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Umdosmai11n1por!

an1ese~m1C01
Uludo>d&antropoloa;iaedasocioloa;oa
<;001cmportneas.llomolli•rardiciu~um
db>i..:ocmsuaí..,a. AnrmpttCOd«um
~t>do1~$0bR1('WV(unLdoiimma

dccas!asnafl>d11anuga. Loui•Dumo111
busca fundamcnlar uma comprreMlod1
4UC>lãoda hirrarq111a no m1,1ndo mo&rno.
A cdi\'lotwu1le1raapreseni1um pttfício
douu1or,re..pnodcndo1!1C111crlrirofcll
c001rn..&l1ade~rocadcadaapósapublic1.

çlad1rrimcir1ediçlofrl111cesadel/o1M
ll•uort!Ucus,cml967.
Dirigido a cltU!bnle~ e e<pecoali.Uas
dc"-JC1olog11.u1ropoloa;iaeh•S16fia. es1c
h.ro 1rn11 """º'~llil&r. a p3nir da dos·
cu•slod•ooriedadedccaM.Unafndia.a
problen~1ic, d1hicr.uqu11cJ1i&W1klade.
prc>t1>1cemrod111Jwci<<lldeshumanas
01>cttn1doud1fc"'"""' noconce11ode
tll>!1 em,irias1coria••di1lopndocom
HoltrasdcHPl>bcs,Hege!r Rous"'au,
01u10.-denfiaoq.,.co•sider1"n0<u
1>•rsiopel1h.ierarquia",c"""edoqutnl<>
podo 111c:r defini<loaren11cf)fll(lgm1ca.
<!ri~ de ordens tuperp<>MI' ou de seres
Mdignidatled«re..:cntew,aill<la.romo
uno.i j f"orctuooôrmca.f'anDum<.lfll.1
hier1rqu11cQftstitujl>CCCS$0dadcan,.·ersal
HOMO HIERARCMICUS
ll<l<am So<lyViltla
lltt-11'11m' F,_oM.n • ...,...

Dlm.,_,,.,_, PlilM>MlftiaJFolho

~-~
C.iOIAllalolubaYDuw
ll<BjuoloAbolaloJ6o;,..

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Louis lJúmonl

HOMO HIERARCHICUS
OSISTEMA DAS CASTAS ESUAS IMPLICAÇÕES

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Dl>Woc-illeTel(ll)lOll-fl0\11 ...1"'

.......................
L\CUl)lO\IM911·1'uUUIOlll ... llJ
........
SUMÁRIO

PrdicioàEdiçio''Tcl". li
Prcfilcio... 41
BrcvcNotasobrcaTrall$çriçãodasPalavraslndianas. .. 47

INTROOUÇÁO. . 49
l,Ascasla..cnó.'l.. 49
2. Oindivfdunca!!Ocinlngi.:I.. . 5l
l.lndividual.ismocbolismo.. S6
4. AigualdadcsçgundoRousscau.. S9
S. AigualdadccmToequcvillc.. 61
6. OindividwtlismoscgundoToeq~villc.. 64
7. Ncct:Midadcda hierarquia.. 66

1 lll~TÔRIA DAS IDÉIAS. ..


11. Dcfinição.Apalavra"ca.st1"..
12.Principaisatitudcs..
ll. A c1plicaçân volun1arU11 ..
"
10

14. Aculacomoformalimi1cdc1111L1tuiçl'\c1runhccidu..
IS. A< oq>liclç6c1 "bialllfiea.". .
16. 1!>pliclç6c1 cumpóohM..
"""
:!· ~..i:·~~~ l'll~l·l'H~ .
"""
li. Elemento e sislcma . . 83
22.lugardaid~.. 87
Z).Anoçãodcestrutura.. 90
24. Aoposiçãofuodamcolal. 93
:ZS.. Oporocoimpuro.. . 97
l.i<Wagcral.. 97
l. impurcui1conpor.1riacimpurczapcrmanc111c.. 99
>-4. dadm anligos. 100.103
5.complconcntaridadc. !Oot
6. multiplicaçãodosailfrioscscgmcntaçiiodoestalulo.. 106
7.variantcscanomallas.. 108
8. esboçodcçomparaçãoscmintiea.. 110
26.Scgmc111ação:cas1acsubca..ta.. Ili

3. A HIERARQUIA; TEORIA DAS "VARNA" ..


31. Dahierarquiacmgcral.. 117
3l.Atcoriadas"varna":podcrcsao:rd6cio... 119
33.Caslac''vama". 125
34.. Hierarquiacpoder.. 121
35. Gradaçõcsdcestalutorcgiooais(rco:oscamco10dcl90I).. tJl
36.. Umczcmplolocal(lndia~nlral).. 135
37.Atribuiçãoouintcração?.. 140

4. A DIVJSÃO DO TRABALHO . . 145


41.Caslacproflssão.. 146
G. O Msislc.ma jajmiru~' . lSO
l.gcocralidadcs.. lSO
l. umczcmplo.. 153
3.di.salSSio.. 156
43.Cooclusão. 160

S. A REGUIAMENTAÇÃO DO CASAMENTO:
SEPARAÇÃO E HIERARQUIA . . 16J
Sl. lmportADciadocasameoto.... 163
Sl. Endogamia:avisiobabilualcscuslimilcs.. 166
53.. Hicrarquiadoscasamc111oscwaiôescoajugais.. 168
54. lsogamia e hipcrpmia .. 110
55.Alguns exemplos. 11)
Só. Coodusio. 118
S7.Atcoriad'5siça:c:asamc1110c"vaml".... 180
61. Lupr noronjunln
6l. NOlulobreucoot•tOO•lnlocabilid...S.. .. ,,.
"'
63. O.Umentoeml"r•I.
64.0.tiltlenloe1bebid•(116gu1)aasrclaçõesdccm.11 ..
l.comensaLidadeeconOb:io ...
"'"'
2. alimentos ordin4rio e "perfeito" "'
3.allguacocachimbo ..
4.1qucstiodofa10 .. "'"'
6S.Sobreabist6riadovcgetarianismo .. "'
""
l.doVcdaaMuu ..
2.odescnvolvimcntoda~ii .. ""
1. PODER E TERRITÚRIO ..
"'
71.lotrodllÇio •.
12. Oquadroterritorialdcfato:o"pcquenoreino".
73.0sdircitos,régioseou1ros,sobreosolo ..
""
m
74. A aldeia. '"
"'
l.1"comw:UdadcdcaldciaH
2. acastadomillllllc ..
3."faalons".
'"
"'
220
1S. OproblcmadaCCOJ10mia .. 2%2

8. O GOVERNO DAS CASI'AS; JUSTIÇA. E AUTORIDADE .. 225


81. Do poder à autoridade .•
82. Aautoridadc111prcmaemmatériadecasta .. ,,.
225

83.0"paaçayatdealdcia".
84. 080""moinlemodacast1 ..
l."paneayat":apalavracacoisa ..
"'
'"
2. aBSSCmb~iadecasta(U.P.i:tç.) ..
3.compe~proccdinleato ..
'"
'"
4. aucomunh.lo. "'
S.adlcrgcraldajurisdi;ãodcc:as1a •.
BS. RelaçõesCl>ltc jurisdiç6es. A autoridade c.m geral ..
"'
"'
9. CONCOMITÂNCIAS E IMPLICAÇÕES ..

::~'.:=::
'"
'"
93. Asci11casCll!olas,eR.mplodosLingaya1 .. "'
94. Tolcrlnc:iaeimitaçio .• "'
2SO
9S.l.mplialçõcsdiaa6aic:as:1CfCP""··
96. E..labilidadeemudança •.
'n.Ciatticado&grupos:cisio,~mobilidadcsoc:ial .•
'"
254

"'
10. COMPARAÇÃO: A QUESTÃO DA CASTA ENTRE
OS NÃO-HINDUS E FORA DA INDIA . . 261
101.IDirodução. 261
IOlüsCrislãnscaa..ta.. 261.
103. Acastac11treasMuçulmanos.. 7.66
104. OcasodasPalhandcSwat.. 268
105. Acaslacotrcasnão-Hiodus..Coociusão... 270
106.Car'-cra:>mparativofundamcnlal.. m
107. Aescolada"cstralilieaçãosoci.al":ca>Jacracismo.. 274
108.Castasforadalndia?.. 275

11. COMPARAÇÃO (FINAL), O DEVENIR CONTEMPORÂNEO


111.0problema.. m
112. Qwidrodasmuda.a?Srccc:nlcsscguadoúhurye.... 280
113. Complementos. 284
114.Aa..taest.tsereforçudo7.... 285
115. Dainterdcpcnderu:iaàcompctiçio.. 288
116. Conclusão provisória... 289
117. Tcntalivadcinw:ottrio.. 290
118. Socicdadehicr.trquieacsocicdackigualitiria:csqucmacom
parativosumário ..
119.Conciusão.

Apbdiccs .•.
PosficioparaaEdição"Tcl"' ...
Bibliograf"11 .•...........•.•.
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"'
fudiccdosAutorcsOtados .... "'
"'
LwliocdosAssulllOs .........•..
fudio::dosMapasc:dasF"igwas .. "'

PREFÁCIO Ã EDIÇÃO ''TEL"

00l'.canosap6sscuaparccimcntocmfran~oi1oanosdcpoisdapu­
blicaç<iodcuma1raduçãoinglcsaqucrczchcgaradiscussãoa1odososcspc-
cialiS!asdaárea,arccdiçãodcslaobranacnlcção"Tcl"oforcccaoportuni-
dadcdcalgunscsclari:i:imcntos.Dcorpodolivrocontinuainal1crado,tanlo
por ra:tócs d<: prindpio quanto de técnica de reprodução. A mat~ria nOYa
c.iá conccn1rada, por um lado, aqui mesmo e, de outro, num J>O'fácio que
p1ulongariolivroniolantocnmrelaçãoàlndia,masquanloàlcoriadahlc-
urq11iacmgcral.Foirc1omadoosubtítuloorigioal.
Trala·scaqui,cmprindpio,decRlrairalição,p;irausodolcitordelfn-
GUafrano:sa,dadlsçuss.iobastantcampladcqucolivro- H.h.,cnmodirci
pa•aobrcviar- foiobjclo,cdodcscnvolvimcn1osubscqücnlcdapcsquisa.O
lci1orniocspccialistapoclcacbarcs1ranbooumcsmocbocan1coponlodc
VÍS!aouaproposiçãncmitidosnaobra.Quc pensem nissooscnnfradcsdo
omo" 1ra1a-sc de um rcsuhadocicntfficnoudcumaclucubraçiogratuita?
Ondcc•tamoshoje?

Veremos que a 111d1 nlo ~ r•cil. r111começar,a11«1lhida ofcll:cida


a li. 11. foi muilo complcH. 1•1vm•ttl, m1• llmitad1, nm .,.,rlenlc da indologia

~.~:·~~ '.: : ~~'.:::~:::::~:~~:~;.. ',,~'~'.'.'.::: .'i':11:.:~l01:,~~ 1n;,;,~c=:.~~ ::e":


nhuma da• grandos rcvislas anglo-s.axãs lhe consagrou qualquer noticia'.
Glohalmc11tc,scriapossf..,ldistinguirasrcaçõc:sdclfnguaíranccsa,maisía-
vor.i""is,casanglo-.uãs,maisfrcqücn1cmcntehoslit.,mas.scriadiffcilcarac-
1crizarcmblocoa•rcaçôcsindianas..
Em •uma, a discussão acanmnou·sc, como .seria mui10 natural, na an-
•ropologia social. É dcla que nos ocuparcmos no quc scguc c, ao í3l'l!·lo, di·
rigircmos nossa a1cnçiio quase cxclwoiY11mcn1c para osdcucordos, as ob·
jCÇ<"'>e.<.,osjulgamcntosncgacivos..lssopodcriadaraimprcssãodcqucH./1.
mereceu apenas desaprovação. Não foi e= o caso. É preciso, an1.s de tudo,
c'1ractcri~.arcntãocom largaspinccla<lasarccepçãooícrccidaaolivro.Hou·
""julgamcntosfavor.i..,is.Citarciduasacolhidascxcmplaros
J.H.lfotton,administrlldorbri!ânicodalndia(dolndianCivilScrvicc)
que se fez anlmpólogo, famoso por suas descrições dos Naps. do As."lllm, e
finalmente professor cm Cambridge, escrevera, vinte anos antc.s de H. h., a
ül1ima,cmdata,dasobrassobrcoassunto.Elctinhamaisdcoi1cnlaanos -
morrcriaumanodcpois- quandolhccnvieiCS1clivro,noqualsuatcnriada
c,1..iaerarccusadacombrcvidadc(p.41).Elcrcspondculogocomumcartâo
de folicirnç.";cs, lamcnlando estar impossibili1ado pela idade de empreender
imcdiatam•ntcutraduçãodaobraparaobcncrlciodosindianosqucnãolê·
cmfrnncês.
Alguns anos mais lardc, um homem muim rcspci1ado que cu mal e&
nbccia, Nirmal Kumar Bosc, an1ropólogo, administrador dcVDlado e gandhis-
ta conviclO - lembremo-nos de que Gandbi defendia uma teoria igualit~ria
d.is ca<la.<., nu ao menos das varnas - , mais jovem que Hutton mas também
..sprciladopclumortc,cnviou·mc,tcndolidoolivrocmlraduçiioinglc..,,•ua
apravaçâonaformadcumalongarc.scnha,c.scritaparaarcvislaManinln-
dia,queclccditavacpublicavaporscusamigosnumjornaldcCalcul!,na
qualoxprc.ss11va~pcnasrc.scrvasdcdc1alhç 1 .Eisafduasliançasdc:qucH.lo.
pode~ orgulhar, e ~ria muilo bom encontrar mais vezes a aborlura de espí-
rito desses dois veteranos cm .seus sucessores tah'll1. mais modernos mas
írcqiu:n1cmcntcmenoscxpcricntc.s.
A maior pane das criticas antropológic.as a H. h. mescla a aprowção e
a c~nsura.
Tcnlar-se-á adiante distinguirtcscs (mais ou mcnosgcralmcotc)
accitasctc.scsrcjci1adas,masoquc~nD1ávclésobrctudoamisturadosdois
julgamcn1osopostosaopl1111odoconjuntodaobra,pormaisc&raohoqueis·
su puo.53 parecer. Além de não se considerar de iodo impossível louvar um
autorenquaotoscoondc1111suaobra,dissociam-sccomrrcquêneiaalcoriae
suac•posiçiioparascprercrir11111aououlra'. Emboraros.crondenadaou
caricaturadaaqu~cclt:hradaadianle - às..,zcsnomcsmolugar -,a obra
1erminoupormercccrumlugarnotávclnahisióriadesscsC$1udos.ln1erpre-
1cmos:1odosesscsparadoxoslradll7J:mofa1odcqw:acspccialidadcindiaoa
c,dcformamaisampla,adisciplinaan1ropológicaC$1âoprorundamcntcdi-
vididas cm suas orientações !undamcnlais'. Um dos maiores faloresdC!.Sa di-
vis.i.o rcsidc na 1cndêneia matcrialisla cndêmica, reforçada dc m1111cira pock-
r""'1pclaconquisladomanã..mocxcreidasobremuilosespíritos.Ora,aqui,
o dogma1ismo marxista francEs foi lcnlo cm sua reação. No começo, autores
otriosc:alaramsuainclinaç.iocdcpuscramasarmas.Foiocccssário,nolim
das contas, esperar que um arricanista desse forma, uma forma a bem dizer
caricalural,àindispcnsávclrefu1ação'.
Três fatos governam ao mesmo tempo o nível e os limites daquilo que
.,.podcchamardclugardcff.h.naan1ropologiasocialdafodiadcontcmc
de hoje. A amplitude da disc.....ão a que H. h. foi submetido c.tigc alguma
c•plicaç.ão e obriga a simplificar, a escolher. Al~m disso, ocorreu uma cvo-
luç.io nc..c campo nos dc> anos scguintcs., c ccr1a.• atitudcs cnvclh«eram.
l'inalmcnlc,oprõprioauloraf...iou-scdocampoindianoclevac&cfalocm
c11nsidcraçiio.Rc1omcmosesscs1rêsfa1os
H. Ir. foi o lema, além de numerosa.• resenhas, amiúde cnetl!ia.5 (nMrw
unirl~).cdcumadiscuss.lop(lhlicalnédita(confcrêndaanualdc 1971,cm
Ncw York, daAnrm'c"" Àlflhropologicul AnocillliOlf, o. 302) de dois simpó-
•ios'. O liwo agitou as paixõa, o quc contribuiu também paraocar~tcrdc

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~·- ·~~· .•:·.~·- '.~-~:'.."~'.'.~_'.·":':'.'.:..~=:. ~'!:~.!~--=~..::.:
mui1asdasrcaçõçs. lssonioo!decspan1ar,porqueH. Ir. coWvaem çausa
oonasatiludcse•uaoriclitaçãogeral,comoantcsadasC0111ribulions/o/n-
dian So<Ciol"lf>', l·IX. 1957·1966. reprcscntaw, aos olhos de inümcros cole·
gao. oioumcsforçoconstrutivo, mas um ataquccontrasuaspr6priascon·
ccpçõcsccootraasco1M:oçõesa .. usolhosbcmcstabclecidas.A.ssi.m,como
bomBritànicoparaqucmodcbatcinlclcctualassumcclcbomgradoafonna
dcumabatalhacampal,EdmundLcachachoumclhor,tcodoantcspostocm
guardaumYaStopüblicocontraadiliculd&dcdaobra,ív.cracabcçadcmcus
"oposilorcs",csacvcodoquc"osqucnioforcmpcn;us.didospclas(minbas)
disc:ussõcsprcccdcnLcsoiomudario .. usponlosdcvislaagoracmrcsposta
acssca1aqucmaislirmc"(S01<tlrMianRrview,4-),abr.1971,p.233).Ainda
mais rcccnlcmcntc, Owen Lynch cscrcvcu uma "rfplica" a H. Ir. cm que o Li-
vro é aprcsc:ntado como "um alaquc dirclo contra o que Dumont conoidcra
comoasinsuliçiÇncia...,actnoccn1ricidadecasdislorçõçsdaantropologiaan-
glo·amcricana"(David 1917, p.?J9).Pcrooboqucaquiapartco!duasvczcs
tomada pelo lodo: M toisa diferente de um ataque cm H. h., e b' na an1ropo-
logia dc l!ngua inglcsa cnisa diforenlc doquc Lynch ai coloca, ou ..ja, Evans-
Pritchardcalgu11Sou1ros.Nain1roduçioascusimp6sio(JASl976.p.S79),
Nicholasc Richardslcmbraram "asurprcsa, ..oãoadcrrisão"quesaudou
nossoprogramadc\9S7,q11ecraumaadaplaçioiJl&lcsadcDavidPocockdc
minha confcrêoda inaugural de 19SS'. Aacsccntaram - cm 1976 - que
"muitos pesquisadores que CSlio cn dc.'lllCOrdo com Dumont cm rclaç!o a
ccrtasqu.. tóc.ochcgaramncsscintcr.t11loaadolara posiçãogcralt11prc:s.sa
ncsscte.11o"(ibi4.).
lssonoslcvaao.scguodopooto,àcvoluçãoqucscprod1t1judczanos
dcpoisoumaiscqucc!dra113Savalargamcntcodomloioindiano:o""ntovi·
rou - cm cena medida - cm an1ropologia, .se é que posso tomar empresta·
da essa imagem ao titulo de uma obra recente, Tl1e New W111d (Da\'id 1917).
Em panicular,noqucnosconccrncaqui,algunsmaushumorcs.scatcnua.
ram ou se tramformaram. O mesmo Edmund Lcach, que escrevia cm 1971
(p.235)qucadislinçãoaprcscnladacmH.lr.cnlrc.,.tatuto(hicrérquico)c
poder (polflico) era uma "proposição sutil e complicada" que "os dados
cmpíricosnãorc,,.,Jam"cquc"aprcscntatodacspécicdcdiliculdadcspr.lti-
caset~riças",adotaoa""rdadcc:s.sadisçusüoquandoescrcvccml977quc
no hindulsmo antigo" o brâmane era •Upcrior ao rei, e a onkm moral S«U-
lar da realcza. .. que abrang:ia o político e o cconõmico (alfha) ... não cravista
como (undamenlo moral da sociedade cm seu conjunto" {T11t1a Uttl'lll)'
St'Pf'lontnt, 14 jao. 1977, p. 22, col. 2-1). Conna c:s.sa m""ma visão. S. J.
Tambiab acumula objcçõe& cm 1972 (Anrtri<:a11 A11tlrro~, mi, 74,
pp. R32-835, e<p. 811a). Mas ele a rctom• r-• >eu proveito cm 1976 qwmdo
cscrçvcquc,>egundoaronalllaçãohindu."aautoridademoralc:..taVIOcncar·
nadanobrâmaiie.opoderlemporal,oorci;cnqll&lllocspiritualmcn1eoo.a·
<0rdo1ecrasupcrior,malcrialmcn1ccradcpcodcn1Cdorci..."(cf.aquimcs-
mo. p. 339), e endossa minha çondusio para a Ásia do Sudeste (aqui p. 276)
quandoai:rc..c<:ntaqucláháumavol1a-nãoobslanlcaillflutnciadacullu·
ra indiana - à "siluaç.iio prOIOlfpica da realeza divina" (Wodd ConqutrorWld
World Rtt1out1ctr, Cambridge, 1976, p. 99). Resta cvidcnlcmcnlc verificar se
c=sdois"oposilores",lcndoad01ado111iohalcscparaafndiaanliga,con1i-
nuaramarcjciLá·bparaalndiacon1cmporãnc.a.
N~o cxi<te inimigo mais declarado de H. h. que n.io tenha modificado
coruideravelmcnlc sua linguagem. MdCim Marriou apresentava H. h. cm
1969 como se ele contivesse "um e<boço e<pcculativo de um par de modelos.
foncmcnlc dcpcndcn1c da ideologia pcsl<O&I do autor cm ma\~ria de ciência
•ocialcdocumcnladoprincipalmcnlccomah1<ôcslc6ricas,lcJ<\uaiscfilos&
ficas" (Amtrico11 A111hropo/Ofis1, col. 1.16&, 1969, vol. 71). Em corre<-
pondência de 1976 ck escreve: "Perseguimos a mesma espécie de emprccn·
dimcnlo que Dumont inicio>11 º"" ªº"" cinqiicnla e o fazemos de modo seme-
lhante aproximando e comparando r<:sultadw(frndi111:f) anlropol6gi=. .. e
indol6gicos. .. Como ele, propomos allernaliva!i e não falamos mais de provas
exallSlivas. Dlvidimm com ele ... " (/oflmol o/ A1ia11 Studi~1. J6..1, nov. 1976,
p. l\IO).Essec;ocemplodifcrccvidenlcmcntcdmprcccdcn1esnaquiloqucin·
dicamudançaradic.aloaordcmdac:..traLégia.
Não se conclua de ludo isso que as leses de H. h. levaram a melhor. A
.•i1ua~io é mais compkxa, ela é ambígua. Essas modilic.açõci; ou evoluções
nb1íg.am a recuar, com relação aa1i1udcsmoment.ãncasercaçõel;<upcrfi-
ridis, para uma aplicação a ind.lcios mais profundos, mais d1miv<:is..
Mencionei um terceiro falo, mcn""' importante cm si, que csU rclacio-
nado ao au1or de5las Linhas. Seguindo oliodcsua pesquisa pessoal, ele, pas-
'8d1"os anos,sc afastou dodomínio indianopa1asc oonsag:rar,aoeontrário,
ao sistema ideológico que caracteri:l.a a civililr.aç.iio moderna (cf, Homo o~­
qnalis l). Ao fazê-lo, perdeu coolalo cm grande medida com o conjunto da
pc"luisacon1cmporáncasobraafndia.Elcdeve,cnlio,cvi1arcomportar-.e
como se livl.:= conservado a me5ma familiaridade de 1962 - data cm que
<e interrompia o 05cru1!nio bibliog11ifioo sistemático de H. h. - com uma Li-
lcraiura que sc acumulou num ritmo acelerado. Deve, cm suma, levar cm
cnn1aumadiminuiçãode,u.rompc1Cncmcnãoapcnasevi1ardiagnostic.ar,
ma. renunciar a oferecer um quadro d•>S lrabalhos recentcs, mesmo"" mais
impo.rlanlc.•. Em conlraparlido, ele ~ n1clhor do que cm 1965 ou 1966 a li·
&1Çiocn1rccm.. 11i1uik1do•nlmpc'llu•o•e1idcologi1ambienlc;C.obre
e... aspc<lo c1uc rlc 1Mlllc in1l1Ll1 ~~mmº""' c•plrilo que ele considerará
~=;•~ndianlc ,,. dc1envuMnoenln1 •~rrnln 'I"" 11c: referem C11J1lici1amcntc
Tomadoscmconj1111to,oslr&íat0&BSSiaaLadosobriganiadirigiradis-
c=ioparaasques1õcsmaioru,a"'"l"laromaisposslvcloricntaçôçscolc-
tivascmvc-~dcrcaçôcsindividuals,às.vczcscremcras.,causinalarnca:ssa­
riamcn1c,scmosdiscll1ir,algul\Slrabalhosoualgumastomadasdcposiçio.

Éclaroquc,nocasoprcscnlc,aresistóndaànGYÍdadcfoifortcmcntc
reforçada pela aversão à hicrarquia,quco!gcralcntrcnossoscontcmporl-
11cosccn1rcosmodcrnos.Pode-scacharqucinsistonissocmcxa:sw,mas.,
para usar uma expressão de hoje, a hierarquia CSI~ nocoraç~odo ""impcr>sa·
do"'daideologiamodcrna,cscriainsensatoespcrardaanlropolngiaqueda
seja isenta dessa reaç.io comum e possa 1riuníar a ela de um modo que nio
<ejaporumcsforçoooncc11ado,ume•crclciopacicnte.Dondcnãos6aanti·
palia de alguns, mas também as reservas e as incompn:cnsõc:s que se mes-
dam até mesmo a julgamentos posilivos. Veremos muilos eiu:mplos disso no
que segue.
Olivrnfoiraramcntc1omadoporaquiloqueclcdi>iascr(pp4',2n),
unia espécie de e"P"riência. Estamos diante de um conjuntocomplcmno
qual se reconhece a presença de in6mcros ícnõmenos qualilicados, numa
primeira ahnrd.agem, de ""hicrárquieo<".Acxpcrifncia consi.<tecm <0locar
e«es fcnôm~nns cm primeiro plano tentando extrair deles seu principio co-
mo principio diretor de iodo o conjunto. No curso do lraje10, as diversas
cspédesdcdadosordcnam-sc de forma not~vcl (er. paraumarccapiluLaç.in
CJS 1971,pp.227-22!1),cparalclamcntcanoçiiodehicrarquiasedcscnlra·
nhaporetapas:valorcseposiçâo(§7),princlpiodegrad.aç.indoselcmcn1os
comrelaçãoaoconjunto(§31),csomcntcapanirdo§34"englob.antcccn-
globadn". A hiorarquia é dccan1ada e animada ao mc.<mn tempo por um mo-
vimento que~. cm verdade, complexo e que não pôde ser marcado com toda
a nitídC1 pnWvcl. H&, de um lado, a idéia que cu devia a Raymond Aplhnrpc
- o que dei.ci de dizer na primeira edição francesa: éa idéia de relação
hicr~rquicacomnrclaç.iocntrcoenglobantccocn&'obado(sohrctudoisso,
vcrPosíácioaní111aldCS1clivro,p.371).Dcoutrolado,asocicdadeindiaaa
rcvcla-secmplenacorrc.<pond~nciaaessaidtia,clasurgccomCSlaluzcomo
amanifcstaç.incnncrctadahicrarquiaeporcsscinlcrmédinnoscnsinaarc-
conhcc.ê-lai11<'Í""comsuasligaçõcscimplicaçõcs.;cmumapalavra:clanos
faz wr a hierarquia. É bem vcrdad~ que H. h. não con1ém uma teoria da biç.
rarquia (Nur Yalman, Ma11, 4-1, mar. 1969, p. 124). Ele inlcnlou, como"" dit.
emqu,mica,""Í$01ar"ahlcrarquia,cissoporumduplomovi<llcntnquccoa-
sislc de alguma maneira cm univc..aJLr.Br a lndia e cm conactÍ7.ar nossos
oonccitos.
RumMnaquelesque..,dispuscrama11C0111panh•rc... 1cnl•tivri.Foi
1UAim <1uc"" criticou a rnncendn d.oh;.., • ..,.,;.""' U • lnol•...,~•·-•·-·-••
do que ela aí rcpro:.scota ao mesmo tempo çm que se o:onslffli. Diz-se, sobrc-
tudo, quc cu confuodia com cssc oomc coisas diYcnas - e tHlaY11·se cvidco·
1cmcn1cdcn.iopcrdcrnada-scmqucscpcrguntosscsc,noÍlmdascon1as,
sccldrafadaliumprincípioCmico.No(uodo,apr6priatca1atiY11crarejci1ada
cm aomc dos dnoncs cm vigor.
Podc-so: desenhar uma csptcic de rcll'ato íallldo da rca:pçliodcsfa-
V1Jrá1ot:ldcH.l1. dadasuafrcqQ!nciacniuosantrop6logosdcculturaadglo-
americana. Seria ele uma irvorc, à qual se chamaria "cmpiricismoantro-
pol6gico"1,umaárvorcpo1cn1c,solidamcntccaraizadanocmpiris1110dosco·
50comu111,maiocujotroncosccrgucmltitoacimadelc,a11!aalti1udcdocico·
tismo, e que se ramiÍlca no caso presente cm quatro ramos erguidos como se
r.....,minslrumcntosdcsupUcio:condcnaçãopor1raiçiodosdadoscmpfri-
cos,condcnaçã<>dcuma1co1a1ivaa:o!radanasidi!iascnasrcprcscntaç6cs(c
Join!dtCIU•lisrooírands),coodeoaçiodainclU&ãodctcXlosan1igosoocs-
rndodasocicdadccon1cmporinca,condcnação,50brc!udo,dadisti.nçãDpro-
pa<1a,ccfc1ivamcntca:ntralcmH.h.,cn1rccstatutocpodcr,quci!rcjci1.ada
anlcsdt!udo,podc-scsupor,porqucopodcrpolflicoccçonômicoi!umfato
Wlido,univcrsal,"iníra-csmuural'',cporqucl!cscaodalOSDVCrdafsceman·
<1parucsta1u1obicrárquico,oqualnfoéjamaisscnfoumafantasiaou,oo
mdhordo..;asos,uma.pcc!oda~supcrcstrutura"social.
A primcirac<>0dcnaçãoi!(uodamcntalccomaodadcalgummOOoas
outr"': cu teria faltado cm gera~ e imcdia1amcntc por uma "atitude brusca
cm face dD dado cmpfrico" (dS 1971, p. 9), ao empirismo-cmpiricisam fora
Juqualllãoh:iconbccimcntocientlTu:o.Scintroduzoum1crmodistinguidor
e um ncologi.•m<> - i! para prou:gcr o empirismo e recusar ao mesmo
tempo a. cltigências e tambtm as pretensões do cmpiricismo.
Ocmpirismo,sabc·sc,prcscn:\11:aquiacxpcriênciadirc!a,apcsquisa
Jc campo; exige tambtm um encaminhamento prudente, uma informaç.iD
t.iuamplaquanloposslvclcacolocaçãocmcausa,scncccsstrio,dasçon.
«pçócs recebidas. D cmpiricismo !cm cm ião alia consideração suas pr6-
pria• <~lcgorias c as t&nicas quc as põcm cm açio, quc clc au10rlza cortci;
rod1caisnodadocaadoçãomaisoumcnosdcfmitivadcponlosdcvis!arcs-
lrilos, minimi7... o ambiente cultural e começou ali! mesmo a erodir - mas
nA<>[MJ.<.Wmccstcndc1sobrci!.soaqui - oprimadodoucampo'".Pode·sc
"'mparor,de......,pon1odcvis!a,oautorcscuscrllicos.Aquclcsqucniopos-
•11cm o c•pcri~ncia da lndia s6 pronunciamscntcnçasca1cg6ricassobrccla
•1uanJo o c•pcritncia ~ pertinente. AWm, E. R. Lcach, seja qual for aliis a
111•1•11tinciodcM:uslral>allms,M>conhcccafnd1adcso:gundamào;clcjulga,

-•.,_.,,
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• .............. -.....---.-..-•-h.-1 ........ l' ...
... ............................................
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"""I""..,......., "'-·'-'"ol"""' .."''_"' ..
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.~.~,":."''"l•lolM--h•••'""'- ·--..,··---.. l_,..,
co1rc1aruo, que cu me afasto cm provçilodç uma coníiguração antiga "d.aja1i
( 0 dacasla)cmplricaqucvolltlmDJaoiC0111F<U1L1iadiadehojc".Sublinho

CSS-a$palavras,qucdcve111 scrtomadllscvidentcmco1ccmscntidofigurado
(l.cachl971,p.235).En.U'CosUIU"opólogosq1LCc:rilic:arndçfonnaradlçaJ
H. h., não conheço oeohum que es1cja sub111clido a uma di$ciplina de c111pi·
rismocomparivelàquclarcflelid.apclacontinuaçiocrooolóPcademeustra·
balhos (d. bibliograf.a cm JAS 1976, pp. 647..SO). Vou me dele• apc08S cm
algwlsaspcdos.Paracomcçar,háadcscriçãomaiscomplc1aquepossulmm
dcumgrupoindiano(Sow-c<IJle,c:scritocm\952·19S4),aqlWllcobrctodos
osaspcc1osdavidasoeia~dastécnicasatéodircitocarcligiio.Sccssamo­
oog:rar.a,dc1ipoclh.•icomasj.icoliocmdcsf•vorpclomcoosoalngla1crTa,
nãotivesscpcrmaoccidosoli1Mia,disporfamoshojc,1cndocmvist.aograndc
oúmcrodepcsquisasn:alizadaspostcriormcntc,dc um quadroetoog:rMico
dasdlmcnslicsdosubrontincntccomoba.<csobrcaqualcrg\LCrumacons-
Lrução- nolugardcla,por.!m,possujmos1rabalhosdcou1ro1ipo,claro,cde
certo modo mais avançados, rebuscados, mas de campo restrito, e também
muitas elaborações brilhantes que mais parecem pifimidcs q11Csccqui~·
bramemsuaspon1as.Égrandcoriscodcqucaimcnsariq11Czaetoogdfica
dalndiadcsaparcça,comoadaEuropaantcsdcla,scmlcrsidnrccolhidana
medida dos meios disl)(HlfVçis. A culpa seria cncão docmpiricismo e da supc-
ravaliação dc suas prõprias t~nica-< por oposiçio à cultura coocrcta. Em an·
1ropologia,ocmpiricismolcvaaumcicntl<moquc1cndcanoscoodll1lr,n1>
limdascon1as,à1ccnocraaa.
Nã1>csgotciacomplclidadccmplricademcutrabalboclnogrifü:osuL·
indiano,pDisamonog:rafiaqueacabodcmcocio""1apoiava·scoumpcqucoo
1rabalho comparativo regional que, por um lado, dcscmbDcava cm form11·
laçôe$aplicada..<dcpDisaumcasoçélcbrc,vi1.inhomasCJ:1c1110àrcgi.io,1>
dosNayar(oscspccialislas,claro,conigiram 1>dctalhcdaioformação,mas
não alirmaram a Lese), e coosidcradas mais amplarocotc aplictvcis llO plano
i11diado,c,poroutrolado,11uma1coriagcraldaaliançapclocasamcoto(w-
locada cm ques1ão por Harold W. Scbcffer, cm AmMcan AnlhmpolO/Pf,
79-84,dc>-1977,pp.869.J182).
l!iSOquantoàprimciraclapa.
Veio cm oeguida uma série de ampliações. fixa.das nos a~ndlccs deslc
livro, oa ordem, B, C, A. O primeiro, e mais imponaritc, 110 scntidD de que
forncceuoquadromai1>rdc1odomcutrabalhopostcriorsobrcafndiacfora
dafndia,éatcoriadarcnúocia.Apartirdcumabip6tcsclançadacml955
(Dumont 1964, p. lll4), utilÍl'.ci por um ladD os resultados da obscrvaçiD
(Sou..<-c<>Jlt) e, por outro, valendo-mede ccnaamptiação,aimliniiç.iDliD
conhccida,cl.iWcamasaiodavida,darcnÍlociaaomundoparaproporuma
vis.ãorclativamcnteunilâriadasrcligiõcsdalodlacdesuabisl6ria(Ap.B)'".

I Q _ . , . _ _ _ .., ........ .,, ... dtl<lt-........ o-IM.•,.......do


- . .. --__..rc-1o1....-.- .. -.1LM.l""""'LKl1Wlllf·W[.
Ocstudoanlropológicodoprcscntccst1wiwim1plicado.dcmaneir1,r«0-
nhcço, complexa e indireta, à compreensão do passado histórico. Além disso,
parcccu·mcpoucoapoucoquc,comanoçãodeindMduo-fon-do-muado(o
renuociantc),acomparaç.iiocomoOc:idcolccsl"""cnormcmcnlcfacifü1da,
a ponto de forncecr um ponto departidacomparativoparaocstudodo iodi-
oidualismomoderno''.
!Xvopçdirdc.'\Culpas.ébcmYCrdadc,aolcitorniocspccialista,porlcr
dciitadotudoi..sonafonnadcu111cl!Sliodc,,.;,,tccciocopéginas,masanc-
ccss.iria c"l'licaçio lcYC inicio, pois algum indólagos retomaram a tese, lc-
.. ndo-a cm corWdcração, e a p11SCram cm marcha. Madeleine Biardcau, que
1dcscnvolYCu,tcmru..iocmdi7.erqucdcixciaoutrosatareíadctrazcràh1>
J0Jiasislcmlllie11mcntcuimpactodarcn~nciasobrcasocicdadc".
OapCndiccscguin1c(C)aprcscntaumascgundaineursãoufndiaan-
IÍgll,dcstaYCzrclativallconccpçiodarcalc:>.a.Elc1cmumo;arátcrdifcrcnlc
do da primeira e, além disso, foi, cm suma, ma rca:bido. Gostaria de ..xpli-
<ar-me suclnuuncntc. Essc 1c110 é u YCrd1dc um fragmcn10 de um 1rabalho
"~"e a sociedade na fndia anliga". O objetivo era dcfmir tomparll/Í"llnttllft
orcalC1aindiana,ciswnumamhicn1ccar1c1crizadoporumafortclcndên·
iiu, cmrc os ind61nsos como entre os antrop61ogos. de mcnospre,.ar as
funç6c•rcligiosasqucaliocorrcm,cmoc1.dcasalribllirgcralmcntcoucm
11rindpin ao rei (cí. nota 3?g). En1rc1an10, a e<>ndlL<ão, segundo a qual
fun~fo régia foi scculari7.ada na fndia cm época recuada, provocou escânda-
ln fü«utircDlos adiante as objeções dos antrop61ogos, mas os ind61ogos
'"~•icmnãoparcccm1crficadomaisconvcncidos.Pclomcnosaoposiçàodc
M1dclcincBiardcau,porsucin1aqucscjasuac"l'rcss.io,dcvcscr...inada,
Jod1. entre outras ra7.õe&, •Ua familiaridade incomparável com a cpoptia.
NloéP"'-•loclaquirccolocá·lacmscuconlc>lo,masapçnaspçrgunlarsca
1wnpc<1iva comparativa nioé aqui suhstimrda por uma pcrspc<tiva pura·
1noA1cindianaqucdissocia,comooutras,asrcprcscn1açõcodasins1Ílulções".
Oes1udoprcccdemsubjaziet1patcguintc,cmquescopôsànoção
recebida cnlrc os soci6logos de "cWatilioaçio social" 1 idéia tomada dc cm-
prbtlm.o a lndia dc hicrarqllia social (Ap. A; em cspcdal f E, p. lll). Essc
ensaio agora ocupa lugar em diYersos manuais. A discussão conlinua, como é
normal e dcscjáve~ c nio h.i meio de volw a ela. Observaremos apenas que,
cmrcsumo,ocssencialaquiconsisliucmdaraprimaziaaoscntido(ahic·
rarquia) sobre aformacncrlor(cstralif1C1çlio). Ncssctcntido,adcdicatória
dossccnvioaEwns-Prfü;hardDãolicadcsloc:ada.
O flltimo apbdice, D, "NacioDlllisn:io e Comunalismo", centrado cm
umcsforçodcdcímircomparativamcntea"naçio"comocona:pçãomoclcr-
na,dirige-scàhlstóriareccnlc(e&upõcadoséculoXIX,cf."LcsBritanni·
qucsenlndc").
TodosostrabalhosqueaeabodclcmbrarcstionabascdcH.h.Sco
e111piricismonclcsniovli..atcrcssc,clcqucpe11S11podcrrcduziràvontadco
campo de todos os seus empreendimentos, pelo menos me parece que a
cxigtnciacmpirisladamaisa01plainforniaçãoposslvclcdorcconhccimcnto
dadimcnsãohislóricadclcstiraprnvcilo.

Muitobcm,alguémpodcriadia:r,masnioédissoqucsctrataaqui:
1rat&-$Cdolivrocm.simcsmo,c,paracomcçar,dacoloc.açàodcíciluosados
dados clnográlicos cm H. h. Uma critica c>rtrcma, a de Gerald Bcrrcman,
declara que a hierarquia é .simplesmente um cnpo: prendemo.nos à idéia
de que possucm.sis!cma&Ocialapenasascaslassupcriores,cscutamosos
Brâmancscniooslntocávcis.Semdüvida,amaiorpanedosobsc""'dorcs
niiopattilhadcssavisio,111asclatc111a'linudcdcmostrar11111aíéingênuano
igualitarismo, ou cm csiado puro wo csiado de cspCrito que •ub.siste "'"" su·
tilmcntcemoutroscrflicos.Podc-scobsc""'rarcspeitodcsscca.wofuncio.
namento de uma sofisma muito dÜUDdido a que chamarei de ((IÍl&lll& dos tra-
ços gerais: niíosc trata, para nós,dcafümarqucnalndiajamaisc.Wiua
mínimasuspeiladcigualdadccorootcndfncia oumcsmocomononna,ncm
dcneprasdücrcnçascntrcrcgiõcsg:raodcscpcquenas(Bcrremanpcsqui·
$Olln0Himalaiaiodiano),ncmdcllàorcconhcccrmo'limcntosmaisoumc·
nos modernos". Trata-scdce11rairan111aideol6gicaprcdominantcdc11D
.sis!cmaemrelaçiocom.uamorfologia.Ora,muilofrcqilcnlcmcnlc,lopa-sc
cnmacxigfnciadccoloearnomcsmoplanotodosostraçosobscrvados,dc
lhes atribuir o mesmo pc:so,dc negligenciar .. proporções, qucrdiur,no
íundo,dcprojctaroigualil.atismocmnossoobjcto".Oucma.iooíazscvl!
acusadodcfalharnaconsidcraç.iodosdados,dcfomcecrdclcsumaim"Fm
parcial, deformada.

11 ClC1Slt71.p.D r... .. po-....o1tlp<ldaolt ....... l-~•--ro9,.,_....,


_ _ _ _ _ , ... .. - - ... •••.ppllllUf

-··------·--..
,.T___ _,,,,(~

ololo<loqwoo_oe _ _ .._..,__,...,,.,,,..,,..""'.'

