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Depois desse longo curso (a maioria dos nossos cursos tem entre 11
e 14 aulas; este teve 19!), finalmente chegamos a nossa última aula. Já
se considere um vencedor se você chegou até aqui, pois muitos ficaram
pelo caminho.
Mesmo assim, os assuntos da aula não hoje não são exigidos pelo
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Cespe. Para falar a verdade, o Cespe quase não tem questão sobre o
assunto! Quem costuma pedir esse tipo de conteúdo é a ESAF (e mesmo
assim apenas em apenas dois concursos: Analista de Planejamento e
Orçamento e Auditor Fiscal do Trabalho).
1.1. Indicadores
PIB per capita = produto per capita = renda per capita = PIB/População
1
País europeu, localizado ao sul da Bélgica, e que possui apenas 500.000 habitantes.
2
A partir de 2010, utiliza-se a Renda Nacional Bruta per capita, e não mais o Produto Interno Bruto
per capita.
Nota: apesar de um pouco antigo, o nosso mapa ainda serve para nos dar
uma vis̃o clara das desigualdades reginais no Brasil. O PNUD Brasil est́
produzindo o novo Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, utilizando
os dados do Censo 2010. Enquanto aguardamos o lançamento do mapa
novo, teremos que utilizar o mapa
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- Explicação Geográfica
Essa condição, mostrando um país em que o IDH é menor nas regiões
norte/nordeste e aumenta na direção sudeste/centro-Oeste/sul tem
explicação na geografia econômica do Brasil, onde a produção, atividade
econômica e renda ainda estão muito mais concentrada nestas regiões.
- Maiores IDH’s
Brasília no Centro-oeste ocupa a primeira colocação com um IDH de
0,874, O segundo lugar no IDH é de Santa Catarina, com 0,840. Em
seguida vem São Paulo, com 0,833, seguido de perto por Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul e Paraná.
- Lenta Melhora
Entre 1991 e 2005, o IDH de todas as unidades da Federação melhorou. A
região Nordeste, que registra os piores números desde a década passada,
foi a que teve também o maior crescimento do índice: 16,3%. Depois
vêm Sudeste e Centro-Oeste, ambos com 10,9%. O Sul, que mantém os
seus três Estados entre os seis primeiros IDHs também desde a década
passada, foi o que menos evoluiu no indicador: 8,5%. Dos dez Estados
com maior variação no índice, nove são nordestinos. Os de melhoria mais
forte foram Paraíba, Piauí e Bahia.
Por fim, vale ressaltar que o índice de Gini mede tão somente a
distribuição da riqueza e não o tamanho desta. Se em um determinado
país todo mundo for pobre, o índice de Gini será mais próximo de 0
(menos desigual), mas o PIB per capita também será mais próximo de 0
(baixa riqueza produzida pelo país).
Princípio da neutralidade
Princípio do benefício
Princípio da equidade
Princípio da capacidade ou
habilidade de pagamento
Por outro lado, imagine que a economia não esteja em níveis ótimos
de eficiência, em raz̃o de alguma falha de mercado (algum “defeito” no
funcionamento do mercado). Diante disso, o governo, a fim de corrigir
essa falha de mercado, pode decidir impor um tributo específico a fim de
corrigir a distorção existente. Veja que esse tributo, apesar de não ser
neutro, pode melhorar a eficiência econômica, tendo em vista que ele visa
à redução de uma falha de mercado.
3
O ótimo de Pareto é uma
Geralmente, definimos tal situação como sendo a hipótese em que o mercado competitivo está em
equilíbrio (curva de demanda intercepta a curva de oferta). Nesta situação, os excedentes dos
consumidores e produtores são maximizados e não temos peso morto. Daí, dizemos que há
eficiência econômica (ou eficiência de Pareto).
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Quando falamos que um imposto é eficiente do ponto de vista econômico, isto significa que
estamos falando somente da eficiência econômica e isso não guarda qualquer relação com
equidade. Assim, podemos ter um tributo eficiente, mas que seja concentrador de renda (ou seja,
é eficiente, mas não é equitativo). Por outro lado, podemos ter um imposto que melhore a
distribuição de renda (obedeça a objetivos de melhorar a equidade), mas que não seja eficiente do
ponto de vista econômico.
Pense em um bolo. O tamanho do bolo é relacionado à eficiência econômica. A repartição das suas
fatias é relacionada à equidade. Assim, se o governo prioriza a eficiência econômica, na verdade,
ele está priorizando o tamanho do bolo. Por outro lado, se ele prioriza a repartição das fatias, ele
À
do bolo. Repartir o bolo e entregar a fatia para muito mais pessoas pode provocar desperdícios, o
que seria a nossa perda de eficiência. Por isso, às vezes, é dito que há um trade-off (dilema) entre
eficiência e equidade. Ou seja, priorizar a eficiência significa abrir mão de um pouco de equidade,
ou o contrário, priorizar equidade significa abrir mão de um pouco de eficiência.
governo aplica um excise tax sobre um bem que ele não consome, ele
não será prejudicado de nenhuma forma, ao passo que, na adoção de um
lump-sum, ele terá que pagar alguma quantia ao governo. Ou seja, entre
pagar uma quantia fixa, e não pagar nada, é melhor não pagar nada!
