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Santos proclama 'início do fim' das Farc

Agência AFP JORNAL DO BRASIL


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BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse neste domingo (26)
que chegou o "início do fim" das Farc, após a morte de seu chefe militar, 'Mono Jojoy',
em uma operação do Exército que encontrou computadores com valiosas informações
sobre a guerrilha.

"O sucesso da operação contra ‘Mono Jojoy’ é o ponto de inflexão, e com boa margem
de confiança podemos dizer que é o início do fim das Farc", destacou Santos ao
sobrevoar o acampamento La Macarena (700 km ao sul de Bogotá), onde o líder rebelde
foi morto.

"Jamais disse isto, nem quando (morreu Raúl) Reyes', nem quando houve a 'Operação
Xeque', mas hoje posso afirmar que é o início do fim deste grupo", destacou Santos, que
foi ministro da Defesa entre 2006 e 2009, no governo de Álvaro Uribe (2002-2010).

Reyes morreu em 1º de março de 2008, em um bombardeio contra o território


equatoriano; e a "Operação Xeque" resgatou em 2 de julho do mesmo ano a franco-
colombiana Ingrid Betancourt, três cidadãos americanos e outros onze reféns das Farc.

Santos afirmou hoje que a operação 'Sodoma', que permitiu eliminar 'Jojoy' e outros seis
guerrilheiros da direção das Farc, foi o "ponto de quebra" para este grupo.

O presidente assinalou que nos computadores encontrados em La Macarena há


informações que permitirão "ir atrás dos membros das Farc, de suas redes de apoio e de
suas fontes de financiamento".

"Agora temos onze vezes mais informação" do que o obtido com os computadores
encontrados com Reyes, "tanto em volume como em qualidade".

O presidente, que assumiu em 7 de agosto passado, disse que os cerca de 8 mil


integrantes das Farc devem abandonar as armas e se entregar, porque, do contrário, o
Estado será "implacável com os grupos terroristas que persistirem com a violência".

Santos cumprimentou a Polícia, o Exército, a Marinha e a Força Aérea por realizar de


maneira coordenada e excepcional a 'Operação Sodoma'.
"A voz do povo será ouvida", diz Chávez
após votar em Caracas
Neste domingo, eleitores venezuelanos renovam 165 cadeiras de
deputados da Assembléia Nacional

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, votou neste domingo, em Caracas, festejando a


alta participação nas eleições legislativas e acreditando na "voz do povo" para manter sua ampla
maioria no Congresso. No pleito de hoje, os eleitores decidem quem vai ocupar as 165 cadeiras
de deputados da Assembleia Nacional, dominada desde 2005 pelos "chavistas".

— Hoje não é apenas um dia de eleições na Venezuela. Este povo está dando uma lição. O povo
está falando e estou certo de que a voz do povo será ouvida — afirmou o mandatário.

Chávez votou no bairro popular 23 de Janeiro, reduto da esquerda venezuelana, acompanhado


de duas filhas e de dois netos.

— Faço um apelo a todos: vamos votar. O que queremos aqui é democracia e participação —
disse o presidente, comemorando a transparência e a eficiência do sistema eleitoral
venezuelano.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), até as 12h, no horário local, apenas 35%
dos cerca de 17,5 milhões de eleitores estão inscritos, tinham votado. Segundo Chávez, no
entanto, a participação poderá chegar a 70% do eleitorado de mais de 17,5 milhões de
venezuelanos. O presidente lembrou que antes de chegar ao poder, em 1998, a abstenção podia
chegar a 80%, já que havia um desinteresse generalizado da população pela política.

— Aqui o povo não acreditava em política. A revolução bolivariana recuperou um nível alto de
credibilidade e o povo está amadurecendo — afirmou.

Chávez, eleito pela primeira vez em 1998 e que tentará um terceiro mandato em 2012, desafiou
a oposição a convocar um referendo para tirá-lo do poder.

— É estranho que alguns analistas digam que estou balançando e sem apoio popular. Então
convoquem um revogatório. Busquem as assinaturas no lugar de esperar que Chávez parta em
um raio. A Venezuela é hoje o epicentro de uma batalha — destacou.

— Todo nosso processo chama poderosamente a atenção do mundo porque aqui está se
desenvolvendo uma verdadeira revolução e um ensaio apaixonante — afirmou.

Chávez também falou sobre sua expectativa para as eleições brasileiras que se realizam no
próximo final de semana.

— A coisa vai bem no Brasil. Há bons ventos por lá e faltam apenas alguns dias. Lula parte da
presidência do Brasil com 80% de apoio do povo brasileiro, e quem chega terá igualzinho 80%
para continuar governando o Brasil pelo mesmo caminho, criando a união sul-americana e a
libertação do nosso povo. Na América do Sul acendem as luzes da esperança e não vamos
permitir que sejam apagadas por mais impérios, por mais ameaças, por mais lacaios que haja em
todos os povos — advertiu o líder venezuelano.

AFP
ZERO HORA

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