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Cesar Braz
Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo
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São Paulo
2017
Cesar dos Santos Silva Braz
São Paulo
2017
RESUMO
Viver como surdo nos dias de hoje geralmente é um verdadeiro desafio, principal-
mente para uma criança, considerando sua personalidade que ainda está em forma-
ção e também sua dependência à família. O propósito deste estudo é do investigar o
conto adaptado “O Patinho Surdo” e analisar se o conto pode ser relacionado à
vivência surda, através de uma análise simbólica do mesmo. A linha de problemati-
zação fundamenta-se na questão: Quais aspectos coletivos dessa vivência estão
presentes no conto? As suposições iniciais apontavam que o conto correspondia a
vivência do surdo de modo coletivo, devido as condições em que vivem, a falta de
comunicação com os pais que geralmente não conhecem a Libras. Este estudo é do
tipo qualitativo de cunho reflexivo conceitual com delineamento bibliográfico acerca
de uma leitura investigatória sobre o conto “O Patinho Surdo” e sua relação com a
vivência surda, na perspectiva da Psicologia Analítica. O estudo foi realizado por
meio do levantamento de materiais bibliográficos, relacionados aos conceitos fun-
damentais da Psicologia Analítica, aos sujeitos surdos, a Libras e os contos. Os
resultados apontam para a correspondência do conto à vivência, que consiste em
uma dificuldade imensa na apropriação de sua identidade surda, em frustração, em
falta de relacionamento com a mãe e no preconceito enfrentado na sociedade.
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
CAPÍTULO 1 .......................................................................................................................... 8
CAPÍTULO 2 ........................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................... 16
CONCLUSÃO........................................................................................................................ 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23
INTRODUÇÃO
(ASL), a Langue des Signes Française (LSF), a Australian Sign Language (Auslan),
Língua de Sinais de Maurício, Israeli Sign Language (ISL) etc.
Porém, antes de ela ser reconhecida, já existia há muitos anos, sendo im-
possível determinar o ano de seu nascimento (CHOI, 2011). Sabe-se que a Libras
teve forte influência da LSF, pois a Libras começou a se estruturar quando Conde
Hernest Huet, surdo francês, foi convidado por Dom Pedro II, imperador do Brasil, a
projetar no Rio de Janeiro o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, hoje conhecido
como Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) (CHOI, 2011). Este instituto
funcionava como internato para meninos surdos, onde eles se formavam no que
hoje é equivalente ao Ensino Regular (Ensino Básico, Fundamental e Médio), e
voltavam aos seus estados, onde disseminavam a Libras, criando institutos e asso-
ciações de surdos e difundindo a Libras onde até então se usavam sinais caseiros.
O uso de sinais caseiros não era adequado, pois são gestos constituídos de
significado somente entre uma mãe e seu filho, não compreensíveis por nenhuma
outra pessoa fora de seu círculo de convivência (TERVOORT apud BEHARES e
PELUSO, 1997) fazendo com que o surdo não seja incluído de fato nas diversas
áreas da sociedade. Como sinais caseiros não são uma língua, não expressa tam-
bém todo tipo de pensamento, por ter discurso pobre e emergencial.
A criação do Instituto Imperial de Surdos-Mudos foi seguida pela criação do
Instituto Santa Therezinha em São Paulo em 1929 para meninas, só havendo um
crescimento significativo de números de atendidos a partir da década de 60
(BUENO, 1993). A Libras obteve enfim uma publicação de suma importância, que foi
a primeira estruturação da gramática, a primeira vez que foi defendida como língua
de fato pela Dra. Lucinda Ferreira de Brito através de seu livro “Por Uma Gramática
de Língua de Sinais” em 1995 (FERREIRA, 1995/2010).
