúdo, muitas das regras jurídicas são compostas por
postulados morais, isto é, envolvem os mesmos valores e exteriorizam os mesmos princípios.
10
REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
11
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, páginas 16 – 17.
12
A ética tem a pretensão de ser universal, já que quer estabelecer valores e princípios que possam ser considerados universais. Mas sua universalidade não
ultrapassa esta pretensão de encontro de valores e princípios universais, ou seja, válidos e obrigatórios para todo ser racional. Isto porque, como fonte perene,
incessante de investigação e indagação, a ética transforma-se a cada crítica e reflexão posta a si mesmo.
13
In Deontologia Jurídica: ética das profissões jurídicas. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 04.
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Observe que a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética (...), isto é,
uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.14
E assim Müller conclui:15
Quer isto dizer que a ética, enquanto disciplina filosófica, pode modificar, refinar ou aprimorar valores
morais, ou seja, pode incidir para alterar as regras morais enraizadas na sociedade através da avaliação
que faz de princípios e valores morais até então estabelecidos.
A moral, no serviço público, aplica-se às relações de comando e obediência, já que é normativa.
E finaliza com o quadro – resumo de Moral:
MORAL
Mos (latim, plural mores): costume;
Regulação (normatização), comportamentos considerados como adequados a determinado grupo
social;
Prática (pragmática), particular;
Dependência espaço – temporal (relativa); caráter histórico e social.
Questões
04. (TCE/RN – Conhecimentos Básicos – CESPE) Com relação à ética e à moral, julgue o item
seguinte.
A ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo
social ou de uma sociedade.
(....) Certo (....) Errado
14
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2012, p. 386.
15
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 17.
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05. (TCE/RN – Conhecimentos Básicos – CESPE) Com relação à ética e à moral, julgue o item
seguinte.
A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do desenvolvimento
moral e ético de uma sociedade.
(....) Certo (....) Errado
06. (MPU – Técnico do MPU – CESPE) Com relação a moral e ética, julgue o item a seguir.
A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de regras, seus
fundamentos e suas características
(....) Certo (....) Errado
07. (DEPEN – Agente e Técnico – CESPE) Acerca da ética e da moralidade no serviço público, julgue
o item subsecutivo.
Ética e moral são termos que têm raízes históricas semelhantes e são considerados sinônimos, uma
vez que ambos se referem a aspectos legais da conduta do cidadão.
(....) Certo (....) Errado
08. (CRN/3R/SP e MS – Assistente Administrativo – Quadrix) O ramo da filosofia que trata dos
costumes ou dos deveres do homem para com seus semelhantes e para consigo, sobre como se deve
viver e, portanto, sobre a natureza de certo e errado, bem e mal, dever e obrigação, faz parte dos
conceitos da:
(A) dialética
(B) estética.
(C) essência.
(D) ética.
(E) teologia.
09. (CNEN – Assistente Administrativo – IDECAN) “A ética é o campo do conhecimento que trata
da definição e avaliação do comportamento das pessoas e organizações. A ética lida com a aprovação
ou reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal, sendo este definido
por meio de um código de conduta, implícito ou explícito.” Segundo o conceito de Maximiano, a afirmativa
anterior é
(A) verdadeira.
(B) falsa, pois o código de conduta é sempre explícito.
(C) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das pessoas.
(D) falsa, pois a ética restringe-se à reprovação do comportamento.
(E) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das organizações.
11. (SEDS/TO – Assistente Socioeducativo – FUNCB) A ética se apresenta como uma reflexão
crítica sobre:
(A) política.
(B) moralidade.
(C) ação.
(D) trabalho.
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13. (Prefeitura de Paranaguá/PR – Economista – FAFIPA/2016) Sobre a ética, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) O objeto principal da ética, como ramo da filosofia, é a reflexão do comportamento humano através
da análise dos valores e normas sociais vigentes em determinado lugar.
(B) Ética e moral nem sempre são sinônimos; a moral seria um conjunto de normas que podem variar
com o momento histórico e cultural de cada sociedade, sendo, na verdade, o objeto de estudo da ética.
(C) Ética vem da palavra romana ethos, que vem de mos ou mores do grego, que significa moral,
caráter ou costumes.
(D) Muitos dividem a ética didaticamente em dois campos: o primeiro cuida dos problemas gerais e
fundamentais relacionados aos valores e normas da sociedade e o segundo, de áreas específicas, como
a ética profissional etc.
14. (SEJUC/RN – Agente Penitenciário – IDECAN/2017) “Toda cultura e cada sociedade institui uma
moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta. No
entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como
filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores
morais.”
(CHAUI, Marilena – Convite à filosofia.)
A partir do trecho anterior, pode-se concluir que:
(A) Ética é o estudo dos valores morais.
(B) Ética e moral são conceitos sinônimos.
(C) Tanto a moral quanto a ética são universais.
(D) Moral é uma ciência, enquanto ética é a conduta humana.
Respostas
01. Resposta: C.
Moral - é o conjunto de regras que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. As
regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas. Está associada aos valores e
convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência
individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia. A moral orienta o
comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social.
Diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no
seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-estar social.
03. Resposta: E.
A deontologia também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta — os deveres —
inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a uma deontologia própria
a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria.
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05. Resposta: Certo.
"A cidadania nem sempre é uma realidade efetiva, nem para todos. A efetivação da cidadania e a
consciência coletiva dessa condição são indicadores do desenvolvimento moral e ético de uma
sociedade. Para a ética não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos definidos
nas Constituições. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os direitos reais, permitindo a
todos as cidadanias plenas, cotidianas e ativas".
08. Resposta: D.
Dialética - Dialética é uma palavra com origem no termo em grego dialektiké e significa a arte do
diálogo, a arte de debater, de persuadir ou raciocinar.
Estética - Estética é uma palavra com origem no termo grego aisthetiké, que significa “aquele que nota,
que percebe”. Estética é conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo nas manifestações
artísticas e naturais.]
Essência - Essência é o substantivo feminino com origem no latim essentia e que indica a natureza,
substância ou característica essencial de uma pessoa ou coisa. Também pode se referir a um aroma ou
perfume.
CORRETA - ÉTICA - Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A
palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Teologia - Teologia é o estudo da existência de Deus, das questões referentes ao conhecimento da
divindade, assim como de sua relação com o mundo e com os homens. Do grego “theos” (deus, termo
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usado no mundo antigo para nominar seres com poderes além da capacidade humana) + “logos” (palavra
que revela), por extensão “logia” (estudo).
09. Resposta: A.
O dicionário de Sérgio Ximenes (2002, pg. 409), define ética como ciência que estuda os juízos moral
referente à conduta humana, virtude caracterizada pela orientação dos atos pessoais segundo os valores
do bem e da decência pública, e a moral conjunto de regras de conduta baseadas nas noções de bem e
de mal, Os estudos de Maximiano (1974, p.294) demonstram que a ética tem sido entendida sob várias
concepções. Assim, a concepção de ética tratada pelo autor afirma que.
“A ética é como a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação de pessoas
e organização, e a disciplina que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo
levando-se em consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais
particulares”.
Na interpretação de Maximiano (1974, p.371) os valores éticos podem ser absolutos, baseia-se na
premissa de que as normas de conduta são válidas em todas as situações, ou relativa, que as normas
dependem da situação.
Para melhor entender, fez-se um estudo mais aprofundado onde os orientais entendem a ética relativa
de forma que os indivíduos devem dedicar-se inteiramente à empresa, que constitui uma família à qual
pertence à vida dos trabalhadores. Já, para os ocidentais, o entendimento é de que há diferença entre a
vida pessoal e a vida profissional. Assim, encerrado o horário normal do trabalho, o restante do tempo é
do trabalhador e não do patrão. Em relação à ética absoluta, parte-se do princípio de que determinadas
condutas são intrinsecamente erradas ou certas, qualquer que seja a situação, e, dessa maneira, devem
ser apresentadas e difundidas como tal.16
10. Resposta: B.
A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas
por cada sociedade.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou
imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por
construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes,
e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
11. Resposta: B.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar
explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica.
A Ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade das ações humanas, isto é, se são boas ou más.
É uma reflexão crítica sobre a moralidade.
13. Resposta: C.
Ética é uma palavra de origem grega – ethos – que significa caráter.
14. Resposta: A.
A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas
por cada sociedade. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”.
16
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1974, p. 371; MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da
administração. São Paulo: Atlas, 1974, p. 294. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/etica-etica-empresarial-moral-e-responsabilidade-social/1700/.
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1.2 Os valores, a ética e a lei.
Se a ética é disciplina filosófica que lança esforço e olhares, de forma reflexiva e profundamente crítica,
sobre o comportamento humano, afim de valorá-lo como bom, justo (ou mau, injusto), fazendo-o através
da tentativa, perene, de compreensão do sentido da vida e da existência humana, buscando, inclusive,
fornece elementos para correção moral da ação, de imperiosa necessidade o entendimento do que sejam
virtudes, princípios e valores.
Aristóteles, já na Grécia antiga (por volta do século V a. C.), dedicou um livro inteiro ao problema ético:
sua filosofia, em especial no plano da ética, tentou aliar o horizonte teórico-filosófico à dimensão prática
expressa no agir. Em Aristóteles, não é suficiente apenas conhecer, compreender e contemplar a verdade
sobre o bom, o justo, o correto; é necessário fazê-la atuar, agir segundo a verdade conhecida.
A ética – e toda a filosofia, deve expressar-se no agir humano. Por exemplo, de nada adianta saber
fazer fogo, se não se sabe para que e como usá-lo! Quer isto dizer que, nada adianta saber o que é bom,
justo, certo não significa que seremos, em nossas ações, bons, justos, corretos se assim não agirmos. A
ciência nos ensinou a fazer o fogo; mas é nossa consciência moral que nos orientará a como devemos
usá-lo: se para saciar adequada e dignamente a fome aquecendo o alimento, ou para causar dano a
integridade física ou patrimonial alheia incendiando deliberadamente!
O comportamento ético, já dizia Aristóteles, é o agir repetido em conformidade com as respectivas
virtudes (do grego areté). Mas o que são virtudes? Virtudes são excelências, são, no campo ético,
disposições do caráter, ou seja, a propensão (inclinação) a nos comportarmos bem relativamente
àquilo que nos afeta. Ora, as disposições do caráter podem nos levar a comportamentos bem ou mal
diante um sentimento que nos afeta, por exemplo. Mas este comportamento só será virtuoso, se for o
bem comportar-se. Assim, as disposições do caráter podem constituir virtudes ou perversões: se nos
comportarmos bem diante determinada situação, praticamos a virtude (excelência); se nos comportarmos
mal, praticamos a perversão (vício).
Apenas para melhor elucidação: quando somos magoados ou maltratados por uma pessoa, somos
tomados por um sentimento de raiva ou mesmo de ira. Imaginemos que somos um servidor público
responsável pela expedição de certidões que comprovam a existência ou inexistência de ações ajuizadas
em face dos cidadãos. Imaginemos então que aquela pessoa que nos magoou ou maltratou dias antes
vá até a repartição pública onde servimos e precise, com urgência, de uma certidão comprobatória de
inexistência de ações contra ela ajuizadas, para que consiga, rapidamente, vender um imóvel para
levantar dinheiro para fazer frente a despesas com sua saúde debilitada, diante deste quadro podemos
agir de duas formas: ou demoramos, deliberadamente, par expedir a dita certidão, como forma de causar-
lhe dor e sofrimento, e assim irmos à forra com quem nos magoou ou maltratou e neste caso nos
inclinaremos a um comportamento mau (viciado); ou atuaremos com presteza e agilidade, fornecendo-
lhe quanto antes a certidão buscada, tornado eficaz o serviço público e excelente nosso labor, inclinando-
os, assim, a um comportamento bom ,(virtuoso). Veja que nossas disposições de caráter podem pender
para a virtude ou para o vício, sendo que a escolha ´tica que devemos fazer!
O comportamento ético é, por essência, virtuoso. A virtude, assim, é a potência moral do homem, a
realização mais perfeita de um modo de agir; e o hábito é que torna o homem virtuoso pela prática
reiterada de virtudes, de modo que a virtude é a disposição firme e constante para o que tem valor.
Em um sentido vulgar, “valor” é o preço (ou utilidade) dos bens materiais ou a dignidade (ou mérito)
das pessoas (o valor de um carro ou o mérito de um servidor público).
No campo ético, valores são objetos da escolham oral, os fins da ação ética; é o predicado, a
qualidade que torna algo estimável; é o preferível, o objeto de uma antecipação ou de uma
expectativa normativa (de um dever ser); é, enfim, possibilidade de escolha, já que nem sempre é
escolhido. Ora, a vida é um bem a que atribuímos altíssima estima; desta forma, a vida é um valor!
Ora, vimos acima que as disposições de caráter do homem podem orienta-lo para a prática do bem
(do que tem valor moral) ou para o mal (do que não tem valor moral); desta forma, de fato o valor é
preferível e uma possibilidade de escolha nem sempre escolhida, já que, como dito, o homem pode
inclinar-se para a perversão, para o vício. Portanto, o valor é objeto de uma escolha moral, de uma escolha
positivamente moral.
No exemplo anterior, do “servidor magoado”, se escolher o caminho virtuoso”, ou seja, cumprir com
presteza e agilidade seu labor ainda que em favor de quem lhe tenha magoado e maltratado, resta
evidente que escolheu o que tem valor positivo, o que deve ser moralmente estimado, já que escolheu
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como valores a eficiência e excelência do serviço público em detrimento de qualquer interesse eu pessoal.
E a escolha do que tem valor, deve ser uma constante, deve orientar toda e qualquer de nossas ações,
porque só assim implementaremos o que de fato nos exige a ética.
É o habito, dessa forma, que, orientando o comportamento para a prática de virtudes, nos leva à
observância o valor.
Mas como fazer a escolha entre valores ou entre o que tem e o que não tem valor? O processo de
escolha, como todo processo, se faz por princípios. Princípios, assim, são, de forma geral, pontos de
partida ou fundamentos de um processo. Do ponto de vista filosófico, princípio é o fundamento do
ser, do devir (do vir a ser), do conhecer. Sob a perspectiva especificamente ética, princípio é a fonte, o
substrato em que se funda a ação.
Deste modo, por princípio, deve-se optar pela prática de virtudes, ou seja, inclinar-se para o que tem
valor moral, como forma de implementar o comportamento ético.
Os princípios que pomos, estabelecemos para nós mesmos, como vetores, guias do nosso
comportamento, nos são dados por nosso senso moral, ou seja, “pela maneira como avaliamos nossa
situação e a de nossos semelhantes segundo ideias como as de justiça e injustiça” e eleitos por nossa
consciência moral, ou seja, por nossa faculdade de estabelecer julgamento morais acerca de nossas
próprias escolhas.
Assim, o senso moral nos permite distinguir o justo do injusto, o certo do errado, o bom do mau; mas
é nossa consciência moral que nos torna responsável, perante nós mesmos e os outros, por nossas
escolhas. Nosso senso e nossa consciência moral nos auxiliam a definir, para nós mesmos, os valores
que iremos salvaguardar através de nosso comportamento individual e social.
Finalmente, parece desnecessário destacar que, do servidor público, espera-se a prática de virtudes,
a escolha do que vale moralmente, a orientação do comportamento segundo princípios que o dirijam ao
bem.
A lei17 é um grande aliado para agirmos corretamente, pois além de ser algo colocado obrigatoriamente
para toda a sociedade, é um conjunto de regras que compreende igualdade, direitos e obrigações para
todos. Já que algumas pessoas têm dificuldade de seguir os valores éticos por livre e espontânea vontade,
a lei favorece para o seguimento dessas regras, essenciais para o bom convívio social, sem que um
ultrapasse os direitos dos outros.
01. (MME – Nível Médio – CESPE) Quando a distribuição de bens por determinado agente público
resulta em benefícios aos desfavorecidos, é correto afirmar que os princípios e valores que regem a
conduta desse agente se baseiam em uma abordagem
(A) com ênfase na garantia de oportunidades a todos.
(B) convencional da ética e do direito público.
(C) utilitária da ética e da justiça social.
(D) moralista dos direitos dos cidadãos.
(E) individualista da ética.
02. (MPOG – Atividade Técnica – FUNCAB) A ética pode ser definida como:
(A) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.
(B) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.
(C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano em sociedade.
(D) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de trabalho.
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e em qualquer tempo
de seu cotidiano.
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http://faculdadelasalle.edu.br/eticaprofissionalecidadania/a-etica-e-a-lei/
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Respostas
01. Resposta: C.
As decisões éticas podem ser guiadas usando uma abordagem normativa, isto é, usando um conjunto
de normas e valores explícitos ou implícitos. Diante de um problema, a decisão ética pode ser tomada
sob uma abordagem utilitarista, individualista, dos direitos morais e da justiça:
a) Utilitarismo: Basicamente, significa tomar a decisão que traga o maior bem para o maior número de
pessoas, ou seja, para a coletividade. b) Individualismo: considera que as ações são morais quando
promovem os interesses individuais a longo tempo e, em última instância, o maior bem. c) Direitos Morais:
Os indivíduos têm direitos e liberdades fundamentais, que não podem ser retiradas por uma decisão: livre
consentimento, privacidade, liberdade de consciência, liberdade de expressão, direito a tratamento
imparcial e justo e direito à vida e segurança. d) Justiça: pauta-se estritamente por princípios de justiça,
sendo um conceito ético de que as decisões morais são pautadas pela verdade e pela lei, com integridade,
equidade, impessoalidade e imparcialidade.
02. Resposta: C.
A ética é a parte da filosofia que estuda a moral, (filosofia moral ou de costumes), reflete sobre os
valores em sociedade na busca da moralidade e consciência para alcançar esses valores morais, porém
a ética inicialmente não estabelece regras.
A ética, portanto, é um termo grego “ETHIKÓS” que significa “modo de ser”, que em aspectos
filosóficos traduz-se o estudo dos juízos na conduta do ser, que é passível do bem e o mal, presente
neste único ser ou em grupo e/ ou sociedade. Está presente em todas as ordens vigentes no mundo, na
escola, na política, no esporte, nas empresas e é de vital importância nas profissões, principalmente nos
dias atuais.18
03. Resposta: C.
A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos
homens. Teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra
moral. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente
às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases
da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das
ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
A conduta é a resposta a um estímulo mental, ou seja, é uma ação que se segue ao comando do
cérebro e que, manifestando-se variável, também pode ser observada e avaliada.
Respostas ao estímulos nem sempre são as mesmas, variando-se sob diversas circunstâncias e
condições.
Difere do comportamento que também é a resposta a um estimulo cerebral, mas é constante e nisto
difere da conduta que está sujeita à variabilidade dos efeitos.
O que a ética estuda é a ação que comandada pelo cérebro é observável e variável, representando a
conduta humana.
Ética da conduta ou ética móvel tem inspiração milenar nos pensadores clássicos:
Protágoras (480 a.C) – propunha a ética como estudo da conduta e pregava o que fazer para ser
virtuoso perante terceiros.
18
Fonte: http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/chs1/etica_2.php
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Xenofonte (427 a.C) – indicou caminhos do homem para que fosse observados perante cada um dos
aspectos de sua presença, perante a divindade, amigos, sociedade, pátria etc, cada um exigindo uma
conduta peculiar.
Pensadores da época entenderam Ética como ação virtuosa, desde que resultasse do consenso de
todos, ou seja, fosse aceita como tal.
A forma de entender a conduta humana, em favor da vida do homem, a partir de caminhos básicos
que deve assumir, variou no tempo em relação a diversos pensadores.
Thomas Hobbes
Atribui aos interesses pelo lucro, pela segurança e pela reputação os elementos que produzem móveis
de uma ação antiética.
Defende a liberdade, justiça e o cumprimento das promessas ou acordos feitos entre os seres.
Propõe como deveres naturais a complacência, perdão aos arrependidos, a punição como preservação
do bem futuro, fazendo a apologia da paz.
“Não há na alma vontade alguma absoluta ou livre; porque a alma é determinada por outra e esta, por
sua vez, ainda por outra, e assim até o infinito” – Spinoza
Nossa subordinação faz de nossos atos aparentemente livres apenas a expressão de uma vontade
que já foi modelada em outras causas, não possuindo o sentido de absoluta verdade.
Não defende a anulação do ser, pois negar a vontade própria seria contraditório ao admitirmos possuir
a natureza do divino e a ele atribuir-se o exercício da vontade, não se podendo admiti-la em nós mesmos.
John Lucke
Filósofo inglês, nascido em 1632, liberal, defensor da experiência auxiliada pela sensação e reflexão
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A conduta, movida pelo cérebro e espírito é fruto de algo adquirido.
Concepções éticas com gênese no conhecimento e suas extensões.
Normas de moral não são inatas, mas existem verdades inatas sendo a mais importante “não fazer
aos outros senão aquilo que gostaríamos que fosse feito a nós mesmos”.
Existência de uma verdade natural: somos levados aos atos de humanidade por instinto
Consciência geradora da conduta é complexa
Exemplifica condutas humanas que inspiram espanto e asco, mas perfeitamente aceitas pelo grupo
como a de caraíbas que castravam as crianças para que engordassem e depois as devoravam.
Questiona o conceito relativo do bem em face da sociedade humana e destaca o mal em si para que
se compreenda a essência do bem em sentido amplo e substancial.
Nega o caráter verdadeiro da lei e admite que a sociedade pode consentir em transgredi-la por não se
afinar ao conceito de justiça dos seres.
Cada ser age como se fosse um único à parte, por suas próprias ideias, mas em busca de uma
composição dentre os outros seres existentes.
David Hume
Filosofo e historiador inglês, nasceu em 1711, a ele atribui-se a criação da filosofia fenomenista
Destaca-se no campo da ética pelo seu posicionamento utilitarista, como um questionador das causas
promotoras das virtudes, dos vícios, da verdade, beleza e lealdade e como um precursor dos conceitos
sobre os móveis da conduta humana.
“O caminho mais suave e pacifico da vida humana segue pelas avenidas da ciência e da instrução; e
todo aquele que for capaz de remover algum obstáculo nesse caminho ou de abrir uma perspectiva nova
deve ser considerado benfeitor da humanidade” – Hume
O valor do conhecimento estava no campo da ciência, mesmo numa época em que sequer era
ensinada nas universidades.
Reconhece a liberdade como a base da ética, a liberdade como condição relevante ambos
indispensáveis para a paz e segurança da humanidade.
Conduta nem sempre está de acordo com a virtude, como padrão ideal a ser alcançado.
Apesar da dependência da vida associativa, os atos antiéticos podem atingir a todos especialmente
quando vindos das esferas superiores do poder.
Immanuel Kant
“Poder, riqueza, honra, mesmo a saúde, e todo o bem estar e contentamento com a sorte, sob o nome
da felicidade dão ânimo que desanda em soberba, se não existir a boa vontade que corrija sua influência
sobre a alma ... e lhe dê utilidade geral”. – Kant
Giovanni Vidari
A Ética é a ciência que, tendo por objeto essencial o estudo dos sentimentos e juízos de aprovação e
desaprovação absoluta realizados pelo homem acerca da conduta e da vontade, propõe-se a determinar:
a) qual o critério segundo a conduta ou qual é a norma, se opera a vontade em tal conduta
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b) em que relações de valor estão com observância da norma, e a observância daquele fim as diversas
formas de conduta, individual ou coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época em que
pertencemos.
Aceita a ética como ciência cujo objeto é composto por juízos formados pela aprovação ou não de
condutas humanas estudadas sob o prisma de seus efeitos.
Referência:
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2001. Capítulo 2. Disponível em:
http://docslide.com.br/documents/etica-como-doutrina-da-conduta-humana.html.
A Ética profissional nada mais é do que proceder bem, correto, justo, agir direito, sem prejudicar os
outros, é estar tranquilo com a consciência pessoal. É também agir de acordo com os valores morais de
uma determinada sociedade.
A maioria das profissões possuem seu próprio Código de Ética. Todos os códigos de ética
profissionais, trazem em seu texto a maioria dos seguintes princípios: honestidade no trabalho, lealdade
na empresa, alto nível de rendimento, respeito à dignidade humana, segredo profissional, observação
das normas administrativas da empresa e muitos outros.
Agir corretamente hoje não é só uma questão de consciência. É um dos quesitos fundamentais para
quem quer ter uma carreira longa e respeitada. Em escolhas aparentemente simples, muitas carreiras
brilhantes podem ser jogadas fora. Atualmente, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação
às questões éticas pode ser a diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso.
Ter um comportamento ético profissional é uma característica fundamental, valorize a ética na sua vida
e no ambiente de trabalho.
Ser Ético:
Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é
estar tranquilo com a consciência pessoal. É, também, agir de acordo com os valores morais de uma
determinada sociedade. Essas regras morais são resultado da própria cultura de uma comunidade. Elas
variam de acordo com o tempo e sua localização no mapa. A regra ética é uma questão de atitude, de
escolha.
Além de ser individual, qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de valores fundamentais.
Muitas dessas virtudes nasceram no mundo antigo e continuam válidas até hoje. Eis algumas das
principais:
a). Ser honesto em qualquer situação: a honestidade é a primeira virtude da vida nos negócios,
afinal, a credibilidade é resultado de uma relação franca;
b). Ter coragem para assumir as decisões: mesmo que seja preciso ir contra a opinião da maioria;
c). Ser tolerante e flexível: muitas ideias aparentemente absurdas podem ser a solução para um
problema. Mas para descobrir isso é preciso ouvir as pessoas ou avaliar a situação sem julgá-las antes;
d). Ser íntegro: significa agir de acordo com os seus princípios, mesmo nos momentos mais críticos;
e). Ser humilde: só assim se consegue ouvir o que os outros têm a dizer e reconhecer que o sucesso
individual é resultado do trabalho da equipe.
A ética define padrões sobre o que julgamos ser certo ou errado, bom ou mau, justo ou injusto, legal
ou ilegal na conduta humana e na tomada de decisões em todas as etapas e relacionamentos da nossa
vida. O fato, porém, é que cada vez mais essa é uma qualidade fundamental para quem se preocupa em
ter uma carreira longa, respeitada e sólida.
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Ética – Uma questão de sobrevivência
Na atualidade, falar sobre Ética é um grande desafio. O Brasil vive um momento onde os valores éticos,
de forma geral, têm sido discutidos pelos diversos meios de comunicação e pela comunidade. São
escândalos constantes, envolvendo personalidades públicas onde se tem colocado à prova os valores de
nossa sociedade.
Isto reflete diretamente nas empresas e nos consumidores de todo o mundo que estão mais atentos à
Ética do que nunca. Nos últimos anos, as empresas têm dado uma atenção especial à ética corporativa
promovendo debates com os funcionários e chegando, inclusive, a criar um instrumento que esclarece as
diretrizes e as normas da organização: o código de ética.
Enquanto a ética profissional está voltada para as profissões, os trabalhadores, as associações e as
entidades de classe do setor correspondente, a ética empresarial atinge as empresas e as organizações
em geral.
A empresa necessita desenvolver-se de tal forma que a ética, a conduta ética de seus integrantes,
bem como os valores e as convicções primárias da organização tornem-se parte de sua cultura. É
importante destacar que a ética empresarial não consiste somente no conhecimento de ética, mas na sua
prática. É fundamental praticá-la diariamente e não apenas em ocasiões especiais ou geradoras de
opinião.
O código de ética tornou-se um instrumento para a valorização dos princípios, da visão e da missão
da empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa
face aos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja
refletido nas atitudes das pessoas e que encontre respaldo na alta administração da empresa, pois até
mesmo o último empregado contratado terá a responsabilidade de vivenciá-la.
A definição de diretrizes e padrões de integridade e transparência obriga e deve ser observada por
todos e em todos os níveis da organização. Seu contexto, por sua vez, estabelece as diretrizes e os
padrões de integridade e transparência aos quais todos devem aderir e que passarão a incorporar no
Contrato de Trabalho de cada colaborador. Desta forma, costuma trazer para ética empresarial a
harmonia, a ordem, a transparência e a tranquilidade, em razão dos referenciais que cria, deixando um
lastro decorrente do cumprimento de sua missão e de seus compromissos.
Assim como as empresas, as pessoas também passam por uma profunda crise de identidade ética.
Há muito tempo que a criatividade, característica de nosso povo, deu espaço ao "jeitinho" ou à famosa
"lei de Gerson", onde levar vantagem é fundamental. O mercado profissional, os meios de ensino e a
sociedade capitalista vêm formando nas pessoas um comportamento de competição acirrada e de busca
pelo sucesso profissional a qualquer preço. Com isto, muitos se esquecem ou desaprendem um dos
valores básicos da convivência em sociedade que é o respeito à individualidade do outro.
Algumas pessoas e empresas perceberam que competir com ética é a saída para o crescimento
pessoal, profissional e de mercado, bem como de nossa sociedade. Portanto, cada vez mais reaprender
as "boas maneiras" do comportamento profissional é fundamental.
Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores devem ter inúmeras qualidades para obter
sucesso na carreira profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que as pessoas possuem,
existe algo que é um pré-requisito para alcançar qualquer posição: a ética. Este termo deve ser conhecido
e praticado dentro e fora das empresas.
Muitos estudiosos, como Platão, Aristóteles e Sócrates, aprofundaram suas pesquisas sobre este
assunto. Apesar das divergências das linhas teóricas e de como o comportamento é regido, existe um
significado para ética que é imutável: ela corresponde aos valores morais que guiam o comportamento
de um indivíduo.
Ser ético está relacionado a seguir os padrões da sociedade e as regras e políticas das organizações.
Para que você não fique confuso ao tomar uma decisão em sua carreira, veja algumas dicas para garantir
a ética profissional:
Humildade: Esteja pronto para ouvir sugestões, elogios e críticas. Você pode aprender muito com
seus colegas de trabalho. Portanto, seja flexível às opiniões.
Honestidade: Ninguém perde por ser honesto. Aliás, a honestidade traz dignidade. Esta é a hora de
mostrar seu caráter e ser um profissional ético.
19
MARQUES, José Roberto. Como ter atitudes éticas no ambiente de trabalho. Disponível em: http://economia.terra.com.br/blog-carreiras/blog/2014/05/29/como-ter-
atitudes-eticas-no-ambiente-de-trabalho/
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Privacidade: Dentro das organizações, existem assuntos sigilosos e que devem ser tratados de forma
discreta. Seja algo de clientes ou colegas de trabalho, o seu dever é manter segredo e não expor
informações que são exclusividades da empresa.
Respeito: Seja com o chefe ou com o subordinado, você deve ser respeitoso com os colegas de
trabalho. Evite falar mal daqueles que te incomodam, isso não irá te acrescentar nada e poderá prejudicar
sua imagem dentro da empresa.
Portanto, siga essas dicas para que você continue com atitudes e comportamentos éticos diante da
empresa e da sociedade. A ética revela seu caráter, sendo assim, seja ético e isso poderá te proporcionar
inúmeras conquistas profissionais.
Organização do local de trabalho: Para trabalharmos bem, precisamos estar num ambiente
agradável - limpo, organizado, de fácil acesso.20
A primeira coisa que devemos ter em mente é que esta organização é importante. Afeta até mesmo o
nosso rendimento no serviço. Quando estamos num lugar organizado, trabalhamos mais animados. Se
precisamos procurar alguma coisa como uma ferramenta, achamos com muita mais facilidade.
Agora, se temos problema com a organização, existem algumas ferramentas que podem nos ajudar.
Uma desta ferramentas é uma metodologia para organização de qualquer ambiente:
Senso de saúde - este senso pode parecer um tanto metódico, mais é importante. Basicamente, ele
padroniza as práticas do trabalho, como manter os materiais juntos, canetas com canetas, livros com
livros e assim por diante. Favorece à saúde física, mental e ambiental;
Senso de autodisciplina - utilizado para fazer a manutenção e manter a ordem em nosso ambiente
de trabalho. É um tanto difícil, pois é necessário fazer com que os funcionários mantenham à ordem no
local de trabalho. Devem seguir regras como " usou, guarde", "sujou, limpe".
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preparado para mudanças que poderão surgir e mudarão todo o rumo da sua carreira. As empresas não
são eternas e nem os seus empregos. Não se engane, não existem mais quaisquer garantias de emprego
por parte das empresas, trazendo aos profissionais empregados um ônus constante para manter o seu
emprego. Se para aqueles que estão empregados manter a sua empregabilidade não é uma tarefa fácil,
para aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho atual, as dificuldades serão ainda maiores.
Portanto, a seguir vou discorrer sobre algumas das características dos bons profissionais:
Competência
Competência é uma palavra de senso comum, utilizada para designar uma pessoa capaz de realizar
alguma coisa. O antônimo disso, ou seja, incompetência, implica não só na negação dessa capacidade
como também na depreciação do indivíduo diante do circuito do seu trabalho ou do convívio social.
Para ser contratado em uma empresa ou para a sua manutenção de emprego não basta ter diplomas
e mais diplomas se não existir competência. Por exemplo, um profissional que se formou em direito, até
mesmo na melhor universidade, mas que não sabe preparar uma peça processual não terá valor
competitivo quer como profissional empregado, quer como prestador de serviços.
Diplomas servirão para dar referencial ao profissional ou até mesmo para enfeitar a parede da sua
sala, mas a competência é o fator chave que atrelada à diplomação lhe dará subsídios profissionais para
ser bem sucedido. Por isso podemos afirmar categoricamente que a competência não é composta pelo
diploma por si só, apesar de que ele contribui para a composição da competência.
Espírito empreendedor
Os dias do funcionário que se comporta como funcionário pode estar com os dias contados. A visão
tradicionalista de empregador e empregado, chefe e subordinado estão caminhando para o desuso.
As empresas com visão moderna estão encarando seus funcionários como colaboradores ou parceiros
e implementando a visão empreendedora. Isso significa que os empresários perceberam que dar aos
funcionários a possibilidade de ganhar mais do que simplesmente o salário mensal fixo, tem sido um bom
negócio, pois faz com que o profissional dê maiores contribuições à organização, garantindo assim o
comprometimento da equipe na busca de resultados positivos.
Equilíbrio emocional
O que quero dizer com o equilíbrio emocional? Bem, dito de modo simples, é o preparo psicológico
para superar adequadamente as adversidades que surgirão na empresa e fora dela.
Vamos chamar o conjunto de problemas que todos nós possuímos de saco de problemas. As
empresas querem que deixemos o nosso saco de problemas em casa. Por outro lado, os nossos
familiares querem que deixemos nosso saco de problemas no trabalho. Diante disso, a pergunta que
surge é: onde colocar nosso saco de problemas? Realmente é uma boa pergunta. E é justamente por
isso que para tornar-se um profissional de sucesso é necessário que tenhamos equilíbrio emocional, pois
não importa quais problemas tenhamos de caráter pessoal, nossos colegas de trabalho, subordinados,
diretores e gerentes, enfim, as pessoas como um todo não tem culpa deles e não podemos descarregar
esses problemas neles.
Quando falamos em equilíbrio, emocional, é importante avaliar também as situações adversas pelas
quais todos os profissionais passam. É justamente aí que surge o momento da verdade que o profissional
mostrará se tem o equilíbrio emocional.
Marketing Pessoal
O marketing pessoal pode ser definido como o conjunto de fatores e atitudes que transmitem uma
imagem da pessoa. Os fatores a que me refiro incluem vestimenta como um todo, os modos pessoais, o
modo de falar e a postura do profissional diante dos demais.
Referindo-se à vestimenta, cabe salientar que o profissional deve vestir-se adequadamente ao
ambiente em que está inserido. Se a sua empresa adota um padrão formal, obviamente a sua vestimenta
deve estar em conformidade com ela e o mesmo se refere a uma entrevista de emprego. Da mesma
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forma, seria um contrassenso usar terno e gravata para trabalhar em uma linha de produção. Portanto, a
regra básica é vestir-se em conformidade com o ambiente de trabalho.
Falar demais;
Falar mal dos outros;
Viver mal-humorado;
Não possuir higiene pessoal;
Não respeitar os demais;
Ser egoísta;
Brincar demais;
Ser inflexível.
Atitudes em serviço: ações que o servidor toma quando no desempenho de suas funções,
acarretando benefícios quando cumpridoras da ética e prejuízos quando não. Na verdade, trata-se
de exteriorização do comportamento profissional.
“1) Assuntos profissionais x pessoais - É muito comum que o colaborador realize atividades como
falar com a família, acessar redes sociais e pagar contas durante o expediente. Para não prejudicar as
obrigações na empresa, o indicado é resolver essas questões após a jornada de trabalho. Caso o assunto
só possa ser resolvido no horário comercial, é de bom senso reservar o horário de almoço.
2) Roupa – Pode até parecer fútil para alguns, mas muitos profissionais ainda pecam no vestuário. Há
situações, como o abuso de decotes e transparências, e o uso de jeans em dias não permitidos, que
podem criar problemas. Por esse motivo, é importante que o contratado adote o traje de acordo com a
cultura da empresa e tenha a preocupação de adequar suas roupas ao ambiente de trabalho.
3) Postura – Cuidado com palavrões, gírias e falar alto no trabalho. Comportamentos como esses
podem prejudicá-lo no ambiente corporativo. Por isso, é fundamental ser educado e manter a compostura
mesmo em situações críticas.
4) Críticas em público – O feedback negativo nunca deve ser em público, pois tal atitude pode
constranger o colaborador. Porém, caso o assunto for um elogio ou reconhecimento é indicado fazer
diante de outras pessoas como forma de incentivo. Os especialistas afirmam que acima de tudo é preciso
ter bom senso e respeito.
5) Falta de Pontualidade – A atenção ao horário não é apenas na entrada ao trabalho, mas inclui ser
pontual nas reuniões e outros compromissos da empresa. Além disso, o profissional deve respeitar o
tempo estipulado para o almoço e cumprir suas tarefas no prazo.
6) Falar mal da empresa – Criticar a organização por causa do salário, benefícios e discordar das
novas políticas da organização no ambiente de trabalho, não pega bem. Para os especialistas, existem
os canais e os momentos certos para relatar a insatisfação. O indicado é expor as ideias ao mesmo tempo
em que propõe soluções.
21
<http://imagempessoal.band.uol.com.br/seis-principais-habilidades-pessoais-para-aprimorar-seu-comportamento-profissional/>.
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visto como pró-atividade. Em termos de postura, é essencial respeitar a hierarquia para evitar problemas
na vida profissional.
8) Impor pensamentos ideais – É comum o líder ditar regras como crenças religiosas e política, entre
outras determinações que ele acredite. Segundo especialistas, o chefe deve agir como responsável e não
como ditador. Antes de tudo, é fundamental respeitar as diferenças e buscar o melhor de cada um para
agregar valor à política da empresa.
10) Atmosfera negativa – Conviver com colega que reclama de tudo e ainda é mal-humorado não é
nada agradável. Antes de expor um comentário, avalie se ele vai causar um desconforto no local de
trabalho. O aconselhável é agir para sempre manter um ambiente positivo”22.
Prioridade23 é a condição de algo que necessita que se ocorra de maneira imediata e emergencial.
Normalmente, está relacionada a algo importante que ocorre em primeiro lugar em relação aos demais,
seja em tempo, ordem, dignidade.
A prioridade também se refere a condição prevista em lei que determina que algumas categorias
sociais têm preferência em alguns serviços, podendo passar à frente de outros em filhas, por exemplo.
Normalmente, esta possibilidade é concedida aos idosos, deficientes físicos, gestantes e mães
acompanhadas com bebês de colo.
O termo pode ser substituído por sinônimos como: precedência, antecedência, anterioridade,
preexistência, preferência, privilégio, primazia, prevalência, primado.
Sigilo Profissional:
Segredo ou Sigilo Profissional trata-se de manter em segredo toda a informação que seja valiosa para
a empresa e seus colaboradores, cuja responsabilidade recaia sobre o profissional responsável pelas
informações.24
No que diz respeito ao sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação
entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente
necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informar sobre assuntos ou o que envolve o trabalho
e é de caráter sigiloso.
Não são todas as profissões que devem a obrigação do sigilo e isso já seria revelador da disposição
social que é atribuída a algumas profissões de terem o dever e o direito de mantê-lo.
Ora é consenso que o profissional conheça todos os elementos necessários para o bom cumprimento
de seu trabalho, desde as condições institucionais até as informações obtidas na sua relação com o
usuário.
O sigilo profissional não é absoluto, em muitos casos, esse elemento abre a possibilidade do
profissional avaliar, subjetivamente, se deve manter ou divulgar o fato sigiloso, devendo prevalecer o
disposto no Código de Ética Profissional da área de atuação em que o profissional trabalha. Atentando
para o conteúdo ético-político dos princípios que o regem.
A análise do sigilo profissional a partir da ética mostra que se está diante de algo complexo, que não
se limita a um preceito legal. Quer dizer, o seu entendimento remete as questões: Para quem? Com qual
necessidade? Para quê? E em que condições? Essas questões não podem ser pensadas abstratamente,
mas sim a partir das situações concretas nas quais estão inseridas, pois interrogam a multiplicidade de
demandas que lhe são colocadas na comunicação de uma informação.
O sigilo profissional — a guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de tudo
aquilo que lhe foi confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu estatuto profissional —
está previsto.
Em muitos dispositivos legais (a Constituição Federal brasileira, o Código Penal, o Código Civil, o
Código de Processo Penal, a Lei das Contravenções Penais e o Código de Processo Civil).
22
<http://revista.penseempregos.com.br/noticia/2013/04/saiba-10-comportamentos-inadequados-para-o-ambiente-de-trabalho-4110313.html>
23
https://www.significados.com.br/prioridade/
24
PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado Disponível em:
http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/54264/etica-profissional-sigilo-das-informacoes#ixzz3eARxL4ME.
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Constitucionalmente, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei,
e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Esse entendimento
norteia os dispositivos legais que se referem ao sigilo profissional, em particular o sigilo médico.
A referência a esses dispositivos legais nos é útil nessa reflexão para chamar a atenção que o direito
à confidencialidade é tanto um direito da pessoa, como também uma responsabilidade profissional. Em
outros termos, a existência do sigilo profissional interessa a toda sociedade, pois é condição indispensável
para o trabalho do profissional, na medida em que essas ações encarnam um interesse da sociedade,
definido historicamente.25
Levando em consideração que o setor público possui um Código de Ético já configurado, o presente
tópico abordará dos conceitos e práticas da Ética dentro do âmbito do setor público. Vale ressaltar que
no setor privado cabe a cada empresa configurar seu próprio Código de Ética ou também chamado de
Código de Conduta Ética, que geralmente é elaborado em conjuntura com os colaboradores, de forma
que possa abranger o conhecimento e prática de todos. Muitas vezes as empresas privadas tomam o
Código de Ética contido em lei para desenvolverem o seu próprio.
Antes de adentrar nos princípios e fundamentos regidos pelas leis sobre a Ética é importante definir
sobre p Estado, sobre os cidadãos, e consequentemente dos valores éticos considerados por ambos.
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento,
em seu seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado,
como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de
disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finalidades
particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é
propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos
homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é uma
questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Estado tomam
uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético do
Estado.
Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas dentro da administração pública, passando
a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta condição, mais
ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade, que
espera dele uma conduta ilibada e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o
Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados preceitos
éticos.
Questões
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SAMPAIO, S.S; RODRIGUES, F.W. Ética e Sigilo Profissional. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 117, p. 84-93, jan./mar. 2014
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02. (TJ/DFT – Todos os cargos – CESPE) Julgue o item subsequente, relativo à ética no serviço
público.
A qualidade dos serviços públicos depende fortemente da moralidade administrativa e do
profissionalismo de servidores públicos.
(....) Certo (....) Errado
03. (Colégio Pedro II – Auxiliar de Biblioteca – Acesso Público/2015) Rodrigo tem em mente que
o elemento ético no exercício do cargo público é fundamental para o bom andamento do serviço. Seu
atos, comportamentos e atitudes deverão ser sempre direcionados para a preservação da honra e
tradição dos serviços públicos. Diante dos fatos assinale a alternativa errada:
(A) Não é vedado ao servidor público usar informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu
serviço, em benefício próprio.
(B) Rodrigo tem o dever de tratar cuidadosamente os usuários dos serviços públicos.
(C) É dever do servidor público o cumprimento de ordens superiores, desde que a ordem não seja
manifestamente ilegal.
(D) É vedado ao Rodrigo o uso do cargo para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
(E) A assiduidade e frequência do servidor público em seu ambiente de trabalho, além de ser um dever,
reflete positivamente em todo o sistema.
05. (MPE/SC – Motorista – FEPESE) Assinale a alternativa correta em relação à ética no serviço
público.
(A) Em razão do interesse público indireto, os atos administrativos não precisam ser publicados.
(B) O conceito de moralidade da Administração Pública é restrito aos procedimentos internos
praticados pelos servidores.
(C) O servidor poderá omitir ou falsear a verdade, quando necessário aos interesses da Administração
Pública.
(D) O desempenho da função pública não demanda profissionalismo, uma vez que tal princípio é
inerente à iniciativa privada que busca lucros e resultados
(E) A moralidade administrativa se integra ao Direito como elemento indissociável dos atos praticados
pela administração pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
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08. (FMSFI – Assistente Administrativo – FAUEL/2015) A ética é indispensável ao profissional e é
o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. Assinale a alternativa que contém atitudes
que NÃO devem ser cultivadas pelo funcionário em um ambiente de trabalho:
(A) ser capaz de cultivar valores como: justiça, tolerância, solidariedade e atitudes positivas.
(B) ser intolerante, manter-se isolado do grupo, não cumprimentar as pessoas que não conhece.
(C) saber ouvir e conversar educadamente.
(D) respeitar e tratar bem a todos.
09. (Prefeitura de São José do Rio Preto/SP – Agente Administrativo – VUNESP/2015) Qualquer
das formas de atendimento, presencial ou telefônico, requer conhecimento, atitudes e comportamento.
Inerentes às atitudes e comportamentos, estão implícitos três importantes aspectos:
(A) expressão corporal, determinação e indiferença.
(B) aparência, voz autoritária e apatia.
(C) voz, simpatia e roupas de atendimento ao público.
(D) aparência formal, voz melodiosa e expressão de seriedade profissional.
(E) aparência, expressão corporal e voz.
10. (Câmara Municipal de Sorocaba – Telefonista – VUNESP) A habilidade com o manuseio dos
equipamentos telefônicos especializados pode permitir que a telefonista ouça qualquer ligação sem
querer e sem que alguém perceba. Assim sendo, é imprescindível que ela tenha, como princípio, atitudes
essencialmente
(A) neutras.
(B) cordiais.
(C) dissimuladas.
(D) éticas.
(E) displicentes.
13. (CISCOPAR – Auxiliar de Serviços Gerais – CISCOPAR/2015) Fazem parte da ética no ambiente
de trabalho:
(A) Trabalhar individualmente e não se comunicar com os demais.
(B) Trabalhar em equipe e ter boa comunicação.
(C) Não ter comprometimento e humildade.
(D) Não respeitar os superiores e demais colaboradores.
(E) Não se responsabilizar e ter boa comunicação.
Respostas
01. Resposta: A.
A) MAZZA (2014) —
Conteúdo jurídico da moralidade administrativa
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O Texto Constitucional de 1988, em pelo menos três oportunidades, impõe aos agentes públicos o
dever de observância da moralidade administrativa.
Primeiro no art. 5º, LXXIII, autorizando a propositura de ação popular contra ato lesivo à moralidade
administrativa: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência”.
Além disso, o art. 37, caput, elenca a moralidade como princípio fundamental aplicável à Administração
Pública: “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”.
E ainda o art. 85, V, que define como crime de responsabilidade do Presidente da República os atos
que atentarem contra a “probidade na administração”.
Com isso, pode-se constatar que a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato
administrativo.
É importante ressaltar que, quando a Constituição de 1988 definiu a moralidade como padrão de
comportamento a ser observado pelos agentes públicos, não houve juridicização de todas as regras
morais vigentes na sociedade. Fosse assim, bastaria a legalidade. Cumprindo a lei automaticamente, a
moralidade seria atendida.
A moralidade administrativa difere da moral comum. O princípio jurídico da moralidade administrativa
não impõe o dever de atendimento à moral comum vigente na sociedade, mas exige respeito a padrões
éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade incorporados pela prática diária ao conceito
de boa administração. Certas formas de ação e modos de tratar com a coisa pública, ainda que não
impostos diretamente pela lei, passam a fazer parte dos comportamentos socialmente esperados de um
bom administrador público, incorporando-se gradativamente ao conjunto de condutas que o Direito torna
exigíveis.
03. Resposta: A.
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
XV - E vedado ao servidor público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
04. Resposta: C.
Entre os relacionamentos que temos na vida, os de trabalho são diferenciados por dois motivos: um é
que não escolhemos nossos colegas, chefes, clientes ou parceiros; o outro é que, independentemente do
grau de afinidade que temos com as pessoas do ambiente corporativo, precisamos funcionar bem com
elas para realizar algo juntos.
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Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região.
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Esses ingredientes da convivência no trabalho nos obrigam a lidar com diferenças de opinião, de visão,
de formação, de cultura, de comportamento. Fazer isso pode não ser fácil, mas é possível se basearmos
nossos relacionamentos interpessoais em cinco pilares: autoconhecimento, empatia, assertividade,
cordialidade e ética.
Autoconhecimento – Fundamental para administrar bem os relacionamentos, autoconhecimento
implica reconhecer nossos traços de comportamento, o impacto que causamos nos outros e que
comportamentos dos outros nos incomodam. Por exemplo: uma pessoa objetiva e dinâmica, que gosta
de agir com independência e rapidez para atingir seus objetivos, pode ter conflitos na interação com um
colega de perfil mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca e tem um ritmo mais lento por se
preocupar com detalhes. Porém, se pelo menos um dos dois tiver autoconhecimento, pode utilizar
estratégias que minimizam o conflito com o outro.
Empatia – Trata-se de considerar os outros, suas opiniões, sentimentos e motivações. Sem isso, não
há como chegar a uma negociação ganha-ganha, fruto de um relacionamento equilibrado. A empatia
também nos torna capazes de enxergar além do próprio umbigo e ampliar nossa percepção da realidade
com os pontos de vista dos outros. Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a mais básica
é saber ouvir.
Assertividade – Para ter relacionamentos saudáveis, não basta ouvir: é preciso também falar,
expressar nossas opiniões, vontades, dificuldades. É aí que entra a assertividade, a habilidade para nos
expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa.
Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade é ser gentil, solícito e simpático, é demonstrar
consideração pelo o outro de várias formas. Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o destinatário
de nossa mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta do elevador para alguém entrar ou apanhar
do chão um objeto que o colega deixou cair. Dizer “obrigado” olhando a pessoa nos olhos, oferecer-se
para prestar uma ajuda, cumprimentar aquele com quem cruzamos no corredor, mesmo saber seu
nome... A cordialidade desinteressada, que oferecemos por iniciativa própria, sem esperar nada em troca,
é um facilitador do bom relacionamento no ambiente de trabalho.
Ética – Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros, não quebrem acordos e não contrariem
o que se considera certo e justo. Podemos ter muito autoconhecimento, ser altamente empáticos,
assertivos e cordiais, mas, se não nos conduzirmos pela ética, não conseguiremos manter
relacionamentos equilibrados.
Fortalecer esses pilares traz melhorias não só para nossas interações no trabalho, mas também para
as de outras áreas da vida como a familiar, afetiva, social, de amizade. Vale a pena investir nisso – afinal,
os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desenvolvimento pessoal.
05. Resposta: E.
e) A moralidade administrativa se integra ao Direito como elemento indissociável dos atos praticados
pela administração pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
07. Resposta: D.
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e
representam imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”.
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os
princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes
áreas de atuação.
No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer
atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.
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08. Resposta: B.
Atitudes que devem ser cultivadas pelo funcionário em um ambiente de trabalho:
Humildade: Esteja pronto para ouvir sugestões, elogios e críticas. Você pode aprender muito com
seus colegas de trabalho. Portanto, seja flexível às opiniões.
Honestidade: Ninguém perde por ser honesto. Aliás, a honestidade traz dignidade. Esta é a hora de
mostrar seu caráter e ser um profissional ético.
Privacidade: Dentro das organizações, existem assuntos sigilosos e que devem ser tratados de forma
discreta. Seja algo de clientes ou colegas de trabalho, o seu dever é manter segredo e não expor
informações que são exclusividades da empresa.
Respeito: Seja com o chefe ou com o subordinado, você deve ser respeitoso com os colegas de
trabalho. Evite falar mal daqueles que te incomodam, isso não irá te acrescentar nada e poderá prejudicar
sua imagem dentro da empresa.
09. Resposta: E.
Inerentes às atitudes e comportamentos, estão implícitos os seguintes aspectos:
● Aparência
● Expressão corporal
● Voz
●. No atendimento direto, a aparência é o primeiro impacto visual e a primeira impressão do cliente
sobre o vendedor, sendo fundamental na revelação de uma atitude e comportamentos positivos. A
aparência engloba a roupa que se veste, o calçado que se traz, o penteado do cabelo, os adornos que
se colocam, a higiene que se apresenta (unhas, pele, dentes, farda).
● A expressão corporal representa mais de metade do conjunto do momento de comunicação. É a
forma como o cliente percebe disponibilidade, paciência, segurança, energia e agilidade. A expressão
corporal engloba o modo como se inclina o corpo ou a face, a posição das mãos e dos pés, o sorriso na
face, o modo como se mexe e se anda podendo ou não mostrar vitalidade, etc.
● O som e o tom de voz, e a forma como se dizem as coisas são muito mais importantes do que as
palavras que se empregam, sendo um instrumento fundamental na transmissão de atitudes e
comportamentos positivos em qualquer das formas de atendimento (direto ou telefônico).
Fonte: Sociedade Comercial Vasconcelos Lopes LDA.
https://www.forma-te.com/mediateca/finish/31-restauracao-e-hotelaria/26408-atendimento-ao-publico.
10. Resposta: D.
Hoje, os profissionais requisitados pelos recrutadores devem ter inúmeras qualidades para obter
sucesso na carreira profissional. Porém, apesar dos diversos conhecimentos que as pessoas possuem,
existe algo que é um pré-requisito para alcançar qualquer posição: a ética.
11. Resposta: B.
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e
representam imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”.
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os
princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes
áreas de atuação.
No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer
atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.27
12. Resposta: C.
A ética profissional é um conjunto de valores e normas de comportamento e de relacionamento
adotados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade.
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http://www.significados.com.br/etica-profissional/.
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13. Resposta: B.
A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. A
ética no ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da
empresa e das relações de trabalho entre os funcionários.
Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:
- Maior nível de produção na empresa;
- Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e agradável;
- Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:
- Educação e respeito entre os funcionários;
- Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;
- Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na
empresa;
- Respeito à hierarquia dentro da empresa;
- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho;
- Ações e comportamentos que visam criar um clima agradável e positivo dentro da empresa como,
por exemplo, manter o bom humor;
- Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas ao trabalho;
- Respeito às regras e normas da empresa.
As empresas, entendidas como unidades fundamentais no contexto global, são cada vez mais
desafiadas a aplicar princípios éticos e a responsabilizar-se por atos relacionados direta ou indiretamente
com os problemas da sociedade. Em casos como esses, elas não podem se limitar a uma visão rígida e
estreita de seus interesses particulares, e sim desenvolver critérios específicos fazendo jus à sua
realidade, isto é, considerando não somente fatores econômicos, mas também os contextos políticos, os
impactos sociais e ambientais e vários outros aspectos associados às suas atividades.
É um assunto que, embora tenha aparecido na mídia a pouco tempo, tornou-se muito debatido
ultimamente, deixando de ser uma simples discussão para se tornar um tema de grande importância no
mundo corporativo Mas será que todos sabem o que significa ética e responsabilidade social
principalmente no âmbito empresarial?
Ética, primeiramente, é o conjunto de modelos morais que guiam o comportamento no meio dos
negócios e na sociedade, construindo o próprio caráter em prol do bem estar de todos.
Ela é a base para a sustentabilidade e para orientar e guiar as ações das empresas com
responsabilidade social.
Existem dois tipos de ética: a ética empresarial que pode ser entendida como um valor da organização
que assegura sua sobrevivência, sua reputação e, consequentemente, seus bons resultados a ética social
que se pratica internamente, recrutando e formando profissionais e executivos que compartilham desta
filosofia, privilegiando a diversidade e o pluralismo, relacionando-se de maneira democrática com os
diversos públicos, adotando o consumo responsável, respeitando as diferenças, cultivando a liberdade
de expressão e a lisura nas relações comerciais.
Por outro lado, a responsabilidade social aparece para obrigar mais ética e clareza na gestão das
organizações.
Muitas empresas já estão adotando esse novo modelo, agregando valores éticos ao marketing,
obtendo resultados positivos com marcas mais valorizadas.
Consumidores preferem pagar um pouco mais pelo produto, e em troca receberem o valor agregado.
Elas também têm maior durabilidade no mercado e conseguem contratar e manter profissionais com
mais facilidade.
Uma empresa que age com responsabilidade social, planeja e traça seus objetivos e metas baseado
tanto nos interesses de seus colaboradores e presidentes, quanto de indivíduos externos.
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Ética e responsabilidade social nas empresas
Atualmente, esse tema é assunto em várias mídias, seminários, congressos passando a fazer parte
do dia a dia das empresas.
Diante da acirrada competição mercadológica, as empresas buscam uma nova maneira para adequar
seus valores às necessidades presentes, no sentindo de desenvolver um novo comportamento para sua
permanência no mundo empresarial. Trata-se da Responsabilidade Social, do novo como fazer adquirido
pelas organizações modernas.
