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ANA M, BAHIA BOCK. ODAIR MARIA DE LOURDES T. TEIMEIRA . a. FURTADO. Tote 4 UMA INTRODUGAO AO ESTUDO a DE PSICOLOGIA 82 edigho — 1995 Of editora SARAIVA CAPITULO 2 A EVOLUCAO DA CIENCIA PSICQLOGICA Fabotle — lenpeaas gente ores Fe bale 0S PSICOLOGIA E HISTORIA Parteno® — uma das mais belas 30 realidade econdmica e social e pela insaciivel necessic homem de compreender a si mesmo. A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMORDIOS os A histéria do pensamento humano tem um mor reo na Antiguidae, entre os gregos,paleuarmente no pe do de 700.aC. até a dominagéo romana, Os gregos foram 0 povo mais evoluido nessa época. produgio minimamente planejada © bemsueedida perm ia construgio das s cidades-estados (pdlis). A manute dessas cidades implicava a necessidade de mais riquezas, as qu alimentavam, também, o poderio dos cidadéos (membros da c se dominante na Grécia Antiga). Assim, inici de novos territérios (Mediterraneo, Asia Menor, chegando q Se até a Ching), que geraram riquezas na forma de eseravos po salar nas cidades e na form Fe a ci ia de tributos pagos pelos ter- As riquezas geraram crescimento, ¢ este crescimento exi- ‘amor e dio, a irracionalidade, 0 desejo, a sensagdo ¢ a per- ilésofos pré-socraticos (assim chamados por antecede- 3, fildsofo grego) preocupavam-se em definir a rela- cao do homem com o mundo através da pereepgao. Discutiam se 0 mundo existe porque o homem 0 vé ou se 0 homem ve lum mundo que jé existe. Havia uma oposicao entre os idealis- tas (a idéia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que for mundo jé € dada para a percepgio) Mas é com Sécrates (469-399 a.C.) que a Psicologia na An- fade ganha cons preocupagio era com ite que separa o homem dos animais, Desta forma, postula- vva que a principal caracteristica humana era a razio. A razio permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a ba- se da irracionalidade. Ao definir a razio como peculiaridade do homem ou como esséncia humana, Sécrates abre um caminho que seria muito explorado pela a. As teorias da cons- cigncia sdo, de certa forma, frutos dessa primeira sistematiza- ao na Fi (0 passo seguinte é dado por Platao (427-347 a.C.), discipu- lo de Sécrates. Esse fildsofo procurou definir um “lugar” para ‘a razio no nosso proprio corpo. Definiu esse lugar como sendo ‘a cabega, onde se encontra a alma do homem. A medula seria, portanto, o elemento de ligagao da alma com 0 corpo. Este cle ‘mento de ligagdo era necessério porque Platao concebia a alma separada do corpo. Quando alguém morria, a matéria (0 corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. Aristételes (384-322 a.C), disefpulo de Platao, foi, um dos ‘mais importantes pensadores da hist6ria da Filosofia. Sua con- tribuigdo foi inovadora ao postular que alma e corpo nfo po- dem ser dissociados, Para Aristételes, a psyché seria o principio 31 ima, que pode ser considerado o primeiro cologia, Portanto, 2 300 anos antes do advento da Psicologia ci \ifica, os gregos jé haviam formulado duas “teorias”: a plat ca, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, ¢ a aristotélica, que afirmava a mortalidade da al © a sua relagao de pertencimento ao corpo, A PSIGOLOGIA NO IMPERIO ROMANO E NA IDADE MEDIA da era crista, surge um novo império que iria dominar a Grécia, parte is caracteristicas desse pi imento e desenvolvimento do cristianismo — uma for- cipal da Idade Média, periodo que entao se iniciava, E falar de Psicologia nesse periodo é relacioné-la a0 co- hecimento religioso, jé que, ao lado do poder econémico e po- a Igreja Catdlica também monopolizava o saber e, conse- qientemente, 0 estudo do psi Nesse sentido, dois grandes fildsofos representam esse pe- lodo: Santo Agostinho (354-430) e Sdo Tomés de Aquino (1225-1274). Santo Agostinho, inspirado em Platao, também fazia uma iso entre alma e corpo. Entretanto, para ele, a alma nao somente a sede da razdo, mas a prova de uma manifestag vina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga © homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamen- to, a lgreja passa a se preocupar também com sua compreenséo. ea revoluggo indus eae social leva a0 questionamento a lgre- 0s procluzidos por ela. Dessa forma, foi pre- as para a relacao entre Deus irma que somente Deus inir a esséncia e a existéncia, em termos de igualda- ‘a busca de perleigao pelo homem seria a busca de is de Aquino encontra argumentos racionais pa- 1s dogmas da Igreja e continua garantindo para ela do estudo do psiquismo. A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO Pouco mais de 200 anos apds a morte de Sto Tomés de jem infeio uma época de transformagoes radicais no europeu, Eo Renascimento ou Renascenga, © mer- smo leva & descoberta de novas terras (a América, 0 ca para as Indias, a rota do Pacifico), e isto propicia a acu- 10 de riquezas pelas nagSes em formacio, como a Fran- Espanha, Inglaterra. E a transig&o para o capi emergir uma nova fortha . organizagdo econdmica e social também, um processo de va- {As transformacdes ocorrem em 9s setores da produgéo huma- dde 1300, Dante escreve 1475 ¢ 1478, © quadro Daw, de Michelangelo a8

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