CapiftuLo
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O PAPEL DO PASTOR NA
TRANSFORMAGAO DA SOCIEDADE
Manrrep W. KoHL
Antonio Cartos BARROINTRODUGAO
Qual é 0 papel do pastor na tarefa de mover a igreja
para inserir-se na sociedade de modo que esta seja
transformada pela aco eficiente e eficaz do povo de Deus?
Essa pergunta carrega em si mesma uma pressuposicao que
julgamos de primordial importancia em qualquer filosofia
de ministério, a saber: a igreja est no mundo como sal e luz
da sociedade para transformd-la com a prepacio do
evangelho por palavras e obras de tal forma que a sociedade
comece a experimentar os sinais do Reino de Deus vindouro.
Nao podemos conceber a idéia de uma igreja alienada e
alienante (as duas coisas so terriveis), voltada apenas para si
mesma e preocupada unicamente com a manutengio de
seus membros e programas.
Isso afirmamos porque a igreja neotestamentéria é
cristocntrica, firmada nas Escrituras, guiada pelo Espirito
Santo ¢ tem como alvo honrar ¢ glorificar a Deus em todas
as suas ages. Preocupa o fato de que hoje muitas delas esto
perdendo o foco e a sua razao de ser nesse mundo. E
necessdrio entender que Deus confiou & igreja uma missio,
a qual chamamos de missio Dei e, como tal, ela nao pode
perder de vista que mesmo em meio a tantas atividades —
algumas leg{timas, outras nem tanto, que acontecem em seu
meio — a sua tarefa ¢ a transformagao do ser humano para
que este readquira a sua dignidade outrora perdida com o
pecado. Somente Jesus Cristo pode proporcionar essa
transformacio interior; todavia, a igreja ¢ importante na vida
do discfpulo para que essa mudanga no fique somente no
nivel da individualidade, mas que ela seja o ponto inicial
para a transformagao do meio ambiente.106
Ministério Pastoral Transformador
‘Manfred W. Kable Antonio Carlos Barro (Orgs.)
1 - O PASTOR COMO CHAVE PARA O DISCIPULADO NA
IGREJA
Richard Baxter no livro O Pastor Aprovado sugere
cinco itens que devem fazer parte da vida do pastor de
qualquer igreja’:
4) O pastor deve ser vigilante (At 20.28).
“Ser bispo, pastor ou presbitero nao é postar-se como
um semideus ante 0 qual o povo deva prostrar-se, nem viver
atendendo aos préprios desejos ¢ prazeres carnais. E trdgico
quando os homens aceitam uma voca¢ao ¢ nao sabem qual
é a sua natureza e, portanto, ndo sabem com o que se
comprometeram”.
b) Aceitar solenemente o seu encargo pessoal.
Ninguém obrigou o pastor a ser pastor. Portanto, ¢
preciso ter cuidado com o orgulho, a auto-suficiéncia. Nao
menosprezar os mestres de quem aprendeu e os conselhos
dos mais idosos no ministério, todos precisam do auxilio de
alguém.
0) A honra de ser ministro.
Esse € um grande elemento motivador, mas deve-se
ter cuidado para nfo lutar por proeminéncia e posi¢ao, pois
isso contraria a natureza do offcio de ministro.
d) Reconhecer o privilégio de ser ministro.
Viver do sustento provido pela igreja, a oportunidade
de estudo; e a continua tarefa de pregar Cristo ao mundo.
2) Reconhecer a sua mordomia em Cristo.
Somos mordomos do Senhor, e se ele nos chamou,
ele também cuidard da nossa seguranga. Assim como ele
alimentou Elias, ele alimentaré a cada ministro do evangelho.
Mesmo levando em consideragao que essas palavras
foram proferidas h4 muitos anos, cremos que ainda é