--""'""''"
Umoutromal-entendicloparecc-mescrimputil'l:laopodcrdcfogodc
aossosidcais,dc110SSDSvalores,nafonnçinde ......... rcprcscntaçõcs.
Acrcdi1ou-scalgumasl'l:zcsqueff.h.louvavaou1provaV1110s.istcmadasc.a..·
tu., ao l'a$$O que ck proeurll\'a apenu comprccd-lo. Chegou-se• escrel'l:r
quecuaprcscotaVlll"asociedadc~idcalcomoomclbordos1111111dos
poWvois".Napeoadeum llllrop6logooada111aisoadamcnosdooM:lde
uml...cadl(l971,p.236),c,liofllltasisl.açomocranaocasiio,cssacoisadcu
oqucpeasar.Ncs..epooto,deve-selcmbrarqucl..é,;-strall>Spõdecomparar
uuilmcntc "lotem e ca.sl•" sem pensar na hierarquia em ocnhum momento
(lAl'mshstmwzgrt,pp.144-177).
Voltemos à q11CS1ão do lratamento dos dados etnogrMicos. Dil'l:rsos
autores, denuc os quais dois u:stcmunhos cordiais, vêem cm H. h. uma scpa·
raçãonftidacnlrctcldOcootas.NumgcncrOS(lptef.iciollcdição"Paladin"
(GranadaBoob, 1972),MaryDouglascscrCl'l:qucor61ulodccrudiç.iofoi
lcvadoaoe.trcmo,qucocuidadodcdocumcntaçàocadiscussãodctcses
cmprcsençasãoàsl'l:u:sfatiga.ntcs(pp. li, 14).Elatcriadcmanciravis.ll'l:I
preferido uma crposição mais indcpendcnlC, mal< Uvrcmcntc pessoal, e isso
c:s.1avadeacordocoma1cadfociadominantcnaliteratlll"acontcmporinca.
Ora, cuqucriarccoohcccrc integrar tudo o que tinhacomocstabckçido,
marcarcomcuidadoafrontciracntrcCMazooadcconscnsocminhastcnla-
"""'" para ir al~m, e justilicar divergincias e rejeições. Aqu~ como cm Sous-
<<1Slc e outra. lugares, a orientação do trabalho~ essencialmente coletiva.
Acontcccqucumnão-cspeçialistaarcconhcccuscmdiliculdadcaparcntc",
lan~andoassim umal11ZiodirctasobrcumaabcrraçãoatualdaproíLMãoque
11Cparcccmuitocomum"cultodapersonalidadc".
Mais eis que T. N. Madaa distingue texlo e notas num sentido um pDU·
co difcrcntc: para clc, as llOlas s.io "urna obra suplcmcntar" (CIS l971, p. 4),
1 orientação do trabalho~ csscoçialmcntc teórica, dcduliva, e a "prcocu·
paç.ãodcrcconbcccraadcq1111ç.lodomodcloàrcalidadcsocialcon1cmporli·
nca ~ apenas sccundtria", donde a "desvalorização do dado Clftogrtlico"
(ibid.)dc<1ucaJa:u11.Ssclamenlam.AOO..f~docomcn1adorestáaquiforadc
questão, e, entretanto, devo protestar coergiamcnle: o Mmodelo" est:I ali pa-
ra dar coo1a da "rcalidadc .social cootcmporinca" toda na perspcaiva quc a
1nlropologi1 social ordcoa. Se um outro modelo o ÍLa:r com mais economia,
enlio ele dCl'l:rá ser rejeitado. Tamhtm, çrcio que Madan conCuruk aqui a
urdcmda1:.q>OSiçâo(aquimc51110,p.43)camarchadapcsquisa.Afirmoquc
1.Cmrrcdciallltimapalaw1àrcalidodc1ihocn-•da,comodercst0Madano
rcconhcccarapeilodcv•ri,.ponlOll(p.6) Vcjoumaconíormaçãodiowno
l~odcq11e ~11blinbc~qu1ndoh1V11nccc.. id1dc, asdificuldadcsdatcsccas
•pariu q11c ela contornava, de oor1c que n1con1raditora com freqüência

. .-·. . . ,........_,.. ,....., . .____


~
. . . . . . . ....... . .... . ..............
, ,_
~ . . . . . .-.. . . . - . . . p.·-
~
~·--·'"""""
tEm de me ci1ar para as cvoçar, wmo o faz por cu:mplo milito habilmente
Tambiah(l972,wL83la).Tra1a-scalidadisti.nçãoCS1al11lo/podcrcdefato
ê nesse ponto crucial que"" centra K pretensa "dcsvalori>ição" do dado
emplriw.Scscquiscr,hámcsmo"dCS\lalorizaç.io",noscntidodequenem
1ododadoemplricocstts.ituadonomCM11011h..::ldaidcologia.Aobjcçãoi.n-
cide,navcrdade,sobreabicrarquizaç.iodos1raços.Scrtpn:cisovoltaraisso.

De um pontodevisuempiricista,nãoscpodedeiurdeprotCSlar,a
prop6s.ito de H. h. como antç.<; a propósito do programa da< ConllibuliOllJ de
1957,contraoprimadoatrihuldoàsi<h!iasea05Yalorcs,contraorccUJ50Cll·
CCMivoaabstraçõc:s.cmsumac,scgundomfónnulasaborosadcumcrftico,
oonlra "uma intemperança intclcctualisla hem francesa" (Gallk in1empuan1
inttlltttualism), como tamWm eontra a introdução de tcllos a111igos no CUU·
do da sociedade oontcmporinca. Essas censuras envelheceram um pouco no
sentido de que os dois aspcaos çritio:ados mereceram, nesse meio tempo, di-
rci10 de cidadania cntre alguns, às V1""'5 cntre os próprios crf1icos. Evi1arc-
mos,cntão,aqui,tcccrdc11ovoj11S1ificalivasquantoaofwuloparaapenascs-
clarcccralg111>S.pootos.Llvrcmo-oosdarcferêncianacional.H.h.lhcofcrccia
onanrocmdoispontos.Primeiro,pclafidclidadcdcdarada(p.41)cmface
da tr~diçâo '-Ociológiça frano:csa. Tratava-se lá, como alhures, de marcar o
lroçoprcdomina.nlc,dccaractcri7.ardeformasumiriaapcrspcctivadeoon-
junto. Mais imponan1c ê o fato de que a lo1roduçãodolivro, que cnca:rai-
nhavaolcitordopontodevisladoscmocomumparaodaprópriaobra,par-
te csponuneamcntc do scru;o romum/nvrch. Como a ideologia moderna di·
fcre.cmnuanças.scscquiscr.dcumpalsparaoulro,umlcitorc.'\1rangciro
podclcraquiaimprcssãodcqucissonãoêcomclc. Vcr-scassimconfron·
1ado,dcsdequcscsaidoquadrorarcfoi1odadiscipLinadcatUieaparairao
encontro de um Jcitortão 011 pouco concreto, com aciàst~llciadcvariarrltJ
nimarrais da ideologia moderna, não 1cm çm si nada dç penurblidor, milito
aocontrtrio". BastariaaH.h. apcnasumaintroduçãoumpoucodiícrenlc
cminglês.ccmalcmJo,porcrcmplo.
O que era cvidi:nlc para o autor cm 1955 ou 1957 e se imp& cm certa
medida depois é qvc: um nominalismo intransigente, para o qual não Cllislcm
scnioindivldu05,11mmalcrialismosumár1o,wafuncionalismocnfraquecido
sem dúvida, mas qvc: persistia cm fechar a dimensão hW6rica, não mero:ciam
pcrdàodcqualqucrumqucsepropllllhaap6caraantropologiasocialaoc.-
ludo<kumavas1asocicdadehistorieamcntcponadoradcumagrandeóvili-
z.açio. Gostaria de voltar, uma vez m.W, a um ponto. Quando, por BCaSO, a
dlsçussio sobre CSlas qucst6cs com os cmpiricislas nio se a1ola mas oi: apro-
funda, pera:hc-sc ondç reside a diferença csscncial entre catudar homens
que pensam e agem e estudar comportamentos, como se íaria com insc1os,
comacondiçãodcossalpicarcomreprcscntaçõesindfsen.asmaisoumcoos
epiícnomcnais.AdifcrcoçaC51ánaproíuodidadcda"motivai;ão"dopcsqui-
sador:oubcmelcscdispõcapõrcmcausasuasprópriurcp•cseotaçõcspa-
umclhorcomprccndcrnou1ro,oubcmclcnãoscdispõca[ul-locrclata,
cmconscqüêocia,oqucobscrvacoqucvivcnumsislcmadccoordcnadas
imut~vcl no essencial. É na ronsidcração dasi~ias e dos valores que se
aprofundaarclaçãocomooutro.ArccusaCJ!:lccotraraatcnçâon.asidcolo-
giascquivakaumarccusadopcsquisadordcsccolocarasimcsmocmcau-
sac,.,sU8J>C$QUisa.Évcrdadcquccssachec:agcmsópodcscrfragmcotária,
empírica, pieumul, como se diz cm inglês: põe-se cm questão a rcprcsco-
taçào quc se 1ornou ob<láculo, r.cja cla íamiliar ou cicn1'1ica, ou dc ou1ra na-
1urc,.a.Nãosepodcfal.Crtábularasadaprlipriaconsci~ncia,muitomcnosdc
lodo o aparelho conccitual da disciplina, g:raçasaoqualscusmcmbmsse
comunicam cnlrc si. É este flltimo ponto que fü:ou mais d.aro hoje, como se
verá.
Ccnsurou-se,no"io1clcdualismo"dcH.h.,ocondU>.irclcna1uralmcn-
1caumusoinjtWiflcadodc1c11osindianoscrudi1os,distanciadosoolcmpo,
àsve1.cs qualiíicadosdccsoteriços.Considcrou-scsua u1ilizaçãodcslocada,
dcsmedida,irritanlc.Sobrccsscponloforamquascunãnimcsasaiticascm-
~iricistas. Também aqui as coisas mudaram, a !ai ponto que cMaScr(ticas bo-
i• se aplicariam muito bem a alguns er!til:o<. Gostaria de caraa.crizar de
forma breve a utili7.ação feita de lcl<los antigos cm H. h. Num meio do"'Ílla·
dopelaan~lisccstruturo-íuncionaldopr=ntc,quc,rejcitandoacspccu·
laçãosobrcas"origcns",cWulacomomcsmogolpeahist6ria,rciotrodll1ir
osc..tados.passadoscmqualqucrformasobaqualelcsscapr=ntas.o;cmdc-
via parecer uma "misl.ura" de duas coisas que deviam permanecer distÍl!tas.
En1re1an10,~ÍllCJtatofalar,aprop6sitodcH.h.,dcu111a"misturarcitcrada
dcidéiasvtdicascdcfa1oscon1cmporãncos"{l.cacbl971,pp.235-236).Em
prirnciroluga.r,aconsidcraçãodopusadocadopr=n1ccontinuamdara-
mcn1cdistiolas.Doisapêodiccs(8cC)ligam·SCCMCOcia.lmcntcaopass.ado.
Quantoaotcxto,clc.:onttmquatrobrcvcsiocursócsdcl.imi1ada.dcmaocira
prccisaaoslcxl.osaoligos,cparacadaumadclasarc~oaoprescntcestá
estabelecida crplicitamcotc no ofw:~ não de detalhes isolados, mas do pi:·
quenoconj11nlorclraçado(d.seçõc.s2S.3-4c§dcconclusio,p. l(l(,scção32
cuqucpreccdccscgucimcdiatamcotc;scção57;scçãoli5).Éapen.ascom
relação à pá&ina 22lqucsc poderia falar de "mistura", massctrataaf,cm
condll!iãodccapllulo,dascirtcsoriU>indianasda"cstruturadaaçãosocial",
parK falar como Tukon Pa1•uM. Qu•ntn • id~ias "védiças", apenas uma mc-
Jccc cw: nomc, c vollorcmoo 1 lun cm ino11n1cs
P.m fun~Ao de olKUllll descn\'ulvlmc11\•,. rcccnlc., deve-... abrir espaço
ao1111porun<.larc«r<<>HU•••d•\l"'""llroprescntccop1M11docolâconcc-
hid•c11<»lacm 1no1<h•rn1I/ h Nu1ol•notloi11lurn>açln1cr•lctlc1lgum
modopreliminar,oquescubedop.usadotOtilparaaantropologia. Esscé
oprimciroponto,jamaiscolog,doemdl'.nidaporumcmpiricismoqucsubc:.-
timaasprohabilidadcsdaobacrvaçiodiretacdaintcrprclação.Oscgund<>
ponto vem de Mauss, o de que o presente tem va11t~m com relação ao pas-
sado. Elc diMc com bastantc frcqlll!D<ia: o cstudo inlcnsivu do prescntc pel<>
antropólogo,porquctpordcfmiç.iocomplcto-oqucCJEcluiasdclimitaçóes
arbitráriasdocmpiricismo, quccortaoSDCialcm fatias -,é incomparável
paratrazcràluzrela~conliguraçõcsoucstrulurasn<>dadowcial,cmrc·
laçâGaos dados hist6ric:osscmprc fragmcntfirio$. Uma vczdc.-.ntranhada
umatalconfoguraçãonoprcscntc - c.omoumsistcmasocial,elliionominal
comood<>empiricista -,podc-sccsperarcncon1raralgumac.,;,,..11opassa·
do,scrvir-scdclaparaaordcnaçiocomprecnsivadoqucsurgccomíreqilh·
ciacntrcas màosdaindologiadássica,istot,cssencialmcotcdafilologia,
como umacolcçânpuramcnte acidental'". Es."' foi minha tentativa, cédc
cspanlarqucelanàotÕ\"CMC.ul<>lcvadaacfeilomaisa:do.Osfrutoscsta·
vam maduros desde o começo do stculo, graças ao M1111S.• ,;an.~ritista e 110-
tropólogo c à cscola durkhcimiana, c - .,_loaausênciadcoposiçãodistin·
tiva,talVC';.dcci.<;iva - éposslvelsuporque,lliiofDSSCaGuerrade1914-19\ll,
clcstiv.:=msidocolhidostrintaaoosantc..Acolhcita,todavia.malcomc-

Mcreçoa:n.•ura,tcndointroduzidoc.'l\aaparcntcnovidadc,pornãotcr
=larccidobcmop:roccdimcnloqucscguia.Podc·SCveriíicar,crcio,osdois
ponl<>Sscguintcs: 1. ..,mprculili1..:iconjun1<>s,grandcsoupcqucnos.dcfini·
dosscmarhituricdadcccujarelaçâoaosconjuntosd<>prcscntces1áforadc
quesl~o: 2. sempre considerei ru; represcntaçnc.• cm relação com asiMi·
1rúç6<'s.Explicitcmosc...escgundoponto.Podc-sccona:bcrumacxcgcscquc
c1111Ílcporcomplctonos1c1tosbramãnicm,ascona:pçõcsdoslctrados.Ecs-
saqucàs.,,zcsmcatribuem,dcmaociraiajUS1a,cdaqualalgunsparcccmse
aproximar hojç. Q11anto a mim, niio apenas recorri a tcnos que !ratam de
formadirctadcrclaçõcssociais,masoopassadocomonoprcsenteasrcpre-
scn1açõcstomadascomofundamcntaisseligam,cuiadil:cràmorfologiaso-
cial, digamos mais às illstituiçõcs no sentido amplo do tcnno. Também a
ren6ncia é uma instituição ou, para tomar um traço mais restrito, a d.iaito-
mia dDS templos KaUar em deuses puros e impuros - à parte de toda ia-
íluêru:ia bramânica imediata - (Saw-clUI~, fig. 32cp<mim) ~para mim um•
dcssasinstiluiçõcs,qucecmdcnaasquimcrasdoSr.Berrcman.Niosctrata
dcumadi.<;pu1afücrfiriaout11ccpciona~i!um traço fundamental da religião
dcssaspcssoas,qucnâol!marginaldcocnhumpon1<>dcvista.
l.ssomceratãoevidcntequcncmo•ublinhci(mcsmoporqucolivm
não1ratavadosKallar).Emsuma,aidcologiaqueH.h.tentoudcscn1ranha1

",._,._.., .... _""""-""Pf19<1oll>.i..,,..,_r ""l ""'"'"'-"'1"-'


(-...1 ...1 . -.. -pp.2"1.-.llp!•••·""'"''"'
611Cmprcvistacmrclaçioimcdiatai:omapliticasocã&l111aisCOlllolantcc
mai<ccrccantc.OcontnstcétOlalC0111os"6osao&qaaill110&coovidah.tal-
l""'anosno111csmocampoa"análisesimb61ia.N;aim"F"'ct&ca.queos
od'1:rs.lrios cmpirici<tas tentaram esconjurar deste livro é produto de sua
própria imaginação.
Há, entrcianto, um ponto com rcla'1o ao qual ultnpa.w:i meu pro-
111•m1, c eslc tum pontoccnual.HaWIWDproblcmacolocadoàpcsquisa
mnlcmporânca. pela fndia dç boje, o da rdaçio geral coUe o;asta dominante
ocaslabramânica,emcscaliolocal(§74.2).Eslavaclaroqucoqucchama-
mC10casladominantcnaaldciareprod111idcfa1011CSSCplanoarunçãorégia
que.scmc~nioémaisobscrYáYcl.Ora,acoat«cquc,quandodcuma
1ncurUolllndlaantip(Ap.C.),encooucicnlrcw;:lbosri1ualWasumafór·
mula.qucscpodcdCSlavcz.;hamardc''vtdica",darelaç.iocntrcosBrima-
nc•corciquercsolviapcrfcitamcntcoproblcmaconlcmporãnco.Euato-
mei empres1ada, ad.m~indo ali WDa continuidade, ou melhor, uma pcr-
mant!ncia ncssc scotido cntrc o prcscntc c uma époça muito rcC11.1da, c tra-
•endo assim para o prcscnlc um tnço emprestado a um passado distante.
11.... foi:1emd6vidaumadasr117.ôcsdoc.~ndaloqucscscguiu.Semprcc:ci.­
lcu•1udcque,qucrcndosclimitaraoprcscn1c,csqucceaorigcmdaíórmula
lwmocudissc,CIS\971,p.68).0queeslccasolcmdcc11CCpcionaldopon·
1udcvistadomi!todoéqucnàofomosn6s,masvclhosau1ores,que,num
1an1inl>odc>;cwotratados,eara<1cri:f.aramarclaç.ioíundamcntalemcausa.
.\ltmdisw,clcsrcmctcmasin6merascaslasàsquatro""'rnasclã>sicas.quc
.. ronlirmam M.•im não só como fundamento histórico, mas também como
1u1tcnl:!.<'.Uloimplfcitodaidcologiadascastas.oqucmckvouatratardelas
dolllc o terceiro capltulo. Se as wmas são uma "idéia vtclica'', é preciso me
JUIJL&r culpado. Mas quem não vê que elas são mlli~o, muito mais que védicas
o mmlu mais que "uma idéia"? A teoria que delas resulta é «implicada, sem
,javido,cultrapa$$11oplanosincrõoico,mas,sccla'"irtitou"algu115,elanio
lnl•Ub•tituldaaléhojc.
PoiditoacimaqueousodctCllostcm"&oradircitodco;idadania.lnfc-
lilm•nlcclcéamiúdcdcícituoso.Ocixandodcladoasfantasiasàsquaissc
ol11Jdudianlc,tomarciocJ1CmplodcumaobraqucpossuitodasasaparCn-
<1a••>tcrno.•decois.séria,masnaqualarclaç.ioantropologicamcnlcnor·
"'"l<loprcscntccomopass.1dofoiinw:rtidacomfinstendcnciosos.Trat&·.C
•ln lonM<> ensaio de S. J. Tambiab in1i1ulado ··o~c, Preço da Noiva, e os Oi-
u·11.,. Jc Propriedadc das Mulhcrcs 11.1 Á•ia do Sul"•. A ques1io é pcrtincnte
l"''"""i.temad.. cutu.munlnéU...,oqucnns<>C11paaqui.Fica-$CdcsdC
"u•mc~n •urprew cm w:r quo, lrM.ndo·:1e eucnciir.lmcnte do lndia, maté-
lllO rcconhccidu comu m111in1ll (t:oilto, Birmlnia) ocupam metade do

...
,. ................. ...,., ..... ,..,..,,.,,,_,,, ,_,_..,,,_,..r_,,.
,,,.. ,.,,,._,, ........ .... ....................
~ ~
lrabalho.DcpoiscollSlalam·5Cd1W1coisas:oaulorofcrcccscusparadigmas
ctratados1mos~odharma11111adcrcsumirosabcran1ropol6gioon:­
la1ivoàlndiacootcmporhea;aMmdisso,coloeaas"prestaço}csdecasamcn·
to"'sobaégidcexdusivadapropMdatkcdaherança.Navi:rdadeumacoi-
saoxplicaaoulra:oslit:rlosjwídicm,pr<:oc:Upadosantcsdctudooomapro-
pricdado,siomaiscmriaiientcsparaoautorquc as dc..nçõcscanáliscs
co:ntcmporâncas..LoagcdciatuprelarwcslcXlosbra:raânicosàllll!docos-
1umcpopularaprccndidodc[ormadirota,clcprcforclomarcomopon10dc
panlda umaoa1cgoriamalcollhccida (inuigr;ing) comoamlka, apLioar-Lhc
um raciodnloblpotétlco(ASif) cÇOUS1atarqucalntcrpn:1açioasslmcMS-
lru!da "dá conta igualmente dos pagan1cntos de casamentos contemporâ-
neos" (pp. 86-87). Resume cm seguida muiln bem os trabalhos conlcmporâ·
ncos,masparan:pousarascondusõcsdcssestrabalhossobr<:olcitodcPro-
ruslodascalcgoriasqucconstruiuantcriormcntc.Ali,ondeaanlropologia
mosiravaumatrocadcprcs1açócs.im:du1M:Jàsimplcstra11Smissãodcpro-
pricdadcc qucvalorii<.avaasrclaçócsdcalinidadc(pcmocm meu próprio
1rabalho).Tambiahrcintrod111,çomaajudadcjurislasolícials,apropricda-
decsuatransmissãooomoprcocupaçiocsscncial(T.N.Madanapontacssc
fatocmCIS9-2, 1915,pp.235-237).0objctivot,alémdisso,confcssadopc-
losaulorcsnoprcfácio:"Nru.soobjclivo~conlornar,curlo·cireuilar,cLiminar
mcsmocssasdi..cussõcs(sobrcqucstõcsdcparenlcsco)... accoluandomaisas
considcraç<'>cs materiais" (p. IX). Os lcxtos servem, cm suma, para assegurar
a vitória do materialismo :lobrc ascondusõc:sdctrabalhosanlropol6gicos
conscicnciosos.Pcrmi1i-mcpcrsevi:rar,lcndocumcsmocstudadocsseslCll·
tosnocursodcumtral>alho:lobreafndiaaiitigan.iopublieado(vi:racima,
notal3)clcndo!oc.adonaqucstãoncslcLiwo(nota54c).Aquicomocmou-
tros lugares, os tcXlos, na medida cm que ai se pode encontrar um rcllem do
costume, "sub:stanciali7.am" as coisas (adiante p. 322 e nota 14), e isso
corwtm a um autor cioso de colocar uma mbs1dncia, a propriedade, oo lugar
dare/Q{dodcqucoc.asamenlo,ouanlc.olntcrcasamcoto,taafodiaos.lnl-
bo!o maior. Seria preciso lembrar ., primcirB> cvido!ncias? Pode-se oplic:ar
pclapropriedadccpclahcranç.a<L<dc.pcsassu.ntuúiasàsvi:zcscoormcsquc
acompanhamo casamento?

Hsefczalusão,noqucprcccdc,àquartaa:l!.>uradirigidapclocmpi-
rismoaH.ll.:adislioçãocstatulo(hierúquico)/podcr(polltico)1alcomofoi
alipropostaniomcrcc:cconsidcraçãodapartcdclc.Passaalndapclarclaçio
eotn:rcicoBrãmancoafndiaantip(masaquclaquc..,pcrccbc,nalndia
moderna, cnlrc o dominaolc e o Brâmuc que o serve t cssc:ndalmcotc clifc-
n:nlc dela?). O que talvez scj•, cm especial, inlldmis.\I..,~..., olhm do cmpi·
ricisla, é que atooriascco11tradip ••i mcsmaesclonie,l151im,impossJ.,çl
dcscrrcfu1ada,dcscr .. fahificada".Scasduasl'uAç6csscop6cmCOl!losc
pretende em umoí.,çlmaior,nioscpodcadiaitirqueclassccoafuodame
que o poder se tome equivalente à da pureza, oum oM:l meDOr. Ou se c>:il!C
que a relação seja a mesma sempre, hom~ne{I, monolítica, oo então que
niooscja.
Nc.o;tc ponto, pcnsa·sc cm McKim Marriott, que propôs efetivamente
Jcll<llrll.h. para trás graças a um monismo(Marriou \976'r). Para ele, o
Juali.uno é ocidcnla~ a fndia é monista. Eqp, uma pcr5pc:diva moniola é
mlllli fiel à cul1ura indiana. Evitemos essas proposições muito HC•ais.. Evilc-
mos lambtm '''"um "dualWno" cm toda opo:i.iç.ão distintiva, mesmo porque
"monismo cm si tambêm Jç~ r~r llislinçúcs (etc as rv, e elas 5.!lo ~an­
lc oorrcntcs, por c>(Cmplo dJramrt1/(orinJ, cuja fontc clc não indica). lntrodu-
•ama. uma questão mais reslrita: cm que medida o ou os "dualismos" cn·
""'""d°' cm H. h. rcprc.o;cnlam a introdução de um elemento es1nmho à ln.
doa~ Vejo ali dois "duall•mos" fundamentais.. Primeiro, um "dualismo" me·
111.Jnlógioo,impUcitonaap<c.senlacãomuitosimplcs,porEvans·l'ritcbard,do
lrnbalhodoanlropólogo:

c,.,.,.,oóg,.f<>.d<..,.......,•-•'"Jl<M>Pnm"""'•l'f"od<••-d<.,..r.
~1•r<ook1!ollr•lloguo(okao>p=oui•pc ... rcm1<"'"""""°"'"'""'"'1"odoiC"' ...
~.,.,n• ..-.-..... ......pc...inna.i. ..... ,,.<-ri,o<a.••••rpt<1a1....... ,.,..,,...""""I'"
"'"'""'""°""'""'""Prolpnanrllu,.cnalurguoJ<mdo«>rpoJ<nld<"3111KarDcohlid<
'"'~""ri' .. Emowlltli!<rmm,tl<lr>dlalcloumanrnu.. oouln(Sa<ld/A"""""""", l\IS\,
1•M)

MarrioU acha que pode se desembaraçar dC55C dualismo? Em caso


oílrm•tMl, <cu monismo mercçc o nome de mislio;ismo e 5\111. "e1nossoc:iolo--
1I•" não e..iâ muito loni;c da 1cosoíoa. A prctcMão de dominar todo o campo
•l••Var;la.o;c complcusli1cra1urasda lndia nasdifcrcnlcsdiscipli11as(ibid.,
pp 19l·l94),aincrfvclim:flelãodcMarriot1cdescusdisdpulosemfaçcdo
uhcr acumulado pela filologia {mistura de noções hctcrogtncas etc.) rio
11r"" "'n1ido. Como os aitkos ll5Sinalaram, Marriott passa diretamente do
•<>m1Mlamcnlo (ll'll11St1cfioo) à significação, ele "intui" o scnlido (Bamcu,
l'ru11cui,Osto1.cmJASl976.p.634).
Oou1111'"dualismo"dcH.ll. éo"dualWno"hii:r!rquioo,dadislinçio
'•t•IHlo/pnJc1. E aqui Marriou 1em a1rli< de si uma boa parle da pror.55.io,
l"'"<l>cw: no mesmo instanle. Podc·sc resumir• ,jtuação: se"" procura
""'" rcprC5Cnlação,jmplc.o;da110Ciedadc noplanodosvalmu,dcscobrc-sc
'I"~ ~ 1cr•c5Cnlaçâo maior (ou ••mdimol"), õl1im•, ou a oposiç.io do puro e
duhnpum,&eclacn&lobatoduuou11u,nl0Jicontadctudo.Nosn(veis
•Nll"dllsio•,cl11iCcontn1di•"""' mialu1•1 aoocuçon\ririo.Orn.ezigc·5C
um~•·•11lic11Çloou rcrrcM:nlaçlococrcntc •1ucJ~ conladodadoscmcxccç'o

·::.'.º .'::~.r'.~~'.:,~~:~,:~:;:~~i~,~-•:. ·::'.:".~~~ .~~:;.t 1 ~.'.~~~:.~~i:..";:.':'ndW


Mas,nofünda&contas,estll-sercivindicandooqué?Oucumaidcoto.
giaglobalcnvolVllsemconlradiç.ioalgumaocampointcirodcsuaaplicaçáo,
uniformcmcntccscmdlslinçãodcllfveis,c.nolimilc,qucnãodcixcnoobjc-
to observado ncnbu111 rcsfduo irrcdutrve~ islo i!, que seja supriinido o "dua·
lismo'"doobscrwdorcdoobscrwdo,por1antoapr6pria•ituaçánan11npnl6-
gica. Mas, sc para alguns, çomo pira o monisla Marriou, é cbocan1c quc
nossavisãoabo.oluta(sc111rclaçãoço111oobscrvador)dasocicdadcoucullura
CS1ejatioinlima111cntcligadalts.ituaçãocU.tcncial,porassimdizl:r,doob-
scrwdor,é,aoconlrário,s.atisfat6rinparan6s,porqucafcncon11'l1mosasc-
gurançade...;otermossal1adoparaforadenossomododcconhccimcnlo,
mas, aoconlrárin, conservamos, com sc11< Limite..., sua autentkidadc.
No lim d!lS contas, a ~êno:ia formulada pi:los crllicos i! u de uma
idcologia''vcrdadcira",Woé,vivida.Essae:ãgi!nciai!amcsmadoidcalismo,
et surprecndcnleveroscrnitos formula-la, eles que nos reprovavam cm
nome do empirismo por auibuir importância demais às idéias e aos valD«S.
Oqucn~condllSâoqucrdi>:cr1>0planomaisgerali!quc,romcfei10,a
idcologiabicrárquica,nãomaisqueaigualilliria,ninscrcali>".apcrfcitamcn·
1cnofa10,ou,cmou1roslcrmos,nAopcrmilcaconsciênciadirc1adctudoo
que ela implica. Nossos próprios crfliros considerariam dcplorbcl uma «ln·
cll1Sânnpns1aae,,...
Voltcmosàhicrarquiadosnlveis.Crcioquealndianoscnsinaaquium
falo univcrs11l - e;,..., também me parca: moslrar que 1ra1amos dele de mo-
do conveniente. De fato, é apcna.•em nossa ideologia igualit~ria que a rcali-
dadc surgc num único planoc como quc constituldadc~tomoscquivalcn1cs.
Lcvamosp;iralodososlugarcsaondcvamoscssavis.ioplanacuniformcda
rcalidadccdacxpcriéncia,graç.asàcspi:eialil.açãoqucpcrmitemultipLicaros
plano<analflicoodcAACgi!ncro,todoscmprinçfpiohomogtncoscmtodasua
cxtcnsãoeindepcndcntcsunsdosoulrosem•uaoricnlaçioc•uasiluação.
Numerosas erítiças, das quais mencionei algumas, TI:Sultam da apliçação dcs-
sc ponto dc visla. A sociologia c :as ciências do~ntccmgeraldevcm,ao
conmlrio, reconhecer a organilr.ação do dado cm nlveis hierarquizados
(d.Dumontl978).

Após essa explicação, ~alvcz um pouço longa, çom suas críticas, seria
dcscjávelvernquesctnrnnuH.h.napcsqul'<aconlcmpnrânca.N6snoslimi-
1arcmos a alguns trabalhos que a ele r~m rdciinci.a mais ou menn< de ma-
ncira elflllci1a, oo plaoo das idt;ias dirctri7.cs c d:as conclllSÕcA, c tcnlarcmos
extrair dai linha.gerais.
H.h. propunhaver,no•Wemadascaslu,umade•volu<i1açiodopodcr

.
~:=:i~::'::.::.~~n<~~C~~C ~:~'.~.~.~~·.~:: :.-::-.·.~'.1'.1:·~.~.'. '.:'.~ 1.~:~~l ..
l'oioquefczSusanWadlcyaotennodcumalDOllOf'.t'iasobrcreligiioou·
maaldcU.daplanfeiedoOangc.".
BastariaobscM1rq11co"podcr.. dequeclaíalaUotamcsmaçois.a
doqucc11falava.lssocstáclaroq11andocscn:YC:"O.briman06sãoos
••:re<aomcsmntempomal!;dotadnsdepodcr(powrllfu!)cnsmaispur.,...
(p.l86).Mastpreci..orompletaroargwnc11tocacruccntarquc,oocspfrito
d..... au1ora,suanoçãodepodcrseimp6crontraaminbapolofatodeque
clot...:rdadciramcntcindfgcna,poiscJ<lrafdadeumaanáliscdodomtniocm
qucsctêmmaisprobabilidadc.<deapontarnswl""'-'lntimns,arcligião.Pa·
racvitarconfusão,lrad111.ircinoqucsegucpor"pocência"(puimrnct)o
po""'rdcWadlcy.
É preciso dizer, cm primeiro lugar, que devcmnsscr rcconhccidnsa
S1WnWadlcypornns1erofcrccidooprimciroquadrodctalhadodarcligião
1><>pularnaquclarcgiôo,compre<:ndidaafaabundantcli1cra1ura,oraloucs-
<nla.aclaligada.Esc:olhcucentratil".arsuaantliscoanoçãodepocel>Çia.Dc-
liniu por ar o wbrcnatural, 0< deuses. Aqui duas obscrn.çõcs se impõem. De
umlado,niosetraladcumadcliniçãocomparativa,porqucapo1êociatsem
dl)vidaumatributodnsdcuscsdctodasasrclipõcs. Dcoutro,n.insetrala
prnpriamentc de uma delinição, porque se di•. ao mesmo tempo que a pocb-
CÕ• não tum atribu10 distin1Mi dos dcuscs: a po1ência cstá cspana cm todos
'""''c•ccmtodasascoisas,wbrcc~atcrracnnsoulr0<m11ndos-ctisso
"quc,nacondusão,pormi1caplicaranoçãoatodaasocicdade.S.mdinida
º'""' potencia não es11i prc.-<entc da mc.<ma maneira ou nn mcsmn grau cm
1uJaparlc,masaauloran.iotcnlamafü.arouqualilicar•Uadcfiniçio.Tal
comocs1á,suadeliniçiocotocada<1prioriésu'l'rccndentc,porqucoqucca·
mtcri1.aria a lndia .t primeira ...Wa, com relação a essa matéria,nãot a
p<ll~ncia dns deuses, massobrctudna continuidade entre o"sobrcnatural"' e
una1u1a~ofatodcqucsercsbumanos(ocasado)ouobjctos(osin$trumen­
lu•de lrabalhn) po:!.53m,cma:rtascircunstâncias,seroobjctodoquccha-
mom""11m"cullo"(piljii)scmclhantcàquclcofcrccidoaosdcuses.
Oquedizcr?Nãoselralaaquidcdisculircmdetalbcumaobraqucjá
1M" ""u aspcdo cien1fliro merece todo respeito. Trala·sc desse conocito, ;,,.
crodu1idndcsdcoinfcio,qucaa111orapcnsacxprimiracssênciadarcligião.
l'<nurquecleniocscondcnadadcv.ilido?Acrcditoqucpararv.crjUSliçaa
Wmllc~ de..:-..: odmitir que ela [IC•tcbcu aliiuma coisa. Creio qllC cl~ pcrce·
!1<·11 uma continuidade, um "moni..mo'", como diria seu mestre Marriolt, uma
0111uJcqucoobrctoJooe11mpoda.•rclaçilc..,algumaroit.aqucnumaprimci-
r• ~hord•11<=m se dc...:ria chomor onle< Jc sentimento de depcndencia. Que
""IM,... J~ar a mcun• roW. romo "M:nlomcnto de dcpond!ocia." e como

",_ ........ _
"1M~~nd1" (ou poder) mc•l,. o 11".muquc puJc M:par1rduas intctprcla~

._.,_ . ,............ ...,_ .....................


-••••·••'"'-"'-•--•-u·-•-•
~ .,.,~,,..
Paraficar11aquilodcq~110SOC11palllOlilqlli,podç-sc1;0R1prccndcr,scmdú·
Wdacomíacilidlde.,queawiM:nalidadedcumtalsc111imo1110dcdcpcndên·
ciaDioconsliluiumargumcalocoolraarclaçiocsw.u111/podordcH.h.,quc
sc.ituaoumoutmplano.
Umaoutr1\C11!ativa,muitodifcrc111c,paraLigarcstrcitamonlcC5lalulo
cpodcrtadcTambiah.Eam:as''vcrdadcsctcruas"(1imdusr1U1/u)sobrco
sislcma das c:aslasconscrvadascom prccior;idadc(uWuúteá) nos\ralados,
clcacrcdi111utrazcràluzdoispri.ndpiosouduasord0Mdopurocdoimpu·
m:aoladodcuma"orclcmin..,n;a"co1Tcspondco1caocstatu111,uma"or·
dcmdire•a"quecorrcspo11de1an111"aoprivilégiocàdomioâ11cia""quanloao
"accssoàsmulhcn::s"(dasYarnasinfcrion::s)11.EslcúllimoponlofoircLoma·
do por F. A. Marglin. que afümou que '"o poder cst~ no cora~ão da hicrar·
quiadasc:astas",scmprcLimiludoopodcrdcqucclaíalaa"c.crtosprivilé·
giosrclativosaoaccssoàsmulhcrcs,àsocupaçõcscàriqucza"".
Osauloradcquc"'c rcstafalartômcmcomumofalodcconstilu!·
rcm, com rclaçio a H. h., um movimento do avanço ao qual daria de bom
grado o nome de "Vento Novo", ampliando um pouco o sentido que K. Da-
vid dcu à cxprcssão 10 rcunir sob cssc tnulo um simjXisio muilo bolorogêoco.
Maiscularncnte,CMCSau1orcs,cmnfw:isdifcrcn1cs,con1inuaram11usin101i-
zaramduaspcrspcC1ivasdis1in1asouma1cnta1ivaorigin•lc,scg.undnsuavou-
tadc,supcrior.
No caso de McKim MarriotL, a rolaçio a H. h. o! puramente c>:lcrior.
Ele se aprcscolou, ua curiosa correspondência quccilci (Marriott 19767),
comoobc1dcirovingadordcumprcdcccssorfinalmcn1cc>:1raviado,ultra·
passando o dualismo que me impula gra?S a um mOJ1ismo que o!, na ""rda·
de, mcla·antmpol(lgico. Mas nlio c:<klc ali, como o demonstram os detalhes
desse lc>:lo, aquilo a que se cbamariaualioguagcm desse autor uma "cs·
•ra1tgiaMdcc:on\Ofllo.Navcrdadc,Marri1111associaascu""Jholransaciooa·
Uo-scg.undooqualagradaçãodeposiçõcséoprodulodosponlosmar·
cados11as1rocasdcallmc11to - aanáliscdacultura,oudosslmboloscdas
significações, à maneira dç David Schncider, vaças a uma mciafüica monista
que permite razcr coincillir uma e outra como a ma1tria e a idtia. O laço
cmpfriroco1rcrcprcse11Laçõcscinstiluiçõc:scst.tcmvandcmodidaci;Vll1.ia·
do,copcsquisa.dorcst.tlivrcparahauriràvon1adcnovas1orhosaurwdasLi·
1cra111rasindianasasnoçõcs.quclhcconvêm.Elcnõ11scprivadisso,cscu-
C011\ra cm Marriou e cm alguns de seus adeptos um sincrcti.lmo do noções
discordao1cs,arrancadasasc11Scont~os,qucdcixabcmpara1rha<(aça.
nhasoonlw:cidasdlvulgarizaçãohinduhla"'.Aquihádcfalouma"mi..lura"
darcalidadccootcmporinca.cdcfragmco~dcsbocadosdaUtentura.As·
•im, por exempla, quando MarviD Davis aprcseola um quadro bastante Bm·
bicioso cm si 110 qual tr& tc11~111Us f11.11damentals ehamadasgwtQ são aprc-
.. nladas taoto como aÚYll5 q11aot11 comos11primidas cm cada uma das quatro
"""la.somos levados a pensar, naa\ISêoóildcindic.açio,quccsscquadro
prclcndcrcproduzirumavisioquc.eriacomumaosiaformutcsbcngalisca
divc<&OStcxtos",oqucnaturalmcntenâotverosslmn.
QuantoaKe1111cthDavid,clcpartcdaidl!iadcqucta11100intclecu111-
lis.modcH.h.,dcumlado,comoocmpiricismoous6c:io-cstruluralis.mo,dc
outro,>iorcdutorcs,dioapartcpclDtodocto:.Para0<uluapassar,eledc-
""º"'lvcuumofvclintcrmodiiriocntrcaidcologiacocompon11D1cnlo,q11el!
1quiloquccbamadc"csqucmasoormaúvos".Disliogucldsdclcs.Rccoohc-
<c,ali!mdos"códigosdecoodula"(cntrchomcns,ccotubomcnscdcuscs)
cnointcriordomododc:condutacntrc bomensdc:castasdifcrcntcs,dois
modos de relação, o modo imposto e o modo Uvn:. O material assim alomi-
1ado - provém dos T.mouls"' de Jaffoa, é cm si muito inlC<C$S8.lllC, e rico
•obvúiospootosdcvista -, q11ecDgc umabicrarquizaçãoparaquescja
unificado,oãoarcecbcporqucoobjclivodaopcraçãocraprccisamcntcodc
podcr1w;taporasdifercoças-cotrcca.<t..,.,eotucontelC!osctc.-,daodoa
•1Jacasoouupcctoparticularumpcsoigualatodososoutros.Aigualdadc
o! ..lva,auoidadcdaculturacdasocicdadcl!sacrilicada.Éverdadc,colre-
lan10,q11ccla1rani;pareccaolbosmaisvivos:porma.isarbimirioqucàsvc·
ua..:ja oprocedimcolo, o material I! bastante rioo e, no COJ1j11.1110,mui10
riclmcntctratadoparaqPCscpossa pcrecbcr,aoconmiriodaU.teoçiodo
1utor,omododcsuaorganização.
Uma ouua cs~ de combinação ou de: siDtcsc aprcscota-.e como
l"<~cloradcH. h. Trm-scdctrêsautorcsassociados,StcvcBamcu,Lioa
l 1ruu.cuicAkosOstor,aqucmdcvoagradccimcolospor5u.avalcntcdcfcsa
o ilu.ir1çUo de H. h. num simp6sio (JAS 1976, pp. 627-616). Tcoho à vista
••1u11 si!ricdcquatrocsludosqucpublicaramcm coojuoto"cparticular-
mcn1coqll8fto,q11ei:.onstiluiaconclud.occsltassinadopclostrês•utorcs:
·lhe Cultural Construction of lhe Pcr.IDll ia Bcogal aod Tamil Nadu". Os
oulnrco dccluam combillar duas perspectivas, emprestar algo de Dumool,
I"" um Lido, e de David Schncidcr, por outro. Como U.dica o titulo que aca-
ba de ser citado, é claro que~ dois au1orcs não ocupam af o mesmo lupr
equcoprímciroes1ádcía10cmbutidonoscgwido.Navcrdlidc,c'<istc1UD
paradomnoqucrcrprotcgerH./t.quandoocsforçoéodcdcíuoirauDidadc
(entre duas regiões) dalndiaapartirdcumaconccpçioindividualistadaso-
cicdadc. Não creio, por meu turno, que a comparação das soc:icdadcs deva
ser feita sob o s.igao de sua c:onocpçio da pessoa humaaa, por afcxislc., a
meu ver, alguma coisa que é fundamental para uns e não para Dlllros, mesmo
sc1odaconccpçãodasocicdadcimplicaMCncccss.ariamcnlc umaccnama-
rteiradcconcchcroshomcns..
TcnlcmosscguircmahstratoaprcOC11paçàodcnossosautorQ.Atco>
ria de H. h., e a de Dumnnl cm geral, coolinua a discinguir os dois campos da
c.wacdoparcnu:sco.(Cnnhccc·scoalaqucdcSchm:ldcrçon1raaidtiadc
umcampodoparcntcsco.)OsdoisCOJ1ccitoscmeau.a,parcnlcscoee<Wa,
foram rc....lados, cm suma, por uma compartimentação efetuada pelo an-
troplilogo. Na mesma linha de Dunmnt, que rejeitou por cMmplo a noç.iio do
cslraliíieaçãosocialctcntouullrapassaranoçã.opuramcntcanalílicadcuca.
samcntodcprimoscrtl7.ados",afidclidadcaopon1odcvistaindfgc11.1cxigc
qucscjaapagadacssadistinçãoquc,parafalarcomclarcr.a,nãocstifundada
nocsplrilodosprópriosindianos.
O que pcmar dessa cxigtncia? Ela não é cm absolulo injllSliíicada, mas
é de alguma maneira angélica no sentido de que não considera a ncccWdadc
de preservar, no nlvcl da. eatcgoria.• maior~ uma linguagem comum à pro.
fissão,.:nndiçãoindispens.ivcldcumconscnsojâfortcmcntccrodido.Opa-
rcntcsco é, pac~ Schncidcr. uma categoria cicn1ffiea-cm-dcvcnir. Disse-se
acimaqucnossasrcprcscntaçõessópodcmscrposlascmc.ausa)l<WO•pas-
:IO. Ora, aqui se pretende f11..:r tábula rasa. Nossos autores falham cm oio
lcràmioaomcsmotempoasduaspontasdacom:ntc:asconccpçócsindl-
&CR&S, sem d~vida, mas tamWm o que é preciso consc1YU dasº""'""" se llio
sc quiser que c'<istam amanbã mais antropologias do que antropólogos. Uma
••:zfoitacssarcscrwapriori,cla.podcril.scrlcvadaadian1cscoproblcma
colocadofosscclarocscasoluç.iopropostascimpuscssc.Esscnãofocaso
quel'$\Asobminhao;onsiderai;ão.Nãoscpodcaquicnlraroosdc1alhcse,as-
sim, a qUC$1ão tem de ser dei>:ada cm aberto. Sublinhemos apenas QllC
lamWmaquia"Wliscdcculturanafasladcformapc"sosaasrcprcscD•
laçôcsdasinstituiçõcscdocomportamcnto.hsoesláparticula.rmcnteclaro
noscgundoartigosobrcBcngala,cmquc1análiscsulildcumastricdccon-
cciloséa.:nmpanhadadcumaa~nciatotaldcdcscriçioetnogrifiçahabi­
lua~ até mcsmn dos aspcdos circunstaDciais e a:rimolliais pertinentes do
imediato. Para uma análise ambiciosa é preciso um íundamcnto dcsçrilivo
Wlidoecomplelo.AindachcgaremosaWo?
Em suma, e 111uito paradoxalmente, tenho 1 scnsaçlio de q11c H. li. oc
JIOSiCÍOnaliohcmquantoposslvclnocstadnatualdaprnÍIWn•Dlrol"'l/lgica
(Dumont !978\.EisooroU<:olivronodc ... rrccJ1taJohoic 1°'.w-oclod.,11uo
"" •lgumas teses maiores foram dcseo..,lvidas aqui ou ali, e mais ou meoos
1dmilidasouemviasdesé·lo,escasmanifcstaç&.!dahierarquiaseimpõcm
lljtlll'•comoantcs,aidéiaccn1ral,aocon1r4rio,aiMiadahicrarq11iascpara.
W.dopodcr,égcralmcn1crcjci1ada,c,qllafldollloof,rulob6nadamclhor
•IUC 1 •Ubstitua. Mas ela é rejeitada, cm suma, cm nome d05 prcama:ilos do
ocnw comum e de um cmpiricismo a1omizanlc. Ela oio é substitulda, e seus
od.,.núios olo cuão de açorda entre si. Essa é pelo mcoos minha leitura.
IJ1du .. oricntaçôcsaluais,éduvidosoqueoíuluropróximosejamaisfa·
""'""l.Acn:sccotemosquc,abstraçãofciladesc11objclopartícular,olipo
Jocnn1rovtrr.iacmjogoaquiésemd(lvida<:011S1i1111ivodaaotropolog:iacn·
~uantociônciasituada oonossomuodo,dc>0rlcqucn.ioscpodcriadcseju
0111 Olllinção. A questão maior é saber se a aoilisc de cultura,sobrcludo
11ncricana,persis1íricmrcjci1ar1odaligaç.ioi:omasformassociais,asi.ns1i.
tul~ os comportamentos, e cm oonlar com os dados clnogrilicos no sco-
11Ju 1mplo do 1crmo apenas dc forma mui10 sclc1iva (ou cn1lo ncm um pou-
10),<lllSC procedimcolos.adiamcnlcgloboisc emplricosscimporiomais