Atrelado a esse novo comportamento, está a Ética empresarial, fundamentada no relacionamento dos
funcionários com os clientes e outros profissionais, atentando-se aos valores humanísticos de cada um.
Para uma empresa tornar-se ética, precisa ter persuasão, possuir competências para transformar suas
ações em concretas e objetivas, evitando e diminuindo os obstáculos e dar atenção aos valores que
defende, não deixando-se influenciar por fatores externos.
Até pouco tempo atrás, os empresários eram preocupados apenas com assuntos e atividades que lhes
traziam lucros e com seu próprio bem estar, hoje já se pode observar certa mudança nesse perfil. Estão
assumindo um modelo ético, social e ambiental, em virtude das sérias questões sociais e ecológicas
enfrentadas pela população e pelo planeta.
A preocupação com os sérios problemas que o mundo enfrenta, como a fome, a deficiência na
educação, a falta de moradia, a violência e o desemprego, aumentou de forma considerável, levando as
empresas a assumirem uma postura de empresa solidária, em conjunto com seus colaboradores, todos
unidos em busca de um único objetivo: melhorar a qualidade de vida no planeta.
Cada vez mais, pesquisas apontam o crescimento de ações sociais realizadas pelas empresas com a
colaboração de seus profissionais. Mediante esse resultado, pode-se concluir que os executivos e seus
funcionários estão obtendo uma nova consciência ética em seus negócios e os consumidores, dispostos
a participar com a certeza que será para um bom motivo.
Com a globalização, as empresas precisaram se auto-avaliar frequentemente.
Passaram a adotar valores éticos e morais rigorosos para manter uma boa imagem diante do público,
como é o caso da Natura, O Boticário, e de alguns bancos como Banco Real/Santander, Unibanco/Itau e
Bradesco.
Pode-se concluir que as empresas associaram valores éticos à marca, para ser um diferencial em seus
produtos e alcançar um bom resultado, como por exemplo, garantir sua permanência no atual mercado
competitivo, atrair e preservar clientes que também se preocupam com as condições sociais. E hoje são
as maiores transformadoras da sociedade.
Outro fator que contribui para o sucesso de tal investimento é a inserção dos programas sociais na
cultura e missão da organização, só que os colaboradores devem ter total conhecimento dessa cultura
para que assim a valorize e a admire.
É claro que tem muito ainda que se investir nesses projetos de desenvolvimento social e na gestão
participativa, mas aos poucos, as empresas estão promovendo treinamentos e eventos para incentivar
seus colaboradores e líderes nesse sentido.
A realização desses projetos é importante, pois estabelecem normas e padrões adequados para
tarefas empresariais socialmente responsáveis.
Outra questão considerável a ser adotada, é a inclusão como requisito no processo seletivo o ser
cidadão, aquele que tem a função de contribuir com a missão da empresa e com a finalidade de
transformar o mundo em outro melhor, recuperando a segurança social, pois uma empresa só se
transforma em empresa cidadã quando é constituída por cidadãos.
O indivíduo cidadão irá trabalhar em função da responsabilidade e segurança social, na tentativa de
reverter o atual quadro de pobreza e exclusão social existente em vários locais do planeta.
Portanto, pode-se dizer que uma empresa é responsavelmente social quando ela deixa de ser apenas
um agente econômico, que visa somente o lucro e a riqueza, para também ser um agente social contando
com a influência e a participação de membros externos.
Várias definições podem ser atribuídas a Responsabilidade Social. A mais comum, porém, é conceituá-
la como o conjunto das atitudes dos cidadãos e organizações públicas ligadas a ética e direcionadas para
o desenvolvimento sustentado da sociedade, preservando o meio ambiente para futuras gerações e
impulsionando a diminuição das desigualdades sociais.
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As empresas sentem o dever de se tornarem responsáveis, uma vez que questionadas sobre o futuro
da sociedade e da economia, percebem os efeitos causados pelas suas atividades e reconhecem a
necessidade de reparar seu comportamento.
Se veem frente a um desafio, o de modificar sua identidade para uma que agregue responsabilidade
social à áreas financeira, logística, comercial e operacional.
Dessa forma, uma empresa com responsabilidade social, além de participar de forma mais direta das
ações comunitárias nos locais onde estão inseridas e reduzirem os danos ambientais resultantes de suas
atividades, tornam-se parceiras e co-responsáveis pelo desenvolvimento social.
Responsabilidade social empresarial é o comprometimento permanente dos empresários de adotar
um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente,
a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como
um todo. (SILVA, 2001).
Toda empresa responsavelmente social possui deveres morais junto à sociedade. Tais deveres podem
ser do tipo reparador ou preventivo. Reparador, quando a empresa recupera o meio ambiente após
prejudicá-lo com suas atividades e preventivo, quando a empresa se esforça para não causar danos à
ele.
O valor da Ética
Como citado anteriormente, ética é o estudo do comportamento dos indivíduos, julgando-os adequado
ou não, perante a sociedade ou a organização. É estar sempre bem consigo, opor-se às fraquezas e
vícios, desenvolver e cultivar virtudes, preservar o meio ambiente, enfim, é ser feliz.
Essa tema tornou-se um assunto debatido em toda sociedade brasileira.
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Na atualidade, observa-se uma renovação moral, com uma nova conscientização, pois não é possível
viver em sociedade sem possuir limites, princípios, valores e respeito à pessoa.
No mundo empresarial, a Ética é a chave para a Sustentabilidade - maneira como a sociedade suprirá
suas necessidades, ao mesmo tempo que preservará o meio ambiente e seus ecossistemas - e são as
atitudes e os comportamentos de seus colaboradores que fazem dela uma empresa ética ou não.
A Ética contribui para o desenvolvimento econômico, ao mesmo tempo que colabora com a
preservação ambiental e com a melhora da qualidade de vida de seus colaboradores, familiares e da
comunidade em geral.
Algumas até, possuem um código de ética, que deve ser seguido rigorosamente pelos funcionários,
obtendo a confiança e o respeito deles, além de assumir um compromisso com parceiros e clientes e em
muitos casos, em virtude do grande comprometimento da equipe, adquirem o tão sonhado certificado de
reconhecimento.
A pessoa ética, assim como a empresa, só tem a ganhar. Por sempre agir corretamente e respeitando
ao próximo, ganham confiança, credibilidade, clientes e como retorno, obtém-se o lucro. Este, porém, é
a realização pessoal e fator motivador quando o funcionário sente-se envolvido com um projeto de vida.
Na função de gestor, a ética é demonstrada por algumas atitudes, como abertura para criatividade,
delegação de tarefas, fornecer informações necessárias, observar e proporcionar feedback, estabelecer
canais de comunicação, entre outros.
Ser ético também é se revoltar com as condições de miséria em que muitas pessoas vivem ou
sobrevivem e tomar atitudes para que essas pessoas retornem ao convívio social com dignidade.
A ética se destina em realizar o bem comum – não prejudicar ninguém, não se prejudicar e não permitir
que ninguém o prejudique.
Como nos negócios, em razão dos vários relacionamentos com fornecedores e clientes de diferentes
perfis, não há conduta sem que alguém saia prejudicado, foi adotado um modelo de ética baseado na
responsabilidade, convicção e virtude.
Responsabilidade: o indivíduo precisa ter consciência que toda ação da organização afetará as
pessoas com as quais têm contato.
Convicção: aquisição de valores que limitam a busca dos resultados planejados e a ambição da
empresa.
Virtude: é a tendência para prática do bem e as pessoas participam das decisões da organização.
Faz-se necessário lembrar que a ética organizacional não se limita a cada um desses modelos
individualmente, mas sim na sua junção.
Em decorrência da globalização econômica, as condições ambientais e sociais do planeta sofreram
alguns impactos negativos.
Para reverter tal situação, esse assunto tornou-se pauta principal em grandes acontecimentos e várias
empresas passaram a aderir o projeto para melhoria social e ambiental. E hoje, pode-se observar
significantes adequações feitas pelas empresas no intuito de amenizar os danos provocados ao meio
ambiente ao longo do tempo e evitar que outros ocorram.
Há uma preocupação crescente das empresas com responsabilidades social, fazendo nascer uma
nova mentalidade empresarial, que valoriza a cultura de uma boa conduta empresarial para a qual
eficiência e lucro podem ser combinados com valores, cidadania, preservação ambiental e ética nos
negócios.
Ao adotar políticas éticas e consolidar esta política a seus funcionários, a corporação, além de confiável
ao corpo funcional que também é responsável pelo sucesso da empresa, acresce sua imagem perante o
mercado, fornecedores e consumidores, ou seja, os pilares para que uma empresa atinja o verdadeiro
sucesso.
Estas políticas éticas levam ao empreendedor o alcance de melhorar o marketing da organização em
busca de aumentar visibilidade, principalmente em relação a sua fonte de renda e sucesso, os
consumidores, através do exercício da ética com práticas sociais em benefício da comunidade, dos
membros da corporação, do governo e do meio-ambiente seguindo principalmente nas seis diretrizes da
Responsabilidade Social.
Fonte:
HONÓRIO, Camila Cristina S; FERREIRA, Maristela Perpétua; SANTOS, Rosecleia Perpétua Gomes dos. Ética e responsabilidade social. Disponível em:
http://www.aems.edu.br/conexao/edicaoanterior/Sumario/2012/downloads/2012/humanas/%C3%89TICA%20E%20RESPONSABILIDADE%20SOCIAL.pdf.
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Questões
03. (MPE/SC – Motorista – FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta em relação à ética no serviço
público.
(A) Em razão do interesse público indireto, os atos administrativos não precisam ser publicados.
(B) O conceito de moralidade da Administração Pública é restrito aos procedimentos internos
praticados pelos servidores.
(C) O servidor poderá omitir ou falsear a verdade, quando necessário aos interesses da Administração
Pública.
(D) O desempenho da função pública não demanda profissionalismo, uma vez que tal princípio é
inerente à iniciativa privada que busca lucros e resultados
(E) A moralidade administrativa se integra ao Direito como elemento indissociável dos atos praticados
pela administração pública, e, como consequência, atua como fator de legalidade.
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(B) efetividade – eficácia – corporativa
(C) efetividade – ética – corporativa
(D) eficácia – ética – organizacional
(E) efetividade – eficácia - corporativa
Respostas
01. Resposta: A.
Conforme Perla Müller28, cidadão é o indivíduo que, dentro de um Estado, goza de direitos (civis e
políticos) e desempenha deveres (civis e políticos).
Assim, a cidadania, ou seja, a qualidade de que é cidadão, se exerce no campo associativo (da
associação civil), pela cooperação de homens reunidos no Estado. Desta forma, a sobrevivência e
harmonia da sociedade, como grupo, associação de homens que é, depende da vida cooperativa de seus
cidadãos.
As atribuições cívico – políticas do cidadão dependem da conformação do Estado a que pertence,
ou seja, da forma de governo por este adotada.
02. Resposta: B.
Ética- É um conceito teórico, entre certo ou errado, bom ou ruim, justo ou injusto, que o ser humano
adquire logo nos primeiros anos de vida e carrega consigo até final, servindo de base para suas atitudes.
Reflete, pois, uma tradição ou um costume de uma sociedade como um todo.
03. Resposta: E.
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-
fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público
de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para
favorecimento de outrem.
28
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, páginas 28 a 30.
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04. Resposta: C.
a) A responsabilidade social é quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas,
comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo.
b) Filantropia significa humanitarismo, é um sentimento que faz com que os indivíduos ajudem outras
pessoas.
c) Voluntariado é o ato de doar seu tempo e seu conhecimento para fomentar a sociedade em que
você vive, através de ações que não são remuneradas mas que têm um valor importante para sua
comunidade e para o próximo.
d) “Marketing social é a modalidade de ação mercadológica institucional que tem como objetivo
principal atenuar ou eliminar os problemas sociais, as carências da sociedade relacionadas
principalmente às questões de higiene e saúde pública, de trabalho, educação, habitação, transportes e
nutrição”.
FONTE: (VAZ, Gil Nuno - Marketing Institucional: O Mercado de Ideias e Imagens - São Paulo, Pioneira, 1995, p. 280.)
e) A assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar.
FONTE: http://www.sedest.df.gov.br/publico-alvo/o-que-e-assitencia-social.html.
05. Resposta: B.
O comportamento ético no momento em que o mundo passa por grandes mudanças.
As empresas se reformam e se transformam para sobreviver a essas mudanças e atender melhor seu
consumidor. Assim, hoje, para um sucesso continuado, o desafio maior das empresas é ter uma ética
interna que oriente suas decisões e permeie as relações entre as pessoas que delas participam e, ao
mesmo tempo, um comportamento ético inequivocamente reconhecido pela comunidade.
Se a empresa, como espaço social, produz e reproduz esses valores, ela se torna importante em
qualquer processo de mudança de perspectiva das pessoas; tanto das que nela convivem e participam
quanto daquelas com as quais essas pessoas se relacionam. Assim, quanto mais empresas tenham
preocupações éticas mais a sociedade na qual essas empresas estejam inseridas tenderão a melhorar
no sentido de constituir um espaço agradável onde as pessoas vivam realizadas, seguras e felizes.
06. Resposta: C.
Efetividade organizacional é um dos temas de interesse central para as teorias da organização. O
objetivo deste estudo foi construir e validar uma medida de percepção de efetividade organizacional,
tendo como referencial teórico as dimensões propostas por Harrison (1994). Para o processo de
validação, 309 trabalhadores responderam ao questionário contendo o instrumento piloto. Os dados foram
submetidos à análise fatorial, com extração dos fatores pelo método PAF (Principal Axis Factoring),
rotação oblíqua e a teste de confiabilidade. A estrutura fatorial ficou composta por dois fatores: Metas de
Produção e Estado Interno do Sistema, com índices de precisão de 0,90 e 0,87, respectivamente. O uso
da medida é recomendado para fins de diagnóstico e investigações acadêmicas.
07. Resposta: D.
Até meados do século passado, ética nos negócios era uma expressão incomum, pois a atividade
empresarial estava associada somente à eficácia dos processos e aos resultados financeiros. A postura
ética dos empresários e dos colaboradores era apenas uma condição implícita vinculada à formação do
indivíduo.
Atualmente, a ética empresarial é colocada como uma meta essencial a ser alcançada no mundo
corporativo. A cultura ética e sua gestão nas empresas são temas tratados com importância igual ou
superior aos próprios resultados, à inovação, à excelência e ao sucesso financeiro.
Pode-se afirmar ainda que a construção da reputação e da imagem das empresas globais depende
fundamentalmente da atuação das organizações com base em valores éticos e nos parâmetros de
honestidade, decência e respeito a todos os públicos interessados.
Fonte:http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/artigos/o-que-e-etica-empresarial.
08. Resposta: C.
Auditoria Social é o emprego das técnicas de auditoria para fins de controle, apuração e certificação
acerca da fidelidade das informações relativas aos gastos, investimentos e aplicações de cunho ambiental
e social. Um dos ramos de destaque da auditoria social é a auditoria ambiental, tendo em vista o aumento
da demanda de questões ambientais por parte das companhias com o intuito de melhor preservar o meio
ambiente e de divulgar as ações concretas para se alcançar esses objetivos.
Prestem atenção aos verbos "monitorar" e "avaliar". A auditoria social faz justamente a avaliação das
ações sociais das organizações.
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2 Qualidade no atendimento ao público. 2.1 Comunicabilidade, apresentação,
atenção, cortesia, interesse, presteza, eficiência, tolerância, discrição, conduta e
objetividade.
O atendimento de qualidade exige que a empresa conheça o cliente a ponto de traçar o seu perfil,
definir as suas necessidades e como utilizará os recursos que a empresa possui para atender às suas
necessidades.
Assim como a qualidade evoluiu para gestão da qualidade, o atendimento ao cliente passou a fazer
parte da estratégia das organizações. As empresas passaram a adotar estratégias e ações como a
criação de um canal de relacionamento entre a empresa (executivos, gerentes) e o cliente, para que haja
uma interação e consiga decifrar por menores que sejam, quais os principais interesses daqueles que
utilizam os produtos ou serviços da empresa. Outras estratégias também utilizadas são as pesquisas de
opinião que buscam respostas ou indagações vindas do consumidor final.
Algumas organizações criaram funções específicas para o sistema de ouvidoria, funcionários são
contratados, treinados para atender/receber críticas, sugestões e reclamações dos usuários.
O atendimento ao cliente tornou-se um dos pontos mais importantes na atuação de uma empresa no
mercado, na busca pela satisfação, criação de valor e retenção. E é por isso que os clientes se tornaram
mais exigentes e conscientes dos padrões de atendimento.
Atender significa:
- Acolher com atenção, ouvir atentamente;
- Tomar em consideração, deferir;
- Atentar, ter a atenção despertada para; Receber.
Por isso, atendimento é acolher, receber, ouvir o cliente, de forma com que seus desejos sejam
resolvidos. Atendimento é dispor de todos os recursos que se fizerem necessários, para atender
ao desejo e necessidade do cliente. Esse cliente pode ser interno, ou, externo, e caracteriza-se por
ser o público-alvo em questão.
Os clientes internos são aqueles de dentro da organização. Ou seja, são os colegas de trabalho, os
executivos. São as pessoas que atuam internamente na empresa.
Já os clientes externos, são os clientes que adquirem produtos ou serviços da empresa.
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privacidade/intimidade do cliente, evite perguntas ou situações que possam causar qualquer tipo de
constrangimento ou inconveniência.
Utilize um tom de voz agradável ao dirigir-se a um cliente. Tenha percepção as limitações, faixa
etária da idade do cliente utilizando o tratamento adequado para senhores e senhoras.
Com a grande competitividade entre as empresas, a velocidade em que atende as necessidades do
cliente pode ser um dos fatores que levam clientes a retornarem a uma empresa, contudo não é um ponto
positivo ter que refazer uma atividade/ação para corrigir algo que foi feito de forma muito rápida, mas com
pouca qualidade. Um ambiente de trabalho organizado pode contribuir para um atendimento mais rápido,
ágil e eficiente.
Seja leal ao cumprimento dos prazos, não prometa prazos em que sua empresa não será capaz de
cumprir. Envolva outros setores ao processo de atendimento para que possa responder mais prontamente
as questões que possam surgir.
Nas reações e percepções do cliente é possível identificar sua aprovação ou reprovação em relação
as negociações ou atendimento, busque oportunidades para agir.
Seja sempre objetivo ao realizar um atendimento, busque rapidamente soluções para as
necessidades do cliente que se encontra em atendimento.
Os colaboradores de uma organização devem buscar conhecimento dos negócios da empresa, das
decisões que ela toma, da situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma comunicação
entre empresários e funcionários acaba gerando desmotivação, falta de comprometimento e dificuldades
para se argumentar e demonstrar confiança aos clientes no momento do atendimento. Torna-se
fundamental comunicar a missão da empresa, seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois
quanto maior for seu envolvimento com a organização, maior será o seu comprometimento.
A Comunicação Interna compreende os procedimentos comunicacionais que ocorrem na
Organização. Segundo Scroferneker. “Visa proporcionar meios de promover maior integração dentro da
organização mediante o diálogo, a troca de informações, experiências e a participação de todos os níveis”.
Da mesma forma que um bom atendimento pode cativar, conquistar, reter um cliente; um mal
atendimento pode facilmente trazer prejuízos e colocar uma empresa em uma situação difícil. A
satisfação do cliente deve ser uma das grandes prioridades de uma empresa que busca
competitividade e permanência no mercado.
As empresas devem estabelecer princípios, normas e a maneira adequada de transmitir essas
informações aos colaboradores, por isso é importante ter constante treinamento.
É comum visitarmos empresas e compararmos o atendimento. Quando o atendimento é eficiente,
rápido, objetivo, e o nível de comunicação adequado, podemos perceber que a empresa adota estratégias
e há uma preocupação em qualificar as pessoas de modo a obterem conhecimentos, habilidades, atitudes
específicas de acordo com o ramo de atividade e os produtos que serão comercializados pela empresa.
O treinamento pode ensinar, corrigir, melhorar, adequar o comportamento das pessoas em relação as
mudanças ou mesmo exigências de um mercado extremamente disputado e concorrido.
É preciso responder ao cliente com entusiasmo e uma saudação positiva. Ainda que o cliente
possa perder a paciência, como profissional eu preciso manter minha conduta e postura condizente com
ao esperado pela empresa. Se por ventura o cliente estiver insatisfeito com algo e demonstrar isso em
suas palavras, tenha calma, e lembre-se de que o cliente teve esse comportamento para com a empresa
não como algo pessoal contra você. Tenha sempre bom senso e compreensão.
Não podemos prever que o cliente entenda toda a linguagem que utilizamos em uma empresa.
Coloque-se no lugar do cliente e assim busque utilizar termos claros e explicar de acordo com a
maturidade detalhes importantes no processo de compreensão.
Nunca discuta com um cliente, a discussão não tem o objetivo discutir possibilidades, caminhos,
decisões e oferecer soluções, mas sim de criar uma disputa ou provar que alguém está certo e o outro
errado, obter razão.
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Os Princípios para o bom atendimento na gestão da qualidade:
1. Foco no Cliente
As empresas privadas buscam reduzir os custos dos produtos, aumentar os lucros, mas não podem
perder de vista a qualidade e satisfação dos clientes.
3. Manutenção da qualidade
O padrão de qualidade mantido ao longo do tempo é que leva à conquista da confiabilidade.
A atuação com base nesses princípios deve ser orientada por algumas ações que imprimem
qualidade ao atendimento, tais como:
-Identificar as necessidades dos usuários;
-Cuidar da comunicação (verbal e escrita);
-Evitar informações conflitantes;
-Atenuar a burocracia;
-Cumprir prazos e horários;
-Desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
-Divulgar os diferenciais da organização;
-Imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
-Fazer uso da empatia;
-Analisar as reclamações;
-Acatar as boas sugestões.
Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser percebidos e avaliados de forma positiva
pelos usuários, entre eles: competência, presteza, cortesia, paciência, respeito.
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, desrespeito, imposição de normas ou exibição
de poder tornam o atendente intolerável, na percepção dos usuários.
Atender o cliente significa identificar as suas necessidades e solucioná-las, ao passo que atender ao
telefone significa não deixá-lo tocar por muito tempo, receber a ligação e transferi-la ao setor
correspondente. Observe que a diferença é bastante grande. Eu diria mais: profissional de qualquer área
ou formação tem capacidade de atender ao telefone, visto que é um procedimento técnico, enquanto que
para atender o cliente é necessário capacidades humanas e analíticas, é necessário entender o
comportamento das pessoas, ou seja, entender de gente, além de ter visão sistêmica do negócio e dos
seus processos.
Muitos profissionais chegam a ter pânico do telefone porque ele não para de tocar e porque ele
atrapalha a realização de outras atividades, que erroneamente são consideradas mais importantes.
Será que existe algo mais importante do que o cliente que se encontra do outro lado da linha,
aguardando pelo atendimento? É claro que não existe. Ocorre que nem sempre se tem a consciência
de que é o cliente que será atendido e não o telefone. Não se tem a consciência que cada ligação recebida
significa uma oportunidade de negociar, de vender, de divulgar a empresa, de manter laços amistosos
com o cliente.
O cliente sempre espera um tratamento individualizado, considerando que cada situação de
atendimento é única, e deve levar em conta as pessoas envolvidas e suas necessidades, além do
contexto da situação. Como as pessoas são diferentes, agem de maneira diferenciada, a condução do
atendimento também necessita ser personalizada, apropriada para cada perfil de cliente e situação.
Assim, o cliente poderá se apresentar: bem-humorado, tímido, apressado, paciente, inseguro, nervoso,
entre outras características. O mais importante é identificar no início da interação como o cliente se
encontra para que possa dirigir de maneira assertiva o atendimento.
A chave para o sucesso da bom atendimento depende muito da boa comunicação, isto é, de
como é realizada a transmissão e recepção de informação.
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tudo tão simples? O que diferencia as interações que o cliente descreveria como excelentes ou
satisfatórias ou péssimas? Quais são suas necessidades básicas ou mínimas e o que mais pode ser
importante para ele?
É difícil saber se o comportamento humano é intencional ou não, mesmo que, segundo a psicanálise,
existem as intenções inconscientes. Por isso é preciso classificar tudo o que o homem faz em sociedade.
Até mesmo o silêncio, é comunicação. Pode significar concordância, indiferença, desprezo, etc.
Assim, a comunicação, tanto interna quanto externa das organizações, é uma ferramenta de extrema
importância para qualquer organização e determinante no que se refere ao sucesso, independente do
porte e da área de atuação. É uma ferramenta estratégica, pois muitos erros podem ser atribuídos às
falhas de comunicação. Portanto, um sistema de comunicação eficaz é fundamental para as organizações
que buscam o crescimento e cultura organizacional.
Na era da informação, a rapidez e o valor das informações faz com que as organizações se vejam no
imperativo de reestruturarem sua comunicação (seja ela interna ou social) adotando um padrão moderno
aproximando suas ações e o discurso empresarial.
Diante disso, emergem os problemas de comunicação. Os problemas de comunicação surgem por
uma situação de fala distorcida onde os participantes do ato comunicativo encontram-se em posições
desiguais de poder e conhecimento de informações.
O principal problema da comunicação organizacional a sobrecarga de input de informação, podendo
este estar relacionado a má seleção de informações por parte do indivíduo ou a uma cultura
organizacional valorizadora de grande quantidade de informações.
Comunicabilidade:
É a qualidade do ato comunicativo otimizado, no qual a mensagem é transmitida de maneira integral,
correta, rápida e economicamente. A transmissão integral supõe que não há ruídos supressivos,
deformantes ou concorrentes. A transmissão correta implica em identidade entre a mensagem mentada
pelo emissor e pelo receptor.
Apresentação
O responsável pelo primeiro atendimento representa a primeira impressão da empresa, que o cliente
irá formar, como a imagem da empresa como um todo.
E por isso, a apresentação inicial de quem faz o atendimento deve transmitir confiabilidade, segurança,
técnica e ter uma apresentação ímpar.
É fundamental que a roupa esteja limpa e adequada ao ambiente de trabalho. Se a empresa adotar
uniforme, é indispensável que o use sempre, e que o apresente sempre de forma impecável. Unhas e
cabelos limpos e hálito agradável também compreendem os elementos que constituem a imagem que o
cliente irá fazer da empresa, através do atendente.
O cliente, ou, futuro, questiona e visualiza sempre. Por isso, a expressão corporal e a disposição na
apresentação se tornam fatores que irão compreender no julgamento do cliente.
A satisfação do atendimento começa a ser formado na apresentação.
Assim, a saudação inicial deve ser firme, profissional, clara e de forma que transmita compromisso,
interesse e prontidão.
O tom de voz deve ser sempre agradável, em bom tom. O que prejudica muitos relacionamentos das
empresas com os clientes, é a forma de tratamento na apresentação. É fundamental que no ato da
apresentação, o atendente mostre ao cliente que ele é Bem-Vindo e que sua presença na empresa é
importante.
Há várias regras a serem seguidas para a apresentação inicial para um Bom Atendimento. O que dizer
antes? O nome, nome da empresa, Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite? Pois não? Posso ajudá-lo?
A sequência não importa. O que deve ser pensado na hora, é que essas frases realmente devem ser
ditas de forma positiva e que tenham significado.
Os clientes não aguentam mais atendimentos com apresentações mecânicas.
O que eles querem sentir na apresentação é receptividade.
Por isso, Saudar com Bom Dia, Boa Tarde, ou, Boa Noite, é ótimo! Mas, diga isso, desejando mesmo
que o cliente tenha. Dizer o nome da empresa se o atendimento for através do telefone também faz parte.
Porém, faça de forma clara e devagar. Não dê margem, ou fale de forma que ele tenha que perguntar
de onde é logo após o atendente ter falado. Dizer o nome, também é importante. Mas, isso pode ser dito
de uma forma melhor como, perguntar o nome do cliente primeiro, e depois o atendente diz o seu.
Exemplo: Qual seu nome, por favor? Maria, eu sou a Madalena, hoje posso ajuda-la em quê?
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O cliente com certeza já irá se sentir com prestígio, e também, irá perceber que essa empresa trabalha
pautada na qualidade do atendimento.
Segundo a Sabedoria Popular, leva-se de 5 a 10 segundos para formarmos a primeira impressão de
algo. Por isso, o atendente deve trabalhar nesses segundos iniciais como fatores essenciais para o
atendimento. Fazendo com que o cliente tenha uma boa imagem da empresa.
O profissionalismo na apresentação se tornou fator chave para o atendimento. Excesso de intimidade
na apresentação é repudiável. O cliente não está procurando amigos de infância. E sim, soluções aos
seus problemas.
Assim, os nomes que caracterizam intimidade devem ser abolidos do atendimento. Tampouco, os
nomes e adjetivos no diminutivo.
Outro fator que decepciona e enfurece os clientes, é a demora no atendimento. Principalmente quando
ele observa que o atendente está conversando assuntos particulares, ou, fazendo ações que são
particulares e não condizem com seu trabalho.
