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JOSE CARLOS SUSSEKIND _.__ curso de analise estrutural METODO DAS DEFORMACOES PROCESSO DE CROSS CURSO DE ANALISE ESTRUTURAL 39 Volume José Carlos Siissekind O presente volume encerra este trabalho inédito sobre Anélise Es- trutural, de autoria de um dos mais jovens e brilhantes professores da disciplina no Pafs. Descortinando uma s6lida experiancia profissional, aplicada a0 ensino com uma atengdo especial a realidade pratica, a obra do Prof. Sissekind vem contribuir decisivamente para o aprimoramen- 10 do estudo que atualmente se faz na matéria em nossos Cursos de Engenharia. Neste Gltimo volume ¢ considerado © segundo grande métado da Hiper- estatica, ou seja, 0 método das de- formac®es. Recebe inicialmente uma formulagdo geral, que em nossos dias é prioritéria, tendo em vista @ possibilidade de autamatizagdo do cdlculo estrutural por -meio dos tomputadores. A seguir é abordado um processo particular pertencente @ esse Método, o processo de Cross, que consiste numa distribuicdo sim- ples de momentos em torno dos nés de estrutura, diminuindo bas- tante a ordem do sistema de equa- ges de compatibilidade necessdrias para @ resolucdo de cada estrutura. __ CURSO DE ANALISE ESTRUTURAL Volume It Método das deformacées. Processo de Cross. JOSE CARLOS SUSSEKIND _ CURSO DE ANALISE ESTRUTURAL Volume Ill Método das solrmuees: Processo de 7.° Edicéo OBO Copyright © 1973 by José Carlos Siissekind A primeira edigo desta obra foi realizada em convénio com a Universidade de Sao Paulo. Publicacao (CIP) Internacional ira do Livro, SP, Brasil) Siissekind, José Carlos, 1947- 8963c Curso de andlise estrutural / José Carlos Siisse- v.1-3 kind. — Rio de Janeiro : Globo, 1987. Contetido: v. 1. Estruturas isostaticas. 9. ed. — v. 2. Deformagdes em estruturas, Método das forcas. 8. ed. — v. 3. Método das deformacées. Processo de Cross. 7. ed. ISBN 85-250-0226-7 1, Deformagées (MecAnica) 2. Estruturas - Ana- lise (Engenharia) 3. Forgas e tensdes 1. Titulo. CDD-624.171 87-0525 -624.176 indices para catilogo sistematico: « Anilise estrutural : Engenharia 624.171 . Deformagées : Engenharia de estruturas 624.176 . Estruturas : Andlise : Engenharia 624.171 Forgas : Andlise estrutural : Engenharia 624.176 awN= Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edigdo pode ser utilizada ou reproduzida — em qualquer meio ou forma, seja me- cAnico ou eletrGnico, fotocdpia, gravacdo etc. — nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autori- zacao da editora. Editora Globo S.A. Rua Itapiru, 1209, CEP 20251, Rio de Janeiro. Tel.: (021)273-5522, telex: (021)23365, RJ. Rua do Curtume, 665, CEP 05065, Sao Paulo. Tel.: (011)262-3100, telex: (011)54071, SP. Apresentacao A idéia de escrever este Curso de Andlise Estrutural nasceu da necessi- dade encontrada de um texto que nos servisse de suporte para o ensino da Isostatica ¢ da Hiperestitica aos futuros engenheiros civis, idéia esta que cresceu com 0 estimulo recebido da parte de diversos colegas de magistério, que se vém deparando com o mesmo problema, e cuja concretizagao se tornou possivel a partir do interesse demonstrado pela Editora Globo em edité-lo. O Curso de Andlise Estrutural serd dividido em trés volumes, no primei- ro dos quais estudaremos 0s esforgos nas estruturas isostaticas, ficando o es- tudo dos esforgos nas estruturas hiperestiticas ¢ das deformagdes em estru- turas em geral para ser feito nos segundo ¢ terceiro volumes. Nestes iltimos, incluiremos também 0 estudo de alguns topicos especiais, cujo conhecimento Julgamos indispensivel ao engenheiro civil Na apresentago deste Curso, é dever de gratiddo mencionar o nome do extraordindrio professor que é 0 Dr. Domicio Faledo Moreira e Silva, a quem devemos nossos conhecimentos de Mecinica Racional e de Mecanica das Estruturas, e por iniciativa de quem fomos langados no magistério superior, na Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro, Agtadecemos antecipadamente aos nossos leitores e colegas quaisquer comentarios, sugestdes ou criticas que nos venham a enviar através da Editora Globo, pois, a partir detes, estaremos em condicdes de tentar sempre methorar este trabalho, no sentido de toré-lo cada vez mais itil ao nosso estu- dante — objetivo final de nossos esforgos. Rio de Janeiro, 19 de abril de 1974 José Carlos Stissekind Sumario CAPITULO I — 0 METODO DAS DEFORMACOES I — A idéia do método — Incdgnitas 1 2 — Nimero de incdgnitas — Destocabilidade interna e externa S 241 = Deslocabilidade interna 5 2.2 — Deslocabilidade externa 6 2.3 — Niimero total de deslocabilidades 8 3 — Grandezas fundamentais 10 3.1 — Rigidez de uma barra 11 3.2 - Momentos devidos a deslocamentos ortogonais reciprocos 15 4 — © mecanismo do método das deformagées 20 4.1 — Observagdes 24 4.2 — Roteiro para 0 métode das deformagdes 26 5 — Aplicagbes is estruturas sem deslocabilidades externas 27 5.1 — Atvagio de carregimento externa 27 5.2 — Atuago de variagdo de temperatura ou recalques de apoios 44 $2.1 — Recalque de apoio 44 5.2.2 ~ Vuriagio de temperatura 48 6 ~ Aplicagio as estruturas com deslocabilidades externas 57 7 = Simplificagio para 0 caso de estruturas elistica € geometricamente simétricas 73 7.1 ~ Estruturas planas 73 7.1.1 = Caso em que o cixo de simetria intercepta um né da estrutura 73 7.1.2 ~ Caso em que 0 eixo de simetria intercepta completamente uma barra da estrutura 75 7.1.3 — Caso em que 0 eixo de simetria intercepta uma finica segio de uma barra 76 7.2 = Grelhas 106 7.2.1 = Caso em que 0 cixo de simetria intercepta um né da gretha 106 7.2.2 — Caso em que o cixo de simetria intercepta completamente uma barra da grelha 108 7.2.3 — Caso em que © cio de simetria intercepts uma barra da grelha num ‘inica seca 109 8 — Caso de barras com inércia variivel 120 8.1 ~ Inércia da barra varia “em saltos” 120 8.2 — Inércia da barra variando “em misula” 125 8.3 — Inércia da barra varia aleatoriamente 160 9 — Consideragio dos efeitos do esforco normal 160 9.1 — Quadros com tirantes (ou escoras) 160 9.2 — Quadros para os quais desejamos levar em conta as deformagies por sstoreo normal 166 10 — Problemas propostos_ 171 CAPITULO II — PROCESSO DE CROSS 1 — Introdugio 181 2 — A idéia do proceso 184 3 = Roteiro do processo de Cross para estruturas indeslociveis 195 4 — Aplicagao as estruturas planas indeslocaveis 197 5 — Aplicagio do processo de Cross is estruturas externamente deslociveis 215 S.A = Introdugio 215 5.2 — Roteiro do processo de Cross pura estruturas deslociveis 216 5.3 ~ Aplicagdes 218 6 — Aplicagdo do processo de Cross ao tragado de ti 6.1 = Roteiro 234 6.2 — Aplicagdes 238 jas de influencia 234 7 — Aplicagio do processo de Cross as grelhas 248, 7.1 — Apresentagio 248 7.2 ~ Aplicagdes 253 8 — Problemas propostos 261 CAPITULO III — INTRODUCAO AO ESTUDO DOS CABOS I ~ Consideracdes preliminares 267 2 — Cabos com carregamento distribuido segundo 0 vo 268 2.1 — RelagGo entre efeitos no cabo c esforgos na viga de substituigdo 268 2.2 — Cao de carga uniformemente distribuida 271 2.3 - Aplicagdes 275 2.4 — Efeitos secundirios nos cabos 279 2.4.1 — Alongamento elistico de um trecho de cabo com carga uniformemente distribuida 279 24.2 — Variagdo de temperatura 281 2.4.3 - Agio do vento 283 3 — Cabos com carregamento uniformemente distribu{do segundo seu comprimento 285 3.1 — Caso geral: pontos de suspensio em niveis diferentes 285 3.2 — Caso particular: pontos de suspensio no mesmo nivel 289 3.3 — Aplicagies 290 4 — Exerefcios propostos 292 Introduc4o ao terceiro volume 0 terceiro volume de nosso Curso abrange o estudo do segundo grande método da Hiperestitica, que ¢ 0 método das deformagdes, apresentado inicialmente sob sua formulago mais geral (e que é, modernamente, a mais importante, tendo em vista a possibilidade de automatizagao do célculo estrutural através de computadores) e, a seguir, abordando-se um proceso particular pertencente a este método geral, processo este muito rapido ¢ comodo, introduzido na Anilise Estrutural pelo professor Hardy Cross ¢ que consiste numa distribuigéo simples de momentos em torno dos nés de estrututa, diminuindo (¢ as vezes eliminando, no caso de estruturas indes- lociveis) em muito a ordem do sistema de equacdes de compatibilidade em cuja resolugdo recaird a solugao da estrutura estudada, Completa o terceiro volume uma Introdugao 20 Estudo da Estética dos Cabos, onde apresentamos a teoria de primeira ordem sobre o assunto, que permite, com excelente aproximagdo, a resolugdo da grande maioria dos problemas da pritica. Encerrando a introdugdo a este terceiro volume de nosso Curso e que marca, pelo menos nesta primeira fase, o final do mesmo, gostariamos de alertar o leitor para um ponto muito importante: somente 0 conhecimento da Hiperestatica Classica — cujos conceitos fomos apresentando, escalonada- mente, visando uma boa sedimentagao — possibilitaré ao engenheiro projetar uma estrutura; para o caleulo da resma, caso seja possivel e conveniente, poderd se langar mao de determinados programas de computadores, mas estes jamais poderdo substituir o engenheiro na fase de projeto, onde se define a qualidade em nossa profissio. Na oportunidade, queremos, mais uma vez, apresentar nossos agradeci- mentos a0 amigo José de Moura Villas Boas pelo trabalho de revisio de todos os volumes deste Curso e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, colaboraram para tornar possivel a sua publicagao. Rio de Janeiro, 16 de Abril de 1975 José Carlos Siissekind CAPITULO! O METODO DAS DEFORMAGOES 1 — A IDEIA DO METODO — INCOGNITAS No método das forgas, estudado no 2° volurie de nosso Curso, as incdgnitas do problema hiperestatico eram esforgos simples (ou reagdes de apoio) que, determinados, permitiam 0 conhecimento imediato dos diagramas de esforgos solicitantes para a estrutura em estudo, a partir dos quais, empregando-se o teorema de Pasternak, podiam ser calculados as rotagdes ¢ deslocamentos dos nés da mesma. Assim o método das foreas inicia a resolugio da estrutura pela determinagio dos seus esforgos para, a partir deles, obter deformagoes. A resolugdo do mesmo problema hiperestitico poderia ser, entretanto, abordada de maneira inversa, isto é, determinando-se inicialmente as deforma: ges sofridas pelos nés das diversas barras da estrutura para, a partir desses valores, obtet os diagramas de esforcos solicitantes da estrutura. Este sera o caminho adotado no método que exporemos neste capitulo ¢ que, por esta razdo, serd denominado método das deformacdes As inc6gnitas deste método sero, entdo, os angulos de rotagdo e os deslocamentos lineares sofridos pelos nés das diversas barras. Em seu cilculo, serdo desprezadas, normalmente, as deformagdes das barras que compoem a estrutura devidas a esforcos normais (e também as devidas a esforgos cortan- tes), no se constituindo este fato em nenhum erro especial peculiar ao método pois, também no estudo do método das forgas, foi usual desprezar estas deformagoes (a nao ser no caso de pegas trabalhando basicamente ao esforgo normal, quais sejam, barras de treligas, escoras, tirantes, arcos, pilares esbeltos, pecas protendidas em geral, etc.) quando do célculo dos 5. Por ora, trataremos apenas das estruturas para as quais estas iltimas deformagées podem ser desprezadas (quadros planos, vigas, grelhas), isto &, estruturas para as quais podemos desprezar, para todos os fins priticos, 1 2 Curso de andlise estrutural a diferenga entre 0 comprimento inicial de uma barra AB e 0 comprimento final da corda AB. Mostraremos depois, para as estruturas sensiveis is deformagdes axiais, como 0 método pode ser igualmente aplicado (ver item 9 deste capitulo), Comegaremos nosso estudo estabelecendo que deformagdes de uma barra devem ser conhecidas a fim de que possamos determinar os esforgos nela atuantes, Seja, entdo, a barra AB indicada na Fig. I - 1.1, representando uma barra genérica de uma estrutura: devido aos esforgos que solicitam a barra, cla se deformard assumindo a posiggo 4'B: A passagem da posiggo 4B para a posigfo AB’ pode ser encarada como resultante das seguintes defor- magdes, independentes umas das outras:' Fig. 1-1 "46 que estamos no regime linear e é valido o principio da superposigio de efeitos. © método das deformagées 3 19) Translagdo da barra de 64 (Fig. I - 1.2): durante esta translagao, a barra se mantém reta ¢ paralela a sua posigdo primitiva, de modo que nao € despertado qualquer esforgo simples nesta fase; 29) Deslocamento linear de uma das extremidades da barra (por exemplo, B) a0 longo de uma dirego perpendicular a seu eixo, de valor pay (este deslocamento € denominado destocamento ortogonal reciproco do nd B em relagao ao né A), sem rotagao das extremidades da barra Conforme mostra a Fig. I- 1.3, a barra se