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FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CONTROLE DE ZOONOSES E VETORES

ANTONIO PEREIRA COSTA JUNIOR


LUCAS CAMARGO
LUIS EDUARDO DA SILVA
OVIDIO FAGNER
SARA BEATRIZ REIS
TIAGO FERNANDES

GOIANÉSIA-GO
2017
ANTONIO PEREIRA COSTA JUNIOR
LUCAS CAMARGO
LUIS EDUARDO DA SILVA
OVIDIO FAGNER
SARA BEATRIZ REIS
TIAGO FERNANDES

CONTROLE DE ZOONOSES E VETORES

Trabalho referente ao controle de vetores


e zoonoses na disciplina de Saneamento,
no curso de graduação em Engenharia
Civil da Faculdade Evangélica de
Goianésia.

Professora Orientadora: Wanessa


Mesquita

GOIANÉSIA-GO
2017

i
RESUMO

Como um conjunto de medidas, o saneamento visa preservar ou modificar as


condições do meio ambiente com a fim de prevenir doenças e promover a saúde,
melhorando a qualidade de vida à produtividade do indivíduo e a atividade econômica.
Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país
desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à
melhoria a todas as pessoas, sobretudo na saúde e com redução da mortalidade infantil,
melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do
trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, etc., é a
atividade relacionada ao abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial, a
coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o controle
de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades. É o
conjunto de procedimentos adotados numa determinada região visando a proporcionar
uma situação higiênica saudável para os habitantes.

Palavras-chave: Saneamento, Tratamento e Procedimentos.

ii
LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Tipos de ocupação e uso do solo que formam alteradores de qualidade da


água. .........................................................................................................................................................04

Figura 02 - Ciclo hidrológico. ........................................................................................05

Figura 03 - Corte da seção de um aterro sanitário. Fonte: BAHIA,


2000.................................................................................................................................14

Figura 04 - Sistema de tratamento aterro sanitário. Fonte: BAHIA,


2000.................................................................................................................................15

iii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 2
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 2
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 2
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 3
3.1 NOÇÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA .............................................................. 3
3.1.1 A ÁGUA NA NATUREZA ............................................................................ 4
3.1.2 CICLO HIDROLÓGICO ................................................................................ 5
3.1.3 PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA ..................................................................... 7
3.1.4 CICLO DO USO DA ÁGUA .......................................................................... 7
3.2 ZOONOSES E VETORES ..................................................................................... 8
3.2.1 VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS .......................................................... 9
3.2.2 ZOONOSES .................................................................................................... 9
3.2.3 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS COM ÁGUA ................... 10
3.2.4 MEDIDAS DE CONTROLE ........................................................................ 10
3.2.6 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONDAS COM EXCRETAS
(ESGOTOS) ........................................................................................................... 11
3.3 CHORUMES ........................................................................................................ 12
3.3.1 ATERRO SANITÁRIO ................................................................................. 12
3.3.2 FORMAS DE TRATAMENTO DO EFLUENTE LÍQUIDO ...................... 14
3.4 INFLUÊNCIAS DOS ESGOTOS ............................................................................ 15
4 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 18

iv
1. INTRODUÇÃO

É de suma importância o controle de vetores e zoonoses para que não haja danos
à saúde do ser humano, pois ao mesmo tempo que se previne as doenças por eles
transmitidas, se blinda aos danos que eles podem gerar.
Segundo Ecofocus (2014) vetores são insetos ou animais que vivem nas grandes
cidades, como pulgas, cupins, formigas baratas, ratos, entre outros, que transmitem
doença aos seres vivos. Já a zoonose são as doenças transmitidas pelo agente vetor,
através de vírus bactérias, fungos, protozoários e outros demais microrganismos.
O intuito deste trabalho é apresentar os danos que os vetores e as zoonoses podem
gerar aos seres humanos e no mesmo apresentar medidas de defesa e segurança,
apresentando quais são as formas de prevenção para que não haja a contração das doenças.
Mas efetivamente, o controle não deve se limitar a medir custos, mas registrar a
otimização dos recursos na atividade de maneira a atingir um melhor desempenho dos
mesmos, devendo retirar o máximo de animais das ruas, tomar medidas químicas,
biológicas e ambientais para evitar a transmissão das doenças.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Estudo para o compreendimento da necessidade de um controle de vetores e


zoonoses no meio social, demonstrando as formas de prevenção e os tratamentos
adequados para que nao haja contaminação.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Abordar fatores que podem causar o aumento dos vetores e zoonoses