A instantaneidade na apresentação do atendimento configura seriedade e transmite confiança ao
cliente. Portanto, o atendente deve tratar a apresentação no atendimento como ponto inicial, de sucesso,
para um bom relacionamento com o cliente.
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deve responder de forma calma, tranquila e sensata, e sem elevar o tom da voz. E também, sem se
alterar.
Tomar nota das informações pode trazer mais tranquilidade ao atendimento. Ainda mais se ele
estiver sendo feito pelo telefone. Essa técnica, auxilia na compreensão e afasta a duplicidade de
questionamentos que já foram feitos, ou de informações que já foram passadas.
Fazer perguntas ao sentir necessidade de algum esclarecimento, é importante. O atendente não deve
se inibir. Já foi dito que fazer uma pergunta mais de uma vez deve ser evitado. E também que informações
que já foram passadas pelo clientes não devem ser questionadas. Porém, se houver necessidade, o
atendente deve fazê-la. Mas, deve pedir desculpas por refazê-la, e dizer que foi um lapso.
Confirmar o que foi dito (solicitar feedback) passa uma mensagem de profissionalismo, atenção e
interesse ao cliente. Demonstra que o atendente e a empresa estão preocupados com sua situação e em
fazer um atendimento de qualidade.
Portanto, estabelecer empatia e falar claramente e pausadamente, sem ser monótono, evitando
ainda o uso de gírias; falar com voz clara e expressiva (boa dicção) são atitudes que tornam o atendimento
ao cliente com qualidade.
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
Ter ética em todos os níveis de atendimento faz com que o cliente não tenha dúvida sobre a
organização e assim, não desperdice tempo fazendo questionamentos sobre a conduta da empresa.
O atendente deve saber que sempre há uma solução para tudo e para todos, buscando sempre os
entendimentos e os acordos em todas as situações, por mais difíceis que elas se apresentem.
O atendente deve saber utilizar a comunicação e as informações.
O todo é composto de partes, e para os clientes "as ações sempre falaram mais alto que as palavras".
Em todos os níveis de atendimento será inevitável deparar-se com clientes ofensivos e agressivos.
Para tanto, o atendente deve ter tolerância para acalmar o cliente e mostrar que ele está ali para auxiliá-
lo e resolver o problema.
Não deixar dúvidas ao cliente de que a receptividade na empresa é a palavra de ordem, acalma e
tranquiliza. Por isso, a tolerância é importante para que não se perca a linha e comprometa a imagem da
empresa e a qualidade no atendimento.
Não demonstrar ao cliente que o atendente é só mais um na empresa, e que o que o cliente procura
não tem ligação com sua competência, evita conflitos.
Por mais que não seja o responsável pela situação, o atendente deve demonstrar interesse, presteza
e tolerância. Por mais que o cliente insista em construir uma situação de discussão, o atendente deve-se
manter firme, tolerante e profissional.
Portanto, a presteza, eficiência e a tolerância, formam uma tríplice que sustentam os atendimentos
pautados na qualidade, tendo em vista que a agilidade e profissionalismo permeiam os relacionamentos.
Discrição
Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente e da relação com o interlocutor. No trabalho, a
pessoa deve ter acima de tudo discrição em seus atos, pois certas brincadeiras ou comentários podem
ofender as pessoas que estão sendo atendidas e gerar situações constrangedoras. Nestes casos,
a melhor maneira de contornar a situação é pedir desculpas e cuidar para que não ocorram novamente.
Todas as atitudes que incomodam as pessoas são consideradas falta de respeito e por isso deve haver
uma série de cuidados, como por exemplo: não bater o telefone, falar alto, importunar seu colega
com conversas e perguntas o tempo todo, entre outros.
Ser elegante em um ambiente de trabalho e não expor o visitante/usuário, sendo bem educado, não
significa bajular o atendido e sim ser cortês, simpático e sociável. Isto certamente facilitará a comunicação
e tornará o convívio mais agradável e saudável.
Conduta, Objetividade
A postura do atendente deve ser proativa, passando confiança e credibilidade. Sendo ao mesmo
tempo profissional e possuindo simpatia. Ser comprometido e ter bom senso, atendendo de forma gentil
e educada. Sorrindo e tendo iniciativa, utilizando um tom de voz que apenas o cliente escute, e não
todos que estão no local e ouvindo atentamente, são condutas essenciais para o atendente.
O sigilo é importante, e por isso, o atendimento deve ser exclusivo e impessoal. Ou seja, o assunto
que está sendo tratado no momento, deve ser dirigido apenas ao cliente. As demais pessoas que estão
no local não podem e nem devem escutar o que está sendo tratado no momento. Principalmente se for
assunto pessoal.
Essa conduta de impessoalidade e personalização transformam o atendimento, e dão um tom formal
à situação. A objetividade está ligada à eficiência e presteza. E por isso, tem como foco, como já vimos,
eliminar desperdiçadores de tempo, que são aquelas atitudes que destoam do foco.
Ser objetivo é pensar fundamentalmente apenas no que o cliente precisa e para que ele está ali.
Solucionar o seu problema e atender às suas necessidades devem ser tratados como assuntos urgentes
e emergentes. Ou seja, têm pressa e necessita de uma solução rapidamente.
Afirmamos que o atendimento com qualidade deve ser pautado na brevidade. Porém, isso não exclui
outros fatores tão importantes quanto, como: clareza, presteza, atenção, interesse e comunicabilidade.
Pois o atendimento com qualidade deve construído em cima de uma série de fatores que configuram um
atendimento com qualidade. E não apenas/somente um elemento.
Vale dizer que, com o foco no atendimento presencial, temos ainda princípios fundamentais para
imprimir qualidade ao atendimento presencial:
1. Princípio da competência - O usuário espera que cada pessoa que o atenda detenha informações
detalhadas sobre o funcionamento da organização e do setor que ele procurou. O visitante tem a
expectativa de encontrar pessoas capacitadas a fornecer informações detalhadas sobre o assunto do seu
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interesse: - Identifique as necessidades do visitante/usuário; - Ouça atentamente a descrição do serviço
solicitado.
2. Princípio da legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, respeito, imparcialidade, sem
discriminações, com justiça e colaboração: - Preferencialmente, trate-o pelo nome; - Não escreva ou faça
qualquer outra atividade enquanto estiver falando com ele; - esteja atento à condição física do usuário
(ofereça ajuda aos idosos e às pessoas com necessidades especiais).
Estratégias verbais
• Reconheça, o mais breve possível, a presença das pessoas;
• Se houver demora no atendimento, peça desculpas;
• Se possível, trate o usuário pelo nome;
• Demonstre que quer identificar e entender as necessidades do usuário;
• Escute atentamente, analise bem a informação, apresente questões;
Estratégias ambientais
• Mantenha o ambiente de trabalho organizado e limpo;
• Assegure acomodações adequadas para o usuário;
• Evite deixar pilhas de papel, processos e documentos desorganizados sobre a mesa;
• Solicite, se for possível, uma decoração de bom gosto.
Questões
01. (MTE - Agente Administrativo – CESPE) Acerca da qualidade no atendimento ao público, julgue
os itens a seguir.
A qualidade do atendimento ao público fundamenta-se na prestação da informação correta, na cortesia
do atendimento, na brevidade da resposta e na adequação do ambiente para a realização do atendimento.
( ) Certo ( ) Errado
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03. (IFN/MG - Assistente em Administração – FUNDEP) Com relação à comunicação interpessoal
e atendimento ao público, é INCORRETO afirmar que
(A) o funcionário que tem capacidade de trabalhar com outras pessoas é mais feliz e mais produtivo.
(B) o funcionário do setor de serviços frequentemente interage com o público.
(C) a satisfação do funcionário está diretamente relacionada com a avaliação positiva do público.
(D) o treinamento não é uma das estratégias para a melhoria contínua do nível de satisfação do público.
07. (TJ/AL - Técnico Judiciário – CESPE) Em sua atuação profissional, o servidor público deve:
(A) prestar informações sigilosas à sociedade, visto que toda pessoa tem direito à verdade.
(B) colaborar com seus colegas apenas quando solicitado.
(C) realizar suas atividades com afinco e resolutividade.
(D) realizar suas atividades com rapidez, mesmo que ocorram algumas imperfeições ou erros.
(E) abster-se de exercer sua função em situações de insegurança profissional.
08. (TJ/AL - Técnico Judiciário – CESPE) O comportamento profissional do servidor público deve
ser orientador por princípios e valores orientados a
(A) ganhar sempre para o crescimento e engrandecimento da nação.
(B) resolver os problemas imediatos e depois pensar nos futuros.
(C) aproveitar as oportunidades, mesmo com incidência de risco de improbidade.
(D) agir se comportar e demonstrar atitudes relacionadas à tradição dos serviços públicos.
(E) realizar suas atribuições em um ritmo confortável para si e buscar ter qualidade de vida sempre.
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(B) a educação, a simpatia e a cortesia pouco influenciam na garantia de um atendimento de qualidade
ao público, pois o que importa, de fato, é o comedimento do funcionário que faz o atendimento.
(C) o ambiente físico e o psicológico, presentes no local onde é realizado o atendimento ao público,
são irrelevantes em relação à qualidade desse atendimento, pois para o cliente o que realmente interessa
é a qualidade do produto ou serviço oferecido.
(D) boas condições do ambiente em que são atendidos os clientes, atendentes bem preparados e
comprometidos com suas tarefas, bons produtos ou serviços são exemplos de requisitos que podem
contribuir para assegurar a qualidade do atendimento ao público.
(E) a qualidade do atendimento ao público é responsabilidade exclusiva do funcionário que o realiza.
Respostas
02. Resposta: B
a) Imagina você fazendo sua reclamação ou solicitação e o atendente digitando ou falando no telefone?
c) É péssimo quando se vai comprar algo e o vendedor não conhece quase nada do produto ou não
sabe que o serviço tem certas opções que o cliente pode escolher.
d) Deve-se observar o comportamento do cliente para melhor atendê-lo, assim ele pode verificar
necessidades implícitas nesse comportamento.
03. Resposta: D
O treinamento é sim uma das estratégias para a melhoria contínua do nível de satisfação do público.
Esta é a única assertiva incorreta.
04. Resposta: B
O perfil adequado do atendente, o bom estado de saúde e a competência profissional tornam o serviço
de atendimento mais eficiente e contribuem para aumentar a satisfação dos usuários. Estes aspectos
contribuem para que haja maior qualidade no atendimento ao público.
05. Resposta: C.
Ser objetivo é pensar fundamentalmente apenas no que o cliente precisa e para que ele está ali.
Solucionar o seu problema e atender às suas necessidades devem ser tratados como assuntos urgentes
e emergentes. Ou seja, têm pressa e necessita de uma solução rapidamente.
07. Resposta: C.
O comportamento profissional esperado do servidor é que ele haja com afinco, ou seja, dedicação, e
resolutividade, isto é, buscando resolver todos os problemas que se apresentarem nos limites de sua
competência.
08. Resposta: D.
Não cabe ao servidor esquecer-se de si e pensar somente na nação, mas o inverso também não é
aceito. Aquele que desempenha função pública deve ter consciência de suas responsabilidades e servir
de espelho para a sociedade como um todo.
09. Resposta: C.
Os funcionários são os maiores responsáveis de um atendimento ao público com qualidade.
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10. Resposta: D
Boas condições do ambiente em que são atendidos os clientes, atendentes bem preparados e
comprometidos com suas tarefas, bons produtos ou serviços são exemplos de requisitos que podem
contribuir para assegurar a qualidade do atendimento ao público. O ambiente físico e o psicológico,
presentes no local onde é realizado o atendimento ao público, são relevantes (e não irrelevantes, como
indica a assertiva C) em relação à qualidade desse atendimento, pois interferem na percepção da
qualidade do atendimento prestado aos seus clientes.
2.2 Comunicação
Comunicação
A necessidade de comunicação é tão antiga como a formação da sociedade humana, o homem, talvez
na ânsia de se perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar suas observações, seu pensamento,
para os legar às gerações futuras.
Os sentimentos, os comportamentos, as ações, os pensamentos, os desejos e a cultura têm em
comum a necessidade de expressão para se tornarem “reais”, o que é viabilizado pela comunicação.
No interior das organizações a maioria das tarefas, se não todas são realizadas por meio da
comunicação, ordens são transmitidas, memorandos escritos, palestras assistidas, missões, metas e
objetivos desenvolvidos e avaliações feitas com bases na comunicação.
Cada departamento, cada área da organização, cada mensagem formal ou informal podem gerar
percepções dos públicos com os quais se relacione essa dada organização e, por isso, é fundamental a
importância de se agir de forma planejada e orquestrada para a criação e manutenção de
relacionamentos.
É através da transferência de significados de uma pessoa para outra que as informações e as ideias
podem ser transmitidas.
A comunicação, contudo, é mais do que simplesmente transmitir um significado. Ela precisa ser
compreendida, precisa incluir a transferência e a compreensão do significado.
A comunicação pode ser considerada o processo social básico, primário, porque é ela que torna
possível à própria vida em sociedade. Vida em sociedade significa intercâmbio.
E todo intercâmbio entre os seres humanos só se realiza por meio da comunicação. A comunicação
preside, rege todas as relações humanas.
O que é produzido e vendido pela comunicação? Uma mercadoria cada vez mais valiosa, apesar de
imaterial: informação, ou seja, notícias, dados, ideias, conhecimento, ficção, cultura, arte, etc.
É uma dessas coisas que todo mundo sabe o que é, mas ninguém consegue definir com precisão.
Ato de comunicar algo ou de comunicar-se (com alguém). O verbo vem do latim communicare,
que significa participar, fazer, saber, tornar comum. Quando eu comunico alguma coisa a alguém essa
coisa se torna comum a ambos.
Quando se publica uma notícia ela passa a fazer parte da comunidade. Comunicação, comunhão,
comunidade são palavras que têm a mesma raiz e estão relacionadas à mesma ideia de algo
compartilhado.
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ASSERTIVIDADE E A COMUNICAÇÃO
SISTEMAS COMUNICACIONAIS30
Um sistema, como se sabe, é um conjunto de elementos que estão dinamicamente relacionados e que
formam uma atividade para atingir objetivos comuns. A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) foi desenvolvida
pelo biólogo húngaro/alemão, Ludwig von Bertalanffy, e devidamente estruturada entre os anos de 1950
a 1968. A ideia básica de Bertalanffy era o desenvolvimento de uma teoria de caráter geral, para ser
aplicada a fenômenos semelhantes que acontecem em uma variedade de campos específicos de
conhecimento.
Conforme o exposto por Battisti31, “o Sistema de comunicação da empresa é de grande importância
para a instituição não somente interna como externa. É neste sistema que aplica as necessidades
organizacionais, é nele que fluem e que dá movimento a empresa. É preciso ser cuidadoso à comunicação
informal aquela que surge espontaneamente podendo ajudar a empresa com críticas internas para um
determinado produto, é necessário atenção também à comunicação errada entre os subordinados
trazendo constrangimento ou interferindo nas regras estabelecidas mudando até mesmo a cultura da
empresa.
O sistema de comunicação faz parte do patrimônio da empresa. Há várias empresas de software no
mercado voltado especificamente para sistema de comunicação. Esses sistemas têm como finalidade de
dimensionar e qualificar a comunicação interna. Cria canais específicos, ajuda no diálogo entre os
subordinados, ajuda na gestão da empresa, lógico obedecendo aos critérios e culturas estabelecidas da
estrutura organizacional”.
29
Comunicação assertiva. Disponível em: http://www.ibccoaching.com.br/blog/gestao-de-rh/comunicacao-assertiva-desenvolva-uma-comunicacao-clara-e-reduza-
conflitos/. Acesso em 08 de abril de 2014.
30
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/cm/article/viewFile/11624/6664
31
http://juliobattisti.com.br/tutoriais/lucineiagomes/som007.asp
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No Sistema de comunicação deve ser considerado:
O que dizer
- A quem dizer
- Quando dizer
- Com que frequência
- De que forma
- Por que meio de comunicação, entre outras.
Portanto, deve ser considerada a forma da estrutura organizacional da empresa para atender
às suas necessidades.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO CLÁSSICOS
Dentro do processo de Comunicação existem alguns fatores que são imprescindíveis de serem citados
como Elementos da Comunicação:
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Em suma, a comunicação é um processo pelo qual a informação é codificada e transmitida por um
emissor a um receptor por meio de um canal. A comunicação é, portanto, um processo pelo qual nós
atribuímos e transmitimos significado a uma tentativa de criar entendimento compartilhado.
Alguns exemplos de comunicação feita por um Emissor dentro de uma organização.
- Divulgar para os funcionários a festa de confraternização de final de ano.
- Convidar os funcionários para a festa.
- Divulgar as restrições que poderá exigir essa confraternização.
- Informar os funcionários dos brindes e brincadeiras.
- Agradecer antecipadamente pelo ano que se encerrou e a presença dos funcionários.
- Entre várias outras mensagens.
FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO
1. Controlar o comportamento
As organizações possuem hierarquias e orientações formais que devem ser seguidas pelos
funcionários.
A comunicação informal também controla o comportamento. Quando um grupo de trabalho hostiliza
ou reclama com um membro que está produzindo demais (e, assim, fazendo comunicando informalmente
e controlando o comportamento do colega.
Nenhuma destas quatro funções deve ser vista como mais importante do que as demais. Para
que os grupos tenham um bom desempenho, eles precisam ter algum tipo de controle sobre seus
membros, estimulá-los ao esforço, oferecer os meios para sua expressão emocional e para a tomada de
decisões. Podemos partir do princípio de que praticamente toda interação de comunicação que ocorre
dentro de um grupo ou organização exerce uma ou mais destas quatro funções.
COMUNICAÇÃO EFICAZ
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TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Comunicação Formal
A comunicação formal é a comunicação que ocorre por meio dos canais de comunicação formalmente
existentes no organograma da empresa, derivada da alta administração. A mensagem é transmitida e
recebida pelos canais formalmente estabelecidos pela empresa na sua estrutura organizacional. É o tipo
de comunicação oficial, seja ela interna ou externa, sendo quase toda feita por escrito e devidamente
registrada através de correspondências ou formulários. Podemos exemplificar os comunicados gerais da
empresa, postados em quadros ou murais com essa finalidade.
Comunicação Informal32
O sistema formal não é o único sistema de comunicação dentro de um grupo ou organização. Existe
também um sistema informal: a rede de rumores. Embora seja informal, isto não significa que não seja
uma importante fonte de informações. Uma pesquisa recente revelou que 75% dos funcionários sabem
primeiro das notícias através da rede de rumores.
No caso da comunicação informal, é aquela que surge espontaneamente através da estrutura informal
e fora dos canais de comunicação oficiais estabelecidos pelo organograma, abordando todo tipo de
relação social entre os colaboradores. É a forma cujo qual os funcionários obtém mais informações, por
meio de boatos rumores e conversas.
De maneira geral, a comunicação informal aborda mensagens que podem ou não ter relações às
atividades de uma organização. Por meio desta pode-se obter mais rapidamente a mensuração de
opiniões e insatisfações dos colaboradores, ao ter uma ideia mais ampla do clima organizacional e da
reação das pessoas aos processos de mudança.
Comunicação Interna
32
Watanabe. C, Comunicação Formal e Informal. 2009.
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A comunicação interna promove a interação e integração das pessoas, departamentos e áreas, para
que todos caminhem na mesma direção, em busca do mesmo alvo.
Níveis de Interação
Horizontal: realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico.
Diretor de
RH
Gerente
de Vendas
Recepção
• Gerente de vendas
Vendas
• Vendedor
Vendas
O feedback ajuda a comunicação, pois funciona como um mecanismo corretivo para o indivíduo que
quer aprender a ver se o seu comportamento condiz com as suas intenções, ou seja, compreender melhor
as lacunas na sua comunicação com os outros.
Comunicação Externa
A comunicação externa por outro lado, possui um caráter ainda mais institucionalizado e hierarquizado.
Isto acontece porque, nesses casos, há um segundo filtro dentro da organização – nem tudo que é
relevante para o público interno é para o externo. E, ao contrário da comunicação interna, que visa integrar
a equipe, a externa visa levar a organização ao conhecimento público, a ser vista e reconhecida como
tal. Essa comunicação se dá muitas vezes através do trabalho de assessoria de imprensa. A comunicação
externa é importante para a visibilidade de qualquer organização.
É muito importante que se associe o nome da empresa aos benefícios que a sociedade tem tido, por
meio das atividades da organização e de seu cuidado e preocupação com a coletividade, meio ambiente
. 48
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etc. Ou seja, não basta ter bons produtos e prejudicar a sociedade. A empresa tem que quebrar esse
paradigma e beneficiar a população.
Comunicação integrada
A comunicação integrada vai além. Pressupõe não apenas um diálogo produtivo, mas um
planejamento conjunto. O processo de tomada de decisões deve incluir outras instâncias da organização
que não as vinculadas especificamente à comunicação/marketing. Deve ser compartilhado, ainda que
haja um chefe, um superintendente ou diretor geral a que todos se reportam.
O resultado da comunicação integrada é uma imagem institucionalizada bem mais alinhada e mais
global, evidenciando cada setor da corporação, suas atividades e especificidades. E, ainda que seja algo
novo no mercado, esta não é apenas uma opção, mas uma necessidade e um diferencial em uma
organização, isto é, uma tendência que aponta para o futuro.
BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO 33
As pesquisas indicam que as falhas de comunicação são as fontes mais frequentemente citadas de
conflitos interpessoais. Como as pessoas passam cerca de 70 por cento de suas horas se comunicando
— escrevendo, lendo, falando, escutando, parece razoável afirmar que uma das principais forças que
podem impedir o bom desempenho de um grupo é a falta de uma comunicação eficaz.
Segundo Lopes (2004), as barreiras na comunicação podem estar presentes em todo e em qualquer
processo de comunicação. Pode-se dizer que é mais provável que ocorra interferência quando a
mensagem é complexa, provoca emoções ou se choca com o estado mental do receptor. Dessa forma,
faz-se necessário descrever, de modo sucinto, alguns aspectos que interferem:
- Semântica: está relacionado ao significado diferente que as pessoas vinculam às palavras, nesta
situação, é provável que um sujeito atribua um significado errado a uma palavra ou a uma comunicação
não-verbal.
- Filtragem da informação negativa: ocorre principalmente de baixo para cima e tende a filtrar os
efeitos negativos para não desagradar aos superiores. Além disso, a filtragem ocorre quando há um
histórico de punições por parte da gerência executiva com os portadores de más notícias e também
quando uma mensagem é passada por várias pessoas, causando perda de informações e distorções da
mensagem original.
- Credibilidade do transmissor: é um dos elementos fundamentais para uma liderança eficaz. Quanto
mais confiável for a fonte ou transmissor, maior será aceitação da mensagem.
- Sinais misturados: estão intimamente associados à postura do gestor e àquilo que ele enuncia, ou
seja, é necessário apresentar coerência entre o que ele fala e como se comporta.
33
LOPES, Fabiana Mendonça. Aspectos sociológicos do comportamento organizacional com foco nos processos de liderança, motivação, comunicação: um estudo
de caso nas empresas do grupo Fortes de Serviço. Trabalho de Conclusão de Curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, 2004.
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Para superar todas estas barreiras deve-se:
-esclarecer as ideias antes de comunicá-las, o que evita distorções na semântica;
-motivar o receptor “prendendo” sua atenção no momento da transmissão da mensagem de modo a
apelar para seus interesses ou necessidades;
-discutir as diferenças dos padrões de referência de forma a saber e entender que as pessoas têm
paradigmas diferentes que interferem no modo como elas interpretam os acontecimentos;
-transformar a comunicação informal numa aliada e fazer com que encontros casuais dentro da
organização se transforme num canal positivo, além de aproximar a direção de sua equipe de trabalho;
comunicar os sentimentos implícitos nos fatos, o que proporciona maior força e convicção à mensagem;
-tomar cuidado com o comportamento não-verbal, dar o feedback de maneira a fazer perguntas,
encorajando o receptor a demonstrar suas reações, sendo fundamental também ouvir para saber se a
mensagem foi realmente entendida, ou melhor, se o transmissor da mensagem fez-se entender (LOPES,
2004).
Portanto, para obter melhores resultados no processo da comunicação é necessário saber ouvir, falar,
ter habilidade para transmitir uma mensagem utilizando linguagem adequada, e possuir também
habilidade de leitura e compreensão.
A comunicação eficiente é muito mais do que o emprego de uma mesma linguagem, uma vez que
envolve identificação, reconhecimento e respeito às diferenças entre indivíduos no que se refere aos
modos de pensar, sentir e agir.
Por meio do processo de comunicação organizacional é possível encorajar ideias, diálogos, parcerias,
mudanças e envolvimento emocional, pois as relações interpessoais são a alma da empresa, capazes de
gerar um maior comprometimento de todos, para melhores índices de qualidade e produtividade.
USO CONSTRUTIVO
Conceito: A comunicação tem de ser canalizada para o lado construtivo, ajudando as organizações a
buscar respostas muito mais rápidas para as inquietudes ambientais e facilitando o convívio e a gestão
das pessoas com vistas em uma administração participativa e mais efetiva em seus resultados.
As empresas visando acrescentar seus lucros utilizam a comunicação para aumentar
consideravelmente suas vendas seja de produtos ou serviços. E conseguem não somente aumentar, mas
também melhora a sua marca. Há uma frase que é de grande importância que diz (a propaganda é a
alma do negócio). Por tanto a comunicação é muito importante em vários setores, em outros níveis de
comunicação nos informamos sobre tempo, notícias, sobre o que acontece ao nosso redor e na empresa
é importante ter uma boa comunicação até mesmo para informar a seus funcionários sobre seus
benefícios familiares, feriados entre outras comunicações34.
Questões
34
http://juliobattisti.com.br/tutoriais/lucineiagomes/som007.asp
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(B) transmissor é o meio ou aparelho que decodifica ou interpreta a mensagem, para oferecer um
significado percebido.
(C) destino é a pessoa, grupo ou organização que deve receber a mensagem e compartilhar do seu
significado. Para confirmar a comunicação, o destino ou destinatário deve proporcionar retroação ou
retroinformação.
(D) ruído é o termo que indica qualquer distúrbio indesejável dentro do processo de comunicação e
que afeta a mensagem enviada pela fonte ao destino.
(E) canal é o meio escolhido através do qual a mensagem flui entre a fonte e o destino. É o espaço ou
ambiente que medeia os elementos envolvidos no processo de comunicação.
06. (FINEP – Analista – CESGRANRIO) Públicos diferentes de uma empresa necessitam de atuações
distintas da comunicação.
Elas precisam, no entanto, ter um ponto em comum, a que se dá o nome de comunicação
(A) interna
(B) externa
(C) integrada
(D) institucional
(E) de marketing
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08. (INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO - ISGH – Recepcionista/2015) Sobre transmissão e recepção da
informação, podemos afirmar que:
(A) Canal é o meio de comunicação pelo qual se transmite a mensagem;
(B) Emissor é aquele que recebe a mensagem;
(C) Os dois itens acima estão corretos;
(D) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
Respostas
01. Resposta: E
Assim se dá o processo de comunicação: de um lado emissor, que codifica a mensagem e de outro o
receptor que a decodifica, conforme pode ser visto na figura do modelo do processo de comunicação.
Veja:
Fonte: também conhecido como emissor em doutrinas, é quem envia a mensagem.
Codificação: é a tradução do conteúdo em uma mensagem, é transformação informação em conteúdo
escrito.
Canal: meio utilizado para envio da mensagem - correio, fax, fala, etc.
Decodificação: é o ato de entender, de traduzir o conteúdo expresso no texto em uma ideia pelo
receptor, ou destinatário.
Receptor: quem lê a mensagem, esse é o destinatário final da mensagem.
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02. Resposta: B
O Transmissor é o meio ou aparelho usado para codificar a ideia ou significado através de uma forma
de mensagem.
03. Resposta: D
Questão simples de se resolver por eliminação e coerência: "Ela ajuda a compreender melhor a visão
do outro e a melhorar nossas relações com a família e os amigos. A comunicação enriquece nossos
conhecimentos e amplia nossa visão do mundo."
07. Resposta: C
Decodificação é a ação de transcrição, interpretação ou tradução de um código, também conhecida
como criptografia, (dado ou conjunto de dados em um formato desconhecido) de modo que possa ser
entendido pelo decodificador ou seu utilizador (para um formato conhecido, ou legível).
08. Resposta: A
O Canal é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.).
10. Resposta: E
A comunicabilidade é o termo correto, pois diz respeito a como os indivíduos se comunicam.
11. Resposta: C
Podemos perceber que trata-se de comunicação pois abarca a transferência de significados entre
membros, transmissão de informações e ideias, alcance de significados e compreensões, sendo
que muitos acidentes de avião ocorrem devido à falta de comunicação adequada.
12. Resposta: E
Utilize a explicação da questão 1, mesmo fundamento.
