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em face de BANCO ITAU S/A nos autos da Execução de Título Extrajudicial em epígrafe, pelas razões
de fato e de direito a seguir expostas:
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1. DOS FATOS
O excipiente é Réu em Ação de Execução de Título Extrajudicial, movida pela
Exequente, cujo valor total constante na ação de execução perfaz a quantia de R$ 83.773,41 (oitenta e
três mil setecentos e setenta e três reais e quarenta e um centavos).
2. DO DIREITO
2.1. Do cabimento da Exceção de Pré -Executividade
Ocorre que, norma infraconstitucional não pode estar em desarmonia com norma
constitucional, ainda mais aquelas que dispõem sobre direitos fundamentais, tendo em vista sua
eficácia imediata (artigo 5º, §1º da CF).
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Neste sentido é a súmula 393 do Superior Tribunal de Justiça, que prevê “A exceção
de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício
que não demandem dilação probatória”.
Assim, matérias de ordem pública podem e devem ser apreciadas em sede de exceção
de pré-executividade, sem que se exija do executado um dispêndio financeiro para apontá-las.
Ainda mais, que esta garantia é inviável para o agravante, em razão de não possuir
bens passíveis de penhora, nem o valor integral da execução para depósito da dívida exequenda.
O motivo para o legislador esculpir esta garantia na Constituição foi para garantir que a
tutela jurisdicional seja efetiva, tempestiva, adequada e não apenas ser exercida pelo Estado como
decorrência do direito de ação.
Este princípio visa limitar o tempo processual, para não deixar que haja perpetuação
de um direito ou de um dever, uma vez que se é estipulado um determinado tempo para propositura da
ação ou para a obtenção de uma tutela jurisdicional, o legislador não mitigou nenhuma garantia
fundamental, apenas estabeleceu um prazo visando que se a parte demorou tanto tempo para buscar a
tutela jurisdicional e permaneceu inerte é de deduzir que não haja um real motivo para a obtenção da
tutela jurisdicional.
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Outro princípio a ser apreciado como embasador da prescrição é a economia dos atos
processuais, não poderia o legislador impor ao poder judiciário que ficasse perpetuamente a mercê de
um processo sem que haja manifestações inerentes à busca de uma obtenção.
Deste modo, incialmente, cumpre descrever os artigos 921, III, §4º e 924, V ambos do
novo código de Processo Civil:
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AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO E
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE RECONHECIDA. PARALISAÇÃO DO FEITO POR MAIS
DE 5 ANOS. SÚMULA 314/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC
INEXISTENTE. AGRAVO DA FAZENDA PÚBLICA DESPROVIDO.
Nota-se, portanto, que não houve nos autos qualquer outra causa de interrupção ou
suspensão do prazo prescricional, ainda, tendo a Exequente deixado de realizar ato indispensável à
continuação do processo, ocasionando no escoamento do lapso prescricional.
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Os requerimentos para realização de diligências que se mostraram
infrutíferas em localizar o devedor ou seus bens não têm o condão de
suspender ou interromper o prazo de prescrição intercorrente.
Precedentes: REsp 1305755/MG, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma,
DJe 10/05/2012; AgRg no REsp 1251038/PR, Rel. Min. Cesar Asfor
Rocha, Segunda Turma, DJe 17/04/2012 e REsp 1245730/MG, Rel. Min.
Castro Meira, Segunda Turma, DJe 23/04/2012.
Como bem nota-se, olhando pelo lado da inércia da Excepta em promover a execução,
resta clarividente a prescrição da Ação Executória, haja vista presente os pressupostos para sua
decretação.
A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXXVIII, estabelece que é um direito
fundamental do indivíduo e da coletividade a razoável duração do processo, senão vejamos:
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A súmula 150 do STF explica que “prescreve a execução no mesmo prazo de
prescrição da ação”. Entendimento firmado com base nos recursos extraordinários N° 52.902, N°
49.434 e N° 34.944, donde se extrai do voto do relator, Senhor Ministro Victor Nunes, acórdão
n.49.434:
3. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer-se à Vossa Excelência:
c) Por fim, que as intimações sejam publicadas em nome do advogado Dr. BRUNO
VOLTARELLI EVANGELISTA, inscrito na OAB-SP sob o nº 348.385, sob pena de nulidade, conforme
artigo 272, parágrafo 5º do Novo Código de Processo Civil.