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Aula 10

Língua Portuguesa p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Todos os Cargos

Professor: Rafaela Freitas


Português p/ TCE-SC
Auditor
Teoria e Questões Comentadas
Profª Rafaela Freitas Aula 10

Aula 10
Revisão Final

Como vão, amigos? Tudo bem?

Estamos finalizando o meu curso. Esta aula é especial: uma coletânea de


questões muito recentes do Cespe/UnB. Todas 2015 e 2016. Ótima
oportunidade para testar o seu estudo e para conhecer ainda mais a banca
examinadora do certame! Selecionei algumas questões bem interessantes para
finalizarmos o nosso estudo sobre essa banca tão temida!! Rs! Assuntos
recorrentes e que apareceram em provas anteriores! Será bem legal!

Espero que gostem!!

SUMÁRIO
ESTUDO DA BANCA...............................................................................02
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS..............................................................04
HORA DE CONFERIR RESULTADOS..........................................................30
GABARITO............................................................................................74
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MEU ATÉ BREVE....................................................................................75

Nada é impossível para aqueles que fazem da dificuldade uma


oportunidade!!

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Antes de começarmos, quero que leiam algumas considerações sobre o


Cespe/Unb, que estão a seguir!

ESTUDO DA BANCA

Mais do que simplesmente resolver muitas questões da banca


organizadora, saber o que e como estudar para as provas que ela elabora pode
ser a grande chave para o sucesso daqueles que sonham em ingressar em
uma carreira pública! Minha proposta aqui é formular itens que irão ajudar
vocês a finalizarem o estudo e estarem preparados para a prova!

E o que posso falar do tão temido CESPE?


Banca da Universidade de Brasília, o Centro de Seleção e de Promoção de
Eventos – CESPE é a banca mais popular do Brasil, tem a má fama de ser uma
das piores bancas de concurso. Mas para quem estuda há mais tempo, o
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CESPE acaba por se tornar uma das bancas favoritas, sim, é isso mesmo!
Vamos analisar as características específicas da banca para entendermos
melhor isso.

1) Modelo de questões “Certo ou Errado” (na maioria das vezes). O lado


bom é que questões assim deixam menos margem para chute técnico. Como
não há critérios comparativos entre alternativas, muitos candidatos acabam
ficando indecisos e nervosos. Uma dica pra aprender a lidar com isso: uma
questão “meio certa” ou “meio errada” é uma questão ERRADA, pois não existe

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tais termos! Mesmo que 99% da questão esteja certa, e apenas 1% errada,
saiba: ela está errada.

2) Muitas das provas do CESPE (mas nem todas! Preste atenção no edital,
sempre!) costumam ter fator de correção. É o famoso “Uma errada anula
uma certa”. O candidato que não lê edital, ou que tem o hábito de marcar
respostas no gabarito sem ter certeza do que está fazendo acaba tendo
grandes chances de ser eliminado. Atenção! Dicas: I > ao estudar, procure
fazer alguma marcação para diferenciar as respostas que você não tinha
certeza absoluta. Ao corrigir a prova, identifique as matérias que você não tem
um bom índice de acertos ao “chutar” e aquelas em que você pode confiar nos
seus instintos. II > Dê mais ênfase nos seus estudos para as matérias em que
você tem um maior índice de erros, e na hora da prova lembre-se de NÃO
MARCAR AO ACASO nessas matérias.

3) Cuidado com as PEGADINHAS!!! O CESPE gosta de eliminar candidatos


desatentos, não seja um deles! É muito comum ver questões praticamente
corretas, com apenas uma palavra que altera todo o sentido. Um “não” ou
“Sempre” ou “exclusivamente”… todas essas palavras merecem a atenção do
candidato! Desconfie!

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4) A banca Cespe exige mais do que memorização do candidato. É preciso


ter capacidade de interpretação e de entendimento interdisciplinar.

5) vocês devem ter percebido que o CESPE costuma cobrar sempre os


mesmos conteúdos, normalmente, não cobra todos os itens do edital. Com
isso, é fundamental que o candidato resolva o maior número de questões de
provas anteriores para se familiarizar com os conteúdos e abordagens mais
frequentes.

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Que tal um teste? Façam primeiro as provas sozinhos, sem os


meus comentários e sem gabarito. Em seguida, vou repetir a prova
para que vocês confiram o gabarito e vejam as minhas considerações e
explicações! Espero que a média de acertos seja boa!!!

Bons estudos!

A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio


acompanhada da privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela
Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal
verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava
serviços por meio de uma rede de telecomunicações interligada, em todo o
território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de
telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica, de evolução
tecnológica setorial, de novas exigências de diversificação e modernização das
redes e dos serviços, além de permitir a universalização da prestação de
serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em
desenvolvimento e mesmo em outros setores de infraestrutura do Brasil, foi
precedida da montagem de detalhado modelo institucional, dentro do qual se
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destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a


Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação
do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de reformas setoriais em
vários outros países, o que trouxe a possibilidade de aprendizado com as
experiências anteriores.
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil.
Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).

01. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Conforme as ideias veiculadas no texto A

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reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, o rompimento do


monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse
sistema às necessidades do mercado globalizado.
( ) CERTO
( ) ERRADO

02. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a
prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de forma global e
universal, abrangendo todos os rincões do país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

03. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Com a reestruturação do setor de
telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a exercer
controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o
modo como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem
se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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04. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Relativamente à adequação do setor de
telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial e de
diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de
que a administração privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação
poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza e resultados positivos a
esses serviços.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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05. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) No segundo parágrafo do texto, há relação de
encadeamento entre “adequar” (l.8) e “permitir” (l.12), formas que se
relacionam com a expressão “A ideia básica do novo modelo” (l.8).
( ) CERTO
( ) ERRADO

06. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A substituição de “autônoma” (R.19) por com
autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

07. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Sem prejuízo para a correção gramatical do
texto, nas estruturas “da privatização” (R.2), “da montagem” (R.17) e “de
reformas setoriais” (R.22), os elementos sublinhados podem ser substituídos,
respectivamente, pelas formas pela, pela e por.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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08. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O trecho “monopólio estatal verticalmente
integrado e organizado em diversas subsidiárias” (R. 4 e 5) funciona,
sintaticamente, como expressão explicativa em relação a “Sistema TELEBRAS”
(R. 2 e 3).
( ) CERTO
( ) ERRADO

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09. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Apesar de não recuperar todas as ideias do
terceiro parágrafo do texto original, o trecho a seguir ressalta, de forma
gramaticalmente correta, dois importantes aspectos do processo de
reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil: Antes da privatização
do nosso setor de telecomunicações, foi montado um modelo institucional
detalhado, com destaque para a criação da Agência Nacional de
Telecomunicações; houve reformas desse setor em muitos outros países, o que
possibilitou o aprendizado com a experiência destes.
( ) CERTO
( ) ERRADO

10. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A correção gramatical e os sentidos originais do
texto seriam preservados se, no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem
eliminadas e a forma verbal “prestava” (R.5) fosse substituída por prestavam.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Desde 1990, no Brasil, 1 tem havido uma melhora sistemática do


coeficiente de Gini, índice comumente utilizado para medir a desigualdade de
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distribuição de renda: melhorou dos 0,603 de 1993 para os 0,501 de 2013.


Tendo por base os valores de 1998, ano da privatização dos serviços de
telecomunicações do Brasil, o PIB per capita do brasileiro aumentou apenas
35,0% no período findo em 2014, ao passo que, no mesmo período, a
densidade de telefones fixos aumentou 84,5% e a de telefones celulares
aumentou 3.114%.
A penetração dos serviços de telefonia — fixa ou móvel — só não foi maior
devido ao irrisório crescimento da renda per capita no período, agravado pela
carga tributária incidente sobre serviços de telecomunicações, essenciais para
o desenvolvimento sustentável com inclusão social.

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No cenário mundial, o Brasil passou do 54.º lugar, em 2002, para o 65.º


lugar, em 2013, segundo o índice de desenvolvimento de tecnologias de
informação e comunicação (TIC), da União Internacional de Telecomunicações,
indicando que o país está defasado no aproveitamento dos benefícios que as
TIC propiciam para o desenvolvimento sustentável com inclusão social e com
inserção no mundo globalizado.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013,
92,5% dos domicílios tinham acesso aos serviços telefônicos — fixos ou
móveis. Em 1998, apenas 32% dos domicílios tinham acesso a esses serviços,
o que indica um volumoso aumento no período mencionado.
No final do primeiro semestre de 2015, 41.310 localidades eram servidas
pela telefonia fixa, em função da realização das metas do Plano Geral de Metas
de Universalização; no final do primeiro semestre do ano anterior, eram
40.907 localidades e, em 1992, eram 16.950.
O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações.
In: O desempenho do setor de telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15.
Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9.
Internet: <www.telebrasil.org.br > (com adaptações).

11. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O termo per capita indica o grau de
desenvolvimento econômico e social dos habitantes do país, distinguindo
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pessoas ricas de pessoas pobres ou miseráveis.


( ) CERTO
( ) ERRADO

12. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Houve significativa melhoria do desempenho
socioeconômico do setor de telecomunicações, se comparados 1998, ano da
privatização desses serviços, e 2015, ano corrente, cujo primeiro semestre é
objeto de análise no texto.

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( ) CERTO
( ) ERRADO

13. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Do texto se deduz que o fato de, em 2013, o
Brasil passar a ocupar a 65.a posição no ranque internacional de
desenvolvimento de TIC indica que, embora o setor de telecomunicações do
país tenha tido significativo desempenho, este tem de melhorar em
comparação aos índices de desenvolvimento sustentável com inclusão social e
com inserção no mundo globalizado dos países ricos e desenvolvidos.
( ) CERTO
( ) ERRADO

14. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Conforme os dados da PNAD mencionados no
texto, houve enorme aumento de acesso, por domicílio, aos serviços
telefônicos fixos ou móveis, no período compreendido entre 1998 e 2013.
( ) CERTO
( ) ERRADO

15. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A evolução do PIB per capita mostra que, de
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1998 a 2014, o poder aquisitivo médio do brasileiro aumentou na mesma


proporção que a densidade de telefones fixos e celulares nos domicílios do
país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Com relação às estruturas linguísticas do texto O ambiente


socioeconômico do setor de telecomunicações, julgue os seguintes itens.

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16. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) No final do primeiro parágrafo, caso se
substituíssem o sinal de dois-pontos por vírgula e a palavra “melhorou” por
que passou, a correção gramatical do período seria mantida.
( ) CERTO
( ) ERRADO

17. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Na linha 13, a flexão do termo “agravado” na
forma feminina faria que esse termo passasse a concordar com “renda per
capita”, sem que isso resultasse em prejuízo para a correção gramatical e para
os sentidos do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

18. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Desde que fossem feitas as necessárias
adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no texto em apreço poderia
compor o corpo de um relatório referente ao crescimento socioeconômico do
setor de telecomunicações no Brasil, desde a privatização do setor.
( ) CERTO
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( ) ERRADO

19. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O enunciado “índice comumente utilizado para
medir a desigualdade de distribuição de renda” (R. 2 e 3) tem função adjetiva,
pois confere uma qualidade ao antecedente “coeficiente de Gini” (R.2), à
semelhança do que ocorre, no segundo parágrafo, com “ano da privatização
dos serviços de telecomunicações do Brasil” (R. 5 e 6) em relação a “1998”
(R.5).
( ) CERTO

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( ) ERRADO

Acerca das características gerais dos diversos tipos de comunicação


oficial, julgue os itens a seguir, com base no Manual de Redação da Presidência
da República.

20. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Na elaboração de um ofício de mero
encaminhamento, o autor da comunicação pode eximir-se da escrita de
parágrafos de desenvolvimento.
( ) CERTO
( ) ERRADO

21. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O documento conhecido como exposição de
motivos tem uma forma básica de estrutura, independentemente de sua
finalidade.
( ) CERTO
( ) ERRADO

22. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A mensagem, assim como o aviso, o ofício e os
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demais atos assinados pelo presidente da República, deve conter a


identificação de seu signatário.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Com relação a aspectos gerais de forma e de linguagem das comunicações


oficiais, julgue os itens que se seguem, conforme o Manual de Redação da
Presidência da República.