comporta, para este desloca- mento pra, como se fosse urna viga biengastada AB, cujo engaste B sofreu um recalque vertical igual a pyq (este tipo de problema foi resolvido no volume II de nosso Curso), aparecendo entdo um diagrama de momentos fletores com 0 aspecto indicado na figura; 39) Rotagdo da extremidade 4 da barra de valor y4. Conforme indica a Fig. 1- 1.4, a barra se comporta, para esta deformacio, como uma viga biengastada em que um dos engastes sofreu um recalque angular de valor v4, aparecendo um diagrama de momentos fletores conforme indica a figura; 49) Rotagdo da extremidade B da barra de valor yg: surge o diagrama de momentos fletores indicado na Fig. 1- 1.5, devido ao funcionamento da barra como uma viga biengastada em que um dos engastes sofreu um recalque yp; 5°) Deformagao da barra, sem deslocamentos lineares nem rotagdes de suas extremidades, devido ao carregamento externo atuante, Nesta fase, a barra funciona como uma viga biengastada submetida ao carrega- mento externo, aparecendo © diagrama de momentos fletores indi- cado na Fig. I - 1.6 e que pode ser determinado sem maiores dificulda- des, por tratar-se de resolugdo de uma viga biengastada para um dado carregamento, problema este resolvido pelo método das forgas e cuja solugao, para os carregamentos mais correntes da pritica, esté tabelada na Tabela I (para vigas de inércia constante). Concluindo, basta conhecer os valores de v4, vg Ppa Para obtermos o diagrama de momentos fletores e, a partir dele, os demais diagramas solicitan- tes para uma barra de uma estrutura, jé que a translaglo 84 da barra nao introduz qualquer esforgo na mesma. ‘As incégnitas, no método das deformagoes, para cada barra da estrutura, serdo, entdo as rotagdes e os deslocamentos lineares de suas extremidades” (j@ que, para determinarmos 0 valor do deslocamento ortogonal reciproco 2Ver observagio 2 4 Curso de anélise estrutural de uma das extremidades da barra em relagdo outra, necessitaremos conhecer os deslocamentos lineares de suas extremidedes). E claro que, nos nés rigidos (nao rotulados) de uma estrutura, a rotagio € o deslocamento linear de todas 2s extremidades de barras nele concorrentss serdo os mesmos, © que diminui sensivelmente, 0 nimero de incégnitas do problema, Observacoes: 1) No caso de estruturas espaciais, precisaremos conhecer 2 rotagdo e o deslocamento linear resultantes de cada extremidade das barras que compoem a estrutura. Esta rotagdo sera dada por suas componentes (Gx. yp» ¥x) € 0 deslocamento linear por suas componentes (5x, 5y, 52), num total de 6 incégnitas por n6 da estrutura espacial, nos casos mais gerais. Para as grelhas (supostas situadas no plano xy e carregadas na diregao 2), precisaremos conhecer as rotacdes yy © yy € 0 deslocamento linear 5;, num ‘otal de 3 incégnitas por nd, nos casos gerais. 2)No cago de uma barra AB possuir uma das extremidades rotuladas, (A por exemplo) sua rotagao nesta extremidade rotulada nio serd incdgnita do problema, pois que o diagrama de momentos fetores final na barra AB sera igual soma daquele provocado pelo deslocamento ortogonal reciproco pa, com o da rotaedo vg e com o do carregamento externo, supostos aplicados numa viga apoiada e engastada AB, conforme mostra 0 esquema da Fig. 1-2. As incdgnitas serdo, apenas, og ¢ og para a barra da Fig. [-2. © método das detormagces 5 Note o leitor que a rotacdo y4 da extremidade rotulada ndo sera incégnita, pois ¢ exclusivamente efeito das causas indicadas nas Figs. 1-2.3 a 1-2.5, quais sejam, deslocamento ortogonal reciproco pea, rotagio yp e carregamento extemno na barra AB, suposta rotulada em A e engastada em B (no caso, temos: v4 = ¢1 - 2 + @s)- 3) Notemos que © método das deformagies so pode existir devido a existéncia do método das forgas, que € aquele que fornece os diagramas para vigas biengastadas (ou engastadas ¢ rotuladas) devidos a y4,pg4,¢tc., a partir dos quais formularemos 0 método das deformagoes. 2 — NUMERO DE INCOGNITAS — DESLOCABILIDADE INTERNA E EXTERNA 2.1 — Deslocabilidade intema Seja a estrutura da Fig. I - 3. Sabemos que as incdgnitas do problema sio as rotagdes € deslocamentos lineares dos nds B e C, ji que os engastes Ae D nao sofrem deformagées. No caso, entretanto, 0 nd C néo apresenta deslocamentos lineares, pois 8 c xD oapoie do 1° género impede a com- 7a ponente vertical © o engaste D a com- ponente horizontal (ja que despreza- mos as deformacées axiais das barras) de deslocamento. Assim, a Gnica in- A cOgnita do nd C sera sua rotagio. Também 0 n6 B nao apresentard Fig. 13 deslocamentos lineares, pois suas com- ponentes vertical ¢ horizontal serao impedidas, respectivamente, pelos en- gastes A e D, de modo que a tnica incognita, também no né B, serd a rotagio. Concluindo, © mimero de incégnitas do problema ¢ igual a 2, nimero de nds internos rigidos (nao rotulados) da estrutura. Dizemos que o ntimero de deslocabilidades intemas de uma estrutura € igual ao namero de rotagdes de nds que precisamos conhecer para poder resolvé-la. Em outras palavras, 0 niimero de deslocabilidades internas,d, de uma estrutura € igual a0 mimero de nds internos rigidos que ela possui> (nao incluindo os nés extremos apoiados ou engastados e, evidentemente, os nés internos rotulados). 3Paru estruturas planus, Curso de andlise estrutural Observagdes: a) Para o caso de estruturas espaciais, o ntimero de deslocabi- lidades internas ¢ igual ao triplo do ntamero de nés internos rigidos que a estrutura possui, pois que, para cada um deles, precisamos conhecer suas componentes de rotagio em toro de cada um dos eixos coordenados. b) Para o caso de grelhas, 0 nimero de deslocabilidades internas é igual ao dobro do numero de nés internos rigidos que ela possui (pois, supondo a grelha situada no plano xy, ndo haveré componente de rotacdo em torno do eixo Oz). 2.2 — Deslocabilidade externa Seja agora, a estrutura da Fig. I-4.1. Como todos os seus nés internos so rotulados, nao precisamos conhecer as rotacdes das barras nestes nds (em outras palavras, no ha deslocabilidades internas a considerar). Resta-nos analisar 0 problema dos deslocamentos lineares dos mesmos para conhecermos © niimero de ineégnitas do problema. Iniciando esta anélise pelo né D, vemos que ele nao teré componente vertical de deslocamento, devido & presenga do engaste A (como sempre, estamos desprezando as deformagoes axiais das barras); nada impede, no entanto, seu deslocamento na diregio horizontal, que se constituird, pois, em uma primeira incdgnita do problema. Para ca- racterizar esta incOgnita, indicaremos um apoio do 19 género em D (ver Fig. [-4.2), mostrando que seria necesséria a existéncia de mais um vinculo na estrutura para que 0 nd D nao possuisse deslocabilidades lineares. E F ° m o 2 ce ° m ° fe © 41 1-42 Fig 4 Tudo que foi feito para o né D vale, também, para o né G, que pode se deslocar na diregao horizontal (o deslocamento vertical estando impedido pelo engaste C); para caracterizar esta nova incégnita, indicaremos um apoio © método das deformagies z do 19 género em G, mostrando que seria necessdria a existéncia de mais este vineulo na estrutura para que 0 n6 G nao possuisse deslocabilidades lineares. Assim, caso existisserm os apoios adicionais do 1° género (1) ¢ (2) indi- cados na Fig. 1-4.2, 08 nds De G seriam indeslocdveis linearmente, 0 que acarretaria, também, a indeslocabilidade linear dos nés Fe F, senfio vejamos: ~ © n6E, por forga do engaste B, nao tera componente vertical de deslo- camento e, por forga do apoio do 1° género a, nao terd componente horizontal de destocamento, sendo, portanto, indeslocavel; — O né F, por estar ligado a dois nés indeslocaveis (no caso, FE e G), também o sera. A estrutura da Fig [-4.1, possui entio, dois deslocamentos lineares (deslocamentos horizontais dos nés D e G) que, se impedidos pelos apoios do 10 género 1 e 2, a tornariam sem deslocabilidades lineares, e dizernos, entio, que ela possui duas deslocabilidades lineares ou externas (esta altima denomi- nagio sendo mais usual), Definiremos, ento, que uimero de deslocabilidades externas dp de uma estrutura ¢ igual ao nfimero de apoios do 19 género que a ela precisamos acrescentar para que todos os seus nés fiquem sem deslocamentos lineares Observagies: 1) No caso da estrutura da Fig. 1-4.1, os nos D, &, F, G terao deslocamentos horizontais (que seriam, a primeira vista, as incognitas do problema), mas apenas os deslocamentos dos nds D e G séo incégnitas independentes (pois o deslocamento horizontal de £, por estar ligado a D por uma barra horizontal, serd igual ao de D; € 0 deslocamento horizontal de F, por estar ligado a £ e G, sera fungdo dos deslocamentos destes dois pontos e, portanto, em tltima anilise, dos deslocamentos de D e G). Assim, 0 mimero de incognitas independentes do problema (que ¢ 0 niimero de deslocabilidades externas da estrutura) € apenas 2. Este niimero de incégnitas independentes é traduzido, conforme mostra o exemplo da Fig. 1-4, pelo nimero de apoios do 1° género que precisamos acrescentar & estrutura para tomdcla sem deslocabilidades lineares ¢, por esta ra7ao, foi licito definir 0 ntimero de deslocabilidades externas da estrutura a partir dos apoios adicionais do 1° género necessarios. (Preferimos esta forma de definigao por ela corduzir, com menor trabalho de raciocinio, ao valor de de, principalmente em casos de estruturas mais complexas, onde nio ¢ tio simples recanhecer o niimero de deslocamentos lineares independentes, por andlise direta da estrutura dada.) 2) E usual chamar-se as estruturas que possuem deslocabilidades externas de estruturas deslocdveis, e aquelas que no as possuem (mesmo tendo deslocabilidades internas) de estruturas indeslocaveis. 8 Curso de andilise estrutural 2.3 — Namero total de deslocabilidades Como as incbgnitas do problema so as rotagdes dos nds intenos rigidos da estrutura (traduzidas pelo valor dj) e os deslocamentos lineares indepen- dentes de seus nds (traduzidos por d,), dizemos que o mimero total de deslocabilidades de uma estrutura, — igual ao ndmero total de incdgnitas de sua resolugdo pelo método das deformagies — ¢ dado pela soma de seu nimero de deslocabilidades interna (d;) e externa (de). Podemos entio eserever: d=d;+de at) A exemplificagao a seguir esclarecerd: Ex. L1 — Obter o mimero total de deslocabilidades para as estruturas planas das Figs. 1-5.1 a 1-12.1 Estando os apoios do 1° género adicionais para tornar as éstruturas exter- namente indeslocaveis indicados nas Figs. I-5.2 a I-12.2, obtemos, a partir da expresso (I-1), seu mimero total de destocabilidades, indicado ao lado destas Gltimas figuras: dadj+de=342<5 a Fig. 1-3 12 rsa ” t “i d-3+2=5 ie 4 Fig. -6 161 162 ° 4-84-12 Fig. 1-7 ve oom 112 © método das deformagées 9 ® Fig. 1-8 a anal Fig. 19) +0=1 (A estrutura nfo tem deslo- cabilidade externa.) Fig 1-10 d=3+0=3 (A estrutura nio apresenta eslocabilidade externa.) i i Fig. I-11 7 Li r fz fs, © & 0 d=1+1-2 & ‘5 Z : Fig. 1-12 Observagdo: O caso da estrutura da Fig. 1-12.1 serve para chamar a atengao do leitor para o fato de que nao precisamos incluir trechos em balango (no caso, DEF) para a anélise do mimero de deslocabilidades da estrutura, pois o balango pode ser retirado, e substituida sua ago sobre o resto da estrutura pela de um momento e de uma forga, conforme indica a Fig. 1-12.2, a partir da qual obtivemos o nimero de deslocabilidades da estrutura dada. 10 Curso de anélise estrutural Ex. 1-2 — Obter o mimero total de deslocabilidades para as grelhas (estruturas planas que sero solicitadas perpendicularmente a scu plano) das Figs. 1-13.1 a 1-15.1. Partindo de (I-1) ¢ levando em conta que cada n6 interno rigido de uma grelha tem duas componentes de rotago ¢ uma componente de deslocamento linear (perpendicular ao plano da grelha), obtemos seu niimero total de deslo- cabilidades, indicado ao lado de cada estrutura. Nas Figs. 1-13.2 ¢ 1-14.2 estao representados os apoios adicionais do 19 género necessdrios para tornar as grelhas indeslocaveis. a d=2X2+2= = Fig. 1-13, baa 1132 » d=2x6+6=18 Fig. I-14 ria d=2x440-8 (A grelha nao apresenta desto- cabilidades lineares.) Fig, 15 bast 3 — GRANDEZAS FUNDAMENTAIS Conforme vimos no inicio deste capitulo, para a determinago dos diagra- mas de momentos fletores atuantes numa barra de uma estrutura, precisa- mos conhecer, além do diagrama de momentos fletores que teria esta barra O método das deformacdes u se fosse, conforme o caso, biengastada (V. Fig. 1-1.6) ou engastada e rotulada (V. Fig. 1-2.5) para o carregamento externo atuante — que é de imediata doterminago pelo método das forgas e facilmente tabelavel para os carrega- mentos usuais da pritica (V. Tabela I) — também aqueles devidos as rotagoes existentes nos nés externos no-articulados da barra (Fig. I-1.4, I-1.5 ou 1-24) e aquele devido ao deslocamento ortogonal recfproco de uma extremi- dade da barra em relagdo a outra (Fig. I-1.3 ou I-2.3) ¢ que podem ser tratados como recalques angulares e lineares, respectivamente, de uma viga biengastada ou engastada e rotulada conforme © caso. E pensando nestes tiltimos diagramas que vamos agora estabelecer alguns conceitos, que serdo de importéncia pratica fundamental para o mecanismo operatério do método das deformagdes, que introduziremos no item 4 deste capitulo. 