STORIA E CINEMA:
um debate metodológico*
• A primeira versão deste texto foi lida pelos professores lsmai l Xavia" e João Luí. Vieira, • quem Igradeço ai afticu e
.ugC5tÓCI.
meados da década de 1970 que na maior a Éco/e des A1IIUlJes enriqueceodo o es
-
parte dos trabalhos de história a iconogra tudo e a explicação das sociedades através
fia tornara-se um anexo da bibliografia, o das representações feitas pelos bomens em
que o levava a reclamar: ''Nenbum histo determinados momentos históricos. Foi s
riador cita um texto sem situá-lo ou comen essa mesma concepção que impulsionou
\á-lo: em contrapartida, alguns escl&iu;i um campo ainda mais vasto de reflexão, o
mentos puramente factuais são gerabnente da história do imaginário.
suficientes para a ilustração.'.3 Podemos ir ANova História ampliou também o con
mais longe e perguntar: a imagem é neces teúdo do termo documento "há que tomar
-
Por outro lado, o debate que teve lugar demonstrar, demolir esta montagem (a do
no campo de reflexão da história ao longo monumento), desestruturnr esta ronstrução
das décadas de 1960 e 1970 destacou a e analisar as condições de }'rodução dos
importância da diversificação das fontes a documentos-monumentos."
serem utilizadas na pesquisa histórica. O Foi sobretudo no dominio da história
movimento de renovação da historiografia das mentalidades, como mostra Michel
francesa denominado "Nova História" te \bvelle, que a iconografia apareceu romo
ve como uma de suas mais importantes fonte privilegiada.8 Por outro lado, os es
características a identificação de novos ob tudos do imaginário passaram a destacar a
jetos e novos métodos, contribuindo para importância de se dar um novo tratamento
uma ampliação quantitativa e qualitativa aos documentos literários e artísticos, ne
dos domínios já tradicionais da história. gando a idéia de que estes fossem meros
Foi no âmbito da Nova História que a reflexos de uma época.9 Em poucas pala
história das mentalidades ganbou um im vras, todo esse movimento renovador rela
pulso maior-apesar de já enunciada desde tiviwu o domíruo quase soberano da fonte
IUSTÓRlA E CINEMA 239
Já nos anos 70 Marc Ferro iria referir-se 1947, Kracaner escrevia De Caligari a
a e&<a polêmica para reforçar sua aJgUmen Hitler (publicado no Brasil em 1988 por
tação de que tanto o cinema documentário Jorge 7;lhar), cuja tese central era a de que
como o de ficção devem ser objeto de uma o cinema expressionista alemão refletia os
análise cultural e social, refutando a idéia de arlSeios da sociedade alemã da década de
que o primeiro gênero seria mais objetivo e 1920 prenunciando a ascensão do nazis
retrataria fielmente a realidade.17 Por ora, mo. Kracauer considerava que os filmes de
interessa-nos somente registrar o debate ficção refletiam de forma imediata a men
acerca da natureza da imagem cinematográ talidade de uma nação, estabelecendo as
fica entre dois importantes nomes do cinema sim uma relação direta entre o filme e o
empenhados não só em (aur cinema mas meio que o produz.
