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Acordes
para
violão e guitarra
Bruno Grünig

Ebook 2 - Distribuição gratuita


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Índice

Um pouco de teoria musical 4


As notas musicais no braço do violão 5
Escala Cromática 6
Afinação do violão 7
Escalas 9
Escalas no braço do violão 11
Conclusão 17
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Um pouco de teoria musical

Teoria musical não é algo complicadíssimo. E para quem está


aprendendo violão popular, não é necessário aprofundar-se muito. A
teoria básica já é um excelente início e lhe dará mais segurança no
aprendizado.

Neste eBook, a teoria está voltada para o violão. Porque não adianta
muito aprender teoria sem associar com o instrumento, em nosso caso.

Entretanto, uma vez que você aprenda, a teoria lhe servirá para tudo em
música. Outros instrumentos e canto também.

Como eu disse, a teoria básica é suficiente. Entretanto neste eBook temos


apenas parte desta teoria básica. É necessário aprender um pouco mais.

Para ter acesso ao material completo, incluindo teoria, acordes e escalas,


clique no link abaixo:
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As notas musicais no braço do violão

No braço do violão, as notas musicais aparecem desta mesma forma. De


meio em meio tom. Cada casa do braço do violão representa uma nota.

No sentido das tarraxas para o corpo do violão as notas aumentam (mais


agudas)

No sentido do corpo para as tarraxas as notas diminuem (mais graves)

No diagrama acima, vemos todas as notas musicais no braço do violão,


até a casa 15. No lado esquerdo do diagrama, as notas das cordas soltas
(E, A, D, G, B e E). De baixo para cima, da sexta corda (a mais grossa),
até a primeira corda (a mais fina).

Neste diagrama, os semitons estão representados em # e b, apenas a


título de ilustração, e para que você visualize como, na prática são
exatamente as mesmas notas, com nomes diferentes. Então... G# = Ab e
C# = Db e assim por diante. Por isso, para tocar por cifras, não é
necessário usar o bemol. Ficamos apenas com o # (sustenido), para
efeitos práticos.
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Escala Cromática

É chamada escala cromática aquela que tem todas as notas musicais,


incluindo os semitons. Exemplo:

C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B

No caso acima, começamos da nota C, mas uma escala pode começar


em qualquer nota.

Repare como no braço do violão, cada corda tem suas notas numa escala
cromática. Cada casa do violão representa meio tom.

A corda 6 (a mais grossa), começa com a nota E (corda solta). E vai


seguindo numa escala cromática: F, F#, G, G#... etc. A mesma coisa
acontece com as demais cordas.
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Afinação do violão

Para obter estas notas musicais nas cordas do violão, é necessário que
estas estejam, como se diz, afinadas. Afinar o violão é isso: apertar ou
desapertar as cordas, para obter as notas corretas.

Quanto mais você aperta uma corda, mais alta (mais aguda) a nota obtida
ficará. E vice-versa, claro.

Quando colocamos cordas novas num violão, a princípio elas ficam


frouxas. À medida que vamos apertando, a nota vai subindo. Até
chegarmos à nota desejada. Se apertamos demais, dizemos então que a
nota “passou”. Ou seja, ficou aguda demais, mais alta do que o
necessário. Por exemplo: Se apertamos a sexta corda um pouco demais,
teremos, ao invés da nota E, a nota F. Se passou muito, teremos talvez F#.

Se todas as cordas estiverem desafinadas, evidentemente não teremos as


notas corretas em nenhuma casa. O violão está então desafinado.

Tipos de afinação

Existem diversos tipos de afinação para o violão. Mas o mais utilizado,


considerado “padrão”, é o que usamos neste livro:

Corda 6 - E *
Corda 5 - A
Corda 4 - D
Corda 3 - G
Corda 2 - B
Corda 1 - E *

* Repare como temos duas notas E. Na corda 6 e na corda 1. Mas


temos uma corda bem grossa e outra bem fina. A nota da corda 1
é a mesma, porém duas oitavas acima da nota da corda 6. Mais
adiante você saberá mais sobre oitavas.
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Muitos se perguntam: mas porque estas notas? Porque não outras notas?
A corda 6, por exemplo... poderia ser um C? A resposta é: sim, poderia.
Mas isto implicaria em muitas modificações na maneira de se tocar o
instrumento. E provavelmente muitas dificuldades.

