IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARA PROTEÇÃO DA
BIODIVERSIDADE.
Lucas R. de Freitas, Luiz Marcos de O. Gonçalves
Unidades de Conservação são áreas protegidas por leis federais criadas com
o intuito de se preservar a biodiversidade local, devido às ameaças impostas pela
exploração de recursos. Inicialmente, areas de conservacao tinham o intuito de
preservar a beleza cênica, além de outros fatores que causam ganho direto ao ser
humano motivados pelo sentimento de proximidade com a natureza. A criação do
parque de Yellowstone, em 1872, foi um marco histórico que configura a primeira
tentativa do homem em mitigar os efeitos de seu progresso sobre a natureza. Os
argumentos usados na criação de parques, desde então, vem sendo deslocados
para o valor intrínseco que espécies nativas tem de viver naquele local, além de
perspectivas mais utilitaristas que buscam a preservação do patrimônio de espécies
e ou genético para posterior uso do homem. Seja por quais motivos de
implementação, o estabelecimento dessas áreas ainda é a melhor estratégia para a
preservação de comunidades naturais no ambiente selvagem e manutenção de
serviços ecossistêmicos, qualidade da água, do solo, manutenção da qualidade do
ar visto que os custos associados a recuperação, quando possível excedem em
muito os associados a preservação desta.
A destinação de áreas de conservação vai de embate direto a ideias de
maximização de produção (viés político), tornando-o um processo caro e portanto a
escolha de quais áreas devem ser priorizadas se torna extremamente importante.
Para definir as áreas de conservação, deve-se considerar o tamanho da unidade,
áreas maiores podem comportar uma maior quantidade de espécies e estão sujeitas
a menor efeito de borda, considerando esse efeito também, o desenho de áreas
circulares deve ser preferível em relação a áreas retangulares, unidades
retangulares tem maior área de borda e os pontos do seu interior estão mais
próximos da borda, assim também deve-se evitar a fragmentação no interior da
unidade, estradas, aceiros, etc. Recomenda-se que uma unidade inclua um
ecossistema completo, possibilitando a manutenção de seus processos e a
mitigação de quaisquer influências externas negativas. Também deve-se considerar,
em relação às espécies que se pretende proteger, o nível de ameaça, sua
singularidade filogenética e a probabilidade de sucesso na área de conservação.
A ação humana tem se provado como uma força de alteração do ambiente,
as altas taxas de extinção atuais, fragmentação e perda de habitats,
superexploração. Devido às grandes mudanças regionais e globais, a extinção de
uma espécie pode acarretar na sequente extinção de outras, em um grande efeito
bola de neve. Frente a essas ameaças, o estabelecimento de unidades de
conservação é fundamental para a preservação do patrimônio biológico. A
preservação também é fundamental para não se apagar a rica história evolutiva que
existe, possibilitando o estudo e uma melhor compreensão dos processos que
ocorreram. A preservação também pode ser interessante para o setor industrial,
preservando espécies que podem se revelar como matéria prima, podendo até
possibilitar o desenvolvimento de novos medicamentos.
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