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Contribui l U nitár
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Semin ário Na
Chegou a hora de construir a
JORNADA DA UNIDADE!!!
Seguindo seus esforços em unificar a esquerda
combativa no movimento estudantil, a ANEL saúda os
participantes do Seminário Nacional unitário e
apresenta sua contribuição aos debates. Desejamos que,
ao fim das discussões, possamos todos voltar de
Uberlândia com a certeza de que demos um passo à
frente na unidade nas lutas e também na reorganização
do movimento estudantil.
Eleger Lula presidente foi, por muitos anos, o grande
projeto hegemônico nos movimentos sociais, que
esperava, assim, avançar em profundas mudanças que
colocassem a possibilidade de oferecer vida digna a
todos. Contudo, a opção de governar em aliança com a
grande burguesia, ao invés de o fazer apoiado na
mobilização dos trabalhadores, encerrou as
possibilidades de que o Brasil passasse por alguma
transformação profunda em sua estrutura de
desigualdade e submissão ao imperialismo.
Seja no terreno da saúde, da educação ou do emprego,
o país segue reproduzindo um modelo que condena à
Frente a essa situação, unir a esquerda
O que todos presentes a este Seminário
desejam, com certeza, é que a juventude e a classe
trabalhadora de nosso país também demonstrem a
capacidade de resistência que assistimos hoje na
Europa. Sabemos, ainda, que, mesmo hoje, os setores
reunidos em Uberlândia podem jogar um papel
importantíssimo mobilizando os estudantes em torno a
reivindicações comuns a todos nós, que possam pôr em
xeque os planos do governo que deterioram a qualidade
do ensino em nosso país.
As lutas justas por Permanência Estudantil,
creches nas universidades, passe livre ou por expansão
universitária com qualidade, dependem – e muito – de
nossa atuação. Derrotar a precarização dos currículos,
promovido pelo REUNI nas Federais, ou acabar com a
farra do aumento das mensalidades nas Pagas, também
só podem ser levadas até o fim com independência
io
pobreza a maior parte de nossa juventude. Entre os
lutadores e ativistas que não se seduziram com a
“melhoria possível” representada pelo governo Lula,
uma decepção, em particular, chama atenção: os mais
tradicionais mecanismos de reivindicação e organização
da luta, construídos em anos pelo movimento social,
foram amordaçados pelo governo e as instituições. CUT
e UNE são hoje instrumentos indispensáveis para o
governo, no sentido de conter qualquer resistência aos
ataques e retirada de direitos empreendidos por Lula em
favor da burguesia.
Infelizmente, ainda hoje, a imensa maioria dos
trabalhadores segue confiando em Lula. Apoiado na
retomada do crescimento da economia em escala
internacional, o governo quer convencer a todos de que o
país está muito bem. No entanto, frente aos novos
reflexos da crise econômica na Europa, o PT já fala
abertamente em uma nova reforma da previdência – nos
moldes dos ataques à aposentadoria que estão sendo
levados a cabo na Grécia, Espanha e França.
frente ao governo. É nessa perspectiva que a ANEL tem
afirmado, seja através das resoluções de seus fóruns ou
das chapas unitárias em eleições de DCE, a
necessidade da unidade de todos os setores combativos
do movimento estudantil.
Nas eleições do DCE UFRJ a unidade
foi decisiva para vencer os governistas.
 A unidade precisa acontecer de verdade!
Infelizmente, entendemos que o ano de 2010 não
foi marcado por essa unidade. Nós, da ANEL,
lamentamos sinceramente essa realidade, porque
desde a “carta ao movimento estudantil brasileiro”,
em janeiro de 2010, alertávamos que este seria um ano
difícil para a esquerda, o que exigiria muita unidade
para enfrentá-lo. Lamentavelmente, segue havendo
um sectarismo muito forte de boa parte dos
companheiros da esquerda da UNE com nossa
entidade. Nós, por outro lado, reafirmamos neste
Seminário, que nosso inimigo é governo, não
qualquer lutador independente; quem queremos
derrotar é a UNE, não os lutadores que ainda optam
por fazer oposição interna à entidade.
Ainda vemos este ano muita dificuldade em
construir a necessária unidade na base. Não foram
uma ou duas eleições de DCE em que a esquerda
esteve divida em chapas diferentes. Por vezes, nem a
esquerda da UNE conseguiu se apresentar de forma
unificada nessas eleições, como na UFES.
Por outro lado, onde a unidade prevaleceu foi
possível derrotar o governo, como na UFRJ, ou
afirmar em melhor condições um projeto de esquerda
para a universidade, como na UnB.
Durante o CONCLAT, a plenária de Santos tirou
A Reorganização do Movimento Estudantil é uma Realidade!
A opção de Lula de governar em aliança com os grandes
empresários trouxe aos movimentos sociais uma
conseqüência desastrosa. CUT e UNE converteram-se, de
ferramentas incontestáveis de luta, em meros
instrumentos de sustentação do governo federal. A postura
de apoio acrítico mesmo às mais questionáveis medidas do
governo, se transformou em ação aberta contra o
movimento, quando este entrou em cena. CUT desmontou
greves; UNE enfrentou os estudantes que ocuparam
reitorias.
uma série de encaminhamentos que acreditávamos
que poderiam avançar nessa situação:
calourada unificada
? governista, e não menos. O PCdoB, partido dirigente da UNE, acaba de dar um salto em sua integração ao aparato do
uma campanha nacional unificada, com
? Estado, apoiando-se na popularidade de Lula. Por que, então, esperar algo diferente que a dinâmica de cooptação da
materiais com eixos de defesa da educação
? chapas unitárias nas eleições de DCE
Infelizmente, nenhuma dessas resoluções foi
concretizada. Apesar de desde o início do ano estarem
acontecendo reuniões entre os setores que
