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SUMÁRIO:
1 – INTRODUÇÃO 1
2 – CONDIÇÕES DO METAMORFISMO 2
2.1 – Temperatura 2
2.2 – Pressão 5
2.3 – Fluídos 8
2.4 – Tempo 9
3 – NATUREZA DO PROTÓLITO 10
3.1 – Tipos de protólitos 10
3.2 – Transformações das rochas e minerais no metamorfismo 12
4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13
5 - BIBLIOGRAFIA 14
1 – INTRODUÇÃO
metamorfismo pode ser definido como o processo de mudanças físicas e químicas
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Introdução ao Metamorfismo
2 – CONDIÇÕES DO METAMORFISMO
2.1 – Temperatura
As rochas pré-existentes que sofrem aumento de temperaturas superiores a da diagênese
(± 200 ºC) deformam-se ou recristalizam-se no limite de sua fusão. Portanto, o ambiente
metamórfico possui limite inferior de temperatura acima de 200 ºC ao limite superior de fusão
parcial da rocha (geração de migmatitos). Os processos metamórficos ocorrem em geral
associados a processos tectônicos, portanto, o gradiente geotérmico é o aumento da temperatura
devido ao aumento da profundidade (Fig. 1). Este aumento ocorre devido ao calor residual do
manto/núcleo, decaimento radioativo de isótopos instáveis ou radionuclídeos (235U —> 207
Pb,
238
U —> 206Pb, 40K —> 40Ar, e 232Th —> 208Pb) e efeitos da tectônica global.
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Gradiente
Tipo de Crosta T/P Exemplo
Geotermal
Escudo Pré-Cambriano 15º-20ºC/km Baixo T e P Canadá
Margem ativa (arco) 30º-35ºC/km Alta T e baixa P Sierra Nevada - Andes
Zona de subdução 10ºC/km Baixa T e alta P Complexo Franciscano
Orógenos colisionais 25º-30ºC/km Intermediário T e P Himalaias
Cordilheira Mesoceânica Até 60ºC/km Alta T e baixa P Cordilheira Meso-Atlântica
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O calor pode provir de uma intrusão magmática próxima (advecção). Neste caso, a
temperatura atingida depende da temperatura da intrusão do magma, natureza, velocidade de
cristalização, volume e forma do corpo. As rochas da crosta e do manto são pobres condutores de
calor a sua condutividade térmica K é da ordem de 2,5 watts. m-1.ºK-1 para o granito e 4 watts.m-
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.ºK-1 para peridotitos. Lembrando que a condutividade do ferro é 30 vezes maior e a prata 175
vezes. Portanto, o material de característica lítica é ineficiente da dissipação da energia termal.
Em conseqüência adições de calor local por diversos mecanismos induzem perturbações de longa
duração na condutividade dos gradientes térmicos, exigindo centenas, milhares ou mesmo
milhões de anos para equilibrar a condutividade local.
A composição química dos vários minerais ajuda também ao estabelecimento de
geotermômetros.
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Rochas deformadas são resultados de stress tectônico e uma boa parte deste trabalho é
transformada em calor. O próprio atrito nos limites de placas tectônicas gera aumento da
temperatura local. A quantidade de calor produzido depende da intensidade do cisalhamento e
sua velocidade de movimentação ao longo da fratura, exemplo: pseudotaquilitos.
2.2 – Pressão
A pressão confinante ou litostática (força geral aplicada igualmente em todas as direções,
figura 3A), não deforma os minerais, porém diminui o volume formando sólidos mais densos.
Pressão é a força por uma unidade de área de superfície. Expresso pelo Sistema
Internacional como Pascal (1Pa = Newton.m-2) e 1 bar = 105 Pa ou 1 kbar = 108 Pa.
Em sistemas freáticos (água subterrânea) e no fundo oceânico, a pressão hidrostática é
representada pela força pgz exercida pela unidade de superfície, pela de massa de água (p =
gravidade específica da água, cerca de 1000 kg/m3; g constante gravitacional = 9.81 m s-2 e z
altura da coluna de água. A pressão hidrostática possui um papel importante na alteração e
metamorfismo de basaltos oceânicos. Por exemplo: valores de 25 até 30 MPa (250 até 300 bar)
perto de Cordilheiras Mesoceânicas e 70 até 100 MPa em fossas oceânicas.
A pressão litostática ou pressão de sólido (Ps) representa a força pgz aplicada a uma
superfície de uma área que está cercada por rochas. O valor de p depende na natureza do
material. Em rochas da crosta continental o seu valor em média é de 2600 kg.m-3 e Ps = 260 MPa
em profundidades de 10 km. Nas rochas ultramáficas do manto superior p está na ordem de 3300
kg.m-3 e pressões na ordem de 3GPa (30 kbar) em 100 km de profundidade.
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Pode variar entre 0,001 kbar (pressão atmosférica) a 20 kbar (limite litosfera-astenosfera).
Pressão de 1 bar = 0,99 atm, portanto, 20.000 bar (20 kbar) = 1.97385 x 104 atm. Lembrando
que a pressão aumenta de 0,3 a 0,4 kbar/km e é diretamente proporcional a profundidade e a
densidade da rocha.
Material Densidade (g/cm3) Densidade (kg/m3)
Água 1 1000
Rochas sedimentares 2,7 2700
Rochas máficas 3.0 3000
Manto superior 3,3 3300
P = dgh
Onde
P = pressão litostática (Pa → 105 Pa = 1 bar)
d = massa volumétrica das rochas (g cm-3); h = profundidade (m); g = aceleração da
gravidade (m s-2)
Já a pressão dirigida ou tectônica (força exercida em uma direção, figura 3B) varia o seu
vetor e intensidade conforme o tipo de ambiente tectônico, produzindo tensões e deformações.
