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A IMPLEMENTAÇÃO DO BIM EM PROJETOS: Os impactos no

produto final

RABELO, NOARA S.

Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Escola de Arquitetura. Programa de Pós-Graduação


em Arquitetura e Urbanismo – NPGAU.
Rua Elizeu Jardim, 340. Bairro Universitário. Itaúna-MG.
noarasilva@gmail.com

RESUMO
O processo que envolve a construção de uma obra muitas vezes é elaborado por ferramentas
computacionais utilizadas há décadas. Tais ferramentas foram um grande avanço na elaboração de
projetos, entretanto, atualmente, a tecnologia trouxe novos softwares e novas ferramentas que mitigam
o índice de erros em projetos e aceleram a produção do mesmo. Em busca desta mudança, a
metodologia de modelagem da informação da construção, conhecida como BIM (Building Information
Modeling), vem ganhando importância na concepção da indústria AEC (Arquitetura, Engenharia e
Construção). Este conceito introduz alterações significativas na forma da elaboração de projetos,
construção e manutenção de edificações. Por outro lado, são relatadas algumas dificuldades
enfrentadas com a resistência dos profissionais à adaptação do uso da tecnologia, em razão da
conformidade do tradicional uso do sistema 2D, que não deixa de ser um importante avanço na
elaboração de projetos nas últimas quatro décadas. O BIM tem como princípios a integração das fases
do processo construtivo e, como suporte, tem-se a possibilidade da visualização tridimensional
simultânea. Tem-se também a capacidade de armazenamento de informações necessárias ao longo
do ciclo de vida do projeto, diferentemente dos sistemas 2D, que permitem apenas a representação de
elementos gráficos em linha e pontos. Motivado pelo processo de transição do uso desta tecnologia, o
artigo tem como objetivo estudar e avaliar alguns recursos oferecidos pelo sistema BIM, através do
software Revit, que não podem ser possíveis utilizando um sistema tradicional 2D independente, como
o software AutoCAD. Uma série de deficiências podem ser observadas na execução de projetos
elaborados através do software 2D que poderiam ter sido evitadas se a metodologia BIM tivesse sido
aplicada desde a elaboração inicial de um projeto. Ao término deste estudo, serão apresentados
resultados dos benefícios que podem ser oferecidos com a utilização do sistema BIM. Os resultados
obtidos sugerem que o uso do sistema BIM é pertinente e sua implementação deve ser considerada.
Palavras-chave: BIM; Building Information Modeling; Modelagem da Informação da Construção; Revit;
Elaboração de projetos.

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INTRODUÇÃO
A necessidade da adoção de novas tecnologias no setor de AEC (Arquitetura, Engenharia e
Construção) é cada vez mais evidente para a elaboração de projetos. Os desenhos, que eram
realizados manualmente, passaram a ser desenvolvidos nos computadores, com o uso de
programas específicos que representassem os projetos de uma forma virtual, de forma que
conseguissem elaborá-los com mais complexidade e detalhes, além de obter obras menos
onerosas, maior produtividade e qualidade e redução do prazo de entrega do projeto. Para
isso, seria necessária uma alta precisão de dados, capacidade de troca, armazenamento e
quantidade de informações (HILGENBERG et al, 2012, p. 62).

Segundo Gao, Mahalingam e Nguten (2008, apud HILGENBERG et al, 2012, p. 62), “o
desempenho de um projeto depende fortemente no quão bem a informação (...) é entregue e
gerenciada”. Os autores ainda colocam que a conexão entre o projeto e a operação
construtiva que permanece baseada no papel ou em meios eletrônicos não interativos, reduz
significativamente a eficiência e a produtividade em campo.

Neste contexto, surge o conceito BIM (Building Information Modeling) como uma ferramenta
para atender tais exigências (AZHAR et al, 2008, p. 435; HILGENBERG et al, 2012, p. 62).
Para Carmona e Carvalho (2016, p. 386), o BIM pode ser definido com um sistema que agrega
procedimentos de informação, interação, colaboração e organização.