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Relações Públicas
As relações públicas35 têm a sua origem nos Estados Unidos com Ivy Lee, e podem ser definidas como
“o esforço deliberado, planeado e contínuo para estabelecer e manter o entendimento mútuo entre uma
organização e os seus públicos”
Herbert e Peter Lloyd. em “Effective Public Relations” mencionam uma definição mais ampla de Rex
F. Harlow. Veja a seguir:
“As relações públicas são uma função da administração distinta, que ajuda a estabelecer e manter
linhas mútuas de comunicação, entendimento, aceitação e cooperação entre a organização e os seus
públicos; envolve a gestão de problemas ou temas importantes; ajuda a administração a manter-se
informada sobre a opinião pública e pronta a responder perante ela; define e sublinha a responsabilidade
da administração em servir o interesse do público; ajuda a administração a ficar a par da mudança e a
usá-la, serve como um mecanismo de aviso prévio para antecipar modas; usa a pesquisa e uma
comunicação racional, sã e ética como ferramentas principais”.
No mesmo livro, a definição de Relações Públicas é a seguinte: “As relações públicas são a função da
administração que identifica, estabelece e mantém relações que beneficiem mutuamente a organização
e os vários públicos dos quais depende o seu sucesso ou fracasso”.
Assim, as Relações Públicas retomam a ideia original de Ivy Lee e exercem a função de ponte, canal
de comunicação, expressão e relacionamento entre as partes.
Trata-se de uma área que dentro e fora da organização, detém a responsabilidade de interligar a
empresa à realidade, sócio-político-econômica em que a mesma atua36.
Deve ser compreendida como uma ciência social aplicada que exerce função política e pode ser
caracterizada como área limite e multidisciplinar dentro das empresas, no que se refere às estratégias
que emprega para implementar os seus programas e para administrar o processo de comunicação
institucional.
A sociedade atual é marcada pelos meios de comunicação social e a velocidade cada vez maior das
comunicações. Hoje fala-se na sociedade de informação ou na sociedade em rede.
Defende-se o acesso à informação e ao conhecimento do modo mais rápido e eficiente possível. Isto
não se verifica só entre os membros da sociedade, mas entre as diferentes sociedades dos nossos dias,
ou seja, entre países, regiões e cidadãos.
As organizações têm uma nova responsabilidade em informar os seus públicos. É com este clima que
surgem as relações públicas como mecanismo de comunicação e gestão do relacionamento com os
públicos.
Hoje em dia os públicos exigem mais informação e processos menos burocráticos.
As empresas são sempre passíveis de gerar consequências tanto positivas quanto negativas, no meio
ambiente e no quadro onde atuam. Porém, os públicos envolvidos também podem, de forma organizada
ou não, gerar consequências sobre a aceitação da marca institucional e dos produtos/serviços que a
organização disponibiliza, inclusive com a possibilidade de sofrer consequências legais quando for o caso.
35
FIGUEIREDO, J. L. B. MARKETING E RELAÇÕES PÚBLICAS: DIFERENÇAS NUM MERCADO COMUM. UNIVERSIDADE DOS AÇORES Ponta Delgada
2013.
36
GRUNIG, J. e HUNT, T. (1984), Managing Public Relations, Holt. Rinehart e Winston, Nova Iorque.
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As Relações Públicas têm o papel de intermediar estes processos e estes relacionamentos, antes,
durante e depois dos fatos acontecidos, minimizando ou reforçando consequências, segundo os
interesses e objetivos da organização, o tanto quanto possível em harmonia com o interesse público.
Consequentemente, conclui-se que Relações Públicas, no país de nascimento, foi compreendida como
uma profissão parceira da manutenção da hegemonia americana e da apresentação do american way of
life ao restante mundo.
Hoje, no contexto de economia globalizada com que contamos, os fluxos e práticas da administração
moderna estariam paralisados e condenados à total ineficácia se as instituições públicas ou privadas não
tivessem canais confiáveis para se comunicar com seus públicos de interesse.
Os profissionais de Relações Públicas têm o papel de divulgar a informação necessária para a vida
em grupo, sem o qual cada indivíduo seria inapto para fazer a sua parte, cumprir o seu papel como
cidadão e como unidade social.
Assim, os profissionais de Relações Públicas devem criar e manter canais de comunicação em via de
mão dupla, proporcionando o fluxo de informação entre a organização e seus públicos tanto de fora para
dentro quanto de dentro para fora.
As Relações Públicas não são algo para se utilizar casualmente, pois devem ser parte integral da
estratégia e planejamento das organizações.
É uma profissão jovem. Esta função tem percorrido um longo caminho histórico na procura da imagem
da verdadeira profissão, mesmo depois do seu aparecimento, no século XIX, nas agências de publicidade,
atividades que eram vistas com certa desconfiança pela sociedade em geral.
Na origem da atividade, é comum que a prática da profissão simplesmente aconteça, com uma busca
de especialização que ocorre após a sua iniciação. Isto é prejudicial e fomenta a existência de uma
categoria não homogênea de profissionais habilitados que não detém um propósito teórico comum e
partem de um conhecimento fragmentado, construído a partir de necessidades particulares – o que sem
dúvida contribui para que as pessoas, ainda hoje, não tenham uma ideia clara do que são as Relações
Públicas.
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Plano de Relações Públicas
O instrumento de trabalho do Relações Públicas é o Plano de Relações Públicas que visa estruturar
os diversos elementos necessários para o desenvolvimento de uma estratégia de Relações Públicas
eficaz, que responda aos objetivos pretendidos pela organização37:
1) Caracterizar o ambiente de negócios;
2) Identificar objetivos: de negócios; de comunicação; de Relações Públicas (e estabelecer critérios e
parâmetros de avaliação para estes objetivos);
3) Público-alvo: identificá-lo; classificá-lo (consoante a sua relevância para a empresa e consoante os
objetivos atrás definidos);
4) Definir eixos de comunicação e as principais mensagens, de acordo com os objetivos e com os
públicos identificados e as suas características;
5) Definir ações;
6) Selecionar os meios com base em toda a informação recolhida;
7) Calendarizar e orçamentar as ações.
As Relações Públicas são uma função estratégica, ligada à administração e que desenvolve tarefas
básicas de assessoria à alta administração das empresas.
Por exemplo:
- formalização, divulgação e acompanhamento da utilização dos valores empresariais;
- definição estratégica do conceito empresarial;
- pesquisa de opinião junto dos diferentes segmentos do público, para definição do programa de
Relações Públicas (importante para conhecer a opinião dos stakeholders sobre a organização e o nível
de satisfação no relacionamento entre ambos, e assim colaborar para a análise da imagem institucional);
- assessorar e consciencializar a administração da empresa nos assuntos que envolvam relações com
os diferentes públicos;
- obter feedback dos diferentes públicos – corrigindo distorções e revendo novas posições para que
seja positivo (por exemplo, gestão de crises e conflitos);
- recomendar e promover a participação da empresa em assuntos de interesse público, entre outras.
37
Lindon, Denis; Lendrevie, Jacques; Lévy, Jullien; Dionísio, Pedro; Rodrigues, Joaquim. (2011) Mercator XXI – Teoria e Prática do Marketing. Alfragide: D.
Quixote.
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- Estratégia de distribuição e divulgação de material impresso institucional (ou promocionais) para os
diferentes públicos.
- Vídeos institucionais, Brindes e Donativos;
Questões
01. (CFA - Analista - Relações Públicas – IADES) O conceito "Relações Públicas é a atividade e o
esforço deliberado, planejado e contínuo para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma
instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja, direta ou indiretamente, ligada", foi
proposto
(A) pela Associação Brasileira de Jornalistas em 1970.
(B) pela Associação Brasileira de Relações Públicas, em 1955.
(C) pela Academia de Relações Públicas, em 1968.
(D) pela Associação Brasileira de Relações Públicas, em 1968.
02. (COMLURB - Técnico - Relações Públicas - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) É tarefa mais
importante do profissional de relações públicas nas relações com a imprensa:
(A) adquirir e manter a confiança dos jornalistas em relação à instituição
(B) enviar releases com informações que possam ajudar a empresa em casos de crise
(C) buscar quaisquer formas de manter a empresa sempre na mídia
(D) divulgar notícias que possam criar motivações positivas inconscientes no público
04. (IF-AP - Relações Públicas – FUNIVERSA/2016) A finalidade das pesquisas de opinião nas
relações públicas é
(A) identificar as preferências políticas dos seus colaboradores e assim desenvolver ações para melhor
influenciá-los.
(B) analisar a opinião dos concorrentes sobre a organização para, assim, diagnosticar pontos fortes e
fracos no ambiente externo.
(C) influenciar os colaboradores a apoiar os projetos de relações públicas e conseguir melhor adesão.
(D) medir as preferências em âmbito político-partidário dos consumidores para direcionar as ações de
lobby junto ao poder público.
(E) conhecer a opinião dos stakeholders sobre a organização e o nível de satisfação no
relacionamento entre ambos, e assim colaborar para a análise da imagem institucional.
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06 (MPS - Técnico em Comunicação Social – CESPE) O planejamento de relações públicas inclui o
planejamento de eventos.
( ) Certo ( ) Errado
07. (MPS Técnico em Comunicação Social – CESPE) De acordo com definição da Associação
Brasileira de Relações Públicas, a atuação das relações públicas no âmbito das relações com o governo
está baseada no estabelecimento de relações confiantes entre governo e governados. A esse respeito,
julgue o próximo item.
As relações públicas governamentais preocupam-se unicamente com a imagem das instituições.
( ) Certo ( ) Errado
Respostas
01. Resposta: B
Como visto anteriormente, esta foi a definição dada pela Associação Brasileira de Relações Públicas,
em 1955 para o termo Relações Públicas.
02. Resposta: A
Estabelecer um relacionamento sólido com a imprensa é uma das formas de estreitar laços com os
formadores de opinião. Ao divulgar informações relevantes, o profissional de Relações Públicas fortalece
a imagem institucional.
03. Resposta: A
Os profissionais de Relações Públicas têm o papel de divulgar a informação necessária para a vida
em grupo, sem o qual cada indivíduo seria inapto para fazer a sua parte, cumprir o seu papel como
cidadão e como unidade social. A atividade de Relações Públicas pode ser identificada como uma valiosa
estrutura subsidiária à educação e formação do sistema social. Deve estar claro que os profissionais de
Relações Públicas devem criar e manter canais de comunicação em via de mão dupla, isto é, devem
proporcionar o fluxo de informação entre a organização e seus públicos tanto de fora para dentro quanto
de dentro para fora.
04. Resposta: E
Trata-se de uma das tarefas básicas de assessoria à alta administração das empresas. É relevante
fazer pesquisa de opinião junto dos diferentes segmentos do público, para definição do programa de
Relações Públicas (a opinião dos stakeholders sobre a organização e o nível de satisfação no
relacionamento entre ambos deve ser considerada, e assim colaborar para a análise da imagem
institucional).
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manter linhas mutuas de comunicação, entendimento, aceitação e cooperação entre a organização e os
seus públicos; envolve a gestão de problemas ou temas importantes; ajuda a administração a manter-se
informada sobre a opinião pública e pronta a responder perante ela; define e sublinha a responsabilidade
da administração em servir o interesse do público; ajuda a administração a ficar a par da mudança e a
usá-la, serve como um mecanismo de aviso prévio para antecipar modas; usa a pesquisa e uma
comunicação racional, sã e ética como ferramentas principais”.
08. Resposta: B
Algumas das atribuições do profissional de relações públicas é: Assessoria e consultoria, pesquisa,
planejamento, cerimonial e protocolo.
3 Gestão da qualidade.
Gestão da Qualidade
Consideramos um produto de boa qualidade quando ele apresenta características que nos satisfazem.
De forma similar, quando um produto não apresenta um bom desempenho, dizemos que é de baixa ou
péssima qualidade.
Por muito tempo, a indústria considerou a conformidade com as especificações técnicas como único
parâmetro para boa qualidade. Podemos traçar um paralelo com a Administração Científica, que
enfatizava as tarefas e a padronização.
Felizmente, o conceito de qualidade e da gestão da qualidade evoluíram. Martins e Neto38 apresentam
essa evolução em quatro fases:
- Primeira fase:
Adequação ao uso
A qualidade referia-se à conformidade com as especificações técnicas. Acreditava-se que o projeto do
produto atendia às necessidades dos clientes.
Inspeção
A qualidade referia-se à uniformidade do produto. O departamento de inspeção inspecionava a
qualidade por meio de instrumentos de medição.
- Segunda fase:
Adequação ao uso
A qualidade era garantida por meio do projeto que assegurasse a satisfação das necessidades de fato
dos clientes e não aquilo que os projetistas pensavam ser. Entretanto, a adequação ao uso era obtida
basicamente por inspeção, o que elevava o custo da qualidade.
- Terceira fase:
Adequação ao custo
Focava a qualidade da conformidade, baseando-se nas reais necessidades dos clientes. Era
necessário obter alta qualidade combinada com baixos custos.
Garantia de qualidade
A qualidade deveria ser garantida por toda a cadeia de produção, desde o projeto até o mercado.
Todos os departamentos eram responsáveis por construir a qualidade, por meio de programas e sistemas.
38
Martins e Neto. Indicadores de desempenho para a gestão da qualidade total: uma proposta de sistematização.
http://www.dep.ufscar.br/admin/upload/ARTIGO_1148385976.PDF.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
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- Quarta fase:
Adequação às necessidades latentes
O foco da qualidade reside na concepção de produtos ou serviços que venham satisfazer aquelas
necessidades dos clientes, as quais eles ainda não têm plena consciência.
A gestão da qualidade fundamentou-se em diferentes abordagens, que deram origem a três escolas
distintas: americana, japonesa e europeia. A escola americana foi liderada por Juran e teve influência do
Taylorismo. A escola japonesa baseou-se nos princípios de Deming, que aplicava métodos estatísticos
e, ressaltava o respeito e a valorização do ser humano. A escola europeia baseou-se na padronização
estabelecida pela Norma ISO 9000, editada em 1987, que se transformou em padrão de referência para
a qualidade39.
Contexto
Joseph Moses Juran (1904-2008) nasceu na Romênia e mudou-se para os Estados Unidos em 1912.
Formou-se em engenharia elétrica em 1924, e fez uma excelente carreira na Western Electrical Company.
Após a Segunda Guerra Mundial, Juran iniciou sua carreira como consultor e dedicou-se ao estudo da
gestão da qualidade. Lecionou cursos de controle de qualidade na Universidade de Nova York e
promoveu seminários para executivos.
Em 1951, publicou a obra Quality Control Handbook, considerada como referência para todo gestor de
qualidade, despertou o interesse dos japoneses que, no período pós-guerra, preocupados com a
reconstrução de sua economia, convidaram-no para ensiná-los os princípios de gestão de qualidade.
Juntamente com William Edwards Deming é considerado o pai da revolução da qualidade do Japão e
um dos colaboradores na sua transformação em potência mundial.
Em 1979, funda o Juran Institute, uma das mais importantes consultorias de gestão de qualidade do
mundo. Mesmo após sua morte, em 2008, o instituto continua a auxiliar empresas na otimização da
qualidade, além de manter acessíveis as contribuições de Joseph Moses Juran.
39
Beluzzo e Macedo. A gestão da qualidade em serviços de informação: contribuição para uma base teórica. Ci. Inf., Brasília, 22(2): 124-132, maio/ago. 1993.
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A trilogia da qualidade segundo Juran envolve o planejamento, o controle e a melhoria da qualidade:
Planejamento da qualidade
1- Identifique os consumidores.
2- Determine as suas necessidades.
3- Crie características de produto que satisfaçam essas necessidades.
4- Crie os processos capazes de satisfazer essas características.
5- Transfira a liderança desses processos para o nível operacional.
Controle da qualidade
Processo de encontro das metas de qualidade estabelecidas durante as operações. É usado para
evitar ou corrigir eventos indesejáveis ou inesperados. Confere estabilidade e consistência.
Provar que o processo pode fabricar um produto sob condições de operação com o mínimo de
inspeção.
1- Avalie o nível de desempenho atual.
2- Compare-o com os objetivos fixados.
3- Tome medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto.
Melhoria da qualidade
1- Reconheça as necessidades de melhoria.
2- Transforme as oportunidades de melhoria numa tarefa de todos os trabalhadores.
3- Crie um conselho de qualidade, selecione projetos de melhoria e as equipes de projeto e de
facilitadores.
4- Promova a formação em qualidade.
5- Avalie a progressão dos projetos.
6- Premie as equipes vencedoras.
7- Faça publicidade dos seus resultados.
8- Reveja os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias.
9- Inclua os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa.
Crosby
Philip Crosby nasceu nos Estados Unidos em 1926 e pregava que a prevenção de problemas é
economicamente mais rentável do que ser competente para resolvê-los após ocorrerem. A ênfase deveria
ser na prevenção e não na inspeção.
• Zero Defeitos – Não significa que todos os produtos serão perfeitos. Representa que a Alta Direção
deverá assumir um compromisso de que se esforçará e fornecerá todas as condições necessárias para
que todos na organização busquem a conformidade com os requisitos já na primeira vez.
• Fazer certo na primeira vez – É mais economicamente vantajoso fazer certo logo na primeira vez
do que ter retrabalho refazendo o que foi feito de forma incorreta.
. 61
1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
Crosby propõe uma sequência de passos para a implantação de um programa de melhoria da
qualidade:
Feigenbaun
Armand Vallin Feigenbaun (1922-2014) destacou-se como um dos importantes pensadores da
qualidade. Nos anos 50, definiu o que seria o controle da qualidade total como um sistema eficiente para
a integração do desenvolvimento da qualidade, da manutenção da qualidade e dos esforços de
melhoramento da qualidade dos diversos grupos numa organização, para permitir produtos e serviços
mais econômicos que levem em conta a satisfação total do consumidor.
Destacam-se algumas de suas ideias sobre qualidade:
- É um instrumento estratégico para a organização.
- É uma filosofia de gestão, um compromisso com a Excelência.
- É o único objetivo da organização.
- A qualidade é determinada pelos clientes.
- Pressupõe trabalho em grupo.
- A qualidade exige o compromisso da Alta Direção.
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
- A qualidade exige empowerment (significa dar poder de ação aos escalões mais baixos da estrutura
organizacional, incentivando a autonomia e a descentralização. É importante frisar que indivíduos com
empowerment precisam conhecer a missão organizacional a fim de atingir os objetivos da instituição)40.
Contexto
O norte-americano William Edwards Deming (1900-1993) foi estatístico, professor universitário, autor,
palestrante e consultor. Deming foi responsável pela disseminação de muitas das técnicas de
gerenciamento da qualidade e colaborou com o desenvolvimento de indústrias japonesas no período do
pós-guerra.
Deming é amplamente reconhecido pela melhoria dos processos produtivos nos Estados Unidos
durante a Segunda Guerra Mundial, sendo, porém mais conhecido pelo seu trabalho no Japão. Em 1950,
ele ensinou altos executivos japoneses a melhorar o projeto, a qualidade de produto, o teste e as vendas
(este último por meio dos mercados globais) por meio de vários métodos, incluindo a aplicação de
métodos estatísticos como a análise de variantes e teste de hipóteses. Deming disse que a melhoria da
qualidade era o caminho para a prosperidade, por meio do aumento da produtividade, da redução de
custos, da conquista de mercados e da expansão do emprego. Também introduziu a ideia da corrente de
clientes, que começa nos fornecedores de insumos e termina no cliente final. Poucos anos depois da
passagem de Deming pelo Japão, a qualidade dos produtos japoneses já ameaçava os fabricantes
tradicionais.
Deming fez contribuições significativas para o Japão tornar-se notório pela fabricação de produtos
inovadores de alta qualidade. E foi o estrangeiro que gerou o maior impacto sobre a indústria e a economia
japonesa no século XX.
Os japoneses foram além das técnicas e criaram outra filosofia de administração da qualidade, também
chamada controle da qualidade total, definida por Kaoru Ishikawa: a qualidade é uma responsabilidade
de todos, coordenada e orientada por uma gerência de qualidade.
Princípios de Deming
Entre seus estudos, é importante conhecer os 14 princípios para a produtividade gerencial que visa ao
programa de melhoria contínua da organização. Seguem os princípios de Deming:
1. Criar e publicar para todas as pessoas os objetivos e propósitos da empresa quanto à melhoria do
produto ou serviço. A alta direção deve demonstrar constantemente seu total apoio ao programa.
2. A alta administração e todas as pessoas devem aprender e adotar a nova filosofia: não mais conviver
com atrasos, erros e defeitos no trabalho.
3. Conhecer os propósitos da qualidade, para melhorar os processos e reduzir os custos. Deve-se
investir na prevenção de defeitos, em vez de investir na correção.
4. Suspender a prática de fazer negócios apenas na base do preço.
5. Melhorar sempre e constantemente o sistema de produção e serviços, identificando e solucionando
problemas. A maneira como os produtos são fabricados e os serviços produzidos deve ser alvo de
constantes melhorias.
6. Instituir treinamento no trabalho. Deve-se treinar constantemente a força de trabalho, de modo a
valorizá-la e capacitá-la coma s metodologias e ferramentas mais adequadas ao sucesso da organização.
7. Ensinar e instituir liderança para conduzir pessoas na produção.
8. Eliminar o medo de errar. Criar a confiança e um clima para a inovação. Proporcionar um ambiente
no qual os colaboradores sintam-se seguros para contribuir com sugestões e críticas para a melhoria da
qualidade.
9. Incentivar grupos e equipe para alcançar os objetivos e propósitos da empresa.
10. Demolir as barreiras funcionais entre departamentos.
11. Eliminar exortações à produtividade sem que os métodos não tenham sido providenciados.
12. Remover as barreiras que impedem as pessoas de orgulhar-se do seu trabalho. Os colaboradores
que venham a se destacar e busquem contribuir de maneira significativa para a melhoria do desempenho
organizacional devem ser publicamente reconhecidos pelo seu empenho.
13. Encorajar a educação e o auto aperfeiçoamento de cada pessoa. Instituir um forte programa de
educação e auto aprimoramento.
14. Garantir a ação necessária para acompanhar essa transformação. Todos na organização devem
se empenhar para o sucesso das transformações em prol da qualidade.
Lilian Lima Quintão. Gestão de Pessoas. Administração Geral – Teoria e Exercícios.
40
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Também divulgou o “Ciclo de Shewhart”, um plano de ação para colocar em prática os 14 princípios,
e que ficou conhecido como “Ciclo de Deming”, que utiliza a sigla PDCA (Plan, Do, Check, Action), sua
tradução é (planejar, fazer, checar, agir) e tem como etapas:
-estudar um processo e planejar seu aprimoramento;
-implementar a mudança;
-observar os efeitos;
-estudar os resultados.
Os princípios da administração da qualidade evoluíram para a filosofia da qualidade total e espalharam-
se pelo mundo. Nesta fase, em vez de inspecionar os componentes e matérias-primas, os grandes
compradores decidiram exigir que os fornecedores os entregassem com sua qualidade assegurada ou
qualidade garantida. Para colocar essa ideia em prática, as empresas compradoras passaram a fazer a
auditoria do sistema da qualidade de seus fornecedores, em vez de fazer a inspeção de seus produtos
no momento da entrega. Assim, a qualidade total abrange também a qualidade assegurada.
A escola europeia baseia-se na norma ISO 9000, que diz respeito à gestão da qualidade. A norma ISO
9000 foi elaborada pela International Organization for Standardization (ISO), que é uma organização não-
governamental independente, conhecida mundialmente por desenvolver normas internacionais
voluntárias. Tem sede em Genebra, na Suíça, e está presente em 163 países-membros.
As normas Internacionais dão especificações de classe mundial para produtos, serviços e sistemas,
para garantir a qualidade, segurança e eficiência. E tornaram-se fundamentais para facilitar o comércio
internacional.
A família ISO 900041 aborda vários aspectos da gestão da qualidade e contém alguns dos padrões
mais conhecidos da ISO. Os padrões fornecem orientação e ferramentas para empresas e organizações
que querem garantir que seus produtos e serviços atendam às necessidades do cliente de forma
consistente, e com melhoria contínua da qualidade.
As normas da família NBR ISO 9000 foram desenvolvidas para apoiar organizações, de todos
os tipos e tamanhos, na implementação e operação de sistemas de gestão da qualidade. Vale dizer
que a série ISO 9000 é revisada a cada 5 anos.
O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso
dos diferentes países do mundo de forma a facilitar o comércio internacional.
Vamos entender um ponto importante aqui que costuma cair muito em questões de concurso:
Ela não é destinada a um "produto" nem para alguma indústria específica. Tem como intuito orientar a
implantação de sistemas de qualidade nas organizações.
A ISO 9000 é uma série de 4 normas internacionais para "Gestão da Qualidade" e "Garantia da
Qualidade". Assim, as normas da família ISO 9000 incluem:
d) ISO 19011 - Auditorias internas da qualidade e ambiental (provê guia para o gerenciamento e
condução de auditorias da qualidade e ambiental).
41
http://www.iso.org/iso/home/standards/management-standards/iso_9000.htm
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A ABNT NBR ISO 9001 é a versão brasileira da norma internacional ISO 9001 que estabelece
requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização, não significando,
necessariamente, conformidade de produto às suas respectivas especificações. O objetivo da ABNT NBR
ISO 9001 é prover confiança de que o fornecedor poderá fornecer, de forma consistente e repetitiva, bens
e serviços de acordo com o que está especificado nas normas.
Portanto, os requisitos são definidos para a gestão de uma empresa e não para a forma específica
como um produto deve ser composto e entregue, ela pode ser aplicável num restaurante ou numa fábrica
de peças para a indústria automotiva. Diferentes empresas poderão ter desempenhos e produtos
diferentes, mas mesmo assim ambas podem ser certificadas na norma ISO 9001.
Sendo assim, de modo geral, temos que uma dedicação42 contínua e consistente à qualidade em toda
a empresa não só melhora seus resultados, mas também reduz custos envolvidos com refugo, garantias
e atendimentos pós-vendas. A qualidade é definida como “a totalidade de traços e características de um
produto ou serviço relacionadas com sua capacidade de satisfazer necessidades declaradas ou
implícitas43.” Assim, um produto ou serviço de alta qualidade está de acordo com um conjunto
predeterminado de especificações e satisfaz às necessidades de seus usuários. Nesse sentido, a
qualidade é uma medida de satisfação do cliente com um período durante sua vida útil, em relação à
satisfação dos clientes com o que os produtos dos concorrentes podem oferecer. Note-se que o principal
critério é a percepção do cliente quanto a qualidade de dado produto ou serviço. Embora a conformidade
com um conjunto predeterminado de especificações seja necessária, a qualidade como é percebida pelo
comprador fornece a condição suficiente.
É importante frisar que a gestão da qualidade não precisa, necessariamente, implicar na adoção de
alguma certificação embora este seja o meio mais comum e o mais difundido, porém, sempre envolve a
observância de alguns conceitos básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem e devem ser
observados por qualquer organização.
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE
Focalização no cliente: qualquer organização tem como motivo de sua existência a satisfação de
determinada necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de um produto ou serviço. Portanto, o
foco no cliente é um princípio fundamental da gestão da qualidade que deve sempre buscar o atendimento
pleno das necessidades do cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação das expectativas
deste;
Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar e manter um ambiente propício para que os
envolvidos no processo desempenhem suas atividades de forma adequada e que se sintam motivadas e
comprometidas a atingir os objetivos da organização;
Envolvimento das pessoas: toda organização é formada por pessoas que, em conjunto, constituem
a essência da organização. Portanto, a gestão da qualidade deve compreender o envolvimento de todos,
o que possibilitará o uso de sãs habilidades para o benefício da organização;
Abordagem por processos: a abordagem por processos permite uma visão sistêmica do
funcionamento da empresa como um todo, possibilitando o alcance mais eficiente dos resultados
desejados;
Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na gestão da qualidade permite que os processos
inter-relacionados sejam identificados, entendidos e gerenciados de forma a melhorar o desempenho da
organização como um todo;
Melhoria contínua: para que a organização consiga manter a qualidade de seus produtos atendendo
suas necessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo suas expectativas), é necessário que ela
tenha seu foco voltado sempre para a melhoria contínua do seu processo e produto/serviço;
Abordagem factual para a tomada de decisão: todas as decisões dentro de um sistema de gestão
de qualidade devem ser tomadas com base em fatos, dados concretos e análise de informações, o que
implica na implementação e manutenção de um sistema eficiente de monitoramento;
Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a organização deve buscar o relacionamento
de benefício mútuo com seus fornecedores através do desenvolvimento de alianças estratégicas,
parcerias e respeito mútuo, pois o trabalho em conjunto de ambos facilitará a criação de valor.
42
Wright, Peter, Mark J. Kroll, John Parnell. Administração estratégica: conceitos. Atlas, 2007.
43
ANSI/ASQC. Quality Systems TErminology, American National Standard, A#-1987, 1987.
