Você está na página 1de 11

T ESTES DE HIP ÓTESES : INTRODUÇ ÃO , TIPOS

DE TESTES , TIPOS DE ERROS , REGI ÃO CR ÍTICA


E PROCEDIMENTO GERAL PARA A
CONSTRUÇ ÃO DE UM TESTE DE HIP ÓTESES .

UAEst/CCT/UFCG

UAEst/CCT/UFCG
1/11
Definições Básicas

Hipóteses
Iniciamos a análise explicitando claramente qual a hipótese que está
sendo colocada à prova e a chamamos de Hipótese Nula, e escrevemos

H0 : θ = θ0 .

Convém explicitar a hipótese que será considerada aceitável, caso H0


seja rejeitada. A essa hipótese chamamos de Hipótese Alternativa.
Formularemos, então, duas hipóteses básicas:
H0 : Hipótese Nula
H1 : Hipótese Alternativa

UAEst/CCT/UFCG
2/11
Definições Básicas

Tipos de Testes
1. Teste
 bilteral
H0 : θ = θ0
H1 : θ 6= θ0
2. Teste
 unilateral à direita
H0 : θ = θ0
H1 : θ > θ0
3. Teste
 unilateral à esquerda
H0 : θ = θ0
H1 : θ < θ0

UAEst/CCT/UFCG
3/11
Tipos de Erros

Tipos de Erros
Erro de tipo I: rejeitar a hipótese nula quando essa é verdadeira. Cha-
mamos de α a probabilidade de cometer esse erro, isto é,

α = P (erro do tipo I) = P (rejeitar H0 |H0 é verdadeira)


Erro de tipo II: não rejeitar a hipótese nula quando essa é falsa. A
probabilidade de cometer esse erro é denotada por β, logo

β = P (erro do tipo II) = P (não rejeitar H0 |H0 é falsa)

UAEst/CCT/UFCG
4/11
Exemplos

Exemplo 1
Um pesquisador acredita que descobriu uma vacina contra resfriado.
Ele irá conduzir uma pesquisa de laboratório para verificar a veraci-
dade da afirmação. De acordo com o resultado, ele lançará ou não a
vacina no mercado. As hipóteses que pode testar são:
1. A vacina não é eficaz;
2. A vacina é eficaz.
Descreva os dois tipos de erro que podem ser cometidos nesta situação.

UAEst/CCT/UFCG
5/11
Exemplos

Exemplo 2
Identifique as hipóteses que estão sendo testadas em cada caso:
1. A força de rompimento de uma fibra têxtil é uma variável aleatória
distribuı́da normalmente. As especificações exigem que a força
média de rompimento seja igual a 150 psi. O fabricante gostaria
de detectar qualquer afastamento significante desse valor.

UAEst/CCT/UFCG
6/11
Exemplos

Exemplo 2
2. Sempre que o aumento médio da temperatura da água em uma
câmara compressora superar 5◦ C, o processo de resfriamento deve
ser recalibrado. Este processo é, entretanto, caro e, portanto, deve
ser feito apenas se for realmente necessário.
3. Um criador tem constatado uma proporção de 10% do rebanho
com verminose. O veterinário alterou a dieta dos animais e acre-
dita que a doença diminuiu de intensidade.

UAEst/CCT/UFCG
7/11
Região Crı́tica do Teste

Região Crı́tica
É um conjunto de valores para os quais a estatı́stica de teste, θ,b leva à
rejeição da hipótese H0 . Esta região é construı́da de modo que

P (θ̂ ∈ RC | H0 verdadeira) = α,

onde α é fixado a priori.

Atenção!
A probabilidade α de se cometer um Erro de tipo I é um valor ar-
bitrário e recebe o nome de Nı́vel de Significância do teste. O resul-
tado da amostra é tanto mais significante para rejeitar H0 quanto menor
for esse nı́vel α. Usualmente, o valor de α é fixado em 10%, 5% ou
1%.
UAEst/CCT/UFCG
8/11
Exemplo 3
Para decidirmos se os habitantes de uma ilha são descendentes da
civilização A ou B, iremos proceder do seguinte modo:
I. Selecionamos uma amostra de 100 moradores adultos da ilha, e
determinamos a altura média deles;
II. Se essa altura média for superior a 176, diremos que são descen-
dentes de B; caso contrário são descendentes de A.
Os parâmetros das duas civilizações são:
A: µ = 175 e σ = 10
B: µ = 177 e σ = 10
Definamos: Erro tipo I - dizer que os habitantes da ilha são descenden-
tes de B quando, na realidade, são de A.
Erro tipo II - dizer que os habitantes da ilha são descendentes de A
quando, na realidade, são de B.
Qual a probabilidade do erro tipo I? E do tipo II?
UAEst/CCT/UFCG
9/11
Procedimento Geral para a Construção de um Teste de
Hipóteses

Passo 1. Fixe qual a hipótese H0 a ser testada e qual a hipótese alternativa


H1 .
Passo 2. Use a teoria estatı́stica e as informações disponı́veis para decidir
qual estatı́stica (estimador) será usada para testar a hipótese H0 .
Obtenha as propriedades dessa estatı́stica (distribuição, média,
desvio padrão).
Passo 3. Fixe a probabilidade α de cometer o erro de tipo I e use este valor
para construir a região crı́tica (regra de decisão). Lembre que
essa região é construı́da a partir da estatı́stica definida no passo 2,
usando o valor do parâmetro hipotetizado por H0 .

UAEst/CCT/UFCG
10/11
Procedimento Geral para a Construção de um Teste de
Hipóteses

Passo 4. Use as observações da amostra para calcular o valor da estatı́stica


do teste (valor observado da estatı́stica).
Passo 5. Se o valor da estatı́stica calculado com os dados da amostra não
pertencer à região crı́tica, não rejeite H0 ; caso contrário, rejeite
H0 .

UAEst/CCT/UFCG
11/11

Você também pode gostar