METODOLOGIA
O presente artigo tem como objetivo estudar e avaliar alguns recursos oferecidas pelo sistema
BIM, através do software Revit, que não podem ser possíveis utilizando um sistema tradicional
2D independente, como o software AutoCAD. O estudo aborda possíveis deficiências que
podem ser observadas na execução de projetos elaborados através do software 2D que
poderiam ter sido evitadas se a metodologia BIM tivesse sido aplicada desde a elaboração
inicial de um projeto.

Os procedimentos adotados serão através da pesquisa bibliográfica, e também estudos


publicados em periódicos, bem como em monografias e dissertações.

Através da análise dos objetivos deste trabalho, será possível explorar as razões que levam
ao atual entendimento de que o uso do sistema BIM é pertinente e sua implementação deve
ser considerada.

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BIM – BUILDING INFORMATION MODELING
A Modelagem da Informação da Construção (em inglês, Building Information Modeling – BIM)
pode ser considerada uns dos mais promissores desenvolvimentos na indústria AEC
(Arquitetura, Engenharia e Construção) (EASTMAN et al, 2011, p. 1; SUCCAR, 2009b, p. 3).
Com o uso da tecnologia BIM, é desenvolvido um modelo de edificação virtual que apresenta
a volumetria elaborada juntamente com dados relevantes, necessários para “dar suporte à
construção, à fabricação e ao fornecimento de serviços necessários para a realização da
construção” (EASTMAN et al, 2011, p. 1, tradução nossa). O autor informa que o sistema BIM
tem a possibilidade de incorporar funções necessárias para modelar o ciclo de vida de uma
edificação e, quando implementado de maneira apropriada, o BIM facilita um processo de
projeto e construção de forma mais integrada, resultando em construções de melhor qualidade
e com custo e prazo de execução reduzidos.

Consonante e partícipe da revolução digital, a tecnologia BIM globaliza o desenvolvimento de


projetos. O sistema oferece a possibilidade de múltiplos colaboradores trabalharem em uma
mesma base simultaneamente, desde o estágio inicial do projeto, o que pode resultar em um
produto mais harmônico e eficiente (CARMONA; CARVALHO, 2016, p. 386).

Nesse sentido, encontram-se definições como a de Succar (2009a, p. 357), para quem BIM é
um conjunto de políticas de interação, processos e tecnologias que geram uma “metodologia
para o gerenciamento de projetos e dados em formato digital que possam cobrir todo o ciclo
de vida da edificação” (PENTTILÂ, 2006, p. 403).

É comum encontrar argumentos da indústria de desenvolvimento de softwares que utilizam o


termo BIM para definir muitas das funcionalidades de seus produtos, o que pode gerar certa
divergência sobre o correto significado do termo. Os autores Eastman et al (2011, p. 15),
tentam esclarecer este conflito através de soluções de modelagens que não utilizam a
tecnologia BIM. Isso inclui ferramentas que criam as seguintes tipologias de modelos:

1. Modelos que só contém dados 3D, sem atributos de objetos: modelos utilizados
somente para visualizações gráficas e não possuem inteligência e sofisticação ao nível
objeto. Um exemplo de software desta tipologia é o SketchUp, que, segundo os
autores, é um software que atende bem para a necessidade de rápidos desenhos
esquemáticos e modelagens, entretanto, suas representações não trazem nenhuma
informação além da aparência e das dimensões dos elementos retratados.

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2. Modelos sem suporte para comportamento: modelos que definem objetos, mas não
podem ajustar o posicionamento ou proporções em razão da impossibilidade da não
utilização da inteligência paramétrica.

3. Modelos que são compostos de múltiplas referências a arquivos CAD 2D que devem
ser combinados para definir a construção: impossibilidade de assegurar que o modelo
tridimensional resultante será factível, resistente e contabilizável.

4. Modelos que permitem modificações de dimensões em uma vista que não são
automaticamente refletidas em outras vistas: erros nos modelos podem ser difíceis de
detectar; é similar à substituição de uma fórmula por um comando manual em uma
planilha eletrônica ou cotas.