3.1 — Rigidez de uma barra Denominamos rigidez de uma barra num n6 ao valor do momento que, aplicado neste n6, suposto livre para girar, provoca uma rotagao unitéria do mesmo. Examinemos separadamente os casos de uma barra biengastada ¢ de uma barra engastada ¢ rotulada. a) Barra biengastada \ Seja a barra biengastada AB da Fig. oe 1-16.1, cuja rigidez no n6A desejamos — * ——} ® determinar. 1-161 Conforme a definigao, trata-se de de- terminar 0 momento M4 que deve ser ee aplicado em A para produzir arotago ag 5 = 2 indicada na Fig. 1-16.2. Trata-se, entao, da resolugao da viga biengastada 1-162 AB para o recalque angular y=1ind- = =1 cado em 1-163. 4 ++ a B 1-16.3 Fig. 116 Supondo a barra com inéicis consiante J © médulo de elasticidade E, a obtengéo do diagrama de momentos fletores pode ser feita pelo processo de 12 Curso de anélise estrutural Mohr. Sendo 0 aspecto do diagrama de 7 7 momentos fletores o indicado em a 8 ce 1-17.1, e a viga conjugada, carregada 8 com M/EJ a indicada em 1-17.2, im- a pondo a esta altima as condigées es- titicas de equilibrio, temos: 1 Ma ry" Por 2 Mg =0...M4 = 2Mp Mel —<—<—$————— Por Ey =0...1 +367 = “| Le es 2 4Es 2es Daf temos: M4 =~ [pie Es My = 22 sendoodiae ma T grama final 0 indicado em I-17.3 4 ‘Assim, para uma barra biengastada, 1-173 de inércia constante J, sua rigidez num n6 € dada por: Fig. I-17 ~ Caso de J constante, ig. tant Ke 4EI 7 E interessante notar que, como conseqiiéncia da aparigio do momento cual ate Arccaitl igual a“ no bordo que sofreu a rotagio unitéria, apareceu um momento igual 4 metade de seu valor na outra extremidade da barrae de mesmo sentido vetorial que o da rotagdo y = | e do momento que a provocou. Dizemos entio que 0 coeficiente da transmissio ¢ de momentos de um né para outro nd engastado, numa barra de inércia constante, ¢ dado por Mp tag = 4B 2 + 1/2 ne MG Resumindo, para uma barra biengastada, de inércia constante, temos J Rigder'emcun nbs k= 2... (2) T Coeficiente de transmissio de momentos para né engastado: t = + 0,5(1.3) Observagdes: a) Para 0 caso de barras que ndo possuam inércia constante, nao se obtém uma expresso tao simples para rigidez ¢ coeficiente de trans- miso como a do caso de inéreia constante. De qualquer forma, tratar-se-d da resolugao do problema indicado em 1-16.3 (viga biengastada submetida a © método das deformagées 13 recalque angular unitério de um de seus engastes) para a lei de variagdo de inércia que tiver a barra, Este problema tera que ser resolvido previamente para tais barras da estrutura, porque, conforme veremos no item 4 deste capitulo, 0 conhecimento da rigidez e do coeficiente de transmissio ¢ indis- pensive] ao mecanismo operatério do método das deformacées. Em particular, se a lei de variagdo da inéreia for em misula reta ou parabolica (simétrica ou assimétrica), as Tabelas IV 2 VII nos fornecerio, de imediato, os valores da sigidez e dos coeficientes de transmisso para a barra Por ora, estudaremos o caso de barras com inéreia constante ¢ deixaremos as barras com inércia variével para serem estudadas, com detalhes, no item 8 deste capitulo. b) Estabeleceremos, agora, uma convengao de sinais que sera adotada no método das deformagdes — particularmente util no desenvolvimento do mesmo — e que consiste em chamar de positivos aos momentos ¢ rotagdes nos extremos das barras quando os mesmos tiverem o sentido trigonométrico ou anti-horirio, conforme indica a Fig. 1-18, sendo negativos em caso contrario. ® Fig. 1-18 — Convencio de sinais para rotagdo de nds © momentos atuamtes nus extremidades da barra. Notar bem que nio existe nenhuma relagdo entre esta convengao de sinais © a convencdo as vezes adotada na estatica de chamar positivos aos momentos fletores que tracionam suas fibras inferiores € negativos em caso contririo Assim, por exemplo, para o caso da Fig. I-17.3, usando esta convengao, a imposiggo da rotagdo y = +1 em A acarretou o aparecimento de um momento 4ks om Mg = +477 em Ae de moments Mp +2 em p As vantagens de uso desta conveneao de sinais ficardo patentes com 0 correr do desenvolvimento do método. b) Barra engastada e rotulada Analogamente ao caso da barra biengastada, a rigidez em A da barra AB da Fig. 1-19.1 serd igual ao momento fletor que aparecerd nesta secio para a resolugao da viga AB para um recalque angular de apoio em A igual ay= +1, conforme indica a Fig. [-19.2, « Curso de anélise estrutural Para barra com inércia constante J, 0 problema foi resolvido no Exemplo 1-26 do Cap. 1 do Vol. 11 do nosso Curso, obtendo-se o diagrama de momen- tos fletores indicado em I-19.3, a partir do qual podemos dizer que, para um no engastado de uma viga engastada e apoiada, sua rigidez K’ ¢ dada por 36) K 1. ! (1.4) 1-198 119.2 sel £-19,3 — Caso de J constants. T A 8 Fig. 1-19 Para 0 caso de inércia varidvel, valem as mesmas observagdes Feitas para 0 caso da viga biengastada, Observagdes: Definiremos rigidez.relativa (k) de uma barra num né como o quociente de sua rigidez absoluta pelo quadruplo do médulo de elasticidade longitudinal do seu material. Assim, num n6 engastado de uma barra biengastada de inércia constante J, temos: (15) Para um n6 engastado de uma barra engastada e rotulada de inércia constante J, vird: (L6) A razo da introdugao deste conceito (que visa apenas simplificar o traba- Iho numérico de resolugao das estruturas) se fard sentir ao longo das aplica- gdes subseqiientes a apresentac3o do mecanismo operatério do método das deformagoes, © método das deformacées 15 3.2 — Momentos devidos a deslocamentos ortogonais reciprocos a) Barra biengastada Sej ; ica blengatida, * = fe eja obter, para a viga biengastada = oe AB de vao | da Fig, 1-20.1, 0 diagrama _ de momentos fletores despertado por 100 um deslocamento ortogonal reciproco (+p)* de uma extremidade em relagao 4 outra e que se comporta. conforme sabemos, como se fosse uin recalque vertical de apoio p da viga biengastada AB. Partindo desta interpretagao, 0 dia a grama pode ser diretamente obtido empregando-se 0 método das forgas Ma a ‘ov, mesmo, pelo emprego do proces- so de Mohr. Fig 1-20 Uma outra solugao mais elegante para o problema, na qual aproveitaremos ‘0s conceitos de rigidez (K) de um née de coeficiente de transmissio (¢) de momentos de um né para outro (instituidos no t6pico anterior deste item) pode ser obtida a partir do esquema da Fig. I-20.2, pelo qual vemos ser possivel encarar os efeitos do recalque vertical p (Fig. I-20.1) como superpo- sigdo dos efeitos de uma rotagdo yg, = + © de uma rotagio yp = pty 40 oy Partindo dai, teimos o diagrama de momentos fletores indicado na Fig. 1-20.3, cujos valores extremos M4 ¢ Mgsao dados, empregando o principio da superposigao de efeitos (efeitos de v4 ¢ de yg), por Ma = Kava + ta Koep

= -6 mt Fig. 1-33 — Mo Mg = Para barra 3: a9 AX Mc = + = 43S sam Temos, entdo, 0 esquema da Fig. 1-33, a partir do qual, obtemos: By = +6 be S218 = b) Rotagdo A, - yet? Como, conforme vimos na exposiczo do método, no somos obrigados a "7413 dar rotagSes unitérias, trabalharemos ea b com a rigides relativa das barras (isto é, dividiremos a rigidez real por 4) | ¢ multiplicaremos a inércia por 10°, +2 jo para trabalharmos com nimeros mais simples.* Fig. I-34 — it, Assim, girando 0 6 1, teremos: Mad 6 24 8 Para a barra 1: k =4 Para a barra 2: k =3 mets ®Obtidos os vaiores finais de Ay © A para o problema, como arbitramos uma : rotagio igual a & rad para os nés Be C (pois dividimos a rigidez por 4# por 10%), teremos que as rotagées corretas de Be C serdv 103 ap at ‘multiplicamos a inér J eRe wa © c= © método das deformacées 29 Levando em conta que as barras iém inéscia constante e que, portanto, © coeficiente de transmissdo vale +0,5, obtemos o esquema da Fig. 1-34, fa partir do qual podemos eserever: Bu Ban +7 +15 wow ©) Rotagéo A, Adotando os mesmos fatores-escata * que os escolhidos para a rotagdo Ay, temos, girando 0 nd 2: Para a barra 2: J 24 kapeg Para a barra 3: Fig. 1-35 - My Para a barra 4: aye Bi. 2. 6 3 as Vem, entio, conforme indica a Fig. 1-35 3, Cileulo das inedgnitas A, € Az Sabemos que: Ay : -[z Al "fb. Af Ba Bas Bao Dai, obtemos: fe «= [i] *{a}- ate 8 Fh 30 Curso de anélise estrutural 4. Efeitos finais Serdo dados por £ = Ko - 0,62£, - 1.112, obtendo-se os momentos finais nas extremidades das barras indicados na Fig. 1-36, a partir dos quais, conforme indica em detalhe a Fig. 1-37, obtemos as reagdes de apoios ¢ © diagrama de momentos fletores pedidos, representados na Fig. 1-38. Notar que a soma dos momentos em toro de cada nd deve dar zero, pois ndo existe carga-momento aplicada a estrutura (geralmente existira +248 10,23 +14,87 a . ~2,48 4,44 |C Dr © 20-2 avn Ze Fig [-36 — Momentos finais nas exttemiddes das barras HM = Mo - 0,62M, ~ 1.11M, 6 Pt. Tee 2a8 8 b 2 0,028 Fig, 1-37 — Situagio tinal das barras, 14,87 mt 10,23 mt ar 1am At Kx “Al : T T ve fom son tooo: tor rag. 7as 248m Fig. 1-38 — DMF (om mt) ¢ reagdes de apow, © método das deformacées 31 um valor residual ndo-nulo nesta soma, representando 0 erro numérico cometido quando do arredondamento feito na solugio do sistema de equagdes de compatibilidade estatica, Desde que este residuo seja suficiente- mente pequeno, em presenga dos demais valores, nao terd maior expressao). Observacio. As rotagoes verdadeiras (ver nota de rodapé 8) dos nés B e C so dadas por: 4 mG aD = ea, = gerne = -0,78 X 10~*rad ax 4 re = = 1.39 x 10rd Os sinais negativos indicam que as rotagdes corretas so no sentido horirio. Ex. 14 — Obter 0 diagrama de momentos fletores e as reagdes de apoio para a estrutura de inércia constante da Fig. 1-39. Gt/m payee sehr ted F Fig. 1-39 Temos: 1, Sistema principal Tendo a estrutura duas destocab ili dades internas (rotagdes dos nés D e F) © nenhuma deslocabilidade ex- terna, 0 sistema principal € 0 da Fig. 1-40, 32 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Pela Tabela I, temos: Para a barra (1) 6x 4 Ma =-Mp = 5 Para a barra (2) Mp = -Mp = +8 mt = +8 mt A partir do esquema da Fig. I-41, vem: Bro = 0 Br = -8 b) Rotagiio Ay Trabalhando com rigidez relativa ¢ arbitrando J = 60 para todas as barras, vem, para uma rotagdo do n6 1: J_ 60 Barras (1) e @): k yr Barra @): wedxt 1195 7 4P 4 J 60 Barra G): k= = “y = 20 A partir do esquema da Fig. 1-42, vem: Bu = 95,25 Bu = 6 ©) Rotagdo A, Agindo analogamente ao caso da ro- tagdo Ay, obtemos da Fig. 1-43 (le- vando em conta que, no né F, temos, para a barra @) :k a barra @): k’ = By = +6 Baa = +27 Curso de anélise estrutural 8 3/7 +8 TT Fig. I-41 - Mo 1-42 - +122 KL +15 +6 1 Fig. 1-43 — M, O método das deformagbes 33 3. Caloulo das ineégnitas Ar 5525 6|~ fal _ f-0033 tif ~~] 6 27, -8 J ~ | 0,297 4, Efeitos finais A partir da expressfio E = Eo - 0,033E, + 0,297E2, obtemos os momentos finais atuantes nas extremidades das barras, indicados na Fig. 1-44, a partir dos quais obtemos o diagrama de momentos fletores (em mt) da Fig, I-45 Fig. 1-45 — Diagtama de momentos fletores (em mt) A obtengdo das reagdes de apoio, neste caso, nao é tao simples quanto do exemplo anterior, que, por ter todas as barras perpendiculares entre si, nos permitiu obter as reagdes de apoio por uma simples soma de esforgos cortantes, No caso deste exemplo, 0 procedimento mais ficil serd rotular todos os nos da estrutura e aplicar, como cargas, os momentos atuantes nas extremidades das barras e 0 carregimento externo, conforme esté feito na Fig. [-47; com isto obtém-se uma estrutura hipostética com um carrega- mento auto-equilibrado ¢, desta forma, toma-se possivel obter as reagdes de apoio empregando as equagdes da Estitica. Seno vejamos Por My = Por Mp® = 0... 34 Curso de andlise estrutural Por 2X = 0.4 = 0,351 So Por Mp® = 0....0,35X 3+ 4V4-78- -6X4X2+8420 V4 = 1160 Por EMc = 0..116X 844g + +0,35-7,8-6X 8X4~ =0 2 Vg = 268t Por EY = 0... We =6X 8-Vq-Ve= -96 As reages de apoio sd0, entdo, as indicadas na Fig. 1-48, © procedimento empregido neste caso, para obtencdo das reagées de apoio, é inteiramente geral, podendo ser adotado em qualquer outro. vlan sis fm “tee 48 — Rewsdes de apoio Ex. L5 — Obter o diagrama de momentos fletores para a viga de inéreia constante da Fig. I-49. © método das deformagoes B A estrutura da Fig. I-49 pode, retirando-se seu balango, ser encarada de forma indicada na Fig. I-50, a partir da qual obtemos: atm fx 2. Efeitos no sistema principal: a) Carregamento externo Conforme a Tabela I, temos, devido a carga uniformemente distribuida: 2 Ma = -Mg = 1x8 = +12 mt Para barra (2 6 Mg = 4X = +18 mt y 1 carga distr. 