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PESQUISA EM/
2 Processos de leitura
3 Leitura crítica
O grau genérico dessas formulações, quando ainda não existia nenhum curso
de mestrado ou doutorado em artes no país – 1965 – deixa descoberta a área de
produção em arte: caso contrário, toda pesquisa em poética deveria ser direcio-
nada imediatamente ao doutorado devido ao caráter original do processo criativo.
O grau de relevância da pesquisa em Arte não é medida pelos avanços técnicos;
será mensurável, quem sabe, pela capacidade de reflexão.
2 PROCESSOS DE LEITURA
2.1. O MEIO
Por onde começar? Muito simplesmente pelo meio. É no meio que convém
fazer a entrada em um assunto. De onde partir? Do meio de uma prática, de
uma vida, de um saber, de uma ignorância. Do meio desta ignorância que é
bom buscar no âmago do que se crê saber melhor. (LANCRI, 2002, p.18)
Começar pelo meio é partir do princípio de que já se está preparado para desenvolver
uma pesquisa com base em experiências e inquietações próprias. Dentre as áreas de
conhecimento acadêmico/científico, o campo que abarca os saberes em Arte – Teoria
Crítica e Histórica, Produção em Poética e Ensino em/sobre Artes Visuais – esbarra em
um problema epistemológico (da teoria do conhecimento) importante: como tratar o
processo criativo enquanto um processo cognitivo? Jean Lancri afirma:
um pesquisador em artes plásticas, com efeito, opera sempre, por assim dizer,
entre o conceitual e o sensível, entre teoria e prática, entre razão e sonho. Mas
que a palavra entre, aqui, não nos iluda, pois para nosso pesquisador, se trata
de operar no constante vaivém entre esses diferentes registros. (2002, p:19)
Antes de tudo, mesmo que o projeto parta de uma singularidade – a escolha individual –
nenhuma produção é alheia ao meio social e hermeticamente fechada em si própria.
Para material em novas mídias, como fitas magnéticas, CD-Rom etc., as informações
podem vir impressas na capa ou invólucro externo.
5 NUMERO DA EDIÇÃO: O número abreviado da edição vem logo após o título (não
é número ordinal), entre dois pontos finais.
Cada caso é um caso, portanto recomenda-se que todo aluno tenha disponível um
manual atualizado para consulta (as regras da ABNT relacionadas às normatizações
de publicação têm mudado muito ultimamente em função das adequações da pro-
dução científica nacional ao cenário internacional). EX:
Para o recurso das citações, é necessário dar destaque que possibilite diferenciar o
texto próprio do texto de outro autor que pode ser citado:
Até cinco linhas, a citação literal pode manter-se no próprio parágrafo, como conti-
nuidade do texto autoral, destacando a sentença por meio do itálico ou de aspas.
O uso das aspas delimita a citação direta. Caso o texto citado já contenha sinal de
pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal; caso
contrário, as aspas delimitam o final da citação (UFRP, 2000, V.7: p.2). Recomenda-se
a pontuação final após o uso do modelo autor-data-página para a referência escrita
entre parênteses logo após a citação.
O ponto final vem ao final, após o fechamento da referência, para não prejudicar
a continuação eventual do parágrafo e manter a lógica seqüencial de atribuição
das idéias. Não deixe de destacar, por meio de grafia distinta, textos pessoais
dos textos de outros autores.
A citação com mais de cinco linhas ou citação longa é transcrita em parágrafo distinto.
Inicia-se com configuração de margem em recuo de 4cm, sem tabulação ou deslo-
camento na primeira linha e com finalização na margem direita. O entrelinhamento
No caso de leitura de outras obras, deve-se efetuar uma leitura sistemática. Entende-
se por “leitura sistemática” uma leitura subsidiada por outros textos, que auxilie no
processo de interpretação de seu significado.
O Resumo é a base de uma Resenha, e por essa razão ambas as estruturas estão
fundamentadas na construção lógica, na concisão das idéias, na abordagem das
questões significativas e no desenvolvimento de um texto pautado pela clareza
das proposições. Cabe ressaltar que o estilo do discurso é individual, mas pode
atentar para essas orientações básicas.
MÉTODOS DE PESQUISA
O conceito teórico-metódológico de uma pesquisa distingue-se do método definido
para a realização da pesquisa: o primeiro compreende os fundamentos teóricos que sub-
sidiam a escolha dos procedimentos (as bases epistemológicas), e o segundo trata das
ferramentas específicas definidas para alcançar os objetivos (gerais ou específicos).
Para a pesquisa em/sobre Ensino de Artes Visuais, a metodologia pode ser direcio-
nada por meio de alguns parâmetros ou modelos de investigação.
REGISTRO
Ao longo das discussões levantadas, vários tópicos foram abordados com o intuito
de dar sustentação às relações de pesquisa em/sobre Ensino de Artes Visuais:
5 ESTRUTURA DO PROJETO
E DA MONOGRAFIA
A monografia é uma das primeiras experiências de relato científico e, portanto,
constitui-se numa preparação metodológica para futuros trabalhos de investiga-
ção. Para uma especialização – pós-graduação lato sensu – o tema selecionado
pode ser um desdobramento de pesquisas da graduação – iniciação cientifica
ou TCC – e poderá ser ampliado como objeto para dissertações de mestrados e
teses de doutorado para cursos ao nível stricto sensu. A NBR-14724 da ABNT
é a que define a nomenclatura para a monografia para cursos de especialização
ou aperfeiçoamento. Para efeito de classificação:
Monografia é a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico,
investigado cientificamente. O trabalho de pesquisa pode ser denominado
monografia quando é apresentado como requisito parcial para a obtenção de
título de especialista, ou pode ser denominado trabalho de conclusão de curso,
quando é apresentado como requisito parcial para a conclusão de curso. A
monografia pode ser defendida em público ou não. A monografia publicamente
comunicada em congressos, encontros, simpósios, academias, sociedades
científicas, segundo normas estipuladas pela coordenação dessas reuniões e/
ou entidades, é denominada memória. (UFP, 2001, 2: p.2)
A proposta será utilizada pelo aluno como parâmetro para a elaboração do exercício
desta aula: a confecção do projeto de pesquisa. Inclusa nesse texto encontra-se
uma proposta de estruturação de monografia que o aluno deverá utilizar ao longo
da preparação de seu ensaio monográfico.
t Abra uma pasta resumos e salve o documento de maneira que você o localize
pelo nome (o nome do autor ou o tema é uma boa dica).
t Abra pastas específicas para textos colhidos na internet e salve com a identificação
da data de acesso.
t Sempre identifique o texto lido e faça seu enunciado conforme indicação da ABNT.
DERDYK, Edith. Linha de horizonte: por uma poética do ato criador. São Paulo:
Escuta, 2001.
SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 6. ed. Belo Horizonte: Inter-
livros, 1978.
ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre ciência e arte. 3ª ed. Cam-
pinas: Autores Associados, 2006 (Coleção Polêmica do Nosso Tempo, 59).