Para uma melhor compreensão dos estágios de aplicação da tecnologia, recorre-se à uma
divisão em cinco etapas propostas por Succar (2009b, p. 6). Tais etapas definem os principais
marcos a serem alcançados pelas equipes e organizações à medida que adotam tecnologias
e conceitos BIM. As etapas do BIM identificam um ponto de partida fixo (o status antes da
implementação do BIM), três estágios BIM fixos e um ponto final variável que permite avanços
futuros imprevistos na tecnologia. São elas:

a) pré-BIM: representa o status antes da implementação do BIM. Há a dependência de


representações bidimensional para descrever uma realidade tridimensional. Quando
algumas representações em 3D são geradas, as mesmas são muitas vezes
desarticuladas, não possuindo informações atreladas, e são dependentes de
representações e detalhamento bidimensionais. Quantitativos, estimativas de custo e
especificações geralmente não são derivadas do modelo de visualização, nem
vinculadas à documentação. Práticas colaborativas entre as partes interessadas não
são priorizadas e o fluxo do trabalho não apresenta interação entre diferentes
disciplinas;

b) estágio 1 (modelagem baseada em objeto): a implementação do BIM se inicia com a


implantação de um modelo tridimensional paramétrico baseada em algum objeto,
através da criação de uma planta baixa, por exemplo. O modelo é normalmente, usado
para automatizar a geração e coordenação de representações bidimensionais e
permitir a visualização em 3D. Especificações básicas de construção como o volume
de concreto, custos, quantitativos, podem ser exportadas. Em comparação com o
estágio anterior, não há alteração de fluxo no trabalho;

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c) estágio 2 (colaboração baseada em modelo): a colaboração de outros projetistas pode
ser iniciada. Pode-se gerar a unificação, por exemplo, das modelagens estruturais com
modelagens arquitetônicas. Inicia-se, de forma sutil, a modificação do fluxo de
trabalho, que antes era isolado, e passa a ser visualizado conjuntamente em um
mesmo modelo;

d) estágio 3 (integração baseada em rede): o projeto se torna multidisciplinar,


diferentemente dos outros estágios, que acontecia de forma isolada. A sincronização
permite que vários profissionais trabalhem simultaneamente em uma mesma base.
Não há mais etapas de desenvolvimento, já que o mesmo passa a ser contínuo;

e) entrega integrada de projetos: Há o avanço nas dimensões do projeto alcançando uma


completa integração entre as mesmas (2D, 3D, 4D, 5D, ..., nD). É o resultado de um
fluxo de trabalho contínuo e evolutivo, integrado e conectado a diversos banco de
dados em tempo real, agregando informações.

Os autores Mienttinen e Paavola (2014, p. 85) apresentam algumas vantagens que podem
ser obtidas através da implantação da tecnologia, e identificam quatro elementos do que
intitulam de “BIM utopia”. São os seguintes elementos:

a) os dados necessários para projetar e construir determinado empreendimento estarão


inclusos em um único modelo BIM, acessíveis em banco de dados distribuídos pelas
ferramentas do sistema;

b) operação integrada de dados provenientes de múltiplas plataformas, propiciando


maneiras integradas de trabalho;

c) o BIM será mantido e utilizado durante toda a vida útil do projeto (edificação);

d) pode-se conjecturar que o BIM aumentará consideravelmente a eficiência e a


produtividade do setor construção.

Mienttinen e Paavola (2014, p. 85) ao discutir os quatro elementos da utopia do BIM, concluem
que os potenciais da implementação do BIM são evidentes, entretanto, o desenvolvimento e
implementação do mesmo é um processo histórico em longo prazo, já que as várias condições
oferecidas precisam ser estudadas.

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BIM E CAD: COMPARATIVO ENTRE OS MODELOS

Revit e AutoCAD: os parâmetros metodológicos

O presente artigo tem como objetivo estudar e avaliar alguns recursos oferecidas pelo sistema
BIM, através do software Revit, e o sistema tradicional 2D independente, através do software
AutoCAD. Dessa forma, faz-se necessário uma breve explicação comparativa dos programas
para uma melhor compreensão do assunto ao abordar a nomenclatura dos mesmos.

