Você está na página 1de 12

ANTIINFLAMATÓRIOS

INTRODUÇÃO
• A inflamação é um mecanismo de defesa natural do organismo a qualquer agressão
eventualmente sofrida.

• A lesão celular associada à inflamação atua sobre as membranas celulares,


provocando a liberação de enzimas lisossômicas pelos leucócitos; a seguir, ocorre liberação
de ácido araquidônico, a partir de compostos precursores, e vários eicosanóides são
sintetizados.

Reação inflamatória
• Histopatologia
1) Fase aguda:
– Vasodilatação arteriolar e venular / edema
– Aumento de permeabilidade (fenestração) / exsudação
– Migração de polimorfonucleares (quimiotaxia)
– Acúmulo de macrófagos

Reação inflamatória
2) Fase crônica (proliferativa)

• Migração leucocitária (mononucleares) e de fibroblastos;


• Regeneração e reconstrução da matriz conjuntiva;
• Podem seguir-se degeneração tecidual e fibrose.
Substâncias endógenas envolvidas
• Prostaglandinas;

– A partir de fosfolipídeos da membrana das células lesadas:


• ác. araquidônico (pelas fosfolipase A2 e C, e lipase diglicérica);

– Síntese de prostanóides (PGs e tromboxanos) pelas cicloxigenases (COX-1:


constitutiva; e COX-2: indutíva);

• Leucotrienos;
– a partir do ác. araquidônico, pelas lipoxigenases.
FOSFOLIPÍDE
FOSFOLIPÍDE
O
O
Fosfolipase
PAF
A2
Liso-glicerol
fosforilcolina
AC.
ARAQUIDÔNICO 12- LIP
15
OXIGE
NASE

CICLOXIGENASE
-L
IP
OX 12- HETE
IG
EN
AS
E
5- LIPOXIGENASE
Lipoxinas A e B
Endoperóxidos
cíclicos LTA4 LTB4

PGF2
LTC4
PGI2 a TXA2 LTD4
PGD2
LTE4
PGE2

EICOSANÓIDES (via cicloxigenase)


• PGE2: á de permeabilidade vascular, relaxamento de músculo brônquico,
hiperalgesia
• PGF2a: Broncoconstricção
• PGI2: Inibe agregação plaquetária e efeitos semelhantes ao PGE2 (â
duração).
• TROMBOXANOS: Vasoconstritor, poderoso indutor de agregação
plaquetária

PRODUÇÃO DE PGs e PGIs E TROMBOXANAS: Leucócitos

Prostaciclinas: Endotélio

Tromboxanas: Plaquetas
Via Lipoxigenase
LTB4: Potente quimiotático para PMN. á de vênulas;
LTC4, LTD4, LTE4: á de vênulas. Provável importância em doenças do sistema do
sistema respiratório;
HETEs: Vasodilatação e quimiotático para leucócitos;
LIPOXINA A: estimula PM a gerar radicais superóxidos. Liberação de enzimas
lisossomais

PAF:
• Vasodilatação
• á de permeabilidade vascular
• Quimiotático para leucócitos
ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTERÓIDES (AINE)
Mecanismo de Ação:

– Inativação das cicloxigenases (COX1-constitutiva e COX2-indutiva) e


lipoxigenase

Efeitos:
– Analgésico
– Antipirético
– Anti-inflamatório
– Antitrombótico

FOSFOLIPÍDE
FOSFOLIPÍDE
O
O PAF
Fosfolipase A2
Liso-glicerol
fosforilcolina
AC. ARAQUIDÔNICO 12- LIP
X 15
OXIGE
NASE
-L
12- HETE
X IP
CICLOXIGENASE OX
IG
5

EN
-L

AS
IP

E
O

Lipoxinas A e B
XI
G
EN
AS

Endoperóxidos
E

cíclicos LTA4 LTB4

PGF2
LTC4
PGI2 a TXA2 LTD4
PGD2
LTE4
PGE2
• Inibição da COX-1:
A inibição da COX-1 (enzima constitutiva) acarreta em efeitos adversos digestivos e renais
dos AINE por bloqueio da função protetora das PGs nesses sítios (relação com efeitos no
trato GI).

• Inibição da COX-2
O uso atual de inibidores seletivos da COX-2 (enzima induzível na inflamação) leva ao
tratamento da inflamação sem efeitos adversos comuns.

Alcanonas Nabumetona
PRINCIPAIS
PRINCIPAIS AINES
AINES
Salicilatos:
Salicilatos: Ac. Acetil salicílico Pirazolonas Fenilbutazona
Ac. Salicílico Metamizol
Diflunisal Oxifenilbutazona
Salicilato Isopirina
Ácidos Acéticos Diclofenaco
Ácidos amino- Flunixina-
Indometacina
nicotínicos meglumina
Sulindaco

Ácidos Ibuprofeno
Ppropiônicos Carprofeno Oxicans Piroxicam
Flurbiprofeno Tenoxicam
Cetoprofeno Droxicam
Naproxeno Meloxicam

Fenamatos Ac. Flufenâmico Outros Celecoxib


Ac. Rofecoxib
Meclofenâmico Paraminofenol
Ac. Mefenânimco DMSO
Etofenamato Glicosaminoglicano
Floctafenina Superóxido-desmutase
Nabumetona
ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS
Derivados dos hormônios do córtex adrenal

Os produtos de síntese do córtex adrenal são hormônios esteróides, denominados:


– Adrenocorticosteróides
– Corticosteróides
– Corticóides

Efeito terapêutico ideal de um corticosteróide:


– máxima atividade antiinflamatória, antialérgica e imunossupressora;
– mínima atividade retentora de sódio e fluidos.