 Fazer um estudo sobre medidas de controle a ser tomadas
 Estudo sobre Chorume
 Formas de Tratamento adequadas para cada situação
 Demonstrar os tipos de tratamento existentes
 Demonstrar as influências dos esgotos

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 NOÇÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

No que se diz respeito a qualidade da água, não se pode observar apenas sua
fórmula molecular (H2O). Devido as suas propriedades de solvente e sua capacidade de
transportar partículas, este elemento leva consigo diversas impurezas, o que impacta
diretamente na qualidade deste líquido tão importante para os seres vivos.

Existem dois aspectos a serem analisados quando se trata da qualidade da água:


os fenômenos naturais e a atuação do homem. De maneira geral, pode-se dizer que a
qualidade de uma determinada água é função das condições naturais e do uso e da
ocupação do solo na bacia hidrográfica. Isto pode ser determinado do seguinte modo:

 Condições naturais: mesmo que não haja atuação do homem, a bacia


hidrográfica está suscetível a implicações naturais como o escoamento superficial e
infiltração no solo, resultantes da precipitação atmosférica. O impacto é dependente do
contato da água em escoamento ou infiltração com as partículas, substâncias e impurezas
no solo. Assim, a incorporação de sólidos em suspensão (ex: partículas de solo) ou
dissolvidos (ex: íons oriundos da dissolução de rochas), ocorre mesmo que a bacia esteja
preservada em seu mais elevado nível (ocupação do solo com matas e florestas). Dessa
forma, a composição do solo e sua cobertura tem grande influência na qualidade da água.
 Interferência dos seres humanos: o ser humano interfere diretamente em
uma bacia hidrográfica, sendo de forma concentrada, como na produção de despejos
domésticos ou industriais, ou de maneira dispersa, na aplicação agrotóxicos e defensivos
agrícolas no solo, contribuindo deste modo, para a introdução de compostos na água,
afetando sua qualidade. Sendo assim, a forma em que utilizamos e ocupamos os solos
tem implicação direta na qualidade da água.
A Figura 1, demonstra o exemplo de uma possível inter-relação entre ocupação
do solo e geração de resíduos naturais que alteram a qualidade da água de rios e lagos. O
controle de qualidade da água deve ser tratado de maneira generalizada, de forma que
todos os aspectos poluidores sejam abordados e não somente os aspectos individuais.

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Figura 1 - Tipos de ocupação e uso do solo que formam alteradores de qualidade da água.

3.1.1 A ÁGUA NA NATUREZA

A água é o elemento inorgânico com maior presença em toda a matéria viva: no


ser humano mais de 60% de sua massa corporal é composta por água, e em determinados
animais aquáticos esta porcentagem sobe para até 98%. O volume de água presente em
nosso planeta é estimado em 1,36 x 1018 m³ e são distribuídos da seguinte maneira:

- Água do mar: 97%

- Calotas Polares: 2,2%

- Água doce: 0,8%

Desta última, a água existente na superfície corresponde a apenas 3% desse total,


e os outros 97% são águas subterrâneas. Tendo em vista a escassez desse recurso e a
dificuldade de se extrair o seu maior volume de áreas profundas do solo, nota-se que é de
fundamental importância a preservação dos recursos hídricos do planeta Terra.

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3.1.2 CICLO HIDROLÓGICO

Sabendo-se como a água está distribuída em nosso planeta, é de suma


importância entender como este elemento se movimenta de um lugar para o outro. Esse
fluxo foi nomeado como ciclo hidrológico.