também em refletir sobre sua experiência. Segundo Sorlin, o impacto do trabalho
Na década de 1920, surgiram indícios de Kracauer pode ser medido pelo fato de
de que algurlS historiadores passavam a que a sociologia do cinema continua a
reconhecer o cinema como fonte de conhe estabelecer relações de homologia entre os
cimento histórico. Prova disso foi o inte filmes e o meio que lhes dá origem. Preva
resse pelo filme como documento histórico leceria então a idéia de que os cineastas não
demorlStrado por um grupo de historiado copiam a realidade mas, ao trarlSpô-la para
res que compareceu aos encontros do Con o filme, revelam seus mecanismos20 Iden
gresso Internacional das Ciências Históri tificado com uma concepção realista do
cas realizados entre os anos de 1926 e cinema, KIacauer acreditava ainda que es
1934. Sua atenção concentrava-se contudo te distinguia-se das artes tradicionais por
na busca de condições para a preservação ser fiel à realidade de uma época: como a
de filmes nos arquivos que viriam a ser fotografia era sua matéria-prima, o cinema
criados. É possível afirmar que sua con era o único instrumenlo capaz de registrar
cepção do valor do filme era a mesma de a realidade sem deformá-la. Em outro tra
Matuszewski, isto é, o filme era visto como balho, Kracauer relacionava a tarefa do
registro da realjdade. Esse aJgUmento é historiador à do fotógrafo, corlSiderando
reforçado pela observação do historiador que ambos deviam examinar meticulosa
inglês Anthony A1dgate, de que aqueles mente os detalhes e os fatos objetivos. A
historiadores estavam voltados exclusiva imaginação do historiador, assim como a
mente para os filmes de atualidades - mais do fotógrafo, devia ser "sada para servir
tarde denominados cinejornais - e não da aos fatos.21 Essa identidade entre mentali
vam atenção aos filmes de ficção, aos do dade e realidade/filme viria a ser questio
cumentários ou a qualquer tipo de recorlS nada mais tarde sobretudo por Sorlin, que
tituição histórica feita pelo cinema. A1dga iria relativizar tanto a verdade trazida pela
te demonstra como prevalecia a noção de fotografia quanto uma relação harmônica
que o material existente nos filmes de atua entre filme e público.
lidades estava livre da influência pessoal Ao longo da década de 1950, sobretudo
de seus realizadores.18 na Inglaterra e na Alemanha, um número
Karnten Fledelius COrlStata ainda que, maior de historiadores passou a reconhecer
apesar do movimento de valorização da nos filmes um valor histórico. O inglês Sir
história social e das mentalidades iniciado Arthur Elton declarou a importância do
em meados da década de 1920, foi um estudo dos filmes de ficção e do documen
jornalista, Siegfried Kracauer, quem trou tário, nivelando-o ao estudo dos hierogli
xe alguns novos elementos para a discus fos e dos pergaminhos.22 Entretanto, se
são da relação cinema e história.19 Em gundo Fledelius, os artigos desses historia-
242 ESruooS msTúRlCXJS-1992/10
dores voltavam-se sobretudo pam o que se as questões inerentes à utilização dos do
deveria fazer e não para como fazê-lo, cumentos cinematográficos inseriu-se, co
apesar da observação do alemão Fritz Thr mo vimos, no campo de preocupações da
veen no sentido de que o filme só seria Nova História francesa. Em 1968, Marc
aceito como documento histórico na medi Ferro publicou na revista Annales um arti
da em que f05Se desenvolvida uma meto go intitulado "Sociélé du xxe siêcle et
dologia baseada no princípio da tradicional histoire cinématographique" no qual, refe
crítica às fontes históricas23 rindo-se ao culto excessivo do documento
Em resumo, o reconhecimento do valor escrito, que julgava ter levado os historia
documental do cinema se ateve ao longo de dores a utilizarem técnicas de pesquisa
todo esse tempo l identificação da imagem válidas para o século passa do, alertava que,
por ele produzida com a verdade obtida para a época contemporllnea, estavam l
pelo regisbo da câmera. Prevaleceu portan disposição documentos de um novo tipo e
to o princípio definido por Matuszewski ao com uma nova linguagem que traziam urna
[mal do século XIX. Na realidade, a discus nova dimensão ao conhecimento do passa
são sobre a linguagem cinematográfica es do.25 Por oubo lado, fora da França, Niels
teve restrita aos produtores de imagens - os Skyum-Nielsen elaborou em 1966 um tra
cineastas - e aos teóricos do cinema. Foi balho publicado em dinamarquês em 1972
somente a partir de meados da década de que, segundo Aedelius, foi o primeiro livro
1960 que a discussão propriamente meto voltado para a crítica da fonte audiovisual.
dológica sobre a relação cinema-história Era uma obm que se enquadrava nas preo
passou a existir, tendo como ponto central cupações de Terveen na década de 1950
a questão da natureza da imagem cinema acerca da necessidade de um trabalho me
tográfica. Para Sorlin, o impacto produzido tndológico sobre o tema.26 Durante a dé
pela criação e difusão da televisão, que cada de 1970 aumentou a produção histo
colocou as imagens no espaço doméstico, riográ fica sobre a relação cinema e história
fez com que os cientistas sociais não mais e houve um esforço mais evidente ara .p,
pudessem ignorar o mundo da câlnera.24 tratar o cinema na sua complexidade.