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23. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Os adjetivos referidos aos pronomes de
tratamento devem concordar com o substantivo que compõe a locução. Dessa
forma, por exemplo, “Vossa Excelência está liberada de seus serviços” é a
maneira correta de se comunicar, independentemente do sexo do receptor da
comunicação.
( ) CERTO
( ) ERRADO

24. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Nas comunicações oficiais, há sempre um único
comunicador, o serviço público, sendo os receptores dessas comunicações o
próprio serviço público ou o conjunto de cidadãos ou instituições, estes
tratados de forma homogênea.
( ) CERTO
( ) ERRADO

25. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) É obrigatório, nas comunicações oficiais, o
emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o
tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.
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( ) CERTO
( ) ERRADO

Para que se possa definir a inelegibilidade, é necessário, preliminarmente,


distingui-la de outro instituto que com ela não se confunde, a
incompatibilidade. O nosso legislador constituinte distingue perfeitamente as
duas situações. A Constituição Federal de 1988 (CF) estabelece as
incompatibilidades no seu artigo 54, e as inelegibilidades no artigo 14, §§ 4.º e
seguintes. Os demais casos de inelegibilidade estão fixados na Lei
Complementar n.º 64/1990.

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As inelegibilidades são os impedimentos, de natureza constitucional ou


legal (se forem os previstos na lei complementar que regula a matéria das
inelegibilidades), que impossibilitam alguém de se registrar como postulante a
todos ou a alguns cargos eletivos, ou, se supervenientes ao registro, que
servem de embasamento à impugnação de sua diplomação, tornando nulos os
votos porventura dados ao cidadão sufragado.
As incompatibilidades são, da mesma forma, impedimentos, embora de
natureza diversa, que proíbem o parlamentar, desde a expedição do diploma
ou desde a sua posse, de obter, direta ou indiretamente, vantagens do poder
público, ou de se utilizar do mandato para obtê-las com maior facilidade.
Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que torna
nulos os votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um
impedimento posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato.
Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo 54 da CF,
perderá o seu mandato. Cabe, portanto, a ele, parlamentar, optar por
permanecer no Legislativo e abandonar o cargo incompatível com o exercício
do seu mandato, ou, então, continuar no exercício do cargo incompatível, e, no
entanto, perder o mandato legislativo.
Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Condições de elegibilidade e inelegibilidade. In:
Revista do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, vol. 17, n.º 35, jul.-dez./2012.
Porto Alegre: TRE/RS, p. 13-15. Internet: <www.tre-rs.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 1 44482046000

26. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Assinale a opção


correta de acordo com o texto Condições de elegibilidade e
inelegibilidade.
A) A inelegibilidade é a razão de muitos cancelamentos de registros de
candidatura bem como de anulações de eleições, ao passo que a
incompatibilidade é o motivo de cassação de mandatos eletivos.
B) A inelegibilidade é um impedimento anterior ao pleito eleitoral e pode
ser total (o cidadão não pode se registrar para concorrer a todos os cargos

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eletivos) ou parcial (o cidadão não pode se registrar para concorrer a alguns


cargos eletivos).
C) A inelegibilidade e a incompatibilidade são impedimentos que, embora
tenham natureza semelhante, não se confundem.
D) Os impedimentos que caracterizam a inelegibilidade e a
incompatibilidade são legais e constitucionais, pois estão previstos na
Constituição Federal.
E) A incompatibilidade, por ser um impedimento posterior à eleição,
proibitivo do exercício do mandato, na prática, implica a anulação dos votos
recebidos por um candidato.

27. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) No que se refere aos


aspectos linguísticos do texto Condições de elegibilidade e inelegibilidade,
assinale a opção correta.
A) Dada a regência do verbo proibir (R.19), a substituição do termo “o
parlamentar” (R. 19 e 20) por ao parlamentar não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
B) O uso do acento indicativo de crase em “à eleição” (R.25) é exigido
pela presença do substantivo “impedimento” (R.24) e pela presença de artigo
definido feminino que determina o substantivo “eleição”.
C) Na linha linha 2, caso o advérbio “preliminarmente” fosse colocado
depois de “distingui-la” — feitas as devidas alterações na pontuação —, o
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sentido original seria mantido.


D) A forma pronominal “la”, em “distingui-la” (l.2), poderia ser
corretamente deslocada para imediatamente antes da forma verbal —
escrevendo-se a distinguir.
E) Admite-se, para o adjetivo “supervenientes” (l.14), a variante
sobrevenientes.
QUESTÃO 3

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28. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Ainda a respeito dos


aspectos linguísticos do texto Condições de elegibilidade e
inelegibilidades, assinale a opção correta.
A) A oração “para obtê-las com maior facilidade” (l. 22 e 23) expressa
uma consequência da ação descrita na oração “de se utilizar do mandato”
(l.22).
B) A oração “de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos
eletivos” (l. 13 e 14) restringe o sentido do pronome “alguém” (l. 13).
C) A oração “Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo
54 da CF” (l. 28 e 29) expressa a causa da ideia expressa na oração “perderá o
seu mandato” (l.29).
D) A oração “Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à
eleição” (l. 24 e 25) classifica-se como coordenada e expressa um contraste
em relação à ideia expressa na oração “a incompatibilidade é um impedimento
posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato” (l. 26 e 27).
E) A oração “distingui-la de outro instituto” (l. 2 e 3) desempenha a
função sintática de sujeito no período em que ocorre.

Uma vez declarada, a ilicitude de algumas relações entre empresas e


poder público e partidos políticos, ao contrário do que se diz, certamente
diminuirá o fluxo de dinheiro clandestino. A decisão do Supremo Tribunal
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Federal (STF) que derrubou inclusive a possibilidade de que empresas possam


doar a partidos em anos não eleitorais enquadra-se em um esforço saneador
cujo efeito imediato será obrigar as legendas e seus candidatos a buscar
recursos legais.
Esse novo cenário levou os críticos da decisão do STF a argumentar
também que, agora, somente os candidatos mais conhecidos terão visibilidade
eleitoral, inviabilizando-se a construção de candidaturas de gente comum. Mais
uma vez, trata-se de uma falácia: desde sempre, figuras notórias puxam
votos, sem que isso represente prejuízo irremediável para a democracia ou
impeça a renovação da representação popular.

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O grande prejuízo se dá quando os partidos se viciam em dinheiro farto,


transformando as campanhas eleitorais em espetáculos dirigidos por
“marqueteiros” que hoje são, na prática, os responsáveis por formular o
programa dos candidatos. Assim, não será surpresa se, para substituir a
fartura das “doações” empresariais, os partidos pleitearem ainda mais dinheiro
do Fundo Partidário e a ampliação da propaganda eleitoral dita “gratuita”, que
de gratuita não tem nada, pois é financiada por meio de renúncia fiscal. Em
ambos os casos, o contribuinte banca as despesas de partidos com os quais
não tem necessariamente alguma afinidade.
Pelo fim do doping eleitoral. In: O Estado de S.Paulo, out./2015. Internet:
<http://opiniao.estadao.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 4
29. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Assinale a opção
correta com base no texto Pelo fim do doping eleitoral.
A) Permitir a legendas e candidatos que busquem legalmente recursos
financeiros é uma consequência da decisão do STF.
B) O autor do texto discorda da afirmação de que, com a decisão do STF,
vai diminuir o fluxo de dinheiro clandestino para abastecer campanhas
eleitorais.
C) Infere-se do texto que, dada sua própria natureza, os recursos legais
são escassos e, por isso, insuficientes para financiar legendas e candidatos.
D) Apesar de figuras conhecidas serem geralmente mais votadas que
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figuras pouco desconhecidas, isso não impede a construção de candidaturas de


gente comum nem a renovação da representação popular.
E) A decisão do STF terá como consequências imediatas a transformação
das campanhas eleitorais em verdadeiros espetáculos orquestrados por
“marqueteiros” e o aumento no valor das despesas com partidos políticos, que
cairão na conta do contribuinte.
UESTÃO 5

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30. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) A respeito do


emprego dos sinais de pontuação no texto Pelo fim do doping eleitoral,
assinale a opção correta.
A) O emprego de vírgula logo após “saneador” (l.7) preservaria o sentido
original do período.
B) As aspas foram empregadas tanto em ‘doações’ (l.21) quanto em
‘gratuita’ (l.23) com a mesma finalidade.
C) A supressão da vírgula empregada logo após “se” (l.20) manteria a
correção gramatical do texto.
D) Caso a vírgula empregada logo após “eleitoral” (l.11) fosse substituída
por ponto final, a correção gramatical do texto seria mantida.
E) Os dois-pontos empregados logo após “falácia” (l.13) introduzem uma
enumeração.

O sistema de votação manual pode ser vulnerável, favorecendo a prática


de atos que têm por objetivo fraudar a manifestação da vontade do eleitor.
Entre essas práticas, pode-se citar o chamado “voto carreirinha”. Nesse tipo de
fraude, um eleitor, valendo-se da desatenção ou mesmo da conivência dos
componentes da mesa, deixa de depositar a cédula na urna, colocando, em
seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado. Então, a cédula oficial não
depositada é entregue para outro eleitor, já preenchida, que a coloca na urna e
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deixa a seção eleitoral portando a cédula em branco recebida do mesário.


Outra fraude muito comum é o chamado “mapismo”. Após a apuração dos
votos de determinada urna, o mapa resultante é alterado para que se beneficie
algum candidato. O fraudador se vale da colaboração de algum escrutinador e
da desmobilização da fiscalização para alterar o mapa com o resultado da
votação daquela urna. A fraude é favorecida pela quantidade de pessoas que
se aglomeram nos locais de apuração, o que dificulta sobremaneira a
fiscalização das atividades pelos representantes dos partidos políticos, bem
como pelos integrantes da justiça eleitoral.

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A necessidade de convocação de grande número de eleitores para atuar


como escrutinadores também traz grande malefício. Os escrutinadores podem
passar dias afastados de seus locais de trabalho no desenrolar do processo de
apuração de votos, e, depois, ainda fazem jus a período de afastamento do
trabalho por tempo equivalente. Com isso, o país deixa de contar com tal força
de trabalho, o que prejudica, sobremaneira, a produção de bens e serviços.
Arthur Narciso de Oliveira Neto. Voto eletrônico: tecnologia a serviço da cidadania. In:
Estudos eleitorais / Tribunal Superior Eleitoral, vol. 9, n.º1, jan.-abr./2014, p.11-13. Internet:
<www.tse.jus.br> (com adaptações).

QUESTÃO 6
31. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Considerando os
aspectos gramaticais do texto Voto eletrônico, assinale a opção correta.
A) Os termos “de convocação” (l.22) e “de grande número de eleitores” (l.
22 e 23) desempenham a mesma função sintática.
B) A partícula “se”, em “valendo-se” (l.5), classifica-se como pronome
reflexivo.
C) As palavras “recebida” (l.10) e “afastados” (l.24) desempenham, nos
períodos em que ocorrem, a mesma função sintática.
D) As palavras “muito” (l.12) e “grande” (l.22) desempenham a função de
adjuntos adverbiais nas orações em que ocorrem.
E) Os termos “pela quantidade de pessoas” (l. 17 e 18) e “pelos
representantes dos partidos políticos” (l.20) funcionam como agentes da
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passiva das orações em que ocorrem.