Para conhecer de maneira simplificada o ciclo hidrológico, a Figura 2 demonstra


todos os seus mecanismos de transferência de água:

 Precipitação
 Escoamento superficial
 Infiltração
 Evaporação
 Transpiração

Figura 2 – Ciclo Hidrológico

a) Precipitação
A precipitação corresponde a toda a água que cai da atmosfera para a superfície
do planeta. Ela pode vir a apresentar as seguintes formas: chuva, orvalho, neve e granizo.
Os seguintes estágios compreendem a precipitação:

 Resfriamento do ar à uma quase saturação


 Condensação do vapor d’água para a forma de gotículas

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 Expansão no tamanho de cada gotícula através de coalisão e aderência até que
adquiram o tamanho necessário para formar uma precipitação.

b) Escoamento Superficial
A água da chuva que cai sobre o solo, através da precipitação tem apenas dois
caminhos a seguir: o escoar através da superfície ou se infiltrar no solo. Responsável pelo
fluxo de água sobre o terreno, o escoamento superficial inevitavelmente acaba formando
córregos, lagos e rios, e após percorrer este longo caminho, deságua no mar. É definido
pelos seguintes fatores:
 Intensidade da chuva;
 Capacidade de infiltração do solo.

c) Infiltração
Processo pelo qual a água da chuva adentra ao solo formando os lençóis
freáticos. Estes, são os maiores responsáveis pela formação dos cursos d’água
superficiais, principalmente nas épocas de seca. Um solo propício a esse fenômeno,
necessita de uma cobertura natural, ou seja, vegetação, para desempenhar melhor suas
importantes funções:

 Reduzir o escoamento superficial, reduzindo assim consideravelmente as


enchentes (em períodos chuvosos);
 Maior infiltração (quanto maior a infiltração, melhor se dará a alimentação
das águas superficiais nos períodos secos;
 Menos desprendimento de massa, advindo do escoamento superficial,
preservando assim os cursos d’água.

d) Evapotranspiração
Fenômeno responsável pela transferência de água para a atmosfera, possui em
seu contexto, os seguintes mecanismos:

 Evaporação: diretamente proporcional a temperatura do ambiente e umidade


relativa do ar, é o nome dado a transferência de água de qualquer meio
superficial para a atmosfera, passando do estado líquido para o gasoso.

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 Transpiração: formado principalmente pela transpiração das plantas, tendo
em vista que em uma floresta, a concentração de folhas por metro quadrado
é imensa, elevando e muito o fenômeno da transpiração.

3.1.3 PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA

Sendo o recurso natural mais importante para que haja vida em um planeta, a
água desempenha um papel fundamental para as seguintes atividades:

 Abastecimento doméstico;
 Abastecimento industrial;
 Irrigação;
 Dessedentação de animais;
 Agricultura;
 Preservação da flora e da fauna;
 Recreação e lazer;
 Harmonia paisagística;
 Geração de energia elétrica;
 Navegação;
 Diluição de despejos;
A necessidade crescente de água a nível mundial impõe que esta seja utilizada
racional e sustentável. Sua intensa e progressiva degradação tem se tornado sinônimo de
preocupação para todos os seres humanos com o mínimo de responsabilidade social e
ambiental. Sendo assim, é preciso otimizar cada vez mais o uso desse recurso, desde sua
captação, até o seu descarte novamente na natureza.

3.1.4 CICLO DO USO DA ÁGUA

O clico de uso da água abrange desde o abastecimento até o saneamento de águas


residuais. Ele é composto pelas atividades de captação, tratamento e distribuição da água
de abastecimento até a recolha, tratamento e devolução do esgoto para o meio ambiente.

Suas principais etapas são:

 Captação: a forma mais fácil de se recolher a água, é quando a mesma se


encontra na superfície (rios, lagos e albufeiras), levando assim a uma

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tendência de maior uso por parte dos seres humanos, não descartando também
as captações subterrâneas (furos, poços e nascentes).
 Tratamento de água: após o processo anterior, a água é levada para uma
estação de tratamento (ETA), para que possa receber os procedimentos de
adequação desse elemento para consumo humano.
 Distribuição: a água é armazenada em reservatórios e, posteriormente,
distribuída para a população por uma rede de adutoras (rede de distribuição
ou abastecimento), até as casas ou indústrias.
 Consumo: seu consumo para o ambiente doméstico se dá através da
alimentação, higiene pessoal, e atividades de limpeza. Também utilizada para
irrigação de praças e jardins, tem função tanto como matéria prima em
diversos processos de fabricação, quanto na geração de energia.
 Recolha, Tratamento e Devolução: também chamados de esgotos, as águas
residuais são tem origem após o consumo, e precisa ser recolhida e
transportada até uma estação de tratamento de esgotos (ETE) ou como
também é chamada estação de tratamento de águas residuais (ETAR), para
depois ser descartada no meio ambiente de forma segura

