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Passemos a um exemplo numérico, Dado um pilar de concreto de segdo A (30 x 40 cm) € submetido a uma forga P de 50 t com excentricidade de 3 cm. Calcular as tensdes de tragdo ¢ compressio. O pilar, fugindo da norma, ndo tem armadura: A |FaceB 30m Face C a ere cei Corte AA A tensfio de compressiio simples é (sem considerar a existéncia do Momento fruto da excentricidade da carga) 50000 30-40 Levemos agora em consideragdo 0 Momento M = (P - ¢). A face B seré comprimida adicionalmente e a face C seré aliviada o-w onde M=P-e=50000-3 = M-=150000kgf /cm ° Al kgf / om? bh? _ 40-30-30 Ww = 3 6 é W =6000 cm M 150.000 2 5 = 5 ki =0,= Wate gf/om? => 6, =0, =25kgf/em’ Logo, na face B ocorreré: Op =41+25= 66 kgf/cm? Como as duas tensdes sfo Na face C Positivas, conclue-se que todo ilar est comprimido. Gc =41—25= 16 kgf / cm? e py ‘Vamos agora dar uma deslocada de excentricidade, Passemos ¢ para 12 cm. ©.6 de compressiio simples é 0 mesmo (41 kgf/cm”) atingindo todo o pilar. © Momento Fletor passou para M = (P - e) = (50 - 12) = 600 tfem. 5 0, € 6; face a flexao (sao iguais) e valem: 0g = 0, = = £00000 «100 ge em? WwW 6.000 Logo, Op (face B) = 41+ 100=141 kgf / em? (compressao) 0c (face C) = 41-100 = -59 kgf / em? (deu tragdo) => deu galho! Logo, Op (face B) = 41 + 100= 141 kgf / em? (compressio) Sc (face C) = 41 - 100 = ~59 kef / em? (deu tragio) => deu galho! Conclusio: Um pilar sofrendo flexdo, se a excentricidade da aplicago de carga for grande Poderd softer tragiio, coisa que 0 concreto nao resiste bem. Essa é uma das razdes porque pilares tem armadura em toda a volta, para resistir a eventuais esforgos de trago causadas pela excentricidade das cargas. Quando trabalharmos com materiais que nfo resistem a tragdo, ou resistem muito mal (Concreto simples, alvenaria) e usamos esse material como pilares, temos que ter certeza que 0 lento maximo de forga normal (que causa a tragio) é pequena, tal que a pressio de Compressio seja bem superior a tragéo causada pela flexao tal que no final a peca esteja comprimida totalmente como foi o caso do exemplo apresentado onde a excentricidade era pequena (e=3 cm). Observagio: A teoria aqui exposta é valida quando o Momento Fletor atua em plano que coincide com os eixos das pegas. E a Flexto Normal Composta. Quando o Momento atua em outro plano temos a Flexiio Obliqua. Seja a figura a seguir: a M yy Nesse caso o Momento esta situado em um plano a que no coincide com os planos ortogonais a serdo (XX ou YY). E a flexio obliqua. A flexo composta normal ocorre quando 0 Ponto excéntrico de aplicagiio da forga esti situado sobre os eixos de simetria da pega. Se o ponto fica fora temos a flexdo obliqua Qualificagio Sejam os quatros pilares indicados a seguir com diferentes condigdes de travamento (temos sempre que considerar as condigdes de travamento superior, inferior ¢ lateral), P P P P \ \ | 1 \ j Y i ey / 34 ; ® ® ® P P F ¥ Considerando que a flambagem é na sua esséncia um problema de deslocamento ou seja de perda de equilibrio quanto mais vinculos pusermos, menores serio as facilidades de flambagem Assim o pilar 1 tem menos condigdes de flambar que o pilar 2 face a liberdade no pilar 2 do seu bordo superior. O pilar 3 tem menos condigdes de flambar que 2 e o pilar 5 (pilar totalmente cconfinado) em principio no deve flambar nunca Um exemplo de pilar 5 é uma estaca de fundago cravada em um solo muito resistente yek:L_k:L Obs. o produto k - L é chamado z T ‘comprimento de flambagem a (la) k = Caracteristica do pilar (liberdade de fletir); I i = Raiod =< i io de giragdo = | 1 = Momento de Inércia em relago ao eixo que mais tem condigdes de flambar, ou seja, ‘© que da menor I, Area de segdo, Altura do pilar. Parao: tipo | tipo 2 tipo 3 tipo 4 tipo 5 aogga8 Nao ocorrerd flambagem Pees et ed 1 _ beh? _ 30-208 12 12 A=20-30 => A=600em? = 20,000 em* | i=57 20cm BS cigs t pe a VA }-—30 em —+| 2 Caso (seco 20 x 20 cm) P 3 3 [ove eae satan! 12 12 L=20em: A=20-20 = A=400cm? Corte T_ ix P =178

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