Segundo a Autodesk (2017), o AutoCAD e o Revit são softwares amplamente usados para
criar desenhos 2D, como plantas baixas, elevações, detalhes etc.; modelos e objetos 3D;
documentos de construção e imagens renderizadas. Embora haja diversas diferenças entre
os dois softwares, ambos são usados frequentemente na mesma organização. A principal
diferença é que o AutoCAD é, principalmente, uma ferramenta de desenho para desenvolver
a geometria básica que representa a vida real. Enquanto o Revit cria a geometria baseada em
informações do mundo real. Vem daí o termo "modelagem de informação de construção" ou,
em inglês, Building Information Modeling, mais conhecido como BIM (AUTODESK, 2017).

De uma forma simplificada, a Autodesk (2017) desenvolveu um comparativo dos principais


recursos entre o AutoCAD e o Revit, representados através da tabela abaixo.

REVIT AUTOCAD
 Software comercial
Em um relance  Software BIM para
amplamente usado para CAD
arquitetos, engenheiros,
2D e 3D.
empreiteiros e projetistas
 Cria uma geometria
 Criar um modelo
básica que representa a vida
unificado que contém
real.
informações reais
 Ótimo para desenhar
 Ótimo para
trabalhos de linha precisa,
modelagem, detecção de
como detalhes de elevação
interferências e gerenciamento
de mudanças
PRINCIPAIS RECURSOS

Ferramentas Ferramentas de projeto com Ferramentas profissionais de


base em modelos 3D desenho e documentação
inteligentes

Fluxo de trabalho Suporta um fluxo de trabalho de Suporta um fluxo de trabalho de


modelagem, em que os itens de desenho, no qual são criados e
engenharia, como desenhos e editados desenhos individuais
tabelas, vêm diretamente a de forma independente
partir de um único modelo
unificado. As alterações são
refletidas em todas as vistas do
modelo, e elementos

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adjacentes/conectados são
atualizados automaticamente
para manter os
relacionamentos estabelecidos

Plataforma Disponível para Windows Disponível para Windows e Mac

Suporte a DWG™ Importar e exportar arquivos Suporte nativo a arquivos DWG


DWG — suportando um fluxo de
trabalho legado em que há
inúmeros arquivos DWG

Modelagem Contém todos os principais


elementos de construção, bem
como fabricante, modelo e
custo, estrutura e fase
informações, entre outros

Processos Otimiza tarefas repetitivas de


desenho

Análise Diversos recursos de análise

Documentação Gera um conjunto de Gera um conjunto de


documentos de construção documentos de construção

Tabela 1 – Principais recursos entre os softwares Revit e AutoCAD (AUTODESK, 2017).

Desenvolvimento e Implementação

O BIM é um conceito que oferece ferramentas tecnológicas para organização e


gerenciamento da informação, utilizado durante todo o ciclo de vida de uma edificação:
projeto, construção e demolição. Como alternativa à tecnologia do CAD geométrico, alguns
softwares propõem especificar e incorporar o conhecimento e intenção de design e
engenharia em um sistema de modelagem paramétrico associada a um comportamento
específico do objeto (LEE; SACKS; EASTMAN, 2006, p. 759).

Para o usuário, fica claro o tipo de elemento que está sendo representado, e seu
“comportamento específico garante relações corretas entre os diferentes tipos de elementos,
tornando as informações mais precisas e confiáveis” (AYRES; SCHEER, 2007, p. 4). Isso
pode ser exemplificado através da representação de paredes, que, ao invés de representa-
las através de linhas paralelas, que sequer são “entendidas” pelo computados como paredes,
utiliza-se o elemento parede, que além de ser armazenado em um banco de dados e
interpretado pelo computador como a representação de parede, possui um comportamento
específico que inclui: se estender apenas longitudinalmente (a extensão transversal é a
espessura), possuir determinada altura, ser um elemento hospedeiro, o que possibilita a
inserção de aberturas (portas e janelas), se associar corretamente a outros elementos parede
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(eliminando arestas desnecessárias nos encontros de elementos), etc. Além disso, o elemento
parede possui informações relativas à sua composição e aparência: material de acabamento,
de revestimento, do núcleo; e também informações utilizadas na representação bidimensional
do elemento: cor, espessura do traço, hachura, etc. (AYRES; SCHEER, 2007, p. 4; IBRAHIM;
KRAWCZYK; SCHIPPOREIT, 2004, p. 2). Segundo Ayres e Scheer (2007, p. 4), todas essas
características específicas de cada objeto são chamadas de parâmetros, onde se origina o
nome da representação virtual do elemento construtivo: objeto paramétrico.