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Questões
05. (FIOCRUZ - Tecnologista em Saúde - Boas Práticas de Laboratório – FGV) Obter a certificação
ISO 9000 significa que o Sistema de Qualidade da Organização foi avaliado:
(A) por uma entidade independente reconhecida por um organismo nacional de acreditação, e
considerado de acordo com os requisitos da norma ISO 9001.
(B) internamente por auditores da empresa que consideraram a empresa apta a receber o certificado.
(C) por uma entidade ligada à empresa que considerou a empresa apta a receber o certificado.
(D) por uma entidade independente e a avaliação foi referendada por auditores internos que possibilita
assim a obtenção do certificado.
(E) duas vezes por duas equipes de auditores da própria empresa.
06. (TJ/AL - Técnico Judiciário – CESPE) Acerca da gestão da qualidade, assinale a opção correta.
(A) De acordo com o conceito de qualidade total proposto por Ansoff, o departamento de qualidade da
organização é responsável por assegurar a conformidade dos produtos e serviços.
(B) De acordo com Deming, para a promoção da qualidade, é essencial a criação de slogans e metas
para os colaboradores em que sejam estabelecidos níveis mais altos de produtividade e a não existência
de defeitos.
(C) Os princípios elencados por Deming incluem a elevação do nível de inspeção em massa da
produção para auxiliar os mecanismos de controle de qualidade.
(D) O método de administração da qualidade de Deming estimula um relacionamento de longo prazo
fundado na lealdade e confiança com um número reduzido de fornecedores.
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
(E) O controle estatístico é um mecanismo que garante a qualidade dos produtos e serviços
inspecionados.
07. (Prefeitura de Paulista/PE - Auxiliar de Serviços Gerais – UPENET) Constitui-se em elemento-
chave na qualidade da prestação de serviços
(A) total satisfação do cliente.
(B) formação superior para realizar subtarefas.
(C) redução de carga horária.
(D) envolvimento, apenas, do nível superior da gestão.
(E) estabelecimento de ações de curto prazo.
08. (TSE - Analista Judiciário - Área Administrativa – CONSULPLAN) A gestão da qualidade é um
dos pressupostos para que as organizações possam ter condições de sobreviver no mercado cada vez
mais competitivo. Deming (citado por ARAÚJO, 2001) definiu 14 pontos fundamentais que caracterizam
a gestão da qualidade total. Em relação a esses pontos, assinale a alternativa que NÃO corresponde a
uma característica da gestão da qualidade total.
(A) Inspeções e controle em massa não são formadores de qualidade, mas sim de custos.
(B) Critério do preço não é o único na escolha de materiais para a produção.
(C) Próprios funcionários devem ser capazes de criar suas “bandeiras da qualidade”.
(D) Erros são toleráveis, pois fazem parte do processo da curva de aprendizagem.
09. (ANVISA - Técnico Administrativo – CESPE) A gestão da qualidade estabelece que os recursos
humanos devem ser valorizados e entendidos como integrantes do sucesso da organização.
( ) certo ( ) errado
10. (ANVISA - Técnico Administrativo – CESPE) Na política da qualidade, desde que o produto final
atenda às especificações técnicas estabelecidas no processo produtivo, considera-se que o cliente está
satisfeito.
( ) certo ( ) errado
Respostas
01. Resposta: C
As principais contribuições de Juran foram na definição e organização dos custos da qualidade e no
enfoque da qualidade como uma atividade administrativa. Juran atribui a responsabilidade pela qualidade
final do produto ou serviço à função qualidade, que segundo Juran: "é o conjunto das atividades através
das quais atingimos a adequação ao uso, não importando em que parte da organização estas atividades
são executadas." Para garantir que a função qualidade seja executada de modo a atingir os melhores
resultados, Juran propôs uma trilogia de atividades: -Planejamento da Qualidade; -Controle da Qualidade;
-Aperfeiçoamento da Qualidade.
02. Resposta: D
Esta questão tem o intuito que o candidato diferencie as ferramentas apenas observando quem a criou
e mais tarde a utilizou. Mesmo que o candidato não soubesse dessa informação, poderia acertar ao
conhecer que o Ciclio PDCA também é conhecido por Ciclo de Deming, justamente por ele mais tarde
disseminar a ferramenta no uso de estatísticas e métodos de amostragem. O candidato também poderia
se apegar ao “melhoria contínua”, termo muito explorado ao tratarmos de Ciclo PDCA.
03. Resposta: E
Vamos observar aqui as etapas do Ciclo PDCA e verificar que o entendimento nesse ponto é muito
importante, pois sinônimos podem ser usados.
-Planejamento (PLAN): estabelecer objetivos, metas e meios para alcançá-los;
-Execução (DO): executar as atividades propostas no planejamento;
-Controle/verificação (CHECK/CONTROL): monitora, controla a execução e verifica o grau de
cumprimento do que foi planejado;
-Ação avaliativa/corretiva (ACT): identifica eventuais falhas e corrige-as, a fim de melhorar a
execução das atividades
04. Resposta: E
A expressão ISO 9000 designa um grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão
da qualidade para organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão. Sua função é a de
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
promover a normatização de produtos e serviços, para que a qualidade dos mesmos seja
permanentemente melhorada. Não fala do produto em si. Portanto, a letra “e” é o nosso gabarito.
05. Resposta: A
As demais alternativas não contemplam o que é necessário se fazer para obter a certificação ISO
9000.
06. Resposta: D
Ansoff sistematizou uma teoria de planejamento estratégico para empresas, com a criação do modelo
de planejamento estratégico em várias etapas, o qual foi útil para a compreensão e a geração de
estratégias de expansão do negócio: a matriz de Ansoff, ou matriz produto versus mercado. A partir das
posições de mercado existente ou novo, orientado às novidades mercadológicas crescentes, ou de
produtos existentes ou novos, orientados às novidades tecnológicas constantes, era possível
compreender as estratégias factíveis para cada organização ou unidade estratégica de negócio. (A) =
INCORRETA
Segundo Deming deve ser eliminada qualquer alusão a metas do tipo “zero defeitos”, pois, elas servem
apenas para causar inimizades e desmotivação uma vez que a maioria das falhas encontra-se nos
processos e não estão ao alcance da maioria dos trabalhadores. (B) = INCORRETA.
Deming defendia que a qualidade deve fazer parte do produto/serviço desde o início, ou seja, deveria
ser eliminada a necessidade de inspeção (que só detecta as falhas depois que elas já ocorreram). (C) e
(E) = INCORRETAS
Para Deming o mais importante na aprovação de orçamentos não deveria ser o preço, mas a
diminuição do custo total, para isso, deve-se desenvolver um fornecedor para cada matéria-prima ou
insumo de forma a tornar o relacionamento mais duradouro, confiável e leal. (D) = CORRETA.
07. Resposta: A
A razão de ser de uma empresa é o cliente. O foco da empresa é o cliente. Toda vez que uma questão
estiver falando do foco da empresa, das metas, objetivos, razão de ser, etc. e a opção colocar como
contraponto o cliente, saiba que essa será a alternativa (a menos que tenha algum absurdo nesta mesma
assertiva). Independentemente de tratar de serviços ou ainda que fosse de produtos, o elemento-chave
na qualidade sempre deve ser o cliente.
08. Resposta: D
A questão versa sobre os pontos de qualidade instituídos por Deming. O comando da questão solicitou
a marcação da alternativa que não corresponde a uma característica da gestão da qualidade total. A
alternativa A refere-se ao ponto III no que se refere ao fato de acabar com a dependência da inspeção
em massa e construir a filosofia de qualidade junto com o produto. Dessa forma eliminam-se custos
desnecessários com inspeções em massa. A alternativa B refere-se ao ponto IV no que tange ao fato de
cessar a prática de comprar apenas com base no preço. Deve-se, na verdade, minimizar o custo total. A
alternativa C refere-se ao ponto X que diz respeito à eliminação de slogans, exortações e metas para os
empregados, pedindo zero defeito e níveis altos de produtividade. O próprio empregado deve estabelecer
seus conceitos e filosofias da qualidade, o que é denominado “bandeiras da qualidade”. Portanto, essa
alternativa refere-se a permitir que o próprio empregado crie suas concepções de qualidade e participe
da implantação de sistemas, já que o principal problema de má qualidade e má produtividade encontra-
se no sistema fora do alcance da força de trabalho. A alternativa D não se refere a nenhum ponto
específico de qualidade definido por Deming.
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3.1 Qualidade em prestação de serviços: as dimensões da qualidade pessoal e
profissional.
FREE, 1987: “O atendimento das expectativas do cliente durante uma venda e na atividade pós-venda,
através da realização de uma série de funções que se equiparam ou que superam a concorrência de
forma a prover um lucro incremental para o fornecedor.”
RAMASWAMI (1996) Serviço pode ser entendido como “as transações de negócios que acontecem
entre um provedor (prestador de serviço) e uma receptor (cliente) a fim de produzir um resultado que
satisfaça o cliente”.
ZEITHAML E BITNER (2003) “Serviços são ações, processos e atuações” VARGO E LUSCH (2004)
Serviço é “a aplicação de competências especializadas (habilidades e conhecimento), por meio de ações,
processos e atuações para benefício de uma outra entidade ou de si próprio (autosserviço)”
Nas definições apresentadas, o serviço é entendido como uma atividade terciária, que unicamente
pode adicionar benefícios a um produto manufaturado. Algumas destas definições mencionam a
importância do cliente como parte essencial na produção e consumo do serviço, assim como as
características e os benefícios intangíveis dos mesmos.
Características
44
MALDONADO, M. U. Um Estudo sobre a Evolução e as Tendências da Gestão de Serviços. XXIX ENEGEP.
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produto da presença do cliente, obriga o sistema de operações de serviços a customizar o serviço para
cada cliente.
Pode-se citar ainda, como quinta característica: a Relação com os clientes – Geralmente os serviços
envolvem uma relação contínua com os clientes. Geralmente envolvem uma relação impessoal e breve,
embora a força e a duração das relações estejam crescendo.
Além disso, há uma sexta que é o Esforço do cliente - O cliente pode estar a par da produção dos
serviços. Já no caso de produtos ou bens, o envolvimento do cliente pode ser limitado a comprar o produto
final e usá-lo.
Por fim, temos a Uniformidade: Devido à inseparabilidade e ao alto envolvimento, cada serviço pode
ser único, com uma possível variação de qualidade.
Sistema de Operações de serviços - alguns autores como Chase et al. (2004) e Slack (2005)
reforçam que a divisão entre serviços e manufatura é dificilmente identificada. Entretanto, o sistema de
operações de serviços apresenta algumas diferenças dos sistemas de manufatura.
O resultado do serviço se refere ao benefício obtido pelo cliente no final do processo. O processo de
produção do serviço se refere a “como” o cliente recebe o serviço. A participação do cliente existe tanto
no processo quanto no resultado do serviço.
Por outro lado, segundo Gianesi e Correa (1994), o sistema de operações de serviço está separado
em: linha de frente (palco ou front-office) e retaguarda (back-office), ambos separados pela chamada
“linha de visibilidade” que representa as atividades que são visíveis para o cliente e as que não são.
As atividades no palco ou linha de frente (front-office) têm alto contato com o cliente, alto grau de
incerteza e variabilidade e são de difícil controle. Na linha de frente ocorrem as interações entre os clientes
e a empresa, podendo ser de tipo pessoal ou não-pessoal. O contato pessoal pode ser “face-a-face”,
como por exemplo na recepção da empresa, chamado direto, ou pode ser indireto (como por exemplo,
no atendimento por telefone). O contato não-pessoal se dá quando o cliente interage com equipamentos
ou ambientes físicos, como nos caixas automáticos dos bancos de varejo.
As atividades na retaguarda (ou back office) geralmente têm baixo contato com o cliente, pouca
incerteza e pouca variabilidade. As atividades de retaguarda servem de suporte para as atividades do
serviço que ocorrem na linha de frente. Estas atividades assemelham-se mais a processos de manufatura
pela maior facilidade de controle e padronização.
O sistema de operações deve contar com mecanismos de prevenção de erros ou falhas humanas
na execução do serviço, em especial na linha frente, onde a interação com o cliente eleva a probabilidade
de cometimento de erros.
Existem falhas tanto dos prestadores de serviço quanto dos próprios clientes. As falhas no prestador
de serviço ocorrem de três formas diferentes.
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
A primeira, denominada falha de tarefa, ocorre quando o serviço não atende as expectativas e
necessidades do cliente, incluindo problemas como a entrega de um serviço errado, de forma incorreta,
com demoras, etc.
A segunda, falhas no relacionamento com o cliente, ocorre no contato prestador-cliente, incluindo
problemas como falta de cortesia, profissionalismo e etc.
A terceira são as falhas com elementos tangíveis, que compõem problemas de limpeza das
instalações, controle de temperatura, iluminação e Ruídos entre outros.
As falhas advindas dos clientes podem ocorrer tanto na preparação, no encontro com o prestador e na
finalização do serviço. Em relação a falhas na preparação do serviço, a área de operações deve criar
mecanismos de prevenção de falhas relacionadas com o cliente por meio de comunicações prévias
informando sobre os elementos necessários do cliente para a efetiva prestação do serviço. Para prevenir
falhas durante a prestação de serviço, a empresa deve comunicar periodicamente aos clientes sobre as
etapas do processo e sobre outros requerimentos do mesmo. Em relação as falhas na finalização do
serviço, os feedbacks dos clientes são perdidos e mal codificados; sendo assim, a empresa deve
assegurar que ao final do serviço o pessoal de linha de frente obtenha o feedback da forma menos
ambígua possível, evitando ruídos no fluxo de comunicação.
Tanto nas falhas produzidas pelos prestadores quando nas falhas dos clientes, observa-se que a
comunicação possui um papel importante, facilitando a transmissão de mensagens verbais e não-
verbais, além de reduzir a possibilidade de falhas no processo e no resultado. E ainda, a empresa pode
se aproveitar dos mecanismos de prevenção de falhas para elevar a imagem da mesma ao apresentar
por adiantado os requerimentos necessários do cliente, como por exemplo, entregando ao cliente um
grau mais elevado de confiabilidade do serviço.
A classificação dos serviços depende de vários fatores que afetam o sistema de operações do serviço,
como:
a) ênfase dada as pessoas ou a equipamentos no processo;
b) grau de contato com o cliente;
c) grau de participação do cliente no processo;
d) grau de personalização do serviço;
e) grau de julgamento pessoal dos funcionários; e
f) grau de tangibilidade do serviço.
Estas características apontam para três categorias de serviços: Serviços Profissionais, Loja de
Serviços e Serviços de Massa.
. 71
1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
Figura - Matriz variedade de classificação dos processos de serviços
Os serviços profissionais são considerados de alto contato (presença física) com cliente. Nos
serviços profissionais, o cliente busca no prestador de serviço uma capacitação que não dispõe, como no
caso dos serviços jurídicos e médicos. O número de clientes que este sistema de operações processa é
pequeno e o serviço é personalizado.
A loja de serviços é o sistema de operações intermediário entre os serviços de alto grau de contato
com o cliente, os profissionais, e os serviços de massa. Nesta classificação, encontram-se os serviços de
alimentação e hotelaria, onde o valor do serviço é agregado tanto no front-office quanto no back-room.
Já os serviços de massa são serviços pouco personalizados, com baixo grau de contato com o cliente,
e as operações são realizadas praticamente no back-room. Nestes tipos de serviços, existem um alto
grau de padronização, uma vantagem para se aproximar de um sistema de operações de manufatura.
Vale ressaltar que estas três categorias não são delimitadas claramente, existindo serviços que
podem ser encaixados em mais de uma, produzindo uma dificuldade para determinar em alguns casos
para que tipo de serviço uma determinada operação deve ser projetada.
O Pacote de serviços - toda organização produz um composto de bens e serviços que resulta num
pacote oferecido ao cliente. Em organizações de serviços, a identificação do pacote oferecido é dificultada
pelas características de intangibilidade das mesmas.
O pacote de serviços de uma empresa está constituído por todos os elementos que compõem o
serviço, que podem ser classificados em: instalações de apoio, bens facilitadores, serviços implícitos e
os serviços explícitos. As instalações de apoio, em geral, suportam a prestação do serviço e podem ser
instalações, infraestrutura, equipamentos, e etc. Na prática são evidências físicas do serviço e tem uma
alta influência na percepção de qualidade do serviço pelo cliente. Os bens facilitadores são elementos
físicos que brindam uma evidência explícita do serviço e que são consumidos ou utilizados pelo cliente
durante a prestação do mesmo. As evidências físicas têm por objetivo a tentativa de tangibilizar o serviço
e, dessa forma, influir positivamente na avaliação final feita pelo cliente. Os bens facilitadores também
possibilitam comunicar a marca da organização, pois por meio dos elementos físicos levados pelo cliente,
cria-se um entendimento comum sobre o que é oferecido pela empresa e sobre o que o cliente espera
obter de benefício do serviço. No caso dos serviços explícitos, destaca-se os benefícios obtidos pela
prestação do serviço. Os benefícios explícitos são claramente percebidos pelo cliente, como por exemplo,
a energia elétrica fornecida pela empresa distribuidora de energia e o seu uso em diferentes aparelhos
elétricos. Já os serviços implícitos referem-se aos benefícios psicológicos que o cliente pode obter com a
prestação do serviço, relacionados com as experiências vividas; estão fortemente relacionados com o
posicionamento da marca, uma vez que em operações de serviço a intangibilidade do pacote oferecido
obriga o cliente a criar associações psicológicas com benefícios também intangíveis. Os serviços
implícitos são frequentemente negligenciados em favor dos serviços explícitos.
A gestão dos serviços tem evoluído principalmente nos últimos cinquenta anos, e a importância do
setor de serviços nas economias do mundo fazem com que esta tendência de crescimento acentue-se
nos próximos anos.
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
- Melhoramento de eficiência por meio de melhores tecnologias: Durante o projeto de produtos de
manufatura é comum a avaliação de cenários até o produto final. Porém, a natureza intangível dos
serviços torna mais difícil avaliar e justificar as possibilidades de implementação do projeto. Enquanto no
projeto de bens é comum a construção de modelos físicos que materializam as ideias concebidas, o
projeto de serviços pode contar com as técnicas de simulação.
-O serviço como uma experiência: Atualmente, os clientes procuram serviços que atendam
necessidades além daquelas relacionadas com o próprio serviço. Esta tendência se relaciona ao fato de
que os clientes também querem levar experiências agradáveis e memoráveis dos serviços além da sua
função básica.
Entre exemplos deste tipo de serviço, pode-se citar parques temáticos ou cafeterias ambientalizadas,
onde os fornecedores destes serviços começam a perceber que existem vantagens competitivas ao
oferecerem experiências junto com as funções básicas dos seus serviços. Um dos fatores relevantes são
as novas tecnologias e seu uso no desenvolvimento de produtos mais competitivos.
Questões
02. (UNIFESP – Administrador - CAIP-IMES) São características dos serviços, que afetam
enormemente a elaboração de programas de marketing, exceto:
(A) Imperecibilidade.
(B) lntangibilidade.
(C) Variabilidade.
(D) lnseparabilidade.
03. (IFC/SC - Assistente Administrativo – IFC) O setor de serviços é um dos que mais cresce. A
prestação de serviços pode ser identificada pelo conjunto de características:
(A) Perecibilidade, intangibilidade, inseparabilidade, relações com os clientes, esforço do cliente e
uniformidade.
(B) Tangibilidade, alta lucratividade, estocagem, relações com os clientes, perecibilidade e
uniformidade.
(C) Tangibilidade, separabilidade, perecibilidade, estocagem, movimentação e inseparabilidade.
(D) Alta lucratividade, separabilidade, uniformidade, tangibilidade, não perecibilidade e esforço do
cliente.
(E) Relações com os clientes, alta lucratividade, inseparabilidade, movimentação, esforço do cliente e
uniformidade.
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04. (Prefeitura de Balneário Camboriú – SC - Assistente Administrativo – FEPESE) Entende-se
por serviços:
(A) Produto da atividade técnica que, sem assumir a forma de um bem material, não satisfaz uma
necessidade.
(B) Produto da atividade humana que, sem assumir a forma de um bem material, não satisfaz uma
necessidade.
(C) Produto da atividade política que, sem assumir a forma de um bem material, não satisfaz uma
necessidade.
(D) Produto da atividade social que, sem assumir a forma de um bem material, não satisfaz uma
necessidade.
(E) Produto da atividade humana que, sem assumir a forma de um bem material, satisfaz uma
necessidade.
05. (METRÔ/DF - Operador Metro ferroviário Junior – IADES) Com relação à qualidade na
prestação de serviços, sugere-se que
(A) sejam criadas expectativas nos clientes sobre os serviços fornecidos, para que depois sejam
cumpridas ou não.
(B) seja mensurado o grau de satisfação dos clientes, não sendo necessário medir o dos funcionários.
(C) os funcionários se adaptem ao tratamento ao cliente, para cada nível de formalidade.
(D) seja criado um processo de solução de problemas no qual cada funcionário saiba de uma etapa
única do processo.
(E) os funcionários não se familiarizem com a estrutura organizacional, mas conheçam os serviços
prestados.
06. (Prefeitura de Bela Vista de Minas - Contínuo – FUNDEP) Sobre a qualidade na prestação de
serviços públicos, é INCORRETO afirmar que:
(A) um serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente de forma confiável, acessível, segura
e no tempo certo as necessidades do cliente.
(B) o cliente não determina a qualidade de um serviço ao examinar se o funcionamento efetivo deste
atende às suas necessidades.
(C) o cliente interno ou externo não compra simplesmente um serviço; ele compra o benefício que
espera obter dele.
(D) o valor para o cliente é o benefício percebido de um serviço para determinar se ele vai comprar ou
não esse serviço.
07. (SEAP/DF - Técnico – IADES) Com relação à qualidade em serviços, é correto afirmar que
significa entregar
(A) serviços de qualidade, atendendo perfeitamente, de forma confiável, acessível, segura e no tempo
certo, o que os clientes esperam.
(B) serviços bons, independentemente do que os clientes esperam.
(C) um conjunto de características nos serviços, que atendam parcialmente as expectativas dos
clientes.
(D) um serviço que atenda as expectativas da empresa e dos consumidores, de maneira a encontrar
o equilíbrio entre esses pontos.
(E) serviços que consigam aliar custos baixos a atendimento parcial das expectativas dos clientes.
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(E) o cliente atua no final do processo produtivo
11. (BADESC - Analista Administrativo – FGV) Com relação às inovações no setor de serviços,
analise as afirmativas a seguir.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
12. (CMB – Analista – CESGRANRIO) Sobre o gerenciamento de níveis de serviços, afirma-se que
(A) o cliente não é envolvido nesse processo, que é executado internamente.
(B) o desenho das metas de serviços é um fator chave nesse processo.
(C) a qualidade do portfólio de serviços está desvinculada desse processo.
(D) a satisfação dos clientes é inversamente proporcional ao atingimento dos níveis de serviço.
(E) as reuniões de revisões de serviços devem ser mensais.
Respostas
01. Resposta: B
Como vimos, a intangibilidade essa é uma das características dos serviços. Pode ser verificada pelo
fato dos serviços serem experiências que o cliente vivencia na hora da prestação do serviço. Esta
característica dificulta as operações do sistema porque o produto oferecido pela organização não é físico.
02. Resposta: A
Perecibilidade = aquilo que acaba, que não pode ser estocado, como é o caso dos serviços. A
imperecibilidade não é característica dos serviços, pois eles são perecíveis. Deste modo, a única incorreta
é a letra A.
03. Resposta: A
Este é o conjunto de características que foi tratado anteriormente. Esta é uma questão que exige
atenção por parte do candidato para não confundir com outra alternativa.
04. Resposta: E
Questão muito simples. Os serviços são realizados por pessoas, por profissionais qualificados para tal
serviço, logo, trata-se de uma atividade humana que, sem assumir a forma de um bem material, satisfaz
uma necessidade dos clientes. Facilmente já é possível excluir assertivas que afirmam que não
satisfazem uma necessidade, não faria sentido se não satisfizesse.
05. Resposta: C
a) Errada. As expectativas dos clientes devem ser cumpridas pela empresa.
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b) Errada. A satisfação dos funcionários também devem ser medidas e levadas em consideração.
c) Certa. A empresa (direção, gerentes, funcionários e etc) deve adaptar-se ao cliente, para cada nível
de formalidade (relacionamento, atendimento pós-venda e etc).
d) Errada. O conhecimento amplo das etapas de produção de cada funcionário é uma das premissas
da gestão da qualidade.
e) Errada. Os funcionários devem familiarizar-se com a estrutura organizacional da empresa.
06. Resposta: B
Obviamente o cliente consegue determinar se existe qualidade ou não de um dado serviço ao examinar
se o funcionamento efetivo deste (se o resultado obtido) atende às suas necessidades. A partir do
momento que não atendeu as suas necessidades, segundo o prometido, o cliente julgará estar
insatisfeito. As demais assertivas estão corretíssimas.
07. Resposta: A
A Alternativa revela que a assertiva é pura cópia do entendimento de um teórico, pois Campos (2004)
sintetiza o conceito de qualidade nos seguintes termos: “um produto ou serviço de qualidade é aquele
que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às
necessidades do cliente”. Isso significa para o mesmo: um projeto perfeito; sem defeitos; baixo custo;
segurança do cliente, entrega no prazo certo, no local certo e na quantidade certa. Observe que a questão
visou derrubar mesmo os candidatos, pois tendo o termo “perfeitamente” na assertiva, muitos candidatos
já eliminam por considerar uma resposta extremista e radical demais. Entretanto, ela se baseou em um
fundamento teórico e não pode ser questionado isso. Portanto, essa é a assertiva mais correta e é
importante que você candidato fique atento a algumas definições clássicas, pois muitas vezes elas são
usadas de maneira literal nas questões e você pode facilmente reconhecer a assertiva correta a partir
disso. A questão anterior, inclusive, trouxe essa mesma definição em sua assertiva “a” em que julgamos
também como correta. Ou seja, fique atento, pois as bancas gostam de usar afirmações desse tipo que
enganam muitos candidatos.
08. Resposta: B
Os serviços, devido a sua característica de intangibilidade, não podem ser estocados, nem
patenteados, não podem ser dispostos ou deslocados rapidamente e são difíceis de ser precificados.
09. Resposta: A
Este é um ponto bem explorado em serviços por parte das bancas. Veja que já havia uma assertiva
afirmando na questão anterior que “a produção e o serviço são simultâneos e não há como definir onde
termina um e inicia o outro”. É exatamente isso!! Guarde que na prestação de serviço quando essa está
em sua fase de produção ela já passa a ser consumida.
10. Resposta: A
(A) Correta.
(B) “A melhoria contínua de processo é um método de alto custo para criar ou melhorar métodos de
trabalho”. Este é o erro, pois não deve ser visto como alto custo melhorias que são necessárias e que
podem ser realizadas com pequenos ajustes contínuos.
(C) “A administração deve reconhecer que o investimento em uma boa estrutura deve ser prioritário
frente à necessidade de maximizar o potencial de trabalhadores flexíveis e motivados”. Maximizar
o potencial dos trabalhos não deve ser visto como inferior à boa estrutura na gestão de serviços
(D) “A melhoria do processo é de responsabilidade do alto escalão gerencial”. É responsabilidade
de todos na organização, todos devem estar envolvidos, precisa ser algo participativo e que todos
entendam o porquê.
(E) “O envolvimento de equipes, no processo de melhoria contínua, deve ser evitado, pois existe a
necessidade de uma avaliação mais individualizada”. Absurdo evitar o envolvimento de equipes.
11. Resposta: E
Todas as proposições estão corretas, pois é possível aproveitar o conhecimento sobre produtos e
tecnologias e somá-los ao conhecimento das necessidades dos clientes para criar a base para a inovação
em serviços, que envolvem também os processos de migração e adaptação de competências
notadamente identificadas em inovação em produtos para inovação em serviços.
A inovação de natureza organizacional são para promover eficiência e responsabilização, que incidi
sobre a eficiência na gestão estimulando a redução ou aumento da autonomia decisória que gera
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despesas e custos. Se num ambiente organizacional se tem baixa responsabilização essas decisões são
tomadas sem parâmetro gerencial e sem a informação sobre os custos das diferentes opções disponíveis.
Nas situações em que essas opções estão disponíveis, ocorre considerável resistência em adotá-las em
razão da cultura técnica da autonomia decisória da área em que atua a empresa.
12. Resposta: B
O desenho das metas de serviços é um fator chave nesse processo, a fim de se saber o que se deve
entregar ao cliente de modo que o satisfaça, considerando as possiblidades da organização e os seus
recursos escassos. De toda forma, primeiramente cabe uma definição com relação às metas que se
deseja alcançar.
Em uma pesquisa sobre os fatores que determinam a qualidade dos serviços, Kotler (1998)
demonstrou cinco itens importantes para a realização desta avaliação.
Vamos agora analisar a contribuição de cada um destes fatores, apresentados de acordo com sua
ordem de importância.