3.2 ZOONOSES E VETORES

Segundo a OMS (organização mundial de saúde) saneamento é o conjunto de


medidas adotadas em um local para melhorar a vida e a saúde dos habitantes, impedindo
que fatores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar
físico, mental e social. Pode-se dizer que o saneamento básico abrange os seguintes
serviços:
 Abastecimento de água (captação, tratamento, distribuição);
 Sistema de esgoto (coleta, tratamento, disposição final);
 Limpeza urbana (coleta, tratamento, disposição final);
 Drenagens de agua pluvial;
 Controle de vetores (ratos, baratas, insetos, transmissores de doenças);
 Controle de uso e ocupação do solo;
 Controle de poluição ambiental;
 Serviços de saneamento na saúde pública;

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Os serviços de saneamento básico se mostra essencial para a saúde pública pois
além de exercer um papel fundamental na conservação do meio ambiente, garante
qualidade de vida para os habitantes das cidades e tem um papel preventivo no controle
de vetores, e para o estado e menos caro prevenir essas doenças do que tratá-las em
unidades de saúde.
Dentro de saneamento básico de uma cidade está o centro de controle de
zoonoses que um núcleo da secretaria de saúde, esse núcleo realiza prevenção de
zoonoses que são doenças transmitidas por animais ao homem, através do controle de
vetores que e o controle de amimais domésticos e peçonhentos. Os centros de zoonoses
têm os seguintes programas e serviços, conforme pode se observar nos próximos itens.

3.2.1 VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS

 Imunização;
 Doenças transmissíveis;
 Doenças não transmissíveis;
 Agravos inusitados (doenças desconhecidas / novas);
 Sistema de informação;

3.2.2 ZOONOSES

 Controle da população animal;


 Controle de animais sinantrópicos (caramujo africano, morcegos, abelhas,
escorpiões, cobras etc.);
 Controle da Dengue;
 Controle da Leishmaniose;
 Controle da Raiva;
 Controle da Leptospirose;
 Controle da Esquistossomose;
 Controle da doença de Chagas;
 Núcleo de Educação em Saúde (NES);

As doenças provenientes da falta de saneamento básico são resultantes da


quantidade e qualidade do abastecimento de agua, e da destinação dos esgotos e resíduos
sólidos, da falta de drenagens adequada das aguas pluviais. As doenças causadas por falta

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de saneamento são classificadas em categorias relacionando-as com o ambiente em que
são transmitidas:

3.2.3 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS COM ÁGUA

Doenças ligadas a agua são aquelas que de alguma forma, diretamente ou


indiretamente tem sua transmissão relacionada com a agua, por exemplo, por sua
ingestão, ou na forma indireta quando a água serve de criadouro para algum vetor, como
é o caso da dengue. Estas enfermidades são classificadas em quatro grupos:
Doenças cujos agentes infeciosos são transportados pela agua que são ingeridos
por ingestão de agua ou alimento contaminado são eles:
 Cólera (agente etmológico: Vibrio Choleras)
 Febre tifóide (agente etmológico: Salmonella Typhi)
 Disenteria bacilar (agente etmológico: Shigella Spp)
 Hepatite infecciosa (agente etmológico: Vírus)

3.2.4 MEDIDAS DE CONTROLE

Fornecer água tratada suficiente para uma adequada higiene pessoal. Se não
houver sistema de tratamento (ETA) como e nas zonas rurais deve-se utilizar aguas
subterrâneas (poços artesianos) e aguas meteóricas (reservatórios que aproveitam agua
que cai no telhado).

