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D. João Carioca.

A corte portuguesa chega ao


Brasil em 1808: o Impress a serviço da
construção de HQ
Autoras: Silvana Lemos e Cleide Muñoz

Recursos do laptop educacional:

 Impress

Outros recursos:

 Conexão à internet para pesquisar diferentes sites sobre o contexto histórico


do século XIX;

 Editor de textos para registrar os conhecimentos coletados e construídos;

 Tux Paint para desenhar e colorir;

 Livro D. João Carioca A corte portuguesa chega ao Brasil (1808-1821), Lilia


Moritz Schwarcz pesquisa e supervisão, Spacca pesquisa, roteiro e desenhos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Objetivos:

 Conhecer as características que compõem uma história em quadrinhos;

 Promover uma busca em sites educacionais informações sobre a vida no sé-


culo XIX;

Ler, selecionar e interpretar as ideias que serão colocadas no HQ;

 Utilizar o recurso Impress para continuar a sequência do contexto histórico


trazido pela história em quadrinhos;

 Em seguida criar de 05 a 10 quadrinhos;

 Criar um livro digital de história em quadrinhos.


Elaboração de um livro digital de histórias em quadrinhos utilizando o ISSUU
(www.issuu.com).

Áreas do conhecimento/disciplinas envolvidas:


História, Língua Portuguesa e Artes.

Desenvolvimento:
1. Etapa

Produção esperada:
 Criar uma história em quadrinhos pelo recurso Impress (editor de apresentações).

Essa produção poderá resultar em uma versão e outra digital.

Avaliação do processo:
 Participar de todas as etapas da oficina;

 Produzir uma história em quadrinhos com o editor de apresentações.

Referências:

SCHWAREZ, Lilia Moritz; SPACCA. D. João Carioca. A Corte Portuguesa chega


ao Brasil (1808-1821). São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA. Guia
da Internet 2013. Governado do Estado de São Paulo.
Disponível em: http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/publicacoes/guia-da-internet/
Acesso em 19.05.2013.

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D. João Carioca. A corte portuguesa chega ao Brasil em 1808
São 06 (seis) as características que compõem a história em quadrinho:

1.) As HQs são conhecidas exatamente por esta marcante característica básica: este con-
junto de linhas que delimitam o espaço de cada cena e constituem o quadrinho, esta
moldura mais conhecida como requadro entre os profissionais da área.

2.) CALHA
Talvez nunca tenha parado pra pensar, mas em geral existe um vão entre um quadri-
nho e outro. É o que chamamos de calha. Ela pode ajudar a delimitar o tempo: mais
larga, indica mais tempo entre um quadro e outro; se é mais curta indica uma ação
mais rápida e contínua.

3.) BALÃO E RECORDATÓRIO


Tão amplamente conhecido como o requadro são os balões, esta figura
que simboliza o ato da fala dos personagens, abrigando o texto da
conversa. Os balões também podem ser desenhados de formas
diferentes.

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4.) ONOMATOPEIA
Assim como o balão indica o som da fala, a onomatopeia é uma
representação de um som ambiente. Assim, "TOC, TOC" indica o som de
duas batidas na madeira, "CABRUM" uma explosão, "PLOFT" uma coisa
caindo no chão e por aí vai. Normalmente vem acompanhada de algum
incremento gráfico às letras, como nos exemplos acima.

5.) DESENHO/ IMAGEM


O desenho na história em quadrinho é vital!

6.) NARRATIVA VISUAL

Você, como leitor de quadrinhos, usufrui disso, talvez sem saber. Há certas re-
gras a serem seguidos na escrita, certo? Para que o processo de leitura de
uma HQ aconteça naturalmente, também existem padrões a seguir na constru-
ção da narrativa visual, ou seja, a que é possibilitada por meio do desenho.

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História em quadrinhos
Contextualização dos acontecimentos que fizeram D. João deixar Portugal e
vir à ao Brasil. Além das decisões que foram tomadas e que impulsionaram
mudanças na economia e contribuíram para o desenvolvimento do país.

