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AO JUÍZO VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF


sob nº ________ , ________ , residente e domiciliado
na ________ , ________ , ________ , ________ ,
________ , vem à presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
DE GUARDA

em face de ________ , ________ , ________ ,


inscrito no CPF sob nº ________ , ________ ,
residente e domiciliado na ________ , ________ ,
________ , ________ , ________ , pelos motivos e
fatos que passa a expor.
DOS FATOS

As partes constituíram uma união por mais de ________ anos,


rompida em ________ . Nesse rompimento, foi acordado que a guarda
permaneceria com ________ , conforme ________ no processo ________

Porém, a atual guarda tem restringido o saudável e necessário


desenvolvimento do menor, razão pela qual, a regulamentação da guarda é
medida que se impõe.

DO DIREITO

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente,


resguardar os direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida a presente
ação ao fim de atendê-los.

A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos menores,


previu no Código Civil, em seu artigo 1.583 as condições mínimas que genitor
deve prover para que a guarda lhe seja atribuída, in verbis:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída


a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art.
1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e
deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto,
concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
Dessa forma, deve-se dfinir a guarda com primordial atenção aos
interesses do menor, conforme assevera ampla jurisprudência:

"A guarda deve atender, primordialmente, ao


interesse da menor. No caso, estando a menor sob os
cuidados da família de uma amiga de infância, situação
sui generis, e não demonstrando interesse em conviver
com a mãe e nem com o pai, não há justificativa para a
concessão da guarda paterna." (Apelação Cível Nº
70075548941, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado
em 22/11/2017).

Dessa forma, a guarda deve ser conduzida conforme os termos e


condições a seguir.

DA GUARDA COMPARTILHADA

Pelos fatos narrados, documentos que junta e pela oitiva de


testemunhas que irá compor o processo, restará demonstrado o direito das
crianças em ter um ambiente saudável e garantidor de suas necessidades.

Definir a guarda com primordial atenção aos interesses do menor,


conforme assevera ampla jurisprudência:

"A guarda deve atender, primordialmente, ao


interesse da menor. No caso, estando a menor sob os
cuidados da família de uma amiga de infância, situação
sui generis, e não demonstrando interesse em conviver
com a mãe e nem com o pai, não há justificativa para a
concessão da guarda paterna." (Apelação Cível Nº
70075548941, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado
em 22/11/2017).

"A supremacia do interesse do menor, além da


vontade manifestada, é o critério a ser utilizado
para a escolha do seu guardião, no caso, o pai,
considerando o conjunto probatório." (TJ-DF
20150610021684 - Relator: FERNANDO HABIBE, 4ª
TURMA CÍVEL, DJE : 13/12/2017 . Pág.: 236/244)

Sob a ótica deste princípio, a Lei 13.058/14 instituiu como obrigatória a


guarda compartilhada "quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto
à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, (...)".

Nesse sentido, objetiva-se com o presente pedido, seja


determinada a guarda compartilhada, permitindo o acompanhamento integral
da criança por ambos os genitores.

A guarda compartilhada é o ideal a ser buscado no


exercício do Poder Familiar entre pais separados, mesmo que demandem deles
reestruturações, concessões e adequações diversas, para que seus filhos possam
usufruir, durante sua formação, do ideal psicológico de duplo referencial.

Na lição da Ministra Nancy Andrighi:


“A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado na
fixação da guarda compartilhada, porque sua
implementação quebra a monoparentalidade na criação
dos filhos, fato corriqueiro na guarda unilateral, que é
substituída pela implementação de condições propícias à
continuidade da existência de fontes bifrontais de
exercício do Poder Familiar”. (STJ – Resp: 1251000 Dje
31/08/2011.)