Acontece que o violão como o conhecemos hoje, foi profundamente


estudado. Algumas boas almas, lá atrás no tempo, fizeram testes,
tentativas (muitas) e chegaram a este resultado, que nos possibilita tocar
o instrumento com bastante lógica e relativa facilidade.

Conforme você for tomando intimidade com o violão, você poderá


perceber quanto estudo foi preciso para chegar a este resultado. As notas
no violão não são as que são por acaso.
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Escalas

Notas musicais “soltas” ou mesmo agrupadas de qualquer maneira, não


servem para grande coisa. Por isso elas são organizadas em escalas.

Escalas são, portanto grupos de notas. A diferença entre os diversos tipos


de escalas, está nos intervalos, ou seja, a distância em tons ou semitons
de uma nota para outra. Tomemos como exemplo a escala de C (dó
maior) e a escala de Am (lá menor). Como já vimos, estas duas escalas
são relativas (possuem as mesmas notas), porém em ordem e com
intervalos diferentes. Veja

Escala de C = C(1)D(1)E(1/2)F(1)G(1)A(1)B(1/2)C
Escala de Am = A(1)B(1/2)C(1)D(1)E(1/2)F(1)G(1)A

Acima, as duas escalas, de C e Am. Os números entre parêntesis indicam


os intervalos entre as notas. Ou seja, seguindo a escala cromática, temos
estas quantidades de tons ou semitons entre estas notas. Veja:

Escala cromática = C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B, C

Na escala cromática o intervalo entre todas as notas é de 1/2 tom. Então


de C para C# temos meio tom. A próxima nota é D. Como “andamos”
mais uma nota, então, de C para D temos um tom. Repare agora lá em
cima, na escala de C. Entre o C e o D temo o número 1. Um tom. E assim
por diante.

Usando a fórmula acima, podemos “montar” qualquer escala, maior ou


menor, baseando-nos na escala cromática.

Fórmula de intervalos para escalas

Escala maior = 1,1,1/2,1,1,1,1/2


Escala menor = 1,1/2,1,1,1/2,1,1
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Começando da nota que dá nome à escala, basta aplicar a fórmula e


achar a escala. Vamos ilustrar com a escala de C# (dá sustenido maior),
com sua notas destacadas dentro da escala cromática:

1 1 1/2 1 1 1 1/2
C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B, C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A,
A#, B

O mesmo procedimento utilizamos para as demais escalas.


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Escalas no braço do violão

Vejamos agora - indo ao que interessa - como são as escalas no braço do


violão.

Em primeiro lugar, vamos relembra as notas no braço do violão.

Repare, no diagrama acima, como cada corda começa com uma


determinada nota e segue em frente, meio tom para cada casa, até
chegar na casa 12, onde se repete a mesma nota da corda solta. Isto
significa que, a partir da casa 12, tudo se repete. É como se o braço do
violão (e também da guitarra) começasse novamente. A diferença é que
as notas são as mesmas, porém mais agudas. Ao atingirmos a casa doze
temos a mesma nota da corda solta, porém uma oitava acima. Ou seja,
dentro da escala, “andamos” oito notas adiante. Veja no diagrama abaixo,
somente as notas da escala de C.

Escala de C com todas as notas desde a corda solta até a casa 12

Repare que agora, para tocar a escala, temos que “pular” notas. Ou seja,
as notas não marcadas com o quadrinho verde, não pertencem à escala
de C.
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O diagrama acima mostra as notas, e é possível tocar esta escala


seguindo os quadrinhos. Porém isto não é muito prático, porque não
sabemos, através deste diagrama, em que sequência vamos tocar.

Por isso, devemos então utilizar as tablaturas, que podem mostrar onde
começar, e também para onde ir. E quando voltar.

Veja a tablatura abaixo. Ela mostra a escala de C, conforme o diagrama


acima, mas somente até a oitava casa. Neste caso, existe uma
continuidade na escala. Começamos da corda 6 solta, avançando no
sentido vertical. Chegando à casa 5 da corda 1, voltamos, mas agora
usando um novo caminho, até chegarmos à casa 3 da corda 6. Então
seguimos na mesma corda, para a casa 5, 7 e 8 e novamente usamos
outro caminho para descer.

Escala de C desde corda 6 solta até a corda 1, casa 8.