Alpouca1<tcn1a1ivasdcsupcraç.iodeH./r.qucacabaniosdcmcru;ia.
""'n!nnosparcccmoonvinccnlcs.Acrcdi1oq11c,eo1..,ariamcn1càprctclldio
•t• M1rri<>1tdeoenlcrraracurloprazo(Marrioll \976a,p.193),olivrosc
011111 na pcr>pectiva de um prD7.o mais longo. Ele não é mai$ tributário de um
•••ln••Uwlodaindologiacléssic.acdaantropologia(cdascieociassociaiscm
1•111) Asupcraçiovir~col.io,sc1udocorrcrbcm.Usepodcperccbcrnos
111h1lhusassinatadosaspectosdcumasupcraçàop055!v.:l?Considcrcmosos
l1m~o1 do hvro. Ele esii amanado às formas >OCi.ais.. Como tal, ele cobre, é
•ri1lon1e,1pcnaspartcdacul1uraindiana,nioq1>eotiW..Cmoslimi1adovo-
lu1011i1mcn1c pores1clado,masporq1>einclulmosdao;ultura,cdasrcprc-
..,"'"~OO.cmparticular,1pcnasoqucscimpôsdcimcdiatocmr<:laçiocom
•• ln<1n11 ooçiak Dev.:m sur~ depois todas as espécies dclipçõcs que o;n.
•'''" 1Holonpmc11los e remanejamentos internos. Aqui, rcCIWllldo sempre
••1111lu•·circui1os1tbilr4riospropostosporMarriottcsuaescola,pode-se
1w1ul11ccrlostr1çosq1JC1vooladedeserficlaose11limcoloindianodasooi·
01•11•l1i.·1cmcvidtncia.Assim,falardcum"sentimco10dcdcpcndéncia"é
•111111 u1no mancin imperfeita de dcscrcv.:r o comportamcolo do ator na
1~•!•1, "'"' 11nd1 t ~ncar num dos. componcnlc. da cultura. Do mesmo modo
'I"' ""'"'AndcqucnqucscpB>S.11numatornioédifcrcnlcpornal11rc~..1do
••'"' ""l'ª"••ntrcdnisa1orntumapc,.pccti\l3V.:fdadciramcotccstnitur~
!'-hl!l•~l l'.17M, p. Hl9, cf. cm oolro 11....,JSom-<wtr, p. 3),qucdcvcriaser
'l~"Uu111d• de m1ncir1 mcn<ll mcdnita do que IC lcm ícitn •lt aqui. Não o
'"""111on!Anm"dct.brriou,cnqu1nlo1u~nd1d1dualidadcc.•plrilo/mali!·
11• ''"'' n&n conotitui numa prlmrira 1l~ord111cm um1 perccpo;lo ju.ta da
"""toli<lodr lndi1n1 /\rei•~"' dc 111• 1111,.._ e dr muitos ou!•""' ~•m 1
Mh•1l .. ln1110.,1<i1l1lnJ1ro.t•1>01 ... 1•oloh•l«·10l1
E p1cciso lembrar tamWm que o que se plCtendc t estabelecer uma
pcrnpcalw global. O que se fu, cm suma, foi localiT.ar grande5 m......., umas
cmrclaçioàsoutras,cmfwiçãodeumnf...:lprimfrio,fundamcnlalcgcral
Supoodo-sequcapcrspcctiw.scmanlcnha,hilugarparaduase5pkiesde
dcsciwo!Wneoto que devem modffic:ar de alguma maneira a çonsWçio do
conjunlo,qucrdeuml.adoumestudoprccisodosnf\lllissecundúioscmre-
laçioaoprim"'o,q11C1deou1roumestudodas[ádçsrcgiol>llis.Q11&11toao
primciroponlo,nãocreioquctcnharcduzidoosícnômcoosd.itoscoon6mi·
cos, por exemplo, a '"cpifcnõmcnos de uma maneira original" (David 1977, p.
221).Di:ê-luédcscoohcccrcmp10fundidadcall0Çiodchicrarquia:oinfc-
rior,osubordinado,c.W.esim,scmpreidcologicamc11\cincapazdcsairde
suafüoitaçiu. DW:rqucclcnão~ umais intcressantcparaao:araClcrizaçio
global do sistema oio impede de modo algum o estudo daquilu cm que ele se
toma uma vez - por çom,..-açio çom nossa vidio - subordinado com rigor.
Avida não se limita de modo algum àquiloqucaidcologjacolocacm pri-
mciruplano,mascadaumadcsuassitwiçõcs~colorida,seaãocstruturada­
cm grau variável - com rcfcrCncia à ideologia global. Tomemos um outro
cxempto.Pcrguntando-sc.obrcoqucrcsul1anafod.iadanio-valo!Uaçâo,is-
m ~. no sentidn da n.ão-morali7.aç.io do individuo, Tambiah encontra "uma
pcrscguiçiu;lgildavantagcmpcs..oal ... scparadadctodaélicaab:slratado
bem comum ... " (a /1wly self-sul<ing•.. unru1tm1d), "uma busca desenfreada do
podcredodinhciro. .. '"(1972,col.835.ri).Eisumtraçooonsidcradouniversal
que se tinge aqu~como indica oau1or rapidamente de passagem, de traços
distintivos.
Quantoaoplanoregiooal,oqucéquccxigcqucaficicsdocampesina·
to Jal não esteja muilo distanciada du modelo comum coalleQdo, e que
aquele não possa rondu2ir a revisões? Tambiah acredita me embaraçar
quaadosublinhaqucoSul,maisrellgiosocmmattrladcimpurcza,~aber·
raotcquantoàsvamasporquciporaasduasvunasintenncditrias(l972,
col. 832b). E como rolocar o problema, dipmos, de que uma r•cies tamil da
qual Jaffna, ao Nonc de Sri Laob (O:ilio), estudada por K. David, apresen-
ta aioda uma modificação. Acredito que seria neousário, pva o:onsidcrar tu-
do isso, começar por propor uma fórmula iod.iaoadcconjunto.Etap1nc-
cess.iria,capcnasumactapa,ces1udosmaislimitadoseprccisos,tomados
assim, senjo possfvcis, pelo menos mais seguros e diretamente focWldos, dc-
vem cnriqueccr c modilicar, t.alvcztraosformar, Bllis.IOglobal.
Fmalmcnto:,tprccisoindicaraqui,aiodaqucscjadcmaneira•Umiria,
apo:Wbilidadcdcumacompar•'6<>diretadas5Dcicdadutrad1cionaiscntrc
si. Chie Nabne ,..-a o Jap.lo e Francis L Hsu p1r1 1 China C\lldcnciaram
lnçosimponanlesquecnconlram aquiscu.n'loao· Podeoc.cn11.,,rnncc-
bcrdc Í011J11idcal,tenAoespcrarBCOntccerlogo.um1•·0m11•r•~locn1rces·
1111rt.ci\lilizacllc&.1qual .. ri1n1luralmcn1cb11c01lonumol""''"l"m"mu-
dcr110masa.iopassaria,oosdct.alhes.,pçlodesviodaso;ooa:pçõesmui10CJ1·
a:pciol>lis1111his!õriadabu.manidadcquesãoasda.idc:ologiamodcrna".

Oquepre«dcdizrcspcitoaH./r.em$Ullt01alida<koucmseuplano
maior.Rcstaaprcac111arobservaç6csmaisparticularcs,relalivasau.mcap!t11·
~>,011u.mapassagcm,do1mo.ElesC$1iorcduzidasaomfDimo,siodc1ipD$
diferc11tcs e chepm a correções de detalhe. O fato de se acompanharem de
rdereiw:iuatrabalbosrcce111csu!odcvedaraimprcssiodequcscprocu-
ro11alualizarahibliografia.A$Sinala-seapenasumpeque110níuncrode1n-
baU.O. que permitem ao leitor uma orientação na literatura n:c:cole. Dciu·
ram-ocdcladocmpriadpioasmooografiasloc.aliz.adas,quc,colrclar110,com
fm111tocilrc1111Y8111ocoabcci..me11todeumarcgiio,110ladameatcparaa
Pfópril lod;a de A. Btl.eillc (Tamil Nadu), P. J. Hiebcrl (A.adhra Pradcsb),
R. S. Khare {UIW Pradcsh), T. N. Mad.aa (Cachcmira), H. Orellileia (M1-
harNhtra), M. N. Sriviaas{Kan!a1alta), às quaisse dcve aercso:c111ar a abra 10
moamo lempo monogdfLCI e comparativa de Nur Yalmao par• o Sri Lanb.
Nopb..aogcral,tiadi$pcos.6vclassinalaraobramonumcnlaldeDavid
ll. Mandelbliu.m: Socitty ;,, /ndio (2 \'Ois., Univcrsily of Califomia Prcss,
1910), e tambl!m o simp6sio de vas1as proporçõc:.s dirigido por Millon Singer
e Bernard S. Cohn: S111<cri= tvrd Ch"'Wt in /trdio11 Socitty (Chicago, Aldioe,
o·. 19611). Assioalaremos lambl!m um pequeno n6merode obras colelivascon-
""ifldas 1 aspectos particulares da socicdadc, e ricas cm rcfcr~ocias.
Seguiremosqoraaordcm dasscçõc:.s11umcradasdolivro,dc:Mgnan-
do·asporuf".

1 6, p. 65, linha44, seria melhor dizer "uma cspo!cic de roma.nLWno".

f ll.Numaftiaoconugradoaoes1a111tosociolõgic:odapalawa"casta"
oquc:1C\'Oltaparaa~ril:albl!ric:a,JullanPiu-Rivcntroiw:6tciscsdarc­
dmcnt01 .obre a hWõri.a da. palawa nas llnguas curop1!iiu, cspccialmcolc so-
b1c 1ua prinlcira hill.6ria aas llnguas ibl!ricas, nas quais nio possui ncnbuma
«M1.,.1çào de est•Luto ("Oa tbe World 'Caste""", CID T. O. Bcidclman (org.),
'f"ll•TrtJ1U/a1iona{Cu/1Un,Qot.a1,Loodon,Tavi$tock,1971[pp.231·256],pp.
HH.15,lSl-252).

1 25. Sobre o p11ro e o in:ipu10 cm geral, Das e Ubcroi dedicaram-se a


um1 dcmoliç.lo em regro (CIS 1971, pp. JJ..4J). É de lameotar que essa dis-
<U"10dosc1enhl imt1urado de1 all0.\ mai. ccdo, oa seqU!11cil do esforço
dUpendidonuCon1ributloosparacoloc111quc!lãodiaolcdap10íiciocm
lodo 1111 compluidodc (CIS Ili, \9~9, pp. 9-l\I). HaYCria muito a dizer, e
n111mc111c •ltn a pardar, de ... dl..:uu..ln muilo clljCnhou. Mn.•, quando
csscscrllicose>:igcmqucscvoltcaquiàol""iç.iodosagradocdoprofano
(ou do "oâo·$1l31&do"), eles me P"rcccm nãosói..tatcar o estudo citado,
mas lambém virar as costas para uma percepção comparativa, pois o que a
fndianosmostraéprccisamcntcadifcrcnciaçiodaquiloquccmoulras~
cicdadcoaparccccomoosagrado.(l-'SOédilodcmaociraapro.imada;vcro
1cnoci1adoacimaparamaiorprccl.$.io.)OqucafndiaoospodccrWnaran·
1csdcqualqucrou1racoi6a,scnãodcmanciraprccis.aoquc>àoopuroco
ímpuro?Sco!e·scumpnucodomcsmo1ipndcembaraçoquaodoscv.!,oo
ou1roladodopalco, Mary Douglas, com !odaascrWbilidadecimaJinaç.io
qucacaractcri1.am,di:scnvolvcrumalcoriagcraldomcsmoobjcloapartir
doqucacsscrcopcilopossui,numafonnainfinitamcnlc111cr>OSfortccmc·
nosarticulada,umairibocongnlcsa.Sc oosprcndcrmosnãomals.à(unç.io
masàsignificação,cnliotprccisotomarcadalipodcrcprcscnlaçiioaliondc
clacstiplcnamcotcsubLinhadacclaborada,aliondcclascelcvaàprcdo.
mináncia. e nio lt onde ela é manlida cm um estado rudimentar ou rcs.idual.
Ousodi;r.crqucMaussdisscmaisoumenosiMo.

§ 25.2Aexprcssão"umatriboqualqucr"(p.99,linha22)foihvc>-"'
compreendida como relativa a trihos indiana<. Teria sidn melhor di1.cr "uma
sociedade tribal", mas o cnn1cno, com a referência a Dobu um pouco acima,
aFljiumpnucomals.abai<o,1criasidosulkicn1cparaindicarqucsclratadc
umatribocmgcral,cnãoc.•pccialmcnlcdafndia.

§ 253·4Sobreavariaçãodaimpurc~.asc~ndoocsta!Ulodosujcim,
••:rabaixoanõlasobrc§32.

§ 31.Acrílicamaisdctalhadada"hicrarquia"cmH.h.tadcPaulinc
Kolcnda, "Scvcn Kinds of Hicrarchy in H. h.", cm JAS 1976, pp. 581·.596;
lambém, mas com recusa incoodiciooal e motMub.: Owen M. Lynch cm Da·
vidl977,pp.2511·259.Essasa!ticasforamrcspnndidasnngcralnoinfcioda
scçào2acima(vcrtambémoPosf~cio).P.KolcndanioparcceC51aravisada
de que todo conceito ao qual se dá um lugar fundamental recebe por isso
mesmo uma multidão de sentidos parciais ou sccundãrios. Ela propôs subsli-
tuir a nposição puro/impuro como valor cnglobantc pclodh11nn11,ordcmc
dever. Mas o dh11111111, como !ai, não~ especifico dos c:Malulos supremo e ia-
fimo: elcs pos.•uem, como 1odos os oulros, o scu dh11m111 pr6prio, c assim clc
nãoaluacmlodasascircuratânciasdavida.DcslÕ7.a·scaquidcumavisãoao-
1ropnl6gicaparaumaviciointekctual,ou111csmolul.ual.

§ 32, pp. 122-123. Dnisaulore> f>C""""'


ler aclarado um f~ludccbrado
incomprccnslvclaqui(p l22):scgundooslcinosdlb<icM.•dura.;lodaimpu·

;:.a::.:a~":~a~r~~~c:~ ~:!:~:~!::~• ;~,:::.~," ~~.::~:~~·,: º,~~·~~~~


li""'ª "gram,liça das impurc>.as.M (thegramnuuofdtfilmtent),disl.inguindo
J1vt.....,.cspecic.dc:impurc..,.provõdacadaumadcum"par•digma"difcn:n·
lo q11anlollvariaçiodcs11a inlcnsidadcoudW'aÇ!ocmfunçiodoes1a11110
d.. grandes cau:gorias sociais diamad.as vamas.. Segundo ele, a imp11n:za
<tiad• pela morte de um parcnle t conçcbida como p11ramen1c social e é por
~>l• •aziio tanto mais fraca q11anto o grupo cm eallSll for de CSlalutomais
olc'Udo.Avisãoécoiúinnadapcloflllodc:quc•impurcza diminui no into·
'"''de 11mgr11poq11andooa1a1111opcssoaldos11jcitoseclcva.Essca1110r
111cndcu·se cm detalhe às claMiJieaçõu minuciosas, operadas por IClllo. em
ludapartc,om quces1iiocmjogodifcn:nçasdces1a1u10,scmqucscpossa
cnconlrarnadadc:parccidonapritic.acontcmporânoa,cistocomoobjclivo
Jcc .. rairosprinclpiosdaobranopcnsamcntodosaulorcs(cmúltimolugar,
li. OrcnsLoin, "Logieal Congrucncc in Hindu Sacrod Law'', CIS, NS, IV, dc>-
1'170, pp. 22·35, com bibl.). Tambiah propôs modifiear o vocabultrio do aulor
llfcccdcntocda.'ISÍficarasímpurcza.5sanciooadassegundoadircçiodc:sua
cMala('"ordcmdircta"corTCSpondcn1caumprivilégiodoss11pcrior~c·•or.
Jcminvtrsa"ouco11S1rangimcn1odossupcrior.:s),cncon11andoalumparalc·
li•n1ocatémcsmo11maligaçiioorginicacomasuniõcs(ca..amcnlos)intcr·
-.11nasdassifieadasdomcsmomodopclostc>r1os,comoabaixo§S7,p.180
(S J. Tambiah, ••From Vama to Castc throlJ&h Mixcd Unions'', cm J. Goody
(uig.), Th~ChartJC/ero/KiNhip,Cambridgc,c.1973,pp.191·229).

§ 32,p.123.Sobrcatooriada .. mcsc:ladovarnas",éprccisoacrcscco·
tarqucclapc""itcaosaulorcscltssicosalribuircomn:ferbciaàs-nas
11maposi,110,.,,/alil'Oàseatcgoriaso11aosg11poi;quc.<ej11Jgarcs11ltardcs11a
mi\lura(Tambiah,ibid.,p.'1JJ7).

f 32, p. 124. '"A supremacia do espiritual jamais é expressa política·


monlc" Podc·sc acrescentar: salvo no dcscn...,lvimcntoc!dn:mo de certas
•••La<,nqucnãotpc•lincntcaqui.Sobrcascita,d.§93.

§JS, nou 3Sd (p. 134). Brcnda Bcck acrcdimu cnconlrar noTamil
NMlu. na 1cgiio chamada Kcmgu, a velha divis.io cm ca.uas da mio dircila e
da mãoosq11erda. Navtrdadc, pan:çctratar-scdcumautili>.açãorcgional
muJcrnadaan1igadis1inção.Sc11livro,Peasat11SocittyínKDnkr.l,.AS111dyof
H'f,hr a11d Left Subcastos"' Sauth l11dia, Va11cou"1:r, 1972, foi discutido por G.
Ol'"}'C"Ckcrc,Man, NS, IC}.J,ocl. 1975, pp.462--4611 (cf. minhas notas, Ou.
muni 1'111!.p.IOS)

1 )6.)7. f'! ncd""l que" mo1mn modo de 1cprcscn1aç.lio1cnhasido


cmp1c..do IM•• 11mbnHur 1 1ruc1 do 1llmontu, pnr um l.do, 1qui mesmo

..
~;~ :.~·!:.:!~ ~:,~;:, '.'.'.'.'.~';;;;~~.~~1:::. ~. ~;.~,:~~;,~:::i;:~c~,:.: ~;.~~
Ranking ud Food Tranuclio111, A M•lril Anal)'Sis", cm Singcr e Cohn,
S11ucnur1111d~(Niaa,p.3S).Comoj•scdissc,C$SCIUlotcomplclou
cm ..guidaS1L1tcoria1ram..cioul,aobrcaqualnos.asoD1asip. l4lcoa1i-
01WD "'1idas cm graruk parte. Cf. cm illlimo lupr "Hiadu TrallS&Cliom"
(Murio111976b).

f42.2,p.l54,linha7.Auprcssio"lra~dorcsoãolivres"i!um
cmpr&timo1Dllllii:ITbo:n:icrcrcmctcisuadcíiaiçio:OaaielcAlia:Tbot·
ncr,l..JJ1id1111dl..abourinlntlia,Bombayctc.,c.1962,p.21.

ohccida c:omoumdM.s.icoaobrca hipcrgamia. H'


f S4.AobradcD.F.Pocock,Kmi/1iandP11ridar,O.úotd,l972,i!rcco-
um progrcsw, oorci:o-
ohccimcotodaimportãaciadaaíinidadcnalndiadoNortc,dcquci!tcstc·
mllllhoopcqvcn.osimpósiorcunidocmCIS,NS,9-2,1975,cpartkulanncntc
oartigodcT.N.MadaD.

f 62. Ver J. Michael Mahar, org., The Untouclwblu in Contemp<N11ry


f11di11,Tucson,11tcUoiversi1yofAri>onaPrcss,c.t9"12(l6au1orcs)

!i64.SobrcalrOG1dcalimcnt~veracima!i36·37.

§ 73 (e o capitulo cm geral): Robert Eric Frykcnbcrg(org.), l..JJlid


Con/10/ 1111d Social Sfll/c/Ure in lndian History, Madisoo, Unlv. of Wisconsio
(IOconlribuiçõcs).

§ 74. VcraWltcscmuitocquiUbradadcM. N.Sriniv;is:'"Tbclndiao


Vilbac: M)th anel Reality", cm J. H. M. Bcattic &. R. G. Llconardt (ori.J.
SIU~·u"' S/ICl/I/ Anrhropol/l&l', Essays io Mcmory ofE. E. EvaflS. - Pritdiard.
Odord,1975,pp.41-&S.

§7S,p.W.Scl!jll$lodizcrquc°'tc.<t0$D011Dalivosignoram0$valor
rcsdocomcrcia.olc,i!prccisocnlrctaotoacrcsccolar - cislofoiobsel'Vldo
-qucclcsaprcseotamlodoumconj1111todcdisposlçócsq11edcrivamdoquc
chamarlam0$dcdirci10comcrcial.

f 84.4.DolamcotadoPierrcRollaod:"Leei!rl!moniald'cxdusiondcla
castcdansl'lodca.ncic11DC",Prof.K.G.Ni/olu»l111StllftiFtlicil111itJ11 Volumt,
Madras,1971,pp."87497(ms..da!ad<>dc\861).
EscrC\.:odobojc,acraa:ntariaumascçioqucpodcriascr:''98.0lu-
I"' d.os .;:oisas", que apresentam ''"" espteic de çonclusio no Vl>Zio de todo$
01descnvolvimcotos1111criores.Elareuni.riaascooclll56esaprop61i1odari-
queza - a riqueza mobilihia cm particular - , as notas muito bn:= e dis-
pert.a< sohrc a ideologia do dom, e nutras obscM11~ .;:omo aquela q11e ioo;i.
dewlm:o"cmpréo.timocldfÚl5Cw"(t94).Tcndon:wolu:cidomaisfirmc-
mcn1c, nesse iotcrwlo, que o ponto de oisl.a ccoo6mico qllC predomina na.
Kkologiamodernasubordioaasn:la~cotrchomcMà:sn:laçócseotn:
homcnsccoisas(apropricdadcctc.,d.Homo11eq1ullis/J,>'t·scclanmcolca
pouibilidade de n:unirostraçosindianostradio;ionaÕ$a:imoaa:ins1ituição
~mil.amcntcopostadestacollfiguraçio(cr.a11ota42:aquiasrelaçõcs.com
.. caio.as sc,..,.,m à aprcss.111 das relações entre bomcM. Eslc aa~mo
«>mplclariacrcforçariaascção75.

§ 10?.C.J.FullcrrcnovaaquestiioapaT\irdcumapcsquisadccam-
fll'" "'Kcrala Christians and thi: Casic Syslcm", Man, NS, 11·1, mar. 1976,
1'1'53-70.

§ 103.Conlributionsfo/ndianSr:w:i<Jlogy,NS,Vl,de7.l9'72,tçonsagra-
Jaaosmuçulm111os.

t 105. Akbar S. Abmcd, Millt11ium tmd Ot11Ji:sm11 llll!Otll P11tlt11JU, A


CriticalEssayioSocialAntbropology,London,1976(cdiscus.o.ãocmCurnom
A~lhropology, 18-3, .ct. 1977, pp. Sl4-Sl8; tarnbtm Jt~mc Rousseau, "On
fu111esandCas1es",Dio/«1ica/Antltropology,3-l,fcv.l978,pp.SS·94.

t lll.MiltonSiDgCr,org.,&np1r11mnltip1V1dModenriUlt111t10/Ck·
rup111ion11/ Cu//Ura in Soulh Mia, Duham NC. Duke Uniw:rsity, e. 1973 (li
tnntrihlli~õcscumaloopdiscll&Sio).

Bibliografia:J.ifoiditoqucoesauUniobibLiogrilia:isislcm.ilirofoiio-
turompidoem 1962.Paraaprescntccdiçãoatualizamosapcnasalgumasrc-
fu~n<ias. Malcolm Cricl achou mdhor corrigir a mcação aos O.ips de Max
Mulkr(4volumcscmvezdc3)cassioalaroio\Clcssc:dcdoisoutroslCJllOS
1lu mc•mn amor: uma cana a Rislcy a propósito da Elhnol~clll Sww:y de
1!1116iml"cnsacm Cllip1,t. I, n!MI edição, 1894,c um apêndiceintilula.do
l'h11<>1"11)'w:rsu.Ethno10fl)"'cmBr"l'!flPhy!>fWOld.t... ,1888.
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Morriolrb: "Hindu T..,.....,....., DivelSity W11h<1111 Dualism", cm llruoo Kopruer
(Of1.),T1111UOr1...,andMcanrng.PhtlaOelj>Jlia.ISHl.c.l976(ASAEssaysínS...
ciolAruluopology.vol 1)
Tarnbialll912:S.J.Tambiah..n:scllhadcl/omoh1«WC/r1cw.c"'Amtri<anA111hn:ipo•
lagur,74-4,l972,pp832-83S.
PREFÁCIO

O csludo do slstcma W castas niio é '1\il apenas para o conhçcimcn10


1!0 lndia, ele é também uma tarefa importan1c da sociologia geral, Ora, ao:on-
11·<c que ncnhum autor francês lhc o:onsagrou um livro dcpois das d11aS im·
l""t1ntc•ohrasqucmarcaramaviradadcslcséculo,adosanscrilistaScnarl
1111'1f•)eadosoci61ogoBouglé(\908).Poroulrolado,ap6sofimdaS.guo·
110 (;ucrra Mundial, estudos de um género novo 1ém, cm cena medida, rena·
1 .. tn,1qucstio,maiscspccilicamcn1e,estudosintcnsivosdcobsc:rvaçâodirc-
I• inf1mcros anlropólogos, anglo-suões e indianos cm sua maioria, tém
1•u11JnccidoalgumlcmponasaldciasindianasparacstudarasocicdadcW
•••la•.Aprescn!araop~blicocm llnguafranccsa, àlw:dostrabalhosrccco-
ln, uma c•plicaçâo geral da questão parcu=u-mc um d~r a ser ..-umprido
I"'' •lguém que se tM:ssc cspccializadonoestudodasociedadc indiana e
1011li11uadocssaspcsquisasdurantcalgunsanosàscxpcnsasdacolctividadc.
Tu1vczfosscpr«:isoprcvcnirdc imcdiatoolcitordcqUl'clcoãocn-
'""'''"~ªquinadaqucdigarurcitodirctamcnteaosprnblcmastioprcmcn­
l••<l•lnd1arontemporânca.Saliç-scquealndia,tiiologoindcpcndcnte,sc
• 1111.11ou rc•olulamcntc na via dudcocnvolvimcnlu cronõmiro moderno, TC<.11·
••m~•M:aYcrificar·lhcadcm111uc1aquc foi i... tauradapclanD'4Consti-
h1!1iu e qucdc:vc pouco a pou<~• pcnclnr 1 wcicdadc. ND!iiDlrabalho,vul-
1<11lopar1anrsan".aç4n .. ici1llr1dld11n1ld1 lnd11,dc umpon10dcvW1Lcó-
: •,'.: :.::::·,~::~':i': ~~: q~111nd11 multo •Ju1t11 • <<>m11rcondcr 1 ...iidioda la·
Numa obra como esta, tudo depende dclinilivamenLe da orientação
tc6rica.Acsscrcspei10,lliotsufü:icn1edil.Crqucscdcvc111do,01Lq111üCl11·
do,à1radiç.õosociol6gicafranccu..N•otnosi.aiatençãoapenasnosalimcn·
larmos dela, lemos a ambição de pmlongj·la. A dívida para com Bmiglé será
cvidenLc. Queremos assoc:iá-lo. cm pal\icular. a Robert Hcrt1. - menos por
sua Lcoria das"duplas exéquias" ou da polaridade.das mãos d<> que pelo
csplrilodc.scumélDdocmgeral-c,an1csde1udo,aMarcclMa11SS.
A fidelidade à inspirai;io profunda de Mauss surge sempre mais como
oondiçiodDs11=ndc110SSDS!rabalbos,scucnsinamcnlocomoograndc
prindpioordcnadordcnossaspcsquisas.QuandDscperccbcrqucDprcscntc
au1ordclcscafasta,qucclcscjaobsc"""doduas•1:zcscqucscsaiba,cmlo-
docaso,qucsclratartdccapacidadeinsuficien1e,niiodcin1enç.io.Consli!ui
umfatod.aupcriêociapcs.soal,paraqucmaprcscn1acstc1rabalbo,ofa1odc
asaqui..içõcsmDdcrnasdacspccialidadeedadisciplinaclli8iremscrordena-
da.<numapcn;pcctivacujaidéi.afoifomccidaporMaussatDdos,pclomcnos
aosscusDuvinlcsm.USatcnlos. Vi..todcfora,ehojc,demui1asvczcsparccc
vago,e1crcmosdescrprccisos.Mas,maisdoqucooncci1os,elenoscl>SÍn01L
um mé1011D. Queremos contínut-lo, nele inscrevendo os C0'1ccilos c.slrita·
mcnlcncccss..irios.Prcfcrimosscraeusados,pornossohuno.deimprccisão
arecorreraojargãocon1cmporãneo,cmq11caprcds.iDdcde1alhct1ornada
prco;áriapclanegllgtnciadosproblcmasfund.amcnlai..dcqucdcpendca.,,.
lidadcdcumalioguag<:mcicnUlica.
Alarcfalllioscmostraiseotadcdificuldadcs.Aobracst:iemelabo-
raçâohámuitolcmpocparcciaaind.abtpoucorcnc1irapcllllSumcstadoin·
tcrmcd.iárfocprovisõriodapcsquisa.Asoonsldcraçiicsdoscspcciali..tasna
ma1érias.âomui1odivcrsas. Duasobrasrela1ivamentc rcccntcs,dispol>fvci..
cm llngua francesa, situam-se cm ponlos anUpD<las uma cm relação à ou1ra.
A de Hocarl, publicada cm frantCs desde 1939 graças a Marcel Ma...,. e com
umprcftciodclc,sc,porwnlado,éri.;adcsumtriosprofundosparaqual-
qucrumpoucoiniciado.podc,porDlll•olado,pcrturbar,1alvczgravcmcn1c,
o profano. A de Hunon, ucclente cm sua. ma1tria oonc:rcta, t insuficic:otc e
anliquadaemscusaspcctostc6ricos.Apanirdc 1950surgiuumaUtcratura
relalivamcnlcKbundanlc,frutodaspcsquisasdccampoquceotklscmulti·
plicaram.Scrianaturalpropiciar-lhcaquiomaiorc.•paçopossfvcl.Todavia,
csscslrabalbossàonãosódifcrcnlcs,mastambtmdevalormui10dcsiJual,
c,commuilafrcq~ncia,fomcccrãomaltriaparadiscussio.Paraaltmdc
um ccno ponto, nãD ser' possível D apoio cm conclusões geralmente admiti-
das; scrt preciso tentar estabelecer nossas teses enquanto outras CS!ivcrcm
sendo di.scutidas, ou mesmo rejeitadas. Para cvilar sobr...,...,.cgar a cxpo.-
sição,dividimo-lacmduaspancs:otcxtopropriamcn1cdi10,<Dmoqualo
kitoraprcuadopodcrdsccontcntar,c:onttm•c"P""iç!oquernnlacomos
principais problcmns e 1robolh111; as nola.• fornecem «>mrlomcnlo1 < pnnlos
~u.'!:~e!::~:~:.~:. =~~:.:,:; que as tndkaçÕH hlhllu11r•lku. ~m
As divcrgtnciasli:vamcm cootaocscadopoucomlllçado - t preciso
did.·lo - dcssc:scstudos.Scaindaeslamosocssasi1uaçio,amcuvcr,bcm
rnmonoqucrespci1aaouirosdomfnios,tporq11eoesforçopril>cipaldofoi
d1rigidoparaondcdc\oCriatcrsido:paraoqoCS1iODBmclllodco"""'8Sid6as
preconcebidas. Eu mesmo íu: a apcril!ocia, quando me aÇJ'C<]i1ei wfióe111c-
mcn1c alcnado dcsse pcrigo dcsdc o inicio. Dcsdc 19S8,q1.1aodotivcapri·
mciraocasiãodccxporcstasqucstões,tracciparamimascguialclinhaclc
cnnduta:primciro,aa:itaodoalcoriadcBougltcmnopootodcpartida,pro-
long.i·la;scgundo,confronlar atcoriaassimobtid.acom arcalid.adcllobal
11bscrvada,oqucpcrmitiriacntrcoutrascoisastirardcHocarttodoopanido
•11>e r....., con\oCnicnlc. Mas a confrontação da teoria com a realidade não
dcillavadcapre&:ntardiíu:uldadc...Foisóporocasiiodasconforbciasdc
1?61-19641quccomprccodi1crsidoparalisado,cmumnfvclpoucodifcrco1c,
poLomcsmoobstáculoconlraoqualscbatcucscbalctodapcsquisacolclM
rqucércsponsá\oClpclalcotidiodcscuspropCSMS.Vcrcmosesseobslicu-
~.,oncrc1amco1cooqucscguc,tooossodcsconhccimcntod.ahicrarquia.O
hnmemmoclcrnot,porasoimdizcr,incapaiclcarecoobcccrporcomplcto.
1'11acomcçar,clcnioavt.Elascimpõcaclc?Elctcmlcascdcscmbaraçar
Joia como de um epifcnômcno. Admite, linalmcotc - era meu caso-, que
ll"'o!r>ece!.S.irioalndaumesforçoparatomli·lapcloqucclaécniolhcatri·
l1uirpropiicdadesimaginárias.Aoconlrlirio,tcnham1>-lafümcmcntcdiantc
1lc llllr.sosolbos, habituemo."°' a.seguir seus contornos e suas imp~çaçõcs,
1cdc:scubramrnscuuni\oCrso,cadiíiculdadc.scdissipa.Alt!mdisso,oproa:s·
0<1.camplia,clcatingcumlugar,afunçãogcraldasidéiascdosYalores -
o diria: a ideologia - 1111vid.asOOa~umarclaçãomuitodifcren1cdoquc
lm-i1111amoswmumcntc.
Scgucm·sc várias comcqilêocias. Em primeiro lugar, somos então ar-
r•.iados cada \oCZ mais longe e de maneira ud.a YCZ maisudusiva no sentido
d•anAli:>ecdadiscussiosociológicas..Parapontosbcmprccisoslança1cmos
1nlndcalgunscasosconcn:tos;parasirnplilicar,limitaremoslsl'CZC5acoo-
•ldcr•çâodc11maspcctodosistcma1umarcgiãoparticvlar.Mas,ooconjuo-
lo,dcvcrcmoscmll'"andcmcdidasaailicaradimcos.ioconcrcla,oaspi:cto
.,.,J,~c não podcrcmosfomcccroquadroctoogrtficodctalbadoqueolci-
'"' 1a1.,,, desejasse tcriôbosolhos.. mascujaClllrcma wmplc>àd.adccsci
l"nMc de imaginar. Com rclaçiu• i.uo, forçoso é rcmclcrolcitorlsdcs·
u11<'>c•1cgiooaisdcHul1on(cf.l21)coulrasobrascitadu.
Em scgundo lugar, duccntral11.<1rcm05 .Wcm•licamcnle a aposição:
oll11ndc<cv.!6<1hrcludniMllomcn1ncuf"l"'(doducas1ascntres~coloca­
""""ºmprimciroplano•hl~,.,,.,.,1.,;julprcm05asvirtudcsdcMeprocedi­
m•nto. FINlmcnlc, um• c..,.,Uçln quo ....,w.: • ordem da pesqllisa, de$-
111-•r~,,.~.,-, ... 1... .,"'°"'""""-'•---.. _.,
nol._ .......,.,, .... ,.,_, ......... ,....... ,,.._111...
crC\'CMC:primciro1udooquc~màidcologiacdcpolstodososaspcc­
toseorrcspondc111csdoscueonlCl<lo,scriamuitoloogacpordcmaisn:pctiti·
va. Coof1111cmos no leitor moderno propoodo-lhc wn dcscnvoMmcn10 mais
complem, e mais breve. Tio logo isolado o princípio cslrulural do sistema
(Cap.2),cumiaadassu-·=cntcabicrarquia,adivisãndotrab.itio.a
scparação(Caps.J..<i),pcdircmosaoleitorqueleiadcalgumamanciracm
doisplanosaomcsmotcmpo,odaeonsciênciacodaob6crvaçioexterior.
N6soajudarcmosdislinguiqdoclaramcnlcpeloYocabul.irioCMCSdoiseom·
ponc11\escomplcmc11\arcsdarcalidadcsocial,dosquaisumCS1iprescn1coa
IU?,cnquantoqucooutroaeompanhaaprimciraeomo&uasombraindccisa
c,cn1rc1anto,vital.
Olcitorlcm todoodircitodcperguntar: sc,eonfonacnossopróprio
tCSlemunho, muiloscspecialislasnãocslâoaptosaoperaratransformaçlio
que lhe propomos,eomoclenosseguiránum itincr,rioqucscdlocacO>ll
vias familiares à mcnlalidadc moderna? Para ajudá-lo, começaremos de al-
gum modo pelo fim. Numa Introdução, ulillir...-cmos nossas eonclusõcs sobre
a hierarquia paracsboç.u umaucgesedaideologiaigualitáriadosmodcr·
nos. Tocquevillc eontribuir.i para isso. ~im, sem abandonar por completo
seu universo familiar, o leitor será preparado - espero - para n~o dcsco-
nhcccr 1odo um mundo difcn:nlc. Prolongando cssa lntrodução. o primciro
capf1ulofu.isumariamcn1cahistóriadasldéiassobrcascas1as,c.. raindodal
asp1incipaisalitudo;sccrtamcnlcfamiliarc:i;aolcitor,suacr/1icadcvcajudli·
loaaccdcràperspectlvaquclhcéproposla.
Como..s1udodopodcrcdo1cm16rio,dafunç.ãorégiacdcdomioân·
cia,cdosdin:ilossobrcosolo(Cap. 7),aborda-scdcfonaadirctaaimpLi-
caçãofundamcntaldosistcmadasldéiascdosvalon:s.Scgucnaturalmcntco
CS1udodajllSliça,cdaadministraçiodac.asta(Cap.8).0Capftulo9éeon-
..gradoàsoutraseoncomilânciascimpLicaçõcsmaisimportan1c:i;,aeomeçar
pclasil!Slituiçõcsdarca(inciacdascila.O•doisl'.dtimoscapltulosc:i;tiovol-
1adosparaaeomparação;aque&tâodapresençadas.QISlaseotn:osnio-hiil-
duscforadalndia{Cap.lO)cadasmudanç.asn:ccntc:i;(Cap.ll)namcdida
cmqucclas,proccdcndodaintcraçãodafodiatradiciooalcdomllltdomo-
dcmo,eondim:maumacomparaçioglobalcsqucm'ticadasocicdadcigua-
liliriaedcseuconlr.irio,doponlodcvistadoswlorcscdcseuseoncomi·
nan1c:i;imcdialos.
RcproduzimoscmanCJ1oq1111troc:i;tudosal~aquidispcrsos,doi&dclc.s
inéditos cm frands. Todos eles traiam, de maneira concisa, de aspcdos im·
portan1c:i;,presentc:i;cpawulos,dasocicdadcindiana.llustrarãoecomplc-
larãooscapftulosre5peclivos.
Nio nos propusemos B ofon:ccr wna llisróri11 do suftltlG. mu nlo nos
proibimmapelarparaosdadosan1igos1oda& .. vc1,c:•quc,parapnntosim-

~~:,"~":::i;~:~~ .~~!:: ~ :~~~~',.,,°:; ;:i~,7,n:l:~~n~~;.~~i:;~:


lo t fâcil encontrar no passado, e amiíulc numa cla!a muito recuada, clcmeo-
lo• que mais tarde dele serio pane integr•rllc, ou mesmo olgumdescus
fundamentos..
Sem dflvida a obra é maispUada ccomplexadoqucpodcriadcsejar
um pflbLico um pouco wsto'. Embora sempre com o objetive de dcscntra·
nhorprindpios.Jmplcs,niopodemos,scmdo:mardcscrmoscicntOicos,dci·
"'" pasur cm claro as inccrcc>as. nem sacrificar um1 complelidadc euj• lei
il>oclomaaparcntcquandoéescrupUlosamentcrcstitulda.Einsum1,scrn-
l"ºdcscnvoM:ndoomaisJ>O'l"lvcladcduç.io,oconjuntoeo11\inuascmidcdu-
l""·"'lllCniodcvçsurprccr>dcrnoeslidoMualdascitndassodais.
ParacomodidadccicnUlica,oscapllul05CSliodivididoscm~dc­
'"""dasscgundoumanotai;iodccimal(Cap.4,SC(ÕCS§41,§42ctç_,cvcn-
IU•lmcnlcsubse{io:§42·1).
Encontrar-sc-ánapá&inasçguin1cuman111asobrca1ranscriçliodaspa·
l1'1as indianas• e, no lim do volume, um mapa que indica as rcgiõcl; ou loca-
hJ4dcs mcndona.das no tcXlo.
Asnolas.rcsurnemas.rcfcrenciasbibliográfü:asaocsscncial.Paracom-
rlrt'·la.\,scriaaconsclhávclrccom:ràbibliografia.
BREVE NOTA
SOBRE A TRANSCRIÇÃO DAS PALAVRAS INDIANAS

As pala,,..as indianas indispcnsá"1:is figuram no lcitto (cm caracteres


"'"'ª""')numaortografiaap1.Wmadaquctcndca.scavil:inhardu11.uingle&
t11ucémaisoumcnosintornacional).
- TodasospolovrasP"'P""'""*''ittdiollaststlo/fQIU/itvadas(cmiti·
lico)~/11mtt1osum'1vttM:gllndoa.•rcgrascmvigort:0miodicaçAo
daHngua(sânscrito,hindu,1amilctc.),noti:ittoouoofndio;c.
- A< pala,,..as pçrtcnccntcs à lf11gU11/1W1c11 diamada "anglo-indiano"
c.•lãocnlreaspas(".ahib","coolcc"').