Veja que o fato de os mais pobres serem mais prejudicados (pois estarão
pagando o mesmo valor de imposto que os ricos) é indiferente na
consideração da eficiência econômica do lump-sum. Mais uma vez,
vemos que a eficiência não leva em conta aspectos distributivos, ok?!
1. natureza;
2. indicador de resultado primário; e
3. fonte/destinação de recursos.
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Para o Manual Técnico do Orçamento (MTO), a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada
pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e
demandas da sociedade.
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Receitas extra-orçamentárias são aquelas que não fazem parte do orçamento público. Como
exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento,
retenções na fonte, salários não reclamados, operações de crédito a curto prazo e outras operações
assemelhadas. Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua realização não se
vincula à execução do orçamento. Tais receitas também não constituem renda para o Estado, uma
vez que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas somam-se às
disponibilidades financeiras do Estado, porém têm em contrapartida um passivo exigível que será
resgatado quando da realização da correspondente despesa extra-orçamentária.
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Alguns falam também em critério da coercibilidade.
depende do valor pelo qual a lata foi vendida, mas apenas do número de
latas vendidas.
% de % de
Classes
Alíquota imposto renda após
de Renda Valor do imposto
% sobre a o imposto
renda
renda
Até R$
A 10 100 10 90
1.000
Até R$
B 20 100+200 15 85
2.000
Até R$
C 30 100+200+300 20 80
3.000
Mais
D que R$ 40 100+200+300+400 25 75
3.000
Neste caso, vale a pena todas essas empresas que participam desse
processo se juntarem (isto significa “verticalizar” a produç̃o), de tal
modo a reduzir as etapas de produção a um pequeno número, e fazer
com que a tributação seja reduzida ao menor número de vezes possível.
Assim, percebe-se que a adoção de impostos cumulativos faz com que os
agentes mudem de comportamento na tentativa de “fugir” do imposto.
Essa mudança de comportamento gerada pelo imposto em cascata
representa a sua ineficiência econômica.
produção.
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Essa redução da concorrência também é um parâmetro que nos mostra a ineficiência econômica
deste imposto.
9
Também pode ser chamado de imposto sobre o valor adicionado .
Desocupados
PIA
Não trabalham e
não buscam
População emprego
total PNEA
Trabalham
PINA de graça
Legenda:
PIA: população em idade ativa
PINA: população em idade não ativa
PEA: população economicamente ativa
PNEA: população não economicamente ativa
4.2. Trabalho
o exercício de:
4.3. PIA
4.4. PINA
4.6. PEA
4.7. PNEA
4.8. SUBEMPREGO
Taxa de atividade = =
Taxa de inatividade =
Nível de ocupação =
Nível de desocupação =
Taxa de desocupação/desemprego =
Taxa de ocupação/emprego =
sua dispensa será substituído. Caso ele seja dispensado e não haja
reposição da mão-de-obra, estaremos falando do desemprego
convencional e não sobre rotatividade.
í
Taxa de rotatividade =
ú
São muitos os motivos por que, cada vez mais, as pessoas buscam
o setor informal do mercado de trabalho. Entre eles, o principal,
certamente, é a burocracia necessária e os altos custos do setor formal de
produção. Para se abrir uma empresa no Brasil e contratar empregados, o
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O caso da informalidade11
10Medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (perfeita
igualdade) a um (desigualdade máxima). Ou seja, valores próximos de zero indicam ótima
distribuição de renda, ao passo que valores próximos de um indicam grande concentração
de renda (má distribuição). O índice de Gini vem sendo reduzido lentamente no Brasil,
indicando que a concentração de renda tem diminuído, apesar da diminuição ser lenta e
gradual.
11Retirado do texto pa O D R M
T B T F P e Lauro Ramos,
publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 64
Economia p/ TCE-SC
Teoria e exercícios comentados
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho Aula 18
respeitam a legislação e, conseqüentemente, têm custos de
produção majorados;
A menor tributação provocada pela sonegação do setor informal cria
a tendência à supertributação sobre as firmas produtivas, daí
gerando incentivos ao aumento da informalidade;
Fomento à cultura da sonegação e desrespeito às normas legais;
Banalização de princípios e valores, o que gera perda de
credibilidade das instituições, propicia o alastramento da
marginalidade e até mesmo tolerância em relação a ela.
razoável admitir que os empregos com carteira sejam preferidos. Isso não
implica, todavia, que fiscalização mais intensa e maior cumprimento da lei
(inerentes ao emprego com carteira) os beneficiariam, pois poderiam
inviabilizar uma série de atividades de baixa produtividade que só são
possíveis no setor informal; e isso causaria desemprego.