1. Confiabilidade
O primeiro fator na determinação da qualidade de serviços é a confiabilidade. Este fator determina a
credibilidade obtida pela empresa no processo de interação com o cliente.
Para que o cliente perceba a credibilidade e a empresa possa obter vantagem em relação a este fator,
a empresa deve dar atenção na hora de desenvolver novos produtos ou serviços (ou mesmo analisando
os já existentes), de apenas prometer e comunicar par cliente as características as quais ele possa
entregar, dentro dos termos também acertados entre as partes.
2. Capacidade de Resposta
O segundo fator determinado por Kotler (1998) é a capacidade de resposta da empresa. No processo
de prestação de serviços, por envolver a situação da interatividade (já descrita no tópico anterior, dos
tipos de marketing), o cliente gera uma expectativa mais rápida de resposta.
Nesta situação a empresa deve então criar uma estrutura que possua múltiplos canais de contato com
os clientes (Serviço de Atendimento ao Cliente, site, email), e que estes canais permitam não só que o
cliente entre em contato com a empresa sempre que conveniente, mas principalmente que a empresa
seja capaz de responder a estas requisições rapidamente, e também com um serviço de qualidade, que,
novamente, venha a atender às expectativas dos clientes.
3. Segurança
Kotler (1998) descreve um terceiro fator, que seria a segurança do cliente em relação ao serviço
prestado, ou seja, avaliar de que maneira a empresa apresenta, por parte dos clientes, o conhecimento
de seus produtos, a cortesia dos funcionários, e principalmente a capacidade destes em inspirar confiança
e responsabilidade para o cliente que contrata o serviço.
4. Empatia
O quarto fator, para Kotler (1998), é chamado de empatia, que diz respeito ao cuidado e atenção que
é dado para cara um dos consumidores.
No aspecto da empatia é importante que seja dada atenção individualizada aos clientes, pois a
tendência atual é o foco na customização e personalização, ou seja, os clientes aguardam um
atendimento específico.
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5. Tangibilidade
E o último fator, dentre os mais presentes na determinação da qualidade em serviços é então a
tangibilidade, que, de acordo com Kotler (1998) representa "a aparência das instalações físicas,
equipamentos, funcionários e materiais de comunicação".
Excelência em Serviços
Após a apresentação e discussão dos fatores determinantes para a qualidade em serviços, serão
discutidos agora aspectos que contribuam para a excelência em serviços.
Num mercado internacional, altamente competitivo como hoje em dia, as empresas não podem se
satisfazer apenas com a qualidade, mas devem buscar constantemente a excelência na prestação de
serviços.
Kotler (1998) afirma que "a chave é atender ou excede as expectativas de qualidade dos consumidores
alvo. Suas expectativas são formadas por experiências passadas, divulgação boca a boca e propaganda
da empresa de serviços".
Assim, vamos discutir agora alguns dos aspectos que, de acordo com vários estudos (KOTLER, 1998),
são práticas comuns de empresas com níveis de excelência em serviços.
Concepção Estratégica
As empresas que realizam estes serviços de alto padrão de qualidade são "obcecadas pelos
consumidores". As empresas compreendem precisamente seus consumidores-alvo, e conhecem as
necessidades que estão tentando satisfazer.
Assim, para Kotler (1998), as empresas com excelência em serviços constroem uma estratégia
exclusiva para satisfazer a essas necessidades, e conquistam a lealdade dos consumidores.
Padrões Rigorosos
Além da concepção estratégica e do comprometimento da alta gerência, as empresas com excelência
na prestação de serviços estabelecem padrões de qualidade altamente elevados.
Kotler (1998) cita como exemplo o Citibank, que estabelece como meta responder às ligações
telefônicas dos clientes em no máximo 10 segundos, ou a SwissAir (companhia aérea suíça), que define
como meta que 96% dos seus passageiros avaliem os serviços da empresa como bons ou superiores.
Os padrões devem ser propositalmente altos. Em alguns casos, um padrão de qualidade de 98% pode
parecer muito bom, mas para uma empresa como a Federal Express (que trabalha com transporte de
cargas e entregas rápidas), isso significaria deixar de entregar 64.000 pacotes por dia. (KOTLER, 1998)
Existem então as empresa que podem ser classificadas com aquelas que oferecem serviços
meramente bons, e aquelas que oferecem serviços ótimos, com a busca de 100% de qualidade, ou zero-
defeito.
Sistemas de Monitoramento
Após os aspectos estratégicos e gerenciais, existem também aspectos táticos e operacionais que são
desenvolvidos pelas empresas com excelência em serviços.
Essas empresas fazem avaliação de desempenho regularmente (ou até continuamente), tanto de seus
próprios serviços, como os de seus concorrentes. Usam vários instrumentos para mensurar o
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
desempenho, como: "comprador-fantasma" (profissional disfarçado de cliente), pesquisa junto a
consumidores, formulários de sugestões, equipes de controle de qualidade e "carta ao presidente".
Com estes múltiplos canais, principalmente com as facilidades trazidas pela democratização das
comunicações através da internet, fica fácil para a empresa obter as informações necessárias para
acompanhar a satisfação de seus clientes em relação aos serviços prestados.
Kotler (1998) afirma que, possuindo mecanismos de feedback, as empresas podem precisar reavaliar
crenças e hipóteses antes consideradas como verdades absolutas, e como consequência mudar a
maneira como os serviços são produzidos e entregues.
Para uma empresa orientada para os clientes, a não existência destes mecanismos torna inviável a
busca pela excelência em serviços.
Como consequência desta busca, após levantar as informações através dos sistemas de
monitoramento e feedback, a organização precisa também criar mecanismos para atender às
reclamações destes clientes.
Kotler (1998) apresenta dados muito interessantes sobre estudos de satisfação. As pesquisas afirmam
que os clientes ficam insatisfeitos com suas compras em média 25% das vezes, mas apenas 5% destes
chegam a reclamar.
Dos 5% dos consumidores que reclamam, apenas 50% relatam que houve uma solução efetiva para
seus problemas. No entanto, a necessidade de solucionar os problemas de um consumidor, de tal maneira
que ele se sinta satisfeito é crítica.
Considera-se que, em média, um consumidor satisfeito fala sobre este produto para 3 pessoas, e que
um consumidor insatisfeito fala para 11 pessoas. Se cada um dos insatisfeitos falar proporcionalmente
com outras pessoas, o potencial desfavorável do boca a boca cresce exponencialmente.
É interessante citar que esta pesquisa foi realizada em 1998, antes do boom da internet mundialmente,
e que, hoje em dia, após a popularização das redes sociais (como o Facebook, por exemplo), o potencial
de um cliente insatisfeito torna-se consideravelmente maior.
Outro aspecto relevante para a excelência na prestação de serviços é a preocupação não só com a
relação da empresa com seus consumidores, mas também da sua relação com os funcionários.
Assim, o foco de uma empresa prestadora de serviços não deve ser apenas a satisfação dos
consumidores, mas também a satisfação daqueles responsáveis por atender às necessidades dos
clientes, os funcionários da empresa.
Kotler (1998) afirma que funcionários insatisfeitos podem se tornar "terroristas".
No livro "O consumidor vem em segundo lugar" (The consumer comes second - sem tradução para o
português), de Rosenbluth e Peters, estes colocam que os funcionários da empresa é que devem se
sentir o número um, caso esta tenha interesse em satisfazer os interesses dos seus clientes.
Gerenciamento da Produtividade
E, por último, para garantir um grau de excelência em serviços, a organização deve também possuir
um grande foco na produtividade, e Kotler (1998) indica sete abordagens diferentes para melhorar a
produtividade dos serviços:
1 - Funcionários que trabalham com mais habilidade: a empresa pode melhorar a produtividade
utilizando-se de critérios adequados no processo de recrutamento e seleção;
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5 - Desenvolver um serviço mais eficaz: as clínicas de tratamento para deixar de fumar reduzem a
necessidade de serviços médicos muito caros no futuro.
6 - Apresentar aos consumidores incentivos para que façam algum trabalho que é
responsabilidade da empresa: por exemplo, os correios cobram menos da empresa que já separa as
cartas por região.
7 - Aproveitar o poder da tecnologia: um exemplo são as empresas aéreas que passaram a vender
mais de 90% das passagens através da internet. Hoje em dia, os avanços da tecnologia têm permitido
um crescimento exponencial na produtividade das empresas e das pessoas.
Documento aprovado por uma instituição reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo,
regras, diretrizes ou características para os produtos ou processos e métodos de produção conexos, e
cuja observância não é obrigatória.
Também pode incluir prescrições em matéria de terminologia, símbolos, embalagem, marcação ou
etiquetagem aplicáveis a um produto, processo ou método de produção, ou tratar exclusivamente delas.
As normas técnicas são aplicáveis a produtos, serviços, processos, sistemas de gestão, pessoal,
enfim, nos mais diversos campos e sua utilização é facultativa.
Usualmente é o cliente que estabelece a norma técnica que será seguida no fornecimento do bem ou
serviço que pretende adquirir. Isto pode ser feito explicitamente, quando o cliente define claramente a
norma aplicável, ou simplesmente espera que as normas em vigor no mercado onde atua sejam seguidas.
45
ABNT. http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e.
ABIMAQ. http://www.abimaq.org.br/site.aspx/Normalizacao.
Graziela Mônaco Vargas. ESTUDOS BÁSICOS SOBRE NORMALIZAÇÃO: origem, conceitos e organismos reguladores. Artigo apresentado como requisito para
aprovação na disciplina de Normatização de Documentos em junho de 2006, sob orientação da Profa. Samile Vanz.
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Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança (seja no fornecimento
de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação final), mas também podem estabelecer procedimentos,
padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a
maneira de medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.
No Brasil, as normas brasileiras (NBR) são elaboradas pela ABNT, e em cada país, normalmente,
existe um organismo nacional de normalização.
REGULAMENTOS TÉCNICOS
Um regulamento técnico é um documento, adotado por uma autoridade com poder legal para tanto,
que contém regras de caráter obrigatório e o qual estabelece requisitos técnicos, seja diretamente, seja
pela referência a normas técnicas ou a incorporação do seu conteúdo, no todo ou em parte.
Em geral, regulamentos técnicos visam assegurar aspectos relativos à saúde, à segurança, ao meio
ambiente, ou à proteção do consumidor e da concorrência justa.
OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO
Quando falamos em espaço da normalização, podemos considerá-lo um meio lógico para apresentar
como se forma uma norma.
É dividido em:
a) Assuntos e Domínios: toda norma aborda um assunto e como os assuntos se encontram em
número elevado agrupam-se eles em domínios;
b) Aspectos ou Tipos: requisitos e condições que devem ser seguidos na elaboração da norma;
c) Níveis: entidades produtoras de normas.
Elas podem ser, segundo Silva (1985): internacionais, regionais, nacionais, associações, empresas ou
individuais.
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Porém, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são apenas quatro níveis:
Internacional, Regional, Nacional e Empresa.
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO
- Nível empresarial (ou individual): normas elaboradas por uma empresa ou grupo de empresas
com a finalidade de orientar as compras, a fabricação, as vendas e outras operações.
Exemplo: Normas Petrobras ou procedimentos de gestão da qualidade.
- Nível nacional: normas elaboradas pelas partes interessadas (governo, indústrias, consumidores e
comunidade científica de um país) e emitidas por um Organismo Nacional de Normalização, reconhecido
como autoridade para torná-las públicas. Aplicam-se ao mercado de um país e, frequentemente são
reconhecidas pelo seu ordenamento jurídico como a referência para as transações comerciais.
Normalmente são voluntárias, isto é, cabe aos agentes econômicos decidirem se as usam ou não como
referência técnica para uma transação.
Exemplo: ABNT - Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ou DIN - Associação Alemã
de Normas Técnicas.
- Nível regional: normas técnicas estabelecidas por um Organismo Regional de Normalização para
aplicação num conjunto de países (uma região, como a Europa ou o Mercosul). São denominadas Normas
Regionais e aplicáveis ao conjunto de países representados no Organismo Regional.
Exemplo: AMN - Normas da Associação Mercosul de normalização ou CEN - Comitê Europeu de
Normalização.
O desenvolvimento de normas técnicas está cada vez mais ligado ao nível de competição
empresarial que vem ocorrendo no mundo.
As empresas não dependem mais da quantidade e do baixo custo de produção para terem sua
competitividade garantida. Agora há uma necessidade de se garantir a qualidade dos produtos, senão
corre o risco dessas empresas estarem fora do mercado.
Um mercado cada vez mais exigente e que prima pela segurança e confiabilidade. Segundo o site da
ABNT (2006, online): “A normalização é utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a redução
de custo da produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua qualidade”.
BARREIRAS TÉCNICAS
Barreiras técnicas, considerando o estipulado pela OMC – Organização Mundial de Comércio, são
barreiras comerciais derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos não-transparentes ou
não-embasados em normas internacionalmente aceitas ou, ainda, decorrentes da adoção de
procedimentos de avaliação da conformidade não-transparentes e/ou demasiadamente dispendiosos,
bem como de inspeções excessivamente rigorosas.
A declaração de conformidade do fornecedor refere-se a um conjunto de procedimentos estabelecidos
e reconhecidos que ele utiliza quando declara, de sua própria responsabilidade, que o seu produto está
de acordo com uma norma ou especificação técnica.
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para o comércio internacional, e o seu cumprimento significa contar com as melhores condições para
ultrapassar eventuais barreiras técnicas.
A ISO foi fundada em 1945 por uma comissão de 25 paises, incluindo o Brasil, eles queriam criar um
organismo mundial que tivesse o propósito de facilitar a coordenação internacional e a harmonização de
normas industriais.
Atualmente é composta por 149 países, em diversas regiões incluindo desenvolvidos,
subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
Tem aproximadamente 15000 padrões que promovem o alcance de benefícios para quase todos os
setores industriais, de negócios e tecnologia.
A ISO elabora e difunde as normas internacionais relativas a todos os domínios de atividades, deixando
a cargo da IEC as normas de teor eletroeletrônico.
No Brasil, tanto a IEC como a ISO são representadas pela ABNT. A ABNT é maior organização de
regulamentação técnica do Brasil. Foi fundada em 1940, “para fornecer a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro” (ABNT, 1998, p.18).
Dentre os vários objetivos, vale destacar o principal que é a elaboração e o incentivo do uso de normas
técnicas, mantendo-as sempre atualizadas. Para que uma nova norma seja aprovada ela precisa passar
pelo comitê referente à área desejada que irá analisar e formular um consenso entre consumidores e
produtores para logo em seguida entrar em votação nacional.
Com relação aos comitês, os dados mais recentes, encontrados no site da associação, são que a
ABNT possui 53 Comitês (ABNT/CB) e 3 Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS).
Questões
03. (MPU - Analista - Gestão Pública – CESPE) A respeito de normalização, julgue os itens
subsequentes.
O processo de elaboração de uma norma brasileira deve ser iniciado pelo governo federal, por
intermédio da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
( ) Certo ( ) Errado
Respostas
01. Resposta: C
No site da ABNT, tem-se que: Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas
existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção
do grau ótimo de ordem em um dado contexto.
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02. Resposta: Errado
A ISO é a sigla da Organização Internacional de Normalização (International Organization for
Standardization), com sede em Genebra, Suíça, e sua função é a de promover a normatização de
produtos e serviços em nível mundial. Destaca-se que as normas em questão foram traduzidas e
adotadas pela ABNT. A ABNT é um organismo de certificação credenciado pelo INMETRO, reconhecido
pelo governo brasileiro como Fórum Nacional de Normatização, além de ser um dos fundadores e único
representante da ISO no Brasil. Assim, Certificação – INMETRO; Normalização – ABNT.
Trabalho em Equipe46
Aumenta-se cada vez mais a necessidade do nível de excelência das organizações e, portanto, das
pessoas que as compõem. Para tanto, faz-se necessário, cada vez mais, propiciar o desenvolvimento
das competências pessoais e profissionais dos profissionais para dar conta dos desafios do trabalho, e
para garantir resultados eficazes que mantenham as organizações saudáveis e competitivas, no mercado
de trabalho.
Neste texto, enfatiza-se a Gestão de Pessoas e a necessidade do Trabalho em Equipe, como
alternativa para o desenvolvimento pessoal, profissional e para a maximização dos resultados
empresariais.
Grupo X Equipe
Mais evoluída do que o agrupamento e o grupo, a equipe é um grupo de trabalho cujos membros
sabem interagir de forma assertiva e produtiva, somando seus talentos individuais e lidando de forma
positiva com suas diferenças, atingindo assim um alto nível de desempenho. E ainda são inúmeras as
empresas que denominam Equipe seu grupo ou agrupamento de colaboradores internos. Não é tarefa
fácil desenvolver Equipes, pois isto envolve o processo de aprendizagem – é preciso aprender para “saber
ser”. Mas toda empresa que investe neste processo colhe excelentes resultados.
Cabe então à todos – profissionais, líderes e empresa - terem certas atitudes que são condições
básicas para que o desenvolvimento de uma Equipe seja efetivo.
O profissional deve ter predisposição para a colaboração, para a integração com os demais, para lidar
com as diferenças pessoais positivamente, para estabelecer relações de confiança e para o processo de
desenvolvimento contínuo.
Ao líder, necessário o desenvolvimento de sólidas competências que o façam alcançar resultados
verdadeiramente produtivos junto à sua equipe. Para tanto, o líder deve gostar e saber lidar com pessoas
– conhecer, respeitar, envolver e motivar - ser um comunicador competente, saber estabelecer relações
de confiança, ter um canal de comunicação aberto e bilateral – ouvir seus colaboradores, não fragmentar
informações desnecessariamente apenas para se “manter no controle”, não estimular a competitividade,
ensinar sua equipe a lidar com os erros e sempre reconhecer os acertos de seus colaboradores, enfim,
cabe ao líder um alto nível de capacidade para gerenciar e liderar seres humanos.
Para isso a liderança deve possuir uma grande dose de predisposição para aprender e, portanto, para
saber ser. Deve haver uma grande disposição para o aprendizado contínuo.
46
AMARAL, V.L. Trabalho em equipe. Programa de Formação de Coordenadores do Colégio Sesi - Módulo II: Gestão de Pessoas, Trabalho em Equipe.
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Cabe à empresa proporcionar as condições necessárias para que estas atitudes se estabeleçam e se
desenvolvam. A missão, as diretrizes, a estrutura organizacional, a maneira como são organizadas as
funções e a cultura da empresa são determinantes para que se crie um ambiente favorável ou
desfavorável para o desenvolvimento de equipes. Isto significa que devem ser conhecidos e
compartilhados por todos, a missão, os objetivos e as metas da empresa, deve haver coerência entre o
discurso e as práticas da empresa para que se estabeleça uma relação de confiança, envolvimento e
comprometimento.
O desenvolvimento de equipes envolve a habilidade para lidar com o complexo sistema do
comportamento humano, mas sem isto dificilmente os resultados tão desejados são atingidos.
A liderança tem como uma de suas missões mais importantes, desenvolver na empresa o espírito de
equipe. Um grupo de pessoas alinhadas em torno de um objetivo e uma visão comum. Para ser capaz de
realizar essa missão, o líder tem que se esforçar para que todos se sintam e ajam como órgãos
interdependentes de um todo.
A maioria dos profissionais que exercem cargos de liderança ainda tem dificuldade de identificar e
definir se os profissionais trabalham em equipe, em time ou em grupo. Portanto, segue abaixo
características que diferem um grupo de uma equipe.
Grupo: União de pessoas em um mesmo ambiente de trabalho, mas que exercem funções
diferenciadas e buscam resultados individuais.
Equipe: Formação de pessoas com habilidades diferentes, para execução de um trabalho em conjunto
em busca de um único resultado.
Time: pessoas que executam a tarefa do outro (se necessário) e todos reconhecem as diferenças
entre elas e suas funções.
O trabalho em equipe não é um desafio fácil e simples, pois somos competitivos e estamos
acostumados a trabalhar individualmente. Para trabalharmos em equipe, precisamos exercer o
aprendizado coletivo.
Cabe ressaltar que a maioria das atitudes positivas ou negativas, somente são tomadas quando os
homens estão em grupo, pois sozinhos estas não se manifestam. Desta forma, o sucesso de uma
organização é substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos grupos, que interagem entre
si, e por toda a hierarquia da empresa.
As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos, ações, decisões são resultados de
esforços em conjunto, entre os empresários e suas equipes de trabalho.
Um grupo coeso torna-se mais determinado, criativo além da interação entre seus membros ser mais
rápida e não necessitar de supervisão constante. Mas em contrapartida, por vezes, o grupo reluta mais
as novas ideias e é geralmente mais reivindicador.
Para que o grupo realmente funcione satisfatoriamente, é preciso que seus integrantes tenham:
- Certa independência.
- Sejam reconhecidos como tais.
- E tenham objetivos em comum.
O trabalho em equipe é um trabalho de grupo com alto desempenho, onde seu potencial
geralmente é grande e precisa ser bem administrado, pois necessita obter uma participação mais objetiva,
alcançando altos estágios de desempenho, ou seja, ultrapassando os modos tradicionais.
Sendo assim é necessário que haja:
- Desafios
- Coesão
- Comprometimento
- Responsabilidade
- Estímulos
- Motivação
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Personalidade e Relacionamento
O bom funcionamento de uma equipe vai depender da personalidade de cada elemento da equipe e
do relacionamento entre eles. Alguns tipos de personalidade são mais compatíveis com outros e quando
dois tipos de personalidade compatíveis trabalham juntos, a equipe sai beneficiada.
Um ambiente saudável e agradável é também essencial para o trabalho em equipe. Desta forma, cada
elemento deve colocar a equipe em primeiro lugar e não procurar os seus próprios interesses. Além disso,
é importante haver empatia para que trabalho exercido seja o mais eficaz e prazeroso possível. Trabalhar
em equipe requer muitas horas de convivência, e por isso, a harmonia e respeito a personalidade,
diferenças de todos devem ser cultivados em todas as ocasiões.
As diversas habilidades de seus componentes devem ser usadas da melhor forma possível, apesar da
visão diferenciada que cada um. A falta de coordenação pode levar a conflitos, à duplicidade de função e
à ineficiência, ou seja, a organização precisa preparar-se para o trabalho em time. Portanto é necessário
identificar pontos que podem bloquear ações criativas, trabalhos em equipe, e desmistificar a
competitividade. Para isso torna-se importante uma comunicação adequada e uma liderança eficaz.
Trabalhar em equipe exige maturidade, pois significa escutar pessoas, respeitar opiniões divergentes,
concordar que as opiniões de outros membros podem ser melhores que as nossas, etc. Dessa forma, é
importante que estejamos seguros das nossas habilidades para conseguirmos controlar nossas emoções,
aproveitando ao máximo da equipe, reconhecendo falhas e desenvolvendo habilidades.
Segue abaixo alguns pontos que são importantes considerar na tentativa de dar resposta a esta
questão.
Buscar resultados: O êxito na execução das tarefas em equipe está diretamente ligado ao sucesso
que a organização visa alcançar tendo bem claro o seu propósito.
Identificar e respeitar: Desenvolver o ritmo de cada profissional, pois as pessoas não são iguais.
Cultivar o saber ouvir, pois cada profissional tem o seu ritmo e suas habilidades específicas. Cabe a
liderança a identificação destas habilidades para aproveitar o que cada profissional tem de melhor, e de
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propiciar o desenvolvimento das habilidades faltantes. Deve-se gerenciar as diferenças de personalidades
e estilos, já que estes podem causar muitos problemas. Idade, experiência e cultura podem contribuir
para dificuldades de relacionamento e de trabalho em equipe, especialmente se a equipe sente que eles
não têm nada em comum e não podem trabalhar juntos.
Coesão: Deve-se criar ambiente onde as metas e objetivos individuais possam se materializar.
Quebrar paradigmas: Estimular novas formas de pensar, ou seja, novos modelos mentais, para
oportunizar novas soluções e ou alternativas.
Discordância civilizada: a equipe deve estar confortável para discutir posicionamentos divergentes
com respeito buscando um consenso.
Gerencie conflitos - Há muitas fontes diferentes de conflito. Tudo, desde não preencher quadros de
horários online, não seguir as tarefas e até conflitos de personalidade pode causar conflitos em equipes.
Só há uma coisa a fazer: gerenciar a situação de conflito e resolvê-la para que a equipe possa superar o
problema e continuar com o trabalho. Caso perceba um conflito, chame as pessoas envolvidas e fale com
elas antes que se torne um problema realmente grande. É sempre mais fácil lidar com o conflito antes
que ele exploda em algo muito mais difícil de controlar. O conflito é normal e pode ajudar sua equipe a
trabalhar junta, até mesmo de forma mais eficaz,
Colabore - As equipes trabalham melhor quando têm as ferramentas de que precisam para fazer seu
trabalho de forma eficaz. Isso, para a maioria das equipes, significa ferramentas de colaboração, para
que possam trabalhar em conjunto para resolver problemas e completar tarefas. É importante mostrar-se
prestativo e envolvido. Arranje tempo para reuniões, mesmo se elas sejam realizadas virtualmente por
conferência web, pois isso irá construir confiança e boas relações na equipe e ajudar os indivíduos a
trabalhar juntos.
Defina objetivos claros - Uma das principais razões para os problemas em equipes é que as pessoas
não sabem o que estão tentando alcançar. Objetivos claros podem ajudar com isso. Todos devem ter
uma visão dos objetivos gerais e do panorama geral, bem como objetivos pessoais que mostram como
eles podem contribuir para alcançar este objetivo. Se as pessoas sabem o que devem fazer, e recebem
metas claras, a equipe se junta em torno de um objetivo comum.
Seja claro sobre limites de autoridade - Diferentes membros da equipe têm diferentes níveis de
autoridade, então seja claro sobre isto também.
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O excesso de trabalho em detrimento de outros papéis sociais que o ser humano possui pode levar o
profissional e, também, a organização a níveis de stress elevado, trazendo prejuízos pessoais e,
consequentemente, organizacionais. Um exemplo disso são as doenças ocupacionais cada vez mais
crescentes, como: depressão e fobias.
Cabe a liderança o entendimento de que o ser humano é movido a desafios e ou necessidades, mais
que estas são mutáveis e variáveis, para que possa despertar ações e ou comportamentos que
assegurem a sua diversidade.
O grupo enriquece a informação, reconstituindo e atualizando-a permitindo que ser trabalhe com maior
profundidade. Para que ocorra a sinergia de um grupo é preciso saber compartilhar conhecimentos, bem
como existir envolvimentos.
Esta sinergia emerge quando o grupo entende o(s) objetivo (s) organizacional (is).
No fundo, a eficácia de uma equipe de trabalho depende, quase sempre, das seguintes
condições:
Formação
Quando diversas pessoas passam a compor uma equipe, seus papéis e interações ainda não estão
estabelecidos. Esse estágio é um período exploratório, muitas vezes marcado pela incerteza e ansiedade.
As pessoas não sabem o que esperar dos outros membros da equipe, de forma que frequentemente
tornam-se cautelosas e reservadas em suas interações. Adicionalmente, procuram descobrir qual é o
comportamento adequado, quais são as normas, o que é delas esperado e que papel elas gostariam de
desempenhar. Começam a se conhecer em suas mútuas opiniões e habilidades, bem como formam
opiniões e habilidades, bem como formam opiniões a respeito dos outros, verificam o que tem em comum,
quais são as diferenças. Nessa fase a produtividade é baixa e as pessoas relacionam-se com cautela. O
líder pode guiar o time para a próxima fase compartilhando informações relevantes, encorajando o diálogo
aberto, providenciando estrutura, dando direção à equipe e desenvolvendo um clima de confiança e
respeito47.
47
TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New York: McGraw-Hill, 1996.
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Tumulto
Nesse estágio, é provável que surjam conflitos à medida que os seus membros tentam alcançar acordo
quanto ao propósito, às metas e aos objetivos da equipe. Diferenças pronunciadas de opinião podem
surgir na busca de obter consenso sobre como exatamente executarão as tarefas. A definição de quem
fará o quê – e quando, onde, porque e como – e que recompensa os membros receberão por seu
desempenho costuma ser extremamente difícil e pode ameaçar a existência da equipe48.
Nessa fase, os estilos individuais entram em conflito. Podem se formar “panelinhas”. Pode ocorrer
conflito com relação à liderança e à autoridade, na medida em que as pessoas competem para impor
suas preferências e tentam obter a posição de status desejada49. A capacidade de adaptação e
flexibilidade é discutida. Alguns membros aceitam mudanças no seu trabalho. Busca-se uma forma de
convivência. Se bem sucedida, essa fase cria uma estrutura de papéis e normas que garante uma
funcionalidade à equipe.