Tramliltraç4o;Olcitornãocspcdalistapodcabi1ndonar,napronüocia,
o inowrio dos•inaisdiaçrkic:Olicmprcgados.As6iAalam-.scapçnasosiodis-
l"'ªrJovci•.0Uantoaomais,vcr,porcxemplo,paraasUoguasindo-arianas,a
••a1nltn•o.ãmcritaclcmc11111dcLouisRcnou(Paris,Adrlco-Maisooncuvc,
1•;.w,J

• º"• cmqu•lqucr pooiçlo,dc"l'm -cr prnnundadosfcchados(J'Oll" como


Joljjrl,tk1"1comodl1"1),
.tpronunciado"lch""(n111J..,«1nm"hhanJra'"),
1t pro11u11d0Jn""<IJ" (</111~ '""'"" d>ilil•"'),
((iguala/motradiçioinalcsadctr....titcraçio)cfsimbolizamchiantcs,pa·
La1alaprlmciraccaC11111imol/rctroflczaascgui1da;pronunciar(coinoo
írandsº"ch"(ingl&"sb");domcsmomodoof,mascomapontada
l.lapavolt&daparaapartcmalsaliadopalato;
•é sempre surdo ("ss'') mcsn10 Clll~ voga.is (dai)'< como "daSS)'\t").

Ellcmplos:

TÍIJpi<lpronWlciar"raadjpUul".Pc1Ua111~mcsmonatransaiçãocmcaraclc·
rcs romanos, consignar, a:imo nossos autores antig~ as ronnas "Rid-
ja" para raja, "Tchandala" para Candala;
ç<buu,"tralado",foigrafadocmromano,àinglcsa,comosbas1ta;
pa~cltyalno tcno: pancayat, pronuncia-se "pantchay.1u" (nas translitcra'1ks
cmit.llico,ohmarcascmprcuma"aspiração").
INTRODUÇÃO

I. AS CASTAS E NÓS

Nos...,sistcmasocialcodascas1ass.âotioopostoscmsuaidcologia
•~n1r~l.qucscmd(Lvid.aumlcitor111odcrnorara111cntcCS11idi•postoadcdicar
"""'tudodu.....tatodasuaalcnçio.Scclctmuitoignorantccm:10<iologia.,
uu l<m um espírito muito militante, pode ser que seu interesse sc limite a dc-
0<•jor a dc~ruição, ou o dcsaparcçimcnto, dc uma instituição quc t uma nc-
1•1in dos direitos do homem e surge como um obst:iculo ao progresso
••rnnt'>niko de meio bilhão de pessoas. Obsc:m:mos 1apid.amcntc um fato
1ud1«l:5Cmfalardosiodianos,ocnhumocidcolalquctcnhavividonalndia,
lm"' de o reformador mais apaixonado ou omission.irio maiszeloso,ja-
m•I•, anquc sabemos, pctSCgUiuosislcmadas<:1151asourccomcodousua
ohull~iopura c•implcs, 50japorquc1ivessc conscit!nrilviYa,comoo11bW
ltul•ll•.dosíuoçócspositivasqucosislcmaprcc11Cbc,ousimplcsmcn1cpor-
'l"'""'"'"'ºCCMCmui1oi1TCali>"..6vcl.
Mc•111nqucsuponhamosqucnos.<01ci101scjacal1110,nãoscpodccs·
1~''"' •1uc clcconsidcrcacut&anAo5Crcomoumaabcrração,cospr6prios
""'"'°' quc o elo dedicaram trabalho. wm muita frcqü~ncia chc1J81am a Cll·
11lkar o oiAtcma maU como uma nnmolbt do que a comprccndê·lo como
111ulna1l1uiçlo.Vc1cm01lunnocaphulnM:pinle.
~CM:lr•lM11Co<'>de .. tiaíR1crn1 ... <Url•1Aidadccdccom.lruirparaná6

.
:.:~::::•~,.:~~~ed~d:~ :ia~c'~'~'~:::,l lll~;:,~.~A~~,:,!:~,:":, ~::~::.=.~.~
mosoesforçodeatcnçãoqueaprcparaçãodcsiclivroc>dgiucquc,seimuito
bem, sua leitura 1ambtm c.<igc cm cena medida. É preciso muit<> ma;., t
precisopcrsuasãodcqucacaslatcmalgumacoisaanoscnsinar.Essa~dc
fato,11/anJPprtW"J,aambiçãodostrabelllosdequcaprcsc:nteobrafvpartc,
cfncc~riofooirccsclarc:cercsscpontoparasituarccara<tcri7.araem·
prcitada a que nos dedica.mm. A ct<>ologia, digamm mais prccisamc<>tc a an-
lropologia "°"ial, só apresentaria um in1ercs.<e espcçial se as sociedades
"primiti....,""ou"arcaicas.""casgrandcscivili1açõcsc.str&11gCirasqucclac.stu·
dapmvicsscmdcumahumanidadcdifcrcnlcdanossa.Aanlropologiadáes·
saprova.pclacomprccnsãoqucofcrcccpouco11poucodas:IOcicdadcsccul-
turasasmaisd.ifcrcnlcs,daunidadcdahumanidade.Aofv.ê·lo,claaclara,
cvidcntcmcnle, de algum modo, nossa própria espécie de sociedade. Mas t-
lhc incrcntc, c cla às w,,.es a cxprimc, a ambição dc chcgar a fazC-lo do modo
maisracionalcsislcm:ilico,dcrcalir.iruma"pcrspc<tiv.ição""dasoc:icdade
modcrM com rclaç.io àquelas que a precederam e que com ela con:i.iem,
tra>.cndoas>im umacnntribuiçãodirctacccnlral paranossaculturagcralc
paran,....,educação.Scmdíividanàoparamosal,masncssarclaçãooestu·
do de uma sociedade complcu, portadora de uma grande civili:!ação, t mais
favor:lvcl que oesmJodc<Ociçdadesmais•imple., «>eial e culturalmente
mcnosdifcrenciada.<.A.acicdadcind.ianapodcscr,de.<sepontodeilita,1.io
mai.<fccundaquantoscjamaisdifcrcntcdanos.sa: podc-scei;pcraroinlcio.
bem sinali1ado nesse caso, de uma comparação que scr:i mais delicada cm

Antecipc:mosduaspalavras:ascastasnosensinam umprinclpiosocial
fundamenlal, a hierarquia, cujo oposto foi apropriado pornós,modcmm,
masqucéinlcl'Cll.Sanleparasccomprecnderanaturc:ra,oslimitcscascon·
diçõesdcrcali1açãodoiguali1arismomoralcpolkicoaoqualc.stamosvincu·
lddos. Não será preciso chegar 1:1 na presente obra, que se interromper:!
subs!ancialmcnlc nadcsc:obcrtadahlerarquia, mascssatapcrspcctivacm
qucscinscrcvclodonossolrabelhoatual.H:iumpontoqucdcvclicarbcm
claro.Entcndc·scqucoleitorpodcrccus.ar-scasairdese11Spróprioswlores,
pode afirmar que para ele o homem começa com a Declaração dm Direitos
doHomernecoodcnarpuracsimplcsmentcoquescal"astadela.Aof!17.é·lo,
elccomccr1c1,.amarcacslrciloslirnilcsparasi,csuaprclens.iodc•1:r"n10-
dcrno" licasujci1aadisciw.ão,porrazõcsnàoapcnasdcfa10maslambtm
de direito. Na realidade, não se \rala aqu~ digamo-lo de roancira clara, de
atacar os valores modernos direta nem sin110SUDcnlc. Eles n<>:1 parecem,
aLiás, •11íicien1emcnlc pranlid<>:1 para que tcllham algo a temer cm nossas.
pesquisas. Trata-se apenas de wna tentativa de apreender 111lol«IU11/mt11tt
outrosvalorcs.Sch<>1M:rum1ucusaai5so,en1io11<:r'in~llllrnl•r<nmprc·

~~:i:~~~~~~:.c:::.:.~fvcl, nnnm d .. tunl••, ler de n"""°'


Podc·sc compreender scm dificuldade qui:a pesquisa assim definida
"'"Pro!bccenasracilidadCli.Sc,comomuitossoQ6lojoscon1cmporAnCOi,
11111 CODteoliMcm0:5 com uma etiqueta lomada de cmprátimo b o0:5SIS pr6-
111W. socicdadcs, sc 00:5 limi1.úscm0:5 a considcrar o sistema das easias como
wnafonnaCX1rcmadc"c:stratificaçiosocial~,poderfamoscenamCT1lercgis­
lm obse.....,çõeli inlcr=anlcs, mas todo eoriquc:cimeolo de DOSsas con·
<cpçóc.sfuodamcotaiscstari.aaclu!dopordcrmiç.lo:odrculoque1cmosdc
rc1ooncr,dcn6sàscastasc,aavolla,dascastasaD6&,scfochariadcimcdia-
1u,pOO)unaioterfamossafd<>daposiçioioicial. Umaoutramanciradcli·
~•rmos (cdiados cm nós mesmos consistiria cm supor sem diliculdadc que o
luprdasidéias,d.ascrcnçascdosv:alorcs,cmumapalavra,daidcologiana
rid1oocialésccundáriocpodescrC>1plicadoporou1rosaspcctosdasocicda-
dcou1cduzidoaclcs.Oprincfpioiguali1áriocopriodpiohicdrquicoslio
1c1lid1dc:$primcir115,edasma;.cerceadoras,davidapoUlicaoudaYidaso-
dal cm geral. Podc-sc ampliar aqui a questão do lugar da ideologia 1111 vida
oocial.mclodologicamcntc,tudooqucscguc,noplanogeralcna.dc!alhcs,
1001~indcr~ a ~ quc.stão1'. O pleno rcconhccimcnlo da impoflância da
lol•ulogia tem uma conseqüência aparcntcmcntcparadoul: nodomlnioin-
Jl1noclanoskvaàcol>SÍdcração1antodahcran~li1cráriacdacivili73ção
'•u1><rÕOr"" quanto da cultura "popular". Os dcfonson:sdc uma sociologia

. _--
..... . ..................
lo A""'""'"~"do<lpo"'°'--"'°i-..ir. ..

........
'"""""" --olo-<-""°"·
. - ....
..- ...... ~-------
-·-.....~""'"----
=-:==-~:::::~=~z.:..:::

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:.,A... -:...o.:.:;.:=..::=:=-!:.:..-'"""'""__,...,.-..
--(·-·-··-----·-
"_...,.,,....._.•1""'--•·•qll<"• ..........· - - -............
......... ................ -... ........ ...,......_. .
...'.~ ..- ...-. -..

~~~g~~;.~-;;~~~
~~.~-;;~:::...-..'"'.",:=,.7' ::==:::.~::.:.."":::.:: r:-.::7.:':.~ ,_ ...
mcnosradic.alacusam·nascnt!ndcmcrgulbarna"ouhurolog:ia"ouna"io.
dologfa"cdepcrdcrdcvislaacomparação.ascus.olhossulicicn1cmentcga·
ranlidaporconcciloscomooda"CS!ratificaçioM>Cial"cpclaconsidcraçio
das.f<'melhan{tu,quc pcrmi1cmagrupar,sobctiquclascomuns,fcnilmcoos
emprestados a sociedades de tipo diferente. MM uma empreitada como e&Sa
jamaispcrmitir~chcgaraogi:ralc,comrelaçãoanossopropósitocomparalÍ·
vo.elareprC5CO!aaindaumcurto-circuito.Ouni....:rsal..Opodcscratingido
nacspécicatravésdascaraacristic.asprõprias,cscmpredifcrcota,dccada
tipodcsoçicdadc.Porquciràlndi.ascnioforparacontribuirparaadcsco-
bcrtadecomoasocicdadcouacivil.izaçioiodiana,por51U1pr6priaparticula·
ridadc,rcprcscntaumafonoadounlversalouparasabcrcmqucconsistccs-
sa n:prcscnlação? Definitivamcnlc, s6 aquele que se volta wm humildade
J>llraaparticularidadcmaisínlimaéqucmanto!mabcrtaaroladounlvçrsal
S6aquclcquces1áap1oaconsagrartodootcmpoocccssárioaoes1udodc
1odos os aspcelos da cultura indiana lcm a oportunidade, cm cenas con·
diçõcs..dcatransçcndcrlinalmcntccafchcgaracncontraralguma....:rdadc
paraoscupr6priouso.
Para o momento, propõc·sc aqui, cm primcir!Mimo lugar, tentar wm·
prccndcraidcolog:iadosistcmadascastas.Ora,elaédirclamcntccontradila
pela teoria igualilári.a de que participamos. E é impossf....:I comprccndcr uma,
enquan1naoutra - a ideologia moderna - fortomadacomnverdadcurii-
vcrsa~ não s6 enquanto ideal moral e pol~ico - o que conslitui uma pro-
fL...;o dc féindi'Cutlvcl -,ma.•tambo!m comocrprcssãoadcquacladavida
social, o que o! umjulgamcnloingênuo. Eisaru.iopclaqua~paraaplainaro
caminhoparaolcitor.comcçareipcloíun,utilizandndcimcdiatoosrc.<ulla·
dosdocstudoparafu.t-loreOctir,alhuloprcliminar,sobrcosvalon:smo-
dcmos.l"SOcquivalcaumabrcvcintroduçiogcralàsociolog:ia,qucpodcrt
scr considerada muito clcmcn!ar, mas não ioütil. Trataremos c111 primeiro
l"8"rdarclaçãocn1rcvalorcsmodcmoscidcologia,cdcpoismaiscspccial·
mcnlcdoigualilarismoencaradodnponlodevistasocinl6gico.

l. O INDWÍDUO E A SOCIOLOGIA

Porumlado,awciologiaéoprodu!o,ouaotcs,claéparteiolcgrao!c
da sociedade moderna. Sua emancipação ..O se~ de maocira rcslri!a e com
um o:sforçoconccrtado. Porouuo Lado. a chave de nossos valores é f.lcilde
ser cnconlrada. N=as idéias eordinais chamam-se iguRldadc e liberdade
Elas •upõcm como principio l'.lnico e representação valoril.ada • idi!ia do in·
rhvlduohumano:ahumanidadcécons!ituldadc homcm,cc•d•umdc&ses
homc111 t oonccbjdo cnmo aprescn1ando, apcur de •u• p11tkulHidade e fo-
r1 dcl1, a c....!nd• da hummidadc. Tcrcmoo dc "''llftr 1 •"• ld!'1a fund1mcn·
tal Cmuidc•rmn•NurR"ll••>lnal•HR•<lr.-u•U•rn•<'•Bl••ll•'• l'-... 1ndi\'I.
1l11oéq11asesagrado,absolulo;oiopossuin&daac:imacks11Ue.Ui!;óncias
l•~lim .. ;scusdirci1oss6s.iolimitadospclos~IDSidbtico<dosourros
1n1llVIJuos. Uma m6nada, cm suma, e rodo grupo bW111110 t coDSlilufdo de
1n/lflad.,.dacsptcicscmqucoproble"'adabannoniaC11!n:c.....m6nadas
.. "'loqucvczalgumaparaoscnsocomW11.iõassimqucscconccbcaclassc
.. .i1lo11issoaqucsccbama11esscnfvcldc"~dc",asabcr,umaasso­
'l1i,io, e de certo modo alt mesmo uma simples coleção dessas mÔDadas.
l'1l1· .. 111Diódedcumprclcnsoao1agonismocolrc"oindMduo"c"asodc-
1l1ik",noqll8.la"socicdadc"tc11dcasurgircomo11mrcsfduol>iobumano:a
ll1an11dooflme10,ummalfisicoinevi1llvclopos1oàrcalida.dcpsicol6gic.ac
1nu11l,quce&lácootidanoindivfduo.
&se tipo de visão, que f 11 parle inrcgranlc da i<lcologiawrrcnlc da
11111alJlde e da liberdade, é cvidcntcmcnrc muito pouco salisíatório para o
1~ioc ....1dordasocicdade. Elesciosinua,colrctanlo,alé mcsmooascifiw:i,..
""'""·O•a,averdadeiraíunçãodasociologiai!bcmoulra:clad!Mlprcci·
01mcn1cprccnchcralaC"11naqucamcnlalidadciodividualislainlroduzq111111·
•l11u1nfundeoidcalc on:al.Com cícilo,ee&lcfnossotcrcciroponto,se a
"~lnlogi1•urgccomotal nasocicdadciguaLirária,sccla a iniga,seacxpri-
"" num sentido a ser cuminado por n6s, ela tem"º"" ralus cm alguma coi-
•• 1nmlo difcn:nlc: a apcrccpçio d.a naturc>.a social do homem. Ao individuo
""!" •ulicicnlc ela opõe o homem social; considera cada homem, não mais
'"""'uma encarnação particular da humanidade abstrata, m"" como um
1••nlr> de cmcrgincia mais ou menos autemomo de uma humanidade coletiva
111<1i<ular, de uma sociedade. No universo indMdualisla, essa vis.ão, para ser
•~•I. d'""1: .usumir a forma de uma expcri~ocia, quase uma revelação pessoal.
d• IM" que falo de umaa~n:•pçtlo •ociol6fjct1. Ass.im cscn:vcu o jovem
~I:~· com o acuso de wn ne61ito: "iõ a soQcdack que pensa dcn110 de

l!&.ulapcrccpçiosociol6gicaniotfácildcscrc.omunicadaaun11ivrc
<l<lad6odoE.tadomodcmoque11ãoaconhcccs.sc.Aidtiaqucf11.Cmosda
"~i<JoJc pcrmancccscndoar1ilicialcnq11111110,como•pal1vr1convidaain·
lorprcl11, a lomcmos como uma espécie de assoçiação cm que o individuo
1.. t•lmcntcCDll$lituldosccmpcnhossedeformavolunt:Uianumobjctivodc·
Mmmado,romoqucporumacspéeicdccontrato.Pcnscmossobretudona
'''""l•l•ntamcn1elevadaàhumanidadcpclacducaçiofamiliar,pclaaprcn·
•l!1"11cmJ1 linauagcm e da moral,f'Clocnsinoqueaíazparticipardopa-
t1h11~mn <iomum - comprccndiJrn; ai, entre n6'., clcmcnlos que a humani-
JaJr mlc11M ignorava hti mcnoa de um atculo Oadc estaria 11 humanidade
1lttoll' homem, onde IUI intellafncia, 11Cm eiae adcAtramcnto, uma çriaçio,
111111 filar m1io propriamente, que l1od1 1odcd1dc rompartilb. de alswo mo-

:~:,• ,'.',:~~~..m:1 :~~;.~~:i::L~:.~'.',:~::•.~~. ~~::·:~~~·:.~ ::~::.:::.


ncos, mesmo os inslruldos, .b hiM.6rias de mcninos·lobos para que rcOclis·
scmqucaconscieocill.ind.ividpa]~mdondeslramcnlosocial,.
De maneira semelhante, aacdi11·sc, com frcqüEncia, que o social con·
sistcapcnasdasmancirasdccomporlamcntodoindivfduosupos1amcnlcto-
docorwruldo.ACMCrc<pcito,bastaobscM11qucoshomcnsconcrclosnio
SCeon!pOlt•"'"clcs"11'tr1comumaidéianacabcça,quctcnainaporsecon·
formar ao uso. O homem age cm íunçJio do que ele pensa e, se possui cm
a:no1!fauafac11ldadedcagcnc:iarseuspcn.'18mcntosaoscumodo,dccons·
1ruircatcgorias11ovas.,clcof12apartirdasea1cgoriasqucs.iosocialmcnlc
dadas, e sua ligaç.ãocrnn a linguagem basta paralembrarcw: fato.O que
nosafastadcrcconhcccrcomplctamcn\cCMaScvidônciasi!umadisposição
P"oológic.o idiossinaática: no momento cm que uma verdade repelida, mas
até cnt.ioesiranha, se torna para mim uma verdade dacrpcriencia,cudc
bom grado imagino que a inventei. Uma idt!ia comum apresenta-se como
pessoal quando se torna plc11amcn1c real. Os romance< estio dicicw; de
exemplos dcw: lipo: temos uma ncce5Sidadc "'tranha, para rcc.onhcd-lo
comonDSM>,dcimaginarqucoquenosacontca:tl'.inico,quandoclctapc-
na<opõocofclcomullS.dcnossacolctividadcnuhumanidadcpa11icular.Bi·
l.arraconfus.io: exislc uma pcssoa,umaexpcriôncia individualcíinica,mas
clat fcitadcclcmcn1nscomun.~paragrandcpa11c,cniiohá1U1dadcdcS1rui·
dor cm rcconhca:r este fato: cnirpc de si mesmo o material social, e você
nãoscr~maC.doqucumavinualidadcdcorgani>.açãopcssoaP.
O primeiro mérito da sociologia francesa foi, cm virtude de seu intclcc·
111alismo,1crinsislidoncss.aprcscnçadosocialnoesplritodccadahomcmk.
Durkhcim foi a:nsurado por ter recorrido, para C"Primir essa idt!ia, às
noçõcsdc"rcprcscn1açõcscolctiva<''cdepoisdc"conscienciacolc1Ml.".S(:m
dOvida,ascgundacxprcss.ioscpn:Slaaconfusio,mcsmoqucsejaridlc:ulo
ver nela uma injllSlilicação fornecida ao totalitarismo. Mas, no plano .;icntffi-
co, os incovcnicntcs dcsscs 1crn1os nio são nada, digamo·locom clarc1..1, com
relaçiioàvisãocomumenlcdisscminadadaconseiõno;iaindividualcmcrgindo
lodaapn:stada,pronta,dcsimcsma.Trabalhoshojccmd.iaconsidcradOli:ill-
ciológicostcstcmunham·nocmgrandcquantidadc.
Obscrvcmosaindaqucogtncrodc noçãoqucsccri1ic:aaquit,pclo
mcnnsnafonaadcscnvolvidacnolugarccntralcmqucoconhcccmos,pro-
priamcntcmodcrnocdcasccndónciacristii.(Podc·scindusM:pcrguntarsc

i..u..-....-1... ~..._..,.,.,,,--sm...-·-.,..
n.Ea.
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olcnioaumcnt011seUdOJQfllÕonosesplritosdesdc,porex1:mplo,oiiilciodo
o.!coloXIX.)O•íd6so(osantigos,atéoscslóic:os,nio1Cparavamosaspcdos
mleuvos do homem e os ouiros: era-se um homem porque se era membro de
um1cidadc. organismo1an1osocialquantopolilico..Scmd6vidaPlalãorcz
nou.a:rsua Rcpüblica, de maneira um tantoartificial,apcoasdadivis.i.odo
lr1balho.MasArist6tclcsrcprovou-lbecs.saidéiacscvê,nopróprioPlatio,
..1111ndoaracionaLidadeqW1SCcslri1amcnlchier4rquicaquereinana Repit.·
Mca, que t o homem coletivo, e não o homem particular, que t o homem
"'1dadciro.mcsmoscoscgundoparlicipadcformatãocslrcitadoprimeiro
4uedcletirapanidoaoYÕ-locxal1ado.Finalmcn1c,baslalembrarumcia:m·
I'~' famoso: se Sócrates. no Of/Oll, se recusa a íuJir, t porque, no lim das
•~•nlas.clcniotcmvidaoocialíoradacidade.
A apcra:pção .«>ciológica do homem pode prociU1.ir·sc csponlancamcn·
te na oncicdadc moderna cm cenas experiências: no ~rcito, no partido poli·
lkuccmtodacoletividadcfoncmcntcunida,csobn:ludonaviqem,quenos.
l'"rmitc - um poucocnmoa pcsqW..c1nol6gicii - aprceodcrnosoutrosa
nmdclagcm pela socicdadedclraçosquenio..,mos, ou quando tomamos
I'"' ""pc'-SOOis", cm nó& No plano do ensino, essa apcra:pçlodcveri.io ser
obC·'-l>l!daSociolofia,masjáaludiaofatodequeasociolofia,cnquanlo
,.1udoopcnasdaM>Cicdadcmodcma,írcqúcntcmcn1cfa1dclaumaqucslAo
ok economia. Não se pode aqui deixar de •oblinhar °"
méri1os da etnologia
uttnndLwiplinaSocioli!fita.Nioscçono:bc,cmnossos.cfjas,umtrab.alhoc
1n.. moumcnsinoctnológicoqucnãoprovoqucaapcrccpçãocmqoCS1io.O
onc.nto,cudiriaquasc a fascinação, que Marcel Mauss c11Crâasobn:a
1n.1mpancdcscmalonoscoovinte.•ckvia·scan1csdc1udoacsscaspce10
dcocucn&i110.

r ............. oqooomoon«k>loq""'''""""'"""'<l""""""".,,..,..... .i..p...


"I~.,~ Mo,.oun><-ouf!Ml4lp"'po~po'"oü:n1f..-d<<1no!Op.•01
"""'"<tpoloqoc nlooc..,, ..... 1.1no1op1""'tou·mc:qoc lh<Nml<'"-"""'""''""""
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Acrcacentcmoaqueo~l.nl11dcM1•PUCepçiocomode1odasasidtias
lu11d1menl•iii. Elil nio ~ complol•n•rnle •Jtiulnd• cnm um primeim lance e
•I<· um1 l'l:r por tod .. nu 1,.m rl1U"1rmfllnd1 < .. ramif1e1 cm nós,oo
•Hl~o. •0<11nl1Auo ri• owomarn·<•' lomilu•lo ,. "' ln1110 ror1u1<0 A n&nir d~·
la,podcmoscompn:cndorqucapera:Pflodco6smCM11oscomoindivfd1111S
niioéina1a,masaprendida.Em611ima""'1ile,clanooéprcscri1a,impoo1~
pela $0Cicdadc cm que vivemos.. Como D\U'khcim disse aproiàmadlmcnte,
nossa socicdldc nos presacwaobripç:iodoscrmos livres. Poropmiçàol
$0Cicdadc moderna, as sodcdades tradidonais, que ignoram a igualdade e a
hbcrdadc como valores, que ignoram, cm suma, o indivíduo, .,....ucm no
fundoumaidtiacolctivado bOU1cm,enOMa apcrocpção(residual)doho-
mcmsocialéaíinicaligaçioqucoosuneaclas,oÍlllicoviéspdoqualpo-
dcmoscomprcendt-las.Es!:lia~portanlo,opontodepartidadcumasociolo­
giacomparaliva.
Umld1orqucnãotcohancnhumaidtiadcssaaperocpçãoouquc,co-
mo1alvczamaioriadoolil6sofosdcbojc,n.io•reronhcçacomofundadacm
•'Crdadc"'conlinuarásemproveitoalgumalciturad~elrahalllo.N6sautili­
'.aremos,paracomcçar,comdoisobjc1ivos:porumlado,paraa:rc.aropro-
blcmasociol6gicodoindivfduo;poroutro,panilldodaigualdadccomovalor
modcrno,paracolocarcmrclcvocmcontrapartida,cmnOMaprópriacultu-
u,oscuopos10,ahicrarquia

Aapçrcepçiosociol6gicaatuacont'8avisãoindividualisiadnhomcm.
Conscqiiênciaimcdiata:aidéiadoindivlduoconslilui-scnumproblcmapara
a sociologia. Max Weber, para quem a apcrcepção .ociol6gica se ~rime
numa forma cnremamcmc indireta, vejamo-lo como romântico ou lil6sofo
moderno, lraça-noo um programa de trabalho qllafldo escreve numa nota de
sualr1caP,.,,ur,,,.r~(cd.al.p.9S,oota ll;trad.fr.p.122,nota23):
Otemo1odMd.w.anor«<>b,.a~1111111>o1e ....... q ... ,.p<8&•fllaf'""'·
....o6lae...i....i-..«111«>100.doporuodc..,..blildrico,1<n1..,..11c_,,(,.1"ndo
llor<khronlo)m••1<>pmi<rooprnone"""

Paracome'8-f,muitasimprccisõcs.edifio;uldadc.sprovémdoqoeniosc
tunw:gucdi.slinguirno"indivldoo..:

10.,.n«cmplrino.pr<>eo!Cc.,rodo-.q.. ~""'""P'ln""loramaúN·

l""'"'l"'""I"'""""'"_..,.,...
1 D•<:rdc...6o.o ..j<uo110rmal1VOdo>u•<1lloi\>X>."'º~P~nodco<k.""""1"""

.....
.,...,""°'"°""''°"'de
._ 1paldodcodcl•IM:-.~-"'P""""'"'"'°i<l<oclonol<••lq..

A comparação sociológica exige que: o individuo, noscnlidoplenodo


t<rmo,scjaconsideradocomo1alerci:omendaquesc u1ili,.,,ou1rapalavra
I"" de.1ignaro aspectocmpfrico. Assim scricviladaagc:ncralizaç.io.por
lnadvcrtêncildaprcscnçadoindivlduocmsocicdadcsqueniooi:onhcccm,
ik fu.cr dele uma unidade de comparação ou um elcmcnlo de n:fcrôncia
univc....,l.(Aquialgunsobjctarioquctodasas&0eicdadesorcwnhcccmdc
•tilum modo; i! mais provivr:I que: sociedades relativamente •imp1es aprc.scn·
'''"' nc= <entido um e..- ado difcn:nte a dc<er~-...:r e doo.ar i:om cuidado.) Ao
1011lr:hin,comolodacalcgoriaconcrclaccomplcx.a.dcvc·!iCÍa1.CfOmesfor.
101>.ornrcdu1J.laanaliticamcntcaelcmcn1osouarcvclaçõcsunivr:rsaisquc
1~.Jcm servir de coordenadas de rdcrência i:omparalivas. De<ic puniu de
vl1t1 impõc·sc orna primeira wn.iataç.io: o individuo é um valor - ou anie...,
olcfo>partedcomaconfiguraçãodcvaloresmill"ltri1.
Dua.•coníiguraçõcsdcssctipoopõcm·scdcimcdialo,asquaisearactc-
d1am IC'f"'Clivamenlc as &<>eiedades tradicimWs e a &<>eiedadc moderna. Nas
111lmcirL-. como também na Rcp~blica de Pla1io, o acento incide <Obre a SO·
<i•d1dc cm seu conjunto, como Homem wlclivo; o ideal dcfinc-sc pela <>•·
pnl1J1çioda&0eicdadcemvi'óladcscw;fins(enãoemvi'óladafclicidadein·
,11.,dual);rra1a.sc.an1ci;de1udo,dcordcm,dchicrarquia,cadahomcmpar·
li<ular deve i:ontribuir cm"'º lugar para a ordem global, e a jUSliça wnsi.slc
.,nrrnporcionaras.fonçõcssoci1iswmrclaç.ãoaoconjuo10.
l'ara li' &0eied1des moderna..., ao womlrio, o Ser humano~ o homem
d•mcnlar'", indivisfvcl, sob •ua forma de ser biológico e ao mesmo tempo
.1,· ;uirilopcnsanlc.Cadahomem r•rtirularcncarna, numccr1osco1ido,a
huu1unidodc inlcira. Ele ta mrd•d~ de lcHla. a< coi\lllO (num sentido pleno
t<Mlnn1m.>) Oreinod,.,.füu1coincidecom1,.füu;lc&flimosdccadahomcm,c
...1m 01 valol'CI.., ÍnVl:rlcm. O que"" d>1m1 1ind1 de "sociedade" to meio,
o•ldridcc1d1umtofun.Onlok11Lnmc111c1oocicdl.dcniocxislcmaõs,cla
11110n1AumdodoincdoU'1!l1n11u1l"'l"''lcemn.tlciconrr1riu1AcJli&ôn·
,1.,,,kllhrrdadccoaual.l11k N•hll•lmr111ro•1ucprnrcdctom1dc~riçio
''"' ••~"'"'· umoV1d<1tlonnh1h• !)"'"''''''"~Ili' 11'/)<flJ<t1ll'/a/01K... K>·
cicdadc,aobscrvaç!ocom~llfncianosremclcàsocicdadcdoprimciro
tlpo. Umasocicdadc1alcomofoiconocbidapcloindividualismonuocacU..
tlucmpartcalguma,pclaraz.ioaqucrefcrim~asabcr,dcqucoindivfduo
viV<:dcidéiassociais. Tira-scdalcstaconclusãoimponantc:oindi\lfduodo
1ipomodcrnonãoseopõcàsoc:icdadcdotipohicrárquicoçomoapancao
1odo(cissoéV<:rdadciroparaotipomodcmo,cmqucnincici.slcpropria-
mcnlc nada a se falar de um todo conceptual), mas como seu isual ou seu
hom61ogo, um e oulro corri::spondcodo à csstncia do homem. Apliquemos a
idfiadcPla!àn(cdc Rousscau)àidéiadoparalclismocnlrcasconccpçõc.s
dohomcmpanicularcdasocicdadc:coquanloparaPlatàoohomcmparti-
cularéconc.i:bidocomoumasocicdadc - umconjunlo - dc!cndênciasou
de foculd~dc.-. çn\rç os modernos a 50eicdade, a nação,~ CDJ1cc:bida como
umindi\lfduocolc1ivo,quc1cmsua"von1adc"c•uas"rclaçócs"comooin-
divlduo clcmcnl~• - mas não c..t:i como ele submetido a rcg<as sociais.
Se se duvidasse do csdarccimcn10 que noss.a dislinç.io tru imcdia1a-
mcn1c, bastaria rcportar·seàsociol<>PidurkhcimianacàCDJ1íu!Joquc ncla
introdu>.oduplnsenlidnda palavra"indiYlduo",nuaindaao"comunismo
primilivo"'docvolucionismovitorirnoou ma.-.isla,qucconfundiuauséncia
doindivlduocpropricdadccolc1iVll'".
Fazcrahis!óriadasorigcnsdasociologiadcvcria,a..sim,consisliranli::s
de tudo cm dclimi1ar •ua C<Sfncia principa~ quer dizer, fa1cr a hislória da
apcra:pçiosociológicanomundomodcmo.Nafrança,clasurgcsobrctudo
na Rcs!auração,comorcpcrc......ãodasdcsilusõcs trazidas pclac.tpcriência
dusdogmasda RcvoluçãoccomoqucimplicadanacxigônciasocialW.adc
subsliluiraorgan~çãoconscicnlcpclaarbilraricdadcdaslciscconômic.as.
En1rc1anto,podc-sepcrccbo!-laan1~,pori:xemplo.nodircilona1ural,cm
q11e da e \IM legado çontinu.amcntc diminuído da Idade Mtdia, c cm ROllS·
...... q11e marca de maneira ...bcrba • J"'SA&Cm do homem natural ao h<>-
mcm M><ial neslas linhas do Cnnt111io Soda/:

Aq11<lo:q..:.,....r<mpm:n<lno1...,<10~<1<ompM1d<V<,.,..,,..mn><>d~ ...
'""""'P"'"'"'m4iz<roNlon:l.lhomono,<1<1n..r..rmar<Noin<1Mdoo,'t""pora111COmU
'"'"'°"º"""""_"",..,.,*""''ado""'f""l""'-Ídllo(<&<hom<m)1«<l><il<
'~""""'"''"'"'ª"'ª"""'""""(ll,vi1,p>f"'m<Ui)

A mesma apcr<:<:pção o;sU pro.<entc, n11ma forma indireta, na con-


~rpo;Aodo Estado de Hcgcl,conccpçãnquc Mane recusa, voltandoassiman
lnJividualismopuroc•implcs,não""mpan1d<>XOdaparlcdcumsocialisla.
Umaobsc,..,,.çãoscimpõcparacnglobaraidc:ologiac..,ucon\clllo:cs-
u1cndenriaindividualis1aquc..,.,.;impor,gcncraLIT.1r·..,c..,vulsarl>'.ardo
.tculo XVIII ao Romantismo e além, a<'Ompanha dt fato o dcscnrnlvimcntn
modcrnodadivisàosncialdolrabalho,daquiloqucDurkbcimchamnudc:S1>-
lldoricdadcorgânica.Oidcaldaau1nnnmiadccadaumseimpõcahomcn<
1111cdcpcndcm un<dosou1rosnoplanomalcrialbcmmaisdoq11C:lodosos
""' anlcpM'lldM. Mail< parad0llalmcn1c ainda, .....,~ hnmcn.< terminam por
mficar,uacrençacimaginarqucasocitdadointcirafuncionadcfalooomo
rlr•pcns;iram,qucodomlniopolllicocriadoporelcsdc11CÍunciona,...Erro
11el11qualnmundomodcrnn,aFrançacaAlcmanhacmparticular,pagaram
mui10 caro. Parece que, com a relação àssncicdadcsmaissimplcs,houvc
11ni•l•oeadcplanOli:noplanodofato,clasjllSlapunhamparlicularcsidênti-
""'(""lidaricdadc mccânica)c,noplanodopcnsamcnlo,viamalOlalidadc
rolc1iv:a;asocicdadcmodcma,aocontrário,agccmconjun10cpcnsaapartir
du1ndivtduo".l...oíat..doaparccimcnlodasociologiaromodisciplinararti-
'ul1rquosubsli1uioquecrareprcscn!açãoromumnasocicdadctradicional

Chegamos "tiº'ª ao lraço moderno que.., opõe mais imedialamentc ao


•hlcmad""ca.'\as:aigualdadc.Oidealdc:libcrdadecdc:igualdadeseimpõc
• potlir da oonccpçio do homem como lndivfdoo. Com deito, se se supõe
1111r toda a humanidade C51' pre.'ICnlc cm e.ada homem, cntin cada homem
1k>r'1Crlivrcclodososhomon<.Joig11oi•, éni<ooquec.sscsdoisgrandcs

• l....
........ -·- --.-..,-....... ...,_,_
u--""'-••--·-•~•lol)dol

........
______ *
...._

~~~f;~?:ª7êT~::f:::
id~ da era modcnia haurcrn su.a racionalidade. Eutamcotc ao oonlririo
de um fimcoleli,,.,,rcconbccidocomoscimpondoarnui10&bomcns,suali·
hi.:rdodcélimitadacsuaigualdadcépostacrnqucstão.
É surpreendente oonslalar quão recente e tardio é odcscnvolvimcn10
daidéiadcigualdadccdcsuasimplieaçõei.Elarcprcscnta.nostculoXVlll.
opcn.u um IN'Pcl cm suma sccundirio, salvo para HcMllius e Morclly. No
próprio stculo XIX, entre os precursores ou 0&adcptosdosocialismona
França, o lugar rcla1ivo da igualdade e da liberdade é vari-'vcl. Fa..cr aqui a
hist6riada concepçiioda igualdadcémcnosdiíld doqucscpa•i-ladas
idéias pró.imas a ela. Tentaremos, entretanto, isolá·la, guardando sempre
um mínimo de pcr.pc<1iva históriea, comparando seu lugar cm Rousseau e
cmTocqueville,oomoilcntaanosdciotervalo.
Rousseau passa por ler.se insurgido contra a dçsigllllldadc, mas, na
Vl.'rdadc,suasidéiassàomuitomodcradasc,cmgrandepartc,tradiciooais.
No Dismrro sobll' a Oligotrn da Desiguoldade, o primeiro mérito de Rousseau
éodedi>tinguircntreadesigualdadenatural,qucépoueaooisa,cadcsi·
gualdade moral ou "desigualdade de combinação' ..., que rcsulladavalori.
>.ação com r,,.. social• da dc.•igualdade natural. O homem da natureza, çrJa.
turagrO&SCira,quctacc5Sfvclàpicdadcmasnãooonhcccobcmncmomal,
qucignoraasdifcrcndaçõcssohrcasquaisrcplllWIJOasr17.õcseamoral,às
vclC.•édi1oscrlivrceatémcsmooonhcccraigualdadc(p. l71).oqucscm
diivid~ devç ser entendido no sentido de ausência de desigualdade moral
(mas n.io seria melhor di>.cr que ele nii.o conhece nem um nem outro dos
opmtos?).Eleditoomlodasasletrasqucadcsigualdadeéir>Cvilávcleq,..a
igualdadcvcrdadciracon.•i..tc na proporçiio(p. 222, nnta 19): tcm·<eaqui,
portanto,algodoi<kaldcjllSliçadistributivaàmanciradcPlatão.
No plano econômico, a desigualdade é incvilávd. No plano polftioo, a
igualdadc"6podc.crddinidaindcpcndcn1emcntcdalibcrdadc:aigualdadc
naabjcçiio.sobodcspoti>moqucmarcaacllremidadcdodc.cnvolvimcnto
social, não é uma virtude. Em &uma, a igualdade só é boa quando combinada
àlibcrdadccquandooonsistcdcprnpnrcionalidadc,i$toé,quar>doaplicada
ratl>ilvclmcnlc(tal-1'~mai>oqiiidadedoq11Cigualdadc).
No COll/ftlto S«ial (fim do livro 1, p. 367), a igualdade é claramente de-
finida como norma política: " ...o paao (ur>damcntal subslitui... por uma
igualdadcmoralclcgflimaaquiloqucanaturc1.apodori.atcroolocadodcdc-
sígualdadcflsicacntrcoohomcns".
Se a dcsigualda<k é má, ela é entretanto incvit,vel cm certos domfni0$.
Scaigualdadcébo.a,claéantcsdctudoumidcalqucohomcmintroduziu
navidapol!licaparacompcnsarofaloinclut'vcldadcsigualdadc.Rousscau
provavelmente nãotcriacscritoque"oshomensnascc:mlivreociau1iscm
dircit0&". Ele apenas abriu M:U Co<r/111/0 Soda/ ce>m 1 fraae f•m<1••· ··o hn-
mc,.,1111Sct111ivrc,ccm1odaparteesl'preso"(grifome11).Perc.lbe-scodcs-
lm1.mco10:aRcwluç.iowiprc1codcrrcalimrodirei10n1t\lfalcmdircitopo-
•il;.,.,.Vê-.cbem,oomBabeufeaCoajuraçiodosEsrados,comoareMndi-
•a<;ãoigwilit:iriavarrcasres1riçõc:sq11Cosr.l6$ofoscnooolraY11.1Doanalurua
ilo homem, e não 8pcnas coloca a igualdade antes da liberdade., mas esl~
mc=oaplaabaralc.araliberdadcpararealizaruropicamc11tcaigualdadc.

j. A IGUALDADE EM TOCQUEVIUE

Pu-emos a Toc:qucvillc e s11aD11 Dtmocroci111111Am,fic11 (11DS·1840)'".


l"<><qucvillccontraslaasdcmDCJaciasiaglcsa,amcricanacfranccsascguodo
nlugarrclatiwquccadaumarcscrvaàsduasvinudcscardcals.Alnglalcrra
~ 1 liberdade .cm quase nada de igualdade. A Am~rica hcrd011 cm grmdc
mcdidaaliberdadccdcscowlvcuaipaldadc.ARcvoluçãoFranccsafcz·sc
i.o.lmcntc sob o sjgno da igualdade. Na verdade, Tocqucvillc tem 11.lDI coo-
«pç.io aristDCJálica da lihcrdadc, 11111 pouco como scu meslrc Monlcsquic:u,
c1.i.,,,nãotcnhao-cntimcn1odcscrmaisliYrCcomo.;ldadãodoquctcria
"'mo nobre sob o Antigo Regime. Definiu a democracia pela igualdade de
wndiçõcs. (Observemos rapidamente que, como Monlcsquic11, c.llravasamos
"'luiopuropolrlico.)Essaéparaclca"idéia·mâc",oidcalcapaixiodomi·
nan1cscformadorcsdosquaisclctc111acomWorçodcduzirascaractcrlsti·
•·a•da sociedade dos Estados Unidos (scu lugar sendo devido aos falorcs
M<ogr:lficos,àslciscaosCOMumcs).Essaigualdadc.,TocqucvillcavCscndo
p•crBJada há muito lcmpo. i;: preci&o ler "" ~nas noUvcis cm qll.C ele
'"'"'raqucolafoiintroduzidaoaldadcM6diapclalgrcja(odcrorccruta
I~" coda parle), depois favorecida pelos reis, de sorlc que ímalmcntc, nas
wnd1o;õcs dada>, lodos os progr=os concorrem para o Diwlamcnco". Toe·
•1ucvillccomidcracsscfato1Jiod:iramcn1cillSCri10nahistória,qucnãohW·
locmqualiÍll:t·lodcfacopro...;.icacial,eniohád(tvidadcqucsuaadcs.io,
•<><ai<•uaprincípiocscmprclr.cida,àdcmDCJaciaoiotcnhaaquisuaraiz:
do h•vcri• como cstabcl<>a:r uma oposi~ à Lei maior da história dos palscs
""l~u.1. TocqucviUc Utsisliu lo11p111ca1c, ocssa ohra e cm O A"tigo RtJimt t
.,n,.,-o1,,,do,sobrcograuco.Wdcr'vcldcnivcluncntooaFranç;apré·rcvolu·
•h•nAria,s.iluaç.ioquclomavaini;upor1boeloq11Crc.ta111nasleisdcdisliaç:io
olu•cHadoscdosprivilt!gios.cchmavasuadcs1ruiçio.ScTocqucvillclcm
'• ,.,,--,.-1..ioçoo ... u••,,.,,_,,,..._......_n_1..1:<1o _ _ _
,.....
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....__,....._,
, _ , . . . _ .. ,.,.... ...... 1 .... -

ª~:?ê~r~~~~:?~~§;~-::E
.. .,..
........- - , , , _ ......... _ .
razio,arcirindicaçiorcvoluclon6riadalibcrdadeparccialcrsidoan1csau-
prcssio,prinçipalmcn1e.,...1 ueatc:goriasinfcriorc:s,dcumarcivindiação
dec.ssfndaigualitúia,afCSlriçiodaiguldadescndoscntidaçomoausêocia
dclibcrdadc,masisoojitumaintcrprctação.
Com o risco de nm afastarmos um pouco de n = assunto principal, t
preciso dizer aqui algumas palawai;.sobre uma idéia muito impo11an1edc
Toc.iucville,qucdizrespcitoaoluprdaidcologiapolnicamDdcrnanocon·
juntodoswlor<:S.Tocqucvilk:abordouaquc:stãoda/'fll/izaçdodoidcaldc-
mocr'tico.Commuitosfranccscsdesuaépoca.clcscpcrguntouqualara7ão
docurmcnganosolomadopclosacontccimcntmnaFrançaapartirdcl7119.
Em suma. a França não dicgava a rcali7.or a democracia de maneira sativ
íat6ria - calcst6umaduorigcnsdosocialismofli111têscdasociologiana
França. Tocqucvillc o;onstatou que a democracia, ao contrário, funcionava
con..,nicntcmcnlcnmEstadosUnidm.Procurandoarv.ãodc...adisparida·
dc,nãosccontcntoucmrclacioná-laanmcioambicntccàhist6ria,aercdi-
1oucncon1r6-lanumarclaçãodifcrcn1c,dcumcdcou1rollldo,cn1rcapollti·
cacarcligi.io.Dcsdcoinfciodcsculivro,clclamcnlaquc,naFrança,1cnha
haYidoumdivórciocntrcoshomc11Srcligiososcoshomcn.<apaixonadospcla
libcrdadc{l,9·10), cnquanloconstala que, nos Estados Unidos,aconlcccu
umaaliançacn1rcocspfritodcrcllgiioccsplritodclibcrdadc(l,42-3).Eis
suaconclusio(tr,29):

l'a1>mom.d....ioquco-m/lma""""""'""""'"°........,,.mpoumoromp1<10
ood<pood!RNr<hpoa<u""''"'""hb<nbdepolhóao.<""'l<vadoa<r<<qu<.1<<l<ftl.ol<M
art.tpl«'d0quoc1<.,,.. ..... 1e~1 ..... q .. .,....

