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Escola Técnica Estadual Ferreira Viana - FAETEC

Relatório parcial sobre hidroponia

Leonardo de Lima Henning,


responsável pela equipe 01

Constituição da equipe 01:


Leonardo de Lima Henning, responsável
Alexandre Maia
Jefferson Gabriel
Leonardo Augusto
Gustavo Pessanha
Chrystian Simon

Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2016


Sumário:

Introdução……………………………………………………………………………...……2
Fatores para o desenvolvimento de uma planta……………………………...……...2
1. Fatores primários
2. Fatores secundários
O desenvolvimento de uma planta e a organização do sistema hidropônico….3
1. Fases do desenvolvimento
2. Organização do sistema hidropônico
Os diferentes sistemas hidropônicos………………………………………………….4
1. O sistema N.F.T.
2. O sistema de leito flutuante
3. O sistema de sub-irrigação ou enchente vazante
4. O sistema de pavio
5. O sistema de gotejamento
6. O sistema aeropônico
A estrutura e a implantação……………………………………………………………...5
1. Local de implantação
2. Materiais utilizados
3. A casa de vegetação
4. As bancadas
5. Cuidados a serem tomados
A nutrição do cultivo
1. Macronutrientes
2. Micronutrientes
3. A solução nutritiva
Manutenção do sistema hidropônico
1. Manutenção dos fatores de desenvolvimento
2. Prevenção a patógenos
3. Prevenção a infestações
4. O não uso de agrotóxicos
A automação do sistema hidropônico
1. Como fazer a automação
2. Prevenção contra falhas
Conclusão
Bibliografia

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Introdução
A palavra hidroponia provém do grego e significa “trabalho com água”. Já que
esse é o conceito principal de hidroponia, que é o cultivo com base na utilização da
água.
O objetivo da hidroponia é substituir o solo que gera apoio e nutrientes
necessários a planta, que mais a frente será abordado sobre os fatores primários
necessários ao desenvolvimentos de uma planta, por um apoio artificial e uma
solução nutritiva.

Fatores para o desenvolvimento de uma planta:


Como todo ser vivo, uma planta precisa de fatores que favoreçam o seu
desenvolvimento. Esses fatores foram divididos por mim entre os primários, básicos
para a vida da planta, e secundários, que influenciam muito em seu
desenvolvimento.
1. Fatores primários:
Incidência de luz: É através da incidência de luz solar que as plantas realizam
a fotossíntese, fator necessário para que a planta gere energia e se desenvolva.
Eles necessitam de incidência direta de luz, e não apenas de claridade. Porém é
necessário controle, muita luz solar pode matar a planta, e pouca pode atrapalhar
em seu desenvolvimento.
Ar: A planta necessita de oxigênio para poder se nutrir e se desenvolver. Ela
pode obtê-lo do ar ou da água junto com a solução nutritiva, quanto mais oxigênio
dissolvido na água melhor será a absorção dos nutrientes da solução nutritiva. Ela
também precisa de carbono para sintetizar compostos orgânicos necessários ao seu
desenvolvimento, como os aminoácidos.
Nutrição: Uma planta precisa de uma série de nutrientes como veremos mais
à frente, como os sais minerais. Esses nutrientes serão desassociados durante a
digestão para formar unidades nutritivas menores, que se irão se recombinar e
sintetizar compostos orgânicos que a planta utilizará para desenvolver sua estrutura,
como raízes, caule, flores e frutos. Uma vez que na hidroponia estes nutrientes são
captados através da solução nutritiva, é essencial que ela esteja muito bem
balanceada para que crie uma planta saudável e com um desenvolvimento correto,
além de utilizar os ingredientes certos e de boa qualidade.
Apoio: A planta irá precisar de um apoio para se firmar e expandir suas
raízes em busca de nutrientes. Normalmente se utiliza o solo como apoio, porém no
caso da hidroponia este apoio pode ser um duto por onde passará a solução
nutritiva.

2. Fatores secundários:
Nível de pH da solução nutritiva: o pH (potencial de hidrogênio) é índice de
acidez/alcalinidade da água. Ele varia de 0 (pH ácido) até 14 (pH alcalino), sendo o