1412 12 1418 momento do | i -4 balango t ! ——— Total | +12 -12 1414 36 Curso de andlise estrutural Devido a influéncia do balango, temos um momento em C, de (-8 mt), que transmitiré a extremidade B da barra (2) um momento de (-8) X 0,5 = = -4 mt, Com isto, obtemos o esquema da Fig. 1-52, a partir do qual vem: Bi = 14-12 = b) Rotagao A, Arbitrando J = 24 ¢ trabalhando com rigidez relativa, temos no né B: Para barra (1): k = Para barra 2): k = Obtemos, entdo: 64, = 7 Fig. 1-53 — My 3. Calculo da incdgnita: Temos: A, = 26 2 2% 4. Efeitos finais Como M = Mo- > M,, temos, a partir dos momentos finais indicados na Fig. 1-54, o diagrama de momentos fletores (em mt) da Fig. 1-55. r @ L 4 c +1143 1314 +1314 2 Fig. 1-54 ~ Momentos nas extremidades das bats: M= Mo My © método das deformagées 37 11,43 Fig. 1-83 — DMF (em mt). Observacdo: Note 0 leitor como a presenga de um balango néo introduz nenhuma incdgnita adicional no problema, pois podemos rompé-lo, trans- ferindo suas agdes estiticas para 0 apoio que lhe ¢ adjacente (no caso da Fig. I-49, 0 apoio C). Ex. 16 — Mesmo exercicio anterior se, a0 invés do engaste em A, tivermos um engaste elistico de constante K = 10% mt/rad, conforme indica a Fig, I-56. A viga tem EJ = 0,6 X 10* tm? Fig. 1-56 Neste caso, havera a deslocabilidade interna adicional do né A e teremos, entaa: 1, Sistema principal gp Fig. 1-57 2} of 38 Curso de anélise estrutural 2, Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Os efeitos sero idénticos aos do exemplo anterior e temos, conforme a Fig. 1-58: Bro = 42 a k a Bao = +12 +12 A214 Fig. L58 — My b) Rotagao A, No caso, devido a presenga do engaste elistico, trabalharemos com a rigidez verdadeira das barras, pois, caso contrario, precisariamos também definir rigidez relativa do engaste eldstico (o que. alids, nfo seria diffeil, pois bastaria dividir sua constante do engastamento por 48). Dando uma rotagao A, = 107% rad, temos no no B oO _e 12 we 483 Fig. 1-59 — My 461 X10 _ 4X 06 X10 Para a barra (1): Mf = Set P ei Para a barra (2): ay = EL 1O™ = 3m Temos, entao: Bu = +7 Ba = #2 c) Rotagdo As Dando, também, uma rotagéo A, = 107? rad, temos no no A: Engaste 4ES X 107 7 elastico: M= 10" 10- = 10 mt. Barra @): M= =4mt. A partir daf, levando em conta a Fig. 1-60, temos: Br, = +2 Baa + = Fig. 1460 — My © método das deformacées 39 3. Calculo das inedgnitas Temos: ay __[7 2]7% [2\ _ f-opses 4:f ~[2 14 U2f ~ \-0,85 4, Efeitos finais A partir dos momentos finais nos nés, indicados na Fig. 1-61 (M = Mo ~ = 00425, - 0,85M;), obtemos o diagrama de momentos fletores da Fig. 1-61 — Momentos Fig. 1-62. Observe 0 leitor como a presenga de um engastamento elistico em nada modifica 0 roteiro do método das deformagoes; implica, apenas, uma incégnita a mais (deslocabilidade in- terna) para o problema, Tae inais (em mt), 1387 Fig. 1-62 ~ DMF (em mo) Observacdo: Até 0 presente instante, resolvemos apenas estruturas planas, Exemplificaremos, a seguir, 0 caso de uma grelha, para cuja resolugio precisamos introduzir 0 conceito de rigidez a toredo de uma barra. Definimos tomo rigidez a torgdo, num n6 de uma barra biengastada a torgdo, 0 valor do momento de torgZo que, aplicado neste nd, suposto livre para girar por torgdo, provoque uma rotagdo unitéria do mesmo. Seja determinar a rigides d torgdo em A da barca AB da Fig. 1-63. Aplicando um momento A'7 em A, temos que a + 1+ rotacéo por toredo da barra AB em A seri dada por aj-———r Krdx oy sf kr : 4d CS, A — k Te Para termos gq = 1, Ky deverd valer: #@ (145) Fig. 1-63 40 Curso de anélise estrutural A expressio (1.15), inteiramente geral, define, entdo, a rigidez & torgdo de uma barra biengastada 4 torgdo (qualquer que seja sua lei de variagao da inércia), No caso particular da barra ter inéreia J, constante, a expressio (1.15) se (ransformaré em: Ky = Ge (1.16) Analogamente ao que fizemos no caso de flexdo, convencionaremos um sentido positivo para a rotacdo por torgJo € os momentos torcores que ela provoca. Assim, considerando positivo o sentido de ¢ indicado na Fig. 1-63, temos: Krp=+ e Tg= dx Jr © que nos permite dizer que © coeficiente de transmissdo de momentos torgores de um n6 para outro de uma barra reta, biengastada a torgio, qualquer que seja sua lei de variagio de inércia, é igual a (-1). O sentido » @) para rotagdo por torgdo do né em estudo deve ser, evidentemente, 0 mesmo que o sentido positivo da rotaggo por flexao das barras que chegam ao referido né, 0 Exemplo I-7 esclarecera: Ex. 1.7 — Obter os diagramas de momentos fletores e torgores para a I-64, cujas barras tem, todas, Ef = 5 x 10" tm4 e GJ, = Em se tratando de uma grelha ex- ternamente indeslocavel, o nimero de deslocabilidades € igual ao dobro de nds internos (no caso B e C), pois cada nd possui componentes de rota- ga em tomo dos eixos x e y (supondo a grelha no plano xy). Assim sendo. a grelha da Fig. 1-64 possui quatro deslocabilidades e vem, }_sm—+—5m entao: Fig. 1-64 1. Sistema principal Na Fig. {-65, indicamos 0 sistema principal, obtide colocando-se chapas para impedir todas as componentes possiveis de rotacdo dos nés internos a grelha © método das deformagées a1 Na mesma figura, indicamos também os sentidos que consideraremos positivos para rotagdes e momentos em tomo dos eixos x ¢ y. Fig. 165 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Empregando a Tabela I, obtemos os momentos de engastamento perfeito, indicados vetorialmente na Fig. 1-67, a partir dos quais temos A 2s << 25 ed a Fig. 1-66 — Fo Fig. 1-67 Bro = 0: Bro = 42,5; Bao = -5; Byo = +5. conforme indica a Fig. 1-66. b) Rotago A, Dando uma rotagdo A, = 107 rad a chapa 1, temos no no C: Para a barra 3: m= ABIO, AX SX 10 _ Lay 42 Curso de andlise estrutural Para a barra 2: 7 - Ghd _ 4X 10 T7190 ~*4 Obtendo-se, a partir do esquema da Fig. I-68: Bu = 44; Ba = -4; Ba = 0; Bar = c) Rotagio A, Dando uma rotagdo A, = 107? rad a chapa 2, temos, no nd B: Para a barra 1: 4EI&, 4X 5X10 _ yo 7 3 Para a barra re GA T Fig. 1-69 — By obtendo-se, a partir do esquema da Fig. 1-69 Bia Br = 44; Ba = 0; Bao = 0. a d) Rotacdo A, ry, Para A; = 107? rad, temos no no C: we tar Para a barra 2: e 4EIAy _ 4X 5X10 _ te 10 20 Fig. 1-70 - £3 © método das deformagées 43 Para a barra 3: Gla, _ 4X10 as obtendose, a partir do esquema da Fig. 1-70 Bu = 10 Ky = fe T= 8. Bis = 0; Bas = Bas = e) Rotacio Ay LT - By Analogamente ao caso da rotaglo As, ie obtemos, a partir da Fig. I-71: Bia = 05 Brg = 0; Bay = 10; Bag = 28. 3. Calculo das incégnitas A partir da expresso (1.13), temos: > A 44-4 0 oO] + [0 -0,0052 A -4 44 0 0 254 _ J-0,0572 Af ~~} 0 0 28 10 “5 0,277 As 0 0 10 28 5 -0277 4, Efeitos finais Pelo emprego da expressio (1.11), obtemos os momentos fletores ¢ torgores atuantes nas extremidades das barras, ficando, entdo, resolvido o problema a partir desses valores, representados na Fig. I-72. 223 he us 2m to p+ fon Fig. I-72 ~ Momentos finais nas extremidades das barras E = Bq - 000528; - 0.08722 + 0,277Es - 0,277F (em mt), 44 Curso de anélise estrutural (Os diagramas de momentos fletores e torcores, obtidos da Fig. I-72, esto representados, em mt, nas Figs. 1-73 ¢ 1-74. 3.644 0.108 2a a A 0.208 | ed +0708 Fig. 1-73 — Mem mt) Fig. 74 ~ Them mb 5.2 — Atuagdo de variagdo de temperatura ou recalques de apoios 5.2.1 — Reealque de apoio Seja resolver a estrutura da Fig.1-75.1 para 0 recalque do apoio B indicado. Em se tratando de uma estrutura com duas deslocabilidades internas, 0 sistema principal é 0 da Fig. 1-75.2. Para obtengao dos efeitos no sistema principal, provocados pelo agente solicitante externo (no caso © recaique p), temos que resolvélo para um deslocamento vertical p do engaste B. Devido a este deslocamento, o sistema principal se deformard, ndo aparecendo, entretanto, rotagdes nas extremidades de suas barras, que esto impedidas de girar; assim, os momentos de engastamento perfeito que irdo surgii nas extremidades das barras sero fungGo, apenas, dos desiocamentos ortogonais reciprocos de uma extremidade em relagio & outra’ e podem ser comodamente obtidos por um williot, tragado da , ® | : : Z 1 j © ® ‘ ne es I 1-75.1 Fig. 75 1-75.2 *Ver Fig. I-1. Usando as rotagdes desta figura, como nio existem ¥4, g nem carregamento externo, os momentos nas cxtremidades da barra sfo fungio, apenas, de Ppa © método das deformagies 45 mesma maneira e com as mesmas notagSes como foi apresentado para o célculo de deformagdes em treligas isostéticas, no item 3 do Cap. 1, Vol. I de nosso Curso, Assim, conforme indica a Fig. 1-76, chamando de O 4 origem do williot (que se confundird com a ¢ ¢, j& que estes engastes nao sofreram recalques}, marcando na vertical para baixo, a partir de 0, um segmento igual ap, Oc 8 ‘obiemos b, Tirando por « eb perpen- diculares as barras 1 © 2, respectiva- inente, obtemos d e, finalmente, ti- p rando por d @ ¢ petpendiculares as barras 3 ¢ 4, respectivamente, obtemos ¢, ficando completo o williot. Os des- > @ jocamentos absolutos dos pontos A, B, C, D, E serdo dados, entao, pelos Fig. 1-76 vetores 08, Ob, ..., Gedo williot. Nao estamos, no entanto, interessados em deslocamentos absolutos, mas, sim, em deslocamentos relativos de uma extremidade da barra em relagdo & outra (© que so 05 desiocamentos ortogonais reciprocos) e que podem ser lidos diretamente no williot; sendo, vejamos: Seja, por exemplo, obter o deslocamento ortogonal reciproco para a barra 3, da extremidede £ em relacdo a D. Como Od e G¢ sto 0s deslocamentos absolutos de D e £, 0 deslocamento relativo de Evem relagio a D serd dado por Oe - Od =de. Podemos, entio, dizer que, para uma barra genérica LJ de uma estrutura, 0 deslocamento ortogonal reefproco da extremidade J em relagdo a extremidade J serd dado pelo vetor i do williot correspondente. D + oe ® Pe Bis 1d Fig. 1-77 c 46 Curso de anélise estrutural Assim, voltando a0 exemplo da Fig. I-75, os deslocamentos ortogonais reciprocos provocados pelo recalque p indicado, obtidos do williot da Fig. |-76, esto indicados na Fig. I-77. Conhecidos os deslocamentos ortogonais reciprocos, os efeitos no sistema principal, provocados pelo recalque de apoio, sdo imediatamente obtidos pelo emprego das expressdes (1.7) a (I.9) ficando, com isto, conhecido 0 vetor {Bi}, a partir do qual o problema fica resolvido pelo emprego da expresso {dj} = -[BY" {Bir}. Os exemplos seguintes esclarecem. Ex. 18 — Resolver a estrutura da Fig, 1-39 (Ex. 1.4) para um recalque horizontal, da direita para a esquerda, de 1,5.cm do engaste A, associado a um recalque vertical, de cima para baixo, de 2cm, do mesmo engaste. A estrutura tem rigidez constante, igual a 10° tm*. Sendo o sistema principal o da Fig. I-40, a partir do williot da Fig. 1-78, obtemos os deslocamentos ortogonais reciprocos, que sio: Para a barra 1: ppa = lad| = 2.5 em Para a barra 2: ppp = ldfl = 0 = lefl =0 dé| = Para a barra 5: ppg = |bdl = 3,0 em Para a barra 3: ppg Para a barra 4: Pep = Para a barra 6: ppc = lel = 3,0cm def 1,5cm 0,b,¢ 2em Fig. 1-78 ~ Williot Os momentos de engastamento perfeito provocados por esses desloca- mentos ortogonais reciprocos so: © método das deformagoes 47 6X 108 X 2,5 x 107? Para a barra 1: My = 3 yx 3 Para a barra S: My =! fee wo 220K 0? X 3x 107 Para a barra 6: Mc negativos todas os valores de g, conforme a conve 32a) Bay 20 Pon =D Peg —— <—5F Mp ® Mg Me 7 76 B Fig. 1-79 Assim, os efeitos dos recalques de apoio no sistema principal svio os da Fig. I-80, obtendo-se, entao: {et a 73} Fig. 1-80 ~ My Como os momentos M, e Mz (e, conseqtientemente, a matriz (Bl) j4 so conhecidos do Exemplo 1.4, temos, para o recalque fa sas 6] f-26| _ f+0,481 As", 6 27 of = \-0,107, 8 Curso de andlise estrutural Os efeitos finais serdo dados, entio, por £ = E, + 0,481, - 0,107E, '. ‘obtendo-se, a partir dos momentos finais nas extremidades das bares indicades (em mt) na Fig. I-81.1, 0 diagrama dos momentos fleiores provo- cados pelos recalques, representados na Fig. I-81. 