Essa língua é utilizada pela Comunidade Surda, que são, como o nome diz,
Surdos que partilham da mesma língua e de uma cultura específica própria e deriva-
da do modo de viver desses indivíduos. Eles consideram o não-ouvir como natural,
por isso se denominam Surdos, e não Deficientes Auditivos (SASSAKI, 2002). Den-
tre estes surdos, pode-se dividi-los em oralizados e sinalizantes. Segundo Quadros
(2004), os oralizados são os surdos que conseguem se expressar pela língua oral e
realizar leitura orofacial, desenvolvida em um forte trabalho junto a Fonoaudiologia.
Os sinalizantes são os surdos que tem a Libras como primeira língua, e o português
escrito como segunda língua.
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mães relatam ter sido castigadas por Deus no momento do choque inicial, porém
passam a crer que é a vontade de Deus.
Essas reações da família podem significar um impacto na vida do surdo a
ser interpretado como rejeição e a vivenciar um afastamento materno/paterno que
possa contribuir para desenvolvimento de complexo negativo paterno/materno.
O choque ocorre pela falta de informação na sociedade sobre pessoas com
deficiência, e principalmente sobre o surdo e sua cultura, suas possibilidades e suas
potencialidades.
A mãe do Surdo chega a sofrer com o preconceito da sociedade, fazendo
com que a própria mãe possa discriminar seu filho, no momento em que evita cuidar
do filho, desiste de procurar informações, evita ir atrás de uma Escola Bilíngue para
Surdos, onde os Surdos aprendem a Libras como primeira língua e o Português
como segunda língua de modo escrito.
Percebe-se a forma do surdo se posicionar na vida: muitos se consideram
em uma posição desfavorável, assim como o patinho. Solé (2005) relata que alguns
surdos têm ansiedade diante da possibilidade de estarem perdendo conhecimentos
importantes para sua vida, como se os ouvintes fossem capazes de conhecer tudo
que existe. Isso leva a uma idealização da posição de ouvinte. É uma posição que
coloca o próprio surdo para baixo, o fazendo sentir desqualificado em todas as ques-
tões.
A sociedade em geral demonstra, por discurso e por ações, não querer os
surdos na convivência diária. Isso é perceptível quando se lembra que a Libras foi
reconhecida como língua somente em 2005 e também quando encontramos TVs,
conselhos profissionais, universidades quebrando regras e não contratando intérpre-
tes de Libras, e demais espaços em que eles estão totalmente colocados à parte do
mundo, expulsos como se não pertencessem a sociedade.
Não são poucas as vezes em que o meio despreza a opinião e as potencia-
lidades de um surdo. Witkoski (2009) identifica o preconceito da sociedade, através
da norma da fala, e percebe que este preconceito está no cotidiano. A surdez foi
concebida com o tempo como desvio da normalidade, tratada como uma patologia.
Inclusive nos meios acadêmicos, a autora identifica a falta de escrita científica a
respeito, numa forma de manter a condição patologizante do surdo culturalmente. O
ouvintismo, que é a ênfase na palavra falada, na oralização, é valorizada na socie-
dade por conseguir nivelar os surdos a condição “normal”.
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Solé (2005) identificou em sua prática profissional muitos suros que possu-
em inabilidade no convívio social, tanto entre surdos e principalmente quanto entre
sujeitos ouvintes.
Sobre o surdo não ter voz na sociedade, é muito conhecido em todos os
meios da área da educação o famoso evento do Congresso de Milão, que ocorreu
em 1880, reunindo profissionais que trabalhavam com educação de surdos
(BAALBAKI; CALDAS, 2011). Neste congresso ficou concordado que os surdos não
têm problemas fisiológicos em relação ao aparelho fonador, portanto, poderiam
aprender a falar, e extinguir o uso das línguas de sinais, e aplicar por todo o mundo
o Oralismo, que é a teoria de educação de surdos que prioriza o ensino da fala ao
surdo (BAALBAKI; CALDAS, 2011).