Uma breve retrospectiva:


No século XIX, Napoleão Bonaparte tornou-se soberano do império da França, seu objetivo
era apoderar-se de toda a Europa. Para alcançar tal intento devassou o exército de diver-
sos países, porém o mesmo não conseguiu com as forças militares e navais da Inglaterra.
Para enfrentá-los, Napoleão decretou o Bloqueio Continental - determinação que vetava os
países da Europa de negociar com a Inglaterra.
Neste momento da história, Portugal era governado pelo provável herdeiro da coroa, Dom
João. Portugal e Inglaterra eram velhos cúmplices, o que deixou Dom João em uma posi-
ção delicadíssima. A situação dele não era nada fácil, o que fazer? Ir contra Napoleão e
correr o risco de uma invasão francesa ou esperar para ver a Inglaterra invadir o Brasil?
Nem uma nem outra atitude era fácil para D. João.
A saída encontrada, em conluio com os ingleses, foi a mudança da comitiva portuguesa
para o Brasil. Em novembro de 1807, sob proteção da força naval inglesa, D. João, sua li-
nhagem e a nobreza que o rodeava mudaram-se para o Brasil. Aportaram em território bra-
sileiro cerca de quatorze navios com 15 mil pessoas. Após a chegada da linhagem real,
Dom João passou alguns dias em Salvador, quando tomou duas decisões que deram uma
injeção de ânimo na economia brasileira: determinou a abertura dos portos aos países
amistosos e a autorização para a instalação de indústrias, antes coibida por Portugal.
Surgiram várias fábricas e trabalhos manuais em tecido, mas que não foram adiante devido
à confluência dos tecidos ingleses. Entre outros feitos importantes para a economia, pode-
se citar a construção de estradas, melhorias nos portos e o ingresso do chá no país. A ati-
vidade agrícola voltou a crescer. No início do século XIX, o açúcar e o algodão subiram no
ranking das exportações, ficando em segundo lugar, e o café subiu para o topo nas expor-
tações brasileiras.
Após sair de Salvador, o rei foi para o Rio de Janeiro, lá chegando em 08 de março de
1808, transformando a cidade em residência fixa da corte portuguesa. A chegada da famí-
lia real ao Brasil e sua instalação no Rio de Janeiro trouxeram para a colônia o status de
Reino Unido de Algarves. Coube à D. João instituir alguns ministérios, entre eles o da
Guerra, da Marinha, da Fazenda e do Interior. Estabeleceu órgãos fundamentais para o

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bom andamento do governo, como o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do
Comércio e o Supremo Tribunal. As melhorias não foram só econômicas, mas também cul-
turais e educacionais. A Academia Real Militar, a Academia da Marinha, a Escola Real de
Ciências, de Artes e Ofícios, a famosa Academia de Belas-Artes e dois colégios de Medici-
na e Cirurgia, no Rio de Janeiro e em Salvador, foram algumas das contribuições recebi-
das com a vinda da realeza para o Brasil. Entre outras benfeitorias, pode-se citar a criação
do Museu Nacional, do Observatório Astronômico, a Biblioteca Real - combinação de di-
versos livros e documentos que vieram de Portugal -, a estreia do Real Teatro de São João
e o surgimento do Jardim Botânico.
O Brasil, enquanto colônia, não possuía nenhum meio de comunicação, até então proibido
oficialmente, contudo a vinda de D. João mudou essa realidade. Em 10 de setembro de
1808, imprimiu-se o primeiro jornal do país, a Gazeta do Rio de Janeiro. Dirigido por Frei
Tibúrcio da Rocha.

Painel do Leitor

Dia 07 de março de 1808

Eram 3 da tarde quando a esquadra ancorou na ilha das cobras.

A artilharia dos fortes e das naus de guerra recebe com alegria a família real.
Primeiro quadrinho.

Caravela.

Ouve-se o barulho

BUMMM BUMMM BUMMM São os canhões.

D João é recebido pelos cariocas.

Segundo quadrinho

Durante nove dias e nove noites....

Muitas festas! Fogos no céu!

O povo comemorando.