Eisafumpc11Samcntotãoopostoà1radiçiiodcmocrá1icaírancc.sa,quc
d"""choe.1rmuitoslcilorcs.Elanosimpnrlaaquiapcoasnoq11econccmcà
configuração geral dos valores nouni..,rsodcmocráticocsuacomparaçáo
comaconíiguraçãocom:spondcnlcnounivcrsohicrárquico.Tocquevillcpõe
um limite ao individualismo (polltico) e rcintrDduz para o homem vivo uma
tU~nJbicia.Esclarcçamos.Hádoisaspcctos.Primciro,ascparaçãooca:ssá·
rianadcmocraciadodomfniorcligiosocdodomlniopolltico,cissonumdu·
ploscntido:porumlado,éprccisoqucarcligiãoscjadcspojadadodomln.io
polltico e o deixe CllW.ir por si mesmo; por outro lado, é mau que o domlnio
polkicosccrijacmrcligiio,comoétcndênciaírcqOcnlcoaFrança.(Tocquc-
Yillcobscrva,ainda,qw:aRcvoluç.ioFranccsaproccdcullmanciradcuma
rcvoluçãorcligi,....,A.R.,l,89,36,202cS$.)

No Am<!nca. • fthpko ~um tnundo ~ poll< . - ftlna o..-."""'·..., do q01I <I•


._.. .. P,_.,l'"•'" ..1r.<m""'h'"l"·'·•l<.S.w"'"°"'""'',..'I''..,~"""'"""'""
;::,..~l.~)•od<poodo!"""'l'"""""-q"""""""""'" ......,... , ............,.,
Obscrvar·SC·~ que a FranÇll conscpiu chegar, ir1ai& ou ir1cn0& no séai·
~.XX,~ realizar essa separação. Mas essa do I! a i<Uia integral de Tocquc·
.,11c:ascparaçãomiolhcésuficicntc,elclo1M1...bretudoaaunplcmcolari·
J1dcdo.doisdomíoi0&talcomoapcrccbcnosE$uidosUnidos:"Scclcéli·
.,<,que ele .;reia", oquc•ignifica,scscquiscr,queodomfniuparticularda
1••lllica.crigindo·scabsolutacm•uacsfcra,niopodc•ub$tiluirdcmancira
vl'vclodomfniounivcrsaldarcligiâo - ou,aprcssemo.noscmacrcsceolar,
J1 fih...,fi•. l'aratornarvcr.,..imilcssa idl!ia,scriapn:ciso,ou bcmconsi·
Jcri·la >Oh o ingulo compara1Ívo, como j~ se poderia ía~r ao término da
loHuradapr<:senlcobra,oucntãordlclirscriamcntcsobrcasdc.graçasda
JcmocracianaFrançadoséculoXIXcnaEuropadoséculoXX,oqucnão
"'lcm fcilo de maneira alguma". No uivei cmplrico, é forçoso comuuar que
1&JuasdcmoaaciasconfirmadascomoviávcisnosUmitcsdcsl13Sfrontciras
l111cm ambas um apelo complementar a ou•ro principio, a americaiia scgun-
Ju 1 c•plieação dc Tocqucville, c a inglcsa coDSCrvando ao lado dm wlorcs
nmJcrnoslantalradiçãoquan1opossívcl.
O que ha de mais precioso para nós, cm Tocqucvillc, I! seu esiudo da
n1rntalidadciguali1,riacmcoR1ras"comoqucclcpcrccbcdcmcolalidadc
l11<1ArquicanaFranÇlldcrcgimcao1igo.àqualck:a.indaesi~ligadomuilodc
I""" •J'C'S..r dewa ad"''iio sem '""""'""à dcmoaacia. O primeiro traço a
•uhlinharéodcqucaconccp<;ãodaigualdadcdoshnmcn<aearrclaadcsua
•lm1li1ude. Eis uma nn.,;ãn que, se não absolulamcntc n<MI, sc disscminou
""'Pl•mcnlccganhouauloridadedcsdcoséculoXVlll,doquclcstcmunha
C'uudorcct,qucacrcditavafrancamcntcnaigualdadcdosdirci•os,masdccla•
••v• •desigualdade como um rato ínil cm certa medida. Enquanto a iglo•lda·
do for epcnasumacligÇnciaiokalqucc-primcapassagcmnosvalon:sdu
humcmcolclivoaohomcmindividual,clanioacarrclaráancgaç.iiodcdifo·
1onç••inatas.Mas,scaigualdadeforconccbidacomodadanana1ure7.ado
lontnom e negada apenas por uma sociedade mi, e como não hi mais cm di·
orltodifcrentescondiçõcsoucstados,difcrcntcs~csdchomcD.S,cnl.io
rir• ..io 1D<lns ~mdhantcs, e at~ mesmo ido!nticos, ao mesmo lcmpo que
lln•i• Êoquenosdi1Tocqucvillc:aliondercinaadcsigualdadc,bttan1as
l1uH1anidadcsdislinlasquantasforcmascalcgoriassociais(ll,21,cf.A.R.,
t 01• 7),ancnnldriodasocicdadcigualilária(ll,ll,tJ,22).TocqucvilJcllâo

_____ _. __,,,_
"' «1•licawbrcCMC ponto,acoiM.parcccscrcvidcn1e;clcparca:mcsmo
'""lnndorcomolodnmundoafonna.OOalcoser"naturaIMouUJ1ivcrsal.
l•m1ccnlrclantoumponlodi...Cinguidoporclc,quandoop6camancirapcla
•1u•I • •Kualdadc do homem e da mulher I! concebida nos Esudos Unidm e
~ ,,_.., . ...
......... 11--. ... -----... -.... ....-1........ ~-

:~~~=-~=~~:~=·.~~=~=~=~:::::
ruo França: "H'pcssou.1111!uro1"''1UC,eonfuodindo0$alribut11Sdivcrsos
dos se-, ptctcodem fllZCr do homem e da mulher seres não exatamente
iguais,m.. scmclhantcs".O.amcricanm"asconsidcramwmoscrcscujova·
lortigual,cmboraa.-idaosdifcrcncic"(ll,219,222).Adislinçãocqm:ssa-
semcsmocotrconfvc.lsocial,oode•mulhcrpcrmaocreinfcrior,con/vcl 1

inlclcdual e moral, onde ela t igual ..., homem (p. 222).


El>lgcral,cotrCl.anlo,comprccodcmosaqui,dcsscmodo,c~toopró­
prioTocquevillc,oproressodcimancotizaçãocdc rcifo:açãodoidcalquc

~-:~:.: =~::d:odc;',,7:i~'.:0:°!:..,~;,.~::,:it:n::,cm:=~ 1

umaçonsc:qüenciasériacinçspcradadoigualitarismo.NounM:rsocmquc
todososhomcnssãocooccbidosoiooiaiscooiohicrarqui>-.adoricmdivcl'585
csptcicssociaisouculturais,mascomoipaiscidéo1icosemsuacssêocia,as
difcrcoç.asdcnaturc1.acdccs.1atutocntrccomunidadcssãoalgumasve•.cs
rcafirmadasdcumamancirade.astrosa:clatcotiocona:bidacomoproa:-
dcn1cdccaradcrcsM!máticm,éoracismn'".
Toda a segunda parle da Dil ~momu:ia na Ambica, pubLic.ada cm
1840,éumcs.ludoconcrctodasimplicaçõcsdaigualdadcdascoodiçõcscm
tod0$ os dom!ni0&. O que permite a Tocqucvillc t"''ill' CS!.C retrato minucio-
so, no1ávc~ àvea:s profétiro,dasocicdadc igualil.iria é que ele a olha com
oimpalia ecuri0$idade,scm dcixardc1crpri:scnlcnocspfritnasocicdadc
aris1nc:rá1ica,daqualaindapar1icipadcalgummodo.Aspropricdadcsdaso-
cicdadcnovasurgcm para ele cm oposição às da socicdadcprca:dcntc. É
graçasacss.acomparação,análogaàqucLaqucC!.láimplrcilanolrabalhodo
ctoõlogoquccstudaumasocicdadcutrangcira,qucTocqucvillcfazobradc
sociólogonumscotidomaisprorundodoqucmuil0$aUlor.. pos1criorcsquc
nãos.abcmsairdasocicdadcigualitária.
Essaeircunstincia pcnuite-n0$ utiliz.arTocquc.-illc cmsc11tidoi11Y1:rso
paraapcm:bcr,a panirdasocicdadcigualitáriacscmsairdcoo.sacivili-
>.açâo,asocicdadchicr~rquii:a.Bas1a,comoclcmcsmoeoslumiwaflll'.cr,''vi·
raro qud.ro". Nós nos contcotarcmos cm citar, iotcgralmcnlc ou quase, um
brcvccapk~lo, que é um dosmaisfamrávcis11CS1.Cscntidocqucaprcscota
aindaavaolagcmdcscligaraumlcmacmq11ejátocamos.

d. O INDIVIDUALISMO SEGUNDO TOCQUEV1l.LE

Do individualisnio 110& palscs dcmocniticos (DD fHmocracia"" Amhi-


<a, li, 21 p., Cap. 2, pp. IOS-106):

,. . . . J'-·-----·--·-.. ---·-
M.ct-,Ap.A--llo,.il(..... ,pJo~o....--- ... _

- ........... _
ouo .. 1lll11>1
... _
............ _ . . . ......... ,..•• _ , _ . , ..... 1m
º"""'"""°""""~ ...........,._.1<quou... ;o.!ia_rC<._.r.-i-
..i""""""''"º•,,_.Ocpmo~umU>Ot•po•-·--,...,._,..,.,..,...
""""'"'ª"''""'°""''""°ªl"""'•"<o1<pt<Í<nro1-.0llldMd.-..~um1<nl-•
,,.,.n.,.ioeporif...,qoodà;p6<.-0ridt4loo1<isolor4"..-o1<1<•"'ni<lllao!aca,.
,.,.,.,&pon•«1msuofomniae•••mõp.<kul.,.,oq...,o.-...im-<ri"4o""'"p<-
q..oo-ponon-•l<-d<bof11So*•..--• .. - . ( , )
o ..........-~ ... _,.,.,.........., ..... _ .. _,,_,,.,...,..q.. •
,, .... 'l"«< .......1o..
1;.,,..,....,...."""""'''°"""'f..,íl1Kp<nnon<«.,duna1<aiaoklloo........,..,..
"'''"'l"'º".,."""",_lopr...... 1omo,por_,mdil<r.1.- .. pnç>'l«<001<,,..
,.....-.trmhorncm<00h<ceq..,.1-m1<U1-radcoo._,,.,..,,...,,.jiope...,.
c1c-....
,,., .. .,b...,.,.,. ......... eu .. p.. ,.,.,,,.,.111e
1oc1c ........... .,. .. ,.... ...
"''"'""''1«1"'"'""""''_..,r,..,,...,p,...,.._..... ...... quenlo<m1<•1111•ou-
~:::•:;:o:,"';:::=:e:::::~:;;.:.r:::.::s-...:.::::.,-::~':
,...., •.....,...,.,;,o.......... .i..i.1<0.... po,._l<que<klorupon.u,....,.d<pe-
'l"'"""''""·'"""......,l•"'""qucridoqueo.,.n<1<.Corno, .. IOrit<lo<bo...om1n.,1.,..
·~•••ndodb..,Ao~•a-oí..o.u .. _dor.ou1rm,disooo"'4o...WU.quo
, ... um1<mpr<oper«l><ori.,.d<l<um-....,Jo-•lh<~-""<·obo""d<I<,
-r<umoultohornc•<wp,_.,,......._,n,;r.Oshornc.. quc.,..m-lo!tukllolia.,..
<1ll-<>1lo,001lo,q.-clopdood<umamanc1,.oum10011pmamsaqU<Wíond<ls,
'""l"'"''..."'º ...... d_.... ...
""l ............ É ..... - q......................1m,,
"'''"'""'®"""""""'1-nequcolootoonhol"ma"<mot..._roellpo"•<>•·
'""'"""'"""'"""· .... '"""°"'...,."'º><_..,f,..p0r«n.. -..,,._
N<ooott.klsd<.-..ltó«d.oo'°"'"'"°-•'"q"° •d<votad< ..... iodft.lduopo1>,_
''""'"""º"'"''º"'""<lo""'odc.olo,...n1ocmr< ....... oumhorncm1<10Jftlftl0dnm:o
•••d,.•f<~hu1t1UU1< cl«l<mp<"< '°"'"'·NOl-d<""""'""" ..,,.f-'lioo
"'"'""'"""''do....i.,ou1tM,,.l<..,.m1<•"""'·•Kldor.oq..1o<quor"""'mudaOld<
,.,.,.,..,..dot<mpo1<...,.p<•--•to•o-!podalpnç>'l«1<1-.E.q.,..
.... r....1mcn1<ooquc ... pt«<d<nm.•nlo .. 1<,.ncnku010ldc!.. cloqU<lcsqU<-1<·
1•'...,~"'"'"ÍIJ"d.i:imu1101< ..... m.0Kpndo.-O<loiacoocopro:IÍmordalouttMco
'"''"'""'"'"'· ..,,..,.°"',..,.,......,_<«O,..< ....... qoo ........ ,.,. ..,,. ... Aarll-
1<•.-fo1<"d<l-•--"-P""""""'l""'"'"°",.....do~oom;o
.....,...,.q...... O ......... OC"'1"".-0Umd<1C.. <kls."AqM<lcsnlo*'--·-
plf•,f'<ll_,m.i...r-cspenm-d<nlnJU'!m;llobi1...... &1<<0ftDd<nr1<mp .. _
....,..,..,<.J•lp01d<_.,,,,,....quo ... ..so.m....,pi.umcn1<<'""'*'"""'--'--•
......,...,...,.p<... fOl..-0- ................ . -............. - ........... k
.,.,...,..,.,....,,,.,o ..
pond<1<"'""'"'""°"11CG;<lool<CO!ld1<11<m<aaro".-o
·-~pttndoMo.fo-Ot< ... ..,._d<...,pf'(ipfio~

C:fáciloomprccndcrporquccilciloDg11111onlcC$$Cle.1loadmir.tvcLEle
•••1•111dcoomavanço,porumlado,àqucsliodoindividualismolcvantada
I"" Mali Weber. Opõe daramcnlc o individll&lisaio moderno e o partiM·
olomu tudicional, comod!IM pcrccpc;:õcs ao111CS121otc111poopos1asdadu-
u1lu. Ek: evoca de um lado um "'monlioino qlle nio de.apare.eu nos llOS-
"'" dl.., mcamo nos dn:ulo. todnlótioo.. e. do nulro lado, para alf111 da aris-
lou1d1ocidcnlal,o11&1cm1 du ClllU e 1u1 ialcrdcpcndhcia hicr1rqllizada.
NAucooonlrcin..i.mclhorpar1lnlrodwrirnk:i1ormodcmonaM:unM:no
11udllcrcn1cdo1oeuooqu1I p1olonJn1rru1l·lo Alndawiri11oulru ....... -
M1'11•11uccnm1~clnrAuolr•l<>th<ln
1. NECESSIDADE DA HIERARQUIA

Hi, coln:lanto, um ponto cm que Toçq11evillc oos abandona. Não nos


wrprcendcconswarquelKml'l'lctmtcmporãoco..,qucvalori7.amaigualda-
dc,acbamqucaclas6podcmopor1dcsigualdadc.Mc.smoco11cossoci6lo..
goscosíd6soíos,seapalavraMhierarquia"épronunciada,parcccqueissosc
íazcootraavontadccaossussurros,comoscelacom:spondcsscàs~i­
gualdadcsincvi1áveisourcsidllaisdasap1idõcscd.asfuoçõcsouàcadciadc
comaodoquctodaorganlza~artifici.aldcatividadcsmültiplas&upóc:"hic­
rarquia de poder'', por conscg\lintc. Entretanto, W;o não~ a hierarquia pro-
priamente dita, ..cm a raiz mais proíu.nda do que é iw.im cbamadn. Tocquc·
villc, cm conmwc, certamente tem o sentimento <k outra coisa, mBS a .ocic-
dadc aristocrática, cuja lcmbrança guardava, cra sulicicnlc para lhc pcrmilir
oçsclarcdmcntodcsscscntimcoto.Oslil6sofos1êmcmsuapttipriatradiçâo
um exemplo mais feliz, a Rcpüblica de Platão, mas eles paroxcm cmbaraça-
dos com cla (cf. 001a 2d). Do lado da sociologia, no mcio dc tanlas vulgari-
dadcssobrca"cstratilicaçãosocial",cotlSliluium méritodosoci6logoTal-
conParsonslctcolocadocm plcnah1zaracionalidadcuniversaldabicrar·
quia(cusublinhoalgumaspalavras):

Aaç4oa1'onon1odlpon«ll0&<1l>J<t"""<l1ompt,..,1mb<!'"umptto<Uf0d<lt{;ç.to
q...1old<1<nno11>(óo......,<ll>J<l"""'-N<aap<"P'<IMl,t-<><rom1"""'nlo«laoçloodo
.,,-,io .. q\lll<la1<<k><""""'m'°'"J<"•• ..,./<af<ln.A-l~porN11va,'1"'n·
4ot<m""110q_,..,...,,,...._,..._pruduzd ... <V115<quenrio>fund•un<111 .... -1ro, ..

.
""'Mlad<ldoRil<mo.q1>0r0<1n1cd<OI01<lom<n,."1oud<popó.._d<<Olo1Mllld<aoud<
"'........................... outo ...•-pola ........................ lll""°"fdo .... ...
dodoOJllO<'OO'Od<-..l~tpruilo~ue<l<Ã,..Pln1d1l<r<ll<ior<>1Aouoquc,.,<nl>Sll·
ob--~ Quanto•ICJUnda<mt<quell<io,<11~-<d<lad<poncl<
""'-obÚOl<...,-..,<lacou"""q"'·"'m,....~<lodo<'""'-*""''
.-~"""
"4f<lo, .. un-."'""""'...,."'°'""""'""mum"lill<mo<1< ..
d<um11l-<""'P"""'P1do1K11Mn1tun:adloçlo.11lco.o<la•--nmmte-
'°""""""'""·-..
,..._,.;.(•""-E>b<oço•"""'T__,•Üll"'1/l<ot;<lo",.,.-,_,,..,,,,,Soc..i.,.
pdaAfdo>,pp.ZS6-ZS1).

Em outros lcnnos, o bomcm nio apenas pensa, cio age. Ele nio lcm só
idéias, mas valores. AdOlar um valor é hicrarquÍ7.ar, e um er:"o consenso so-
bre os valorc&, uma ccrta IUc:rarquia d.as idtias, du coisa. c d.as~éio­
dispensável à vida social. Usoécomplc!amcolc iodcpcndcnlc d .. dcsigual-
dadcsoatlllaisoudarcpartiçãodopoder.Scmd(lvida,oamaloriadoscasos
1 hierarquia se idcnlificuf, de alpma maneira com o poder, ma. o caso io-
diaoonos c!Woar.tquc nio b.tni&so oclllt11D110KC<Sid•dc. Adcm•il;, e com-
prccnslvelcoatlllllque1hierarquiacnglobem"ll"nlC1MK:i111,ucalc1orias
"""iais. Com rela~ 1 eAM1 ~ociBS mais ou mc110l nctt ... liM d1 vida
Mleial, o ideal ipalitirio - mc11r1o&eclc for julpd.,•u11rrl111 ~1rtlnciol.
Ele rcprcr.cn11 uma caiJl~nd1 hum1"" <1uc "'"~""""!•· •l~m ''"'" • ~.,.,,.
lha de ocrtos fins, uma oc:gação "flluntiria owa domlaio TUI.rito de wa
renômcnounM:r..al.Nãomai<doqucparaTocquc:ville,lliosclnltapar•o6s
ikcolocaresscidi:alcmques1io,ml.'lhaveriaii11crcssccmcomprccodcr11t
q1teponloclcscopõeàslcndênciasgcraisdas.ocicds.dcsc:,porlanto,a11!
01ucpo111onoss.asoclcdadctcxccpcionalctdclio:adoarc.olizaç!odoido.i
l~uoliLirio.
Vollar,apósT<>«jucviUc, àquCS1ãodatrt1/ÍZllçlodadcmoaacial!ocr-
lamcnlcumalarcfamuitoncgligcnriadacqucscimpõc.mticssanioi!nos-
.. 1arcfaaqui. Prctcndcu·sc apcoasmarc:arcomclarczaopoo1ocmquco
próprio Tocqucville deixa de nos guiar, e o nitrito do sociólogo que o [117,
M••ça.àcon1binaçãodoin1clcctualismodcDur•hcim(pararcconhca:rquca
a<;.iotdominadapclarcprcscnlaçio)cdopragmalismodcMu:Wcbcr(pa-
ra ·"' colocar o problema não '6 da representação do mundo, mas também
<l•1çàoncsscmundorcprcscnlado).Vollandoaonossoobjcti"flpr6prio,vo:-
rcmo<qucancgaçiomodcmadablcruquiai!oprincipalobst'culoqucsc
"põcàcomprccnsãodosW.cmadascastas.
lllSTÓRJA DAS IDtlAS

//. DEFfNIÇAO. A PALAVRA "CASTA"

Scgundooqucjlidissemos.niocspanlaqucumsistcmasocialcentra·
olnnohicrarquia1cnhadadolupr,dapar1cdosaulorcsocidcnlaÍSmodcmos,
~. <'lll.<1dcraçi;c. mais diversas e malscuri<Wllõ. Trata-se aqui de darwnavís-
IN J'ollo"' ncss.as aliludcs modemas para dclas lirar algum pro.,,ito.Scgui-
rcmo•adcBougli!"',dircmosqucosistcmadascas1asdividcoconjun10da
•oo:ocdadcnumgrandcn6mcrodcgruposhcrcdilliriosdíslintoscligadospor
lt~• Cdraclcrc.: upamçlJo cm matéria de o:asamcn10 e de crnHralo direto ou
1ml11clu(alimcnto);dúudodotrabalho,tcodocadaumdcssesgruposuma
111uli-..ão1radidonaloutcdrica,niopodcndoscusmcmbrosscafaslardcn-
1tu de certos limites; linalmcntc,hrtrorquro,qucordcna os grupos cm po-
.,,11c. rclalivarncnlc superiores e inferiores urnas às oulras. E...... dcliniçào
"'""ª'"Principaísearadcrcsaparcntcsdosistcma,clanosbastaporcn-
'l"·"""Pº'""dl..:u.....,;.odalitcratura.
l'drdc<>mcç.orpclapalawaquclcmscmdoparadesigioarofalo."eas·
1,1'tJcnngcmc•panhnlacpormguc<a:"'cos10,propriamcntcqualqucrcoisa
11.loHH>lUrdda,dula1imcoJ/uJ,c.u1n"" - d11l.mri!(s. v.).Apalavraparca:
11•1.,doulilízadanoscnlidodcraçapclo•c•panhóísclcrsidoaplicadaàln-
1llo pelo,. pom1guc11u cm mc1doo dn ofrnlo XV""· Em ingltr., observa-se um

,,,,,_.......,..i,..,._ .. _ .... ,..... - ••


,. .._,......
........... .. ................. _...1.__
i<• "'"""'"A 11.- ....... - ., ... _
·-· ,,_,,._,,_,~
' ' ................... , ..
,.,,.,_ ~
~ "!1 .......
emprcgo(clUl)no.en1idodcr1çadcbDn1c1>&cmlSSS,coscntidoindi1.110
aparcu no começo do oúulo XVU; B ortografia fra<1<:esa, C'GJlc, não~ cacon·
1radaa111csdclll00.Emfranc&,Uurt...u.alaqucapalavrasõcnlraparao
Diciotldlio daAcadonio cm t740 e nio rtg11r1 nem cm Furctitrc nem cm Ri-
cholel. É cmprcgada noscntidn lo!cnico pclo meaos dcsdc l700"•.
Em inglC.S como cm francfs, houve durante muito tempo uma falia dc
dislinçãncntrceaslaclribo,cumaconfusiocomadivisi.oan1igaclasocic-
dadeindianacmqua1rocatcgorils.Assim,CSC1"CYCLi1tr~:"l. Cada uma das
1ribosnasquaisasocicdadcdafndiacst:idividlda. H:iqualroeaslas ...".O
sen1idodcrivadodc"grupoCJ1dosivo",comonacrprcssão"csptritodcças..
ta",aparcccnasduasllnguas(inglC.Satcsladoapartirdcl807,fnndspor
CJECmplo cm Tocqucvillc: "•ua marca distintiva f o nascimento" - por à opo-
sição à "aristocracia", que designa "os principais")"'·

Uma história sulicicn1cmcnte cmnplcta da concepção ocidental das


easlasindianasC>ligiria um1obraintcira,masfi"lposs.lvtlfa>.crumaidéia
dasprincipaisatiludcsquclivcramcurso,cpodc-scdaraquiumbrcvcrcsu-
mo dela. Distinguem-se !rés períodos. O primeiro é caraclcri•ado pela pre·
dmninânciadc umaaliludec:tplicativa:o•islcmadaseaslassurprccnd~ou
cscandaliza,cscprocura,porcODSCguint~up/icarmauúrincia.Noscgun·
do período, que se abre um pouco antes do stculo XX, a tcndfncia cxp~eali·
va cs1:i sempre prcscnl~ mas o cuidado de daai~ predomina. F"malmcnt~
opcrlodocon1cmporánco,apanirdcl945,~earadcrizadopclosan11Josin·
INUiwn cm eampo pelos antropólogos sociais: a descrição se cscWccc, as
COJISidcraçõcs 61Xiol6gieas dominam e tendem asubslituira pesquisa das
origens"•.

- · - - ....... --O"Mdl<)'tt-C-~... ,) .... _ _

..s.s.-c-.....
. -· ........... . . .... 1,,,_,.,,,___ ,_p.12.. .......
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1%1~--~ ... - - . - . . . -
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::~a:=.-e~zkld,L\11~-·m.p.ll)
l2a ::,:.::::'.:--"":'".:·--=-=-.....::..~~~===

~~Jj!~~ã~I
PorcnqU1Dlo,farcmosumapausapara110Sdel:crmosna11i1udeexpli-
,.1iva Nopcríodoaniig(>. cm qucdomina,clasc1prcscn11sobasformas
m1ioírUS1rantcscea1cg6ricas.i;:oa!uralmcolcacontndiçiocntrcamcula·
llJ1dcigualitiriacumaidcolngiablcrãrquicaaoenrcmnqucl"""à"czpli·
••1io".Masamcn1alidadcalislocr'1ieasobrcvM:dcalgumamanciraooin1c·
dnrJacramodcma,sobrctudonoscuinfcio-!cstcmunha-oToçqucviUc -,
Jonndouma1cndl!ociaqueconsidcraqucacas11tmcnosmistcri""'oucs·
1·1nd1losacqucscachamaisbompn:paradapara1comprccodcr,numaccr·
11 medida pelo menos. Pode-se distinguir-se três tipos de crplieações. A ali·
1uJc maisinu:dia1adiao1cdeumainstituiç!osocialincomprccnsfYeléa1ri-
l1ulr•uacxistênciaàvon1adcdcalgunshomcns:éacrplieaç.iovoluntarista
<1uo11ificialisla'"'.Aaliludcin..:"'3consistccmlcntarliga.·laalraçoscollhc-
'1Jo1.d.awdcd.adequcnmt familiar;acastarcsul1acn1ãodcumdcscnvol·
'1mcntocxtn:modcccrtostraç""-tacqilieaçãopcloexcedcrolimi1c.Acs-
.. 1iposcligaa a1i1udcaristocr~1iea, para quem ahicrarquianioéumfalo
ul11nho. Fioalmcnlc, uma lcrccira atitude consiste cm alrihllir o rco6mcoo a
nmconcursomaisoumcnm~nicodcciro;unsilnciasoudcíaloru,éacçli·
t•Ç~ohi."órica.Cadaumdcsscstiposcontémporsuavc1.umagr8fldcvaric­
olodcdc 1corias,cm rclaçãocomasituaç.iohW.órieacasgrandcslinhasdc
•lc<en..,lvimcn1odosestudosindológicoscclnológicos.

13. EXPLICAÇÃO VOLUNTARISTA

ESM tcndl!ncia devia ncccsi;ariamcn1c ser mui10 forte no nOMO caso,


.i,..dcaorigcmcquascattnó.i,porduasrazões.Primciro,pcl>S&Ya·SC,ainda
no..!culoXVIll,quc1odasassocio:d.adesho1M:SSCmsidoimli1uCdasporan·
11a<,.kgisladorcs.Dcpois,oaspec1orcligiosoémuitopln11Unciadooosisle-
1n1ducas1as,cossaccrdolcs,osBrãmancs,nclcsgozamdcumasituação
l"lvikgiaJa.Ora,paraoanliclcric.alismoclafdosofiad.ashw:s,a"•upcrs-
tl1lo""tumainvcnçãodos5accrdolcs,aosquaiselaservc.Opontodc-..isla
<r11quibrilhan1cmcntcÇO!lfümado,csccrplicavarom11mWlicogolpc1an·
h101«ur..,aoirracional-pelocngaoo-qU1Dloafonoaconscicn1c,ouir-
'"""nal,d.adoulrinaiodlgcna-cnquantoconstruçjodcliborada.
Fiquemos com dois c.ocmplo&, ambos muito panieularcs, dcsu tcnd.!n·
''" llabblDuboisdcWiu1Françaanlc•dofinaldo.tculoXVlllescmos-
111bar.tanlcvol1airianoc111fucd•rclijpãopagi.Mas,anc:cstraldcc1nõlo-
IOS. ..Mu dunmtc longas "'OI DD meio da população da lndia do Sul (Myw-
re), cd'orçando-se por comprecndcr essa sodcdadc c sua religiio. delas dei-
11:a11do uma UOl!lcnle dcscriçio. Conciuiu QILC, fossem quais fossem os inc:o-
vcllien1es da "dMsio da5 astu'', •1W WlllagCllS OS SUpcravam, ela coDS1itui
"a obra-primada legislaçio indiana".Comcfeito,scpndooabblDubois,
CMCpovoabandonadoasimcsmo1cndcrillàbarbúicc

S<lll<llllnl<iNlito~en-oólli<o.,.M>que•ptudo!""" .... do""'""'•'•l'N<


'""'"U•p>,..,..l<ro<ivil~nomPl""""'"'•uod..,__

Scmprcnumaliaguagemartilicialista,oabblDuboisnota,dcsdooinl·
ciodcseulivro,um1raçofundamcnlaldosislcma:acspcciali7.açãodas1arc-
fascstáorienladaparaasrll>Ce5&idadesdelodos:

l~(.,.l<plodo""uod.o-)po.,;nm-.,......rp;o,.-,....1°""'"'""'.,..i.p.
ledoru.cl<q,..lliotpo""itid<>oninpo!m1<•1nóolloo-'"·

O suplemento de 1824 da En'icloptdia Brillnica coal~m um """"''"


"Caslc"', escrito por James Mill. Lembremos a impor1hcia do pcTSOMgem,
1alcomoclaresul1.a,alfmdacduçaç!odc:scufilho,daaprm:imaçiodctrês
planos:acons1iluiç.iodcfulltiw.doutililarismo,adcfullçãodapolhicada
EastlndiaCompanynopcrfodoesscncialdilo"libcral"'c,finalmcn1c,afor-
maçio intelcdual dos indianos imlruldosà i.n&J""" durante Iodou so!rolo
XIX e além'"'· Ora, o vcrbclC de James Mill divide-se mais ou menos cm !rés
partes consagradas rcspcctivamcntcaoorpniomoprc.umidodosistcma,à
suadcscriçãocisuac:rfti.;a.Ainstituiçãofdadacomoamplamcn1cd.ifundi·
da "3 Anl.iguidadc (Egito, Grtcia, !ri). Ela se lip ao mesmo lcmpo à hisl6-
ria da divisão do trabalbo c a uma ialcrvcnçio co,,..;cnlc: a passaj!Cm da vi-
dapastoralàvidaagrfcolaai;arrc1.aumdcscnvolvimcn10decisivodadivisio
douabalho; alfmdisso,nessafpocalongiilqua,umiaovador - umlcgisla·
dor, cm suma - atribuiilvonladcdiviaaaorganizaçionova;ossacerdoles
sãorolocadosnowmc,porqucasupcrstiçãotcntiopujan1c,cscinsti1uia
bçredilaricdadcparacvitarorisco- 11.1verdadcima8idrio - dcumdll5&·
parccimcntodadivisãndotnbalbn.
va-sc que, em contraste com o tlblH Dubois, o legislador tem 1qui um
papclrcsidual:adivisãodotrabalhoseproduzapartirdcsimcsma Chega-
,.,....;m,aumadualidade,qucircmoscncoolrarsobformasvizillhascda
11u1I .. pode dm:r, num aspcelo mais geral, q"" ainda aio iWmos: aspcdos
l~CllÍcos e ccooõmicos de um lado, aspectos religiosos de outro, aiada devem
1C••«0ociliadosparaosocilllogocot1temporineo..

14. A CASTA COMO FORMA LIMITE


DE INSTITUJÇÓES CONHECTDAS

Niosedeixou,desdeostruloXVll,aquiouali,depcrguntar .. acasla
er• cm .sua csstnN religiosa ou simplc:$mentc "social". Vamos nos contentar
tum três marcos.. A qucstio foi durante muito tempo vital palll os missim.
rlo1<.11t6licos.. TamanhaabjcçioseLigaYa,paraas""-'lasaltas,aomodode
vltlldosPortuguo.scs,qucoroncuaalgu..sjcsuflasocgartodasoLidaricdade
11orammclcsccom osmissiodriosqucscocupawmdascastasbaixasc
11mbtm ad~ar COSlumcs hifldllS.. Eles poderiam, assim, convi:rter pessoas de
•••I• alla, e os outros as seguiriam. De Nobil~ um ltali811o de origem nobre,
•li"' cm Madura na primeira mc1adc do século XVII, oblevc ......; ... a mnsi·
Jrnu;ãodosHindusmai$indinadosllci;piritualidadecrcgislrouC.itos.Os
<0lóhc010acllSilram-nodesaerilicaràsupcrs1i?oedcscrinlielàvcrdadcira
1cl11!ião.Elcrcspood.iaqueacaslareprcscnlavaapcoasumaformacrtrcma
Jud»linçõesdcposjo;ãocdccstadobcmconhecidasnoOcidco1eccraapc·
nu,emcooscqüé11cia,oocssc11cial,umproccssosocialcnãorcligioso,quc
1>111 ele nio era necessário mostrar-se mais rigoroso com os hábilosdos
1..PosdoqueosprimcirosapóstolosdoCrislo, não Uu: cumprindommo
l'"l"'I reformular os costumes, mas abrir as almas à rcvcla~o. O papa
UrcgórioXVdcu-lbeganbodccausanodctalhc,scnãooocsscocial,11uma
l111l1del624.Massabc-scqucmais1ardeapolfô<.11audaciosadosjcsuflas,
l1Rlu na China quanto na lod.ia, foi condenada por Roma (C a famosa
OunUodosRitos)1...
Nofimdost.;uloXIX,osansc:ri1istaMaMilllcrfozamcsmapcrgt1Q·
to, <om r.... semelhantes mas com um sentido d.iferen•c. Se a casta f de oalu·
1~1• rchgiosa, o governo ingl~ da lndia, que tem por principio nio inteMr
11r••coassuntOlialtm doqucjqtcrcssa imcdiatamclllcil.ordemcivil,cMava
1nd1niulo1rcspcit'·la.Sc,•oconlr'•io,clanioof,nadascopõcawnapoH-
ll<o mail1udaciosa, u mcd.ida em que fossejulpdajllS!aeprudcntc.Ora,
"'"lrariamcnle ao que Oli Hind111 imaginam com frcqiifncia, a casta não tem

,.,
______ .,.......
ln"••nnVcda,qucconlfmlodaarcvclaçAodosHindus.Sc:KUc-scqucogo-
~•n<> e "" mi&t.iodriOi podem uú·I• livremente com a C&Ma'•. Como de
........ ,,._
•··-~•-.,..,
,.,.
,...,_,,,_,,.,.,.... "" ..... 11 • ..,.m..,._,.....-..

:.:::.:.~!.::.~~=::::.::.:.";;~7:.::":~-:-.::
Nobill aatcs dele, Max Mlllkr, euj• •coril. oobrc a origem da casta é complc-
xa. admitc quc sc traia ll(J CUCl>cial dc 1101a forma~ieulardasdisl.iaçôeli
rclalivasaolNl!cimc11to,às.itllllÇ!oM>Cialcàimlruçio,conhecidasportodas
as sociedades. A diferença com a Europaconsislcnajustiliçaçãorcligiosa
que scacresa:11tou às regras sociais para o maior beneficio dos Brimancs.
Um poucocomooabbtDllbois, Mu.Milllerpcnsa.qpçaimtituiçãow~scm
d~vidabcm adaptada flscircumt.lnciasc qpç, "scclafossedcstrufda de re-
pente, disso resultaria (prova~lmcntc) mais mal do que bem".
Tcrccirotcnnode nossabre~sondagcm:nosnossosdiasosHindus
declaram com íreqüenci.a aos0cide11taisquaacaslaéum proa:ssosocial
cnãorcligioso.Esl1claroqueamoiivaçâoéaquicomplctamcntcdifercnle
dasprcccdcntcs.:1rata·se.cmprimcllolugar,dejll6lilicardcalgummodoa.
i11Stituiçõcsdcumpo11todevis!aoc:idc11tal,pou.todevis!aquc0Hi11duim·
1ruúloaçcitarommuitafrcqilência.
No século XX, a idéia de de Nobili e de Mu Milllcr é eaamlnda com
muita cKatidão no sociólogo Mu Weber, para quem a casta é uma esptcic
particulardcgrupodewa1u1oouwado(alcmãoS1""d,iilgltsst011Ulf"Ollp)
no..,11\idodos1résesladosdnAntigoRegimcnaFrança..Semclhantc,ainda
qu~ mais. "lOf8. é a noção muito difundida segundo a qual a casla..,ria um ta·
..,.limilcdadBMCsocial nn..,ntidomodcmodotcrmn.Assim,paraoan-
1ropólogo americano Krocbcr, a casla ..,na uma da= que toma conscibda
de si como distinta e se fecha sobre,,; mesma. Ooio pon\DO de~m &er obser-
vados: na medida cm que a dassc social é definida por caraacrcs cronõmi-
ms, ronfundc-sc aqui agrupamcnto coonô111ico c grupo dc CS1atuto; adcmais,
a consciência é rcduzidaaumcpifcnômcno,oquepcrmilcapromoçãodo
dcsc:mbaraçodasjustificaçõcs.rcLigi.osasdac:astatiofacilmcntcq11111100fa-
z;aMu.MflUcr.Éateoriaditada"CS1ntifiçaçãosocial"',qucconfWldctodas
asd.istinçõcssociaismarcadaspcladcsigualdadc,cénessc..,111idosocioof11-
trica'"·
Umoutropontodeçon\atoentrcasocicdadcdasewascasocicdadc
moderna que .., presta ao estabelceimcll!o de uma continuidade t o aspc<lo
dadivisãodotrabalhooudaespccialõzaçioprofü.siOGal,1.aDtomaisacess!Yd
aoücidcntal,qucapo<ktomar,emparte.çomooriundadarcliailo.Ainda
hojc,muitosmodcrnossioM:duzidospclailh!iadecomideraracastacomo

__
umdcsc:nvolvimc111oespcdaldao;orporaçiocktrabalho.Nessc..,ntido,a'11·

__
limatcorialli!l:emáticadatadai!adeNClifteld(l8BS),quctiilhaomtrilode

____ ... _..._


fornecer uma ezpliçação da blcrarquia. Segundo Ncslicld., a ordem hicrirqui-

-·--•--•cdFqoto-•lpoo<-•---·-
_..,_,
--...-a,..c....._-
lln).--~
.... -, -...... (,_, _ _ .,c-.
.......... . - ................ _ _ _ .. _ . _ , .