Nesse Congresso houve a participação de 174 congressistas, dentre eles
Alexander Graham Bell, que teve uma mãe surda e se casou com uma surda, e
somente um congressista surdo, onde ouvintes decidiram proibir o uso da língua de
sinais, sem que houvesse representação e a opinião dos surdos sobre o assunto
(BAALBAKI; CALDAS, 2011). É comum que algumas pessoas pensem que a Libras
não é uma língua, mas gestos incapazes de comunicar algo. Assim, o surdo está
sempre em uma posição de “coitadismo” e de doente perante os ouvintes.
Solé (2005) diz que, embora sejam muitos os surdos que trabalham e estu-
dam, os pacientes e os pais dos surdos buscam atendimento psicoterapêutico pelo
motivo da dificuldade que o surdo enfrenta perante o convívio social. Seus familiares
consideram que significa depressão ou tristeza. A autora relata também que duas
das características que mais apareciam em seus atendimentos psicoterapêuticos
eram justamente os traços depressivos.
O surdo traz em si um registro de muitas frustrações. Solé (2005) em sua
experiência, detectou que os surdos possuem baixa tolerância a frustração. E isso
se inicia no período da infância, como por exemplo em um momento em que o pai
de um surdo nega algo ou impeça que a criança faça alguma coisa, os filhos rejei-
tam e não aceitam esse impedimento de forma alguma.
Solé (op.cit.) também identifica que muitas crianças surdas aos quatro ou
cinco anos de idade não possuem controle esfincteriano ou não se sujeitam a menor
frustração pela falta do relacionamento paterno causado pela falta de uma língua.
Por meio do olhar, no caso das famílias que não sabem Libras, não é possível fazer
cortes necessários a criança, e essa falta de cortes os deixam muito angustiados.
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O bebê surdo não apresenta respostas frente aos estímulos dos pais, como
bater palmas, gritar ou bater panelas, por exemplo. E não reagir a tais estímulos é
algo normal para um surdo, mas para a maioria dos pais de bebês surdos recém
nascidos isso é uma catástrofe, e isso é evidenciado na reação que os pais cisnes
tiveram ao olhar aquele patinho falando em língua de sinais ao invés de grasnar, e
evidente também no fato da mãe cisne não saber como reagir (ACESSOBR, 2016,
tradução nossa). Tal reação de perplexidade demonstra a falta de informação que os
pais possuem sobre a Libras e os surdos, suas possibilidades e potencialidades, o
desconhecimento a respeito da própria cultura surda e do reconhecimento da Libras
como língua.
Por isso o surdo pode ter em falta esse olhar de amor, resultado em rejeição e
baixa autoestima, conforme Solé (2005). Jacoby (2011) entende que o sujeito possui
uma necessidade basilar e essencial de se refletir para poder se reconhecer. Neces-
sita-se disso para sentir-se aceito e real, acolhido e importante para outras pessoas.
Jacoby (2011) relembra a lenda grega de um hino de Píndaro na qual Zeus, após
terminar sua criação, celebrou seu casamento e perguntou aos deuses se eles
achavam que faltava algo e estes disseram que criasse as musas, que louvariam
seus feitos e seu universo, embelezando tudo através de suas palavras e música.
É possível perceber então que só existir é insuficiente e insatisfatório. Os fei-
tos de Zeus teriam que ser trazidos para a atenção consciente através de louvor. A
criação e a coisa-em-si necessitam disso. Do mesmo jeito, o sujeito necessita ter sai
existência vulnerável e frágil refletida, o ser humano individual precisaria ter sua
frágil e vulnerável existência refletida. Se ninguém em todo o mundo não se alegra
pelo fato da existência de determinada pessoa, não admira e ama o que esta pessoa
é e faz, há poucas chances dessa pessoa manter um equilíbrio narcisista saudável e
um senso de autoestima adequado, de acordo com Jacoby (2011).
Diante de uma família oralizada, o surdo se percebe deslocado. Falta com-
preensão e o aprendizado não acontece. Dependendo da família, a criança chega
aos 9 anos sem saber se comunicar. Sacks (2010) registrou inclusive casos de
surdos que não possuem memória antes da aprendizagem de uma língua de sinais.