Com a chegada da televisão às campanhas eleitorais, o eleitor expõe-se,


por meio do vídeo, a um grande número de candidatos e quase diariamente
pode julgar o desempenho de cada um deles. Além disso, informa-se sobre a
situação relativa de cada candidato nas prévias eleitorais e assiste aos
desdobramentos da campanha. Assim, participa cada vez menos dos comícios

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públicos, e é em sua sala de visitas que se informa e debate com os familiares


as novas informações obtidas.
A decisão para o voto centra-se diariamente em novas bases, o que
introduz mais um fator para a volatilidade do voto nas eleições com o domínio
da televisão. Volatilidade e alto número de indecisos são, entre outros
aspectos, produto da campanha moderna centrada na televisão: as decisões
podem ser deixadas para o final, porque sempre poderá haver um fato a
influenciá-las. E é exatamente nesse clima que a televisão introduziu o clímax
de uma campanha: o debate entre os candidatos. Sem ele, o eleitorado não se
informaria suficientemente sobre eles.
As análises correntes afirmam que uma exposição consistente e
concentrada de um eleitor a uma campanha eleitoral pela televisão depende de
muitas características sociais, tais como escolaridade, sexo, idade e filiação ou
participação em organizações sociais e políticas. Essas características se
relacionam com outros fatores, tais como as fontes de preferência da
informação política (as pessoas que leem mais material de campanha nos
jornais também o fazem em revistas, rádio e televisão); os eventos (as
pessoas que seguem determinados eventos de campanhas tendem a seguir
outros, mesmo que sejam de candidatos aos quais se opõem); e a atenção
(algumas pessoas prestam mais atenção à propaganda de uma campanha).
Entre outras conclusões, esses estudos mostram que as mulheres — mais do
que os homens —, os trabalhadores manuais — mais do que os não manuais
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— e os eleitores de menor escolaridade preferem em maior medida a TV. No


entanto, permanece a questão sobre a forma dessa exposição, ou seja, a
respeito do caráter passivo ou ativo da assimilação das mensagens e imagens
dos candidatos.
Lúcia Avelar. As eleições na era da televisão. In: Revista de Administração de Empresas.
SP: set.-out./1992, p 42-57. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

QUESTÃO 1
32. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) De acordo com o
texto As eleições na era da televisão,

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A) a participação dos eleitores no processo eleitoral passou a ser mais


ativa com a ampliação do uso da televisão nas campanhas eleitorais.
B) a menor participação dos eleitores nos comícios é uma das
consequências negativas da ampla exposição dos eleitores à televisão durante
as campanhas eleitorais.
C) o debate entre os candidatos promovido pelas redes de televisão
passou a ser um evento crucial de uma campanha eleitoral.
D) as mulheres, os trabalhadores manuais e os eleitores de menor
escolaridade dão preferência à televisão como meio midiático em razão de
fatores culturalmente estabelecidos.
E) a televisão é o meio mais eficaz para a propagação de notícias acerca
das eleições e dos candidatos.
QUESTÃO 2
33. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Com relação aos
aspectos linguísticos do texto As eleições na era da televisão, assinale a
opção correta.
A) A palavra “correntes” (l.19) foi empregada no texto com o sentido de
corriqueiro.
B) A eliminação dos vocábulos “é” e “que” no trecho “e é em sua sala de
visitas que se informa” (l. 7 e 8) prejudicaria a correção gramatical do texto.
C) A forma pronominal “las” (l.15) remete ao termo “as decisões” (l.13).
D) A substituição de “aos quais” (l.29) por que manteria a correção
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gramatical do texto e seu sentido original.


E) O vocábulo “Assim” (l.6) exerce função de adjunto adverbial.

No Brasil, as discussões sobre reforma política têm sido frequentes nos


últimos anos. O debate engloba uma ampla gama de projetos referentes a
vários itens, como sistema eleitoral e métodos de votação, sistema de
governo, obrigatoriedade do voto, legislação partidária, disciplina partidária e
trocas de legenda, coligações e financiamento político, entre outros. O
problema é que sob o termo “reforma política” se abrigam muitas concepções

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diferentes a respeito do modelo político mais adequado ao país — e,


consequentemente, a respeito do modelo mais apropriado de financiamento
dos partidos e das campanhas.
O financiamento público é uma das medidas mais mencionadas quando se
fala em reforma política no Brasil. A partir da segunda metade do século XX,
um grande número de países passou a adotar esse tipo de financiamento.
Segundo o estudo Political Finance Database, divulgado em 2012 pela ONG
Idea International, 66% dos 175 países estudados adotam financiamento
público. Mas esse número deve ser lido com cuidado. Em nenhum país
democrático, o financiamento político é exclusivamente público, isto é,
realizado apenas com recursos do Estado. O cientista político alemão Karl-
Heinz Nassmacher estima que os percentuais de financiamento público em
relação ao financiamento total variem de 2% (no Reino Unido) e 3% (nos
Estados Unidos da América) a 65% (na Suécia) e 68% (na Áustria).
No Brasil, o financiamento público está previsto na legislação desde 1971,
mas só passou a ser significativo a partir de 1995, com a instituição do Fundo
Partidário. Não há estimativas confiáveis do percentual que esse fundo
representa na receita total de cada partido — inclusive porque esse percentual
pode variar bastante de partido para partido —, mas os altos montantes
distribuídos por ele (aproximadamente R$ 270 milhões, em 2011) dão
indicações de que o percentual de financiamento público em relação ao
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financiamento total deve ser alto, pelo menos para os grandes partidos.
A responsabilidade das empresas no processo eleitoral. SP: Instituto Ethos e
Transparency International, set./2012, p. 10-1. Internet: <http://www3.ethos.org.br> (com
adaptações).

QUESTÃO 3
34. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Conforme o texto A
responsabilidade das empresas no processo eleitoral,
A) o financiamento público dos partidos e das campanhas eleitorais ocorre
de diferentes maneiras em diversos países.

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B) o fato de o percentual de financiamento público ser alto em relação ao


financiamento total sobrecarrega as despesas dos eleitores.
C) boa parte dos eleitores brasileiros é favorável à reforma política, o que
se comprova das frequentes discussões sobre o assunto nos últimos anos.
D) o financiamento público no Brasil só passou a ocorrer, de fato, a partir
de 1995.
E) a mais importante discussão acerca da reforma política diz respeito ao
modelo de financiamento dos partidos e das campanhas.

35. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Seriam preservados


o sentido original e a correção gramatical do texto A responsabilidade das
empresas no processo eleitoral caso
A) o nome próprio “Karl-Heinz Nassmacher” (L. 21 e 22) fosse isolado por
vírgulas.
B) o travessão utilizado logo após o trecho “de partido para partido”
(L.31) fosse suprimido.
C) o ponto empregado logo após “anos” (L.2) fosse substituído por dois-
pontos.
D) o trecho “sob o termo ‘reforma política’” (L. 7 e 8) fosse isolado por
vírgulas.
E) a vírgula empregada logo após “Political Finance Database” (L.16) fosse
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suprimida.

No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou


justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas
contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se
viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.
A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto

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com o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser
garantida nas cartas constitucionais.
No século XX, o texto constitucional de 1934, no capítulo II, “Dos direitos
e das garantias individuais”, em seu art. 113, fez menção a essa proteção, ao
prever que “A União e os estados concederão aos necessitados assistência
judiciária, criando para esse efeito órgãos especiais e assegurando a isenção
de emolumentos, custas, taxas e selos”. Por sua vez, a Constituição de 1946
previu, no mesmo capítulo que a de 1934, em seu art. 141, § 35, que “O
poder público, na forma que a lei estabelecer, concederá assistência judiciária
aos necessitados”. A lei extravagante veio em 1950, materializada na Lei n.º
1.060, que especifica normas para a concessão de assistência judiciária aos
necessitados. No art. 4.º dessa lei, havia menção ao “rendimento ou
vencimento que percebe e os encargos próprios e os da família” e constava a
exigência de atestado de pobreza, expedido pela autoridade policial ou pelo
prefeito municipal. Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a
simples afirmação (da pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu
nova redação a dispositivos da Lei n.º 1.060/1950.
Em 1988, a Carta Cidadã ampliou o escopo da assistência judiciária ao
empregar o termo assistência jurídica integral e gratuita, que é mais
abrangente e que abarca o termo usado anteriormente, restrito apenas à
assistência de demanda judicial já proposta ou a ser interposta. O termo atual
44482046000

também engloba atos jurídicos extrajudiciais, aconselhamento jurídico,


patrocínio da causa, além de ações coletivas e mediação.
Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma
lide judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode,
mediante simples afirmativa, postular as benesses dessa prerrogativa,
garantida pela Constituição Federal vigente.

Uma história para a gratuidade jurídica no Brasil.


Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).

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36. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Infere-se do texto que a Lei n.º 1.060/1950 ainda está em vigência, embora
tenha passado por algumas alterações.
( ) CERTO
( ) ERRADO

37. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


autor do texto visa convencer o leitor acerca da necessidade de que se tratem
como iguais os desiguais, por meio da prestação jurisdicional gratuita.
( ) CERTO
( ) ERRADO

38. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, o primeiro período
poderia ser reescrito da seguinte forma: A própria colonização do Brasil, ainda
no século XVI, pode ser considerada marco da história da assistência jurídica,
ou justiça gratuita, no país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

39. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


44482046000

Depreende-se do texto que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é


proibido à pessoa possuidora de bens requerer o direito à assistência jurídica
integral e gratuita.
( ) CERTO
( ) ERRADO

40. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Conclui-se do texto que, ao prever a substituição do atestado de pobreza pela
simples afirmativa da pessoa de que ela não pode arcar com os custos judiciais

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da demanda, a lei teria buscado uma forma de tornar mais acessível ao


necessitado o exercício de seu direito.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue os


itens subsecutivos.

41. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) A


substituição de “ratificado” (R.28) por confirmada manteria a coerência do
texto, embora seu sentido fosse alterado.
( ) CERTO
( ) ERRADO

42. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) A


supressão da vírgula empregada logo após “prerrogativa” (R.41) manteria a
coerência do texto, embora alterasse o seu sentido.
( ) CERTO
( ) ERRADO

43. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava”
44482046000

(L.6) fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.


( ) CERTO
( ) ERRADO

44. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos
judiciais das demandas” (L. 7 e 8), a partícula “se” foi empregada no sentido
de umas às outras.
( ) CERTO

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( ) ERRADO

45. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “que”, em “incapaz de arcar com os custos que uma lide judicial
impõe” (L. 38 e 39), funciona como pronome relativo e retoma o termo
antecedente.
( ) CERTO
( ) ERRADO

46. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Na linha 10, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo
“importância”, funcionando, na oração em que ocorre, como um termo
acessório.
( ) CERTO
( ) ERRADO

47. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido original
do texto, o vocábulo “existentes” (R.5) poderia ser flexionado no singular, caso
em que passaria a concordar com o antecedente “relação jurídica”.
44482046000

( ) CERTO
( ) ERRADO

48. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “patrocínio” (L.37) foi empregado no texto no sentido de apoio,
geralmente financeiro, concedido, como estratégia de marketing, por uma
organização a determinada atividade.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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49. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Os elementos “já” (R.6), “atual” (R.35) e “Hoje” (R.38) desempenham a
mesma função sintática nas orações em que ocorrem.
( ) CERTO
( ) ERRADO

No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas


pobres perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes
traços religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do
direito português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil
brasileiro de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de
concessão de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre
que jurasse não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo
e se rezasse, na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei
de Portugal, seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro
44482046000

bono, os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um


dever moral do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com
caráter e competência profissionais, embora fosse uma atividade não
remunerada.
Essas duas formas de gratuidade no acesso à justiça não se confundem. A
advocacia pro bono é definida como a prestação gratuita de serviços jurídicos
na promoção do acesso à justiça, ao passo que a assistência jurídica pública
gratuita, atualmente prevista na Constituição Federal, no artigo 5.º, inciso
LXXIV, e no artigo 134, é um dever intransferível do Estado e, na maior parte
das vezes, é realizada na atuação das Defensorias Públicas da União e dos

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estados e por meio de convênios entre esses órgãos e a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
Enfim, a importância dessas duas formas de assistência jurídica gratuita
reside no fato de que o maior beneficiário dessa prerrogativa é a pessoa com
insuficiência de recursos que tenha de demandar em juízo.
Internet: <www.ambito-juridico.com.br> e <www.probono.org.br> (com adaptações).

50. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


De acordo com o texto, o Estado confundia-se com a religião, o que fica
evidente no fato de que foram as Ordenações Filipinas que compilaram, em
textos legais, o benefício da justiça gratuita de cunho religioso.
( ) CERTO
( ) ERRADO

51. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Conclui-se do texto que a concessão da gratuidade no acesso à justiça
originou-se de um dever legal do Estado de auxiliar os pobres na resolução de
suas demandas.
( ) CERTO
( ) ERRADO

52. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


44482046000

Conclui-se do conteúdo do segundo parágrafo que as ações de jurar e de rezar


em honra do rei funcionavam como um atestado de pobreza, ou seja, como
forma de demonstrar a situação de insuficiência de recursos a fim de se obter
a concessão da assistência judiciária gratuita.
( ) CERTO
( ) ERRADO

53. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, o trecho “se o

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agravante (...) custas de então” (R. 11 a 15) poderia ser reescrito da seguinte
forma: caso o agravante for muito pobre a ponto de não ter bens móveis ou
bens imóveis, e caso nem tenha como pagar as custas do processo, se rezar
um Pai-Nosso na audiência em honra do rei de Portugal o pagamento das
custas da época será considerado liquidado.
( ) CERTO
( ) ERRADO

54. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Presentes no texto, os vocábulos “caráter”, “intransferível” e “órgãos” são
acentuados em decorrência da regra gramatical que classifica as palavras
paroxítonas.
( ) CERTO
( ) ERRADO

55. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


As expressões “No início da colonização portuguesa no Brasil” (L.1),
“Anteriormente à primeira Constituição pátria” (L.4), “Ainda com relação ao
aspecto da gratuidade” L.16) e “Enfim” (L.34) promovem o encadeamento e a
sequencialização dos argumentos desenvolvidos no texto.
( ) CERTO
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( ) ERRADO

56. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “sancionadas” (L.7) é, no texto, sinônimo de promulgadas.
( ) CERTO
( ) ERRADO

57. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


No trecho “Anteriormente à primeira Constituição pátria” (L.4), o emprego do
acento indicativo de crase é facultativo.