-•-IFP<.11h-.l
rt..-1.•,. ... ,_.1&11,_,.. _ _
,.. _ _ , .... _ , , _ , _ _ _ _ ,_ .. ,A.AOAn, ..
••corresponde invcrsamcnlc à ordem dcaparecimcatodascspccialidadcs
rnrrcspondcn1cs.,scndoasprofissõcs mais anlipsQmaisbaias,bipólese
•100 infdi2Dlcntc nio çoncspondc cm qll&SC nada aos dados. Aslim, os sa·
<01dolcs seriam os üllionos a aparecer? Não, mu eles leriam CS!abclccidn
11rd1amcn1c sua supremacia. Malgrado sua..,nladc de cmisiik:rara casta
u1mo um falo putamcnlc profano, Ncsficld apela de falo às funções ccrimo-
"'""· A$$im, os pcsçadorcs são supcriorcs aosca'8dorcs porque as castas
•urcriorcs têm nc=idadc de CUTqadorcs de 4ua, que d.o mais ou menos
1Jt!nlicosaospcsc.adorcs.Alémdi..o,adiftcUldadedcu111a1eoriacomocssa
1c11dcnacxplicaçãodacndogamia.Comocorporaçiodc1rabalhoviriaain-
lc1Jllar lodo o casamcolo com al~111 eiaerno a ela? Segundo Ncslkld, a
<•nJupmia teria sido in1rod11Zidapclossaccrdo!cs,osBrâmancs, para seu
l0<nofrcio. Aolcs agrupamcnlo profossional, os BrJmancs teriam sido os pri-
meoros a se lransformar cm c.asla, c o proces.w se tcria gencraliz.ado por ilni-
t114o. lntrodw~se,cntJ.o,apcsar de tudo, a religião, e nos apro:o:imamosdo
V\1luntarismo:"emtodasascastasprcvalcccuumduplotCS1cdcprcccdenda,
Industrial e bramânica". Pcrguoia-se se essa solução cclt!lica, com a inl·
1•>rtinciaqucd.tàimi1a~o,doéorcsultadodacolaboraç.ãodcNC56eld
'""'""'º"""lllcntcindlgenaAmbilaPrasad"º·
Observe-se que, cm lodos esses casos cm que a casta é tomada como
lormacxtrcmadc algumacoisaqucaistcnoücidcntc,oaspcdorcligioso
Jo•l>lemaéconsidcradocomosecundário.Niiopodcriascrdcou1ramanci-
11.pollécsscoaspcdoquc,maisbcmconhccido,in1roduziri.oumadcswn·
unuidade.Aliondcadcscontinuid.adcaparcccíaz-scapcloaoartilidalismo
(No•Ílcld).
Podc·scligaràsao1crion:sumalcot"iamaisrca:ntccmui1odifcrcn1c,
l0<1ndl'Scnvol'lidaporHut1CN1.Acastanãoéaproicimadaainsli1uiçõcsoc:i-
''c"1"is mais ou menos modernas, mas a imtinllçõcs de povos ditos primiti-
"'" "u dc socicdadC!l mais simplcs, c sc rcconhccc mclhor a imporiincia do
••rc<1o religioso. Em compcm1u;ão, como os precedentes, esse autor alomi-
'" <>lraidosistcmaumalongalistade"fatorcs"'qucsio,porumlado,lra·
l"'"'nhe<idosousuposiosdassocicdadcs.U..plcs,cvêo.Wcmacomorc-
•UllaJn de •ua reunião mais ou mc11os fonuita. Onde 1/nhamos o litnil~ de

'"' '"'"'" ....0.ld."'*'f""°"<f""C-S,.-<f•N


• ..,.. ... ,~-pp'9.... 110.n •
"'·""""'"' ""'°"""·'llSJ ..... •"""'
....-P"'°""lll--.PP."·"'lm,_•_...
.~ ,_.. ..........,.,.J_..1 ... 1._MOl_T_W.-_(C.....,"'f"".
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uma instituição, lemm "ll"r• uma comllin11t;llo de uoçns disl.intos, combi-
oaç.ão que~daalçadadoacuohW6ricocapro>:in,.C$Satcoriadaquc:Wquc
seguem'...

Jj. AS FXPLJCAÇOES "HISTÓRICAS"

Todas as c11plicaçõco aqui se reforem mais ou menos explicitamente a


aconlccimenlosdopassado.atcstadosousupost...,mascWpcrtcoccmap'!-
ncrosmui10difcrcotes..Dislingucm-sctrês1ipos:atcoriaind~uropéiaou
dravldica,a1coriaraciale,finalmeote,a1coriad.iíusionista
Sahc·scquc:,noséculoXIX,oiotcrcssceruditopclalod.iacomcçoupor
soaapLicaçãoaoaspcc:toindo-curopcucaopcrlodomaisantigodallisl6ria
da l!ldia,opcrlodoquc: acompaoha"3cscguia acnlradaoalndiadc uma
populaçãodcllnguaindo-curopéiaconhccidaatravésdcscus1cJ11osrcligio-
- , os Vedas e os texlos a eles aparentados. Seria, portanto, natural que
holJ\"CSSC uma 1coria iodo-européia das castas, e Scnart a fomcccu cm 1896.
Adalaêrclativameotctardia,dadoqucoiotcrcsscmaiorscdcslocaraentio
paraospcrfodosmaisrcccotcsealndiajàdcW.radcscrvislaeomopura·
mcnteindo-curopo!ia.Poroutrolado,alcntatMidcScnartpcrlcnccaosécu·
loXX,noM:ntidodcquc:partcdcumadcscriçãoprccisadocstadocon1cm·
porâneopararcmontaremM:giiidaoopassado,eobrcdiscllS5Õcl;aindaem
curso.Nio<:mcnosw=rdadequc:,prcocupadocmC11plicarsobretudoocxlu·
•ivismo da casla, ele vC seu pr~61ipo num agrupamento de parentesco iildo-
curopcu corrcspoudcnte àgMS romana11•.
A teoria racial da casta~ a que certamente se difundiu cm data muito
rca:otc.H,muilasrlZÕClipar1isso.Doladoiildol6gico,czisliuatcndaocia
dcligar1odaaculluradalndiap6s·vCdicaàmisturada<:Wlurados~·­
indo-curopcuscomadaspop11laçócsaut6ctoncs.Ora,atcoriaraçia]amatTa
aimtituiçãodascaotasaocncontrodcduaspopollçócs:osinvasorcsteriam
procuradoprcscrwrapurczadcscusangucpclacriaç.ãodcpuposfedtad0$
- nolcmaiodaovolunlaJÍ$mo - oupor11111mççaoismomaisrcrmadomas
equM.lcotc.Aclplicaç!oparca:quascimcdiataparaamcnlalidadcmcdcr·
na,paraaqualoqueeorrcspondcàooçáodeca.1atprccisamenteaderaça,
por maior que seja cm verdade a difcrcnça13>. De tal modo que se argumenta
poranalogiacomas.itua.çõc:smodcraascomideradassemelhaotcs(Braoco.
eNcgrosnosEsladosUnidosounaÁfricadoSul). Temosaqu~cnlio,ainda,
o bcncfkio de uma continuidade aparente COID fcaÕOlcn0$ modcm0$.. A tco-
ria, quc possula a vantagcm da colaboraçio da anlropologia &ica, foi &iste-
ma1Í1.ada por Risley, que pretendeu encoatrar vm1 çon'Cllçinsimplcscnlr<:
aordcmdasc:a.1ascolrldiccnasaldossujci1os1elaspcrteoccnlc:s.foidis·
culida e modificada ai~ nos DOMOS dias. Obsc""'mm apenas que, sejam quais
loremsuasorigeos,namcdidaemqueeadlcastaconstituivmisoladodcmo-
grélicomaisoumcDOSpcrleito,~naturalqueoscaracterc.flsicosmédiosde
""'"membros difiram dm de uma outra casta"'.
Mencionaremos, siJ para lembrar um terceiro lipo de cxpLic.açào, que
pr~m de uma fonna de história cultural que se ams1i1uiu cm moda na el·
nologia.,odifusiooismo.Scclcnãofomcecuproprlami:nlcumacrplicação,
quccoll.'iistiriacmn:slabclccerahisl6riadoíeoõmenoapartirdcumaori·
KCm ~nic.a segundo sua dislribuição gcogrtfica, Hoc.art, a quem devemos
muito,adc:mais,paraacomprccnsãodacasta,às..,zcsparca:subcnlender
uma crplic.ação scmclhanlc º'"aproximações frcqilcn1emcn1c tcmcrtrias
<1ucprop6ccomoutrasciviliio.açõcs"'·

ld. EXPLICAÇÔES COMPÔS/TAS

Observamos de pa.uagcm algumas combinaçócs cnlrc os diversos lipos


de e•pllcaçócs. Há muitas mais. Assim, segundo Mu Müllcr, cm primeiro
lul!>rsctcriamopmtodua.raças.dcpuisossaccrdoto:scanobrczaeoq113nto
di.o11n1osda.pcssoascomuns(e1crf.amosassimosqwu.roCMadosou~
dWicos,cf.Cap.3),rmalmcn!cMpçssoa<COm\Ul$setcriamdislinguidosc-
llººdoaprofü:sio"•.Aidfüodccombioaraserplicaç6o:sdcveriaseimporna·
turalmcnle, pois eadl uma delas s6 d.t conta de um aspecto do &islcma: seja a
J("""1udutrabalho,.cjaocadtcrbcrcdilirioca.cparaçiodccisivacotrc
ll'"l""'difcrcnlo:s,..cjaahicrarquia.,scja.,muitomai.raramcnle,alonalidadc
ooh~"""· Todas tentam, cm suma, fv.cr u todu provir da parte. Além disso,
!<~lo.• as teorias que passamos cm rcvisla,salvoa 1coriaartificialisla e a de
lh111on,1cnuuncomprccndcr a.;as1adcalgummodoimcdia10,apanirdc
n<>•Upl6priacivilizaçào.Scmdíivid.a,oãoWstc,oufundo,outroponlude
p•rtido,mo:smoqucsepasscpcloio1crmcdiaçãodassoc:icdadcsdilasprimiti·
,.,_hur..<~difcrcnçatiodccisivaqucsepcra:be,cqucCSClllldalizaohomcm
moJcrn<~ exige, para ser compreendida, uma tcnlativa ao mCSIOo tempo
"'""l1horiosacmai5radical.
17. O PER/ODO 1900-l'HS

Ao mesmo tempo cm que se sui:cdiam os tipos de cxp6cação prcocdcn-


u:s, a primeira metade do skulo XX é caracterizada por um progresso do
pontodcvistadacomparaç!o,dacomprccllSàocdaaúli.<ecporumrcco.
nhecimc11to melhor do lugar da n:ligiio. Ghuryc, Hullon, Hocart, todos os
três com wriados g:ra,.. dc C"PCrilncia da sociedade das cas.tas, 1omam a
comparação mais precisa""· TodoocsforçodcHocartvisapcmiancccrlicl
aoponlodcvistaindfgc11acan:st.ituiraclcsuapr6prial6gicaiotcma.Elc
não se prolbc cspc~lar, mas a ~ir de uma descrição melhorada que rcco-
nhccc o lugar pr6prio da rcligiio"''· Bouglé, dcsdc o começo do século, anali·
sao.Wcmaatravtsdaliteraturac,comrelaçloàstcoriasparciaisqucdiscu·
lc,insistcnaprc.scnçacoauniãodc1r&car11c1crcs(hicrarquia,scpvação,
intcrdcpcndtncia). Ele cst'- também, tcnlado a ligar çada um dclcs a uma
causadifcrcnte,masfioalmenlcosfundcnaoposiçiodopurocdoimpuro,c
é da( que partiremos. Por lim, Max Weber, altm das contribuições cm sOOo-
logia gcral (dl.iinção cntrc classc cconõmica c g:rupo dc es1a1u10, oatur"7.a da
divisãodotrabalho),reali1.a,novasloafrcscodarcligi.iocomparada,acom-
paração mais rica e mais refinada entn: ounivcrsoociden1alc o universo
hindu. Milagre de empatia e dcimaginaçãosociológica,cmsctralaododc
um tralmho de segunda mão cujo ponlo central é tomado de cmprtstimo llllli
dc.scnvolvimcntoscuropcus'"'·
En1rcostraçosdosislcmadascas1as,csscsautorcs1cndcmaaccntuar
cspccialmcntcascparação(Cllccl<>Hocart,quc,a<>conlrtrio,ancgligcncia
um pouco). Bouglt,porcxcmplo,sup6cuma"n:pulsa"qucafas1ariaau10-
ma1icamcn1c as castas uma da DUtra''". No lim das contas, mesmo quand<> a
intenção é tratar a cas.ta eomo ~e de um conjunlo, a tcnd~ncia de tomar
cadacas.1.acomo11mapcqucnasocicdadcau10-sulicico1cnãofoicomplc1a·
mcntcultrapai;.'""da,cnMavcrcmosnopcríodoscg11intc.

Ili. APÓSl!U5

O pi:rlo1fo contcmporâm::o, após a ~llima guerra,~ caractcri1.ado pelo


pn:domfni<>d<>cslud<>dirct11,daobscmiçi<>deg:r11posrCS1rit0:sporantropó-
~>gos profissionais. Ele é rioo e diverso, mesmo que não lenha produzido
amd• nada de comparável a Bouglé ou a Mu Weber. Os lrabalhos ..;o de
amplitude e de imponlincia ..arilivc~ rarame111e têm como objeto 11 sistema
d""' caslas cm ,.; mesmo, mai< freqüen1emcn1e um de seus aspcdos ou um
••pcctocone•oclasociedadc.Ade.<aiçàncaco~dcraçãosocinlógicagc·
rol mente substituem a especulação sobre as origens. Al~m ela divcrsieladc dos
1r1balhos e das 1endências, pode-se isolar um ccno consenso para alguns
pontos. Pcrccbcu·sc muito rapidamente que não se devia supcresiimar a
<alegoria de ''aldeia", e avelha 11oç.i11 da "comunidade de aldeia" aUIO·•U·
íocientcfoicriticada. lnsistiu·sc muito no fato de que cadasislcmadccas-
lo.\concn:tocorrcspondia pr0Yavclmcnte,nopa....,.do,aolerri16riodc uma
unidade polllica rcstrila,o"pcqucnoreinu"(h"n/ekfogdom).Comoscvcrá
(Cap.7},aidéianãocradcsoonhccida,masadquiriuncs...:pcrlocloumrolcvo
todo novo. Dois conceitos propostos pelo Proí. Srinivas foram amplamente
utilil.ados Sâoosdc"ca.<tadominante",entcnda·scacaslaquedominaaal·
Jcm porque~ proprictliria da terra, e o de "s.an.o;critilr.ação", que designa a
1<•ndência de os inícriores imitarem os Brâmanes iu. esperança de melhorar

0.fcnolmenCk'modcrnCk',"mudançassociais"efatospolllico>,..;ocs·
IU<ladoocom predileção. Após um longopcrlododcprcfcr.Oncia pchumu·
<lan1a.,cs.saprcocupaçãopareccchegarhojeàncccssidadcdcumacompa·
r•1io mais precisa entre a lndia e o Ocidente (Cap. 11). Afastou·sc com
frco1uénria,ncsscpcr(odo,dali•craturaan1iga,a1émcsmDscpr01cstouàsvc-
'''rnn1raapropcnsâDdosan1eccssorcsdcutili>-..arosvclhostcxtossânscri·
1o"'"'.Scmdúvida,isson.iodcvcscrfeiln .. mdlsccrnimcnto,mastendç.sca
r'-"l!craraomcsmotcmpoacontribuiçãoadquirielaapcnaspcla<>bse""'ção
ohrcHeadístânciacnlreoqucclarcvclacoqucnosdizo:masfontei;antiga..
l'inalmcn1e,scprogrcssohouvcnaco.Wderaçãodclalhadadosdivcrso&
••pcdos do sistema, os obsUculos ainda existem. A:ss.im, nD que concerne à
lucro•quia(Cap.3),csc:m contarasmonograliao,S1evc11S011coníiguraum
l"''ll'cS.\OSOhreBlunt,cMeKimMarrioU,umprogn:SSDsobrcSlevc"'°o'a.,
"'"'ao mcsmD 1cmpo persiste a incomprcclllioda hi~rarquia como tal.Use
"'"nalDuavogagcral,ocsscpcrlodo,da!CDriaela"cstralili.;açãosocial".
\.-mdúvidaclareprcscnlawnprogrcssonamedidacmqucinsistenasdife-
"'"lª' dc posição,masbloqucia1an1bérotodacomprecnsãodahicrarquia
(A1• A)c,aomcsmotcmpo,tcndcarcjcit.arparaforada""-"ascusoutros
"'I"""'"' (divisão de> trah.olhn ele.). Do mc.•mD modo que anteriormente se
h•n•mmfrcquência1edu1Jdonw;pcdorcligiosodosistemaaumepifcnô-
"'"""• 1ambém aqui OI' nnl• pelo mcm"' uma lcnlativa, ela pane dos antropó-
logos.dercd1V.itahicrarquiabrcllçóesdcpodcr(KGough)'".OCS1udo
do SÍ!.lcma de divis.io de lrabalho na aldeia mmtra também uma inc:.11paóda-
dc dc c."abclco:r a hlc:rarquia cm seu YÇrdadciro plano. Um pionciro, Wiscr,
descreveu-a cm detalhes com rclaçlo a uma aldeia do Norte, cm 1931, mas,
contra todacvidêoci.a,prctcodcu••:ra(uma "reciprocidade" no fundo igua-
litária. Mais rcccntcmco1c, num trabalho de segunda mão, Bcidclman o criti·
cacomjllSliçacmrclaçioaCMCpooto,mas,porsuavc7,sc.tadcsigualda·
dc,éparaconfundi-lacoma"cxploraç.io".Umcoulrofalbaram,n.ioconsc-
guiramvcrqucosislcmaasscguraacadaum<uas11bsiscéncia"'°"""'i"""'"
me111eao1eueJtotu1a(Cap.4).
Finalmcntc,arccusadcsecnlocar,dopontodcvi<udoconj11n10cda
insistôncia,numunm:rsncstrutural,dcpc5qUisaracas1acomo"gruporcal"',
como suhMãncia ou indMduo, perpetuam-se cm alguns autores. Logo ..,re-
mos o problema se apresentar por inteiro cm Hulton. Fleccolcmcntc, num
anigodaEncic/Bpt(/jaBri1/Jnica,S1evcnsonpropôsparaoproblemadcHu1-
ton uma solu~ão rcítnada que consiste cm considerar a "casta" como um
atribu1omaisoumcnosinddioM:ldcalgunsgrupM,dcvcndoen1ãosercolo-
cad•cm,;cgundoplano'.,·M•l<claramcn1cainda.paraaSra.Karvt,ogrupo
real é o grupo que enlrou no sistema numa deicnninada época e seria rce&
nhedvcl por seus COAfumc.• e pelos caracter"" lhicos de seus membros. Como
esscgrupoédcordcmdasubcasta,acasla,cmhoraidcntiíicadaporscuno-
mcnasocicdadciodiana,CSl:ircd1Vjdaascrqualificadadcc/usftr,huquéou
paCOlc de "c:a.•U•<" (de su~<tai; na terminologia comum)"'· O sistema é to-
mado como uma simplcs colcção dc "hlocos" cujo arranjo sc dciu. dc lado.
Eis ar um ca.V! cx1rcmo e uccpcional. Mais canctcrfslicos do perlodo cm
scuronju111oéofa1odcqucsobscrvaç.iodirc1anãopõcli111à5visôcsoci-
dcntais, atomistas, ma1cri.alistas, bchaoioristas, que conduzem, por cia:mplo,
àcoofusãocntrecastacracismo.Podo-secspcraraquiumprogrcsso,poiso
períododepc."luisain1cnsiwseabriuh,pourotcmpocaindanil.oproduziu
todososfrulos.
Noconjunto,vt-i;cqucoincoitá'1'1socioccntrismodoprimciroperiodo
se rc~ i;cnlir no segundo e ainda niocsti ausenlc do terceiro. Dcve-i;c ler
pcrccbidoquc<ua•principaismanifc..iaçõcs<.io:arcduçiodorcligiosoao
nio-rcligioso;a tcndo!ncia dclomara parte pelo lodo, i;cjao casta ~o lugar
do sistema, seja um aspecto (separação"" diois.ío do lrabalho) oo lupr do
conjunto dos aspectos; finalmcntc,c:lõbn:IUdocm nossaépoca.asubcsli-
li!< ltGo.p(l9")."Cril<rioofC-_.... . . ..,._..-.c__ ... .,._ ..

_, ____ . . . . .
- · - - - ... - - ... . . . . . , . , - (... l:Mo. ........

"'"
1w.u11c--.--c_. .. ,...,........._,,,,.,,1•1' ......,,.,_
f---·--·--~--~-
..........., ........... _ _ _ P' ............ - ... ~·--- -

,.. =~";·~2~;:..;;_:;:::~::=-.... ·-·


m1ção,ani.,..considcra?o,arcduç!odahicrarqviaou1iaelpaeidade<ka
compreeoder.Comoseteriapodidopr<m:r1parlirdoc:on111S1ccntrenossas
<or>eepçócscaquclasdcqucsclrataaqui,ccomoscvcdmelliotnac:ooli-
nuaçào,elai!a pedra de loque, oobsUculomaiorq11eseop6c:ic:ompn:-
crWodolistcmadceastas'•.

---· _ .... ... -


.....·----
--··-•!···---. .........-----
.--··-----•<Moo
I"' ..... -~ • • - .. - . . . . . . - . . _ . . .............. _ . .

..,,......,,,_,, , _,, ~ ···~·


DO SISTEMA À ESTRUTURA

Vimosquccorremosopcrigodcprojclarnossosprópriosprcçonccilos
nofcnômcooqucC!ltudarnoscqucnosfallaum mi!lodofuodamcotadocm
no .... rdaçio com ele. Num sentido, i! o método da antropologia social cm
KC••lqucesiácmjogo,mascssadisrossâoprcUminarscrárcduzidaaoml·
nimocm.Wadenossoobjetivoparticular.Dondcaslr~primcirasscçôcs
dr .. ccapftuloprcccdcrcmocounciadodoprinclpioidcol6fPcodosislcma:a
uposiçãodopurocdoimpuro.

Ouanlas castas cJCistcm 111. lndia.? É posslvel cnwncrar algumas das cas-
••• principais, é possfvçl dar-lhc$ nomes? Pcrguntas scmclhant"" a ess.as scm
1l(IV1daocorrcmaoC!lprrilodolei1or.Nãolcntm:mosaquirespondcraclas,
l""~uc cm grande medida elas rulo tem sentido, como se pcra:bcni cada vez
'""'mai.•clarc7.anoqucscguc. Procurarcmoscombrc\Oidadcfazcrverpor
•l"•••ituaçlou:1pr<:seni.dcucmodo.Vcr-sc-fquccadasistcmadccaslas
1<>1mctoC!ll1vamaisoumcnn11limil1doauma.ircagcogrilicadctcrmi111.da.
lm'1incm01., cotlo, 11ndi1, pa11 ~lmplllic.ir, oomo composta de um n6mcro
ln1lolinidodcpcqucnucln:u11KriçtlHlorrllori1iscl1nlosoulrossistcmasdc
<••l••coocrct""·""ºdnnrn.. mr111olm1k"d"'lroudclo.s P1nsctcron6-
"""'" ••~•l dç "ª''"' ,"" lmllo, •~IA ph•ti•o nmll111li•_~r ~An~~··~-d~. ca!lu
aiçõcs? Ou scri preciso levar cm considenção as simililu~ de uma cir-
curL=içlo com outra e, porqllC '2ii!cm Brâmades por tocll parte por causa
da hicruquia, dizer que uWe um• "casta" de Brãmanes? Wo seria ignorar
a extrema companimcntaçlo interna dessa categoria (pois é uma categoria
- L'O"J'l - cnãoumaca..ta).O mc.o;moocom: com os lntocã .... is,nobaixoda
csc.ala,qucscagrupamcmWriasc:astas,mcsmonumalmicacircunscriçlo.
Encontram-se barbcirOli por toda parte, mas, sem ratar de sua compartimco-
taçiio intcma, o c:slatuto hicr6rquico dn baibeiro nio é o me.mo no Nortc c
nu Sul.
Napr41ica,paradcnominarasc:ast~basta..,-lasderora:numadada
~rca lingillstica há um nÍllDero elcv.ado, mas nãn indefinido, de nomes de cas-
tas. Podc-sc ~umcnui-lo&, mas, ao razt-lo. serã negligenciado um aspecto Hn-
portantc do fonômcoo:vista de dcntro,acatcgoriaquccom:spondeaum
desses nomes se subdivide pcln menos uma vez, e amilldc muitas vezes, e
~sónoinlcriordcumadcssassubdivioócsque,porc~111plo,.ccasa.Dcfa·
lo,cssasubdivisáooãnlcmfim:sc111scsairdnlugar,o!lueàdis1âaciapaie-
ciaunidnaparcccagoracompartimentado.Di10is.w,umquadrorcgionaldas
ca.<tasvistasdcforanãndcW.de1crsentido,poisémaisoumcnosassimq11e
~sistema aparc.:c aos olhos. dos. que nele vivem, do ponto de vista das re-
lações cnlrc castas diferente.o; (nota 2k). Daremos c~mplos, aqui mesmo, da
ai1iculaçãoemc.wasdapopulaçàodcumaaldcia.
Aca..ta,unificadadocxtcrior,édivididadoU.tcrior.Maisgeralmcntc,
umacastaparticularéumgrupocomplcm,umcncaW:,sescquiscr,dcgru·
posdcdi.,.rsasordc11Sounfvcis,ondcasfunçõcsdifereotes{pror1SSA0,cndo-
gamia etc.) se ligam cm olw:t. diferentes. Fioalmcotc, muito mais que um
"ii:rupo" no sentido COlll\UD, a casta t um crtado tk upúi10, um c:scado de
esp!ritoqucscuaduzpclacmcrgeocia,cmdivcrsassilwoçócs,dcgruposdc
di""rsasordcnsaqucscd-'gcralmcotconomcdc"castas".Ei&porquclllo
scdc""""'ººonjuntoapartirdaooç.indo"elcmcnto'',segundnaqualsc
cnnhcccriampclo"""'ccpclanaturczaOli"Clcmco1os"conslitu.intcs,masa
partirdanoçãodc"sislcma",scgundoaqualBlgwispriadpiosí1XOSprc&idcm
aoagcociamcntndc"clcmcnlos"fluidoscflutuantc:s.
Para nOliconV1'ncc111losdisso,baslarem!lfllamlOliaiurtdOli"1timos
cxcgcw dii tiana, 1. H. Hunon. Depois de ter apn:scatado a.a dcfllliç6ca ou
dcsçriçõcspropostaspordiV1:rsosa1110R:S,elccor1cluiu:

A"'-~'l""·'"'l"""'°---~•mo•-"""'l•• ................1.......
--cqtairo.•~1Utlcoeo1oment<oe..,.111n1ed< omopoa .. •0111,..,.1..,,.JI",. .. '....,.
•l•:e•••.-Utv.aoal•"""-""-~(•ntro-10)-Ho,."*"'l••-dollcilumo
d<f1niçAoconc.a"'·
Essa apn:ssio é embaraçosa. Entn:1a1110, o desafio da diliculdadcj'
oont~m a solução: se n.losc podcdeímir oclemonto, podo:-scdcímir o.W.e-
m•, q~ ele proprio, i! aparentemenle collSlalllc, "mais ou menos orginicoH.
M.. HuUon coaslala o fracasso de uma concepção atomista sem prorurar
•ubsli1uf.]aporoU1ra.Énotivdqucclcn.lof~ncnhumarcfertncia,acw:
rcapci10,aoEssllibastaa1caatcrioremqucopróprioBougUpartiado&is·
•ema e nio do ek:mcn10. De reslO, num volume repuna! do Qnsw de 1931,
que Hullondirigianacionalmcnlc,umauloraalinimoescrcvcucomjlLS!cza:
"Scgundoacibciamodcrna,i!impossfvclcomprccrukrouaprcóarumclo:-
menlo de uma estrutura sem levar cm comideraçio sua função como par·
lc do todo ... Nosso primeiro dever i!, então, considerar o s.islcma çomo um
l<>du..'"·
Ma5oqucc11\codcrpor"sistcma"dccu.!1i? A pal...,.arcveslcdois.
0<nlidosdifcrcnlcs,umsc11lidocmpúicoeumscnlidoidcol6gico.Podo:-sefa·
l111u1odooonju111odaseastasconcrc1asqucestãoreunidasnumtcrritório
ik1crminadoq11&111odcums.islcmagcograíicameotccitcunscri10dceas1as..
t.'umonmosw:r,háboasra7.õcsparascpcmarqucnopassadoosistcma
daAtUtascxistiadcfatosobafonnadctaisconjunlosconcrctosespacial-
mcnlcjlLS!apostoscçorTCSpondcn1escadaumaumapcqucnaunida<kpollli·
ra Umaconsidcraçãodcssctipoé,cnliio,~1il, 11111!idoponludcvistatc6rico
d• não i! suficiente, nem primeira. Com efeito, esses conjuntos concretos,
•up<Hlamenteisolados,sioscmclbantcs,rcpousamsobrcprindpioscomuns.
f!nc.<scscolidoqucscpodcíalardosislemadaseastll!lcomodeua1ainsli-
luiç!o pao·iadiana. Nesse nfvc~ o sislcma das easlll!l é antes de Ludo um sis-
loma de idi!U... e de Ylllmu, um sislcma formal, comprccnsfvc~ racional, um
•l•lc"'aooscnlidoitltclec!ualdotcrmo.É,adcl!lais,csscaspcCloquclcvava
oaligosauton:scomoodMDuboisacomidcraraastacomocriaçiocom-
<lentedcan1igoslcgisladorcs"'·Nossaprimcira1arcraconWtccl!laprecndcr
u..,.w~maintelcaual,c..aidcologia.
Essi:poa.todcvisill1Cmo~n1edces1cnderdcm.is.•m•ltril.
C.omcfcilo,scnos~maopoatodcvist.ocmplrico,oaistcm•sclimi·
l.aria '°'
grupos dcaomiudo& c:uw e ls rclaçõc& iadividuais ou coletivas
corTCSpDodcntcs, scjllDI cW internas à casta ou se d&:m entre membros de
castasdifercotcs.Aind.aissopodcriascrcomprecodidodcmantiraamplaou
rcstri1a.Éassimquc,dlll'f.lllealgunsanos,ho1M:1111,.1eodhdaadcinrfora
decooslderaçãoarcdealdeãdecspcdalize.çiocdeintcrdepcndeodaco~
castasdiferco1cs,eoohecid.apclooomede"sislemajajm4'li'',comoscela
conti!W...C uma rulidadc distinta e niio um aspcd.o do sistema d.as castas.
Prova·offulton, qpe,arrasladoscm dCMd.a porsu.a1endfoei.11 atomizante,
llàodi:zumapalavrasobreela"".
Aocontr"1o,q11&11tomaisscaccotuaoaspcd.oidcol6gico,1antomais
difJçi]tisolarumdomlhlocspcçialooinleriord.asocicdadcdascastaseomo
umtodo.Por~mplo,aidtiadchierarqllia,1ioimport.anlcooqucC011ocme
àcasta,niioscaprc.scJ11aisolada,elapcnctra1odoodomloiodoparc111csco;
1ambtmasrclaçõesco1rcpaicfühospar«em,nai:voluçãododirci10hindu,
scrmodcladaspclaiolcrdcpcn.Unciaeotresupcrioreinfcriordccastasdife-
rcales''".Épreci.so,paraCMacxposição,1raçarumlimi1earbi1ririoercjei1ar
osfalosdc:Mctipo - cnlcodnmos:aqlliloquetraosbordaosislemadcidtias

_
relativo às caslas - naquilo que chamaremos de implicações e coocomitb·
ciasdosislcma, das quais assioalarcmosem seguida as mais importante&

l"'-..---.___
(C..p.9).

. . .....- ...........
_ _ _ .. .......,, _ _ l'l _ _ ""' ... - · - · -

.. ...... _..,
-....,__..,~-·-ool•""*''"'-ntoM·IL
...
...... _.
_ _ _ _ .... _ ...
-~·~qot-ole6olçtooejo
,..
- t - - . ... _ .. _, _ _ , _
--.·-·-Bonl.""'"._ ..
·---'"'·-·--1--""-"·---·-
_ _ _ ,,...n1 ..

~·----pr(op<lo-·~--·""'º-""
_~-·

E:~·~-?==::-::~rê
=~~[~?§?~~~

::~~~~~~;.~~~
Dissemos que nosso objeto primeiro era um sis!i:m• de idfu.s e valores.
ltcconhca:mos tamWm, de ~. no terrltório ou ILI. localidade, o
c•cmplo de um fator que, sempre scm fipar diretamente 11.1. ideol..P.., ia-
lcivtm 11o lllvel das manifcstações coaaetas do sislema das casw.. Dcve-sc
•cluarllnlpoucocssadllllidadc.Notc-sc.,cmprimcirolugar,quepcrccbc-
n1,,.asduasC$ptcicsdeaspc<:1osdemanciradifcrc11tc,desoncqucadis-
U1>Ç.ioc111reclcscçrime11os.sapos.içãocomrclaçãoaoobjeto.Comefcilo,
Jc um lado,tatcoriallldlgena que nospcnnltcdarscunomc.lscolsas:
•1ua11do falamos de casta, traduzimos mais ou menos um conceito iadfgcoa
l,JDt.1Dn,pala.,.adeorigemiado-curoptia,masprovavelmem111cc11COnlrada
cmtodapanc);sc,ançontr"10,falamosde"cstralificaçiowc:ial",iatrodu·
,.m,,.julgamc11tosarhimirios(ou: l.c.Wacclasscwcialsão[cnamcoosde
mc•m• naturcza;2- ahicrarquiat iacomprccrWvcl; l. oosis!ema indiano a
'<llll•açiocaiatcrdcpc11dtllciadosgruposes1ãosubotdinadasacssacsptçiç
dchkrarqulaobscuraouvergonbosa)"".Poroutrolado,scsomoscapa>.CSde
pcrcobcr11osfatosumaoutradimcns.ãoquenãoapcnasaqueladaconscifn·
""indlgcna,is.<;0aco111cccgraçai;àcomparaçiio,graçascmprimcirolugarà
'"mparaçãoimpUci1acincvit;!velcom11oss.aprõpriasocicdadc.lssodC11Cscr
rvidcntc.
Devemos, cotão, proccder cm dois tempos: primeiro,iràcscola.dos
lhndin,dosHiadusdcbojccdeoulrora,paraverascoisascomoeles.Ora,
rlc.osv&JllmuitosislcJllalio:.amc111c,c11iotimposslvelaprcc11deroprind-
L'l"dcsuavisão.Pcrccbcrcmosa1tmcsmDqucclcscmgrandomcdidajtfi-
teram Dlrab..U.Dparall65..0ito5iculostalvc:<1111tcsdcJcsusCrislo,atra·
1l1çAndistinguluabsolutamentcc11trccstalutohicrárquicocpoder,ccssct
um ponto cardinal que a pesquisa modernanioconscguiuaprccndcrcom
..,,,. pr6prios meios. É verdade, cntrc1111110, que nos pcnnitircmos, cm alguns
1••ntm, completar e sistematizar a teoria iadrgclLI. 1111 mt6gena das castas
nliosemcmpres!ar,atltuloscamdário,algoaosaspccloscmplricos - a
1111lirdopostuladodcquooshomcnscmsocicdadepe11S11D1dem1111ciracoc-
'º"lc, raáonal, sobrctudD numa mal~ria tio imporl.BDIC, e de que t posstvcl
•<•K•lar o prindpiD simples de seu pc11S11D1C11lo. EWi5 modificações correm
"•tu1almc11tcpo:rcoD1adenosaosriscoscperigos.co11tinuaadoapedra-dc-
h~IU•lse•oqucaspcsi08Spcnsamc110quoclascr&m.Nadade110VOcm
1mlowo:apenasaquifoqucoctnõlogiiou1111trop6logiisocialscmpreproai·
1uul11.. r.S6qucoitiacririD..:tornoumaisloogoccomplic.adoc,aomcs·
"'"tempo, mais seguro, na medida cm que estamos lidando com uma grande
'' ~nhp ci"'1izaçlo. Foi 8'1 rw::111cmcn1c que 111gcncralizaçõesprcmaturas

... _
___. .._......
111 waologia, llOKOlidorctr~o do Lermo, propu$Uam paracssaviqcmal·
1u111reaum,,.illlliln....

'" ·---·-· -·-·"'·-·--


__ ..,.._......_ ___.............
.. ___ ,......_
Mu a idcoloairi a.lo t tudo. O íalo t q1JC a obocmiçio de um conj111110
local qualqvcr mosua um1 vida socill q1JC, se orientada de ma11eira duUMi
pclaidcologil.1c:xlrlvuaamplamcolc.luocoloc:aoproblcm1fuadamco!al
desses cs!udos cm ICl"al RecorTe-SC concotemealcavfriasSllluç6cs: llOS
oossosdias,mui1ofreqllelllemeale,lllQ"Üica-aeaideologia1oaspectocmpf·
rico, pode-se tamWm íua o conlr6rio, ou Biada op6-los cm absoluto vm ao
ou1roD'. Veremos ue111plos. Observemos de passagem que o raio t Wliw:r-
sal: sc: elc rc.llctiMc compldamcntc c apeaas o dado, o sislcma das idtias c
dosvalorudeinriadcscrcapazdcoricowaaçto,cleilari.lclescrclepró-
prio(§ 7). No nosso caso, cm !odocoojlllllo coocrclo,cncootrarcmoscm
ação o prindpio íormal, mas cocontrarcmostambtm algu.m.aOllU"a coisa,
umama1tria-primaquccleordenaccnglobalQgicamcote,daqualdo®S
dácooladcimcdiato.Éaquiqocsco.ituaoequivalcntccloqocchamamosrc-
laçõcs de força, fenômenos cconllmicos e pollticas, podor, 1crrltório, pro-
pricdadcc10:.Esscsdados.,q11ercsgatamosg:raçasàsllOÇÕCSqucddcs1C1DOli
segundo nossa própria ideologia, podemos chami-los de concomithcias
(comparativas)dosisl.cmaidcol6gico.Alguos1utoruascstudamprcforco-
cialmcotcscmscapcrccbcremdcq11eadcsvalorizaçãodcqocclassãoobjc·
10,nocasoprescntc,asaltcraprofuodamcntc.Esscsícnõmcoos,csperados
pclocspccialislaimbufdodaidcologia.modcma,sãoaquisufoc.adospclagoli·
lha de broll7.C de uma ideologia opos.11. limitar-sc a clcst, para usar uma
Clp~olocal,fechar-scnacaslaUúcrior.Éprcciso,aoconuirio,a110SSO

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..,r,rcsliluf-losaosc11lugar,rdaciom.i-losàidco\ogiliq11edcr•10elesacom-
i-ha.m, ftcaDdo cl...o qlM: I só tom ~lll(lo d IOIOllda"11 twím IWOIUliN/da
q1.. aidtologiacwumúV:m1seNidolOCiol6gitowrdoddro.
Scmdüvid.,oscstudosru:sscscnlidocstlopo11CO•VU1Ç11dos,clliosc
1><.Jccspcrarirmuitolongc,maspclomcnosomttodon.ioaprcscnl•düvi-
d11.<. Tomado globalmente, nosso objeto nos aparece um pouÇO como um ite-
Ml)r. Uma partc apcnas, a mals íácil dc dcsc:rc=, cmcrgc à luz da coDSCil!n·
no,~ <Olidária de 11ma outra, mais obscura, mi! cuja presença sabemos dc-
1u1ar. O renõmeno obscn'l!do tem um componco1e ideológico e um outro
que chamamos rCllidual sem preconceito ontolõgico, para assinalar a maneira
1icl~ qual~ ele colocado cm cvidtncia. O que acontece no plano de obscr-
•a<;io,O,umavczn:laciolllldoaumprimciroplaiiodcrefertoc:ia,oplanoda
1Jcologia,l,colocacmcvidCociaumaoutracomponentcsituadanoplaaore-
1klual R: (o• i + r). Da obscn'l!çiocdaidcologiadcduzimospor"sub-
uo~io" a componente ..wdual cmpfrica de cada fco6mcno observado. É õb-
.,o quc o crTO nos csprcita ncssa csp6cic de opcraçio: muito particulanocntc
no• 01riscamo. a nos CJ>ganat na apLicação da ideologia a uma situação parti·
•Ular,sobrc1udonoinlciocscsupcrcstimamosno.saromprcel1Sâodosistc-
'"" Muilofcli7.n1cn1cosdiíen:ntcsrcnõmenosou..,torcsniosãoindcpcn·
1lcntcsuosdosoutros.,cvcrcmospouÇO&poucoscdcstacarcmosprimciros
1klincamcn1osdcumalcigcraldasrelaçõcsdclcdcRoosistcma"".
Resta dizer uma palavra sob..: a e:.posiçio. Será íastidiosodcwevi:r
pnmcirna idcologiacdcpoi<n:tomarcadapontonoplanodaobscrwçio.
Ainda que o planoR ounãoidcolõgiçosliscjatratadodirctamcntcapanir
do Capkulo 7 ("Poder e Território"), destacaremos pari pami a componente
""'"'pondenlc notratamcnlo dosaspcclos propriamente ideológicos. Por
rn:mplo,noqucconcerucàhierarquia(Cap.3),ton1eçarcmospclaidcologia
1••••cnnsidcrardepoi<odadoabscrvadoc colocar assim, cm evidencia, a
<nmponcntcrcsidual.
Nom é prcci<o n:pclir que, se os aspcc:tosditos polltico-cconômicos são
m•n•postoscm segundo plano com n:laçioàidcologiadacasta, is.o é o
1•l<iconindcum prcconçcitoqualqucr,masapcoasdanccessidadcdcdar
""'"imagem fiol do sistema tal como ele surge para nós. Não~ imposslve~
cmbon.aej•dificilmcale conaobfvdoo prcae111c,q111: sc chcguc1111fulW"Oa
mostrar q111: m upc<:IOA polflko-econõmicm do na ""rdldc ruadame11.tais e
q11CaidcolasiascjalCCIUld4ria.Simplcanmi1caiildalliõdlegamoslá.Tra-
ta-.e, 1111 momento, ck um• dcsaiçlio comprcemiva, no duplo scntido de "in-
tcliglvcl" c uglobe.l".