No mesmo sentido, Maria Berenice Dias ao destacar sobre os


benefícios da guarda compartilhada destaca:

Os fundamentos da guarda compartilhada


são de ordem constitucional e psicológica,
visando basicamente garantir o interesse da
prole. Significa mais prerrogativas aos pais, fazendo
com que estejam presentes de forma mais intensa
na vida dos filhos. A participação no processo de
desenvolvimento integral leva à pluralização das
responsabilidades, estabelecendo verdadeira
democratização de sentimentos. Indispensável manter os
laços de afetividade, minorando os efeitos que a
separação sempre acarreta nos filhos, conferindo aos
pais o exercício da função parental de forma igualitária.
(in Manual de Direito das Famílias. 12ª ed. Revista dos
Tribunais: 2017. pg. 550)

Trata-se de compreensão pacificada na jurisprudência para fins de


manter a saudável convivência familiar:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE


GUARDA C/C ALIMENTOS E PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA. GUARDA COMPARTILHADA.
PRETENSÃO DA GENITORA À MODIFICAÇÃO DA
GUARDA EXCLUSIVA EM SEU FAVOR. AUSÊNCIA DE
PROVAS ACERCA DE CONDUTA NEGLIGENTE POR
PARTE DO GENITOR. PRINCÍPIO DA
PREPONDERÂNCIA DOS INTERESSES DO MENOR.
GUARDA UNILATERAL DESACONSELHADA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Na definição da guarda de
menor, tem-se por escopo principal atender as suas
necessidades, de ordem afetiva, emocional, psicológica,
social, cultural e econômica. Nessa toada, diante do
conjunto probatório amealhado aos autos, a
guarda compartilhada do menor, em favor dos
genitores, deve ser mantida, tendo-se como
irrefutável que ambos têm interesse e condições
de bem desempenhar esse elevado mister
intrínseco ao poder familiar, pois esta, inclusive, é a
regra insculpida no § 2º do art. 1.584 do Código Civil. A
guarda unilateral ou exclusiva é medida a ser tomada
apenas em situações excepcionais, em sintonia direta com
os interesses do menor, hipóteses estas não vislumbradas
no caso em exame. (TJ-SC - AC: 03002735320148240071
Tangará 0300273-53.2014.8.24.0071, Relator: Joel
Figueira Júnior, Data de Julgamento: 07/12/2017, Quarta
Câmara de Direito Civil)

Portanto, requer a imposição judicial das atribuições de


cada um dos pais, e o período de convivência da criança sob guarda
compartilhada.
DO PLANO DE PARENTALIDADE

Definida a guarda, deve ser homologado desde já o plano de


parentalidade, que nas palavras de Rolf Madaleno, ao disciplinar sobre o tema
conceitua:

"o plano de parentalidade é um instrumento utilizado


para concretizar a forma pela qual ambos os genitores
pensam em exercer suas responsabilidades parentais,
detalhando os compromissos que assumem a respeito da
guarda, dos cuidados e com a educação dos seus filhos."
(in Manual de Direito de Família. Forense. 2017. Kindle
edition, p. 3282)

Para tanto, propõe como plano de convivência da guarda


compartilhada nos seguintes termos:

1. Convivência:
1.1 ________ semanal, mediante ________ ;
1.2 Endereço do pai: ________
1.3 Endereço da mãe: ________
1.4 Fins de semana: ________
1.5 Feriados: ________
1.6 Datas festivas: ________

2. Despesas:
2.1 Escola: ________
2.2 Plano de saúde: ________
2.3 Alimentação: ________
2.4 Vestuário: ________
2.5 Material escolar: ________

As despesas extraordinárias passam a ser custeadas pelos


genitores, na proporção de 50% cada.

As alterações de quaisquer dos termos firmados deverão ser


previamente formalizados e aceite por ambas as partes no prazo de 15 dias.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do


art. 98 do Código de Processo Civil;

2. O deferimento da tutela antecipada, para


determinar o ________ ;

3. A citação do réu para responder a presente ação,


querendo;

4. A produção de todas as provas admitidas em


direito, em especial a testemunhal mediante
designação de audiência;

5. Intimação do Ministério Público para intervir no


feito, nos moldes do artigo 698, do CPC;

6. A total procedência da ação, para fixar


regulamentar a guarda ________ , nos termos
aqui propostos;

7. A condenação do réu ao pagamento de honorários


advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85,
§2º do CPC;

8. Seja acolhida a manifestação do interesse na


audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc.
VII do CPC.

Nestes Termos Pede e Espera Deferimento.

Dá-se à causa o valor R$ ________ .

Nestes termos, pede e aguarda deferimento.

________ , ________ .

________ , ________

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