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( ) CERTO
( ) ERRADO

HORA DE CONFERIR OS RESULTADOS!!

A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio


acompanhada da privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela
Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal
verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava
serviços por meio de uma rede de telecomunicações interligada, em todo o
território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de
telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica, de evolução
tecnológica setorial, de novas exigências de diversificação e modernização das
redes e dos serviços, além de permitir a universalização da prestação de
serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em
desenvolvimento e mesmo em outros setores de infraestrutura do Brasil, foi
precedida da montagem de detalhado modelo institucional, dentro do qual se
destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação
44482046000

do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de reformas setoriais em


vários outros países, o que trouxe a possibilidade de aprendizado com as
experiências anteriores.
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil.
Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).

01. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Conforme as ideias veiculadas no texto A
reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, o rompimento do

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monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse


sistema às necessidades do mercado globalizado.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: logo no início do segundo parágrafo, podemos confirmar a


veracidade da questão: “A ideia básica do novo modelo era a de adequar o
setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica”.
GABARITO: C

02. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a
prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de forma global e
universal, abrangendo todos os rincões do país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: observem o que diz o final do segundo parágrafo: “além de


permitir a universalização da prestação de serviços básicos, tendo em vista a
elevada demanda reprimida no país”. Isso quer dizer que, antes da
privatização, os serviços básicos de comunicação eram escassos, não
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abrangiam o país em sua totalidade.


GABARITO: E

03. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Com a reestruturação do setor de
telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a exercer
controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o
modo como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem
se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão.
( ) CERTO

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( ) ERRADO

Comentário: a questão está indo além do que foi informado no texto com
informações inverídicas. Não há informações no texto de que a agência
reguladora ANATEL passou a definir como as empresas prestadoras de serviços
de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de
que modo o farão. Também não é possível inferir isso.
GABARITO: E

04. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Relativamente à adequação do setor de
telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial e de
diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de
que a administração privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação
poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza e resultados positivos a
esses serviços.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: observem que as informações do item resumem a ideia


44482046000

principal do texto de maneira eficaz, principalmente se levarmos em


consideração o segundo parágrafo.
GABARITO: C

05. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) No segundo parágrafo do texto, há relação de
encadeamento entre “adequar” e “permitir”, formas que se relacionam com a
expressão “A ideia básica do novo modelo”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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Comentário: os verbos “adequar” e “permitir” estão encadeados, ou seja,


interligados pelas ideias do texto expostas no segundo parágrafo, que, em
outras palavras, quer dizer: a ideia básica do novo modelo era não somente
adequar tais fatores, mas também permitir a universalização de prestação
de serviços básicos.
GABARITO: C

06. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A substituição de “autônoma” (L.19) por com
autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: para que “autônoma” fosse substituído por “com autonomia”,


era preciso que “independente” tivesse sido substituído por “com
independência”, no seguinte trecho: “dentro do qual se destaca a criação de
uma agência reguladora independente e autônoma”. Isso porque é
necessário que seja mantido o paralelismo do período, que ficaria assim:
dentro do qual se destaca a criação de uma agência reguladora com
independência e com autonomia. Ainda assim, penso que o trecho ficaria
44482046000

um tanto ambíguo, pois não saberíamos se independente e autônoma seria a


criação da agência ou a própria agência! Sendo assim, a questão é
INCORRETA.
GABARITO: E

07. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Sem prejuízo para a correção gramatical do
texto, nas estruturas “da privatização” (l.2), “da montagem” (l.14) e “de
reformas setoriais” (l.17), os elementos sublinhados podem ser substituídos,
respectivamente, pelas formas pela, pela e por.

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( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: para responder a essa questão com clareza, é preciso


contextualizar cada caso:
“A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio
acompanhada da privatização”. A preposição “da” (de + a) foi exigida por
“acompanhada”. Caberia também a preposição “pela” (per + a) sem alteração
de sentido: ...no Brasil veio acompanhada pela privatização.
“...foi precedida da montagem de detalhado modelo institucional”. Algo é
precedido DE alguma coisa ou POR alguém. Sendo assim, a alteração de “da”
por “pela” está adequada. (Da = de +a / Pela = per + a).
“A reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de
reformas setoriais...”. Algo é precedido DE alguma coisa ou POR alguém.
Sendo assim, a alteração de “da” pelo “por” está adequada.
ATENÇÃO: no desenvolvimento da língua, PER deu lugar a POR.
GABARITO: C

08. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O trecho “monopólio estatal verticalmente
integrado e organizado em diversas subsidiárias” (L. 2 e 3) funciona,
sintaticamente, como expressão explicativa em relação a “Sistema TELEBRAS”
44482046000

(L. 2).
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: observem que o trecho “monopólio estatal verticalmente


integrado e organizado em diversas subsidiárias” está entre vírgulas e está
explicando o que vem a ser “Sistema TELEBRAS”, sendo assim, é uma
expressão explicativa como afirma a questão.
GABARITO: C

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09. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Apesar de não recuperar todas as ideias do
terceiro parágrafo do texto original, o trecho a seguir ressalta, de forma
gramaticalmente correta, dois importantes aspectos do processo de
reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil: Antes da privatização
do nosso setor de telecomunicações, foi montado um modelo institucional
detalhado, com destaque para a criação da Agência Nacional de
Telecomunicações; houve reformas desse setor em muitos outros países, o que
possibilitou o aprendizado com a experiência destes.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a questão faz um enfoque gramatical da reescritura com


todas as regras gramaticais respeitadas no que tange a pontuação e
concordância especialmente.
GABARITO: C

10. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A correção gramatical e os sentidos originais do
texto seriam preservados se, no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem
eliminadas e a forma verbal “prestava” (L.4) fosse substituída por prestavam.
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( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: dificilmente seria possível retirar TODAS as vírgulas de um


parágrafo sem que o sentido original ou a correção gramatical fossem
alterados! No caso em questão, as vírgulas que isolam o trecho “monopólio
estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias” não
podem ser retiradas uma vez que se trata de um sintagma explicativo que
deve ser mantido entre vírgulas! Se elas fossem retiradas, a correção

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gramatical seria mantida, mas o sentido seria alterado, deixaria de ser uma
explicação para ser uma restrição. Também não é possível a troca de
“prestava” por “prestavam”, já que o sujeito é “Sistema TELEBRAS”, no
singular.
GABARITO: E

Desde 1990, no Brasil, tem havido uma melhora sistemática do coeficiente


de Gini, índice comumente utilizado para medir a desigualdade de distribuição
de renda: melhorou dos 0,603 de 1993 para os 0,501 de 2013.
Tendo por base os valores de 1998, ano da privatização dos serviços de
telecomunicações do Brasil, o PIB per capita do brasileiro aumentou apenas
35,0% no período findo em 2014, ao passo que, no mesmo período, a
densidade de telefones fixos aumentou 84,5% e a de telefones celulares
aumentou 3.114%.
A penetração dos serviços de telefonia — fixa ou móvel — só não foi maior
devido ao irrisório crescimento da renda per capita no período, agravado pela
carga tributária incidente sobre serviços de telecomunicações, essenciais para
o desenvolvimento sustentável com inclusão social.
No cenário mundial, o Brasil passou do 54.º lugar, em 2002, para o 65.º
lugar, em 2013, segundo o índice de desenvolvimento de tecnologias de
informação e comunicação (TIC), da União Internacional de Telecomunicações,
44482046000

indicando que o país está defasado no aproveitamento dos benefícios que as


TIC propiciam para o desenvolvimento sustentável com inclusão social e com
inserção no mundo globalizado.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013,
92,5% dos domicílios tinham acesso aos serviços telefônicos — fixos ou
móveis. Em 1998, apenas 32% dos domicílios tinham acesso a esses serviços,
o que indica um volumoso aumento no período mencionado.
No final do primeiro semestre de 2015, 41.310 localidades eram servidas
pela telefonia fixa, em função da realização das metas do Plano Geral de Metas

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de Universalização; no final do primeiro semestre do ano anterior, eram


40.907 localidades e, em 1992, eram 16.950.
O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações.
In: O desempenho do setor de telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15.
Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9.
Internet: <www.telebrasil.org.br > (com adaptações).

11. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O termo per capita indica o grau de
desenvolvimento econômico e social dos habitantes do país, distinguindo
pessoas ricas de pessoas pobres ou miseráveis.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: é verdade que o termo per capita indica o grau de


desenvolvimento econômico e social dos habitantes do país, o erro da questão
está em afirmar que o termo indica quem é rico, pobre ou classe média.
GABARITO: E

12. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Houve significativa melhoria do desempenho
socioeconômico do setor de telecomunicações, se comparados 1998, ano da
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privatização desses serviços, e 2015, ano corrente, cujo primeiro semestre é


objeto de análise no texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: se compararmos dos dados explicitados no segundo e no


último parágrafos do texto, podemos comprovar a veracidade da questão:
“Tendo por base os valores de 1998, ano da privatização dos serviços de
telecomunicações do Brasil, o PIB per capita do brasileiro aumentou apenas

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35,0% no período findo em 2014, ao passo que, no mesmo período, a


densidade de telefones fixos aumentou 84,5% e a de telefones
celulares aumentou 3.114%.
“No final do primeiro semestre de 2015, 41.310 localidades eram
servidas pela telefonia fixa, em função da realização das metas do Plano Geral
de Metas de Universalização...”
GABARITO: C

13. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Do texto se deduz que o fato de, em 2013, o
Brasil passar a ocupar a 65ª posição no ranque internacional de
desenvolvimento de TIC indica que, embora o setor de telecomunicações do
país tenha tido significativo desempenho, este tem de melhorar em
comparação aos índices de desenvolvimento sustentável com inclusão social e
com inserção no mundo globalizado dos países ricos e desenvolvidos.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: o final do quarto parágrafo comprova a veracidade do que


afirma a questão: “o país está defasado no aproveitamento dos benefícios
que as TIC propiciam para o desenvolvimento sustentável com inclusão
44482046000

social e com inserção no mundo globalizado”.


GABARITO: C

14. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Conforme os dados da PNAD mencionados no
texto, houve enorme aumento de acesso, por domicílio, aos serviços
telefônicos fixos ou móveis, no período compreendido entre 1998 e 2013.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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Comentário: o erro da questão é bastante sutil, quase uma PEGADINHA!


O enunciado diz “por domicílio”, o que resulta dizer que o aumento de acesso
foi dentro de cada domicílio, diferente do que mostram os dados da PNAD,
citados no texto, no quais o aumento foi de número de domicílios que possuem
acesso aos serviços telefônicos fixos ou móveis!
GABARITO: E

15. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A evolução do PIB per capita mostra que, de
1998 a 2014, o poder aquisitivo médio do brasileiro aumentou na mesma
proporção que a densidade de telefones fixos e celulares nos domicílios do
país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: observem o que diz o terceiro parágrafo: “A penetração dos


serviços de telefonia — fixa ou móvel — só não foi maior devido ao irrisório
crescimento da renda per capita no período”. Percebe-se que o poder
aquisitivo médio do brasileiro não aumentou na mesma proporção que a
densidade de telefones fixos e celulares.
GABARITO: E
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16. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) No final do primeiro parágrafo, caso se
substituíssem o sinal de dois-pontos por vírgula e a palavra “melhorou” por
que passou, a correção gramatical do período seria mantida.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a questão propõe a seguinte reescrita:

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Desde 1990, no Brasil, tem havido uma melhora sistemática do coeficiente


de Gini, índice comumente utilizado para medir a desigualdade de distribuição
de renda, que passou dos 0,603 de 1993 para os 0,501 de 2013.
Observem que não há problema com a opção de reescrita do final do
primeiro parágrafo. Haveria incorreção se os dois pontos fossem substituídos
por vírgulas e o “melhorou” não fosse alterado.
GABARITO: C

17. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Na linha 13, a flexão do termo “agravado” na
forma feminina faria que esse termo passasse a concordar com “renda per
capita”, sem que isso resultasse em prejuízo para a correção gramatical e para
os sentidos do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: observa-se que o termo “agravado” faz concordância com


“irrisório crescimento” e não faria sentido concordar com “renda per capta”,
dessa forma, a questão está incorreta.
GABARITO: E


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18. (TELEBRAS 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Desde que fossem feitas as necessárias
adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no texto em apreço poderia
compor o corpo de um relatório referente ao crescimento socioeconômico do
setor de telecomunicações no Brasil, desde a privatização do setor.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: o conteúdo do texto poderia estar em um relatório, já que o


objetivo deste é prestar contas sobre algum assunto. É claro que, exatamente

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como o enunciado alertou, seriam necessárias adaptações redacionais para


que o texto ficasse de acordo com o gênero textual.
GABARITO: C

19. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O enunciado “índice comumente utilizado para
medir a desigualdade de distribuição de renda” (l. 2 e 3) tem função adjetiva,
pois confere uma qualidade ao antecedente “coeficiente de Gini” (l.2), à
semelhança do que ocorre, no segundo parágrafo, com “ano da privatização
dos serviços de telecomunicações do Brasil” (l. 5 e 6) em relação a “1998”
(l.5).
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a questão está o enunciado “índice comumente utilizado para


medir a desigualdade de distribuição de renda” tem função explicativa com
relação ao termo “coeficiente de Gini”.
GABARITO: E

Acerca das características gerais dos diversos tipos de comunicação


oficial, julgue os itens a seguir, com base no Manual de Redação da Presidência
44482046000

da República.

20. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Na elaboração de um ofício de mero
encaminhamento, o autor da comunicação pode eximir-se da escrita de
parágrafos de desenvolvimento.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: Normalmente, um ofício segue a seguinte estrutura:

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- Introdução;
- Desenvolvimento;
- Conclusão;
- Introdução.
Agora, em comunicações de mero encaminhamento de documento, só
deverá haver parágrafos de desenvolvimento se o autor desejar fazer
observações a respeito do documento encaminhado.
GABARITO: C

21. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) O documento conhecido como exposição de
motivos tem uma forma básica de estrutura, independentemente de sua
finalidade.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: A estrutura da exposição de motivos varia conforme sua


finalidade: há uma estrutura própria para exposição de motivos cuja finalidade
seja unicamente informar e outra estrutura própria para a exposição de
motivos cujo objetivo seja propor alguma medida ou submeter projeto de
44482046000

ato normativo. Caso se deseje levar algum assunto ao conhecimento do


presidente da República, deve-se adotar o padrão ofício; e caso se pretenda
propor alguma medida ou submeter projeto de ato normativo, deve-se utilizar,
também, o padrão ofício, seguindo-se alguns preceitos redacionais específicos,
e o documento deve ser acompanhado de formulário de anexo, padronizado e
devidamente preenchido.
A saber: Exposição de motivos é a modalidade de texto oficial utilizada
para comunicação entre um ministro de Estado e o Presidente da República ou
o vice-presidente da República. Quando assinada por mais de um ministro,
chama-se interministerial.

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GABARITO:E

22. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) A mensagem, assim como o aviso, o ofício e os
demais atos assinados pelo presidente da República, deve conter a
identificação de seu signatário.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: os documentos assinados pelo Presidente da República NÃO


devem conter a identificação do signatário. Vejam:
"Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o
cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura". Fonte:
MRPR (Grifos meus).
GABARITO: E

23. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Os adjetivos referidos aos pronomes de
tratamento devem concordar com o substantivo que compõe a locução. Dessa
forma, por exemplo, “Vossa Excelência está liberada de seus serviços” é a
44482046000

maneira correta de se comunicar, independentemente do sexo do receptor da


comunicação.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: há uma concordância chamada de silepse de gênero, é o


que permite o uso de um adjetivo masculino (se o receptor da comunicação for
homem) ainda que o pronome de tratamento seja feminino, ficando assim:
“Vossa Excelência está liberado de seus serviços” sem que haja incorreção
gramatical.

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GABARITO: E

24. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) Nas comunicações oficiais, há sempre um único
comunicador, o serviço público, sendo os receptores dessas comunicações o
próprio serviço público ou o conjunto de cidadãos ou instituições, estes
tratados de forma homogênea.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: perfeita colocação acerca do uso da homogeneidade de uma


comunicação oficial. Confirma-se no seguinte trecho do Manual de Redação da
presidência da República:
“Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são
necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço
Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no
caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos
cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público)”.
GABARITO: C

25. (TELEBRAS – 2015 - Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Cespe) É obrigatório, nas comunicações oficiais, o
44482046000

emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o


tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: Os tratamentos Digníssimo Senhor e Ilustríssimo Senhor,


atualmente, não fazem parte do rol de vocativos recomendados ou em uso. O
MRPR retirou esses tratamentos em 1992 com a justificativa de que as pessoas
que ocupam os altos cargos do poder já são dignos e ilustres por estarem ali.

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GABARITO: E

Para que se possa definir a inelegibilidade, é necessário, preliminarmente,


distingui-la de outro instituto que com ela não se confunde, a
incompatibilidade. O nosso legislador constituinte distingue perfeitamente as
duas situações. A Constituição Federal de 1988 (CF) estabelece as
incompatibilidades no seu artigo 54, e as inelegibilidades no artigo 14, §§ 4.º e
seguintes. Os demais casos de inelegibilidade estão fixados na Lei
Complementar n.º 64/1990.
As inelegibilidades são os impedimentos, de natureza constitucional ou
legal (se forem os previstos na lei complementar que regula a matéria das
inelegibilidades), que impossibilitam alguém de se registrar como postulante a
todos ou a alguns cargos eletivos, ou, se supervenientes ao registro, que
servem de embasamento à impugnação de sua diplomação, tornando nulos os
votos porventura dados ao cidadão sufragado.
As incompatibilidades são, da mesma forma, impedimentos, embora de
natureza diversa, que proíbem o parlamentar, desde a expedição do diploma
ou desde a sua posse, de obter, direta ou indiretamente, vantagens do poder
público, ou de se utilizar do mandato para obtê-las com maior facilidade.
Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que torna
nulos os votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um
44482046000

impedimento posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato.


Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo 54 da CF,
perderá o seu mandato. Cabe, portanto, a ele, parlamentar, optar por
permanecer no Legislativo e abandonar o cargo incompatível com o exercício
do seu mandato, ou, então, continuar no exercício do cargo incompatível, e, no
entanto, perder o mandato legislativo.
Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Condições de elegibilidade e inelegibilidade. In:
Revista do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, vol. 17, n.º 35, jul.-dez./2012.
Porto Alegre: TRE/RS, p. 13-15. Internet: <www.tre-rs.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 1

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26. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Assinale a opção


correta de acordo com o texto Condições de elegibilidade e
inelegibilidade.
A) A inelegibilidade é a razão de muitos cancelamentos de registros de
candidatura bem como de anulações de eleições, ao passo que a
incompatibilidade é o motivo de cassação de mandatos eletivos.
B) A inelegibilidade é um impedimento anterior ao pleito eleitoral e pode
ser total (o cidadão não pode se registrar para concorrer a todos os cargos
eletivos) ou parcial (o cidadão não pode se registrar para concorrer a alguns
cargos eletivos).
C) A inelegibilidade e a incompatibilidade são impedimentos que, embora
tenham natureza semelhante, não se confundem.
D) Os impedimentos que caracterizam a inelegibilidade e a
incompatibilidade são legais e constitucionais, pois estão previstos na
Constituição Federal.
E) A incompatibilidade, por ser um impedimento posterior à eleição,
proibitivo do exercício do mandato, na prática, implica a anulação dos votos
recebidos por um candidato.

Comentário: vamos analisar as alternativas:


A) A inelegibilidade é a razão de muitos cancelamentos de registros de
44482046000

candidatura bem como de anulações de eleições, ao passo que a


incompatibilidade é o motivo de cassação de mandatos eletivos.
ERRADO. A alternativa não tem respaldo no texto. Vejam o que está no
texto: “Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que
torna nulos os votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um
impedimento posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato”
B) A inelegibilidade é um impedimento anterior ao pleito eleitoral e pode
ser total (o cidadão não pode se registrar para concorrer a todos os cargos
eletivos) ou parcial (o cidadão não pode se registrar para concorrer a alguns
cargos eletivos).

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CORRETA. Vejamos a confirmação no seguinte trecho: “As inelegibilidades


são os impedimentos, de natureza constitucional ou legal (...) que
impossibilitam alguém de se registrar como postulante a todos ou a alguns
cargos eletivos”, ou seja, o impedimento pode ser total ou parcial.
C) A inelegibilidade e a incompatibilidade são impedimentos que, embora
tenham natureza semelhante, não se confundem.
ERRADO. É comum a confusão entre os dois impedimentos, tanto que foi
necessária a diferenciação deles em texto.
D) Os impedimentos que caracterizam a inelegibilidade e a
incompatibilidade são legais e constitucionais, pois estão previstos na
Constituição Federal.
ERRADO. Nem todos os casos de inelegibilidade estão no CF, alguns estão
fixados na Lei Complementar n.º 64/1990.
E) A incompatibilidade, por ser um impedimento posterior à eleição,
proibitivo do exercício do mandato, na prática, implica a anulação dos votos
recebidos por um candidato.
ERRADO. Não há anulação dos votos, uma vez que o pleito eleitoral já
ocorreu.
GABARITO: B
TÃO 2
27. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) No que se refere aos
44482046000

aspectos linguísticos do texto Condições de elegibilidade e inelegibilidade,


assinale a opção correta.
A) Dada a regência do verbo proibir (R.19), a substituição do termo “o
parlamentar” (R. 19 e 20) por ao parlamentar não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
B) O uso do acento indicativo de crase em “à eleição” (R.25) é exigido
pela presença do substantivo “impedimento” (R.24) e pela presença de artigo
definido feminino que determina o substantivo “eleição”.

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C) Na linha linha 2, caso o advérbio “preliminarmente” fosse colocado


depois de “distingui-la” — feitas as devidas alterações na pontuação —, o
sentido original seria mantido.
D) A forma pronominal “la”, em “distingui-la” (l.2), poderia ser
corretamente deslocada para imediatamente antes da forma verbal —
escrevendo-se a distinguir.
E) Admite-se, para o adjetivo “supervenientes” (l.14), a variante
sobrevenientes.

Comentário: de acordo com o gabarito preliminar, a alternativa correta


para a questão é a E. Realmente está correta, pois “supervenientes” e
“sobrevenientes” são palavras sinônimas, que significam “capaz de sobrevir,
que acaba por acontecer depois; cujo surgimento aparece depois;
subsequente.” O uso de uma e de outra é coerente na linha 14 do texto. O
problema é que a alternativa B também está CORRETA:
B) O uso do acento indicativo de crase em “à eleição” (l.25) é exigido pela
presença do substantivo “impedimento” (l.24) e pela presença de artigo
definido feminino que determina o substantivo “eleição”.
No trecho “enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à
eleição”, a crase é realmente exigida pela regência do nome “impedimento” e
pelo uso de artigo feminino antes de “eleição”. A alternativa está CORRETA!
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Como temos duas alternativas corretas, é possível a anulação da


questão!

Vejamos o erro das outras alternativas:


A) Dada a regência do verbo proibir (l.19), a substituição do termo “o
parlamentar” (l. 19 e 20) por ao parlamentar não prejudicaria a correção
gramatical do texto.
ERRO: o termo “o parlamentar” é objeto direto do verbo “proibir”, sendo
assim, não cabe uso de preposição antes do artigo “o”.

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C) Na linha 2, caso o advérbio “preliminarmente” fosse colocado depois de


“distingui-la” — feitas as devidas alterações na pontuação —, o sentido original
seria mantido.
ERRO. Quando retiramos o advérbio de perto do verbo a que ele se refere
para colocá-lo próximo a outro, o sentido será alterado. Com a alteração
proposta pela alternativa, “preliminarmente” estaria ligado ao verbo
“distinguir”, quando está, na verdade, ligado à forma verbal “é necessário”.
D) A forma pronominal “la”, em “distingui-la” (l.2), poderia ser
corretamente deslocada para imediatamente antes da forma verbal —
escrevendo-se a distinguir.
ERRO: não há nenhuma condição necessária para o uso da próclise.