Por fim, nos anos 1990 e início dos anos 2000, tem se
destacado a questão da terceirização dos serviços, a fim de
reduzir os custos elevados com a mão-de-obra. Assim, uma grande
firma, por exemplo, em vez de contratar determinados trabalhadores para
executar determinadas atividades (limpeza, manutenção, etc), pode
decidir terceirizar este serviço, contratando outra empresa para fazer
determinados serviços. Assim, ela evita os custos da contratação da mão-
de-obra.
..........
Bem pessoal, por hoje, é só! Foi um prazer ter todos vocês aqui no nosso
curso! Muito boa prova para cada um de vocês.
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RESUMÃO DA AULA
Conceitos Básicos
Crescimento Econômico: Conceito que se refere ao crescimento do PIB.
Desenvolvimento Econômico: Conceito mais amplo que o de crescimento. Engloba a natureza e
a qualidade do crescimento, bem como aspectos relacionados à distribuição de renda.
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
Questão muito simples. O enunciado se refere ao Índice de Gini.
Gabarito: C
Comentários:
A) Correta. Sem problemas, certo? Vimos em aula que o índice de Gini
varia entre 0 e 1.
C) Correta.
D) Correta.
Comentários:
A) Incorreta. O certo seria: “Se houver DESENVOLVIMENTO econômico,
então haverá CRESCIMENTO econômico, mas o inverso não é
necessariamente verdade.” Vimos essa diferenciaç̃o logo no começo da
aula: o conceito de desenvolvimento econômico envolve o de crescimento
econômico
Gabarito: E
Comentários:
A) Incorreta. Com esse IDH, o desenvolvimento humano é considerado
médio.
pleno.
Gabarito: C
Comentários:
A) Incorreta. Vimos durante a aula que esses 3 fatores são os fatores
usados para calcularmos o IDH, que é uma medida de desenvolvimento
humano.
Gabarito: D
d) de Desenvolvimento Humano.
e) Laspeyres de quantidades produzidas.
Comentários:
A melhor maneira (não é a única) de medir o desenvolvimento de um país
é o IDH, pois é o índice que reúne a maior quantidade de itens a serem
avaliados (o IDH avalia educação, saúde e renda per capita).
Gabarito: D
Comentários:
Questão bem tranquila. O índice de Gini serve para mensurar o grau de
concentração da renda.
Gabarito: D
Comentários:
Na linha da perfeita igualdade, a curva de Lorenz é uma reta e
corresponde a um coeficiente de Gini igual a zero.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
a) para ser considerado desempregado, ele precisa estar em idade ativa e
buscando emprego que lhe pague remuneração. Incorreta.
b) Correto. Se a pessoa desiste de procurar emprego, ela sai da força de
trabalho (PEA), não passando mais a figurar no conceito de
desempregado.
c) Incorreto.
GABARITO: B
COMENTÁRIOS:
Em 1998 (época de aplicação da prova), o Brasil enfrentava uma
tendência de crescimento não só nas taxas de desemprego, mas também
do mercado informal (o crescimento deste último perdura até hoje). O
crescimento do mercado informal traz, a tira colo, a precarização do
emprego, aumento do subemprego, sonegação fiscal, desregulamentação
do mercado de trabalho e aumento da rotatividade, assim como constam
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GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
Desalentados são as pessoas que não possuem trabalho e que
procuraram trabalho por um tempo, mas desistiram por não encontrar
qualquer tipo de trabalho, trabalho com remuneração adequada ou
trabalho de acordo com as suas qualificações, desta forma, ficaram
desestimuladas, desalentadas ou desencorajadas. Correta, portanto, a
assertiva A.
GABARITO: A
formal.
d) os custos trabalhistas do setor formal são muito elevados.
e) os salários pagos no setor informal são mais elevados.
COMENTÁRIOS:
Os principais motivos do crescimento do mercado informal são a
burocracia e os altos custos do setor formal. Correta a letra D.
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
PIA = 800
Desocupados = 200
PEA = 600
PNEA = ? PIA = PEA + PNEA PNEA = 800 – 600 = 200
GABARITO: A
COMENTÁRIOS:
I. Correta.
II. Incorreta. A taxa de participação feminina é menor que a masculina,
no entanto, a taxa de desocupação é maior que a masculina.
III. Incorreta. Se a pessoa trabalha sem remuneração por pelo menos 01
hora na semana de referência, em ajuda a membro da unidade domiciliar
em atividade econômica, assistência à entidade religiosa ou beneficente,
como aprendiz ou estagiário, ela é considerada integrante da PEA, como
ocupada.
GABARITO: C
COMENTÁRIOS:
PIA = PEA + PNEA
Se PEA/PIA = 0,8, então PNEA/PIA = 0,2
Como PNEA/PIA é a taxa de inatividade, esta é 20%.
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GABARITO: E
d) de Desenvolvimento Humano.
e) Laspeyres de quantidades produzidas.
GABARITO
01 C 02 E 03 E 04 C 05 D 06 D 07 D 08 E
09 B 10 C 11 A 12 D 13 A 14 C 15 E
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