ZJ. A NOÇÂO DE ESTRfflTJRA

A partir de nossaopiniio correnlc &Obre a hierarquia, fazemos cm


primcir11ligarpara116san:prcsc11laç.li11closislcmadascastas,11udcumco11·
jwuodco:aslasdc1Cnninado,como11111aordcmlincarqucvaidamalsalt•iri
mais baixa- umaordcmtransitivacniioódic.a:c.adao:aslaéinfcriorllquclas
qucaprca:dcmcsupcrioràquclasqucascgucm,ctodasCSliocomprccndi-
dasc11trcdoispo111oscian:mos.Alguémpodeobjctar,di1.Cncloquc1imagcm
é simples demais: na região media.na cm parlicular, ~ frcqllcnlcmcntc diHciJ
classilic.arabsolutamcntcduascas1asdctcnninadas,umaemrclaç.li11àoutr2
(cf.§35css.).Alémdisso,um.aordcmdcsscgtncro,sctemosdcno&con·
tcnlar com ela como dado 61\imo, nunca é c&moda. Felizmente as cm.a. mu·
dam,scconsidcrarmososprit1clpiosqucsc1YÇmparaclassilic.armais.oumç..
nos perfeitamente as caslas numa ordem. Encontramos, assim, subjacente a
essa ordem, um sistema de OP""içõcs, uma c.<1rutura.
A palavra "eslru\uta'' é empregada boje de modo amplo e diverso.
Lembremos rapidamente o sentido c.<1rit11 cm que ela será tomada aqui e as
conscqflfncias ao 111esmo tempo que as condições desse emprego. Devemos a
introduçãodoconcciloc.<lritodccstruluracmantropologiaaClaudcUvi-
StraPS$.Elc11osvcmdafonologiae,dopo11todcvistaquc11osU.1crcssa,é
prcci.w remontar também à Guralnhmri~ ou teoria da forma e li fe1111mc110-
logia zi... A diliculdadc cncon1rada na .;onsidcração dos sistcmu cm antropo-
logia é muito semelhante àquela que Loui.5 de Broglieobservavar<:a:atc-
mcn1cC11n1r<:laçã11.tflsica:
(cmflsaq.a..1oco) .. oindividuolidodcdolcurpoiEulm--...lW110mm010-
•-quo010nw><Dp.- .. on1crw;».Qimo.dc ... -.-cmlc<mJIÜl<l'lomLco,..
'"'º""°'"""º-.1"'''"''""""~-~·..,.,,_""P"'""º""'"~
,.,.pk,..dcman<íno-..-orquolqouroDdc .... 1114Mc1""1illodc• .;i-«q"'•rulo·
:::';.,!;,::.,,~~.=•t<m>«lilnocolfto""""itodclndMd01l-••l6oonul<odc-o-

A solução, cm oOMa irca, ~ evitar a mistura e falar uma ou outra de


Juoslioguag(: ..... l...o~~lporqucWDB..:onupondcmllitobemàmen·
1al1dadc modem&, a oulr&, à mentalidade: a que chamarei tradiciooal porque
Jumina oas soc:ic:dadcs que prccedi:ram a oossa. Ou bem se to11a:be um sis-
tema cmoo formado de objetos que tfm c:ada um seu ser próprio e•"' um
.. ~,..os outros cm raziodesscserprópriocdcumalcldcinteraçãodctcr-
minada, por c:<emplo, os ço'l'O' flslc:os, qlLC ttm c:ada um 511a massa própria e
r.armum.sobreMoutrosnumamcdidadctcrminada.porcssamassacsua
11ollçáorelativa.Essamanci1adcpcnsar,q1LCseparaoserindividl181eare-
l•~io. ~ pridcipalmente 111odcma. Sem d(Jvida a encontraremos antes diiso,
..,.. ela ê moderna cm seu pleno desenvolvimento e e111 sua Cldusâo da se-
1u1nlc. Ou então, ao contrário, ÍllZ·se abstração dos "elementos'", cm si
mr•mos,dequcosistcmaparca:scrcomposto,cs6seosronsideracomo
'"ultanlcsdaredcderclaçõcsdcqucosistcmaserácnlãoco....tltuldo.Um
loncmasópossuicaractcrcsqucoopócmaoutrosfoncmas,clcnãuéqual-
'IUCrcoisamasapcnasoou1rodosou1ros,graçasaoqucclcsignificaalguma
,.,;.... Falarcmosdccstruturacxclusi\oamcntc......,caso,quaodoalnterdc-
l"'Rllênciadosclcmcotosdcumsistcmaêtãocstrila,qucclc.o;dc.sapareccm
.. mrcsfduoquandosefazoinYcntáriodasrelaçõcscnlrccl1:S:sistcmadcrc-
l•ç6c., cm suma, e nio mais sistema de elementos. A passagem de uma rncn·
lohdadc ou de um csplritoa outro, domllfldo da cstrutlll'll ao mundo da
•Ul"tlmci&,fsemd(lvidiroproblc111arnaiordacomparaçàodassocicdadcs.
Aqu1mcsmotcrnosaoportunidadcdecstardiaqtedc1110univcrsoq1LCécs·
lrulural cm althsimo grau. Que se reflita ni..o um imlantc, pois~ a primeira
101Ao da dificuldade que temos cm compreender o mundo da casla. Desde
11uc ouvimos falar de grupos humanos que se dislingllcm, se separam, se iso-
lam rruclmcotc uns dos outros, aacditamos quc isso cra fkil de compreca-
1kr. pois bem, pensamos, a6s conbea:mos isso af, tum piuco o que fazemos
'""'" indivíduos, essas o;a>.tas se parea:m com ll055aS prc.c:ioi.as pessoas mo-
·~ •nar., .ão turtair out1u pequcnu 5<IQcdadcs fechadas sob1c si e jll$laposlas
"""" n6s nos j1151•pom. . .,. nc....,. scrnclhaatcs na sociedade rnodcma ...
M1111ubcm, aadat maialab.<•qllC iMn, Aeula isola-seporsubmissioao
u111junlo,comournbr..,oquaolo'lui1CMCUL1rsuasctlulasàsdocst6ma·
M"· Vcrernoo melhor, dcpolt. ~ rornn, em arndc medida. t 1 hierarquia que
!<un1nda a ocpuoçto. roro n mumrmln 1llt<•mo1 apcnu o seguinte: cnquan-
'" UH<. I""'ª alio. o 1rfr1fm10 l1111olo1111•11lol ~o ofonornlo, elo f oqui o conjunto
Albadlsso,-intJodllÇ.lodaidtili•estruturat,cmanuopologia
social e em socio!Ojia, o acoatccinlento capilal • nosso tempo. A pt6pria
voga cio lermo cm llW .a:pç6cg mU frOUXB! testcmwaha·o li •ua maneira:
para uma tpoça, para um pensamento, eujo probkma esso:ncial t, após um
longopcrfododominadoporumac•ncia•tomiz.an1c,rccupcrarosentido
doset1njWll011ousi5lcmas,cl&b'aza6nicaformal6gicadispollfvclagoranes-
seas:wnto.Aconvcrgtociacom011proccdlmco1osclctrônicosccomasm•-
1cmá1icu modernas, que iporamos por looao tempo por causa de um ensino
p6blicoab'asado, n.lot<kvida ao acaso.Mcunocmanuopologjasoci.al,a
rcssonãnciaiWcadamO!IOgl'aliadcEvans-PritcbardsobrcNuer,publicada
cml939,tcstcmwihanomcsmoscntid,,.,..Elascdevcu,amcuvcr,ildcsco-
bcna indcpc"4co1e da noção e li sua rcvclação para um meio proí.WOllal sa-
turado dc empirismo por uma~profundaeprudcntc,alimenladaadc·
maisdcsociologi.a.franccsa..SeadcscobcnadcEvans-Pritchardtcmumva·
lorparticularcnquan1odcscnvolvimcnloindepcndco1eprOYCJlic:nte-att
oodcsc...be-apenasdaanálisedos.i.lcmaspollti=cdelinbagemdos
Nucr,suanoçãodcCSl.l'\lluraf,aprimciravisla,maislimitadaemcoosradi-
calquc aque Ltvi-StJaiw;cmpn:Moudcoutrasdisciplinas. Para clc, com
cfcito,trata·scdaoão-substancialidadc,darcla1ividadcdasdivcrsasordcns
dcgrupamcoto.,oudc distinções, com relação àssilua~õesoudcclasoão'lis-
1as cm ação, Na verdade, uma leitura atenta mOSlra que Evans-Pritchard
soul>emuilobcm dcstacarporsuapr6priacoo1a oprincfpiocslrulural da
Gp0$içâodistintiva - conccptual-,masclca~rcssaoamalorpartcdo
1cmponalinguagemdaoposiçãodcfato,doconflito.Ncsscscntido,sua"cs-
trulura"' aparece geralmente ligada a eirc1mstã111;:i.as cmprricu. Numa ccl'UI
sit111çio, o grupo A e o grupo B se opõem, cada um solidário conua o outro.
Numa outra situação. w:mos faa: a face AI e A2, .ffB"lutlor de A ainda hl
poucoindifcn:nciados.Eassi.mpordiantc... Nãomcndoociessatcoriaape-
nasdcW11pootodcvistabislóricocparalen1braroprogressoq11Cconsislc
cmcstudarasformascoaccptuaisnasdiw:rsassituaçõcssociaiscmqucclas
se impõem, mas tambo!m por uma ruão prática. É que ela introduz dircta-
mcnte a noção dc .ffB"lttUQftJo à qllal 1en:mos dc r«01"Ter. Tanto no sistcma
dascastasquantoooslslemapollticodosNucr,osgruposqueapMUCm -

...., ....,
.._.._l'...._.,__,_.~,-

o6oe----~1-·-------
_
ou do.saparca:m - dependem da silu.oçio cm que DOS encontramos.. Tanto

...- . ............ .u.__


leren1os pela írentc uma casta oposta (de falo ou cni i.Uia) a uma outra,

-. . .............. .._..... ___


;.1n·L. 1m-1-•--po11.
...

. . . ...-...-'I""-·--.. . -.....----
_~---

~==.."'.!".=~-::=º.:= ~"":..: ..
=~==...·:..:::_-:.:.=:.=.:.'.: ~ . . ::..-== ..
q11a.11tow:rcmosamcsmacaslasfs~cm nbc:ulaele.Dissorcsulta
que empreguemos a.s palawq scg:mclllo e~ 1pcrw pua dcsig-
1Wa divis.ãoo1,1s1,1bdivisão dc umg:rupocm "'4rioa"'1">S"8"l9"<111'111UC<1
'""" lk ucaJa mf11or>'. A scgmcotaç:io tum aspecto da eslnltura por opa.
lição li subotiac:ia. Substancialmente, reduzimos tudo a um tlDico plano de
mnsidcraç:io: o homem individual, Oll a oa"°' ou a cwa. Estnnuralmclllc, a
calaaparccccmalgiimaso.ituaçõcscdcsaparca::cmoutrascmprovcitodc
entidadc..s maiom; ou 111coom;. Não W. aqui, como cm ll05SO lllliw:rso do in-
<livlduo, nl""l privile~do. Em particular, w:rcmos quc as diw:rsas propric-
diodcsda~cstlolipdasaolvcisdifcrcntesdorc..amcoo.

24. A OPOSIÇÂO FUNDAMENTAL

Vollcmos ào ca.1 ..... Traia-o.e, por caq111111lo, do oislcma fofmal. NUJ!:l


l'fomeiro momento, tentaremos cdrair dele scU< prindpios e, num segundo,
hs'-losaumawrutwa.Scniopvdts.scmospartirdcH11uon,podcrlllmos
l>Arlir de Hegel, que, jli cm 1830, foi muilo mais al~m que muito autor reoon-
1<; Hegel~ o prindpio do sistema na di/<ffrl'" abstraia (e, de íato,j/Jli, cas-
1•.~também acspkic ooscatidodabotãnica011dazoologia).Paradizcra
verdade, parece que ele primeiro apro.timaa1;8$1adoindivfduomodcmo,
ocgundoamanciraporn65criticada,masmuitor:ipidoscpodcpcrccbcrquc
<lc rclac:iooacssa"difcrcoça"aocooju.ntocàhlcrarquia: 1ra1a-scdcumadi-
l«cnciação das funçõcs, quc oio podcri.o provir do extcrior c culmina no
11n11•c1Sal"'.
Mais perto de o6s, Bo~ nada diz de multo diferente, embora •ua lin·
•Uqcmscjamaisprccisa.OEssaideBouglt,quodatadocomcçodestc.t-
"'l",nlodeixoudcscratual.Aabralli<>tCYCarcpcrcussioqucmcrcc:iapor

_____ _
1lua<rv.ôcs.Priaicira,foicsai11cmrrandsquandopoucosladianoslecmo

... _....., . ..._... ... _._


froncê•; o ingl6; ~. ncc:cssariamcotc, a língua prioc:ipal desses Wudos""'. De·

. .-. ....--.-,_
....
. . . ...__
,• ....._""'_.,, ... ___ ,. _ _ _ _ .. 1ot.-. ....... -
...........
ll0o~--

...
podo-·lo-qoo_ptlo_d<.,_

'" ,..,.l,.,,,,,..,,,,.,•m-.'"'1-..t.\"6.fll.W·IX·t<oa....pr-.ois-·
..... _,_ .. _ 0-.....-..,.1.-. ............... --.
=~;;.::~1€*~
--,,_-·-·'!"•-
· - · - - - 1 · -...

.. ~~~z~~ª~7=.-;.~::;;;,
pois,•obnCllaw..d:i.alCdasidti.scootcmporinus,clascaf.staw.da
1cndlnciadomiaaalCdciscsCS1udos,cmpirist1cmatcn.tial.a,cpusavamai6
rad.lmcoleporum1manifeslaçlodoiatcledllllismornacts,jiq11eo1utor
do tivera um coohec:imcolo direto da lndia. Obra de scguoda mio, com
efeito, mas csaita por um sod6logo da escola dc Dvrkhcim que consagrara
s11atcscaosidcaiaigulli1Arioscq11elDSiaV111omcsmotcmporcuoirascoi-
sasaos!!Cusprinápioscniodcinrdcladonadaqucfossccsscoóal,0Esslri
dcBougltnosfomcoc.,j'odlsscm05.,amclhordcfiniçioidic:ial.Segundocle,
usislcmadascastastco...Utufdudcgruposlu:rcdilúios(ascastas,salvopa-
ra oaspcc10scgm.cn101.alaqucnosrcfcritcm0&) qucsio10mcsmo1cmpo
dislinguidn&crclacionadoscntrcsidctr&modos:

l.por11111agradaç:iodccstatutosdchicrarquia;
2.porrcgrasdctalhadasqucvisam.111$!1Cgurars111scparação;
3.porWllB.~dotrabalbocpelai.atcrdcpendbciaqucdm.o
resulta"'.

Bougléàsvczatcndia1scparar,11111dooulro,csscstr&aspcdos.Ora,
éba.uan1cçvidcntcquc1udoissooeom:cmconjun1ocqucascparaçãodos
1rê.saspcdosé11111adisti.açãoanalUieai.atrod.mdapeloobscl"l8dor.Adcmai4,
o próprio Bouglt o rcconlu:a: çm algumas ~llS de seu livro. Os trb
"principias" repousam n11111a concepção fundamental, ligam-sc a um Wiico e
Yl:rdadciroprindpio,asabcr,aoposiçiodopurocdoimpuro.E...aoposiçio
•ubcntcndcahicrarquia,quctasuperioridadcdopurosobrcoimpuro;cla
subcnlcndcascparação,porqucéprecisomaotcrscpar1dosopurocoim-
p11JO; ela •Ubentcadc a dMdo do trabalho, porque as owpaçõci; puras e im-
puras devem do mesmo moda ser mantidas separadas. O ttllljlmto utáfim-
da.t.o ~11 toaístltlcill ~tunW e llitratqUizoda lk doU oponos. Poder-se-ia

........_
falar, numa oposição "siotttica a pncn~, q11e nio b.i muito proveito cm lllo-

. ..._
mizar cm clcmcotos llimptcs para agradar à oossa lógica c quc, cm toda <:aao,

--
--
não~ ncccssirioaom.arscmarccompordcpois..

____
... --
_ .........
-- -............_______
_...,.·-·--•l' -.-·-
...........,.....-
,,...,,
-----·---
flm<ba-.
..,.._.,,,
. --.---.. _
__.,, _,....,._...
..,.~_..,,

"'-*'"""*"""""°'~'"*-*1*'•-.lloo<iwLElloo·

~==:;:.=~===.:::-=-~
:.:::.::-...::.:.."-:'
~....=,.. . . .:-..:..-::...-:.=·
----........... ..-..:::::=:.:...-:.::::
__ . _. . .
O fato t de Clllrema import.b.cia, pois ele nos leY11 de imcclialo pan um
Wlivcrsopurame111eQUUtural:i!o1odoq~commwlaaspana.,ccssetodot
<uoccbido, milito rigor058DIC11tc, como fwtdado numa oposição. Não há,
.demais, outra maneira de definir um todo cnqua.ato distinto de uma o.implcs
(aleçio.c,sc11oscsquccc111osdissoe111gr1Qdcmedida,tporque,CMCDcial·
mente, subsli!Wm05 cm nossa dvili7Jlçio a rcfcrt11c:ia ao todo pcb rdcrt11cia
1ao.impk&.aoiadepcodcote,àquiloquescbastaasimesmo,i&lot,aoin-
divlduoouàsubstinci.o.Tcm05aquiofatoqucnosvaipcrmilircomprccodcr
ouwituição,fa>f-bpassardaposlçf.odcuma<:WÍosldadcdcantiquirioildc
umaformadabumanidadc.Épropriamcntcaidtiadacasta.
Mas "'"" polllo cst.t laagc de ser admitido. A.ales de aclar11 um pouco,
aoscçãoscgui•Uc,a111tlll'C1.adopurocdoimpuro.scriaiatc.......,1cobscr-
""rrapid.amcotcasd(Mdascasobjcçõcsdosospcci.afutas,lsquais1Km01ci-
lu•w:rialcotadoascrcunir.Paracomcçar,quescsaibaqucMl&oãocsumos
1nvcotandaoada:aprc:ocupaçãocomopurocoimpurotcomtu1cnavid.a
h1Rdu,comoscver•. Osabscr"Yadorcs,scjamquaisforem sUllileGdhcias,
Lioforçadosa1cconbcct-la.Tudooquepodcmf..,,.,rbojctminimizarofa·
lo,poracmplo,lançando-ona"cultura"coosidcradacomoumadilivomais
"" mcnosgratvitopara asocic:dadc (nota21c).Issocst.tdcacordocomum
prcconccilogcralcontraaidcologia.Ummes!Mdodnscrito.LouisRCDOll,
ucrrn:u muitosuciatamC11tc que a llOÇiodeimpww.a~cst.ioabasc,tcori­
'"mentc pelo mcoos, da in$litulçio das cas1asM. Huuoo diz cm algum lupr
~11Cuma teoria religiosa pode nosajlldaracomprceadcracasll,m.uoão
prc.Cacontasdcs11<1cxiste.iciaaoloogodabistliria.Eleparccequcrcrdizcr
•11><scnaneccss.úioapclaraosfatorcsecooõmicos"".E.ssctipodcatitudct
muitodifuodido,mascleslitraduzoccticismodobomcmmodcntoquanto
"" lupr da rcligiio 111 vida wc:ial, P'K' Hcgc~ Durkbcim e Max Weber, e
lodaactnologia.Adcmais,apreocupaçiacausalttiogcral,qucprecisamos
fu,er um csclarcdmcnto: nio prctcndcm05 q11e a oposlçio puro{1111puro
"fundc"'asocicdadcscoioaoscolidoialck:dualdotcrmo;tporrefcr!acia
lmpfüitaa....aoposiçioq~asociedadcdascastasparccecocrcnlccraóo­
nalpuaosq1.1Cncla~.Ofa10t,anossover,ccntral
Além dessa alitude, pode-se citar aqui objeçócs precisas. Falaremos
•1>rnasdcdW1S. Par••primcira,adisti..oçiopuro{1111purooiodlocooladc
l<~lll!ludisti..o~011SC8f11Cdlaç6csdccasta.Paralhu,05eri\frlosdcpo-
si"°variamrqioulmclllccuiatemoul:ros<riltriosalémdodapurcza"';
paraffmc&l!teille.•pwo:urclatmn.lodf.moi.da•ubdlvis.io1crritorial
daso:as!as.Q11911to.apriirlc:iropo11to,1110Slfamnosc111scgu.idaq11Clodosos
oítbitnpropriamen1cdil:oosc:lipm.loposiç!ofuada.mcolal,111ascoC011tr•-
rcmoslamb&n,nollf\ddaoblcrvaçio,•oladodos<rittrios,f111-.squcvio
C0111plicar Oll dcfonnar 1 padaç!o doa esla!UIOI e a scpnclllaçio.. E.ses f.io-
rcs, csuanhos .l idcologja poa11 =~nofa10,n6soscoloo;arcmosc111
cvi~ocia,como aaunciamos, llO a:mfroolara obserwçio ca ideologia.Já
coo:oo1111111os um clclcs na compartimcnl.aÇão cm pequenas unidades 1crrito-
riais, eada uma dclas serYiado dc quadro tk foto .a dc5dobr11111enlo do sistc-
maidcolõgim - umcstadodccoisasquedcvctcruistidooo......,do-,c
issoooslcvaaoscgundopnoto..Nocsiadoa1ual,cs.1á-sccmprcscnça,noia-
tcriordcumaclctunliaadao:asta,dcsubdivisõc.sdclllturczalcrri10rial,inu-
plicãvcis,comodiz&l!tciUc,apartirdo<ritériodcpurczarclaliva"".Masaqui
tprccisodci.Qralgo.;laro:nloprctcnd=osqucaoposlçãofundamcn1alsc-
Jlac111U11dctodasa.1distinçõcsdecasta,prclcndc111osquccla.ejasWJ.for-
ma:scri.aespantosoaprccndcr,alioodcduas•ubdivisõc..stcrritoriaisdcuma
casta bnminica Wio cm prc5CDça ao momento alwil, Ili mesma localidade,
que uma não 5eja considerada superior à ou!ta; no múimo é possível que
lodas5eprclcndam•upcriorcs.Aczig1!nciahicrirquicaélioccrccadora,quc
da uprimc, numa li.Dguagc111 6niça, fcnõ111coos que o observador pode dis-
li.oguir, por cu:mplo, ao lig.l-los a "ca115AS" difcrcntcs. O falo, que t csseD-
.:ia~Krácsclarccidonodccom=rdoestudo.Aques1iotscmprcadarclaçio
ontrcaspcc1osidcol6gil:oscaspçaoscmpfrir:os..Aquiaidcologilonlodáçon-
1adofatortcrritorial,claoigaoncocagloba.Butainaiatir,porcnqlWllo,
nu raio de que essa rclaçio, Jonacdc ser umaquesl.lo de ~pura forma", que
""'lançaria11apcsquisadcum"cootetido",tCODStin1tiYa.Oucatio5eprc·
lcndcriaf~rap111CUpt0virdotcrrit6rio?
H:I uma scgwid.a objeção, pelo mC!los impUcill. nas obscrnu;6cs de
ll•u, que é muito mais embaraçosa para a teoria. Vamosformul.:1-ladizcodo
01uc a oposição puro/impuro varia dcmaisdcumgrupoparaooutropara
qucsepossacocoob"arnclaarazãounivcrsaldosistcma.Comdcito,n.iosó
r.Wcmg:randcsvariaçõcs,pclomcoosnain!cnsid.adcdoscnlimcotocorrcs-
l'""dcnlc.cntrçosprópriosHindus(§25.6;lS),massobrcludoduascsptçics
ok fotos parcçcm <:ruciais: de um lado, um agrupamento S«Urlo çomo os
l.ingayal(qucscpodc,segwuloadefiniçãoqucscado!c,cbwilicaroun.io
<un1<1hindu)podcncgarfomlalmcntcaimpurcza;porou1ro,osMuçulina-
no"'cosCrislãosn.io1emcmsuarcLigilooÍld.alrwiadcopos10ànoção,c
""""'àprUncira.W.pclomcaos,possuemcastas.(Paramaiorcsesclareci-
m<nln<,.,.rf9)c 102-103.)É..,rd.ade,ponanto,quea ideologilcm que
.,..m..,.
o ceolro coascicntc d.a casta pode faltar aqui ou ali'"' illll'rior da
""md<>indiatto,caobscrY1çâodcsscso:asostdomaiorintcrcsscparaaprc-
•nJcrmosa1équcJIODIOccmquccoodiç6csinsliluiçõcsdcsscgéneropodcm
•uhrcvM:raoeDfraquec:im.cn!oouaodcsaparccimcntodcscuupcdo
ldcolõgico.(Ocfato,seriam oCCCS'láriosb"abalhosiotcnsivosparaseesdarc-
•l'•csscpoDto.)Éprcciso,cmsuma,distioguircntrcaidcologiadcbase,quc
•.tlp•csclltc11&socicdadccmgeralcqucos.WcmasobscrY1dosoigcmpa-
'•.,t.aio1clcção,coquesecncoo1radcidcologiadcfatocmi;adaobscmiçio
1.. mcular.Aercditamospodcrdiurqucaidcologiadcbasces16inc:oolCSl.a-
,rJmcn1e muito difundida e é mui10 poderosa 11& maior pane dos casos co11·
or<tn.•:claoio.aidaim&&i111çãodopcsquisadorcoioéumaqucstiopwa·
1H<nlclitcr:lriaouuÇU]tural".Ofa1odcqucclacstcjaauscn1cnoscasosa·
1ornto•cdequces1cjacllfraquccida- dcmaaciracrcscentccmoossosdias
nunr grande o(uncro de casos coloca um problema, CJtiac uma pesquisa de
mngra11do$11!ikza$upcrioraoqucprcteodemosaqui,masn.iocolocacm
•.,... o ,.r..,l clcmc11tar com quo lemos de oos contentar 11cstc momento.

Z1 O PURO E. D IMPURO

25.1. ldiiaGeml

P1ctcadc-scaqul1orurrnall<la1a,poraprolimaçócssuccuivas.,aoa·
1111uadaopooiçlopum/lmpu1..... Aprlmci1a.U.a,sc1ioscmdWidacolo-
... ,,., _ _ _ _ ..... _. ___ ......1"c:.-·--
- - ..... ,...... ,._ _ ___ J_._.._._ ... ...... _ ..... _ _
cadasduasquulilcsprincipais:porq11Cessadistinçioaplicadaagruposhc·
rcdilArios? E, se ela dll CODt& do contraste catre Brlmaacs e lntodYeis, pode
cladarcontasigualmcntcdadivisãodasocicdadenumgrandenl1rncrodc
grupos,clcsmcsmossubdivididosàs\<C1.Cliaoc>11rcmo?Nãorcspo11dcrcmos
csatamc11tcacssasqlLCSl6es,n6snoslimitarcmosaalgwnasobscrvaçõcsa
elasrclacionadas.Coacorda-segeralmcnlcc111rCCOJ1bccerqueaoposiç!osc
manifwadcmaao:iraalgomaa-oscõpiçanocontrastccntrcasdPMcatcgo-
riascxtrcmas:ados Brimancs,saccrdotcscm priodpioqucocupamapo.-
.;ç;;osuprcmacomrclaçloaoconjuotodascastas,cadosh1\odvcis,scrvi·
dorcsmuitoimpurosconliaadosforadasaldciaspropriamco1cdi1.0S,cmca-
scbrcs (ou ao menos cm bairros) dislinlos.. Os lntodYeis. não podem utilizar
omcsmopoçoq1110osoutros-ciu:cloatra~dea1c11uaçõcslocaisdos11os­
sosdias -,oaccssoaostcmploshilld11$lhcscraintcrditoattarcformagan-
dhiana,csobreelcsrccacmin!imcrasoutrasimpmsibilidadC!. (Éprccisodi-
>~rqueasituaçãoscmndificouumpoucoapós.aagitaçãogandhiuacquca
lndiaiodcpeode11tcdeclarouilcgalaiotocabilidade;essafoiu111amcdidaim·
portante, mas nAo pode transformar de um dia pare o outro a situação ltadi·
ciooal,qucnosiolcrcs.saaqui.)Olcrmo"lnlodvcl"paradcsiparacatcgo-
riafmaisingl~qucindiaao;anoçioWtprcscnlç,111asno11SOcomntccs­
saspc:.""8S..;odcsignadascmcadacaso111aispelo11omcdacastaparticular
aquepertcnccm.Paradcsignaracatcgoria,rccom·scgcralmc111cacufe-
111ismos,dosquaiso111a4rcceotc,iotrodl1ZidoporGudhl,t"Harijan",ufi.
lhodcHari",is.to~,crialurasdcDe11$(Vishnu).

Por que, alguém poderia perguntar, essa scgrcpçio dos Intocáveis.?


Poder-se-ia supor, porcumplo,qucclascdeveaoodornauscabuadodas
pelcscomqucclcsàsvca:s1rabalham?ComfrcqlltnciascprocuramjUS1ifi-
calivasbigi~oicasparaasidéiassobrcaimpurcz.1. Naverdadc,mcsmoscal-
godcbigicncCSliYCrcontidonanoçio,clanàopodcderu>iraques1ão,quet
uma11oçiorcligiosa.Mostrarciascguirqucafontcimediatadanoçioscco·
çootranaimpurczatcmporári&qucoHindudcboaCllSlai;ontraicmrclai;ão
.;omavidaorginica.Apartirdisso,vcrcmosque~acspecializaçãooastare­
fas impuras - dcfatoou dcdireito - quelcvaãatribuiç.ioadcterminadas
ca1cgoriasdcpcssoasde11111aimpur~rlgidacpcrmaocotc.A6tcraturaan-
1igacoofümar.tq11casimpiuc:zas1cmpoririascpcrmaoco1cssãodcnalurc-
1.aidêolica.Masoãoscdcvcperdcrdcvistaacomplcmcotaridadccnlrcpuro
cimpuro,ccotrcsllB!~nosgruposwc:i.ais..Podc-sc,dcpois,acom·
paohar, com as mflltiplas derivações da noção, a multip~caçio dos crit~rios
dedistiai;ãocoesfacclamc.oto docswu1obicrirquiconum grande o1lmcro
degrupos.Tcrminarcmospelame11çãodcalgulnuvari1ntcscim:gularidll-
di:scporum~dccompar•'6oocmlaticacoma ...... pr6priullOÇ6cs.
25.2. Jmpuraa TernporWia t1 lf11/1W=' Pmnanentt1

Acrcdi1a-scgc11cralizadamc11tç,nom1111dotodo,qucamortc,onasci-
mcn10 e oUL<O.'i aconlccimcntos da ,;c1a pessoal e íamiliar escondem um pori-
110 qllC co11duz à rcclusão 1cmporúUi da$ pçsso.os afcwla6, a intcrdiç6es dc
<<llllaloc1c.Sc111quea11oçãodcilrlpurcucstejapresc111c,SC111qucessassi-
u.. çõcsporigosasscjam dlstinguidesdcouuasi.i1uaçõcs;c:rt-sc,porcsc111-
pio, noDobu,quc umatransgressiodoio1crditouariaum1doeDÇadcpole,
ou.ainda,qucoco111atocomaspcssoasdclulopodcscrtioporigosoqwmto
n c11n1a10 com a cabeça do chdc (Polioi!sia)&. Nem o catolicismo se liwoo
do marca de noções dCMC lipo. Assim, a CandclúUié a (esla da Purificação
d1Virgcm,cnifldarccc11tcmc111caparcuriç111ccradcfatoc•cluldadaigrcja
duran1cquarc11tadias,aofimdosquaisclaseaprcscnlaYacomumclrioace-
'º"crarca:bida 1111limiard.aign:japolosacerd01c.Namcdid.acmquca
noç.iodc impll<czacstcjaprcse11tc,oballho~ aCUtamaisdifU11dida. Naf11-
J11. aspcssoasafelad.asporcssaci;ptciedeaconlecimcnlosioimpUrasdu-
14n1cwopcriodoprcsai10,eosprópriosi11dianosidcnlilicam.,.....impurcza
t.OO.ln1oclivcis.Assim,P.V.Kanç,cssc:cnidi1ojuristaaquemdcvcmoscs-
'""bramo11u111e11tal,aHisr&úldoDhannashtum1,cscn:vcqucosparcntcs
"'ª"próximos de 11111 homem, seu melhoram~, se tornam para ele in10Cl!-
..,,. dura11le ccrto lcmpo por causa dcsscs aco11lccime11los (His1. o/Dhannl1s.
lll,p.170).
Sccompararmoscommaioprccisãooqucacontccccmcasodcmortc
<nlrc os Hiodus e numa tribo qualquer, veremos, primeiro, que entre os
lhndusaooçãodcimpurczaédcslacada,difcrcntcdanoç.iodcpcrigoquc
""''""ponde albu.cs ao sagrado cm geral e não apenas ao impuro. Depois
1><rccbcmosoutradifcrença:cmouU'olugaraspcMOassclivramdoporigo
J1 ..1uaç.io, por um lado, rccon"Cndo àcomplcmclllaridadç, pordefllliçio
111>11n1&ncacrcdproca:cucntcrroscus111ortos,voctscntcrramosmcus..Na
111~prÍll fodia, vf·sc às vezes os parentes por afinidade se cncarrcgarc111 de
,.,1... runçõcs,mascmgcralasfunçócspriocipa.issãoi;onliadasacspcçialis-
111 ComodizHocart,1111Suldopals.obarbciroéosaccrdotcfuncririo,que
~ o..-io •cusado de impUrU.a; quando do oascimeo10 e da menstruação, o la-
•1.to11n, cm tod.a lndla com~d0Maharasbua,sccocarrcgadclavara
u•u1 .. •uj1. Ncsscscasos,la...,deirocbarbcirosiocspccialisl.asdaimpurcza
'I"º· cm visl1 de 51115 funçóeA, (O!;lumam viver de maneira permanente num
nt1Jovi1jnhodaquclcquca1raveW1mprovisoriomcntea.<pcssoasqucclci;
""'""m· e do qual ucm claa. ll'lló"" cnlrt; outras providencias, a um banho

__ ..., ___......-.-.............. __..


1ormin.al.(t!:vcrdadcqucouc1dnbc•pc<Íaliltunlofaumparlcdoslntocá-
l'rl• propriuncnlc dilm.) Vt-1>11, cntlo, ~uc 1di..uiodotrabalhorcllgiOK1c a

... ,,. ,...


-··-··--··-· ·""·- "."
atriblliçio permanente a cenu proíissócs de um certo Divel de impun:za ca·
111irlhamparalc:lamcotc11oquadrodaoposiçiopuro/impuro.Nioscriapre-
cl$0dcduzirque uma dlvisiodot<1balhorc~giosonioscprod112iria nu111 ou-
tro quadro. Éo que Hocut mOSllou, iovolwitariameotc,ao aproximar osis·
Lema das castas da cspccializllç.io das fwiçõcs rc~siOSH cm Fiji. Em Fiji, por
umlado,osislcmac.sliocntradonodi~c,dipm.osoorci:poroutrolado,o
purocoimpurooãosiodistiotos.Nalodia,orciouscucquivalcotctmcs·
mooemprcgadorprinc:ipal.masoBrimaoc,osaccrdolc,lhctsupcriorc,
com:lativamc111c,op1U"ocoimpuroscopõem.An1ccipcicsscsdadospara
indicar desde j:i como se de~ corrigir Hocart num ponlo importante.
Obscm:mosaindaduasoulrasdifcrcnçascssencia~cntrcoQlSOiDdia­
noeocasotribal.Ncstc,ocontatopcrigosoagcdirclamcnlcsobreapcssoa
qucopratica,afeludo-lhcporacmploasa6dc;cntrcosHindus,aoçontrJ-
rio,tra1a-scdcumaqucs.tiodeimpurcza,isto6,dequcdadecsta\utosocial
oudoriscodeumaqucda.Émuitodifcrentc,aindaquesepossacncontrar
n.1 !ndia1raçosdaoutracooccpç.io.Al~mdisso,arclaçlioti11.,.çnidanasrc-
1açõcshum11Jlascntrcossupcriores(qucsãosag:radosli,epurosnalndia)e
osinfcriorcs:ochcfc1ribalttabu,oumclhor:pcrigosoparaa.•pcssoasço.
mun<,enquantooBrâmanetvulncr~.,.çlàmanchadoinfcrior.

25.J. DDdruAntigos

A Litcra1ura nonnativa, liLeraluradodhamuJ ou da lei religiosa, tem


como um de seus lemas principa~ a purificação (çuddhi), resultando a impU·
rcr.adonascimcnto,esendnamonecspccialmcntedenominada.!{auca.Sc-
gundoH/fli1a, a pureza que ek: chama ~ema~ de Ir~ tipos, ela incide sobre
afamtlia(ku/a),osobjc.tosdeuso(<llfha),oeorpo(çali111).Paraocorpo,tra·
La-se c111 primeiro lupr dos cuidadn< de: higiene matinais, que culminam no
banho cotidiano. Segundo Manu, clislcm ~secreções ou impur1:1.as; no-
temos o c11C<Cmc11to, a saliva e a sone inferior rcscrwda à mio esquerda (cm
tamil, a "mio da imuodfcic"). Os objetos são distinguidos pela facilidade
maioroumcuordc:suapurilic.açào(umpotcdcbrol!l'.ctsimplesmeotclim-
po,umpotcdetcrratlrocado)csuariquczarclaliva:ascdatmaispuraque
oalgodào,oouroqucaprata,qucobronzc,queocobrc.Mas,sobrctudo,
pcrccbc-scqucosobjetosnâos.ãopohLldospclo&implcseontato,c&impclo
usoqucdck:sefaz,porumacspo!cicdcpanicipaçào,nouso,doohjctona
pcssoa.As$im,cmoossosdias,umaroupaouumpotcnovospodcmscrrc
ccbldosdc:qualqucrpcssoa.Diz-sc:qucolci10,aroupa,amulhcr,ofilho,o
potedc;iguadeal~uém,s.ãopurosdc:manchasparaKpr6priapcssoa,mas

___
impuros para outras"'.

,,_ ... _.._ -


____ ........-..... ,.... _.......
................... __....
1.1<. !!><. ... _ _ _ _ ..., .. _ , _ _ _ ,,................. ............. _ ... __

,_.., ~.
~

~--~-········. ·-··--
A impureza familiar é a mais importante, é a do nasc:âme1110 (sillaka) e
•nhrctudo a da morte. O nw:imc1110 só afeta duraYClmcntc a mJc e o
recém-nascido. A morte afeta cole1M1111enlc os parealC5, t uma ql1C51.io &0-
n1l c nio malcrial, pois a impurc1.a náo afcta cssc11ciBlmcntc as pessoas cn·
ncasquaisalguém mom:u,masosparente.<domonoondcqucrquccle.<
c.icjam.Adcmais,ocfci1ovariascguadoograudcparc111esco.Podc-scpcr-
"'bcraforç.adcssasidéiaspclasrdormasprnpostasporKanccomorcaç.io
""qncclcconsidcraCXCCMOSanacrõnicoscindrr11odosparanossaépoea.
lólcsugcrcoqucconsidcrascrummlnimosuJicicnlccmcasodcluto,asa·
1..r: dc1.diasde luto, de impurc>.a,paraopa~amác,ofdbo,amulhcrouo
muridococnluladoprincipal(scclcnáoforumdosanlcriorcs);lrêsdias
r1raosou1rosmcmbro<dafamnia11ão-dividida;paraosdcmaisscriasu6-
: : ~:.ar um banha quandn se sabe de uma morte acorrida no inlcr.oalo

Notemos ainda algumas prescrições que vão Ili mesma direção: wna
mulhcrindisposla(ounãopGbcrc)niopodcriasuhiràpiradomllrido,ela
1lc..,,riacspcrarquatrodiascobanhof111al(clascbanhava,dclodomodo,
'"lc• de se queimar viva). Uma morte muito prá>:ima que ocorresse antes da
<rkbraçãndcum casamento cm prcparaçãoobripriaàsuaanulaç.io,quc
1•Mlcriaacontcceralo!comai11disposiçãodamic.Á!ivczc..scdizquc11âosc
,1 ..,,aprru:imar-scdofogo,11ãosoprarofogocomabni:a,scsces1'impuro.
11mdl"11icodcMa11u(ll,27)assinaladaramcnlcana1urcr.adaimpurcza:"a
monchadascmcnlccdamalrii:(istno!,donascimcnto) é apagada para os
1lua•·..,,,.c•·nascidospclossacramcn1osdagravidcz,do11ascimc11lo,datonsu-
'" e d.o iniciu.çlio". (Oa "duu-vcu:.-.....Odos", os <M;11, Wo os membros das
11tcg<niasquc conhecem a iniciação, o segundo nascimento.) Vê-seque a
lmpntt'>.a c01Tcspo11dc ao aspecto orgjnico do homem. Se a religião fala cm
1<r1I cm nome da ordem unM:rsa~ eis que, publicando a imputt'za nwn cdi-
:·~:::r~~ de fato, sem disso 1om11 cot!Sci~ncia, o homem religioso e social