Por oubo lado, os próprios caminhos que a As diversas abordagens que serão aqui
teoria do cinema passava a trilhar, sobretu examinadas possuem alguns aspectos em
do com a difilsão da semiologia, implica- comum, muito embom o tratamento poste
111m a adoção de novos princípios no campo rior demonstre claramente suas particula
das reflexões sobre a imagem, com reflexos ridades. Um primeiro aspecto é o reconhe
em outros domínios do conhecimento, in cimento de que, tratado como documento
clusive a história. Observe-se contudo que histórico, o filme requer a formulação de
as novas abordagens nessa área pelcorre- novas técnicas de análise que dêem conta
111m caminhos específicos, e é isso que de um conjunto de elementos que se inter
Iremos exarrunar a seguIr. põem entre a câmera e o evento filmado.
• • •
indicar que não houve trucagem, além do po que se toma possível dermir o estudo do
cinema como um documento de história
que podem sofrer alternções após sucessi
social. Nesse sentido, ele critica de forma
vas cópias). Ferro considera a crítica de
bastante contundente o empiricismo das
identificação - que deve vir após a crítica
análises que supõem o filme como reOexo
de autenticidade - mais fácil pam o histo
de uma realidade histórica, recusando-se a
riador: é a busca da origem do documento,
estabelecer assim uma homologia entre o
sua data, identificação de personagens e
filme - instrumento de expressão ideológi-
locais e interpretação do conteúdo. A críti - 39
,
ca - e uma lormaçao ·1. Nesse caso,
SOCla
ca analítica englobaria o exame da fonte
sua crítica volta-se mais diretamente pam
emissom, das condições de produção e de
doiS tipos de abordagem: a da história do
recepção, na medida em que Ferro parte do 40
cinema e a da sociologia histórica.
pressuposto de que não existe documento
Em relação ao primeiro caso, Sorlin
politicamente neutro ou objetivo. Finali
observa que um arrolamento das escolas,
zando, ele destaca a importãncia da anãlise
gêneros, temas, autores, obras-primas, bio
da realização do filme, que consiste na
gmfias, técnicas etc. não seria de gmnde
decodificação do conjunto de imagens e
utilidade parn os historiadores preocupa
sons: a seleção de entrevistas, a montagem,
dos em desvendar a relação do filme com
a natureza das questões abordadas, a sono
a sociedade. No segundo caso, seriam in
rização, são elementos citados por Ferro suficientes os elementos com que a socio
pam a execução desta tarefa. logia do cinema lida, como dados econô
Na análise do fúme de ficção, Ferro micos, inOuência da conjuntum política e
confere importãncia às camcteristicas da o público. É no interior desse campo que
sociedade que o produziu e o consome e da ele situa o já citado trabalho de Kracauer
própria obm, além da relação entre os au (De Caligari a Hitler) que identificam nos
tores do filme, a sociedade e o próprio filmes de uma época a mentalidade daque
filme. Mais de uma vez Ferro refere-se a le momento histórico.