A riqueza de informações proporcionada pelo uso de objetos paramétricos possibilita a


extração automática de diversos tipos de representações de determinado elemento
construtivo, sem que haja a necessidade de redesenhá-lo. Os softwares que oferecem a
tecnologia BIM, possibilitam alterações dinâmicas no modelo. Como existem parâmetros que
determinam a representação em cada situação (planta, corte, elevação e perspectiva, etc.), a
visualização passa a ser função de uma escolha do usuário a partir de um comando do
programa, e não da geração manual de um desenho adicional. A representação é, portanto,
automática (AYRES; SCHEER, 2007, p. 4; EASTMAN et al, 2011, p. 2). Além do aumento da
produtividade oferecida através destas possibilidades citadas, outros benefícios apresentados
pela plataforma BIM são a distribuição compartilhada de informações e a integração dos
projetos em modelo único (projeto estrutural, arquitetônico, elétrico, hidráulico, incêndio, etc.).
Cabe ainda ressaltar que esta plataforma possibilita a ligação do objeto construído com as
especificações técnicas relacionadas ao fornecedor, a análise de compatibilidade construtiva
entre os diferentes projetos, estudo de estimativa de custo e cálculo automático de áreas.
“Não se trata mais de desenhos desconectados meramente constituídos de linhas”
(HILGENBERG et al, 2012, p. 64). Dessa forma, pode-se concluir que a principal vantagem
dos modelos de informação BIM é a consistência das informações. Enquanto os arquivos do
CAD geométrico são formados por elementos geométricos básicos, sem qualquer informação,
cabendo ao projetista interpretar e dar significado às linhas e demais elementos, o sistema
BIM já oferece e interpreta as informações a partir de elementos inseridos pelo projetista.

A elaboração de projetos a partir de softwares tradicionais como o AutoCAD é fragmentada e


pode depender de formas de comunicação baseadas em papel. Assim, erros e omissões
resultam em custos imprevistos e atrasos (EASTMAN et al, 2011, p. 2). Segundo Eastman et
al (2011, p. 2), um dos problemas mais comuns associados à comunicação baseada em papel
durante a fase de projeto é o tempo e gasto para gerar informações pertinentes para a
avaliação de uma proposta de projeto, incluindo estimativas de custo, uso de energia, detalhes
estruturais, detalhes construtivos, etc. Essas análises normalmente são as últimas etapas do
projeto, quando já é tarde para fazer modificações significativas. Uma vez que estas
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modificações não acontecem durante a elaboração do projeto, pode-se conjecturar que
comprometerá ao projeto original (EASTMAN et al, 2011, p. 2).

Eastman et al (2011, p. 286) salienta que é importante compreender que o BIM não é apenas
uma mudança de tecnologia, é uma mudança de processos. Segundo os autores Rekola,
Kojima e Mäkeläinen (2010, p. 276), as mudanças trazidas através do BIM não se limitam,
tampouco se bastam a softwares e tecnologias. As mudanças devem envolver redefinições
de processos, cargos e funções. Os autores ainda concluem que muitos dos problemas e
dificuldades da aplicação do BIM para os profissionais, são porque os mesmos usam
tecnologias novas, mas mantêm os processos antigos. Deve-se ter a compreensão mútua do
processo e suas dificuldades, além de aprimorar as práticas atuais (REKOLA, KOJIMA e
MÄKELÄINEN, 2010, p. 276).

Dificuldades da aplicação da tecnologia BIM para usuários do CAD

A tecnologia BIM destina-se a se tornar indispensável para o projeto e construção de edifícios.


Entretanto, a transição para o BIM não é uma evolução natural do desenho auxiliado por
ferramentas oferecidas pelo CAD (computer-aided drafing). Ela envolve uma mudança de
paradigma do desenho, formados por linhas e pontos, para a modelagem (EASTMAN et al,
2011, p. 287).