GABARITO: E
QUESTÃO 3
28. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Ainda a respeito dos
aspectos linguísticos do texto Condições de elegibilidade e
inelegibilidades, assinale a opção correta.
A) A oração “para obtê-las com maior facilidade” (l. 22 e 23) expressa
uma consequência da ação descrita na oração “de se utilizar do mandato”
(l.22).
B) A oração “de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos
eletivos” (l. 13 e 14) restringe o sentido do pronome “alguém” (l. 13).
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C) A oração “Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo


54 da CF” (l. 28 e 29) expressa a causa da ideia expressa na oração “perderá o
seu mandato” (l.29).
D) A oração “Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à
eleição” (l. 24 e 25) classifica-se como coordenada e expressa um contraste
em relação à ideia expressa na oração “a incompatibilidade é um impedimento
posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato” (l. 26 e 27).
E) A oração “distingui-la de outro instituto” (l. 2 e 3) desempenha a
função sintática de sujeito no período em que ocorre.

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Comentário: a alternativa A está errada, pois a oração “para obtê-las com


maior facilidade” expressa ideia de finalidade com relação à oração anterior. O
erro da alternativa B está no fato de que a oração “de se registrar como
postulante a todos ou a alguns cargos eletivos” não restringe “alguém”, tem,
na verdade, função de complemento do verbo “impossibilitar”. A relação entre
as orações da alternativa C é de condição, não de causa e consequência, como
afirma. A alternativa D também está errada, pois não há contraste entre as
orações, mas sim uma adição de conceitos. Sendo assim, temos a alternativa E
como correta. A oração em destaque funciona como sujeito da forma verbal “é
necessário”, vejam: “distingui-la de outro instituto é necessário”.
GABARITO: E

Uma vez declarada, a ilicitude de algumas relações entre empresas e


poder público e partidos políticos, ao contrário do que se diz, certamente
diminuirá o fluxo de dinheiro clandestino. A decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) que derrubou inclusive a possibilidade de que empresas possam
doar a partidos em anos não eleitorais enquadra-se em um esforço saneador
cujo efeito imediato será obrigar as legendas e seus candidatos a buscar
recursos legais.
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Esse novo cenário levou os críticos da decisão do STF a argumentar


também que, agora, somente os candidatos mais conhecidos terão visibilidade
eleitoral, inviabilizando-se a construção de candidaturas de gente comum. Mais
uma vez, trata-se de uma falácia: desde sempre, figuras notórias puxam
votos, sem que isso represente prejuízo irremediável para a democracia ou
impeça a renovação da representação popular.
O grande prejuízo se dá quando os partidos se viciam em dinheiro farto,
transformando as campanhas eleitorais em espetáculos dirigidos por
“marqueteiros” que hoje são, na prática, os responsáveis por formular o
programa dos candidatos. Assim, não será surpresa se, para substituir a

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fartura das “doações” empresariais, os partidos pleitearem ainda mais dinheiro


do Fundo Partidário e a ampliação da propaganda eleitoral dita “gratuita”, que
de gratuita não tem nada, pois é financiada por meio de renúncia fiscal. Em
ambos os casos, o contribuinte banca as despesas de partidos com os quais
não tem necessariamente alguma afinidade.
Pelo fim do doping eleitoral. In: O Estado de S.Paulo, out./2015. Internet:
<http://opiniao.estadao.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 4
29. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Assinale a opção
correta com base no texto Pelo fim do doping eleitoral.
A) Permitir a legendas e candidatos que busquem legalmente recursos
financeiros é uma consequência da decisão do STF.
B) O autor do texto discorda da afirmação de que, com a decisão do STF,
vai diminuir o fluxo de dinheiro clandestino para abastecer campanhas
eleitorais.
C) Infere-se do texto que, dada sua própria natureza, os recursos legais
são escassos e, por isso, insuficientes para financiar legendas e candidatos.
D) Apesar de figuras conhecidas serem geralmente mais votadas que
figuras pouco desconhecidas, isso não impede a construção de candidaturas de
gente comum nem a renovação da representação popular.
E) A decisão do STF terá como consequências imediatas a transformação
das campanhas eleitorais em verdadeiros espetáculos orquestrados por
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“marqueteiros” e o aumento no valor das despesas com partidos políticos, que


cairão na conta do contribuinte.

Comentário: a alternativa A está errada, pois buscar a legalmente


recursos financeiros é um dever, não algo que o STF tenha permitido! A
alternativa B também está errada, pois o autor CONCORDA que a decisão do
STF ajudará a diminuir o fluxo de dinheiro clandestino, vejam: “Uma vez
declarada, a ilicitude de algumas relações entre empresas e poder público e
partidos políticos, ao contrário do que se diz, certamente diminuirá o fluxo

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de dinheiro clandestino.” A alternativa C traz uma inferência que não é


possível ser feita do texto, está errada. A alternativa E está errada, pois a
decisão do STF irá EVITAR que as campanhas sejam feitas por grandes
“marqueteiros”, embora, de qualquer maneira, as despesas caiam no bolso do
contribuinte. Por fim, temos como correta a alternativa D, uma vez que o autor
deixa claro no seguinte trecho “desde sempre, figuras notórias puxam votos,
sem que isso represente prejuízo irremediável para a democracia ou impeça a
renovação da representação popular” que a representação popular não será
impedida, ainda que os notórios tenham mais votos.
GABARITO: D
UESTÃO 5
30. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) A respeito do
emprego dos sinais de pontuação no texto Pelo fim do doping eleitoral,
assinale a opção correta.
A) O emprego de vírgula logo após “saneador” (l.7) preservaria o sentido
original do período.
B) As aspas foram empregadas tanto em ‘doações’ (l.21) quanto em
‘gratuita’ (l.23) com a mesma finalidade.
C) A supressão da vírgula empregada logo após “se” (l.20) manteria a
correção gramatical do texto.
D) Caso a vírgula empregada logo após “eleitoral” (l.11) fosse substituída
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por ponto final, a correção gramatical do texto seria mantida.


E) Os dois-pontos empregados logo após “falácia” (l.13) introduzem uma
enumeração.

Comentário: a alternativa A está errada, pois não é possível colocar


vírgula após “saneador”, o sentido seria alterado, já que eliminaria a restrição
do termo. Não é possível retirar a vírgula após o “se”, pois está isolando a
oração intercalada “para substituir a fartura das ‘doações’ empresariais”, sendo
assim, alternativa C está incorreta. Erradas também estão as alternativas D e
E, já que não é possível substituir a vírgula por um ponto final dentro de um

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período e os dois pontos estão introduzindo explicação, não enumeração.


Temos, então, a alternativa B como resposta correta. As palavras “doações” e
“gratuitas” estão entre aspas pelo mesmo motivo: são termos inverídicos no
contexto em que foram usados, o dinheiro para as campanhas não são DE
FATO doações e as propagandas eleitorais não são gratuitas, pois o
contribuinte paga por elas mesmo sem saber.
GABARITO: B

O sistema de votação manual pode ser vulnerável, favorecendo a prática


de atos que têm por objetivo fraudar a manifestação da vontade do eleitor.
Entre essas práticas, pode-se citar o chamado “voto carreirinha”. Nesse tipo de
fraude, um eleitor, valendo-se da desatenção ou mesmo da conivência dos
componentes da mesa, deixa de depositar a cédula na urna, colocando, em
seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado. Então, a cédula oficial não
depositada é entregue para outro eleitor, já preenchida, que a coloca na urna e
deixa a seção eleitoral portando a cédula em branco recebida do mesário.
Outra fraude muito comum é o chamado “mapismo”. Após a apuração dos
votos de determinada urna, o mapa resultante é alterado para que se beneficie
algum candidato. O fraudador se vale da colaboração de algum escrutinador e
da desmobilização da fiscalização para alterar o mapa com o resultado da
votação daquela urna. A fraude é favorecida pela quantidade de pessoas que
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se aglomeram nos locais de apuração, o que dificulta sobremaneira a


fiscalização das atividades pelos representantes dos partidos políticos, bem
como pelos integrantes da justiça eleitoral.
A necessidade de convocação de grande número de eleitores para atuar
como escrutinadores também traz grande malefício. Os escrutinadores podem
passar dias afastados de seus locais de trabalho no desenrolar do processo de
apuração de votos, e, depois, ainda fazem jus a período de afastamento do
trabalho por tempo equivalente. Com isso, o país deixa de contar com tal força
de trabalho, o que prejudica, sobremaneira, a produção de bens e serviços.

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Arthur Narciso de Oliveira Neto. Voto eletrônico: tecnologia a serviço da cidadania. In:
Estudos eleitorais / Tribunal Superior Eleitoral, vol. 9, n.º1, jan.-abr./2014, p.11-13. Internet:
<www.tse.jus.br> (com adaptações).

QUESTÃO 6
31. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 1 a 5 – Cespe) Considerando os
aspectos gramaticais do texto Voto eletrônico, assinale a opção correta.
A) Os termos “de convocação” (l.22) e “de grande número de eleitores” (l.
22 e 23) desempenham a mesma função sintática.
B) A partícula “se”, em “valendo-se” (l.5), classifica-se como pronome
reflexivo.
C) As palavras “recebida” (l.10) e “afastados” (l.24) desempenham, nos
períodos em que ocorrem, a mesma função sintática.
D) As palavras “muito” (l.12) e “grande” (l.22) desempenham a função de
adjuntos adverbiais nas orações em que ocorrem.
E) Os termos “pela quantidade de pessoas” (l. 17 e 18) e “pelos
representantes dos partidos políticos” (l.20) funcionam como agentes da
passiva das orações em que ocorrem.

Comentário:
A) CORRETA. Os dois termos desempenham função de complemento
nominal, “de convocação” completa o substantivo “necessidade”, enquanto “de
grande número de eleitores” completa o substantivo “convocação”.
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B) ERRADO. O “se” é um partícula expletiva.


C) ERRADO. Em “a cédula em branco recebida do mesário”, “recebida” é a
forma nominal que introduz uma oração reduzida de particípio. Em “Os
escrutinadores podem passar dias afastados”, o termo “afastados” refere-se ao
sujeito da oração “escrutinadores”, dizendo COMO eles podem passar os dias
durante a apuração dos votos.
D) ERRADO. Apenas o “muito” foi usado como advérbio, no caso,
intensificador. “Grande” foi usado como adjetivo.

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E) ERRADO. O termo “pela quantidade de pessoas” é agente da passiva,


agora, observem que não há voz passiva aqui: ”(..) pessoas que se aglomeram
nos locais de apuração, o que dificulta sobremaneira a fiscalização das
atividades pelos representantes dos partidos políticos” >> A AGLOMERAÇÃO
dificulta a fiscalização das atividades. A oração está completa! O termo “pelos
representantes dos partidos políticos” traz uma informação a mais sobre quem
irá fiscalizar, mas, na voz ativa, não existe agente da passiva!
GABARITO: A

Com a chegada da televisão às campanhas eleitorais, o eleitor expõe-se,


por meio do vídeo, a um grande número de candidatos e quase diariamente
pode julgar o desempenho de cada um deles. Além disso, informa-se sobre a
situação relativa de cada candidato nas prévias eleitorais e assiste aos
desdobramentos da campanha. Assim, participa cada vez menos dos comícios
públicos, e é em sua sala de visitas que se informa e debate com os familiares
as novas informações obtidas.
A decisão para o voto centra-se diariamente em novas bases, o que
introduz mais um fator para a volatilidade do voto nas eleições com o domínio
da televisão. Volatilidade e alto número de indecisos são, entre outros
aspectos, produto da campanha moderna centrada na televisão: as decisões
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podem ser deixadas para o final, porque sempre poderá haver um fato a
influenciá-las. E é exatamente nesse clima que a televisão introduziu o clímax
de uma campanha: o debate entre os candidatos. Sem ele, o eleitorado não se
informaria suficientemente sobre eles.
As análises correntes afirmam que uma exposição consistente e
concentrada de um eleitor a uma campanha eleitoral pela televisão depende de
muitas características sociais, tais como escolaridade, sexo, idade e filiação ou
participação em organizações sociais e políticas. Essas características se
relacionam com outros fatores, tais como as fontes de preferência da
informação política (as pessoas que leem mais material de campanha nos

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jornais também o fazem em revistas, rádio e televisão); os eventos (as


pessoas que seguem determinados eventos de campanhas tendem a seguir
outros, mesmo que sejam de candidatos aos quais se opõem); e a atenção
(algumas pessoas prestam mais atenção à propaganda de uma campanha).
Entre outras conclusões, esses estudos mostram que as mulheres — mais do
que os homens —, os trabalhadores manuais — mais do que os não manuais
— e os eleitores de menor escolaridade preferem em maior medida a TV. No
entanto, permanece a questão sobre a forma dessa exposição, ou seja, a
respeito do caráter passivo ou ativo da assimilação das mensagens e imagens
dos candidatos.
Lúcia Avelar. As eleições na era da televisão. In: Revista de Administração de Empresas.
SP: set.-out./1992, p 42-57. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

QUESTÃO 1
32. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) De acordo com o
texto As eleições na era da televisão,
A) a participação dos eleitores no processo eleitoral passou a ser mais
ativa com a ampliação do uso da televisão nas campanhas eleitorais.
B) a menor participação dos eleitores nos comícios é uma das
consequências negativas da ampla exposição dos eleitores à televisão durante
as campanhas eleitorais.
C) o debate entre os candidatos promovido pelas redes de televisão
passou a ser um evento crucial de uma campanha eleitoral.
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D) as mulheres, os trabalhadores manuais e os eleitores de menor


escolaridade dão preferência à televisão como meio midiático em razão de
fatores culturalmente estabelecidos.
E) a televisão é o meio mais eficaz para a propagação de notícias acerca
das eleições e dos candidatos.