• OS ANTIINFLAMATÓRIOS ESTERÓIDES SÃO MEDICAMENTOS


SINTOMÁTICOS NÃO ALTERANDO A HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA.

• USADO COM O OBJETIVO DE CONTROLE DA DOR E OUTRAS


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INFLAMAÇÃO, QUANDO SÃO
DEMASIADO INTENSAS E NÃO RESPONSIVAS AOS AINES.

Mecanismo da Ação Anti-inflamatória:


•Bloqueio da via de metabolismo do ácido araquidônico, por inibição da fosfolipase
A2 (passo inícial da cadeia):
– inibição da liberação de alguns mediadores químicos
da inflamação: leucotrienos e endoperóxidos (prostaglandinas, prostaciclinas
e tromboxanos)

• Os AINEs, em contraste, inibem a COX - cicloxigenase (bloqueio de passos finais


da cadeia).

ESupressão dos sinais flogísticos: dor, calor, rubor, edema e perda de função.
FOSFOLIPÍDEO
FOSFOLIPÍDEO
Lipocortina PAF
Fosfolipase A2
Liso-glicerol
fosforilcolina

AC. ARAQUIDÔNICO 12- LIP


OXIGE
15 NASE

CICLOXIGENASE
-L
IP
OX 12- HETE
IG
5

EN
-L

AS
IP

E
O

Lipoxinas A e B
XI
G
EN
AS

Endoperóxidos
E

cíclicos LTA4 LTB4

PGF2
LTC4
PGI2 a TXA2 LTD4
PGD2
LTE4
PGE2
PRINCIPAIS CORTICÓIDES E USOS EM VETERINÁRIA

Potência Potência
glicocorticóide mineralocorticóide
Ação rápida (< 12 hs)
Hidrocortisona
1,0 1,0
Cortisona
0,8 0,8

Ação
Ação intermediária
intermediária (12
(12 -- 36
36 hs)
hs)
Prednisona
Prednisona 4,0
4,0 0,8
0,8
Metilprednisolona
Metilprednisolona 4,0 0,8
0,8
4,0
Triancinolona
Triancinolona mínima
5,0
5,0 mínima

Ação
Ação prolongada
prolongada (<
(< 48
48 hh ))
Dexametasona
Dexametasona 30
30 Mínima
Mínima
Betametasona
Betametasona 30
30 negligenciável
negligenciável

CORTICOTERAPIA SISTÊMICA
Tabela de Equivalência
Fármaco Potência Dose equivalente (mg)
antiinflamatório
Cortisol (Hidrocortisona) 1 20
Cortisona 0,8 25
Prednisona 4 5
Prednisolona 4 5
Metilprednisolona 5 4
Triamcinolona 5 4
Betametasona 20-30 0,75
Dexametasona 20-30 0,75
PRINCÍPIOS DA CORTICOTERAPIA
• Ajustar a dose INDIVIDUALMENTE, tratando-se prolongadamente realizar
avaliação periódica

• A incidência dos efeitos colaterais é diretamente proporcional ao tempo de


tratamento

• Uma dose, mesmo que elevada, é virtualmente desprovida de efeitos colaterais

• Uso por poucos dias e doses baixas ou moderadas è aparecimento de efeitos


indesejáveis é improvável

• A interrupção abrupta leva ao aparecimento de hipoadrenocorticismo

• Exceto em alteração da adrenal o uso de corticóide É SEMPRE com finalidade


SINTOMÁTICA
• O CORTICÓIDE DEVE SER USADO NO MENOR TEMPO E DOSE
POSSÍVEL.

• A DOSE ANTIINFLAMATÓRIA É 10X MAIOR QUE A DOSE FISIOLÓGICA E


ESTA É 2X MENOR QUE A IMUNOSSUPRESSORA.

USO INDICADO EM MANIFESTAÇÕES ALÉRGICAS GRAVES:

•Choque anafilático;
• Edema de glote;
•Broncoespasmo;
• Rinite alérgica;
•Dermatoses alérgicas;
•Reações a drogas, materiais dentários, soros e transfusões.
Suspensão abrupta de terapia com GC pode resultar em “crise adrenal
aguda”:

•Hipotensão e choque
• Hipertermia
•Desidratação
• Taquicardia
•Náusea e vômito
• Anorexia
•Fraqueza e apatia
• Hipoglicemia
•Confusão mental
• Desorientação

CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES
• Os corticoesteróides NÃO devem ser usados:
• Em indivíduos diabéticos
• Em infecções agudas
• Nas infecções virais
• No final da gestação
• Intrarticularmente: Infecções próximas
Fraturas
Dano na cartilagem

Efeitos do uso prolongado de corticoesteróides


• Glaucoma;
• Adelgaçamento muscular;
• Má cicatrização de feridas;
• Sangramento gástrico;
• Osteoporose;
• Hipertensão;
• Diabetes;
• Maior suscetibilidade às infecções

Como utilizar?
• Em que processos há indicação para o uso?
• Que agentes devem ser preferencialmente usados?
• Em que esquemas devem ser administrados?
• Como avaliar os efeitos benéficos e indesejáveis?

Você também pode gostar