Existem diversas barreiras para a adoção do BIM, seja no Brasil quando no mundo, entretanto
em escalas e padrões diferentes. Segundo Catelani (2017), a barreira cultural é uma das “mais
difíceis a serem transpostas durante o processo de implementação do BIM. Como consultor
BIM de empresas, considero esse o meu maior desafio”. O autor expõe uma síntese das
barreiras culturais ou particularidades do ambiente e do mercado brasileiro que podem ser
apontadas como dificuldades da adoção do BIM no Brasil. São elas:

a) não valorização do planejamento dos empreendimentos construtivos;

b) não há um número de profissionais suficientemente capacitados em BIM;

c) preferências por soluções “rápidas e baratas”;

d) o atual modelo de contratação de projetistas utilizado no Brasil: os maiores


beneficiados pela adoção BIM são os contratantes, que respondem pelo produto final
construído perante os clientes, contudo o BIM precisa ser aplicado ainda na fase do
desenvolvimento dos projetos. Para os profissionais da área da construção, entretanto,
a exigência do BIM acaba representando, além da necessidade de investimento e

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capacitação, um aumento substancial de escopo e responsabilidades, sem que o


retorno financeiro seja adequado em conformidade à nova tecnologia;

e) nem todos profissionais da área da construção no Brasil se interessam


verdadeiramente por processos mais eficazes e transparentes. Muitos optam pela
indefinição de projetos para tirar proveito do mesmo;

f) as margens de lucro dos empreendimentos da construção civil no Brasil ainda são


relativamente altas. Além disso, os erros e desperdícios, muitas vezes já estão
incorporados aos orçamentos;

g) o investimento para viabilizar a implementação BIM é desproporcional aos atuais


valores de remuneração dos projetistas que utilizam tecnologias tradicionais;

h) em geral, não há interesse pelo trabalho colaborativo, optando preferencialmente por


projetos trabalhos individuais por setor;

i) pode-se afirmar certo ceticismo em relação ao BIM em presumir que pode ser apenas
um “modismo” passageiro;

j) os modelos educacionais de algumas instituições brasileiras constituem barreiras à


disseminação da tecnologia BIM. As mudanças no plano de ensino são restritas e
exigem processos longos, além disso, o corpo docente, de modo geral, não é
estimulado às inovações;

k) o risco de perder profissionais após o investimento e o esforço do treinamento e da


capacitação.

Outra questão que Catelani (2017) aborda é o momento de crise, estagnação e incertezas na
economia brasileira, que pode ser um fator de inibição de iniciativas de inovação nas
empresas. Outra abordagem mencionada é que a utilização do BIM acaba expondo
explicitamente os eventuais erros cometidos pelos profissionais, que não são tão visíveis
assim com a utilização da tecnologia bidimensional.

Camona e Carvalho (2016, p. 390) apresentam as principais dificuldades apontadas por


usuários do BIM de acordo com as referências bibliográficas pesquisadas, citando-as a partir
de índices percentuais. O alto custo da aquisição do programa é a pioneira das dificuldades,
representando pelo menos 50% das referências, seguindo pelo alto custo de investimento em
treinamento representando 40%, problemas com projetistas colaboradores representando
40%, falta de tempo representando 25%, clientes que não valorizam os projetos elaborados

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pela tecnologia BIM representando 20%, falta de famílias de componentes1 representando
20% e 10% das referências, os usuários acreditam que não observaram vantagens imediatas.

Adotar a tecnologia BIM não é fácil. Segundo Camona e Carvalho (2016, p. 398) além do
software e toda a infraestrutura de informática a ele atrelada, é necessária uma equipe de
profissionais qualificados para operar e coordenar as diversas frentes de projeto e processos
envolvidos com a metodologia da nova tecnologia. Entretanto, capacitar pessoas é um
processo lento e oneroso e, pode-se afirmar que provavelmente por esta razão muitas
empresas optam por terceirizar os serviços que seriam executados por estes profissionais.
Os autores afirmam que essa atitude reflete um “comportamento imediatista” e pode confirmar
o que a literatura analisada apresenta, pois burocratiza o fluxo do trabalho com a inserção de
um novo personagem, muitas vezes sendo posicionado entre os projetistas e aqueles que
executarão os serviços, cuja função é converter o desenho bidimensional em tridimensional
para uma melhor visualização do projeto. Os autores ainda colocam que esse cenário
proporciona uma série de questionamentos que podem fugir do escopo do artigo, mas que
são pertinentes ao assunto: “Quem é o responsável técnico pelo projeto? Quem responde por
eventuais erros de projeto? Dúvidas devem ser encaminhadas ao projetista original ou ao
profissional que converteu o projeto? ” (CAMONA e CARVALHO, 2016, p. 398).