Surdos que aprenderam sinais tardiamente só possuem memórias a partir do mo-
mento em que passaram a se comunicar com uma língua de sinais. A falta de uma
linguagem, segundo Capovilla (2000) traz consequências gravíssimas para o desen-
volvimento social, emocional e intelectual do ser humano.
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sinais, porque a Libras possui uma estrutura gramatical própria. Então, quando os
sinais são feitos na ordem gramatical do português, deixa de ser língua de sinais e
passa a ser português sinalizado. É por este motivo que o Patinho Surdo foge da-
quele lugar também.
A conclusão do conto é positiva, pois é encontrado pelos demais surdos, tra-
zendo o alívio do encontro de sua identidade, mas ele é encontrado pelos demais
patos surdos e sente o alívio do encontro de sua identidade (ACESSOBR, 2016,
tradução nossa) O surdo é sempre sozinho nesta luta antes deste encontro. É inte-
ressante perceber a admiração de crianças surdas ao verem adultos surdos ou
adolescentes. Isso pode se dar por não ter acesso a língua de sinais em casa, pois
os pais estão em momento de aprendizagem ou mesmo não se engajam em apren-
dem a língua do filho.
A mãe pato o avistando e o reconhecendo, correu para abraça-lo, pois era
seu filho nascido em outro ninho (ACESSOBR, 2016, tradução nossa). Nesse aspec-
to, demonstra-se o caráter acolhedor da comunidade surda. Era um surdo perdido
no mundo dos ouvintes e foi achado – é a impressão que Sacks (2010) registra.
Os cisnes já estavam desesperados procurando o patinho surdo, quando os
encontram (ACESSOBR, 2016, tradução nossa). Sem conseguir se comunicar,
surdos e ouvintes, chamaram o sapo, que era intérprete (ACESSOBR, 2016, tradu-
ção nossa). A família ouvinte só vai começar a aprender sobre a cultura surda a
partir do momento em que encontra essa comunidade e esse intérprete que faz a
intermediação, orienta e instrui a família sobre seus direitos (SACKS, 2010).
Geralmente os pais surdos encontram em profissionais raros, como Fonoau-
diólogos ou mesmo intérpretes de Libras as orientações e instruções para lidar com
seu filho surdo. Outros pais encontram nas igrejas o conhecimento sobre a cultura
surda.
O momento em que, por intermédio do sapo intérprete, a mãe pato explica
como foi o ocorrido pode significar esse momento de esclarecimento para a família
ouvinte de que o surdo na verdade possui uma outra cultura, mesmo nascendo em
lar ouvinte. Neste momento há a união e o estabelecimento de vínculo com surdos e
ouvintes, trazendo então para o mundo surdo a luz que faltava. Esse momento pode
caracterizar também uma mudança de sua condição de desajuste, além de poder
voltar para sua verdadeira casa.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEHARES, L. E. PELUSO, L. A língua materna dos surdos. In: Revista Espaço. Rio
de Janeiro: Ines, n. 6, p. 40-48 mar. 1997.
CHOI, D.; PEREIRA, M. C. C.; VIEIRA, M. I.; GASPAR, P.; NAKASATO, R. Libras -
Conhecimento Além dos Sinais. 1 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
24
CORSO, D. L.; CORSO, M. Fadas no divã: psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre:
Artmed, 2006.
KAST, V. Pais e Filhas, Mães e Filhos. São Paulo: Edições Loyola, 1997.
SOLÉ, M. C. P. O sujeito surdo e a psicanálise: uma outra via de escuta. Porto Ale-
gre: Editora UFRGS, 2005.
VON FRANZ, M. L. A interpretação nos contos de fada. São Paulo: Paulus, 1990.
Em um lindo dia de sol, numa lagoa tranquila, uma revoada de aves chegou.