E|-----------------------------0-1-3(/)5-3---------------------------------------------------------5-7-8-
B|-----------------------0-1-3-----------6-5-3---------------------------------------------5-6-8-------
G|-------------------0-2-----------------------5-4-2---------------------------------4-5-7-------------
D|-------------0-2-3---------------------------------5-3-2-----------------------5-7-------------------
A|-------0-2-3---------------------------------------------5-3-2-----------5-7-8-----------------------
E|-0-1-3---------------------------------------------------------5-3(/)5-7-8-----------------------------

Você pode, se quiser, treinar esta escala da maneira mostrada. Porém há


uns truquezinhos que você precisa utilizar, para dar continuidade, ou seja,
tocar sem parar. Nas passagens marcadas com (/) é necessário deslizar o
dedo, para começar com os dedos corretamente posicionados para a
próxima etapa.
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Vamos a mais um exemplo de escala maior. Repare como agora - é claro -


são outras notas. Repare também como há certas peculiaridades que
podem ser notadas no diagrama. Por exemplo: Todas as notas das casas
2 e doze, mais todas as cordas soltas fazem parte desta escala.

Escala de D com todas as notas desde a corda solta até a casa 12

IMPORTANTE: Você talvez já tenha ouvido algo como: “Uma escala


precisa começar e terminar com a nota fundamental. Vamos esclarecer
isto agora, para que você jamais tenha dúvida.

A nota fundamental de qualquer escala é aquela que dá nome à escala.


em outras palavras, a nota fundamental da escala de C... é C. A nota
fundamental da escala de Dm é D. Nada difícil aí.

Acontece que podemos perfeitamente tocar uma escala sem começar da


nota fundamental. Se estamos tocando - por exemplo - somente as notas
da escala de E, não importa por onde comecemos, será sempre uma
escala de E. Nós apenas estamos usando notas antes e depois da nota
fundamental.

O que ocorre é que o resultado, ou seja, aquilo que ouvimos ao tocar


assim, pode soar um pouco diferente, dando a impressão de que aquela
não é uma escala - por exemplo - de E.
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É preciso então, para “mostrar” na sonoridade qual escala estamos


tocando, dar ênfase à nota fundamental. Ou seja, sempre que chegarmos
à nota fundamental, tocar um pouco mais forte e fazer uma ligeira (muito
ligeira) pausa naquela nota. O resultado sonoro então será o desejado.

Esse negócio de “precisa começar e terminar na fundamental”, é apenas


balela. Pense um pouco: suponhamos que você esteja improvisando um
solo na escala de C. Ora, a primeira nota C no braço do violão,
começando de cima, é a casa 3 da corda 5. Se pensarmos dessa
maneira, nossa improvisação estará automaticamente descartando as
notas para trás, na corda 5. E também as notas da corda 6. Isso
simplesmente não existe.

Mais uma vez, vale a ênfase dada à nota fundamental. Um solo, seja
improvisado ou não, sempre “passa” pela fundamental e suas frases
sempre dão ênfase à fundamental. Ou seja, a “intenção” do solo (ou da
melodia) é sempre voltada para escala e portanto, para sua nota
fundamental. Mas não necessariamente fica “preso” a esta nota, nem
tampouco deve começar e terminar ali.

Escala Cm natural - todas as notas desde a corda solta até a casa 12

Escala de Cm harmônica - todas as notas desde as cordas soltas até a


casa 12
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Escala de Cm melódica (ascendente) - notas desde as cordas soltas até


a casa 12

Escala de C pentatônica maior - notas desde as cordas soltas até a casa


12
16

Escala de C pentatônica menor - notas desde as cordas soltas até a casa


12

Escala de C blues - notas desde as cordas soltas até a casa 12

Você tem agora, alguns exemplos ilustrados de escalas no braço do


violão ou guitarra. Lembre-se que este não é um estudo específico sobre
escalas. Os exemplos servem apenas para que você tenha idéia de como
se localizam as notas das escalas no braço do instrumento.

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Conclusão

É claro que o assunto ainda não está concluído. Há “um pouco” mais.
Para que você tenha uma idéia, somente o meu eBook Teoria musical
aplicada ao violão, tem 81 páginas.

Com minha coleção completa, você terá muito mais:

- Ebook Teoria musical aplicada ao violão


- Ebook Diagramas de acordes
- Ebook Escalas maiores e menores
- Ebook Exercícios para a mão esquerda
- Ebook Como usar um capotraste
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