construíram este seminário, ainda não conseguimos
soltar um único panfleto ou mesmo uma nota que
apontassem o caminho da unidade na luta. Essa
situação tem que mudar. Queremos, sinceramente,
saber dos companheiros da esquerda da UNE: É
possível sair deste seminário aprovando a JORNADA
DA UNIDADE? É possível que essa jornada se
traduza em uma calourada com materiais unificados
em 2011? Há disposição de estarmos unidos nas
chapas para as próximas eleições de DCE, como USP
e UFPA?
A unidade não pode ser só uma bandeira ou uma
abstração. Para a ANEL, ela deve começar a se
concretizar com a resposta positiva a essas perguntas.
No entanto, se essa situação significou um
retrocesso, não é verdade que derrotou definitivamente
o movimento. Mesmo com suas entidades tradicionais
passando para o outro lado da trincheira, trabalhadores
e estudantes protagonizaram lutas. A resistência ao
REUNI, aos escândalos de corrupção, ao banco de
horas ou a reforma da previdência foram
protagonizadas pela esquerda independente, que não se
vendeu. É um fato objetivo que essas lutas
promoveram um amplo processo de reorganização, em
que a classe trabalhadora e a juventude necessitaram
construir novas ferramentas para organizar sua luta.
Diante da falência política da CUT e UNE,
consideramos esse processo muito progressivo. Assim,
somos parte ativa de estimulá-la no movimento
estudantil. Este Seminário é uma expressão concreta de
que mesmo os companheiros lutadores que participam
na oposição de esquerda da UNE sentem a necessidade
de organizar a luta por fora da entidade. Para nós, no
entanto, só uma nova entidade – com programa que
resgate as bandeiras dos movimentos sociais e
funcionamento radicalmente democrático - que se
apresente claramente como alternativa à UNE pode dar
rumo conseqüente à reorganização do movimento
estudantil.
O provável governo Dilma e a UNE: mais 4 anos de governismo!
Alguns companheiros entendem de que a cooptação da UNE é meramente conjuntural, e que a independência
da entidade poderá ser recuperada em uma situação política diferente no país. Com a provável eleição de Dilma,
estaríamos, então, em uma conjuntura de 12 anos?! Ao nosso ver, os próximos 4 anos tendem a tornar a UNE mais
UNE se aprofunde? Frente a essa realidade, pensamos que será um grande equívoco dos companheiros da esquerda da
UNE permanecer apontando para os próximos 4 anos a participação nessa entidade. Maior ainda se seguirem
concentrando tanto esforço, como têm feito, em combater uma entidade alternativa independente do governo, como a
ANEL.
Nós não impomos a ruptura com UNE como condição para a unidade nas lutas. Isso seria um absurdo sectário.
Contudo, o desenvolvimento da reorganização do movimento estudantil depende desse passo dos companheiros. Sob
pena de não sermos capazes de fragilizar ao
máximo esse alicerce de sustentação do
governo e, ao mesmo tempo, debilitarmos
a capacidade da esquerda oferecer
alternativa aos estudantes descontentes
com a União Nacional dos Estudantes.
Aos companheiros da esquerda da
UNE: é a hora de impulsionarmos a
unidade na luta. Saiamos deste Seminário
aprovando a JORNADA DA UNIDADE,
com materiais assinados por todas as
entidades. Façamos um compromisso por
chapas unitárias em todas as eleições de
DCE, a começar por USP e UFPA, além de
um forte calendário de lutas! Junto com
isso, estamos abertos à discussão de um
entidade unificada alternativa a UNE.
ANEL na Argentina: “viva el estudiantazo!”
Os estudantes argentinos viveram, no último mês, dias intensos de lutas e
mobilizações exigindo reformas estruturais nos prédios das escolas secundaristas e
de universidades públicas, como Universidad de Buenos Aires (UBA) e o Instituto
Universitário Nacional de Artes (IUNA). Essa luta se volta contra o governo de
Mauricio Macri (prefeito de Buenos Aires) e de Cristina Kirchner, que apesar de
serem oposição e situação no governo argentino, respectivamente, são responsáveis,
conjuntamente, pelo baixíssimo financiamento público da educação argentina, além
da implementação da Lei do Ensino Superior, que abre caminho para a privatização
do ensino.
A ANEL enviou Camila Lisboa, da Comissão Executiva
Nacional, que levou a solidariedade da entidade e marcou presença nas
manifestações, afinal a luta estudantil argentina é um exemplo a ser
seguido por todos os estudantes latino americanos que também sofrem
com a falta de financiamento e com planos de privatização
semelhantes, orientados pelas diretrizes do Banco Mundial para a
Educação na América Latina. Além me manifestar seu apoio o
solidariedade, a ANEL realizou uma atividade internacional, que
contou com a presença de estudantes argentinos, brasileiros, mexicanos
e chilenos, fortalecendo a união da juventude latino americano na luta
por outro projeto de Educação.
 21 de outubro: vamos defender o ANDES-SN
O ANDES-SN está sob a mira do governo. Estamos
acompanhando o impasse estabelecido pela decisão do
Ministério do Trabalho sobre a Seção Sindical da
Universidade Federal de Santa Catarina e sobre os processos
no Amapá e no Ceará. Esse imbróglio é mais uma parte da
batalha do ANDES iniciada em 2003 com a carta sindical do
ANDES suspensa pelo Ministério do Trabalho.
O Sindicato – que, assim como a ANEL, é filiado à
CSP-CONLUTAS, é uma referência de combatividade e
elaboração para todo movimento estudantil de esquerda. Por
isso, defender o ANDES-SN é tarefa de todos os lutadores
presentes neste Seminário. A ANEL convida a todos a se
somarem ao grande ato que está sendo organizado para o dia
21 de outubro, em Brasília. Trata-se de uma primeira ação
concreta para que somemos todos forças, em prol da
autonomia sindical e da defesa da universidade pública.