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pH 7 tido como neutro.. É importante que ele esteja balanceado para que a planta
não apresente deficiências em sua nutrição, uma vez que com o pH em níveis
desadequados a dissolução de nutrientes pela solução nutritiva e a absorção pela
planta podem ser prejudicadas. A faixa de pH recomendada para se trabalhar com
cultivo hidropônico é de 5,5 a 6,5.
Temperatura: A temperatura da solução nutritiva é um fator muito importante.
A planta pode suportar pequenas ou baixas temperaturas, porém isso pode fazer
com que haja má dissolução dos nutrientes na solução ou evaporação de oxigênios.
Em baixas temperaturas pode haver a má dissolução dos nutrientes. Em altas
temperaturas pode haver a dissociação dos nutrientes, fazendo com que eles
percam seu valor nutritivo, a evaporação do oxigênio, além de causar danos a raiz
da planta. É recomendado manter a temperatura em uma faixa de mais de 15°C e
menos de 30°C.
Ventilação: A planta utiliza o ar para realizar sua respiração e transpiração,
então é importante manter uma boa ventilação do seu local de cultivo. Em caso de
casas de cultivos fechadas, pode-se utilizar um ventilador combinado com um
exaustor para criar uma corrente de ar e mantê-lo sempre renovado. Porém é
importante instalar o ventilador em um bom local para que não jogue um ar em más
condições para dentro da estufa.
Qualidade da água: A água é a base de todo esse processo. Ela deve manter
padrões de qualidade para que o resultado final também tenha um padrão de
qualidade. A água deve ser potável. A água que nós pode recebemos da
concessionária ser utilizada, desde que ela seja descansada (deixar a água que
será utilizada em um reservatório aberto por uma hora) para que o cloro se evapore.
Água de outras fontes podem apresentar padrões inconstantes e necessitarão de
maior atenção. Se estiver com níveis de um certo mineral elevado, por exemplo, a
solução deve ser alterada para manter os níveis corretos. Para que a água seja
ideal para essa utilização ela deve ter uma condutividade elétrica de 0,5 mS/cm (0,5
miliSiemens por centímetro) e sais minerais em uma proporção inferior a 50 ppm (50
partes por milhão).

O desenvolvimento de uma planta e a organização do sistema


hidropônico:
1. Fases do desenvolvimento:
Germinação: Pode ser feita em vários substratos, como fibra de côco, lã de
rocha, espuma fenólica e etc. Para ela acontecer a semente deve se encontrar em
local úmido e ao abrigo da luz. Após iniciada a germinação a planta irá começar a
se desenvolver, e quando ela abrir as duas primeiras folhas é sinal de que as
reservas de energia presente na semente terminou e ela está em busca de seus
próprios nutrientes.

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Berçário: É quando a muda começa a buscar por seus próprios nutrientes,
nessa fase ela sai de seu substrato e entra no sistema hidropônico para já começar
a receber a solução nutritiva. Para a próxima fase deve levar cerca de 3 semanas
ou até que as folhas se toquem. Caso isso aconteça é sinal de que as raízes
também estão se tocando e as mudas irão competir entre si, coisa que é
indesejada, já que irá atrapalhar o desenvolvimento das mesmas.
Crescimento final: Nesse estágio elas irão para um novo duto com mais
espaçamento, propício para o seu desenvolvimento a partir de agora. Nesse
momento elas ficaram neste duto até que terminem seu desenvolvimento e estejam
prontas para a colheita.
2. Organização do sistema hidropônico:
Como percebemos, a planta possui diversos estágios de crescimento, e cada
um precisa de uma estrutura diferenciada. Logo, podemos organizar essas
estruturas para melhorar a organização, o controle e consecutivamente o
desempenho do sistema hidropônico.
Para melhor organizar nosso sistema podemos dispor-lo da seguinte forma:
Primeiro colocam a estrutura onde ocorrerá a germinação, como logo depois ela irá
para o berçário, ele será o próximo. Logo após ele, a planta irá para seu
crescimento final. Assim podemos alinhar germinação, berçário e crescimento final
para facilitar a migração das plantas entre as estruturas.

Os diferentes sistema hidropônicos:


Um sistema hidropônico será a forma como você executará a hidroponia.
Existem vários sistemas que serão abordados a seguir, mas antes é preciso
conhecer que existem dois tipos básicos de sistema: Os sistemas ativos e os
sistemas passivos.
Nos sistemas ativos a circulação da solução nutritiva se dará por meio de
uma bomba e também haverá mecanismos para a oxigenação da solução.
Nos sistemas passivos a solução nutritiva fica estática, parada, e é absorvida
pelas plantas pelas suas raízes capilares. Que são as raízes responsáveis pela
grande absorção de nutrientes, devido a sua grande área de contato em relação a
seu tamanho.
1. ​O sistema N.F.T.:​ Nesse sistema as plantas ficam apoiadas em dutos e em
suportes artificiais. Nesses suportes as raízes ficarão em contato com o fundo do
duto, por onde correrá um filme de solução nutritiva (o motivo pelo qual esse
sistema recebe esse nome) e nutrirá a planta, e o restante das raízes ficarão
suspensas em contato com o ar úmido absorvendo o oxigênio necessário ao
crescimento da planta. E esse será o sistema utilizado neste projeto.
2. ​O sistema de leito flutuante:​ Nesse sistema, que é um dos mais simples, é
colocado um flutuador com os suportes e as plantas sobre o depósito com a solução