Doenças relacionadas com contato com agua contaminada por hospedeiros


aquáticos são aqueles em que o molesto passa parte do seu ciclo de vida na água, em um
hospedeiro aquático (crustáceos e caramujos etc.):
 Esquistossomose que é transmitida após a penetração de larvas (cercárias)
pela nossa pele e mucosas.
 Leptospirose: transmitida por urina de rato

Medidads de controle:
 Evitar o contato com água contaminada
 Controlar a população de caramujos

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 Evitar a contaminação das águas superficiais através do tratamento
adequado das excretas bem com sua disposição final

Doenças relacionadas com vetores que se desenvolvem na água, são


transmitidas por organismo que passam dertmindo ciclo de vida na agua.
 Malária (vírus) por vetor mosquitos do gênero Anopheles
 Febre amarela e dengue (vírus) vetor mosquito Aedes aegypti
 Doenças do sono (causa sono mortal) vetor mosca tsetse (Glossino
longipennis)
 Oncocercose (causa cegueira) vetor mosca (Simulium)

Medidads de controle:
 Eliminação dos locais de reprodução dos insentos através de drenagem
 Proteção das habitações através de telas contra insetos
 Fornecimento de água a população para evitar visitas a córregos
 Não jogar lixo em ambientes aquáticos e em locais impróprios para o
descarte desse material;
 Não fazer as necessidades fisiológicas em locais não apropriados;
 Lavar bem as mãos e os alimentos;
 Não deixar expostos recipientes que podem acumular água;
 Evitar água de enchentes e locais em que a qualidade da água não é
conhecida.
 Tratamento adequado das águas de abastecimento (ETA)
 Evitar ingestão de água de fonte desconhecida.
 Doenças adquiridas pela falta de água para a higiene.
 Diarreias,
 Infecções de pele e olhos: sarnas, fungos de pele, tracoma
 Infecções causadas por piolhos, como a febre tifo.
 Ascaridíase,

3.2.6 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONDAS COM EXCRETAS


(ESGOTOS)

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São doenças causadas por patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e
helmintos) existentes em excretas humana ou animal, normalmente nas fezes:
 Diarreia infecciosa provocada por micróbios, que são adquiridos por meio
da ingestão de comida ou água contaminada;
 Cólera transmitida por agua contaminada;
 Doenças infecciosas relacionadas com o lixo;
 Doenças infecciosas relacionadas com a habitação;

3.3 CHORUMES

Em função da degradação biológica dos resíduos, somado à infiltração de águas


de chuva e à umidade natural dos resíduos aterrados, existe a formação dos efluentes
líquidos dos aterros, conhecidos como chorume. Este resíduo apresenta aspecto escuro e
turvo, com odores desagradáveis, possuindo em sua composição altos teores de
substâncias orgânicas e inorgânicas (SILVA, 2002).

3.3.1 ATERRO SANITÁRIO

A fim de garantir a proteção ambiental nas áreas de aterramento de resíduos, a


ABNT publicou a Norma Brasileira (NBR) 8419, que fixa as condições mínimas
exigíveis para a apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos,
que inclui critérios técnicos, econômicos e sociais.
Esses critérios auxiliam na escolha do lugar mais adequado para a instalação do
aterro. A área selecionada para implantação de aterros deve possuir características que
permitam controlar os riscos de contaminação da água, do ar, e do solo. Dentre as
exigências, estão o sistema de drenagem superficial, impermeabilização da área, sistema
de drenagem de gás e o sistema de drenagem e tratamento do percolado (ABNT, 1983).
O sistema de drenagem de água superficial consiste em desviar o escoamento
superficial das águas pluviais, que tendem a escoar para a área do aterro. A água pluvial
não deverá ser misturada ao chorume, pois este necessitará de um tratamento mais
complexo para ser lançada ao meio (NBR, 1983; CEMPRE, 2010).