Tchapaev, na tentativa de resgatar o esque Parn Sorlin, essas análises desembocam
ma de construção não-visível do filme: no seguinte impasse: ou descrevem a socie
resume o argumento, relata os comentários dade e verificam a descrição nos fibnes, ou
produzidos na época de sua exibição, ela analisam os filmes e encontram na estrutum
bom um inventário das seqüências que social os elementos que lhes demm origem.
demm origem àqueles comentários, e con O imobilismo desse esquema se funda, se
fronta com a intenção dos autores parn gundo ele, não só por razões teóricas - não
procurar esclarecer o conteúdo do fúme há uma reflexão sobre os materiais usados
em relação à sua ideologia latente. pelo filme e sobre a sua relação com O públi-
246 FSlUDOS mSTÓRlCOS - 1991/10
co mas também pela insuficiência de mé meios de expressão: sons, vozes, palavras�
4>
-
filmes ingleses realizados em 1 959 e 1 960 para o jornal Fol"a d. S. Paulo, 04/06/1988.
a correspondência entre produção e órgãos 2. Mace Ferro, " O filme, uma contra-análise
Philippe Aries, "L'histoire dcs mentalités", in La riques, Stutlgart, 25 aoOt au 1Çlseptembrc 1985,
nouvelle flistoire. dic. Jacques Le Gotf. Bruxe p.l81.
las, Éditions Complexc, 1988.
20. Plerrc Sortin, op.cit, p.48.
6 . Ch. Samaran, citado por Jacqucs Le Gorr
21 . J.Dudley Androw, op.cit., p.132.
"Docurncnto!Mo numenlo", in Enciclopédia Ei
naudi. Porto, Imprensa Nacional, Casa da Moe 22. Citado por François Garçon e Pierre Sor
da, 1984, vol.l: Memória e História, p.98. lin "L'historien et les archives filmiques", Rê\IUe
d 'Hislo;re Moderne el Contemporaine, tome
7 . Lc Goff, "'Documento/Monumento",
op.dt., p.J02 e 103.
XXVIII, avril-juin 1981, p.344.
8. Ver Michel Vovelle, ". oonografia c história 23. Kar.;'en Fledelius, op.cit., p.!81.
das mentalidades", in Ideologias e mentalida 24. Pierre Sortin, "aio à I'éaan. ou I' histo
des, São Paulo, Brasiliense, 1987. rien dans le nair". Rêvue d'Histoire Modenfe et
9. Ver Jacques te Goff, entrevista a Micbcl Conlemporaine, tome XXI, avril-juin 1974,
Cazenave in Hisloire el imaginaire, Paris, Radio p.252.
France/Édilíons Poicsis, 1986. 25. Annales, Économies, Sociétés, Civilisa
10. Michel Vovelle, ap.cil. tions, n23, mai-juin 1968, p.581-585.
11. Citado por Sérvul o Siqueirn, "Notícia do 26. Karsten Fledelius. op.cit., p.18l. O autor
Simpósio sobre o Gnema e a Memória do Bra cita ainda uma antologia dos alemães Moltmann
sil", in Carlos Augusto M. Calil, Sérvulo Siquei e Reimers. de utilidade para o historiador do
ra, Hans Harnstaedt e outros, Cinema/eca audiovisual, alertando contudo que a metodolo
imaginária, dnema e memória, Rio de Janeiro. gia utilizada por alguns autores da coletânea (oi
Embrafilrne/ODD, 1981, p.30. contestada.
12. "Cinema como fonte de história, história 27. Em 1970 teve início a edição da reviSL.1
como fonte de cinema .... Caderno de crítica, americana Film and lIistory c, onze anos mais
Fundação Cinema Brasileiro, mimeo. tarde, a publicaç.lo da /listorical Joumal of
13. José Luiz Wemcckda Silva, '"Do despre Film, Radio and Telcvision, revista oficial d<t
zo ao temor: o filme como fonte para o historia International Association for Audio-Visual Me
dor", Hütória em cadernos. Mestrado d e dia in Ilistorical Rescarcb and Education (IAM
História IFCS/UFRJ , vol.lI, n2.1, janeiro-agosto HIST), entidade criada em 1977.
1984. 28. Marc Ferro, "O fi Ime, uma contra-análise
14. Publicado em Cultures, vol. 2, n2. 1 , Pa da socied<tde?", op.cit., p.199.
ris/Neuchâtel, Presses de l 'Uncsco!La Bacon
29. Marc Ferro, "ll1e fiction film and histo
niêre, 1974.
rical analyscs", op.cil., p.80.
1 5 . Idem, ib., p.237.