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nutritiva. Nesse sistema é necessário a oxigenação da água, que pode ser feita com
uma bomba de ar. Dessa forma é possível fazer um sistema fácil, porém para
plantas de pequeno porte, para plantas de médio porte será necessário fixar o leito
nas bordas do reservatório, e não mais ser um flutuador.
3. ​Sistema de sub-irrigação ou enchente vazante:​ Nesse sistema as plantas são
postas em um leito fixo e ficarão com suas raízes suspensas ou parcialmente
mergulhadas em um filme de solução nutritiva. Nesse caso haverá um reservatório
onde ficarão as raízes das plantas, e esse reservatório se encherá de solução
nutritiva encharcando as raízes das plantas, e esse trabalho se dará com o auxílio
de uma bomba.
4. ​O sistema de pavio:​ Nesse sistema a solução nutritiva fica estática em um
reservatório abaixo da planta, e é levada a ela pela capilaridade. É através de pavis
que a solução nutritiva chega a planta, porém é necessário levar em conta a
quantidade de pavis que será necessária.
5. ​O sistema de gotejamento:​ Nesse sistema a solução fica armazenada em um
reservatório, após isso e levada por uma bomba e conduzida por tubos até onde
ficam as plantas. Lá existem gotejadores que irão dispersar a solução no apoio onde
a planta estará fixada. Caso não haja um controle para o retorno da solução nutritiva
e a planta seja fixada no solo, como acontece normalmente, o solo pode sofrer
danos com o desregulamento do pH e da condutividade elétrica. Portanto é
importante que, caso a planta seja fixada no solo, que este seja isolado ou que
tenha um retorno da solução nutritiva para o reservatório.
6. ​O sistema aeropônico: ​Nesse sistema, quem é um dos mais complexos, as raízes
das plantas ficam suspensas em uma câmara de cultivo, onde haverá aspersores
devidamente localizados. A solução nutritiva será retirada do reservatório por meio
de uma bomba e será levada aos aspersores, que irão pulverizar-las nas raízes das
plantas. A absorção de nutrientes nesse caso se dará pelo ar umedecido pela
solução nutritiva e com o oxigênio.

A estrutura e a implantação:
1. ​O local de implantação:​ Vários fatores devem ser levados em conta quanto a
escolha do local de implantação do sistema hidropônico. Tais como: temperatura,
índice pluviométrico, altitude, força e direção dos ventos, entre outras características
climáticas. As condições do clima deste local implicaram na escolha da casa de
vegetação mais adequada, como será mostrado mais a frente.
2. ​Materiais utilizados:​ Nos sistemas hidropônicos de forma geral existirá diversos
tipos de materiais a serem utilizados e isso refletirá no desempenho e qualidade o
cultivo. Deve-se levar em consideração que o resultado deve sistema será
consumido por outras pessoas e até mesmo por você, então é indispensável a
utilização de materiais atóxicos e que resistam à sua utilização no sistema.

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Por exemplo, caso queira utilizar um reservatório de metal para armazenar a
solução nutritiva haverá a degradação do mesmo por conta do contato da superfície
metálica com uma solução salina. Também deve-se evitar o uso (que é muito
comum) de canos de esgoto nos dutos que levarão a solução nutritiva as plantas.
Pois eles sofrem a contaminação por metais pesados durante a sua fabricação e
pode correr o risco de passar essa contaminação a solução nutritiva e,
consecutivamente, a nós. E também devemos evitar o uso de tintas que não sejam
próprias para o uso.
Para a construção e controle climático também podemos contar com vários
tipo de filmes plásticos, telas e telhas para essa função. Para a cobertura podemos
utilizar telhas de polipropileno ou de fibra de vidro, que possibilitam a passagem de
iluminação, além de filmes plásticos. Os filmes plásticos podem ser utilizados tanto
como cobertura quanto como fechamento das laterais. Existem vários tipos de filme:
➔ Os refletivos, que aumentam a reflexão da radiação solar e diminuem a
temperatura interna.
➔ Os fotosseletores, que são capazes de filtrar a radiação solar em faixas úteis
somente ao processo de fotossíntese, como é o caso dos filmes difusores.
➔ Os de policarbonato, que são resistentes, transparentes e não acumulam
poeiras, porém tem um alto custo.

As telas podem ser clarites, que diminuem a temperatura no interior da


estrutura, ou podem ser sombrites, que limitam a luminosidade. As telas sombrites
podem reduzir a luminosidade de 10% a 80%. E os espaçamentos das malhas,
tanto na tela clarite quanto na tela sombrite, podem evitar a entrada de insetos e
pragas em seu sistema hidropônico.

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Bibliografia:
● técnicas de hidroponia - bons cursos
http://www.bonscursos.com/down/agropecuaria/hidroponia.pdf

● Apostila de Hidroponia - Curso de Hidroponia e Projetos de Hidroponia


http://hidroponiarj.com.br/imagens/trabalhosfoto2/17apostila-hidroponia.pdf

● PDF- Hidrogood
http://hidrogood.com.br/wp-content/uploads/2014/06/cartilha_de_hidroponia_
0810.compressed.pdf

● hidroponia_passo_a_passo
http://files.rodrigoprofessor.webnode.com.br/200000067-e5fede6f8a/hidroponi
a%20passo_a_passo.pdf

● Circular Técnica Princípios de Hidroponia


https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/769981/1/CNPHDOCU
MENTOS22PRINCIPIOSDEHIDROPONIA.pdf

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