Comentário: vamos analisar cada alternativa:


A) a participação dos eleitores no processo eleitoral passou a ser mais
ativa com a ampliação do uso da televisão nas campanhas eleitorais.

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ERRADO. A autora deixou uma questão ao final do texto: “... a respeito do


caráter passivo ou ativo da assimilação das mensagens e imagens dos
candidatos“. Ela não afirmou que o eleitor é mais ativo, na verdade, deu a
entender que pensa o contrário.
B) a menor participação dos eleitores nos comícios é uma das
consequências negativas da ampla exposição dos eleitores à televisão
durante as campanhas eleitorais.
ERRADA. A autora NÃO falou que a menor frequência de eleitores nos
debates é uma consequência NEGATIVA.
C) o debate entre os candidatos promovido pelas redes de televisão
passou a ser um evento crucial de uma campanha eleitoral.
CORRETO. É como se fosse a “coroação” do processo eleitoral televisivo.
D) as mulheres, os trabalhadores manuais e os eleitores de menor
escolaridade dão preferência à televisão como meio midiático em razão de
fatores culturalmente estabelecidos.
ERRADO. Tal grupo prefere a TV por fatores citados no texto: preferência
pelo tipo de informação, eventos e atenção.
E) a televisão é o meio mais eficaz para a propagação de notícias acerca
das eleições e dos candidatos.
ERRADO. O texto não traz essa afirmação.
GABARITO: C
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QUESTÃO 2
33. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Com relação aos
aspectos linguísticos do texto As eleições na era da televisão, assinale a
opção correta.
A) A palavra “correntes” (l.19) foi empregada no texto com o sentido de
corriqueiro.
B) A eliminação dos vocábulos “é” e “que” no trecho “e é em sua sala de
visitas que se informa” (l. 7 e 8) prejudicaria a correção gramatical do texto.
C) A forma pronominal “las” (l.15) remete ao termo “as decisões” (l.13).

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D) A substituição de “aos quais” (l.29) por que manteria a correção


gramatical do texto e seu sentido original.
E) O vocábulo “Assim” (l.6) exerce função de adjunto adverbial.

Comentários: as alternativas A, B, D e E estão erradas. “Correntes” foi


usado como “atuais” (análises atuais). Os termos “é” e “que” são expletivos,
ou seja, podem ser retirados sem alteração de sentido, vejam; “Assim,
participa cada vez menos dos comícios públicos, e em sua sala de visitas se
informa e debate com os familiares as novas informações obtidas”. Não é
possível substituir um termo preposicionado (aos quais) por outro não
preposicionado (que) sem ferir a correção do texto. O “assim” é um marcador
textual de conclusão. Dessa forma, a C está correta, pois o “lá” é um termo
anafórico e refere-se realmente ao termo já citado no texto: “as decisões”.
GABARITO: C

No Brasil, as discussões sobre reforma política têm sido frequentes nos


últimos anos. O debate engloba uma ampla gama de projetos referentes a
vários itens, como sistema eleitoral e métodos de votação, sistema de
governo, obrigatoriedade do voto, legislação partidária, disciplina partidária e
trocas de legenda, coligações e financiamento político, entre outros. O
problema é que sob o termo “reforma política” se abrigam muitas concepções
diferentes a respeito do modelo político mais adequado ao país — e,
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consequentemente, a respeito do modelo mais apropriado de financiamento


dos partidos e das campanhas.
O financiamento público é uma das medidas mais mencionadas quando se
fala em reforma política no Brasil. A partir da segunda metade do século XX,
um grande número de países passou a adotar esse tipo de financiamento.
Segundo o estudo Political Finance Database, divulgado em 2012 pela ONG
Idea International, 66% dos 175 países estudados adotam financiamento
público. Mas esse número deve ser lido com cuidado. Em nenhum país
democrático, o financiamento político é exclusivamente público, isto é,

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realizado apenas com recursos do Estado. O cientista político alemão Karl-


Heinz Nassmacher estima que os percentuais de financiamento público em
relação ao financiamento total variem de 2% (no Reino Unido) e 3% (nos
Estados Unidos da América) a 65% (na Suécia) e 68% (na Áustria).
No Brasil, o financiamento público está previsto na legislação desde 1971,
mas só passou a ser significativo a partir de 1995, com a instituição do Fundo
Partidário. Não há estimativas confiáveis do percentual que esse fundo
representa na receita total de cada partido — inclusive porque esse percentual
pode variar bastante de partido para partido —, mas os altos montantes
distribuídos por ele (aproximadamente R$ 270 milhões, em 2011) dão
indicações de que o percentual de financiamento público em relação ao
financiamento total deve ser alto, pelo menos para os grandes partidos.
A responsabilidade das empresas no processo eleitoral. SP: Instituto Ethos e
Transparency International, set./2012, p. 10-1. Internet: <http://www3.ethos.org.br> (com
adaptações).

QUESTÃO 3
34. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Conforme o texto A
responsabilidade das empresas no processo eleitoral,
A) o financiamento público dos partidos e das campanhas eleitorais ocorre
de diferentes maneiras em diversos países.
B) o fato de o percentual de financiamento público ser alto em relação ao
financiamento total sobrecarrega as despesas dos eleitores.
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C) boa parte dos eleitores brasileiros é favorável à reforma política, o que


se comprova das frequentes discussões sobre o assunto nos últimos anos.
D) o financiamento público no Brasil só passou a ocorrer, de fato, a partir
de 1995.
E) a mais importante discussão acerca da reforma política diz respeito ao
modelo de financiamento dos partidos e das campanhas.

Comentário: a alternativa A está claramente correta, se observarmos este


trecho do início do texto: O problema é que sob o termo “reforma política” se

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abrigam muitas concepções DIFERENTES a respeito do modelo político mais


adequado ao país — e, consequentemente, a respeito do modelo mais
apropriado de financiamento dos partidos e das campanhas”.
GABARITO: A
QUESTÃO 4
35. (TRE/RS – 2015 - Cargos de 6 a 10 – Cespe) Seriam preservados
o sentido original e a correção gramatical do texto A responsabilidade das
empresas no processo eleitoral caso
A) o nome próprio “Karl-Heinz Nassmacher” (L. 21 e 22) fosse isolado por
vírgulas.
B) o travessão utilizado logo após o trecho “de partido para partido”
(L.31) fosse suprimido.
C) o ponto empregado logo após “anos” (L.2) fosse substituído por dois-
pontos.
D) o trecho “sob o termo ‘reforma política’” (L. 7 e 8) fosse isolado por
vírgulas.
E) a vírgula empregada logo após “Political Finance Database” (L.16) fosse
suprimida.

Comentário: a alternativa A está errada, pois não cabe uso de vírgulas


isolando o nome do cientista, isso estaria ferindo a correção gramatical. A
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alternativa B está errada, não podemos tirar o primeiro travessão para que o
segundo não fique “perdido”, até porque eles possuem a função de isolar uma
informação adicional. A C está incorreta, pois os depois pontos devem ser
usados para introduzir uma enumeração ou uma explicação, o que não é o
caso. A vírgula logo após “Segundo o estudo Political Finance Database” não
pode ser suprimida, pois está isolando um termo adverbial. Alternativa correta
é realmente a D. Observe que o termo “sob o termo ‘reforma política’” pode
ser colocado entre vírgulas, mantendo (ficando até mais clara) a ideia de uma
aposição.
GABARITO: D

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No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou


justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O
surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas
contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se
viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.
A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto
com o direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser
garantida nas cartas constitucionais.
No século XX, o texto constitucional de 1934, no capítulo II, “Dos direitos
e das garantias individuais”, em seu art. 113, fez menção a essa proteção, ao
prever que “A União e os estados concederão aos necessitados assistência
judiciária, criando para esse efeito órgãos especiais e assegurando a isenção
de emolumentos, custas, taxas e selos”. Por sua vez, a Constituição de 1946
previu, no mesmo capítulo que a de 1934, em seu art. 141, § 35, que “O
poder público, na forma que a lei estabelecer, concederá assistência judiciária
aos necessitados”. A lei extravagante veio em 1950, materializada na Lei n.º
1.060, que especifica normas para a concessão de assistência judiciária aos
necessitados. No art. 4.º dessa lei, havia menção ao “rendimento ou
vencimento que percebe e os encargos próprios e os da família” e constava a
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exigência de atestado de pobreza, expedido pela autoridade policial ou pelo


prefeito municipal. Foi o art. 1.º, § 2.º, da Lei n.º 5.478/1968 que criou a
simples afirmação (da pobreza), ratificado pela Lei n.º 7.510/1986, que deu
nova redação a dispositivos da Lei n.º 1.060/1950.
Em 1988, a Carta Cidadã ampliou o escopo da assistência judiciária ao
empregar o termo assistência jurídica integral e gratuita, que é mais
abrangente e que abarca o termo usado anteriormente, restrito apenas à
assistência de demanda judicial já proposta ou a ser interposta. O termo atual
também engloba atos jurídicos extrajudiciais, aconselhamento jurídico,
patrocínio da causa, além de ações coletivas e mediação.

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Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma
lide judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode,
mediante simples afirmativa, postular as benesses dessa prerrogativa,
garantida pela Constituição Federal vigente.

Uma história para a gratuidade jurídica no Brasil.


Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).

36. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Infere-se do texto que a Lei n.º 1.060/1950 ainda está em vigência, embora
tenha passado por algumas alterações.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: segundo o texto, na Lei 1060 constam a determinação da


gratuidade do atendimento jurídico e a especificação de regras para que isso
ocorra. As Leis 5.478/1968 e 7.510/1986 confirmam essa gratuidade, mas
alteram a redação da Lei 1060, ou seja, a referida lei é mantida, mas sofre
alterações. A afirmação está correta.
GABARITO: Certo

37. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


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autor do texto visa convencer o leitor acerca da necessidade de que se tratem


como iguais os desiguais, por meio da prestação jurisdicional gratuita.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a leitura atenta do texto não aponta se o autor deseja


convencer quem quer que seja de qualquer coisa. Há apenas uma narração de
como se chegou à prestação jurisdicional gratuita. A afirmação está incorreta.
GABARITO: Errado

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38. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, o primeiro período
poderia ser reescrito da seguinte forma: A própria colonização do Brasil, ainda
no século XVI, pode ser considerada marco da história da assistência jurídica,
ou justiça gratuita, no país.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: copiando o primeiro período: “No Brasil, pode-se considerar


marco da história da assistência jurídica, ou justiça gratuita, a própria
colonização do país, ainda no século XVI.” Analisando sintaticamente ambos os
períodos:
“No Brasil” equivale a “no país” e são adjuntos adverbiais.
“ainda no século XVI” é adjunto adverbial e está idêntico nos dois
períodos.
“A própria colonização do Brasil”, em ambos, é sujeito paciente.
“pode ser considerada” equivale a “pode-se considerar”. No primeiro
temos o verbo na voz passiva sintética e, no segundo, o verbo está na voz
passiva analítica.
”marco da história da assistência jurídica, ou justiça gratuita” está
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idêntico em ambos os períodos e é complemento da locução verbal.