Aprovar no seminário a Jornada da Unidade para avançar nas lutas!

É preciso reverter o quadro de pouca unidade da esquerda na base do movimento estudantil. Para dar um passo a
frente, a proposta da ANEL é que realizemos juntos a “Jornada da Unidade”, ou seja, um calendário de lutas que
ordene a ação comum do conjunto de entidades presentes neste seminário – abrindo sempre as portas para a adesão de
todos os setores combativos que ainda não tomaram parte nesse debate.
Apresentamos uma primeira proposta desse calendário, que está aberta a incorporação de outras atividades. Ao
contrário da Plenária de Santos, que também votou um calendário (mas que nunca se concretizou), propomos que a
“Jornada da Unidade” seja um compromisso firmado de unificar a esquerda combativa e independente nos principais
desafios do movimento estudantil.

2010 2011
Outubro Março
21 de Outubro: Ato Nacional em defesa Calouradas Unificadas nas Universidades e
do ANDES Escolas, com cartazes assinados por todas
as entidades.
Novembro
20 de novembro: Dia da Consciência 8 de Março: Dia Internacional de Luta das
Negra Mulheres.

-> Formar chapas unificadas em todos os 28 de março: Dia de luta do estudante

DCE’s do país, a começar por USP e UFPA.

Convidamos todos os lutadores deste Seminário

ao Primeiro Congresso da ANEL
A ANEL vive um momento
de afirmação. Com suas
campanhas, reuniões nacionais,
estaduais e iniciativas internacionais, a presença da
nova entidade vai marcando o movimento estudantil. A
entidade cresce a cada Assembléia, reunimos cerca de
400 estudantes de 14 Estados do país em nossa última
reunião.
2011 não terá apenas o congresso da UNE, a
serviço de saudar a eleição de Dilma e dar continuidade
ao controle governista da velha entidade.
O 1º. Congresso da ANEL vai organizar milhares
de ativistas ao redor da luta de um projeto de educação
para os trabalhadores.
Com muito debate na base, democracia e
independência, esse congresso é capaz, diferentemente
do CONUNE, de impulsionar a luta dos estudantes
brasileiros.
Convidamos, sinceramente, os companheiros da
esquerda da UNE a darem sua contribuição nesse
processo.