Camona e Carvalho (2016, p. 398) utilizam como estudo de caso o Distrito Federal para a
caracterização da utilização do BIM, e das dificuldades citadas anteriormente, a questão dos
colaboradores e projetistas externos, é um item fundamental a ser resolvido nas construtoras.
Pode-se conjecturar, a partir das leituras bibliográficas e observações no campo da
construção que, a aplicação deste tópico também pode ser considerada no âmbito de outros
municípios nacionais. Segundo os autores, este item foi a única dificuldade com prejuízo
significativo para grandes empresas e, prejudicial por ocupantes de cargos gerenciais e
empresas de menor porte. Talvez possa ter sido ainda mais significativo para as pequenas
empresas, pois enquanto as grandes construtoras têm a possibilidade, teoricamente, de
selecionar seus colaboradores e impor condições de trabalho, essas questões muitas vezes
não são possíveis para as pequenas e médias empresas. Há indícios, portanto, de que a
adoção da tecnologia BIM pelas construtoras seria facilitada caso os colaboradores e

1
Conjuntos de objetos paramétricos organizados por categorias específicas como portas, paredes, componentes
construtivos, vistas, textos e até detalhes construtivos. Apesar das diferenças, uma analogia possível a ser feita
para os usuários de AutoCAD seria pensar que as famílias são como conjuntos de blocos dinâmicos com um maior
grau de sofisticação, já que além de possuírem definições paramétricas, contam também com definições de
vínculos que os relacionam aos outros elementos do modelo (elementos hospedeiros) (MENEGOTTO, 2013).

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projetistas externos utilizassem a tecnologia. Entretanto, deve-se considerar que seu uso
isolado não traz a totalidade dos benefícios. Deve-se, portanto, buscar o trabalho colaborativo,
o que demanda uma alteração nos processos e no modo de trabalho com os quais os
envolvidos estão acostumados (CAMONA e CARVALHO, 2016, p. 398).

No entanto, mesmo apresentando todas as dificuldades citadas anteriormente, Louzas (2013),


a partir de uma pesquisa online realizada nos setores de construção e projetos, desenvolvida
pela Editora PINI em 2013 a respeito do uso da tecnologia BIM, informa que foi apresentado
que mais de 90% dos entrevistados brasileiros pretendem utilizá-la nos próximos cinco anos.

Estudo de caso comparativo

Diante do exposto acima, no que se refere ao comparativo dos modelos, para fim de
ilustração, foi realizada um comparativo que traz as vantagens da utilização da tecnologia
tradicional CAD geométrica e a tecnologia BIM constatadas mediante o estudo de caso entre
dois escritórios de arquitetura distintos, sendo que cada um utilizou um dos sistemas. A
intenção é de demonstrar qualitativamente o desempenho dos sistemas citados assim como
elementos referentes à produtividade, entre outras funções primordiais (SCHEER; et al, 2007,
p. 1)

Em um primeiro momento, a título de explicação na utilização do CAD bidimensional ou na


utilização de papel vegetal, cria-se uma série de desenhos técnicos que não tem conexões
evidentes entre si e, ao se realizar uma leitura em conjunto, tem se a compreensão no todo
da informação do projeto. Os desenhos de forma conjunta podem originar uma maquete
virtual, ou seja, um modelo tridimensional que possibilita maior facilidade na visualização de
informações, mas que não influi significantemente tanto no projeto quanto na qualidade final
do produto (SPERLING, 2002, p. 2).