Terceiro quadrinho

Um homem dentro de casa e alguém batendo na porta. BAM BAM BAM.

CALHA –

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Quarto quadrinho

A guarda real – Um guarda fala

- O Senhor tem 24 horas para deixar este imóvel, para dar abrigo aos membros da
comitiva do príncipe real.

No mesmo quadrinho, aparece o morador da casa abrindo a porta e vendo que pintaram
em sua porta (PR) – que significa Príncipe Real.

Quinto quadrinho

Várias pessoas descendo uma rua.

Um homem diz:

-Olha, tomaram mais uma casa para o Príncipe Real.

O outro responde:

- Puseram mais um para fora de sua casa!

Ao lado deste quadro há um quadro com a seguinte fala.

Assim se resolvia o problema de encontrar habitação para os milhares de portugueses


récem-chegados...

DESAFIO:

1. Crie mais cinco quadrinhos para contar um pouco mais a vida da família

real na cidade do Rio de Janeiro, em pleno século XIX;

Ou

2. Crie cinco quadrinhos a partir de um tema que você está desenvolvendo


com os seus alunos.

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SAIBA MAIS COM AS DISCIPLINAS DE GEOGRAFIA, CIÊNCIAS, ARTES ..

Portugal foi o país pioneiro nas grandes navegações, devido suas condições geográficas
e políticas que favoreciam o desenvolvimento do mercantilismo econômico.

Além disso, as navegações portuguesas também foram viabilizadas, devido ao desenvolvi-


mento tecnológico da época. Os avanços mais notáveis foram:

 O uso da bússola e do astrolábio que orientavam o rumo e a localização (latitude e


longitude);

 Navios mais eficientes, como a caravela, fácil de manobrar, equipada com velas
triangulares que lhe permitia navegar contra o vento;

 Os mapas indicando localização, rotas e acidentes geográficos;

 Armas de fogo, como o canhão, fundamental para a defesa das naus e das feitori-
as.

Rota da vinda da família real ao Brasil

Saiba um pouco a mais sobre o tema:


Visita virtual aos Museus, Palácios, Monumentos e ao Jardim Botânico:
Museu Paulista (Museu do Ipiranga)
Abrange mais de 125 mil peças entre mobiliários, trajes, utensílios que
pertenceram a figuras da história brasileira como bandeirantes, imperadores
e barões paulistas do café.
Site: www.mp.usp.br
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e-mail: mp@edu.usp.br
Rede da Memória Virtual brasileira Paço Imperial de São Cristovão

Museu Nacional: http://www.museunacional.ufrj.br/


A Biblioteca do Museu Nacional é especializada em ciências naturais e
antropológicas, contando com um rico e extenso acervo que compreende,
dentre outras publicações, livros e periódicos de séculos passados. O acervo,
totalizado em 474.866 volumes em 2009, dispõe de teses e dissertações,
obras raras, in-fólios, livros, periódicos, multimeios e folhetos.

Escola de Belas Artes: Museu D. João VI:


Academia Imperial de Belas Artes, historicamente, refere-se à atual Escola de
Belas Artes pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Academia
foi fundada por Dom João VI de Portugal, em 12 de agosto de 1816.
http://www.jbrj.gov.br/historic/portal.htm

Museus, Palácios e Monumentos em Portugal:


Palácio Nacional de Mafra: Importante monumento barroco em Portugal.
Residência Oficial da família Real Portuguesa até 1910.
Museu Nacional do Traje: Reúne peças de trajes desde botões, leques, malas,
sapatos, roupas, bonecas, jogos e brinquedos.
Museu Nacional do Teatro, Museu Nacional de Arte Antiga.
http://www.ipmuseus.pt
e-mail: contatos@imc-ip.pt

Ciências:
Podemos abordar o tema parasitas com o caso das mulheres da comitiva real
que chegaram de peruca e todos acharam que era a última moda na Europa,
porém isso aconteceu pelo fato de durante a viagem, toda a tripulação ter
adquirido piolhos e a forma de resolver o problema foi que todos raspassem
suas cabeças, inclusive as mulheres.
Afinal, o que são piolhos?

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