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COLECAO iy 2 e-book Q Polfticas de Comunicagao e Sociedade Organizacao: Valério Cruz Brittos = Q = = o un o © aQ ° 3} = 2, Qa o al) or ° i Ruy Sardinha Lopes ° (2 ® au o a © esas privar ros ~ saem Foi assim com © Correia Braziliense ea a, iniciativa dos Segretto, ssi. Repetiu-se com o ridio © iplantaram a primeira emissora de televisio, im- portando tado 0 equipamento dos Estados Unidos, sem que houvesse legislagao especifica a respeito no pais. Nem mes mo aparelhos receptores, 0 que se transformou numa piada, na épocal Assim, o proprio modelo televisivo por nds adotado no decorreu de uma decisio de governo, auvidos os inte resses da sociedade civil, mas se deveu a que o equipamento adotado, por pertencer @ um determinado sistema, trazia cone sigo um determinado modelo, ¢ como a empresa/empresirio, 20 ter a iniciativa, havia negociade ~ por um interesse seu, privado, e de sua empresa ~ com uma determinada outra em- presa, assim ele acabou se tornando o modelo vigente. Estamos discutindo, mais recentemente, as questoes que ene volvem a telefonia celular, os sistemas digitais e a adocao, pe las telefanicas, de transmissées de imagens. Mais uma vez, 0 ,governo saiu a reboque, e embora agora um pouquinho mais atento, na verdade 0 modelo adotado e os sistemas por que se vam optando respondem menos aos interesses da socie- dade brasileira, inclusive explorando ao méximo tudo © que potencialmente esses novos sistemas nos permitiriam, do que 205 interesses das empresas envolvidas nas disputas sobre ‘quem tem direito a explorar o qué. Depois de uns arremedos de discussdo com a sociedade civil e pretensas consultas a.com munidade académica, na verdade, 0 governo resolveu fazer © que ja queria, ou seja, atender as demandas das empresas envolvidas: no maximo, exerceu a fungio de srbitro entre alque mas disputas (das empresas, nao entre elas ea sociedade civil Ao se refletir a respeito disso, deve-se agradecer & iniciativa dos pesquisadores Valério Cruz Brittos @ Ruy Sardinha Lo- pes. Eles sao estudiosos que no tam se cingido a catedra académica, mas preferem levar suas descobertas a0 publico © provocar debates ¢ alertas em torno das conseqiiéncias possiveis que @ adocio de politicas governamentais, que se tornam politicas pilblicas, podem gerar em nosso pais, em detrimento dos interesses de sua populacdo. Um dos resul- tados dessa preocupacae e dessa pratica dos professores € © volume que se tem em maos. Ele inova ao reunir textos de diferentes grupos de pesquisa que atuam em nossos con gressos, como ja se destacou em outro lugar. Mas ele inova também quando vai além do formato do lvro tradicional para ganhar a dimensao do livo eletrdnico. E, sobretudo, porque ele nao faz teoria pura, justificando a classifcag3o de nosso campo de estudos, que 6 0 das ciéncias sociais aplicadas. Ao contrario, 0 conjunto de textos que encontramos neste volu- me discute um conjunto de fatos de nossa realidade imediata E neste sentido, espera-se que o volume possa ajudar a que melhor se compreenda esta realidade e se avalie os desafios ©.as responsabilidades que ela nos coloca. ae Como Presidente da INTERCOM, além de pesquisador do | eeacampo da Comunicacae Social, sinto-me orgulhoso de meus >mariniciativas importantes para provocar debates 6, posse parabenizar a cada um, em particular, € sabemos, é sempre dificil de at Espero que o leitor tenha egre, maio de 2012 Dr, Antonio Hohlfeldt lente da INTERCOM

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