Pressões maiores tendem a diminuir o espaço para o mineral crescer, portanto, os
minerais metamórficos formados em altas pressões tendem a ser mais densos, rocha com
diminuição da porosidade, expulsão de voláteis e redução do seu volume.
Classificado em três direções de stress:
1. stress principal máximo (σ1);
2. stress principal intermediário (σ2);
3. stress principal mínimo (σ3)
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Pressão dirigida é
caracterizada quando um dos (σ1,
σ2 e σ3) é diferente dos demais. O
resultado da pressão dirigida é a
deformação ou strain.
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2.3 – Fluídos
O conhecimento da constituição dos fluidos influentes só será atingida quando: conhecida
a composição química atual da rocha; for possível reconstituir a composição química primitiva e
as condições de temperatura e pressão existentes durante o metamorfismo.
Processo importante para a formação de depósitos minerais onde os minérios se
concentram em veios, uma vez que se a pressão de fluidos for maior que a pressão litostática e
superar a resistência mecânica das rochas ocorrerão fraturamento da rocha e perda de fluidos
através das fraturas.
As moléculas de água H2O e dióxido de carbono CO2 (principais fluidos de interesse
geológico) ocorrem em quatro diferentes situações na rocha:
Cristalina – fazem parte da estrutura dos minerais na forma de radicais (OH)- e (CO)2-;
Adsorvidas – estão presas na superfície do cristal, imóveis ou parcialmente móveis nas fases
fluidas. Podem variar de acordo com a morfologia do cristal (tensão superficial e eletrostática
da superfície) e podem variar de acordo com as condições de P e T. Um exemplo é o
argilomineral montmorilonita que é capaz de adsorver o dobro do seu volume em água.
Dissolvidas – A água liberada por fusão parcial de minerais hidratados move-se para
soluções do líquido silicático (até 10% do seu peso %).
Livres – fluidos móveis, entre os poros das fases minerais ou em inclusões.
A presença de fluidos acelera o processo metamórfico, facilitando a migração de
elementos. Atua como um catalisador durante o metamorfismo auxilia a troca de íons entre os
cristais em crescimento, promove o transporte de calor (advectivo) e deposição de minerais de
minério.
Inclusão fluida: bolha do fluido original presa nos minerais da rocha. Índice precioso da
condição original de formação da rocha.
Apesar da desidratação metamórfica, ainda há presença de fluidos intergranulares
percolantes (H2O, CO2, Cl, S, F, O2, sais e complexos) que transportam elementos e íons
complexados em uma baixa razão fluido-rocha e que facilitam a ocorrência de reações químicas
e conseqüentes transformações mineralógicas (metassomatismo) de maneira a gerar fases
minerais mais equilibradas em relação às novas condições de P e T. A ocorrência de fluidos pode
promover a desidratação de argilas (H2O), descarbonatação de minerais (minerais perdem CO2) e
inclusões fluidas inter e intra cristalinas.
Pressão de fluidos (Pfl): pressão transmitida através dos fluidos intersticiais. É a soma das
pressões parciais dos vários componentes da fase fluída (Pfl = PH2O + PCO2 + PCH4 + P....)
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Plit > Pfl: a pressão é toda concentrada nos contatos dos grãos;
Plit = Pfl: a pressão dos fluidos atenua a pressão nos contatos dos grãos e se equipara á pressão
litostática;
Plit < Pfl: pode ocorrer fraturamento hidráulico, se a resistência tensional da rocha for
superada.
2.4 – Tempo
A determinação do tempo de metamorfismo apóia-se em métodos de datação radioativa e
em critérios estratigráficos. Neste sentido, a duração do metamorfismo não pode ultrapassar o
período compreendido entre a idade da formação mais antiga da rocha e a da formação mais
recente que o não sofre ou que contem minerais ou rochas com esse metamorfismo
diagnosticado.
A importância do tempo no metamorfismo manifesta-se bem na influência que tem sobre
a obtenção de equilíbrio nas reações químicas. Somente a longa duração do processo de
reorganização mineralógica o torna possível que as reações químicas se verifiquem de modo a
obter associações de fases em equilíbrio, o caso freqüente das rochas metamórficas.
Os processos metamórficos são muito lentos na sua atuação, principalmente em
condições de diminuição de fluidos (desidratação).
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3 – NATUREZA DO PROTÓLITO
Os protólitos de rochas metamórficas incluem um amplo espectro de rochas magmáticas e
sedimentares que foram previamente metamorfisadas. No entanto o contraste protolítico e o
contraste do caminho metamórfico pode convergir para uma similaridade de produtos
metamórficos.
3. Composição química da rocha manifestada pela assembléia mineral – Pode ser a única
informação para rochas que sofreram modificações obscurecendo a identificação de
fábricas reliquiares.
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4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEST, M. (2003) - Igneous and Metamorphic Petrology. 2nd ed. Blackwell Publishing,
Malden, MA. London. 729p.
GROTZINGER, J; PRESS, F; SIEVER, R; JORDAN, T. 2004. Understanding the Earth. 4th
ED. 568pp.
KORNPROBST, J. 2003. Metamorphic Rocks and Their Geodynamic Significance: A
Petrological Handbook. Petrology and Structural Geology, 12, Kluwer, 2002. 224pp.
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5 – BIBLIOGRAFIA
ROBERTO SACKS DE CAMPOS. 2011. Anotações de aula. Universidade Federal do Espírito
Santo. Centro de Ciências agrárias.
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