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Quanto à impermeabilização da área do aterro, que deve ser realizada na base e
nas laterais, tem o objetivo de impedir que o líquido oriundo da massa aterrada atinja o
solo e mananciais hídricos (ABNT, 1983; LANGE et. al, 2009; ROCHA, 2009).
Devem-se iniciar os serviços de impermeabilização na parte inferior do aterro,
logo após a conclusão da remoção da camada de solo superficial da área operacional. Essa
impermeabilização consiste, basicamente, na instalação da manta de polietileno de alta
densidade (PEAD) ou na execução de uma camada de argila com coeficiente de
permeabilidade inferior a 10- 6 cm/s e espessura superior a 80 cm, que pode ser
substituída pelo terreno natural, desde que com as mesmas características (ABNT, 1983;
MONTEIRO et. al, 2001)
Os sistemas de drenagem de gases oriundos da decomposição da matéria orgânica
atravessam todo o aterro no sentido vertical, partindo do sistema de impermeabilização
de base até acima do topo da camada de cobertura. Junto aos drenos verticais, projetam-
se drenos horizontais e subverticais. Os drenos são, normalmente, constituídos por linhas
de tubos perfurados, sobrepostos, envolvidos por uma camada de brita (ABNT, 1983;
CEMPRE, 2010).
Quanto ao sistema de drenagem de percolados, esse é responsável por coletar e
conduzir a massa líquida (chorume) que percola através dos resíduos até os pontos de
tratamento.
A coleta do chorume é feita por drenos implantados sobre a camada de
impermeabilização inferior e projetados em forma de espinha de peixe, com drenos
secundários conduzindo o efluente para um dreno principal que irá levá-lo até um poço
de reunião, de onde será bombeado para a estação de tratamento. Vale 17 ressaltar que os
materiais utilizados na construção desses drenos não podem ser passíveis de degradação
pelo material conduzido (NBR, 1983; SCHALCH, 2002).
A Figura 3 apresenta o corte da seção de um aterro sanitário onde apresenta um
panorama de três processos distintos de operação: setor em preparo, setor em execução e
o setor concluído. A imagem ilustra um exemplo de forma de localização dos drenos de
gás e de chorume, e a evolução do processo desde a construção da célula, até após a
disposição dos resíduos e seu devido fechamento com a cobertura.

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Figura 3 - Corte da seção de um aterro sanitário. Fonte: BAHIA, 2000

3.3.2 FORMAS DE TRATAMENTO DO EFLUENTE LÍQUIDO

O chorume, por possuir caráter altamente tóxico, deve ser submetido a tratamentos
adequados antes de ser lançado ao ambiente ou a redes coletoras de esgoto. Dentre os
métodos mais utilizados destacam-se o tratamento biológico, a recirculação através do
aterro sanitário e o tratamento físico-químico (NAKAMURA, 2012).
O tratamento biológico consiste na degradação da matéria orgânica e de
compostos de difícil degradação por microrganismos, na ausência ou presença de
oxigênio. Diferentes tratamentos biológicos podem ser aplicados ao chorume dos aterros,
destacando-se as lagoas de estabilização e o sistema de lodos ativados (CEMPRE, 2012).
As lagoas de estabilização são consideradas um tratamento biológico muito
eficiente, com mecanismos de fácil operação, emprego de poucos equipamentos e
manutenção relativamente barata.
As lagoas são reservatórios escavados no solo, com a devida proteção de taludes
e fundo. A técnica depende da área disponível, da topografia, do grau de eficiência
desejado e da verba disponível. Apresenta como principal desvantagem a necessidade de
extensas áreas para a sua efetiva instalação (TELLES et. al, 2010).

O sistema de tratamento do chorume é constituído por 5 lagoas (Figura 4).

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1º Lagoa Anaeróbia- Células novas
2 º Lagoa Anaeróbia- Células
3 º Lagoa Facultativa
4 º Lagoa Aerada
5º Lagoa Seca

