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PONTA GROSSA-PR
2014
MARÍLIA APARECIDA STROKA
PONTA GROSSA-PR
2014
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Movimento de corte do pedúnculo: (a) com sucção (b) sem sucção. ....................... 7
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tempo de execução dos movimentos realizados pelo robô colhedor de morangos .. 8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 6
2.1 DADOS GERAIS DA CULTURA.............................................................................. 6
2.2 COLHEITA DO MORANGO ..................................................................................... 6
2.3 COLHEITA ROBÓTICA DE MORANGO ................................................................ 6
2.4 ASPECTOS DA COLHEITA ROBÓTICA ................................................................ 8
2.5 IMPACTO SOCIAL E ECONÔMICO ....................................................................... 9
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 11
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 12
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1 INTRODUÇÃO
A modernização na agricultura, iniciada na década de 60, por meio da adoção de
insumos mecânicos, químicos e biológicos, continua se difundindo no meio rural,
contribuindo positivamente para o aumento de rendimentos e para a diminuição do trabalho
braçal. Hoje com os aspectos voltados para a tecnologia da informação e para a robótica, a
agricultura brasileira está sofrendo várias modificações incluindo computadores (MEIRA et
al., 1996).
A automação de tarefas vem no sentido de trazer conforto e redução da jornada de
trabalho, além disso, no Brasil os sistemas autônomos têm como uma das maiores diretrizes
suprir a carência de profissionais em número e qualidade, apesar de ainda existir resistência
por parte dos agricultores à adesão desta tecnologia (TABILE; INAMASU; PORTO, 2011).
O desafio da robótica agrícola é atender aos diversos setores da produção driblando as
infinitas variáveis à que os campos estão expostos, com bons rendimentos e preços acessíveis.
Entre as áreas de abrangência, a robótica atende a colheita principalmente das grandes
culturas, porém vem estudando casos de colheitas alternativas para outras espécies, como
frutíferas e vegetais.
Vários estudos têm aplicado tecnologia robótica em estufas, como colheita de pepino,
tomate e berinjela. No entanto, o desempenho e o custo não atendem aos requisitos
comerciais. Dentre os principais problemas encontrados nas concepções de colheitas
robotizadas estão a baixa eficiência de trabalho, baixa taxa de sucesso, dano nos frutos,
dificuldade de detecção na iluminação instável e alto custo. Pensando nisto, em 2003, o
Instituto de Máquinas Agrícolas, Bio-oriented Technology Research Advancement Institution
(IAMBRAIN), lançou um projeto para desenvolver um robô colhedor de morango, para
cultivo vertical (espaldeira) (HAYASHI et al., 2010).
Este trabalho tem como objetivos descrever alguns aspectos da robótica na agricultura,
bem como exemplificar seu uso com a colheita robótica de morango.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 DADOS GERAIS DA CULTURA
O morangueiro pertence à família Rosaceae e ao gênero Fragaria, do qual, a espécie
cultivada comercialmente Fragaria x ananassa Duch., é um híbrido interespecífico (Fragaria
virginiana x Fragaria chiloensis) (BRAHM; OLIVEIRA, 2004). De acordo com a FAO
(2011), a produção mundial em 2006 foi de 3.908.975 toneladas em 262.165 hectares.
O morango é uma fruta de tipo “não climatérico”, deve ser colhido muito próximo à
sua maturação de consumo para que suas características organolépticas se expressem de
forma total. Quando colhido imaturo, permanecerá como tal, sem que aconteça a melhoria de
sua qualidade comestível (CANTILLANO; SILVA, 2010).
A colheita seletiva requer alta tecnologia e sofisticados robôs, que devem ser
projetados com capacidades perceptivas humanas, como, por exemplo, calcular a posição do
fruto, sua maturação e colher sem danificá-lo (HAYASHI et al., 2010).
Figura 1 Movimento de corte do pedúnculo: (a) com sucção (b) sem sucção.
Fonte: HAYASHI, S. et al. Evaluation of a strawberry-harvesting robot in a field test. Biosystems Engineering,
Japão, v.105, n.2, p.160–171, fev. 2010.
durante a noite é menor. A taxa de sucesso alvo foi fixada em 60% (e não mais 100%, o que
corresponderia a uma operação ideal). Portanto, os frutos restantes seriam selecionados pelos
trabalhadores. Deste modo, o robô funciona lentamente durante a noite e colhe apenas alguns
frutos. Em seguida, na parte da manhã, os trabalhadores colhem os frutos restantes
(HAYASHI et al., 2010).
Tabela 1 Tempo de execução dos movimentos realizados pelo robô colhedor de morangos
A tecnologia da informação começou a ser aplicada com sucesso nas fazendas com a
automatização das tarefas de contabilidade, de controle de recursos humanos e de controle de
estoques e de maquinário. Só anos depois os agricultores e criadores puderam utilizar a
informática diretamente na produção. Atualmente, com o surgimento de empresas
especializadas e o trabalho dos órgãos governamentais de pesquisa e de assistência técnica, já
existe uma quantidade considerável de programas voltados para o campo (MEIRA et al.
1996).
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Os movimentos de colheita incluem captura e processamento de imagem, coleta do fruto e corte do pedúnculo.
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Construir um robô não é apenas uma questão de escolher uma estrutura mecatrônica
adequada. A automação da colheita requer a adoção de um novo sistema de cultivo de alta
produtividade (VAN HENTEN et al., 2003).
produto. Salienta-se que, a medida que a demanda de uma tecnologia aumenta, seu custo
diminui, seja pela diluição do investimento gasto no desenvolvimento da tecnologia, como o
decréscimo do custo de produção (TABILE; INAMASU; PORTO, 2001).
Há a necessidade do entendimento que a automação não é uma solução imediatista a
determinada carência ou problema, mas parte de um projeto gerencial (MEIRA et al. 1996).
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3 CONCLUSÃO
A robótica aplicada no setor agrícola possui papel fundamental no avanço da
produtividade mundial, principalmente relacionada a mão-de-obra. Pelos diversos motivos
que tornam as práticas de manejo cansativas, repetitivas ao ser humano, a automação busca
solucionar este problema, porém não dispensa o uso de pessoas. A capacidade das máquinas
ainda é limitada e não supera o nível de percepção e inteligência seletiva requerido para
determinadas atividades.
REFERÊNCIAS
BRAHM, R.U.; OLIVEIRA, R.P. Potencial de multiplicação in vitro de cultivares de
morangueiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, n. 3, p. 507-510, 2004.
CANTILLANO, R. F.F.; SILVA, M. M. Documento 318: Manuseio pós-colheita de
morango. 1.ed. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2010, p. 36.