Sendo assim concluímos que a reescrita proposta no enunciado está
correta.
GABARITO: Certo

39. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Depreende-se do texto que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é
proibido à pessoa possuidora de bens requerer o direito à assistência jurídica
integral e gratuita.
( ) CERTO

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( ) ERRADO

Comentário: segundo o texto, em 1988, foi promulgada a Carta Cidadã,


que ampliou o escopo da assistência judiciária. Relendo o trecho em que é feita
a menção da Constituição, não encontramos nada relacionado à proibição
citada na afirmação. Afirmativa incorreta.
GABARITO: Errado

40. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Conclui-se do texto que, ao prever a substituição do atestado de pobreza pela
simples afirmativa da pessoa de que ela não pode arcar com os custos judiciais
da demanda, a lei teria buscado uma forma de tornar mais acessível ao
necessitado o exercício de seu direito.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a afirmativa está correta e pode ser confirmada no trecho:


“Hoje, portanto, alguém que se vê incapaz de arcar com os custos que uma
lide judicial impõe, mas necessita da imediata prestação jurisdicional, pode,
mediante simples afirmativa, postular as benesses dessa prerrogativa,
garantida pela Constituição Federal vigente”
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GABARITO: Certo

Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue os


itens subsecutivos.

41. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) A


substituição de “ratificado” (R.28) por confirmada manteria a coerência do
texto, embora seu sentido fosse alterado.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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Comentário: confirmar é sinônimo de ratificar, portanto a afirmativa está


correta. A alteração de sentido se dá porque a substituição proposta alteraria o
sujeito de o artigo para a Lei, mas, ainda assim, a coerência é mantida.
GABARITO: Certo

42. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) A


supressão da vírgula empregada logo após “prerrogativa” (R.41) manteria a
coerência do texto, embora alterasse o seu sentido.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a afirmativa está correta, a supressão da vírgula nesse ponto


não alteraria a coerência do texto. A vírgula aí indica a elipse do termo que é:
“...dessa prerrogativa que é garantida pela Constituição Federal vigente.”
GABARITO: Certo

43. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava”
(R.6) fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.
( ) CERTO
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( ) ERRADO

Comentário: a flexão do verbo “dava” para o plural geraria erro gramatical


porque o sujeito desse verbo é simples, a saber: “O surgimento de lides
provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes”. O
trecho entre travessões: “— e o chamamento da jurisdição para resolver essas
contendas —“ é um aposto e não pode ser encarado como componente de um
sujeito composto.
GABARITO: Errado

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44. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos
judiciais das demandas” (R. 7 e 8), a partícula “se” foi empregada no sentido
de umas às outras.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a afirmativa está incorreta. A partícula “se” está empregada


nesse caso como pronome reflexivo, o que significa que está no de sentido de
viam a si mesmas.
GABARITO: Errado

45. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “que”, em “incapaz de arcar com os custos que uma lide judicial
impõe” (R. 38 e 39), funciona como pronome relativo e retoma o termo
antecedente.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a afirmativa está correta, o termo que está funcionando


como um pronome relativo nesse caso e pode, inclusive, ser substituído por os
44482046000

quais.
GABARITO: Certo

46. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Na linha 10, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo
“importância”, funcionando, na oração em que ocorre, como um termo
acessório.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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Comentário: a palavra importância está determinada pelo pronome


possessivo sua, que é um adjunto adnominal, portanto um termo acessório da
oração. A afirmativa está correta.
GABARITO: Certo

47. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido original
do texto, o vocábulo “existentes” (R.5) poderia ser flexionado no singular, caso
em que passaria a concordar com o antecedente “relação jurídica”.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: caso fosse flexionado no singular, geraria erro gramatical,


uma vez que o termo “existentes” é um adjetivo e está concordando com o
substantivo “formas”, assim como o termo “inúmeras”. Não há a possibilidade
de esse termo concordar com “relação jurídica” porque esta expressão, apesar
de ser formada por um substantivo e um adjetivo, também é especificadora da
palavra “formas”. A afirmação está incorreta.
GABARITO: Errado

48. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “patrocínio” (R.37) foi empregado no texto no sentido de apoio,
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geralmente financeiro, concedido, como estratégia de marketing, por uma


organização a determinada atividade.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: o vocábulo citado está empregado no texto com sentido de


apoio financeiro sim, mas não como estratégia de marketing. Afirmativa
incorreta.
GABARITO: Errado

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49. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Os elementos “já” (R.6), “atual” (R.35) e “Hoje” (R.38) desempenham a
mesma função sintática nas orações em que ocorrem.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: os termos “já” e “Hoje” estão funcionando no texto como


adjuntos adverbiais; porém, o termo “atual” está funcionando como adjetivo. A
afirmativa, portanto, está incorreta.
GABARITO: Errado

No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas


pobres perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes
traços religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do
direito português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil
brasileiro de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de
concessão de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre
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que jurasse não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo
e se rezasse, na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei
de Portugal, seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro
bono, os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um
dever moral do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com
caráter e competência profissionais, embora fosse uma atividade não
remunerada.

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Essas duas formas de gratuidade no acesso à justiça não se confundem. A


advocacia pro bono é definida como a prestação gratuita de serviços jurídicos
na promoção do acesso à justiça, ao passo que a assistência jurídica pública
gratuita, atualmente prevista na Constituição Federal, no artigo 5.º, inciso
LXXIV, e no artigo 134, é um dever intransferível do Estado e, na maior parte
das vezes, é realizada na atuação das Defensorias Públicas da União e dos
estados e por meio de convênios entre esses órgãos e a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
Enfim, a importância dessas duas formas de assistência jurídica gratuita
reside no fato de que o maior beneficiário dessa prerrogativa é a pessoa com
insuficiência de recursos que tenha de demandar em juízo.

Internet: <www.ambito-juridico.com.br> e <www.probono.org.br> (com


adaptações).

50. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


De acordo com o texto, o Estado confundia-se com a religião, o que fica
evidente no fato de que foram as Ordenações Filipinas que compilaram, em
textos legais, o benefício da justiça gratuita de cunho religioso.
( ) CERTO
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( ) ERRADO

Comentário: QUESTÃO POLÊMINA! Discordo do gabarito preliminar. No


trecho: “Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do
direito português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil
brasileiro de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de
concessão de justiça gratuita...”, a palavra “sancionadas”, posta em destaque,
significa validar, aprovar uma lei. No contexto, isso significa que um texto de

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cunho religioso, as Ordenações Filipinas, continha uma parte que era aceita
como lei que beneficiava os pobres.
A confusão entre Estado e religião pode ser observada também no trecho
seguinte: “... se o agravante fosse tão pobre que jurasse não ter bens móveis,
nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse, na audiência, uma
vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal, seria
considerado quitado o pagamento das custas de então.”
Ainda é possível confirmar que o Estado se confundia com a religião
através do primeiro parágrafo: “No início da colonização portuguesa no Brasil,
a defesa das pessoas pobres perante os tribunais era considerada uma obra
de caridade, com fortes traços religiosos.” Portanto, a meu ver, o gabarito
preliminar está errado. A afirmativa está correta.
GABARITO: Errado (gabarito preliminar).

51. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Conclui-se do texto que a concessão da gratuidade no acesso à justiça
originou-se de um dever legal do Estado de auxiliar os pobres na resolução de
suas demandas.
( ) CERTO
( ) ERRADO

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Comentário: no texto não há afirmação de que a gratuidade no acesso à


justiça tenha sido originada de um dever do Estado. O que consta é que, no
primeiro parágrafo, a ação de proporcionar assistência jurídica aos pobres
partiu da Igreja e não do Estado, o que pode ser confirmado no trecho: “No
início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas pobres
perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes traços
religiosos.”
GABARITO: Errado

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52. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Conclui-se do conteúdo do segundo parágrafo que as ações de jurar e de rezar
em honra do rei funcionavam como um atestado de pobreza, ou seja, como
forma de demonstrar a situação de insuficiência de recursos a fim de se obter
a concessão da assistência judiciária gratuita.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: sim, a afirmativa está correta, segundo o texto, no final do


segundo parágrafo: “... se o agravante fosse tão pobre que jurasse não ter
bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse, na
audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal, seria
considerado quitado o pagamento das custas de então.”
GABARITO: Certo

53. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto, o trecho “se o
agravante (...) custas de então” (R. 11 a 15) poderia ser reescrito da seguinte
forma: caso o agravante for muito pobre a ponto de não ter bens móveis ou
bens imóveis, e caso nem tenha como pagar as custas do processo, se rezar
um Pai-Nosso na audiência em honra do rei de Portugal o pagamento das
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custas da época será considerado liquidado.


( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a reescrita proposta contém os seguintes erros gramaticais:


com o termo “caso” funcionando como conjunção condicional, o verbo deve ser
conjugado no presente do subjuntivo; então, em lugar de for deveria estar
seja; não se usa vírgula antes da conjunção e.
Além disso, há prejuízo de sentido porque o texto original está escrito com
os verbos predominantemente conjugados no pretérito imperfeito do

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subjuntivo e a reescrita proposta está com os verbos predominantemente no


presente.
GABARITO: Errado

54. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


Presentes no texto, os vocábulos “caráter”, “intransferível” e “órgãos” são
acentuados em decorrência da regra gramatical que classifica as palavras
paroxítonas.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: a afirmativa está correta, acentuam-se as paroxítonas


terminadas em –r, -l e ditongo.
GABARITO: Certo

55. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


As expressões “No início da colonização portuguesa no Brasil” (L.1),
“Anteriormente à primeira Constituição pátria” (L.4), “Ainda com relação ao
aspecto da gratuidade” L.16) e “Enfim” (L.34) promovem o encadeamento e a
sequencialização dos argumentos desenvolvidos no texto.
( ) CERTO
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( ) ERRADO

Comentário: sim, as expressões destacadas são adjuntos adverbiais e têm


como uma das funções auxiliar no desenvolvimento e encadeamento das ideias
do texto.
GABARITO: Certo

56. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE) O


vocábulo “sancionadas” (L.7) é, no texto, sinônimo de promulgadas.
( ) CERTO

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( ) ERRADO

Comentário: alguns sinônimos de sancionar são: aprovar, validar,


homologar; e os sinônimos de promulgar são: publicar,
expedir, proclamar, declarar. A primeira palavra significa, no contexto,
homologar, validar uma lei e a segunda significaria, se inserida no contexto,
tornar pública uma lei, portanto, não é possível encaixar “promulgadas” como
sinônimo de “sancionadas”. Afirmativa incorreta.
GABARITO: Errado

57. (TCE/RN – 2016 – Assessor Técnico de Informática – CESPE)


No trecho “Anteriormente à primeira Constituição pátria” (L.4), o emprego do
acento indicativo de crase é facultativo.
( ) CERTO
( ) ERRADO

Comentário: não, a afirmativa está incorreta porque o uso da crase é


obrigatório nesse caso. Assim como o termo “antes” exige preposição de, o
advérbio “anteriormente” exige preposição a. A crase se forma devido à junção
desse a com o a que determina o substantivo feminino “Constituição”.
GABARITO: Errado
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1. CERTO 21. ERRADO 41. CERTO


2. ERRADO 22. ERRADO 42. ERRADO
3. ERRADO 23. ERRADO 43. ERRADO
4. CERTO 24. CERTO 44. ERRADO
5. CERTO 25. ERRADO 45. CERTO
6. ERRADO 26. B 46. CERTO
7. CERTO 27. E 47. ERRADO
8. CERTO 28. E 48. ERRADO
9. CERTO 29. D 49. ERRADO
10. ERRADO 30. B 50. ERRADO
11. ERRADO 31. A 51. ERRADO
12. CERTO 32. C 52. CERTO
13. CERTO 33. C 53. ERRADO
14. ERRADO 34. A 54. ERRADO
15. ERRADO 35. D 55. CERTO
16. CERTO 36. CERTO
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56. ERRADO
17. ERRADO 37. ERRADO 57. ERRADO
18. CERTO 38. CERTO
19. ERRADO 39. ERRADO
20. ERRADO 40. CERTO

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No mais, alunos queridos, estarei aqui torcendo pelo sucesso de cada um


de vocês! Espero que minhas aulas tenham feito diferença no estudo de vocês!

Apaixonada que sou pelo grande Fernando Pessoa, deixo um poema


lindíssimo do heterônimo Ricardo Reis, do genial poeta:

Entregue-se inteiro a seu objetivo, não pela metade, não desanimado,


mas TODO, viva alto como a lua no céu e veja quão imenso e lindo é o reflexo
que você produz!
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Grande abraço a todos!

Entrem em contato sempre que quiserem e/ou precisarem! Vamos manter


contato! Estou lá no Facebook, heim!! Mandei um “oi” para mim!
Forte abraço!

Rafaela Freitas.

Contato: professorarafaelafreitas@gmail.com

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