814 1.81.2 — DMF devide 40s recalques (em mo. Fig. Lal 5.2.2 ~ Vatiagao de temperatura Seja resolver a estrutura da Fig. 1-82.1 para a solicitagdo térmice nela indicada, que consiste numa variagio de temperatura f, das fibras externas e numa variagfo f; das fibras intemas em relagio a0 dia de sua execucao. A partir do esquema da Fig. 1-83, que mostra a decomposigo da variagio de temperatura que ocome em duas parcelas — uma apenas com um gadiente térmico Ar = ¢; - ¢, do interior em relagio ao exterior, sem variagdo de temperatura no centro de gravidade, ¢ a outra apen: variagdo uniforme de temperatura f, (igual a variagio de te atuante no centro de grayidade da sego) ao longo de 10de sez zer que a solucio do caso de Fig. 1-82 serd a soma dos casos das Figs. 1-82.2 ¢ 1-823 com uma nperatura podemos 105 efeitos £, © Ey esto indicados nas Figs, I-42 ¢ 1-43 do Exemplo 1.4 deste capitule. © método das deformagdes 49 1-821 oo : fo + a 7 Als ti-te Ar-0 183.1 183.2 - 5 1833 4120 Fig. I-83 a) Efeitos de-At (com ty = 0) No caso da Fig, [-82.2, como ndo ha variagdo de temperatura no centro de gravidade, ndo haverd variagdo no comprimento das barras da estrutura €, para conhecermos os efeitos provocados por esta parcela de solicitagzo no sistema principal (indicado na Fig. I-84), bastaré que conhegamos os momentos de engastamento perfeito em vigas retas biengastadas ou engastadas e apoiadas, submetidas apenas a um gradiente térmico At = tj ~ te. Estes casos podem ser tabelados com c simplicidade para barras com inéreia constante (trata-se de resolugio de vigas hiperestéticas bastante simples para uma variagio de temperatura At = tj ~ fe do interior em relagao a0 exterior), obtendo-se as expresses dos momentos de engastamento per- feito soguintes. Fig. 1-06 50 Curso de anilise estrutural Para 0 caso da Fig. 1-85 (barra bien- h gastada): Ma Me Jolt; ~ \ te Mpegs A). 17) ow + ty, Para o caso da Fig. 1-86 (barra en- gastada e rotulada) Fig. 1-85 My = F, Blatt, -te) (1.18) Ossinais destes momentos obedecem ph 4 convenedo de sinais da Fig. -18 ¢ A os sentidos indicados nas Figs. 1-85 e 1-86 estdo indicados supondo-se Ar > 0 (caso contririo serao, eviden- temente, inversos). Fig. 1-86 Conhecidos os efeitos {6j.4) do agente solicitante externo no sistema principal, o problema esta resolvido, pelo emprego da expressio {4a} = -[61 {Bint b) Efeitos de ty (com At = 0) No caso da Fig. 1-82.3, como ha variagao de temperatura no centro de gravidade das barras, as mesmas tero variagdes de comprimento iguais a Al, = atgi, ea Al; = atgl,; com isto, a posiggo do né C mudari, podendo ser obtida por um williot tragado da mesma maneira como definimos no item 3 do Cap. 1, Vol. Il, do nosso Curso, Para a obtengdo do williot que esta tragado na Fig. I-87 (supondo ty > 0) marcamos, a partir da origem 0 (que coincide, no caso, com os apoios A e B), as variagdes de comprimento Al, € Aly das barras 1 e 2, sendo obtidos os pontos 1 © 2; tirando-se gui por 1 e 2 perpendiculares, respectiva- So 2 2 1 mente as barras | e 2, obtemos c, ficando completo o williot. A andlise Ah fal, do williot nos mostra que a defor- oop magdo de cada barra tem duas compo- nentes: uma axial (que é a variagao de comprimento provocada pela va- Fig. 1-87 riagdo de temperatura), que nao intro- duzird esforgos no sistema principal da Fig. 1-86 (pois a extremidade C das barras nfo esté impedida de se deslocar; apenas est impedida de giur, © método das deformacdes ul devido a presenga da chapa 1) ¢ outra perpendicular a barra, sendo, portanto, um deslocamento ortogonal reeiproco € que provocars 0 aparecimento de momentos de engastamento perfeito, dados pelas expressdes 11,7 a 11.9, conforme o caso (no exemplo da Fig. 182.1, temos pca = 12 € pcg = 2). Conhecidos os deslocamentos ortogonais reeiprocos, obtemos o vetor {Birg}, ficando resolvido o problema pela eapressio {At} = [BI {Big} Observagdo ~ Podemos resolver diretamente © problema conjunto da variagdo de temperatura (Ar + tg) bastando somar os efeitos das 2 parcelas no sistema principal, 0 que nos conduzira ao vetor {Bu} = (Bisel + (Bite) a partir do qual o problema é resolvide pela expressio {ai} = -[B1 {Bi} Este procedimento serd, evidentemente, mais vantajoso, pois faremos as operagdes matriciais de uma iinica vez. Os exemplos seguintes esclarecem. Ex, L9 — Resolver a estrutura da Fig. 1-88 para a variagao de temperatura nla indicada, em relagio a do dia da execugdo. Sabese que possui segio retangular de 0,3 m de altura e que tem EJa = 10-' tm?/°C, para todas as barras. c + Toate 6m Fig. 1-88 t +10°C t= +10°C -20°C +30°C 1.89.1 189.2 1.89.3 Fig. 1-89, 52 Curso de anélise estrutural Sendo a decomposigdo da variagdo de temperatura a indicada na Fig. 1-89, temos: 1, Sistema principal 2. Efeitos no sistema principal a) Variagao de temperatura al. At = tj - te = -40°C, com fy Temos, conforme a expressdo (1.17), ‘os seguintes momentos de engasta- mento perfeito: Para a barra 1 My = ex Blatt; te) . ~ 10°40) _ = SO - am Para a barra 2: Mc = -Mg = -8 mt a2. tg = +30°C, com Ar = 0 Devido a tg = +30°C, as barras so- frerdo alongamentos iguais a bh = atgh = +1800 e Ah = atgl, = +3000 ‘Temos entao, do williot da Fig. 1-93, os seguintes deslocamentos ortogonais reciprocos: Fig. 1-90 0 c 1-8 +8] 8 $8 A 7B Fig. 1-91 — Mae Fig. 1-92 - Mig © método das deformagées 53 Para a barra 1: pq = 1é = -240a (considerandose C a extremidade di- 2c 24001 reita, ela subiu em relagdo a esquerda, ‘© que torna negative o valor do deslo- camento ortogonal reciproco, confor- Al = 180 me a convengdo apresentada em 3.2.a) Para a barra 2: pcg = 22 = 0. Gab Os momentos de engastamento per feito serdo, entao: Fig. 1-93 21 Para a barra 1: M4 = Mc = S8!e . 66-2400) _ 4 4 Pe Pp Para a barra 2: Mp = Mc = 0. Obtemos, entdo, o esquema da Fig. I-92. 4.3. Efeitos totais da variagdo de temperatura Serdo obtidos somando-se os efeitos das Figs. 1-91 ¢ 1-92, chegando-se aos valores indicados na Fig. I-94. Temos, entdo: {B;} = {-4). : 44 b) Rotagdo A, Trabalhando com rigidez relativa ¢ 12 6 arbitrando J = 60, temos: Im 7 di Fig. 1-94 — My = Mar + My Para a barra 1: ky = Para a barra 2: kz = as hb +10 ; ~ A partir do esquema da Fig. 1-95, obtemos By = 16 ae re WT 3. Céleulo de A, Fig. 195 - Temos: {A,} = -[8]' {8;}, obtendo, no caso: Ay =- C4) = 40.25 54 4, Efeitos finais Sendo 05 efeitos finais dados por E = E,, + 0,25E,, temos, a partir dos momentos finais indicados na Fig, 1-97, 0 diagrama de momentos fletores, em mt, da Fig. 1-98. 165 KOS -10,75 13,75 A 8 Fig. 1-97 — M = My + 0.25 Fig. 1-98 — DME (em mn, Ex. 1.10 — Obter o diagrama de momentos fletores para a estrutura da Fig. 1-99, se a mesma for submetida a wm aumento uniforme de tempera- tura de 20°C, E dado: EJa = 10"! tm?/°C, para todas as barras Fig. 1-99 Temos: 1, Sistema principal Em se tratando de uma estrutura com duas deslocabilidades internas (rotagdes dos nds D ¢ ) ¢ externamente indeslocivel, o sistema principal € © da Fig. 1-100. x © Fig. (-100 © método das deformagdes 55 2, Efeitos no sistema principal a) Variagao de temperatura Sendo as variagdes de comprimento das barras Alj = atgh; = +20a/;, temos: Al, = Aly = Aly = +1600; Aly = Ale = +1200; Als = Al = +2000. A partir do williot da Fig.1-101, no qual os pontos foram obtidos na ordem ¢, f, d, a (notar que, como A é um apoio vertical do 19 género, 86 podendo se deslocar portanto, na horizontal, um de seus lugares geométri cos seri uma reta horizontal partindo da origem o), obtemos os seguintes deslocamentos ortogonais reciprocos: Para a barta 1: p4p = 1a = -120q (a extremidade da esquerda desceu em relagdo a da direita) i 642d 527 a Ob. Fig. 1-101 Williot. Para a barra 2: ppg = 2d = 0 Para a barra $: pgp = 5é = 0 +213q Para a barra 6: ppc = 6é = +1600 Para a barra 4: ppy = 4d = 0 Para a barra 7: ppc = 7f = +267@ (Os sinais dos deslocamentos ortogonais reeiprocos so dados obedecendo-se A convengao de se considerar positiva uma descida da extremidade da direita da barra em relago 4 extremidade da esquerda.) Note o leitor que, como o williot foi tragado na ordem e, f, d, a, 0 destocs mento_ortogonal reeiproco da barra 2, (barra DE), por exemplo, ¢ dado por 2d e nao por 2, pois o williot partin de e para de nao de d para (Alias, ndo seria diffeil verificar o engano, caso cometido, pois 2@ € o destoes- mento axial da barra e nunca poderia ser confundido com 0 deslocamento ortogonal recfproce 2d.) Assim, na leitura dos deslocamentos ortogonais rec{procos, deve ser res: peitada a ordem do tragado do will ndlise estrutural 56 Curso de Os momentos de engastamento perfeito sio, entao: 3Elp _ 3EI(-1200) 9 sme Para a barra 1: Mp fF 64 213 Para a barra 3: Mp = 3be eels = = +1,0mt _3BJp 43 X16 Para a barra 6: Mp =p? =" 3z—= +1,33 mt Para a barra 7: Mc = My = 0, pois a barra é bi-rotulada A partir do esquema da Fig. 1-102, temos: -056;--90_ ops 19 oo Bio = ~0,56 g , 2 4 Bag = 42,33 fo o]H.33 a | 0 Fig. 1-102 — My b) Rotagiio A, Trabalhando com rigidez relativa ¢ ar- bitrando J = 24, temos: 1225] 85 “4 ' 2 Para a barra 4: kya tea a Vem, entdo: By, = +9,25 Fig. 1-103 — M1, Bay = 41,5 ©) Rotagao A: Temos: Para a barra 2: 42,25 Pasa a barra 3: Para a barra 6: ke bi Sik, a 4 Para a barra 5:k==75 = 2s Vem: By,=+1,5 B= +1065 104 My © método das deformagies 57 3. Calcul das incégnitas 4,\_ 9,25 15]! J-056 i at at - [ee 10,65 Jaap chien ‘ar _ [0.098 Aaj ~ \-0,233 Os momentos finais nas extremidades das barras so dados por: M=M, + + 0,098M, - 0,233M, ¢ esto indicados (em mt) na Fig. 1-105, a partir da qual foi obtido 0 diagrama de momentos fletores, em mt, da Fig. 1-106. 4. Efeitos finais Fig. (-105 Fig. 1-106 6. APLICAGAO AS ESTRUTURAS COM DESLOCABILIDADES. EXTERNAS A Ginica diferenga das estruturas externamente deslocaveis para as externa- mente indeslocaveis estd no fato de que, para as primeiras, quando impomos as deformagoes A; no sistema principal, nem todas serio rotagdes, pois algumas sero deslocamentos lineares para os quais precisamos conhecer que deslocamentos ortogonais recfprocos aparecerdo neste sistema principal. Este problema sera resolvido pelo tragado de um williot, nos moldes do que foi feito para o estudo de recalques de apoio em estruturas indeslocéveis, (pois, impor um deslocamento ¢ um apoio do 1° género adicionado a estrutu- ra, para tornéla externamente indeslocdvel, € exatamente dar & estrutura do sistema principal um recalque de apoio), nao havendo, entao, qualquer conceito teérico a adicionar. Os exemplos seguintes esclarecerao, Ex. E11 — Obter os diagramas de momentos fletores para 0 quadro da Fig. 1-107 devido a cada um dos seguintes agentes: a) carregamento indicado b) recalque de apoio D de lem, de cima para baixo associado a um recalque horizontal de mesmo valor da esquerda para @ direita. EJ = 2X 10*tm? (para todo 0 quadro) 58 Curso de andlise estrutural 1107 a) Resolugdo para o carregamento extemo 1. Sistema principal © quadro possui uma deslocabilidade interna, que ¢ a rotacio do n6 B e uma deslocabilidade extema, que € 0 deslocamento horizontal de barta BC (ja que necessirio colocar um apoio horizontal em B ou C para tornar estes nds linearmente indeslocaveis). Assim sendo, o sistema principal € 0 da Fig. 1-108. (Nesta figura, indicamos o sentido que consideraremos positivo para forgas ¢ deslocamentos lineares horizontais do n6 B.) 2, Efeitos no sistema principal 2). a) Carregamento externo 0 Aplicando 0 carregamento externo no sistema principal, teremos 0 funciona- mento da barra BC como engastada & apoiada, aparecendo em 8 um momen- to dado pela Tabela 1, por Mg = + UN it 8 = +9 mt © método das deformagées 5g Devido a este funcionamento, aparecerio reagbes verticais em B e C que se transmitirio diretamente aos apoios A ¢ D, conforme indica a Fig. I-110. Nenhuma reagio horizontal ¢ despertada nesta fase Temos, entio: Bu = +9 fro = 0 (nao existe reagio horizontal no apoio 2) b) Rotagao Ay Dando uma rotagfo A, 4 chapa 1. tal que EJ, "= 6 tm? temos o apareci- mento dos seguintes momentos nas barras, em torno do no B: Para a barra 1: 2 ky = A 4X8 og np rh wt Para a barra fosr Fig (1th £) As reagdes de apoio, que serdo despertadas e que estio indicadas na Fig 1-111, foram obtidas a partir dos esquemas da Fig. 1-112. Temos, entao: Au = +7 By = +1 (si 1 positive conforme convengao da Fig. 1-108) Se sam ae J fos pS ry i amt c Fig, L112 "isto conresponde a termos arbitrado um valor nao unitério para Ayo que € pertei= tamente licito, conforme sabemos, Quando formos resolver a estrutura do sistema Principal pura o deslocamento Ay, daremos também um deslocamento y tal que 41D, = EIA, para que, com isto, a matriz. Il seja sunétrica (ver na Obs. 4.1.6, 4 nota © wo pé di pagina), Pola mesma razio, trabalharemos sempre no caso de estruturas deslocaveis com rigidez. absoluta das barras. 60 Curso de andlise estrutura! ¢) Deslocamento A, Dando um deslocamento A, ao apoio 2, tal que EJAq = 6 tm’, teremos o apa- recimento de deslocamentos ortogo- nais reciprocos de igual valor para as barras 1 e 3, permanecendo horizontal a barra 2, conforme indica 0 esquema da Fig. 1-113. Estes valores poderiam ser obtidos, evidentemente, a partir de um williot; apenas nao o fizemos devi- do a grande simplicidade geométrica da estrutura, que nos possibilitou esbogar, diretamente, a elistica nesta fase. Fig. [-113 Teremos os seguintes momentos de engastamento perfeito devido a estes deslocamentos ortogonais. reeiprocos: Para a barra 1: My = Mg = 25/2. 