De um lado do lago ficaram os cisnes e do outro os patos surdos. Havia muitíssimos
patos, até que um casal de patos surdos se encontra e começa a bater um papo.
Conversaram, conversaram, até que resolveram começar a namorar. Logo os
dois foram arrumar o ninho, porque a pata surda estava prestes a botar ovos. Ela
botou um ovo, depois outro, e outro, e mais um. Então, depois do trabalho concluído,
foi passear para descansar, e saiu a nadar pela lagoa.
E passando pelo lado dos cisnes, sentiu uma forte dor.
- Puxa vida! Falta mais um ovo a ser botado! Não dá tempo para voltar para
meu ninho!
Então, com o ovo quase saindo, a pata viu de longe um ninho de cisne, correu
e botou ali mesmo. Então começou a chorar tristemente, porque não conseguiria
levar o ovo para seu ninho, e voltou para seu próprio ninho.
A mamãe cisne voltou e sentou sobre os ovos. Alguns dias depois, sentiu algo
se mexer embaixo, e saltou rapidamente para ver! Eram os ovos começando a
quebrar!
Os filhotes iam saindo e fazendo a festa. A mamãe cisne chamou o papai pa-
ra ver os filhotes nascendo, quando de repente sai um filhote falando em língua de
sinais. Era um pato surdo! Estranhamente se entreolharam não entendendo nada.
Sem saber como isso acontecera, papai cisne saiu irritado enquanto a mamãe
não sabia como reagir. Todos os cisnes conversavam e o patinho surdo ficava quie-
to, sem falar nada.
Então a mãe pata os levou para passear no lago. Todos estavam cantando
alegremente, mas o Patinho Surdo estava quieto olhando para eles, achando muito
estranho essa cantoria, percebendo que ali não era seu lugar.
- Que diferente! Eu não sou assim, como eles.... Eles cantam e eu sinalizo
com as mãos!
Então deixou o grupo e saiu a nadar angustiado, nadando e nadando. Pas-
sando pelos juncos no lago viu algo longe. Era o que parecia um grupo de cisnes
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falando em língua de sinais! Feliz, nadou para lá e encontrou com um cisne de pes-
coço longo e preto. O Patinho Surdo se aproximou e disse em língua de sinais:
- Oi!
O cisne de pescoço preto respondeu o Patinho com as mãos e com a boca ao
mesmo tempo. Aqueles cisnes respondiam com sinais ao mesmo tempo que oraliza-
vam, e o patinho surdo não entendia nada do que estava dizendo. Achando muito
estranho, concluiu que ali também não era seu lugar.
Triste e sozinho, o Patinho Surdo saiu a nadar por um longo tempo desespe-
radamente. Então um grupo de irmãos conversavam por sinais ali próximo e avista-
ram o patinho surdo sozinho. O grupo de patinhos foram até lá, se aproximaram e o
chamaram.
Tocando no ombro do Patinho, que estava encostado, sozinho no lago, triste,
perguntaram:
- Oi! Você fala em língua de sinais?
- Nossa!!! Vocês falam em língua de sinais! Ufa!!! – Respondeu o Patinho
Surdo aliviado.
Os cisnes então apareceram desesperados procurando o patinho perdido, até
que se encontraram.
Logo a mãe cisne apareceu longe procurando o Patinho Surdo perdido, e o
encontrou junto com os demais patos. A mãe cisne era ouvinte e não conseguia se
comunicar com a mãe pata surda. Então tiveram a ideia de chamar o sapo, porque
ele era intérprete e poderia intermediar a situação. A mãe cisne perguntou como
encontraram o filho perdido, e a mãe pata surda explicou o que acontecera.
Então a mãe pato explicou tudo para a mãe cisne, sobre o dia em que teve
que utilizar o ninho da mãe cisne para botar seu ovo e não pode levar para casa.
Então tudo ficou esclarecido, com a ajuda do sapo intérprete, eles foram se comuni-
cando e tudo ficou claro. Todos ficaram tranquilos, unidos e felizes.