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David Ricardo
David Ricardo nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de
um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o
negócio do pai, para o qual demonstrou grande aptidão. Aos 21 anos rompeu com a
família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre.
Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se
dedicar à literatura e à ciência, especialmente matemática, química e geologia.
A leitura das obras do compatriota Adam Smith, principal teórico da escola
clássica com The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações), levou-o a
interessar-se por economia. Seu primeiro trabalho, The High Price of Bullion, a
Proof of the Depreciation of Bank Notes (1810; O alto preço do lingote de ouro,
uma prova da depreciação das notas de banco), mostrou que a inflação que então
ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de
moeda. Um comitê indicado pela Câmara dos Comuns concordou com os pontos de
vista de Ricardo, o que lhe deu grande prestígio
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram
necessários, úteis e agradáveis.
O preço de um bem era o resultado de uma relação entre o bem e outro bem
Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não.
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para
o valor de um bem.
A Renda
Eis uma grande diferença relativamente a Adam Smith, pois Smith acreditava que a
Renda era a diferença entre o Rendimento e o Somatório dos Salários e dos Lucros.
O Salário
O trabalho era visto como uma mercadoria.
O Preço Natural não é constante. Varia de acordo com o caso específico dos países,
das épocas, ou seja, depende do ambiente em que se esteja inserido.
Começa-se aqui a desenhar um dos ciclos viciosos que iremos explorar com maior
detalhe na Sétima Parte da História do Pensamento Económico, que será também
dedicada ao Pensamento de David Ricardo.
Os Lucros
Smith considerava que as Rendas era a diferença entre o Rendimento e os
Salários+Lucros. (Rendas=Rendimento-Salários-Lucros)
Ricardo por outro lado, estabelece que os Lucros são a diferença entre o
Rendimento e os Salários+Rendas (Lucros=Rendimentos-Salários-Rendas).
Um Agricultor que é detentor do Capital, guarda um lucro que é o que sobra depois
de pagos as rendas e os salários.
Sendo as Rendas Fixas, os lucros tornam-se cada vez mais importantes, quanto
mais baixos sejam os salários. Começa aqui a surgir a noção do Lucro ser um
fenómeno inerente à Luta de Classes.
A teoria do Crescimento
Para Ricardo o crescimento depende da acumulação de capital, logo, depende da
sua taxa de crescimento, isto é do Lucro.
Como mais terras são cultivas, irá se verificar uma diferenciação no pagamento das
rendas para as terras mais ou menos férteis.
Como as rendas aumentam, fruto da subida do preço das rendas das terras mais
férteis, obviamente que o lucro diminuirá.
Ricardo explica esta tendência para a baixa da taxa de lucro de uma outra forma.
A acumulação de capital leva a uma subida da população (por exemplo com a
existência de uma melhoria das condições de vida, haverá uma maior tendência
para a procriação). Isso levará a um aumento da procura de trabalho, que levará a
uma subida do nível de salário (consequentemente das condições de vida),
existindo a necessidade de se aumentar a produção. Esse aumento da produção é
obtido com a utilização de terras menos férteis, o que, como vimos anteriormente,
levará a uma subida das rendas. O Lucro irá obviamente descer, e se o preço dos
produtos agrícolas sobe, isso irá se repercutir no salário que também ira crescer,
em conclusão, mais um factor que corrobora a ideia da tendência para a baixa da
taxa de lucro.
Por causa desta lei, o crescimento fica ameaçada. Quanto maior for a taxa de lucro,
menor será a apetência para o investimento.
Tópicos relacionados:
• História do Pensamento Econômico
• Mercantilismo
• Fisiocracia
• Utilitarismo
• Economia Clássica
• Teoria Marxista
• Teoria Keynesiana