5% 6 _ 41 mt(o sinal & positive 7 porque a extremidade da direita da barra se deslocou de cima para baixo). Para a barra 3: Mc = My = 0, poisa barra é bi-rotulada. Temos, entio, 05 momentos ¢ reagdes de apoio indicados na Fig. 1-114 (as reagdes de apoio obtidas do esquema da Fig. 1-115), a partir dos quais podemos escrever: Ba = +1 fin = 41/3 ie v3 8. ; time H F pt 1st 7 13 A Fig. 114 = Fig. HIS 3, Céleulo das incégnitas me fa cf? ay fo faa © métode das deformagées 61 4, Efeitos finais Da expressio M = My - 2,25.M, + 6,75 Mz, obtemos os momentos finais (em mt) nas extremidades das barras, indicados na Fig. |-116, a partir dos quais temos o diagrama de momentos fletores da Fig. 1-117. 42,25 223 “2.25 42,25 “a 7 2.25 Fig, 1-1 16 = Momentos finas, Fig. 117 —D.MF. (em mo. Observagdes: a) Caso desejemos conhecer os valores reais corretos da rotagdo do no Be do deslocamento horizontal da barra BC, basta multiplicar- 6 mos os valores encontrados pelo fator corretivo 55757, que leva em conta 0 fato de termos arbitrado Ay e A, iguais ay GR. a0 invés de 1. Assim, temos: . -0,675 X 10-* rad (0 sentido correto € 0 horirio) 8 = 2,025 mm (da esquerda para a direita) b) As reagd’s de apoio finais podem ser obtidas ou pelo emprego do prin- cipio da superposigao de efeitos, da expresso F = Eq - 2,25E, + 6,75E> (estando £y, £';, E> representados nas Figs. 1-109, 1-111 ¢ I-114) ow a partir do diagrama final da Fig. 1-117, por procedimento andlogo ao adotado no Exemplo I-3 deste capitulo. b) Resolucao para os recalques de apoio Bastard determinarmos os efeitos dos recalques de apoio no sistema principal, ja que a matriz [ji] esta conhecida do item anterior. Os recalques de apoio acarretam © aparecimento, no sistema principal, dos seguintes desloca- mentos ortogonais reciprocos obtidos do williot da Fig. 1-118: Para a barra 1: pga = ab = 0 Osh Para a barra 2: pcg = be = +1em ‘i Para a barra 3: pcp = de = -lem % Tem Fig. 1-118 62 Curso de anélise estrutural Surgiré momento de engastamento perfeito apenas na barra 2, jd que a barra I tem ppq = 0 e que, para a barra 3, por ser bi-rotulada, nao surgem momentos de engastamento perfeito. Temos, para a barra 2: ; -2 My = 2872 3X20 ox 10" 10" = 16,67 mt Os efeitos do recalque de apoio no sistema principal so, entio, os da Fig. [-119, obtendo-se: pete Dl es ar = fers fare Fig. 1-119 — My Temos, ent, para 9 recalque 1 i; 16 7 -4, 17 1/3 | +12, eo Os momentos finais, obtidos a partir da expresso Af = M, - 4,17M, + + 12,5 Mz, esto indicados na Fig. 1-120; 0 diagrama de momentos letores 6 0 da Fig 1-121. aires v7 Th 47m re F120 rg bt Ex. 1-12 — Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro da Fig. 1-122. © método das deformacées 63 Fig. 1-122 1. Sistema principal Tendo a barra AB inéreia infinita, ficam impedidas as rotagdes dos nos A e B; desta forma, a tinica deslocabilidade interna sera a rotagio do nd C. Externamente, a estrutura tem una deslocabilidade, que € 0 deslocamento horizontal da barra AB. Assim sevdo, o sistema principal € 0 da Fig, 1-123 2 — @ 3@ Fig, 1-123 2, Efeitos no sistema principal a) Carregamento extern Devido ao fato do carregamento exter- no ser constituido por uma Gnica for a, localizada na linha de agio do we apoio 2 do sistema principal, cle se- ri diretamente absorvido neste apoio, nao aparecendo qualquer momento de engastamento perfeito nas barras. Temos entao, arbitrando como positivas reagées do apoio 2 da esquerda para a direita: Fig, 1-124 — Mo Bio = 0 Bro = - 64 b) Rotagio A, Dando uma rotagdo 4, a chapa 1, tal que EJA, = 6 tm?, surgem, no sistema principal, em torno do né C, para as barras 1, 3 © 4 momentos iguais a 4bIa,_ 4X 6 pata SES samt, conforme indica a Fig.1-125. Com isto, temos f,, = +12. Curso de anélise estrutural it CT L +4 [44 met we, Fig. 1-125 — 1, Pira a obtengio de fay, que € 8 reagio horizontal despertada no apoio 2 pela rotagao A, impost sstrutura, € Facil ver, no caso, que ela dependera apenas dos momentos existentes na barra 1, obtendo-se, a partir do esquema da Fig. 1-126: By = tl (Na Fig. 1-125 nao representamos as outras reagdes de apoio, jé que serio desprovidas de significado maior para nds.) ©) Deslocamento A; Dando-se um deslocamento horizontal A; a0 apoio 2 tal que EJA; = 6 tm?, apenas as barras 1 ¢ 2 terio desloca- mentos ortogonais reciprocos iguais a(+A,), conforme indica a Fig. 1-127, surgindo em suas extremidades mo- mentos iguais a M4 = Mc = Mg = aaupie Elo Ma 8X8. 4 np A reagio n0 apoio 2, fungae dos mo- mentos atuantes nas barras 1 € 2 vale- ra 20+) 6 direita, Assim, teremos: Ba = +1 Ga. = +2/3 = 2/3, da esquerda para a ie ee aie YL 2 2/3 al 4 rs] 4“ 4“ 1 lol oO 1-128 — My © método das deformages 65 3. Calcul das incdgnitas Temos: fj} 12 17 fo 3/7 ees {ait - [ 1 P| ie - {at 4. Efeitos finais Fig. 1-129 Fig. [-130 — D.M.F. (em mt), Ex, I-13 — Obter os diagramas solicitantes e as reagdes de apoio pura a viga da Fig. 131, que tem rigidez constante igual a 10°tm?. A mola tem constante k = 0,5 X 10?t/m. 3tim TSE ery A . £ D y k a Fig. (-131 et ret 1. Sistema principal A viga possui uma deslocabilidade interna, que ¢ a rotagdo do no B, uma deslocabilidade externa, que ¢ 0 deslocamento vertical do mesmo no (jd que, devido & presenga da mola, este né se deslocard). Assim sendo, 0 sistema principal é 0 indicado na Fig. 1-132. 66 Curso de anélise estrutural Jao ' Fig. 132 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Superpondo 0s efeitos do caregamento atuante nas barras AB e BC como do carregamento atuante no balango, conforme indicam as Figs. 1-133.1 ¢ 1-133.2, obtemos os momentos de engastamento M, ¢ as reagdes de apoio indicadas na Fig. 1-133.3, a partir das quais temos: Bio = -1 630 = -11,25 (arbitramos como positive o sentido de cima para baixo). coor ce ! z | eacall, fore S-r35: a4 ze : gz 4 “4 i v » 3 + te : 64225 8.25: 1133.1 1133.2 11333 -Mo Fig. 1-133 © método das deformagées 67 b) Rotacdo A, Dando uma rotagdo 4, a chapa 1 do sisioma prncipal tal que BY, = 4 surgirao do n6 B, os momentos Para a barra 1: K, = Sl, aT Para a barra 2: mt ¢) Deslocamento Ay Fig. L034 -an, Dando a0 apoio 2 um deslocainento Ay tal que LSA, = EIA, = +4, obtemos a elistica da Fig. 1-135, que nos mostra ter a barra 1 sofride um deslocamento ortogonal reeiproco py = +A (a extremidade da direita em relagdo a da esquerda) © a barra 2 um deslocamento ortogonal reciproco py =~; (a esquerda desceu em relagao a direita). eseeu 29ar v ‘ Ko! pop « Vue Aspen 2 Lid | wn { ah 0,75t fe 0,19 Fig. 1-135 Fig. 1-136 — My Assim, temos os seguintes momentos de engastamento perfeito: = GEI(+43) _ 6 X 4 G Para a barra 1: My = Mp = Para a barra 2: My = a {pay 3X4 3 AGr Sth sm .75 mt "2 Valor arbitrado apenas para auxiliar os cileulos. No easo. & avonselhavel trabalhar com rigidez absoluta a fim de evitar possiveis erros devidos i omisio do fator (4£) na consideragio da influencia da mola, conforme veremos no item 2.c deste exemplo, bem como para garantir a simetria da mattie | 68 Curso de anilise estrutural Devido aos momentos de engastamento perfeito aparecerdo as reacoes 19 +15 = 0,75¢ (para cima) + 15) + 075 4 = 0,94t (para baixo) 0,75 >= 0,194 (para cima) Ao valor da reago de apoio Vg, temos que somar a forca despertada na mola por Ihe termos imposto um deslocamento A =Are que vale F'= kA = -t. 2t, no sentido do deslocamento imposto (isto é, para baixo). A reagdo final no apoio 2 valerd, pois: V=|Vgl + |F |= 0,94 + 2= 2,94t, para baixo ‘Temos, entio, a partir da Fig. 1-136: Biz = 40,75 Br = 2.94 3. Cileulo das inc6gnitas Ail [7 075]-* fer _ §-0,27 Af ~~ [0,75 294) }-11,25f ~ 1+3,90 4. Efeitos finai A partir da expressdo E = Eo - 0,27E', + 3,90E2, obtemos os momentos finais nos nés (em mt) indicados na Fig. [-138, estando 0 diagrama de momentos fletores correspondente desenhado em 1-139, As reacoes de apoio, obtidas da mesma expressio, esto indicadas na Fig. 1-139. (Poderiam, tam- bem, ter sido obtidas empregando-se o mesmo tipo de procedimento do Exemplo 9,31mt 4931 Fig. 1-138 Fig. 1-139 © método das deformagdes 69 Observagoes: a) O deslocamento vertical da mola sera dado por yp = 4 ET 'b) A reacio na mola B vale, evidentemente, Fg = kyg = 0,5 X 10° X X 15,6 X 10°3 = 7,8t, confirmando o valor da Fig. 1-139. An = 7s X39 = 15,6mm (para baixo) Ex, I-14 — Resolver a grelha da Fig, 1-140, cujas barras tém EJ = 10° tm? Gi, = 1,5 X 10*tm?, 1. Sistema principal A grelha possui trés deslocabilidades: duas internas, que so as componen- tes da rotacdo do n6 B em tomo de dois eixos ortogonais pertencenies ao plano da grelha; e uma extema, que ¢ 0 deslocamento vertical do no B, Assim sendo, o sistema principal ¢ indicado na Fig. I-141, Na mesma figura, indicamos os sentidos que arbitramos como positivos, para rotagGes e momentos em torno dos eixos x e y, bem como para os deslocamentos. Verticais € reagdes verticais do apoio 3. ; 40 ® Or Fig. 1-141 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Nesta fase, a barra 4B funcionara como biengastada, surgindo em Ae em 70 Curso de andlise estrutural 3x4 12 € cujos sentidos se encontram indicados na Fig. 1-142. No apoio 3, apareceré B momentos de engastamento perfeito, de médulo igual a 4mt uma reagiio de apoio igual a 4x3 = 6t. Temos, entio: Fig. 1-142 = Mo, To b) Rotagio A, Dando a chapa | do sistema principal uma rotacdo A, = 4X 107? rad "?, temos 0 aparecimento dos seguintes momentos no n6 B, no sistema principal 4EIA 4x 10° x 4 x 1073 ALi if i 4 1,5 X_10* X 4 X 10°? Para a barra 1: M = = 40mt Para a barra 2: T = = +15 mt Levando em conta que, para a barra 1, Iga =+1/2e, para a barra 2, tg¢ =-1, 7 obtemos 0 esquema da Fig. 1-143, a partir do qual vem: By = 40+ 15 = +55 Bar Gs 15 143-1, 7 8 Valor escolhido arbitrariamente, visande apenas a trabalharmos com nimeros de mesma ordem de grundeza em todo o problema, O método das deformagdes n ¢) Rotagdo A, Impondo a chapa 2 do sistema principal uma rotagio Ay = 4 X 107?rad, temos, por analogia com caso da Fig. I-143, 0 esquema da Fig. 1-144, a partir do qual podemos escrever: B= 0 Br: = 40 + 15 = 55 Bsz = -15 tie. @™ Fig. -144 = Ma. 72 d) Deslocamento Ay Impondo 20 apoio 3 do sistema principal um deslocamento As = = 4X 10°?m, surgirdo, nas extremidades das barras 1 ¢ 2, devido ao desloca- mento ortogonal reciproco A; de uma extremidade em relagio a outra, momentos de engastamento perfeito de médulos GEJA, _ 6 X 10° X 4 X 10 Ff a cujos sentidos estado indicados na Fig, 1-145. 1S mt Obtemos, entio: Fig. 1-145 M3, Ts 72 Curso de anélise estrutural 3, Céleulo das inc6gnitas Temos: fo 55 0 1s]! [-6 ~0,07 Ap=-| 0 55 -15 OF= 4 018 Las 1S -15 15 -6, 064 4. Efeitos finais Da expressio £ = Ey - 0,07£, + 0,18.£, + 0,643, obtemos os momentos finais atuantes nas extremidades das barras, indicados na Fig. 1-146, que nos conduzem aos diagramas de momentos fletores e torgores da Fig. !-147 0,9mt 2,6mt hm Sey i eee B .2mt wi 2,6mt 0,9mt Fig. 1-146 Ligiew 1147.2-T Fig. 1-147 O método das deformagdes 73 7. SIMPLIFICACAO PARA O CASO DE ESTRUTURAS ELASTICA E GEOMETRICAMENTE SIMETRICAS As idéias bisicas para estas simplificagdes j4 foram apresentadas € discuti- das em detalhe no item correspondente do Cap. II, Vol. II de nosso Curso, de modo que tiraremos partido destas conclusdes, ndo voltando a apresentar © assunto.!* Abordaremos, separadamente, os casos de estruturas planas € grelhas. 