Normalidade
Esse estágio é caracterizado por maior coesão entre os membros da equipe. Após superar a fase de
tumulto, os membros percebem que tem interesses em comum. Aprendem a apreciar as diferenças,
resolver problemas juntos e conviver de forma mais harmoniosa. Renegociam seus papéis e o processo
para realizar as tarefas. Surge um compromisso com a equipe, com o desenvolvimento de relações
funcionais e comportamento interdependente. Há um aumento da confiança, ingrediente essencial para
a dinâmica de equipe, e um fortalecimento do sentimento de pertencimento, de “fazer parte”50. Alcança-
se um consenso sobre o propósito da equipe, o que contribui para desenvolver um sentido de identidade
entre seus membros e fornece o fundamento para o desenvolvimento de regras, normas e procedimentos
adicionais para coordenar as interações e facilitar o atingimentos de metas. Neste estágio, vemos que
toda e qualquer equipe tem sua própria identidade. Por exemplo, uma equipe de Gestão de pessoas é
caracterizada por conter pessoas comunicativas, espontâneas, que lidam bem com as diferenças entre
as pessoas, etc. São características em comum, no entanto, cada pessoa em uma equipe possui sua
própria personalidade e isso vai além da questão profissional, é algo de cada um. Ou seja, é preciso haver
uma conscientização da própria pessoa de se adequar ao modo da equipe e da equipe a se adequar à
personalidade de cada membro.
Desempenho
Os indivíduos aprenderam a trabalhar juntos como uma equipe funcional. Existe um senso de
identidade e os membros estão comprometidos com a equipe e seus objetivos. A liderança é participativa
e compartilhada. A comunicação é aberta, sem medo de rejeição51. Nessa fase, a equipe é capaz de lidar
com tarefas complexas e solucionar os problemas entre os membros de forma criativa. Os principais
desafios desse estágio estão ligados a um trabalho continuado sobre os relacionamentos e o
desempenho, com um forte comprometimento com o progresso e a autorrenovação. Os membros devem
ser capazes de se adaptar bem às oportunidades e às exigências que mudam com o passar do tempo.
Acomodação
A visão já não motiva com a mesma intensidade os membros da equipe, havendo enfraquecimento do
propósito. Há barreiras de comunicação entre os membros e uma perda de interesse sobre o que ocorre
com os “outros”. As diferenças individuais e percepções diferentes não são utilizadas adequadamente,
transformando-se em causa de conflitos. Surgem reações contrárias à liderança compartilhada e alguns
membros da equipe se omitem diante de certas situações. Existem choques frequentes entre as
lideranças. Não há preocupação de rever periodicamente os procedimentos de trabalho. A equipe perde
sua eficácia e seus membros têm dificuldade em mudar os seus padrões. Os membros da equipe estão
acomodados e não há a preocupação de se reciclarem. A equipe tende a se tornar obsoleta (Carvalhal &
Ferreira, 1999).
Transformação
Há uma mudança do propósito: os membros da equipe questionam e rediscutem a visão e objetivos.
Reveem os seus processos de comunicação, com fins de eliminar barreiras e ampliar a rede de
informações. Os processos de trabalho são questionados, rediscutidos e reformulados. A equipe busca
novos membros com outros talentos, habilidades, estilos e compartilha essas diferenças, visando ampliar
as possibilidades de criar e inovar. Os componentes da equipe buscam e experimentam novos padrões
48
WAGNER III, John & HOLLENBECK, John. Comportamento Organizacional: criando vantagem competitive. São Paulo: Saraiva, 2000.
49
SCHERMERHORN, Jr., John, HUNT, James & OSBORN, Richard. Fundamentos de Comportamento Organizacional. 2a. edição. Porto Alegre: Bookman, 1999.
50
TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New York: McGraw-Hill, 1996.
51
TORRES, Cresencio & FAIRBANKS, Deborah. Teambuilding. New York: McGraw-Hill, 1996.
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e olham além da estrutura e do contexto para se adaptar às mudanças do ambiente. A equipe e seus
membros buscam constantemente sua renovação e novas formas de aprendizagem (Carvalhal & Ferreira,
1999).
Ressalta-se a importância do trabalho em equipe como um contínuo desafio e aprendizado tanto para
as pessoas, quanto para as organizações.
O trabalho em equipe exige maturidade pessoal e organizacional para lidar com situações de
diversidade, e que por si só estimulam a novas formas de pensamento e ou novas alternativas de ação.
Enfatiza-se que o trabalho em equipe e a atuação de uma liderança inspiradora, estimula o
desenvolvimento e o autoconhecimento de seus membros, como também, maximiza o potencial das
pessoas de maneira sistêmica e interdependente em prol dos resultados empresariais.
Quando o ser humano é satisfeito em suas necessidades e respeitado em sua subjetividade, seja na
dimensão individual seja na dimensão de grupo, estes fatores contribuem para o aumento de seu “índice
de felicidade”52 e, consequentemente, para potenciar e garantir os resultados organizacionais.
Chamamos de fatores positivos todos aqueles que, num somatório geral, irão contribuir para uma boa
qualidade da equipe e promover bons resultados. Assim, desde que cumpridos ou atendidos todos os
requisitos, estaremos falando de um bom relacionamento entre o componentes da equipe e os usuários
das informações, serviços e produtos fornecidos pela equipe.
A principal característica de uma equipe é de que seus membros têm como prioridade atingir as metas
da equipe. Eles podem possuir forte personalidade, habilidades especializadas altamente desenvolvidas
e comprometer-se com uma diversidade de objetivos pessoais que esperam atingir através de sua
atividade; porém, para eles, o aspecto mais importante a enfrentarem de imediato é o sucesso do grupo
em alcançar a meta que seus membros, coletivamente e em uníssono, estabeleceram. Os membros dão
apoio uns aos outros, colaboram livremente e se comunicam abertamente e com clareza entre si.
O trabalho em equipe traz benefícios e resultados vantajosos tanto para seus membros como para a
organização em que trabalham. Colaboração é o benefício principal. As pessoas querem realizar juntas
um bom trabalho, dar apoio umas às outras, porque se identificam com a equipe; desejam que está se
destaque e seja bem–sucedida. A competição individual é reduzida. No interesse do grupo, elas querem
ir além da cooperação entre si. Elas colaboram e de boa vontade entregam-se ao esforço da equipe.
Pessoas que aprenderam a dar apoio e a confiar umas nas outras compartilham livremente seus
conhecimentos. Elas compreendem quanto é importante para uma equipe fazer circular as informações
que os membros necessitam para operar de modo mais eficaz. A informação flui livremente para cima,
para baixo e para os lados. Assim, comunicação é outro benefício. Há também uma aplicação mais
eficiente de recursos, talentos e forças, porque eles são usados de boa vontade e compartilhados com
os demais companheiros. Toda vez que falta a um membro da equipe certo conhecimento ou
competência, um outro está pronto para supri-lo.
Um quarto benefício é o conjunto decisões e soluções – adotadas simultaneamente, com todos
gerando e avaliando um maior número de opção do que uma única pessoa poderia fazê-lo. O tempo
marginal para suas escolhas em conjunto e não sequencialmente, como ocorre com frequência. As
decisões são tomadas por consenso, e isso significa que são geralmente melhores do que até mesmo
aquelas à qual a pessoa mais inteligente do grupo de trabalho poderia ter chagado sozinha.
As pessoas que são responsáveis por decisões e soluções as consideram com sua propriedade e,
consequentemente, sentem-se compromissadas em conduzi-la com sucesso. Esse é o quinto benefício.
Os integrantes nutrem também um forte compromisso com a própria equipe para que ela não se
desagregue. Finalmente, chega-se à qualidade. Existe uma preocupação para alcançar qualidade e
precisão porque os funcionários sentem que fazem parte de um esforço de equipe e querem que esta
pareça a melhor possível. Além disso, como os membros trabalham em colaboração, estão assegurando
que cada um obtenha da equipe o que necessita para produzir o melhor trabalho.
Algumas pessoas dentro da organização são receptivos e fazem parte de um grupo porque possuem
elevada necessidades sociais. Psicólogos as denominam de necessidades de filiação. Essas pessoas
gostam de fazer parte de um grupo compatível e bem sucedido, de modo a encontrarem motivação em
participar de sua equipe. Albert Einstein dizia: “Duas cabeças pensam melhor que uma”, pois com uma
52
Grifo da autora, que considera o índice de felicidade como o nível de satisfação e ou motivação, onde o ser humano sente-se feliz e realizado em todas as suas
dimensões e papéis humanos.
53
http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/os-beneficios-do-trabalho-em-equipe-administrar-conflitos-e-a-importancia-do-feedback-nas-
organizacoes/43583.
http://docslide.com.br/documents/3-fatores-positivos-do-relacionamento.html
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equipe há mais sugestões e as finalidades são maiores, as ideias fluem melhorando o desempenho e
produção na organização.
Muitas vezes54, diante de uma situação real ou imaginária de perigo, as pessoas normalmente
mobilizam suas energias de autodefesa para enfrentar tal situação. A pessoa passa então, a adotar um
comportamento defensivo. Isto é, olhar as pessoas com desconfiança, procurar ver no comportamento
dos outros fatos, palavras ou situações que possam reforçar suas defesas.
Estas coisas impedem a pessoa de se concentrar na mensagem que ela está de fato recebendo e faz
com que ela distorça o significado real da comunicação.
Quanto mais uma pessoa se mostra defensiva, menos capaz ela será de perceber os objetivos, valores
e emoções que o emissor está tentando transmitir. Por outro lado, quanto mais um clima for receptivo ou
ausente de defesa, menos o receptor distorcerá o conteúdo da comunicação. Isso é possível, porque o
clima receptivo permite que o receptor da mensagem seja capaz de se concentrar no conteúdo e no
significado real da mensagem.
Comportamento receptivo: significa perceber e aceitar possibilidades que a maioria das pessoas
ignora ou rejeita prematuramente. É uma característica de pessoas que possuem uma “mente aberta” e
sem preconceitos à novas ideias. A curiosidade é inerente a este tipo de comportamento.
Uma pessoa reduz a defesa do ouvinte quando parece estar querendo experimentar e explorar novas
situações.
Se a expressão, modo de falar, tom de voz ou conteúdo verbal do emissor parece estar avaliando ou
julgando o ouvinte, ele se coloca em guarda. Quando tentamos mudar a atitude de uma pessoa ou
influenciar o seu comportamento isso pode ser sentido como uma desaprovação a sua conduta.
Empatia
Empatia transmite respeito aos problemas do ouvinte e confiança, sem qualquer esforço para mudá-
la.
Tentar colaborar na solução de um problema permitindo ao receptor designar seus próprios objetivos,
tomar suas próprias decisões cria no ouvinte um clima receptivo. Tentar ocultar seus objetivos ou não
deixá-los claro, pode deixar no receptor um clima defensivo.
Se o emissor é visto tendo intenções claras, franco, honesto e se comportando espontaneamente em
função da situação, está propenso a gerar uma defesa mínima.
Aqueles que se consideram sabedores de tudo, que não necessitam de informações adicionais tendem
a colocar as pessoas em estado de guarda.
Compreensão mútua
As melhores ideias55 normalmente aparecem a partir de pessoas com opiniões diferentes. Como disse
o escritor Nelson Rodrigues “toda unanimidade é burra”. Pensamentos divergentes resultam em
54
http://metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com.br/2010/04/comportamento-receptivo-e-defensivo.html
55
http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/carreira/os-limites-do-trabalho-em-equipe/89636/
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1469010 E-book gerado especialmente para ANA MARTINS
inovações mais amplas ou soluções mais completas. Mas, isso só gera frutos se houver compreensão
mútua e objetivos em comum.
Cada um no seu quadrado – Em um time as pessoas podem ter papéis diferentes. Tomando o
cuidado para não “engessar” a equipe, isso é uma forma interessante de se organizar para evitar a
sobreposição de ações ou esforços em duplicidade. Em times auto gerenciáveis, por exemplo, esses
papéis podem se alternar periodicamente. As equipes podem ter, em projetos específicos, líderes que
assumem esse papel mesmo não tendo cargos de chefia. Outros podem assumir papéis diferentes, mas
tão importante quanto estes. Mas para cada papel existe um conjunto de responsabilidades e objetivos
que devem ser compreendidos por todos.
O momento de cada pessoa – Existem momentos em que as pessoas, mesmo sem motivo aparente,
têm variações de comportamento. É natural ter mudanças no humor e temperamento. Alguém que de
manhã está com a cara amarrada à tarde pode estar sorridente. Fadiga, estresse, ansiedade e
preocupações também provocam alterações que devem ser compreendidas antes de se fazer qualquer
julgamento em relação ao outro.
Vida pessoal e vida profissional – Atualmente todos já entenderam que é praticamente impossível
separar o pessoal do profissional, como tantos pregam. O ser humano é único e indivisível. Mas, em
equipe, é necessário respeitar as escolhas que cada um faz em sua vida particular. Às vezes esse limite
não é respeitado e muitos problemas de relacionamento acontecem. Interessar-se em demasia pela vida
pessoal do outro, principalmente para sanar a curiosidade em relação aos seus problemas domésticos,
tem como consequências, quase que naturais, a fofoca e o mal-entendido. Da mesma forma, as pessoas
de uma equipe devem respeitar a diversidade cultural e as preferências de cada um.
Em resumo, a regra de ouro para o bom trabalho em equipe é a prática contínua do respeito,
compreensão e tolerância. Somente com esses valores as equipes conseguem ganhar com a
diversidade, aproveitando o que cada um tem de melhor a oferecer. E cabe aos bons líderes
identificarem as oportunidades e despertarem esses potenciais.
Do latim cliens56, o termo cliente significa a pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante
pagamento.
A noção tende a ser associada a quem recorrer ao produto ou serviço em questão com assiduidade,
ainda que também existam os clientes ocasionais (ou pontuais) que só consomem em situações
específicas.
Um cliente se refere a um atual ou potencial comprador ou usuário dos produtos de um indivíduo ou
organização. Isto ocorre por meio da compra/aluguel de bens/serviços.
O termo cliente inclui qualquer entidade que usa ou experimenta os serviços de outro.
Um cliente também pode ser um visualizador do produto ou serviço que está sendo vendido apesar de
decidir não comprá-los.
O objetivo de uma organização, seja ela pública ou privada sempre é, antes e acima de tudo, procurar
a satisfação de seus clientes que é a razão da sua existência.
Ao abrir uma empresa ou um empreendimento é necessário que se tenha clientes. Porque é deles que
precisamos para as relações de negócios, compras e sugestões. Além do mais, ele é o grande
responsável por render lucros à instituição empresarial.
Dependendo do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a pessoa
que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem consome um
produto ou serviço).
A classificação mais relevante é que os clientes são classificados em dois grupos, o cliente interno
(também chamado de fornecedor interno) e o cliente externo, mas, qual é a diferença de um para o outro?
56
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/capital-humano-a-importancia-do-cliente-interno/73283/.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/cliente-interno-e-externo-qual-a-diferenca/51053.
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Diferença entre cliente interno e externo
Cliente Externo
Cliente externo: Um cliente se refere a um atual ou potencial comprador ou usuário dos produtos de
um indivíduo ou organização. Isto ocorre por meio da compra/aluguel de bens/serviços. Assim, clientes
externos são aqueles que mantêm a empresa financeiramente através das compras de produtos e da
mão de obra oferecida pelo empreendedor, por exemplo, ao irmos ao supermercado fazer compras, nos
tornamos um cliente externo, porque estamos comprando produtos que são oferecidos por aquela rede
ou corporação. Assim, o cliente externo faz parte da demanda da empresa e é o seu alvo, trazendo lucros
para a empresa. Inclui qualquer entidade que usa ou experimenta os serviços de outro.
É cada vez mais comum vermos estratégias voltadas para excelência no atendimento ao cliente
externo, ou seja, o consumidor final dos nossos produtos e serviços. É fato que é por esse público externo
que as empresas desenvolvem novas ideias, aperfeiçoam a qualidade dos negócios e buscam sempre a
inovação.
Para manter esse público satisfeito, é essencial adotar um atendimento de excelência ofertando
produtos e serviços de qualidade, transmitindo confiança na mensagem que querem passar, sabendo
ouvir com atenção às necessidades e desejos deste clientes. Além disso, no atendimento é recomendável
ser proativo, dedicado e prestar atenção ao tom e voz adotado, bem como ter cortesia, presteza,
eficiência, objetividade, entre outros aspectos que visem conquistar o cliente, retendo-o e fidelizando à
empresa.
Cliente Interno
Cliente interno: são todos aqueles que fazem parte do dia a dia dentro do ambiente de trabalho como
o diretor da empresa, o gerente, a recepcionista dentre outros, ou seja, o cliente interno pode ser aquele
ao qual prestamos serviços com produtos e mão de obra dentro da própria instituição. Por exemplo, a
copeira que serve o cafezinho para o administrador ou o técnico de informática que faz a manutenção do
computador do setor financeiro. Portanto, o cliente interno corresponde aos colaboradores das empresas,
aos trabalhadores que atuam na linha de frente e nos bastidores do seu negócio.
É importante perceber que antes da entrega do resultado final da atividade produtiva para os
consumidores, as empresas contam com uma rede de valores internos constituída por diferentes pessoas
que apresentam histórias de vida, objetivos e formações distintas.
Sendo assim, para se estabelecer um relacionamento bem sucedido com os clientes externos é
necessário que essa rede de valores internos esteja em sintonia com os objetivos da empresa.
Por que eles também devem ser chamados clientes? Porque, assim como os clientes externos, eles
possuem necessidades e expectativas referentes à sua empresa que precisam ser sanadas.
Sabe aquela velha frase “O cliente sempre tem razão”? Pois bem, pense nela e relacione ao seu
funcionário. Quer dizer que ele pode mandar e desmandar na companhia? Não exatamente. Mas, sua
opinião deve ser levada em conta, afinal, os resultados que seus clientes externos receberão, também
dependem dele.
O funcionário faz parte do capital humano da empresa ou organização. Deve-se agregar valor a ele
(seja em benefícios, incentivos salariais, plano de carreira, treinamento e desenvolvimento ou mesmo
abertura para o diálogo), e ele devolverá este investimento com bons resultados.
O cliente interno deve ser visto como parte de uma equipe, não apenas um grupo. A equipe interage,
compreende que suas ações influenciam nos resultados gerais, percebe e é reconhecido por isso. O
grupo, pode ser simplesmente a união de pessoas em determinado espaço, sem interação ou
compreensão da importância do outro em seus resultados.
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Importância dos Clientes Internos e Externos
Cliente x Pagador
O cliente decide a compra e não necessariamente a paga (este é o pagador). Por exemplo: É a
criança/jovem que decide (ou influencia) a compra – este é o cliente. Numa compra de produtos para
bebê, os decisores serão os pais (estes são os clientes, pois decidem a compra) apesar do consumidor
ser o bebê.
Os clientes ativos são aqueles que, atualmente, realizam compras com frequência. Os clientes inativos,
por sua vez, não realizam compras há já algum tempo, pelo que é provável que estejam a satisfazer as
suas necessidades na concorrência.
Este princípio básico de marketing deu lugar à famosa expressão “O cliente tem sempre razão”. A
empresa deve portanto centrar os seus esforços na satisfação do cliente, tendo em conta que um cliente
satisfeito acaba não só por voltar, mas também por continuar a comprar e a gastar/aplicar o seu dinheiro
na dita empresa.
Questões
01. (EBSERH - Assistente Administrativo – IADES). Toda equipe é um grupo, mas um grupo pode
nunca chegar a ser uma equipe. Uma equipe de trabalho caracteriza-se por apresentar
(A) metas de desempenho individuais.
(B) competitividade e individualismo.
(C) compartilhamento de informações, mas não de trabalho.
(D) habilidades aleatórias e variadas.
(E) sinergia positiva.
02. (DPE/TO - Oficial de Diligência - COPESE – UFT). Com relação às diferentes possibilidades e
formas de trabalho em equipe é possível afirmar, EXCETO:
(A) Equipes por fluxo de trabalho ou células favorecem os processos de melhoria da qualidade,
aumento da produtividade permitindo estabelecer sua efetiva contribuição para os resultados.
(B) As equipes funcionais compõem-se de pessoas que executam tarefas similares, numa mesma
unidade organizacional.
(C) As equipes autogeridas são forças-tarefas criadas para levar a cabo uma atribuição, sem
características de continuidade, podendo envolver pessoas de diferentes áreas que dedicam parte de seu
tempo produtivo a esse fim.
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(D) As equipes em rede ou virtuais são comuns em organizações com sede em diferentes lugares e
que utilizam recursos de tecnologia da informação para que seus membros mantenham-se em contato
entre si.
03. (Receita Federal Analista Tributário da Receita Federal – ESAF) O trabalho em equipe
pressupõe que a (o):
(A) equipe trabalhe, simultaneamente, no mesmo locus.
(B) líder delegue responsabilidade.
(C) líder seja sempre democrático.
(D) crítica seja evitada.
(E) diversidade seja respeitada
04. (TRT - 21ª Região/RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE) O trabalho em
equipe gera despersonalização dos indivíduos.
(...) Certo (...) Errado
05. (CONAB - Assistente Administrativo - IADES) A característica que não contribui para a
efetividade do trabalho em equipe é a
(A) confiança.
(B) autossuficiência.
(C) proatividade.
(D) comunicação.
(E) resiliência.
06. (SEAP-DF – Técnico – IADES) Para que haja uma equipe de trabalho, é necessário que as
pessoas tenham comportamentos distintos. A respeito de equipes de trabalho e do comportamento dos
membros dessas equipes, assinale a alternativa correta.
(A) Compartilham suas ideias, visando melhorar o desempenho do processo como um todo, pensando
no desempenho coletivo.
(B) Mantêm postura autoritária, de maneira a garantir o foco nos objetivos traçados.
(C) Desconfiam dos integrantes da equipe, pois acreditam que sempre existe alguém querendo tirar
vantagem das situações.
(D) Traçam os objetivos pessoais dos membros da equipe, de forma a garantir que cada um lute pelo
próprio objetivo, pois a competição entre os integrantes garante o crescimento da equipe.
(E) Realizam comunicação passiva, ou seja, se perguntarem algo, o integrante responde; caso não
seja questionado, ele não colabora com o trabalho dos outros.
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Considerando o relato acima apresentado, julgue os próximos itens, acerca do trabalho em equipe.
Na situação descrita no texto, os membros do grupo que terminou primeiro a tarefa apresentaram um
comportamento receptivo dentro do grupo.
(...) Certo (...) Errado
08. (TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Judiciária – CESPE) O item que segue
apresenta uma situação hipotética acerca do trabalho em equipe e do comportamento profissional,
seguida de uma assertiva a ser julgada.
Ênio, gestor de qualidade de uma organização pública, tem empatia com seus colaboradores no
trabalho. Nessa situação, Ênio é capaz de escutar ativamente, reconhecer as opiniões e influenciar o
comportamento de seus colaboradores.
(...) Certo (...) Errado
09. (EBSERH - Assistente Administrativo - INSTITUTO AOCP/2016) Qual é a habilidade requerida
de administradores e assistentes de administração que é definida pela atuação de forma interativa em
prol de objetivos comuns e compreensão da importância da complementaridade às ações coletivas?
(A) Visão sistêmica e estratégica.
(B) Iniciativa e soluções de problemas.
(C) Tomada de decisão.
(D) Trabalho em equipe.
(E) Liderança.
11. (IF-PE – Administrador - IF-PE/2017) Observe as proposições no que tange à Organização por
equipes.
I. Equipes permanentes são compostas de pessoas de vários departamentos funcionais que resolvem
problemas mútuos.
II. Uma das desvantagens da organização por equipes é o não aproveitamento da estrutura funcional,
perdendo em economia de escala e treinamento especializado, sendo uma desvantagem ao
relacionamento grupal mais intenso.
III. A abordagem de equipes torna as organizações mais ágeis e flexíveis ao ambiente global e
competitivo.
IV. Uma vantagem da organização por equipes é a redução de barreiras entre departamentos,
aumentando o compromisso pela maior proximidade entre as pessoas.
V. A estruturação por equipe pode provocar uma descentralização exagerada e não planejada
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13. (UFRPE - Assistente em Administração - SUGEP – UFRPE/2016)
A principal característica de uma equipe de trabalho eficaz é o(a):
(A) conhecimento.
(B) comunicação.
(C) organização.
(D) criatividade.
(E) sinergia.
14. (Prefeitura de Palma Sola – SC - Agente de Defesa Civil – AMEOSC/2016) Para a realização
de um bom trabalho em equipe é necessário que:
(A) Não exista reciprocidade de ideias.
(B) O líder da equipe seja autoritário.
(C) Exista tolerância entre os membros da equipe.
(D) A autonomia individual seja inexistente.
Respostas
01. Resposta: E.
Quando falamos em empresas que se recriam para se manter competitivas, falamos de pessoas
competentes, que trabalham de forma sinérgica para um objetivo comum – falamos de equipes.
Hoje em dia, cerca de 80% das empresas que figuram na lista das 500 maiores companhias, da revista
Fortune, possuem mais da metade de seus funcionários trabalhando em equipes. E 68% das pequenas
indústrias norte-americanas usam equipes em suas áreas de produção".
Uma equipe não é um grupo qualquer. Podemos entender que a equipe é um grupo em que todos os
integrantes conhecem e concordam com seus objetivos e estão comprometidos em alcançá-los.
Para conseguir o bom funcionamento em equipe, algumas características são essenciais:
- A comunicação entre os membros deve ser clara, objetiva e verdadeira;
- As opiniões divergentes são estimuladas e respeitadas;
- A confiança é grande, assumem-se riscos;
- Respeito, mente aberta e cooperação são valorizados;
- A equipe investe constantemente em seu próprio crescimento;
- O entrosamento é tão grande que os levam à Sinergia.
02. Resposta: C.
Com característica de continuidade é o que deixa a assertiva incorreta. As demais são coerentes.
03. Resposta: E.
Conforme a teoria, alternativa E, a diversidade sempre deve ser respeitada para que todos possam
participar devidamente sem distinção entre os membros.
05. Resposta: B
Uma pessoa que se considera autossuficiente, não desenvolve trabalho em equipe, pois esta tem a
expectativa de que não necessita de ajuda e por isso é mais resistente a ações conjuntas.
06. Resposta: A.
As pessoas possuem comportamentos receptivos e defensivos, sendo assim, é de extrema
importância que as suas ideias e opiniões sejam compartilhadas para que possa ocorrer uma
compreensão mutuada pela equipe.
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08. Resposta: Certo.
A Empatia transmite respeito aos problemas do ouvinte e confiança, sem qualquer esforço para mudá-
la, sendo assim, um gestor que possui essa qualidade além de possibilitar maior participação de seus
colaboradores também é capaz de influenciar o comportamento dos mesmos.
09. Resposta: D
O trabalho em equipe diz respeito justamente a atuar de forma interativa em prol de objetivos comuns
e compreender a importância da complementaridade das ações coletivas.
10. Resposta: A
a) CERTO
b) Capacidade que o indivíduo tem de gerenciar seu próprio horário não ajudaria em nada, em um
trabalho em equipe.
c) Abaixo a hierarquia – Embora cada um tenha seu papel, os líderes devem pôr a mão na massa
quando for necessário. Não existe problema algum em sentar com um membro do time e fazer parte do
seu trabalho, ou vice-versa: “somos uma equipe!” e o importante é atingir a Meta.
d) A adhocracia é um sistema temporário, variável e adaptativo, que está relacionado com o
estabelecimento de um grupo de pessoas, com habilidades, profissões e conhecimentos diferentes,
porém complementares, que são reunidas para resolver determinados tipos de problemas
organizacionais.
e) O líder deve criar uma atmosfera de liberdade. Toda dificuldade, dúvida ou risco de problemas pode
e deve ser colocada na mesa abertamente. Não deve haver repressão ou censura, caso contrário as
pessoas se sentirão ameaçadas e não falarão nada.
11. Resposta: D
A assertiva I está errada porque descreve a equipe temporária: "Os grupos temporários são
usualmente formados com pessoas que pertencem a grupos formais permanentes. Essas pessoas
desempenham dois papéis simultaneamente (encerrando o projeto retornam para suas funções em
grupos permanentes). Esses grupos são formados para realizar projetos ou resolver problemas que
envolvam diferentes áreas de conhecimento. FONTE: Maximiano, Antonio C. Amaru - Introdução a
Administração. A assertiva II também está incorreta principalmente por dizer que a equipe traz uma
desvantagem ao relacionamento grupal mais intenso.
12. Resposta: B
As equipes de trabalho geram uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Ou seja, os
esforços individuais resultam em um nível de desempenho maior do que a soma das contribuições
individuais. Para tanto, é necessário que haja respeito entre os membros da equipe e uma diversidade de
ideias e pontos de vista (os quais devem ser respeitados e considerados igualmente).
13. Resposta: E
Ocorre que nos grupos de trabalho tem-se uma Sinergia neutra (às vezes negativa); já em Equipes de
trabalho a Sinergia é positiva.
14. Resposta: C
Assim como respeito e diversidade, é importante que haja tolerância a fim de uma melhor convivência,
relacionamento e surgimento de ideias, isto é, para que haja a esperada sinergia da equipe deve haver
tolerância, se não fica muito conflituosa a relação.
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