30. Idem, ib. p.8 I . Ver também de Marc
1 6 . J. Dudley Andrew, As principais teorias Ferro, Analyse de {11m, ana/yse de sociélés, Pa
do cinema - uma introdução, Rio de Janeiro, ris, Hachettc, 1975, p.13.
Jorge Zahar Editor lida., 1989, p.61.
3 1 . Mare Ferro, Cinéma et "istoire, Paris,
1 7 . Mace Ferro, "The Getion film and histo Denocl-Gonthier, 1977, p. I I -12.
rical analysis", in I1le historian and film, 00.
Paul Smith. Cambridge University Prcss, 1976,
32. Ferro observa que Outubro (1927) de
S,Eisenstei n foi feito sob a encomenda de Stalin
p.81-82.
parn comemor<tção dos dez anos da Revolução
18. Anlhony Aldgale, Cinema and history: Russa. Segundo ele, os nazist.as foram ainda
Brilish Newsreds and lhe Spanislt Civil War, mais longe: uma vez no poder, conferiram ao
London, Scholar Press, 1979, p.5-6. [ilme um C'itatuto de objeto cultural superior,
19. Karsten Fledelius. "Film and history - an com o papel de meio de informação. "Goebbels
introduction to lhe Iheme", in Rapports (I) - e I litler passavam dias inteiros no ci nema". afir
Comité lnlemational des Sciences l 1istoriques, ma ferro. Gocbbels chegou a di rigir a produção
XVI� Congres International des Sciences I listo- de alguns filmes. Idem, ib., p.85-86.
250 ES lUDOS HlSTÓRlCOS - 1992/10
36. Mace Ferro, "Film as ao agent, product 48. Idem, ib., p.234.
and source Df history". ]oumal Df Contempo 49. Pierre Sorlin, Sociologie du cinéma,
.
rany Hislory, vol .l8, n�9,july 1983, p.357-358. op.cit., p.50.
37. Mace Ferro, AnaJyse de [ilm, analyse de 50. JefIrey Richards e Anthony A1dgate, Besl
sociétés, ap.cit., p.lI e "O filme, uma oontra of British: cinema and soc;ely. 1930-/970, Ox
análise da sociedade?", ap.cil., p.203. ford, Basil Blackwell, 1983, p.8.
38. Marc Ferro, A na /yse defilm, analyse des
5 1 . Anlhony A1dgate, Cinema and hislory:
sociétés, ap.cit, p.1 9-38. British newsreels and lhe Spanish Civil War,
39. Pierre Sorlio, "C1io a !'écran, ou I'bisto London, Sebolar Press, 1979.
ricn dans l e noir", ap.cit., p.268.
52. Pierre Sorlin e Arthur Marwick, "Social
40. Pierre Sorlin, Sociologie du ânémo, change in 1960's Europe: four feature films",
op.cit., p.43-5 1 . op.cit.
41. Idem, ib., p.51-54 e p.56. 53. Entre os mais citados figuram D. Bord
42. Michele Lagny, Marie-C1airc Ropars et well, l.Staiger, K.Thompson, The classical
Pierre Sorlin, "Octobre: quelle bistoire?", La Hollywood style: film, style and mode olproduc
Rêvue du Cinéma - Image el Son, nº" 312, dec. tion to 1960, Londres, Routledge and Kegan
1976, p.43. Sorlin expressa ainda a sua preocu Paul, 1985� Lary May, Screening oul lhe past:
pação com a história do cinema, no sentido de lhe birth 01 mass cullure and lhe mo/ion picture
que esta Dão dêas costas para a teoria e vice-ver- industry (1896-1920), Oxford Uoivcrsity Press.
o
sa, em "Promenade dans Rome", IRIS, vol.2. n- 1980, e loho O'Conoor and Martin A. lackson
2, 2" semestre 1984, p.5. (ed.), American Hislory/American Cinema, in
43. Pierre Sorlio, Sociologie du cinéma, terpreling lhe Hollywood image, Nova York,
op.cit., p.61�2. 1979.