7.1 — Estruturas planas 7.1.1 — Caso em que o eixo de simetria intercepta um né da estrutura Seja a estrutura da Fig. I-148.1, elastica ¢ geometricamente simétrica, submetida ao carregamento indicado. Empregando 0 artificio do arranjo de cargas, o carregamento pode ser decomposto nas parcelas simétrica ¢ anti-simétrica das Figs. 1-148.2¢ 1-148.3. Pr Pia Pia 1-148.1 1148.2 1148.3 Pig. 148 Analisemos cada um dos dois casos: a) Carregamento simétrico Para o caso da Fig. [-148.2, sabemos que o nd C (interceptado pelo eixo de simetria) nao tera deslocamento horizontal nem rotagao, existindo, apenas seu deslocamento vertical. Assim, a resolugao da parcela simétrica do carrega- mento recairé na resolugdo da estrutura da Fig. 1-149.2, em que o vinculo existente em C impede todas as componentes de deformagio, exceto o deslocamento vertical. Tratase, entao, de uma estrutura com duas deslocabi- Caso, em algum ponto da exposicio, o leitor sinta alguma dificuldade, sugerimos a Ieitura do item 2.5 do Cap. Il, Val. Il, de nosso Curso. ae Curso de enélise estrutural lidades — uma interna, que é a rotagio do nd B ¢ uma extema, que é 0 des- locamento vertical de C (hasta ver que, acrescentando um apoio vertical do 19 género em C, a estrutura ficard indeslocavel, pois os pontos A € C sero engastes € © ponto B estaré ligado por duas barras a estes dois pontos indeslo- caveis, sendo indeslocavel também). Assim sendo, o sistema principal para Tesolucdo pelo método das deformagoes € 0 da Fig. 1-i49.3 (notar que, no sistema principal, 0 né C funciona como engastado). HAC pet UP rica com carregamento si; vida a simetria, para o metodo das defor- métrico. mages, Fig, 1-149 Observagdo: Note o leitor que, no caso da parcela simétrica do carrega- mento, seria indiferente resolver a estrutura simplificada da Fig. 1-149.2 pelo método das forgas ou das deformagses, pois que cla é duas vezes hiperestética e tem duas deslocabilidudes, isto 6, em qualquer dos dois iné- todos terfamos duas inedgnitas a determinar b) Carregamento anti-simétrico Para o caso da Fig. 1-148.3, sabemos que no nd C’ s6 ndo possuird deslocamento vertical; assim, a resolugdo da parcela anti-simétrica do carregamento recaird na resolugao da estrutura da Fig, I-150.2, que possui duas deslocabilidades — uma interna (rotago do né B) e uma externa (deslocamento horizontal de C, ja que, adicionando-se-Ihe um apoio hori- zontal do 1 genero, entéo ela ficard indeslocdvel), sendo portanto, dado pela Fig. 1-150.3 © seu sistema principal para resolugo pelo método das deformagoes. “| < tn Ir c wo pe 4 et Dlr 1150.1 1150.2 1150.3 Ustrutura simétrica com car Simplificagdo devida a anti- Sistema principal para 0 egamento anti-simétrico, método das deformagdes. Fig. 1-150 © método das deformagdes 75 Observagdo: No caso, a resolugio da parcela anti-simétrica seria mais vantajosa se feita pelo método das foreas pois a estrutura da Fig. -150.2 € uma s6 vez hiperestitica (uma imcdgnita, pelo método das forgas), 20 passo que tem duas deslocabilidades (duas incégnitas pelo método das deformagées). 7.1.2 ~ Caso em que o eixo de simetria intercepta completamente uma barra da estrutura Seja a estrutura, elistica ¢ geometricamente simétrica, da Fig. 1-151.1 submetida ao carregamento indicado, Empregando o artificio do arranjo de cargas, 0 carregamento pode ser decomposto nas parcelas simétrica e anti-simétricas das Figs. I-151.2 ¢ I-151.4 que, conforme vimos no Vol. Il do nosso Curso, podem ser resol- vidas a partir dos esquemas das Figs. I-151.3 ¢ I-151.5 mF e 11812 — Pace simétrcs do 1513 ~ Esnututa 2 rsoer eargiento pats ind fo cartepumen SLA — Paco amtsimete HSL — Fsteuturas sober do catreparento pats parcels ai fimstice dearer *SNesta simplificagdo para o carregamento simétrico, estamos desprezando u defor- ‘magio da barra central devida ao esforgo normal. No caso de querermos levi-la em conta, agiriamos conforme indicado no item 9 deste capitulo, 76 Curso de andlise estrutural Observagio: Notar que, na resolugdo da parcela simétrica do carrega- mento, teremos uma (inica incdgnita pelo método das deformagdes (rotagao do né B)e que, na resolugdo da parcela anti-simétrica, terermos trés incdgnitas, pois a estrutura possui duas deslocabilidades internas e uma externa (rota- gdes dos nds B e Ce deslocamento horizontal de B '*}. Assim, para a resolugdo da parte simétrica do carregamento, 0 emprego do método das deformagoes é de todo vantajoso (pois a mesma é trés vezes hiperestética), 20 passo que, para a parcela anti-simétrica, no caso, seria indiferente 0 emprego de qualquer um dos dois métodos hiperestaticos, pois a estrutura da Fig. I-151.5 é também trés vezes hiperestatica. 7.1.3 ~ Caso em que 0 eixo de simetria intercepta uma tnica segio de uma barra Seja resolver o quadro elastico ¢ geometricamente simétrico da Fig. 1-152.1. Decompondo o carregamento atuante em suas parcelas simétrica e anti- simétrica, teremos a resolver os casos das Figs. 1-152.2 e 1-152.3, que analisaremos separadamente: , toe mf | ‘Jo jo- J is ° ¢ b 1152.3 ~Carrsamento ste simétnice Fig. 1-152 a) Carregamento simétrico pie Pre AD Na i 2 A B Cc D -153.1 Peis 1183.2 ou c O método das deformagies 7 Para a parcela simétrica do carregamento, indicada na Fig. 1-153.1, temos a resolver uma estrutura com duas deslocabilidades internas (rotagdes dos nos A ¢ B) ¢ uma deslocabilidade externa (deslocamento horizontal da barra AB); entretanto, devido a simetria existente, sabemos que a barra AB ndo possuird deslocamento horizontal (de modo que a deslocabilidade externa no se manifestard) e sabemos, também, que as rotagdes dos nds A eB serio simétricas, de modo que se constituirfo numa mesma incégnita Desta forma, o sistema principal para resolugao da estrutura pelo método das deformagées 6 o indicado na Fig. I-153.2, havendo entio uma ‘nica incégnita (A, ) a determinar, no caso. Dentro da sistematica do método das deformagdes quando formos impor a rotagdo 4, unitéria ao sistema principal, teremos a resolver 0 caso indicado nna Fig. 1-153.3, ou seja, uma viga biengastada submetida a recalques angulares unitirios simétricos, em suas extremidades. fase eet ot st % % q 2 Tika aKa eae Ke |/ 1 ry fo = as (st fy - ag} —_tye a a a 1-153.3 1-153.4 1153.5 1153.6 Fig. 1-153 Empregando 0 principio da superposigao de efeitos, conforme indicado nas Figs. 1-153.3 a 1-153.6, obtemos, a partir dos conceitos de rigidez coeficiente de transmissio: IMql = Ka - teaKe \Mgl = Kp- tapKa Como a barra € elasticamente simétrica (K4 =Ky € £4 = ta), podemos escrever que: IMgl = IMgl = Ka -tpaKg = Ka - tapKa = Ka(1-t) = Kp(l-0. (Os sentidos dos momentos M4 e Mg sfo, evidentemente, os mesmos das rotagdes A, impostas.) Como demos rotagées unitdrias simétricas as extremidades da barra 4B, denominaremos 20s momentos M4 e Mp de rigidez de simetria da barra AB (por analogia com as condig6es de definigao de rigidez de uma barra num n6). Assim, definiremos rigidez de simetria k de uma barra biengastada, elasticamente simétrica, aos momentos (simétricos) que devemos aplicar em suas extremidades para que as mesmas tenham rotagdes unitérias (simétricas). 78 Curso de andlise estrutural Assim: Ky=KQ-" (19) No caso particular da barra possuir inércia constante J, temos, levando em conta (1.2) ¢ (1.3): (1.20) Analogamente ao que fizemos anteriormente, definiremos aqui 0 conceito de rigidez relativa da simetria ks, que sera dada pela relacao: Ks ; k= GE (121) No caso particular da barra possuir inércia J constante, ficaremos com Lo Vi 5 kee XT (1.22) Com a introdugao do conceito de rigidez de simetria dé uma barra, a resolugdo do caso da Fig. 1-153.1 serd imediata e poderemos trabalhar com apenas metade da estrutura no estudo dos efeitos no sistema principal, ja que stbemos que os valores dos momentos atuantes serdo simétricos em relagdo ao eixo de simetria da estrutura (pela convengao de sinais que adotamos para momentos de engastamento perfeito, no caso de simetria, os momentos simétricos terdo sinais opostos). A Fig. 1-154 indica os efeitos, no sistema principal, provocados pelo carregamento externo yy 62" ext eng. pert ae 1;}-— ol 6 + KA 4 0 ® ohm MACKA ato 1154.1 = My 1is4.2 - Fig. -154 (ig. 1-154.1) e pelas rotagdes simétricas A, = 1 (Fig. 1-154.2 — supusemos positivo o sentido da rotagao unitaria imposta ao n6 A), a partir dos quais torna-se imediata a formulagdo das equagdes de compatibilidade estatica que resolvem © problema (no caso, teremos uma s6 equagdo). O Exemplo 1.16 esclareceri. "Expresso vilida, qualquer que seja a lei de variagdo (simétrica) de inércia da barra © método das deformacées 79 b) Carregamento anti-simétrico Pi2 Pr a 4, A 2 2 1155.1 1155.2 Fig. 1-155 No caso da parcela anti-simétrica do carregamento, como a deslocabilidade linear da barra AB iré se manifestar e levando em conta, ainda, que as rotagdes dos nés A e B serdo anti-simétricas, obtemos o sistema principal da Fig. 1-155.2, havendo, entdo, no caso, duas incdgnitas a determinar (No caso do apoio horizontal que seria necessério adicionar & estrutura para impedir a deslocabilidade linear da barra AB, preferimos subdividilo em dois apoios, um em cada extremidade da barra, a fim de que Ay também seja anti-simétrico e que, desta forma, seja também explorada a anti-simetria existente.) Dentro da sistematica do método das deformagdes, quando formos impor a rotagdo A, unitéria ao sistema principal, teremos a resolver o problema da Fig. 1-156.1, ou seja, uma viga biengustada submetida a recalques angulares unitirios, anti-simétricos, em suas extremidades. 1-156.1 1-156.2 1-156.3 1156.4 Fig. 1-156 Empregando 0 princfpio da superposig#o de efeitos, conforme indicado na Fig.1-156 ¢ levando em conta que devido a simetria clistica da barra temos: Ka Ma Kp ¢ tap = tga =t, vem: Mp = Kal. +0) = Kg(1 +i) 80 Curso de andlise estrutural Analogamente a0 que fizemos no caso de simetria, definiremos rigidez de anti-simetria K, de uma barra biengastada, elasticamente simétrica, aos momentos (anti-simétricos) que devemos aplicar em suas extremidades para que as mesmas tenham rotagdes unitirias (anti-simétricas) Assim: Ky = K+) (1.23) No caso particular da barra possuir inércia constante J, temos, levando em conta (1.2) e (1.3): K,= (1.24) Também aqui definiremos rigidez relativa de anti-simetria kg, o que faremos da mesma forma utilizada para os outros casos, obtendo Ka ky = GE (1.28) No caso particular da barra possuir inércia constante J, ficaremos com Bese 2 kee XG (1.26) Com a introdug#o do conceito da rigidez de anti-simetria de uma barra, a resolugao do caso da Fig, 1-155,1 ser imediata, sendo possivel (analoga- mente ao caso do carregamento simétrico) trabalhar com apenas metade da estrutura para o estudo dos efeitos no sistema principal (ja que sabemos que 0s mesmos sdo anti-simétricos). A Fig. I-157 indica os efeitos no sistema principal, provocados pelo carregamento externo e pelas deformagoes anti- simétricas unitdrias A, e Az, a partir dos quais podemos facilmente formular as equagdes de compatibilidade estitica que resolverdo 0 problema. 157.1 Mo —‘1-157.2 — My Eis7s =i, © Fig. 1-157 "Expresso valida para qualquer lei de variagdo (simétrica) de inércia da barra, "SE feitos My obtidos levando em conta as expresses (1.7), (1.8) e (1-14) LE © método das deformagées 81 © Exemplo 1.21 esclarecerd Observagdo: Notar que, no caso da estrutura da Fig. 1-152.1, a resolugao da parcela simétrica do carregamento apresenta uma tinica incdgnita e a da parcela anti-simétrica do carregamento apresenta duas incdgnitas, pelo método das deformagGes. Comparemos com 0 niimero de incégnitas, caso fossemos resolver © mesmo problema empregando o método das forgas. As parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento teriam os sistemas principais ¢ hiperestaticos indicados nas Figs.1-158.1 ¢1-158.2, respectivamente, e que mostram ser, no caso, mais vantajoso resolver a parte simétrica do carrega- mento pelo método das deformagoes e a parte anti-simétrica pelo método das forgas. Este tipo de anilise deve ser sempre feito, no sentido de minimizar © trabalho de resolugdo da estrutura; muitas vezes, conduz a resolugdo de uma parcela do carregamento por um método hiperestatico e, da outra parcela, pelo outro (dizemos, quando tal ocorre, que estamos resolvendo a estrutura pelo método misto). x * oo x f “ X © 1-158.1 — Hiperestiticos para 1-158.2 ~ Hiporestiticos para earregamento simé- ccarregamentoanti-si- trio, métrico, Ex. L1S — Obter o diagrama de momentos fletores, as reagées de apoio © © diagrama de esforcos normais para o quadro simétrico, solicitado simetricamente, da Fig. 1-159. Sr ae 2c J 82 Curso de andlise estrutural 1. Sistema principal Como, devido a simetria existente, as deslocabilidades lineares das duas barras horizontais no se manifestam e como, ainda, a presenga da barra vertieal LHC impede © deslocamento vertical dos nés L e H (desprezado © trabalho desta barra ao esforgo normal), a estrutura a resolver é a da Fig. 1-160.1, cujo sistema principal esta indicado em I-160.2. ” K 2 ete By L ie 2 F ese eG 6 : z Jo de A 8 A 8 1-160.1 ~ Estrutura a resolver 1-160.2 ~ Sistema principal Fig. 1-160 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo +6 6 Os momentos de engastamento per- 2 feito valem: 2 Na barra FG: fo 0 2 ———} Mp ore =+9mt Na barra KL: ot oe 2% 6 Oo rene obtendose, a partir da Fig. 1-161: Fig. L161 ~ Mo Bio = +9, By = +6 *Notar que, se fOssemos resolver a estrutura da Fig. 1-160.2 pelo método das fosgus, 0 miimero de incdgnitas seria 6, 0 que 0 tornaria contra ndicado, no caso, © método das deformagées b) Rotacao A, Trabalhando com rigidez relativa e ar bitrando Je = 24, temos, devido a rotagio A, imposta a0 né F, os se- guintes momentos em torno deste nd: Na barra FG: 3, @xX%*) 45 6 =6 mt 24 4 A partir da Fig. 1-162, obtemos Bu = +12 Bay = 0 Na barra AF: k = 6mt c) Rotagdo A» Devido 2 rotagdo Az, temos os se- guintes momentos em torno do nd K: Na barra KG: wD Bae Na barra KL: k = A Fig. 1-163 nos fornece: Ba = 0 Bag = +12,5 3. Cilculo das incégnitas A a 4. Efeitos finais 83 +8 +4 4,5 [ewes] {+ 6 0,75 0,48, } Fig. 1-163 — Ma Da expresso E = Ey - 0,75E, - 0,48, obtemos os momentos finais (em mt) nas extremidades das barras, indicados na Fig. 1-164, a partir dos quais podemos montar 0 esquema da Fig. 1-165, que nos conduz aos diagramas de momentos fletores, de esforgos normais e as reagdes de apoio dados nas Figs. 1-166 ¢ 1-167. 