Já em um processo em que se utiliza a tecnologia BIM, há uma inversão. Segundo Birx (2006),
o projetista construirá virtualmente um modelo da edificação através de objetos que fazem a
simulação em forma e comportamento dos elementos construtivos de uma construção, e não
uma série de desenhos bidimensionais. Podemos compreender os modelos virtuais como
bases de dados que armazenam dados geométricos e textuais de cada elemento construtivo
utilizado no projeto, sendo que a combinação desses dados permitirá a extração automática
de documentos como plantas, cortes, perspectivas ou quantitativos. Sendo assim, o projetista
tem sua atenção voltada, em primeiro lugar, às soluções projetuais, e não aos desenhos
técnicos, que são gerados em suma maioria pelo computador (BIRX, 2006).

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Segundo Scheer; et al (2007, p. 2) as vantagens do uso da modelagem vão muito além da
criação de maquetes eletrônicas e agilização do processo de produção de documentações
projetuais. A visualização tridimensional do modelo permite verificar as inadequações e
incompatibilidades de forma instantânea, auxiliando os processos de decisão de maneira
intuitiva, em todas as etapas do projeto. Outra vantagem pertinente é a consolidação das
informações que constituem o projeto. Uma vez que se utiliza uma base de dados unificada
para todo o conteúdo de informação, as modificações executadas em um determinado
documento, seja em corte, planta baixa, elevação, por exemplo, propagam-se,
simultaneamente para os demais documentos envolvidos automaticamente, de forma a
garantir agilidade nas atualizações, modificações e confiabilidade no acesso às informações
(SHEER; et al, 2007, p. 2).

O confronto entre os processos de projeto na aplicação das duas tecnologias, aponta para as
vantagens da utilização do sistema BIM em relação ao sistema CAD geométrico. Segundo
Scheer; et al (2007, p. 6), foi observado entre os que certas peculiaridades no uso do sistema
CAD geométrico não são consideradas desvantagens por parte do entrevistado. Por exemplo,
a velocidade com a qual o projetista efetua as várias transposições de informações
necessárias para a geração da documentação, foi citada por ele como um indicativo de alta
produtividade. Ainda, segundo o entrevistado, há certa redução da produtividade com o uso
do BIM, por se perder muito tempo configurando parâmetros dos objetos. Entretanto,
considerando que em sistema BIM tais transposições sequer seriam necessárias, como foi
observado pelo outro escritório (que utiliza a tecnologia BIM), pode-se afirmar que há um
“desentendimento a respeito da noção de produtividade no processo de projeto. Não pareceu,
por exemplo, que o projetista que utiliza sistema CAD geométrico tivesse claro o tempo
despendido na geração manual de cada visualização bidimensional que se faz necessária”.
Pode-se conjecturar que este tempo é capaz de superar o tempo necessário para a
configuração dos parâmetros do sistema BIM.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A crescente demanda por processos mais racionais e de melhor desempenho na indústria
AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) é observada pelos estudos científicos da área.
Neste contexto, surge o conceito BIM (Building Information Modeling) como uma ferramenta
para atender tais exigência, e pode ser considerada uns dos mais promissores
desenvolvimentos na indústria.

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As pesquisas na área de tecnologia de informação concordam em relação à influência positiva


sobre o desempenho do processo de projeto e a respeito da irreversibilidade da transição do
CAD geométrico para o BIM. Entretanto, diversas dificuldades são observadas pelos usuários
do CAD geométrico ao tentar aplicar o sistema BIM. Há que se observar que as dificuldades
de implantação indicadas pelos profissionais são complexas e envolvem, em sua maioria,
formação e capacitação de pessoas, o que normalmente é lento e dispendioso. Os principais
desafios, para implementar o sistema BIM, parecem envolver o custo dos equipamentos e
treinamento, escassez de profissionais treinados e a definição de protocolos de
interoperabilidade entre os diversos sistemas.

Contudo, apesar das dificuldades encontradas, os usuários do sistema CAD geométrico,


percebe-se que há clara noção a respeito da importância do gerenciamento da informação
para a qualidade tanto da documentação projetual quanto da qualidade da edificação
concluída. Com base nas otimistas expectativas dos usuários quanto à utilização da
tecnologia nos próximos anos, pode-se conjecturar que o BIM tem um futuro promissor.

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