Figura 4 - Sistema de tratamento aterro sanitário. Fonte: BAHIA, 2000

3.4 INFLUÊNCIAS DOS ESGOTOS


Esgoto é basicamente uma estrutura construída para recolher e escoar águas
fluviais e dejetos populacionais (Aurélio, B. 2000 p. 285). Resultante do rejeito de
atividades doméstica, pública, comerciais e industriais. Sendo proveniente, por exemplos,
no uso doméstico, de limpeza de roupas, banho e da descarga do vaso.
Segundo dados do IBGE, no Brasil somente 52% dos municípios e 33,5% dos
domicílios têm serviço de coleta de esgoto.
O tratamento de esgoto também faz parte do saneamento e está diretamente
ligado as condições de saúde e ao controle de vetores e zoonoses, pois as pragas
proliferam em função das desordens no meio ambiente provocas pelo homem, podendo
causar efeitos nocivos ao bem-estar físico e mental da sociedade.
A coleta e tratamento de esgoto é um serviço de saneamento básico e embora
tenha crescido 10,6% ainda é o de menor cobertura no Brasil, dentre os serviços de
saneamento. (IBGE).
Segundo TRENTIN, Aline e COAN. Cherlei (pag. 7), mais de cem milhões de
pessoas ainda lançam seus esgotos no solo, por meio de sistemas individuais de
tratamento, como fossas sépticas e sumidouros, sem haver controle por parte dos órgãos
municipais, causando em muitas vezes uma grave contaminação das águas subterrâneas.
Grande parte do lançamento de resíduos sólidos orgânicos provenientes de
atividades humanas não retorna aos ciclos naturais que foi gerado, causando a poluição.
O termo resíduo não se resume a somente lixo, pois existem materiais e substâncias que
não se enquadram no uso da palavra, lixo corresponde a todo o material sólido resultante
de atividades resultantes de uso doméstico, comerciais e públicas, e que não será mais

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utilizado. Já o termo resíduo pode ser utilizado para nomear dejetos sólidos, líquidos e
gasosos (Segundo TRENTIN, Aline e COAN. Cherlei. Pag. 10).
Porém, ambos os termos citados acima, contribuem para proliferação dos
vetores, seja pelas condições propícias geradas pelo acumulo de lixo, que pode ocasionar
o aumento de criadouros ou pelo lançamento de dejetos e restos de comida que servem
de alimento para os vetores, contribuindo também para o aumento dessas espécies.
O controle de animais que carregam um agente depende da manutenção do
equilíbrio ambiental, e que consequentemente evita a proliferação dos vetores e garante
a qualidade de vida e a saúde da população.
A ocupação desordenada de córregos e rios gera um aumento do criadouro,
causados pelo acumulo de lixo. Portanto, a revisão e manutenção das coletas e dos
descartes pluviais em córregos ou rios devem ser feitas periodicamente para contribuir
com redução ou eliminação dos criadouros de vetores.

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4 CONCLUSÕES

Conclui-se que é de suma importância ter um controle de vetores e zoonoses,


evitando assim as doenças que eles podem ocasionar aos seres humanos. Portanto é
necessário que haja investimentos e fiscalizações nos setores de prevenção, pois se for o
caso de ter que haver tratamento de saúde se tornará mais oneroso o processo.
Visto que a extrema importância do combate de criadouros em redes de esgoto
cabe às autoridades responsáveis pela manutenção dos esgotos, reconhecer quais os riscos
causados pelo descarte incorreto de resíduos e incorporar estratégias preventivas para
impedir possíveis proliferações de animais sinantrópicos. Para auxiliar ao combate, o
município pode desenvolver programas de conscientização, fortalecendo a importância
da educação sanitária, com descarte correto de resíduos e dejetos de modo a contribuir
para manutenção da saúde da sociedade.
Outra forma de combater a proliferação de vetores é através da agregação de
emedas às leis de saneamento dos municípios a fim de implementar normas para o
tratamento de esgoto antes de lança-lo ao meio ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000: IBGE mapeia os serviços de


saneamento básico no país. Disponível em:
https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/27032002pnsb.shtm/ Acesso em: 25
de setembro de 2017.

FERREIRA, Aurélio (Ed.). Mini Aurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da


língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S.A., 2000. Edição Escolar.

NATAL, Delsio. Seminário; Recursos Hídricos, Saneamento e Gestão


Metropolitana: O Controle de Vetores e Zoonoses. Disponível em: <
https://ie.org.br/site/ieadm/arquivos/arqnot6276.pdf/> Acesso em: 25 de setembro de
2017.

TRENTIN, Aline e COAN. Cherlei. Meio Ambiente: Problemas que precisamos


resolver. Disponível em: http://www.uri.com.br/cursos/arq_trabalhos_usuario/2103.pdf/
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