84 Curso de andlise estrutural Fig. I-164 — Momentos finais. Osan K 2.16 mt 0.541 5,680 - ar ar ee fe fog 0-280 5 ‘ F Pe es |» 2:18. 54 fie 191 Fi 1G 1.69 1,69-0,54-1,151 115t cer ipsam ys 4a 5.08 + 5.26 = 10,93 165 — Anilise do comportamento de cada barra da estrutura 408 166 DMF (em mt) ¢ reagdes de apoio, © método das deformagées 85 ase _ -1.69 is is -1,89 8 3) 3 a 8 $ $ : 2 = = ad Fig. 1-167 ~ DEN (em 1), Ex.L16 — Ofter o diagrama de momentos fletores para o quadro simétrico da Fig. 1-168, cujas barras tém, todas, a mesma inércia A B + 6m ; ae Fig. 168 6m 5 + 1, Sistema principal Levando em conta a simetria do carregamento, sabemos que as desloca- bilidades lineares das barras horizontais no se irfo manifestar e que podemos trabalhar com metade da estrutura, A tendo 0 nd D 0 comportamento de = um engaste e, para a barra AB, deven- do ser usado 0 coneeito de rigidez de simetria definido neste item Assim sendo, o sistema principal € 0 da Fig. 1-169. Fig. 1-169 2. Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo Os momentos de engastamento per- feito valem: Para a barra AB: Para a barra CD: gq? _ 2x6? Ne iD > 12 Mp = ‘Temos, a partir do esquema da Fig. 1-170: Bio = +6, Bry = +12 b) Rotagao A, Arbitrando J = 24 e trabalhando com rigidez relativa, temos 0 aparecimento nas barras CA, CF e CD de momentos em torno do né C, devidos rotago A,, com valor: J k T= A partir da Fig. 1-171, temos: Bu = 12 Bay = +2 ©) Rotagao Ay Ainda trabalhando com rigidez relativa, teremos, devido & rotago Az, os se- guintes momentos em torno do n6 A: Na barra AB: LJ bya Ze Curso de andlise estrutural 42 ee Fig. 1-170 - Mo PER tab tae Fig. 1-171 — fy Fig. 1-172 — Mp © método das deformagoes 87 Na barra AC: Temos: 8, = +2 J m4 Baa S45 ee Sse eee 3. Céleulo das incognitas Ail _ 12 2)7 6\ _ J-0,107 af ~[2 5 12f ~ |-2,360 4, Efeitos finais A partir dos momentos finais nas extremidades das barras (M = My - - 0,107M, - 236M) indicados na Fig.1-173 (em mt), obtivemos o diagrama de momentos fletores da Fig, I-174, -9,6477 “6.14 0.43 0.216 7m. - ots 0216 Fig. 1-173 — Momentos finais (em mt). Fig. L174 — DME (em mo. Ex. L17 — Obter o diagrama de momentos fletores para 0 quadro fechado de inércia constante da Fig. 1-175, submetido ao carregamento auto-equili- brado indicado, fs Fig. 1-175 1, Sistema principal Explorando a dupla simetria existente (na qual cada eixo de simetria intercepta as barras numa seo, em se tratando, portanto, do caso estudado no item 7.1.3 deste capitulo), podemos resolver apenas 1/4 da estrutura, sendo o sistema principal, ento, o da Fig. 1-176. ny 2, Efeitos no sistema principal a) Carregamento externo a — ‘Temos os seguintes momentos de en- as gastamento perfeito: Barra AB: Lia Lx & at ne =43 Mas 12 mh Fig. 1-177 - Mo My = -1,33 mt ‘A partir do esquema da Fig. 1-177, temos: Bip = +1,67 b) Rotacdo Ay Devido & rotagdo Ay, temos os se alm guintes momentos em torno do né A, = trabalhando com rigidez relativa © ar- bitrando J = 24: Na barra AB ' = 2mt Fig. 178 = My © método das deformagdes 89 Temos, entdo: By, = +5 3. Céloulo da incognita Temos: 1,67 + 5A, 4. Efeitos finais A Fig.1-179 indica os momentos finais atuantes, a partir dos quais obtivemos o diagrama de momentos fletores da Fig. I-180. 33 2,33 2,33 42,33 -2,33] 238 233 233 Fig. 1-179 — M = Mg ~ 0,33M, 80 — DMF (em my, Ex. L18 — Obter o diagrama de momentas fletores e as reagdes de apoio pata 0 quadro elasticamente simétrico da Fig. 1-181, submetido ao carrega- mento indicado, elo we + Fs ix pe Fig. 1-181 Fs 3 a els Sho rh 7 90 Curso de andlise estrutural Decompondo, conforme indica a Fig. 1-182, o carregamento atuante em suas parcelas simétrica e anti-simétrica, notamos que a parcela simétrica (Fig. |-182.2) nfo contribuiré para o trabalho a flexao da estrutura, pois provocard apenas o aparecimento de um esforgo normal de compressao igual a P na barra DEF2! Resta-nos resolver, pois. 0 caso da Fig. 1-182.3 (estrutura simétrica com carregamento anti-simétrico, em que o eixo de simetria se confunde com uma das barras) que recaird, conforme abordamos no item 7.1.2 deste capitulo, na resolugdo da estrutura da Fig. I-183.1. 82.3 Carr. anti-simétrico Fig, 1-182 Como, ainda, a estrutura da Fig. 1-183.1,¢ simétrica, decompondo seu carregamento nas parcelas simétrica e anti-simétrica obtemos 0s casos das Figs. [-183.2 (onde aparecerdo apenas esforgos normais na barra DE) ¢ 1-183.3 (em que temos a resolver um quadro simétrico com carregamento anti-simétrico) 2" Desprezando-se a deformacdo da estrutura devida a este esforgo normal, © método das deformagdes 1 -. 0 gt 2 J ee 1-183. PI o EPR ate -— 1183.2 1183.3 -183 Finalmente, 0 caso da Fig. I-183.3, lembrando que na sego média da barra DE s6 existiré esforgo cortante, se simplificara para a resolugao da estrutura da Fig. 1-184.2, que é isostatica. Pra. P/2, Pr pee 2, re t h * ' iz | th —! a oe he al P List 1-184.2 Fig. 1-184 Da Fig. I-184.2, podemos obter imediatamente o diagrama de momentos fletores e as reages de apoio pedidas, indicados na Fig. 1-185, Curso de andlise estrutural Fig. 1-185 Ex. 1.19 — Obter o diagrama de momentos fletores para o quadro simétrico da Fig. 1-186, cujas barras tém as inéreias indicadas na figura (em m*). 2m Sa 12m + Fig, 1-186 1, Sistema principal Devido a simetria existente, ndo se manifestard a deslocabilidade horizontal da barra DEF, com 0 que podemos afirmar que os nés D, £ e F sio indes- locéveis linearmente. isto acarreta, entdo, a indeslocabilidade linear do no G (por estar ligado a dois pontos indeslocaveis D ¢ F) e, desta forma, a estrutura a resolver se simplifica para a da Fig. 1-187, cujo sistema principal esta indicado em 1-188, © método das deformagoes Fig. 1-187 — Estrutura a resolver, 2. Efeito no sistema principal a) Carregamento externo Devido ao carregamento externo temos, no sistema principal: Mp = Temos, entio, da Fig. 1-189: By = +12 b) Rotagio Ay Trabalhando com rigidez relativa € multiplicando as inércias por 10°, a fim de facilitar os céleulos, temos em torno do nd D, os seguintes momentos devidos A rotagio Ay: Na barra DG: = 2mt Na barra DE: J _ 24 key =p = 2mt Fig. 1-188 — Sistema princip: Fg 89 — s +2. —— = 7 —- Fig. 1-190 ~ My =1mt aloo Da Fig. 1-190, vem By, = +5 94 Curso de andlise estrutural 3. Céleulo da incdgnita Temos: 12 + 5A, = Ay =-24 4. Efeitos finais Os momentos finais M = Mo - 2,4M, esto indicados na Fig. 1-191 (em mt), a partir do qual obtivemos o diagrama final, em mt, da Fig. 1-192. Fig. -191 Fig. 1-192 O método das deformagées 95 Ex. 1-20 — Obter os diagramas de momentos fletores para 0 quadro da Fig. 1-193, cujo material tem E = = 2X 10°t/m? provocados por: a) aumento uniforme de 30°C b) recalque do apoio B de lem, de cima para baixo. E dado o coeficiente de dilatagio li. near a do material: a = 10°5/°C a) Aumento de 30°C Fig. 1-193 1, Sistema principal Devido a simetria existente, a estrutura a resolver é a da Fig. I-194, cujo sistema principal é 0 da Fig. 1-195. 7. Fig. 1-195, p> 2. Efeitos no sistema principal a) Aumento de temperatura Devido ao aumento de temperatura, as barras aumentardo seus comprimen tos dos valores seguintes: Barra 1: Al, = ash, = 1075 X 30 X 4 = 1.2mm Barra 2: Al, = aA;h = 10° X 30 X 10 = Batra BE: Alpg = ad;BE = 10-$ X 30 X 10 = 3mm Para o tragado do williot, devemos ter em mente este tiltimo resultado, ‘ou seja, que o ponto £ subiré 3 mm. Desta forma, fica determinado o williot 1 da Fig. [-196, do qual obtemos os des- 2d oa locamentos ortogonais reciprocos das extremidades das barras 1 © 2, dados por: Fig. 1-196 ~ Williot ~ Escala 1:0,1. e 96 Curso de anflise estrutural pa = 1g =~2,4mm Pog = 2d=0 Os momentos de engastamento perfeito provocados sao: 3% (-2,4X 107? Para a barra 1:Mg = Mp = Efe 6% 2X 10°X Sx 10 X (-2.4 X 1079) =-9mt Para a barra 2:Mp = Mg = 0 A partir do esquema da Fig. I-197, temos Bir = -9 b) Rotago A, Trabalhando com rigidez relativa ¢ multiplicando as inércias por 10°, te- mos em tomo do n6 D, devido rota- G0 41, 0s seguintes momentos: Fig. 1197 - My Para a barra 1: k =4 = 1,25 mt AR pad’ 20 Para a barra 2: k == 75=2mt Da Fig. 1-198, vem fy, = 3,25 ae 3. Calcul da ineégnita a, 900 10,625 temos; A, = - Sit = 2:00 _ 9 76 7 Bu 3,25 Mei it, 4, Efeitos finais devidos a temperatura Da expressio M = M; + 2,76 M,, obtemos os momentos finais nas extremi- dades das barras (em mt) dados na Fig. 1-199, a partir dos quais temos o diagrama de momentos fletores (em mt) da Fig. [-200. 42,76 8 2,76 92,76 4552 552) 5.52 552 121 "7,27 7,27 Fig. 1-199 Fig. 1-200 — (DMP) temperatura, © método das deformagées 97 b) Recalque vertical de apoio em B 1. Efeitos no sistema principal Como continuamos a ter, neste caso, uma situagdo de simetria o sistema principal ainda é 0 da Fig. 1-195, e basta entao estudarmos os efeitos do recalque de apoio no sistema principal. Para tal, tragamos 0 williot da Fig. 1-201, obtido lembrando-se que o n6 teré um deslocamento vertical igual ao recalque vertical de @ (1 cm de cima para baixo). Obtemos, deste williot, os deslocamentos ortogonais reciprocos, dados por Ppa = ad = -0,75cm \ Por = ed = +1,25 em 0,2 Fig. 1-201 — Williot (Ese: 1 :1). Os momentos de engastamento perfeito provocados sfo: 6 3 (0 2 Para a barra 1:M4 =Mp = SE2 SX 2X10 at 1079(-0,75 x 1072) _ =-28,1 6 Paraben di Mp Meso ie Da Fig. 1-202, simbotizando os efeitos +308 do recalque de apoio no sistema prin- +30 cipal, vem By = 419 A 28,1 Fig. 1-202 M, 28, wn 2. Céleulo da incdgnita © novo valor da incégnita A, serd, entao, A os finais Os momentos finais, obtidos da expressio M = M, - 0,585M,, esto indicados na Fig. 1-203, da qual se obtém o diagrama de momentos fletores (em mt) da Fig. 1-204 98 Curso de andlise estrutural 29.41 129,83 asa oa 233 2083 -28.46| 77 78 46 > 78,4677 Fig. 1-203 Fig. 1-204 — (DMP) ecalque. Ex.1-21 ~ Para a estrutura elistica e geometricamente simétrica da Fig. 1-205, pedem-se. a) Decompor o carregamento em suas parcelas simétrica e anti-simétrica; b) Mostrar como ficam, respectivamente, as matrizes de flexibilidade e de rigidez da estrutura, considerando os carregamentos parciais do item a € supondo que se vA resolver a estrutura pelo método das forgas e das deformagées, respectivamente; ¢) Resolver a estrutura para as parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento, empregando em cada caso 0 método hiperestatico, que requerer a determinagéo de um menor niimero de incégnitas; d) Desenhar © diagrama de momentos fletores final.2? 2m + Fig. 1-205 € DE ~~ bm 6m a) A decomposi¢o do carregamento em suas parcelas simétrica ¢ anti-si- métrica ¢ imediata e esté indicada na Fig, 1-206, 20 enunciado deste problema nada mais € do que o roteiro que se deve empregar na resolugdo de uma estrutura elistica e geometricamente simétrica © método das deformagées 99 Lt] 1-206.1 — Carregamento atuante. 1m yim tim tein [ y | 1-206.2 ~ Parecla simétrica, Fig. 1-206 b) Supondo que fossemos resolver a estrutura pelo método das forgas, os hiperestaticos para as parcelas simétrica e anti-simétrica do carregamento seriam, respectivamente, os indicados nas Figs. 1-207.1 ¢ 1-207.2, conduzindo a uma matriz de flexibilidade [5] da forma: 1207.1 4207.2 Fig. 1-207 (Observagdo: Notar que a barra bi-rotulada AB, por estar descarregada, trabalhard exclusivamente ao esforgo normal, simbolizado pelo hiperestatico X, da Fig. 1-207.1,) Para a resolugao pelo método das deformagdes, os sistemas principais € incégnitas para as parcelas simétrica ¢ anti-simétrica do carregamento so os indicados nas Figs. 1-208.1 ¢ 1-208.2, respectivamente, conduzindo a uma matriz de rigidez [8] da forma: 100 ———= 2 K, yee ap[4 2. vn we 1208.1 1-208.2 Pig. 1-208 Curso de andlise estrutural Da anélise feita neste item 6, concluimos da conveniéneia de resolver a parcela simétrica do carregamento (Fig. !-206.2) pelo método das deforma- goes © a parcela anti-simétrica (Fig. em cada caso, teremos apenas uma 1-206.3) pelo método das forgas, pois, incégnita a determinar. ©) Resolugao da estrutura para as parcelas simétrica ¢ anti-simétrica do carregamento: c.1) Parcela simétrica do carregamento (Fig. 1-206.2). Resolvendo pelo mmétodo das deformagdes, temos: 1. Sistema principal Dado na Fig. I-208.1. Efeitos no sistema principal 2.1 Carregamento externo ——F 445 +6 +3] a. Fig. 1-209 Mo So os seguintes os momentos de en- ‘el gastamento perfeito: 1X 6? Batra AC: Mg = +79 = 44,5 mt Barra CD: Mc 4. +x 12 som 2 Barra CE: My = - Mc = A partir da Fig. 1-209, temos B= +7.5

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