Observc-sequcalgwnasfu11çõcsouprof""6csacarrelam,segundoal-
1u1u autorcs, 1usl!11cia dc impureza nu purilia?o imcdiata (~."no
1ne•modia").Assim, orciouncaiimpuro, poisnãoi preciso reduzi-lo à
·~ "'""3de me.<mo temporariamente; assim, uunbém, o estudante bramãnico
.J.t atingido pela morte de parcnlcsmuilo próximos.O mesmo acontece
'""' ,,. .<accrdole.< cmpcllhad111 110 cumprimento de um ritual, e ls vczc.. pa-
r ''"'!º _ _.. ____ ""_"'*'"' ___ _
.. --~·._.. .. _ , _ ... _ _ Clpon _ _ _

~~~.~~~I€:~~=~-::i
111 lraballwlora mais h11mildcs, sem d(lvida por callS& de SWI. tucfa em cur·
so. O caso do rei t surprecDdeotc. Vt-sc aqui m huliaam darem prova dç
realismo, cuqllalllo que, diD:m·- m hmcioairios chineses se retirariam
pekl mcum por VÍD!e e sete meses depois de um luto (Enc. of Rd o
ElJria,s.v,"PurificatioD.H).
Segundo m IUl05 e taJD.bl!m o uso, como se pode remediar a impure·
za?Aigua.obanho,togrudeagcotcpuriflcador.ÉprccisoobscNaraillda
qucs1111.vir1udc1emlimitcs:quandoapoluiçfiofparticularmcntcin1cnsa,por
cumplo i>a morte de um parente próximo, t preciso esperar o prazc prcscri·
toparaaduraçiodolu10aotesdctomarobanhotcrminal.Alfmdisso,llCm
lodos os baaltos t~m a mesma virludc: mais estritamente, lrala·sc de wn ba·
nhocmllguacom:o1c,comasro11pas&Obreocorpo:calg\ln$eunos.dcllgua
partiadarmeotcsagrados,f;OID.ooGaog.cs,lo!mvirlwkspuriflcadorasou,cm
1odocaso,rcligimasaoex1rcmo. Vcrilica·scaproposiçiodcMa....,para
quem a jpa não "8" apenas scgundn um mccanismn m:!&ico, mas cm razio
de prcsçoças espirituais que ela contém ou representa. Como dizia MallSS,
ainda,atguacmgeral"scpara"cstadosdcpurcudifercnles:toma-schaobo
h """"'""ftl' de incorrer ouma impurcu. O fogo, ao cootdrio, não lcm YD•
lorpurilicadordirc1oquando1emfunçõcscoocus(ord.ál10,ri1ual).Araspa·
gem,sohrc1udoarasl"'JCmdocrAnio,acompanhaosbanho•purilicadorcs,
comooolimdoluto:aocontr;irio,ointerditodaraspa,gem,dura...tcolutoc
noutras circunstã.oci.u, marca uma ascese: altm disso, h ""'"'" ~ dedicada a
um deus a i:abeleira de um menino. Além de pequenos meios (sangue do
mindinho, mascar uma pimenta, tocar feno), 11 papel purificador principal
i:abctambtmaoscincoproduto.da-..(urina,cstrumcc\c.).Esscsprnce-
dimcolospurilicadorcssãocmprcgadostambl!m noscasosdaquiloaqucsc
chaolariadcsujciradccasta:tnma·SC baohoapósomcri:adoou o trabalho,

___ _____
umbanbosolcocrcintcgranacasta.Alfmdisso,passa-scfacilmcntcdapuri·

·---·
íii:açáoàcXpiação(absorçãodosprodutosdaYaca,banhoooGangcs),.._

.,,.... .......... ..
-·--
~s. ...... _..- ... - - . " " " ' " ' - .... - - ......i
·---..............
. -.--..
-11pr.-_"""'"'
----~--·-
~..,

...... _ .. .,.,... ___ _


=-v::::'°.!.;:..=~::"~..!~!.,"'=:.:'::=:
-·-·~--,......---'IS ... _
[~d=!=F~â~;~~~~
ª~~~~Fiªt:riê
25.4. DadmAnligos(cDlllilwaç4o)

Alitcrlllurat,calio,aplfcitaarespeilodaimpure:iaaavidapcMDal,
nuin1criordcumacastaouca1cgori.asocial - partkularmeo!c•dogBrima·
""' UdcssepoPlodcvisla,apurificaçlioapaucecomoumaMCUSidade,
cm •waa, perpélua. A lilcralura llD5 mosll"a tamWm a tramiçio dessa impu-
101.11 ocasioaal à impurc:za permucntc de alg\tnsgrupos bumaoos.. As l..cis de
Manu nos dizem (V, !l5): "Quudo um ~' uma mulher memlnlada,
um fora-de-casta, uma parturii:olc, umcadbcr... foi poreleloc.ado,cle..,
1111rifiçaçomumbanho".Eisalastrl!.impurc:zuocasionaisidcotili.;adasà
do"fora·dc·casta"c:doÜJ1J4/J/a,qw:n.ãotoulrnscoiooprot6tipoaatigo
du ln!ocolvcl. Uma outra enumeração C$lá no mC!IDo livro cm Ili, 239: "Um
!"flN/4/a, um porço domúlico, wn galo, um cacborro, uma mulher mens-
ltu~d• e um cunuço não devem olhar para os Brimaacs enquanto cstc:s cst.i-
vcram comendo", e o dlstiço 5Cguiote aacsccola que c:ssc:s mC!IDos """'"'
1nrtw11inc6c:ausdifcrco1cscsptcicfidcritual.Vcrcmosqucohomemtpar-
11cularincotc Vlllnerlivcl l impureZB q"""do está comcodo; além dWo, os
•nuoaiscitados..,alimentamdcçoisasimpurasqw:encootramaaaldciaou
"'""'usarrcdorcs.Caradcrlsticasfuncionais,aqui,sio,cnlio,iguaisaacoo-
lr.·imonlosindividuaisçomofoo1csdcimpurc:za,difcrcolcscspl!cicsdeim-
11urc1.asioçonfundida..s.(O.;asodoc:uouçoaindaprc:cisascr~licado.)
Vrm,.,.colão, queManuoosdi>.amCS1:1>açoisaq11e11osdizialCaocoo
l"º""ntc.
ScédillcildatareomprccisioasLcisdcMan11,pensa-scpelomcnos
•1ucnadadclasépos1crioraosb:ulollldcoossaera,eoqwmtoalgwisclc-
1nrnln< podem ser muito mais aotigos. va.se, cotão, que, se não o sistema de
...1.. 1alcomoelce>:isleoosnossosdias,pelomeoosacspc:cializaçiomr.
lmpurczaéa!cstadaoocomeçodcoossacra.Nomcsmotcxio,oCaadalat
wnfinodo aos lugares de ac:maç.io e vive do refugo dos bomcM.. Ora, um
l•"ndc:carlitcrniomaisoonaativo,111udcscri1ivo,i:lctambémmalda1•do,
l"lfémmui1omaisantigoquc•datainleriordcManu,aantologiados/ba-
1.i, ouvidasan1criorc:sd0Buddba,nosdtuinaimagcmmui1opromo•do
t "1ndala. Um Brim811C que o encontra no caminho~ diz: "Vire brisa, cano
oi< no~u agouro". As filhas de um mercador e de um saccrdot;c prcpos!o que
lo11ncovampcnodoportiodaaldcialançaram,pordcscuido,uinolbarpara
11m("andala;claslavam.,.olhos,caspcMOas•urn.moiofortunado.Comcr
'" tnC<,. de çomida de um Candala leva um Brimaoe à ~usio, e uinjOftm
lhln11,.. que, com fome, çompartillrc: o olimcolo de um Caodala vai morrer
•lrdoacoperorraDorat1. UmoutrnJ111h1nostraqucorcilliopodiaçom-
1••flllhl< 1 comida de u1n1 lllh1 que ~i. liYeuc: tido com wna csaaw. Fíca
claro, cm tudo iuo, aimo ogqctasocial desses 1cnos, R. Fick, disse, há
muito tempo, qvc: 1 leoril brambica do puro e do i.mpwo dfiu só c:sislia mu
cravcrdadciramc111cçlicadldcfB10,comccrtcza,muitosséculosaatcsda
crao;:risl!.Minimizmn-scCS1CSfB1osmul1oclarosqwmdo11os~quca
casta,i.alo:omoacoahccemoa,tmaiareocotc.lssotverdade,masoãoi.mpc-
dcqocosprindpiosfuudami:llllistc:uhampcrsistidoaolougodoslcmpos.
Emsuma,alosóui.mpun::i:udaYid.aindividualc1dosl11todveissão
cousidcradas boje como uma mcsm1 11a1wna, mas isso já era assim 1ambtm
parao1utordasl.cisdcMllllu,cosJatab&nosmOSlramoseati.mc1110dc
i.mpureza de algum grupos como muito fone, e a intocahilidadc como já cm.
tcalccmgraadcmedida.

25.5. Complemenlaridmie

Oqvc:prcccdcuiosignifieaqucasimpurC2lllidavidapcuoalsejam,oo
mllftdodacasta,iadcpcndc11lcscms11acono:pçãoccmsuaclaboraçãoda
i.mpurczadccasta.Multoaocontririo,tderoqucasd\l.l5s.ãoinlcrdcpc11-
dcntcscomcnosprovivl:ltqucodcsenvolvi.mc1110daa..1ase1cubafoito
1C0111pauharhis1oric.uuc11tcdcumdc.seuvolvi.mc11lodasp:rcscriçõcsblaml-
llicasrela1ivuàsi.mpurcz.asdavidaorghieapcssoalcía1t1i~ar.Éass.imquc
so: pode observar um paraklismo catre 05 eslados QllC açompauham as i;c-
rimõ11W das idadc:s da vida, c mcsmo dos al05 pri11cipais da vida co1idiaua, c
agradaçãodascaslas.Oculu1adoq11Cúoseguisscosprcccil05CllãOC011-
tUKçomaajudadccspccialislafieariamalsoumcn05in1oclvel.Amulhcr
mcmlru11.dauãopodccoziuharpara05scus.Ocasamcnlo,aoconlrArio,ouo
ritodc~m,obscrvemoa,n.ioseacompaubadcncnhumaimpureza,cW
aimprcssio,pcloprcaUgioqucirt&diacporoulrostracos,dcqucoHUtdu
esúsimb61leacp:rOYisoriam.C11lcprcsolSU11condiçiocassimLI1doilmair;al.
ta, à de príncipe ou de Brlm811C.. Na vida cotidiana, a lODp ccrimõuia que o
Brimauccumpredcmaahicqucuucoscuidadosdchigicneàprecccao
bauhopUriliCM!ortu«eMári&paraíazl-lo,dcalgumamancira,re111SCCrcm
SU11coadiçiodcpurezamaisaltacpara1om'·loap101lomarsuardciçlio.
EJcacome,csUi11umestadoc:xlrCmlmentcYUlncrivele,mCSJ110quctudo
OCOfTI sem acidentes, de se ergue da mesa mcll06 puro do que quando es11-
va seo1ado. Sc trabalha fora, como 1105 nossos dias, clc lcm o çuidado dc to-
marumbauhoaochcpràsuaeasa.
Éclaroqucaimpwczadolo1ociveltconccp1ualrnc11~cinscpari~lda
piucza do Br!mauc. m. dcvl:m ter-se cst•bclecido juntas, ou cm todo cuo
lcr-scfortalcddoruiprocamcule,ctprecisol>Cll ... bitiwm05•pc11Mroclu

_....... ____ .... ___ ..............1


cm eo11j11111o"'. Em plftiallar, 1 iotoeabilidodc só dcupareccr' w:r<kdcira·
Z!oA~

_11---·-·--··
..... - • l _ _ _ _

. _. ._.. _....___
,_.,n_ ... _ _ _
,
mcn\c11DdiaemqucapurczadosBrâm&DCSforradicalmcntcdcswlorizad.a;
niooelcmprClladomWtaatcnç!ollisso.É11DtáoclqueodcscnooM.mc11lo
=cncialdaopo:s.iç.iopurof1111puroncssan:l&ç.iodip..,.pcitoàwca.Ogo.-
Jobovino,cmultopanicll.larmc111caYaU,tobjcto,c:omoscsabc,dcuma
"'rdadciravc11eraçi11.l...nnioacoal<>Cia 1111VW.,cmboraavacallff....e
n1uimrcvcrcnciada;comot11.1turalcntn:pastores,nioscmalav:aopdoa
10ftocadircito,mascomiam-oeasn:sc.saaif~cscsaaificavam,às
"''.cs,a1émcsmovaC8$.Entn:osHindus,aoco:n1r4rio,amatançamcsmoin·
•11lun1ãria de uma vaca tum crime multo grave, e vt-sc uma n:laçio cnue a
1r.rWmmaç.ioassimmareadacoprograsodasidtiasdenão-violéndaZll.
Mos há tambo!m uma n:l&ç.io social: a matança de uma YaCll é assi:uiilada à
m<lflc de um Brâmane, e vimos q11e seus produtos são agentes purificadon:s
p11dcrosos.Simctrica...c111e,oslntocávcissce11eancgamdcn:tirarecsquar-
loJ1<0Srcscsmortas,dcordcn.barccurtiroscouros,ccstatinco11tcslavcl-
mcntcumadasmarc.asprlncipaisdaintoc:abilidadc.Nil.otpor111daquc11a
rlanfc:ic do Ganges a o:asla de lntodvcis mais llumerosa, que eonsú!W •
moiorpartcdamio-de·obraagrkola,tadosCam4roupcswasdocouro,ao
pusoque 11.1n:pão1amil a çasta intoc.6vcl 1fpieaé adospaRaiyarou "os do
1ambor"(paR111){palavradaqualf~mos110SSO"pãriaM),scndoapelcdos
lamborcs,bcmcntcodido,impuraclcndooslntocávcis,porrazõesdesscti·
1><>. omonop61iodasorqucstr8$aldcãs.. V~·sc,cntão, que avaca,csptciede
durlo meio udnal meio divino do Brâmane, divide efetivamente os mais al-
lo• c os mais baixos dos homcns.. Seu carãlcr ""&'ado é socialmcntc funci<>-
1111 Odc.sc11\/0lvi.mcoto,oualraosformaç.io,dcssccarátcrdevctcracompa-
11h~dnhistoricanicntea~ocscdasocicdadchinduapartirdaoocicdadcvt­
•loca.gêocscquccstácmrclaçiocomagcncrali7.aç.io(unciooaldaopmiçio
1•uro/impuro.
Existe pelo menos""'ª obscrYllçio a fa>u ainda com n:laçio à si·
lua~lo dos Intocivl:is. Ao vt-los fisicamente n:jcilados Dll!I aldcill!I e obriga·
Jo,.acumprirtarcfll!IUúamanlcs,somostcntadosatomj.losporcstraohosà
•ocicdadcrcligiosa.Enquanlnoprindpinqucosdislinpctn:ligioso.abasc
J1 opmição ou, dito de Dll\ro modo, o que eles tlm cm comum com os ou·

-_.. _____,._ ____ _


lru1 homens, o que permite opô.los a eles, tem de ser procurado cm outro
IUR•r:scriawoaqucstão,dcfalo,puracsimplcs,econômicacpolflica,scsc
•1"''-"r. l...n Ilia é exato, e lemos aqui de nos acostumar a uma forma de pen·
,....... .......
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samcatoque 11os~e5lnullm.JAa percebemos: acuaiçiodastiuclasimpu·
rasporUDS~~•muu1c11ç.lodap111Czac11irc:osoulros.Osdoispó­
loss.ioigualmentcnecesWios,cmboradesiguais.Sef"'6C11CCCS!iirio,alilc-
raturaclllogdl'1C11.fariacoalirmaç6çscspclaculares,sobrctudo110Sul:nas
cerimõniasdaaldeia,apar1icipaçiod0!il11loct'1:istsoliciladacomom6sicos
ou mesmo como sacerdotca. A conclusão ~ que a realidade social é uma !Ola·
lidadcfciladcdua&mcladesdesiguaismascomple111e111ares.Asac11çasrcla·
livaslu1DS111igraç.lodiumamcsmacoisa"".

2$.6. Multiplka~o dos Critirim e Segmento.çào dD Estatuto

Eslllda.mosattaqviaoposiç.lo funda.mcolalcms111formamaiorlal
comomanifcsladaoaiotoc.abilidadc.Cbcgamosagoraàscguodaqucslioca-
loo;ada 110 início dcs1asc:ç.lo: é verdade que a oposição do puro e do impuro
dá conta, aio só da segn:pção dos lotoctveis, mas tambtm da distinção de
um111Ímcroquaseiofinitodcc.aslas10cixarcmosparaocap!lulo.cgllinlea
divisãolradicionaldasoc:iedadcc111qua1rocstadOliou~ccstabclcccreo
mosW11par.alclocattcdoisk116111c11<>$!amv.llipliçaçlodosaittriO<doC$1.a•
1u10,qucscligamtodosàopnsiçãofu11dai:Pcn1al,cocsfacclamc1110-dirc-
mos, por analogia, a sesmcntação - do Waluto hicrirquico llWll grande
oWncrodegrupos..
Ad111ilimos que o fu11damc1110 elementar e universal da imp111C7.t está
11osaspcdosorpnicosdavidahu111a11a,dcondcdcrivadirclamc11lcaimpu·
<C7.adcccrtoscspccialislas(lavadciro,barbciro,110çasomcncionado);coma
""ncnçãodavac.aj;icncoolramOliumcrilério,quescligaevidco1cmc11tcà
dls1ioçãopuro/impuro,masquctumacrlaç.ioantigadasocicdadciodi.anac
quc,vimos,cstàcmjogonacondiç!odcloloctvcl.Todaumasl!ricdcoutros
crilériosS1Ugiudomcsmomodo.As.sim,muitoprovavclmc11tcsobaprcssão
dasmoraisdarc116ncia,budlstacsobrctudojinisla,aalimc11t.aç.iovcgctaril.-
aafoiadotadapclamaioriadosBrâmancsc,scjadirctamc11tc,scjapor1Cu
i111crmédio,seimp6scomoumapráticasuperioraorcgimccanofvoro:c111C11·
der isso como maiu dç pureza oposta a uma de impureza. Obscr;a·sc quo

,._........,. __________ ...,...


atéaquiMidc111idadec111rc•upcrioridadccpurezasuperior;dacsscSC111ido
quc,idcologicamc111e,anoçiodepurezafuadaoes1atulo.Adistioçãodos

---·--.--..---.--
2'1-Cl--.-~·--·---pp.l'il-371.~lll

_. ___
ppJl.lS(od)

...... - - - - -..-·------...... -""'.


-______ ....
. ·-Mo·
.... ( ! _ . . _ ) _ _ _ _ .. _ _ .. , . _ ... _

...
-~·-·----.--.--~.---
)O-·-·-·""""'º"'''"""--..................
_.,....._.._,_ .... , --
..,...,~.,- ~--
rcsim.C$alimcntarC$l!mviloimportantc:claÇOffC$pondca11D1grandecor1c
na..,.;:i..dadc(m.asvcrcmosqucb-clo~coolrabolaaç1uloporoutrosra­
lorcs).AUmdisso,clatprcciosaparaadassifiaç.iod.ascastasn11D10uoou·
Iro scnlido o.inda, pois i! pN6fvcl de .scgmcntaçlio: t menos imputo comer
cMncdccaçadoqucdeporcodomtslico,'7iadopcbs.castasbaixascquesc
.tim.cntade imlllldlcic;i! mCllOSimputo comer cuue de animalbcrbhtoro
Ql>O de animal camfvoro ele. Assim, oo inlcrior do gnipo dos comcdorC$ de
caroe,podc-scrazerinflmcrasdislinçõcs..
Ouiros aittrlos intc~m: os Brãmancs prosc:r~ o divórcio e oca-
"""colo d.as vifl\IU, celebram (ou celebravam) o asam""!º de seus filhos cm
ui.ades muitos tenras: cm cada um de= pontos, com.ideram-se COIDO iníc-
•Íorcs as castas quc n.io sc conformam à prática supcrior, c clas sio numcro-
,.q. Dirlamosqucse1rataseri1prcdepure7.a?Amdissolubilidadedocasa-
mcnlo lcm um valor religioso, um pouco como o c.asamcoto de crianças (a
mcninadevcscrimpübçrc),tudoÍ$$0paraosBrAmanes.Époru.sociaçioa
~1 .. que C$$ll.i prftieu us.umcm um tom de pureza. Enumerei apcllaS alguns
ui1i!riosabsolulosdcntrcosma.iscomuos.Encootrarcmostambémaili!rios
relativos: quem açcita uma csp«ic !ai de alimcoios da a.la cm questão? Ela
tounào~ servida por um dclcnaiDadoC$pccialista?
Analisemos agora o julgamcnlo pelo qual se atribui uma posi~o a uma
'"'lacomrclaçioàssW1Sviziohas.Noa..ogcral,acastascrácoosidcradai.o-
fcrmr a algum.as e superior a algumasoulras. Para CSlabclcocra posiç.io,
fa.1·5CusodcumccrtooÍl.merodcaili!rios,cscobscrw.qucpclomcoosdois
<riti!rios sio iridispcl!Sãvcis. Por exemplo, pode-se imagillar os p«iprios
membros da awa declarando: "Somos vegetarianos, o que nos coloca acima
<lc X, V, Z. que ~m um regime camlvoro; mas autorizamos o recasamento
Jo.,viü\IU, o que noscolocaabaWJ de A, B,C, qucoi.oierditam".Oquc~
p«ciso noi:ar t q11e cada um desses dois julgamcatos elcmcatarcs tem por
dcilodividirocoojuotod.ascastascol!Sideradoemduaspartcs,rcspectiva-
mcntcsupcriorciofcrior:quaodooediz"oomosvcgctari&llos",solidariza-se
«•111toda.ascastasvcgctarian.ascscopõcalodasasoulras.Acaslacocoo-
n1•uaposiçio,cmcons.cqü!ncia,cfctuandoumastriedcdicotomiasdcssc
111~" e no mln.imo duas (supondo-se que cDs!a uma ordem linear cslrita d.as
·~""8.•):umadicotomiaquca..,paracloquecsUabaixodela,cUD1aoulrado
11nc e.ui acima dela, cada uma 50Lidarizando-a ao mesmo tempo com o com-
plrn1cnto corrcspondcotc.
A partir diMo,pcrtebc·sccomoi!diflcilclassificartodasascastasdc
""'" •rc• determi.oao,1.o num1ordcm hicrlirqlli<:11 íi.uquandoa1tmcsmoo
111indpío fuodamcol1l dn dialiaçlocr.U foro de qucstio e opera uniYCrsaJ.
mcn1c. A complicaçlo naano da mu~Lplkldiuk de ai1tri01. conerctos e da oe-
« ..1d1dc de os 1v1li1r una cum rnl1~lu 11• ou1m•. Cada pUpo !colar' m1-
'."~'~~:'."~-",°!~·-~~-~~~ ":",~~..!'.'"' ••n•11•m, mu.':" num"'.'~.'''": ~crio
quia.Porenq111111toqlliaemosCllAbelea:rlrispo11tos: l.todososaiti!riosdc
disfü1ção surgem à ~~DCi• como formas diferentes do mesmo pri>i.clpio;
2.todospcnnitcmoperar11111adicotomiaglobaldasocied.adc;3.nclarcsidc
verdadeiramente o priadpio bkrúqllico, cuja ordem linear das c:astas de A a
Zreprcscotaapcaasumprodutosccuadúio.
U5aremos,11oq11escguc, a eoastataçio dcquceadajulgamcotoelc·
mc11tarrelalimaocstatutosolidarizaaçastacom1odasaquelasquccompar-
!il.ham com ela o mesmo11&ÇO ao opô-la a todas as outras. va.so: que um•
oposiçãoíll1'damcntaJ,quc~conotbidacomoa~nciadctodaumaséric
de dis!inçõcs conactas, t verdadeiramente subjacente li ordem bierirquica.
A-·~eolc, 'lf·se também que, se supõe um grande 116mcrodegrupos11
classilicar, resulto. wa. dcma.nda considcrtvcl de aittrios conaetos, pois,
para ordenar linc.armcnte sem ambigQidaden grupos. serian1 ne«Mários
n-/aiti!riosdcdislinç.io.

25.7. Vari11111ueA11oma/ia.r

Depoisdoqueacabadeserdi10,nãoicspantaencon1rardiferençasre-
giolllliseirregularidadeseanomalias.Di.\semosqueobarbeirodevias11apo-
siçãoinferiornoSulllsuafunçãodc ... ccrdotefunerolrio.E,comcfoito,oo
Norte, onde ele não exerço essa função, tem um cstaluto n1ais elevado, i! um
criado ou &ervidor do Brimane nas cerimônias familiares e serve de mcma-
geiro para os acontccimenlos auspiciosos, enquanto quc vcmos oliciar, no ri·
1oalfoncrolrio,um""ccrdotecspcçia]chamadoporanllfrasc"mahllbrahma·
na" ou grande Brimanc que i!, de falo, um lnlodvel de um tipo particular,
que iMpira uma tal aversão, que so:prOC11ratcr com ele a menor relação
posstvelfondaquelacircuaslúciaemqucclei!indispensávdcomorcpre-
sentan1c do morto. Seria pn:dso ainda csdarcccr melhor: falei do Norte em
gcral,pcosandoparticularmentcnoUltarPradcsh.lmi:diatamentcalcstc,no
Bihar,obarbciroé,dizcm·oos,impwo.Maisalcstc,cmBcnpla,cleaioot
(D~ton, p. 324) e se pode prcs11111ir que cllista uma diferença com:spoodcntc
cmsua!lfunçõcs.MaisFalmenle,CJ:iste111difcrcnçasnotivcis11ainle.wda·
dcCOftlqucaiDtocabilidadetso:ntidaecodificada.OSultmuitomaistradi-
cionalistaqucoNonc,parc.ccmesmoqKelescnteaindarcligiOS11111e11tco
que oio seria, frcqQcntcmcntc, mais do qK c1iquc11 (po1 CMmplo, no Unar
Pradc.sh),masw.daserlapreásofaxrdisliDçõcs.Excclorcgiõcsmarginais
cm que o Brimane cstJ. mli& solidamc111c implantado (Bengala, AMam), se-
ria de •upor que a inJllM!ncia do lsli agiu aolcs da inDutncia moderna. Auim,
110Panjab,aiDtocabilidadctrclatiYamc11tcfr1c.1:cmm•ttri1dcafü11c11to,&6
niopodescrcom.idoaquiloqucfoi1ocadopcloslW:m11 Aaramm.. hindua
de Delbiaa:il1V11111.lgua de um odre de rowodocarrop1tor muçulmano
(dlria·l<C qUC cio cn pU111ic1d1 odn ••l· nn l'onl~I, ·~'·'""'"' ·· ··•'"--
Hindus usawm um recipienlc desses (O'MaUey, /. C C. 110). Ademai.., o
w.udoco11tonosupa1ospare<:elcrsldomaisdescnYOlvidonasrcgiôçssub-
mclidasàinílu!ociamuçulmua,.emQUC:CS....malériaoucsseobjcto1cnba
perdido .eu çadter degradaale. Assim, Biuni lembra que, cm «11as "4Slas
do Uuar Pradc.h, um culpado U.capaZ de papr IUIOI multa colocava, sobre a
cabcça.sapatosdosmcmbrosda asscmbli!ia,0Qucolevavaa11110adcgra·
daçâogr~(CasttSyff01tp.ll4).N01cmosdcpassagcmqocoioésódc
1mpurczaqucsctralaaqui(umbanbo,porc11Cmplo,n.io5Criacficaz),lrala·
""aotcsdcum meio de provocar uma queda dcestatulo - ou apena< de
pre>Ugio? -,umopr6briomaisoumcnosdcfinitivo.Aoconlrário,éprovtvel
qucosJinisla<tcnbamcootribuídopaniculanncntcpararcforçarauigCncia
dc:5Cparaçãocm faccdomuodoorgánico.ElcsnãosóobscrYampoluiçõcs
mulloslonga< - QUMCntadias para 0005Çimcn10,a:omoosHcbrcuscos
l"ri"ãos -,ma<,pclomcoospara&mongc5.auigenciadcrcspcitoàvida
1ncidcnapurcza"utcnor":omoogcoãoscbanhavaparanliomalar"avida
do~"""'· H~ também 1;:losin1cmpcstivosdc n~litos: assim, os Raj Goods,
umatriboqucschioduiroudcverdadcnomomcntocmquccsiabclcccurci·
n""noD.:eio(porvoltadoséculoXV),parcccquclavamamadciraQUC\ll\o
ulili:t.ar na c07.inha (O'Malley, /. C. C., 103). H:i também a mattria·prima da
crença, mais do QUC a pr6pria crença. Como quando o mcmbm da casla dos
cultivadoro:sdcbétclpn:scmida"'impurc7.a"<eucaotciro(Blunt,p.294)cm
que crcsçç a pl~a trepadeira cuja< folhas sio mascadas com a nDZ de arcca:
"luianoçãotaparcntcmcotcadcumpcrigoparaaplanla,umpouc:ocomo
º"' wcicdadcs cm QUC anução de impurc1.a não 1cm dcsiaquc. Eis um
''"mplo muito diferente, extraido de um mmancc cm hiod~ que não tem
n•daavcrcomaimpurc1.a.U111cstudanlc,lilhodcu111co111crcianlcurb.>oo,
(r~nsbordadcalcgrianomomcntodccntraroo'lual1oc111QUCSUamulhcr
a<•hadcdarllluzU01filbo.Oscnlim•nlodadcsproporçincntrcclccsua
fchcidadc a..umc uma fonna caradcrlslica: ê tomado pelo pavor, não mcrc·
rccssafclicidadc:"Como,pccador,scapropriardcssagraçacclcstcparaa
'l"ªI tle ndo st J'"paro!' por n<!llhwna as='"• "a misericórdia de Deus não
tem limiics" (grifado por mim). A<jui, cm cm1formidadc com um modelo
mu1loantigo,ancccssidadcdc uma transiçioparaaccdcraoS119adot per·
,chida (Prcmchand, KamrMiUru, p. 70). Ha tambtm exemplos de rcviravolla,

__ _.. _ _
" ' ·-l"{Uo.F."'.,, ......................... 1-•_. ............... - . -
l_"'°'*K~'""--·-'-'"-·"""'*""""""·

:::.::::.~~~=.:.~=:..~=
--1""'- , ....._,._, . . . .- . . . --_,. . _,._,,.
~-=:~~::::;:-_'::."..":':=.:.·=::.:::.-.....::::
cm11uctpanuioulmcntcoinfcriorquccvitacolllalocomosupcrior"'.No
eiccmploscguiatc,vt-sc:rcuiugiraidtiaprifllitivadopcrigodircto(cnioS&
cial)dca:rtoscoDlalos,muaplicadosdcstavczaocoDtatocDUC<:alegorias
sociais: os lotodv.:is P'11ar de uma aldeia lamil (dislrito de Tanjorc) acmli-
1.am que, se WD Br.lmue entrar na cabana PaUar, ele e todos os PaUar serio
prcsad.adoen?cdamistn."'.Todosesscsfatostcstcmunhamda~encia
dcnoçócssubjaa:ntcs.ld.aimpurczaoucoDCUS.

25.8. Esboço ~ Comparaçdo Scrn&itica

Se a opo:s.iç.iu puruf1mpuro DOS aparece como o priodpio mesmo da


hicrar11uiaapoo1odcscconfuodircomaoposiçãosupcrior/infcrior,cladc-
lcrmina1ambtm a separação. N6'avimoscoad112ircm111uitos!>Misllrc-
clusão,aoisolamcnlo.AprcocupaçiodcpurczalcvaapcM<>1ascdcsc111ba·
raçardasimpurczaspcssoaisrccorreotcsdavidaorgloic:a.aorgaoU.arocoD·
tato com agentes purifteadorcs e a suprimi-lo com os agentes CXl.cmos de
impurcu,sociais e outros.A intcrdiç.iodcalguoscoDtatoscorrcspoDdc li
idtiadcintocabilidadc,ctod..a.espkicsdcrcgraspr~dcmoalimcotoco
ca.<amcolo.ÉprccisoimaW.oar11uc,por111aisfragmeDlado11uescja,ograu
rclativodcpuruadcUJ11grupoéulosamcnlcmanlidoaoabrigodosconta.·
los 11uc o diminuiriam. É preciso Dotar tambtm 11uc cada grupo se protege
do baiso, e não do alto, e que a separação de fatoco111 rclaçàoaoaltot tão-
somcDtC o resultado do cxclusivi>.mo dos supcriore5. Dciumos para capftulos
posteriores essas rcgra511uesãodominadas pela preocupação de separação
cmfac.:doimpuro,dc01aneiraatratarprinicirodcludooqucrcfcrcogru-
poparticularaoconjun10.
Paratcrmiaarcstaseção,tprccisomarcarostimitesdoc.umcaquc
nosdcdicamosccsboçar um planomaiscomplc10.Estorçamo-oospor rc-
co1151itWrumai~iaquctfundamcntalccllrcma.meDtCcnglobaatcparao
Hir>du.Parafut-lo,rceusamo-nosaoonf11<1di-lacomoossasidtiashabi1uais,
como,porelCmplo,fazcrapurczaprovirdabigieDc. Dcstacamosumado-
minan1r absolutamente dil"crclllc das nossas. Isso era indlspcnsáv.:I para
comprcendcrosistcmasocial,mascraapcnasurnprimciropa.ssonacompa·
raçãodasidcologiasocideotalcbiodu,cpodc-scindicarrapidamcolcçomoa
lcDtaliv:apodcria$CrCODIÍll.uad.a desse ponto de vista. Traia-sede uma•i·
tuação$Cmcllwitcàqucla11uc$CC11CODlraao$Cpassardcumalfoguapara
outra,qlWldosccol>Sl.ataqucumca01posemld1icodc1crminadofdividido
de maneira diferente. Os comc.tfvcis vegetais do clusilicad01 cm íranc&
cmírulosclegum~aopassoqucot&milopóc~(frulo'ICrdc,qucdc'IC
.. r cozido ou preparado para o cooswno) cpal..mn (fruto madW"O). Mas cm
no<saeasohf.u.rnarclaçãohiuirquic:ac11trellfvei&difcrco!Q.Anoçiodc
pureza é um pouco como wn imcosoguarda-chuwou,comodirfamos, o
mmuo de uma Virgem de Misericórdia que abrip lOdas as cspédcs de coiia.
q11e distinguimos, e o Hindu o.lo cooúWldc todas as situações.. Tudo se pa55a
u1moscconl"lglll'açõcsdc11oçócsdifere111csdewnladocdcou1rorccobris-
"'"' 11ma parte comum do universo semântico. Poder-se-ia, a rigor, para pas-
.. r de um aso a outro, ralar de função, dizer por =mplo q11e a idéia de pu-
rcra lcm funçõcs higi~llicas, 111as~scriacairdcnoooao..ocioccotrisiao.
Umitemo-aos, cntio, a aaotar algumas rccobcrturas evidentes. Além dou-
1><<1n füico imcdiato (limpc7.a, higicoe), a e1iq11cta da pllreza corrcspondc,
prir11mlado,aoqucchamaai... cuJturaoucivili7.ação,ascastasmcr>OSimpli-
<antcsfazendofiguradebúbaroparaas111aisdcLic:ada...E111relaçjollorga·
n11açãosocial,aspcssoaspurassio.por11mladn,oeqoivalcn1cdoq11ccha-
momosdc"gentebcm" oo"hcm-nascidos".Colll rcla~oànatureza,illdi·
<•mosdcpassagc111comoaimpurczamarcaYllai1T11pçàodobiol6gicona.vi-
Ja >Orial. Encontramos, então, aqui, um equivalente funciooaldcssc corte
rntrcohomemcaoaturc:r.a,qucétiiocvidcntccmo6scqucopcosamcoto
mdianocm geral parece ignorar, até mcs:mo rejeitar. Fínalmcatc,aaoção
nfocorrcspondcapcoasaoprcstigiado,aofaslo,aoaw;picioso(ai.odaquc
dcn.iioaprcscn1aucapcoasoll&flç.as,masrcviravol1ascoriosas):éclaroq11c.
uacscalagcraldOliwlorcs,clatcndcaocuparumarcgiãoqucparan6spro-
'"dc diretamente do hem e do mal, af introdll2indo uma distinção relativa cm
lug.irdcumadistinçãoabsolula,oqucpossihililaumaolhadartpidaparao
""'"""°tticobindu.

26. SEGMENTAÇÂO: OISTA E SUBOISTA

Pcrcehcm01>a!éaquiapcnasumasp«todaoaturczacstruturaldacas-
I• Comcfcilo.ocupaodo-nosdospriodpios&eraisdosislcma,C011\e11t&mo-
nn., cm coasidefar a casta como se ela fosse wn nicho entre outros num
1l'•ndcpombal.Ora,a<:as1anãot11D1nichonutijolo,elacmgeralscs11bdi-
11Jc, pelo menos num primeiro nlvc~ cm diferentes subcasl.as, e cm muitas
«nnrreqüéocia.Tao1omclhorquc1cnh~ospropos1oconsidcrarasobcasl..a
oomnumgrupoiiPp<>rtan1c,ogrupo"rcal".FoiosanscritislaScnartopri-
n1om~ parece, a colocar o problem•. Como ji diMcmos, Senart se pRO<UpDU
o·m for111•r, par• comcçi1r, uma ido!i• prcri..a do estado de coisas moderno.
Apcrcchcu·oedcqucnlocn•cula,mua1ut...a.!a,qucna...:rdadeaprc-
... n11v•1lguMdnorar10C1cro•m•l•lmprKl•ntuquccomumcntcoe.iriboi.ol
•••l•·nloimpo<t•nndc ... <1or """"ª'"''•,m .. n1m1iCt1"partcdo1e111po
n• '"" •Ohr..ta r 1 !oml"'"' o"''"""'" •' n& .. o ••U• •'"~ •~- tR.OÔh.,..._•
jurldlcas, se rcW.e em .15SCmbltiu auma base local determinada e pode cr-
comW1gat seus mcmbros. Doode, Ç011clpla Scaart, scr a subcasta llllidadc de
endogamia e quadroouõrgiodajustiça interna, a iastituiç.iofuodamental,
dcve11dn,logicame11tc,scrchamadacicotiftc.m1entcdecastaverdadeira.
Scnar11cveemul0&,de>ltreosqll8is.scdcvecitar,emprimeirolugar,o
Prof. Ghurye, dccmo da sociologia na lndia. Gburyc oscrevi.a cm 1932: uEm
gcral,scjaqu.al foracastarcconllecidapclasocicdadcçmscucoojunto, éa
subcaslaq11eimportamaisque1castacoi11dlveduoparticulares'",cco11clufa:
"Tcmosboasrazões,paraumaidtiasociologicamcntccorrc1adai11S1ituição,
pararccOJ1beoera.subcasla.comoa.castasreais".Nioparcoc,entrclanlo,
qucGhuryetcoh.orcalmcotccolocadocmpráticascuprccci10,masumaC$·
ludiosa o rc~ r...:entemc11te: lrawati KaNt Ulsi$lc muito cm sua oposiç.io a
Gburycoumpootobaslaotepróximo:eladdcadeaidéiadequca.castasrc-
sultamdaag:rcgaçãodcsubçastas,cnãoas.subeas.las.dasubdivisãod&cas·
1as,c,maisgcralmc11tc1aM:z,qucascastasrcsul1amdafusãodegruposdl·
versoo;,cnjodacisiodcgruposprcclislcntC$"".Elanioparccctcrpcrccbi-
doquc"6csla""dcscnvolveodoaidtiadcGbwyc,cdcScnart,dandorcali·
d.ade à subcasla conira a casu. A todo momento ela franqueia o i'aMO lcrmi·
nol6gicocdi7.subeas.tacmYC7.dCucastaH,c"buqul!"ou"'paco1c"(c/usru)de
castascmYC•dccasta.AlcstáumaiDO\'aç.ioséria,poisclacbcgaadizcrquc
nioclislccastadcla""dciros,oudhobis,ma<apcnaslaY3dcirosdc.=ouda·
quelclipo(subcasta).lssoéevidcotemcnteabsurdodopontodc"51alimita·
dodcumaau1orain1crcssadacrclusivamcotcnasorigcns,ooscoslu111cspar·
licularcscnapcrtinêociaracialdosgruposquecomtituemscmdlMda. no
nlvclimplrico,om111tli11ldcq11eosistcmaéfciln,mas11ãoopr6priosistcma.
H:i.umaoulracscoladiantcdcssa.Blunt,scmprcUlsi$liodo,cmsuadc-
finiç.iodc casta, na endogamia, rcfu1aacooclus.iodcScnan cm razio de
doisargumentos:aeodogamiaémc11osngida11011M:ldasubcastaqucnoda
cas1a(cslamoscmUttarPradcs.b,oodcacootcccdeoinlcrcasamcnloserto-
lcradonumaccrtaditeç.iocdlrcsubcastasdifcrcotcs),ctprccisoscdobru
bidéiasdasocicdade bindu. Eleinsistc,comoGbwyc, lllln:lalividadcdo
1crmo.Scseperguntaaalguo!m"Owolésuacasta1"(j1JD1,elopodcdizcro
nome de uma das quatro~ a que julga putCJICer (ver Cap. 3), ou um
nome de casta, ou sua subcasta, alé m.....,.o a seção Clll'ipma (di) a que per·
lente. Observemos que isso é rigorosamente cnto: ques1io de: si1uação, sem
ddvida,masjlli("casta")conot.aantcsdctudoooasciillet1lo,ogrupobere-
d111\rio,c, se 1;01TC:Spondemaisàcndogamiaciltransmissliobllateral,nio
coclui de modo algum • tra1W11issão unilateral e a uogamia. E isso que se
ch&maum grupoden:fcn!ncia: identifico minha natureza quandoiod.icoa
~ucgrupopertcnço,cép1ccisodciurclarooalYClcmq11eaquwJoseco­
~><• Dois outros autores rcconhca:m de modo mais preciso a nalUrC7.a cs-
trntural dcsses agrupamcot0<. "Há difcrco1cs nlvcis (nago-s)", diz·1K1S Kclkar,
"capalavra'casta'éapLicadaagruposcmtodososnlveis... Umgrupoéuma
1mta ou subcasta cm comparação com um grupo menor ou maior". De um
porotodcvisla um pouco diferente, este cxcclcotc autor poucoco:Mccldo,
O"MaUcy,oosdiz:"Cadadivis!o(dccasta)n:a:hcwa'valorsocial'comre-
l•çAo ls outras divisões". Até pan:a: que CSlamos lendo Eoam-Pritchard ou
..-... adcptos(cf.acima§2.l),ouissofoicscriloporumanligoadministrador
1nl!itsautordcinCuncras&lalfslicasdedisl.ritosnumapcqucnaobragcraL
1•11bhcada cm 19)2. Graças a O'Mallcy, a Kctkar, à obscrwção sera! de
Hlunl. e mesmo de Gburye, o leitor atento certamente lcrt percebido a natu-
1r1a cs1rutural dcsscs grupos. Ela se manifcsta., adc:mais, oa nutuação do uso
•nlrnpológico notada por A. C. Mayc.-. E completamente vão nessas coo·
1l1~<\c5prclcndcr escolher um n1..,1 paradeímiro"grupo rcal",istot,uma
ropéacdcsubstind.a.socialqueaiMiriaindcpcndcntcmcntcdosistema.,co-
"'" um indi...Cduo moderno. S6 se chegaria a isso com a alribuição de uma
ln1pmt"1ciaprimordialaalgumtraços(cndogamia,admi.nstraçjodajllSliça,
....iumesespcdíiçosi:t.;.)qucoãosetcm,comrclaçãoao.sistema,prMlc-
l'"d" Porcxcmplo,aliondcacaslaéproí....iooal,claoéindcpcodc:nlcmco-
1• de •ua segmcnta'1o cm suhcaslas; do mcsmo modo, a posição da casta,
1nromoquccssaposiçãodc:pcndacloscostumesqucpcrtcoa:mdcfa1oaos
'º"' ocgmenlos, é atribulda à casta, nio aos segmentos. Pode-se resumir a si-
lll•\Al> como o pr6pri0 Gburyc o fazia u. passagcm cilada: vista do c.<tcrior,
.lupnntudcvistaglobaloudopontodc:vistadcumaoutracasta.,éacasta
•1111·ap111cc.c;vistadointcrior,clascsesmcn1apclomeooscmsubcastase,dc
l•h•,•m fragmentostcrritori.aUda•ubca.<ta.Osdivcrsoso:aractcrcsdacasta
nioYoaprcscntadosporwa ~grupo"dcwanlw:I (Ulico,m8$por "grupos"
dcnfw:isdcscgme.ntai;iodifercntcs.
Essaíórmulaaiadatimpreci&a.como..,vfporoDMOrccurM!àspala-
.,... "grupo" e "5"gmcotai;io" cm scolidos muilo vagos. Adrian C. Maycr rcz
dessa questão um dos tcm.u maiarcs de uma obra illlportl.lllC e sóLida, e po-
demos, graças a ele, lea:rmaisalgunsesdarccimco1os. "Hádoisnfw:isde
dcflllição,~vcuMaycr,tutoparaacaslaquaatoparaasubcasta.Opri·
moiro amccmc à sua. população 'lotai'.~ o da derllliç.io formal na Li1cra111ra
sobrcao:astacmgcral.Oscguadotodogrupodecaslaeftt1110cdogrupo
de •ubcasta efttil'O; chcga·!IC, aso.im, às rei.ações puramcntc loca4" (grifos
mcus)"".Asrclaçõcscntrc<:as1.udil'c1en1cscstiop1a1icaincn1ecoolida.oo
interiOT da aldeia: emprega·.., um barbcirocnquaatn lwbc:iro, e não cn-
q1W>lomcmbrodctalsubcastadacastadosbarbciros;o"grupodecas1adc-
livo" f,assim, a populaçãodacaslanuma llnlc:aaldeia.Aocooll'ário,asre-
laçôe>WtcmasàcaslasioprincipalmeolcaquclasqucsãoiDlcmasàsubcas-
la:salmosdcOOM1.aldcia,ooplanodasubcasta,paraoc:asamcn10cajllSli-
ça:o"grupodesubcastacrelivo"co"c.poodeaumarcgiiofo1madaporum
oíuncmmaisoumcoosgrandcdcaldcias.,qucpodescrmuilomeoorquea
~de distribuição de toda subcasta. V~-sc que Maycr di.Uinguc com cuida-
do, como lcotamos íazcr aqui, colrc o dircilo c o fato, cnlrc a ideoloSia c o
que a obscM1ç.io fomccc, sem uu;rillçar uma à outra. Do mesmo modo, e
p01usa1azio,clcformula,maisprccisamcotcquc..,usprcd=rcs,a
"relatividade" dosnlveis,ocarátcr5"gmen1aldacas1a1omadanoconjunto
dcsuasformascíunçõcs.Podcr-sc-ia1csumirsuaaaàlisccomaafümação
dequceknosmosuacomoalCoriadao:astasccombirladcfa10,oonfveldas
rclaçõcsdctiYll:!, com o ra1011crritoria~ eiMograças ao c.arátcrsegniclllal
daca.ta,qucpcrmilcqucfunçõcsdil'crcntcsscjam1claciOJU1dasanlvcisdife-
rcolCSdoíco6mcno""'.
CoalClltcmo-nosem usiular,ass.im,queexislecoatinuidadeeatreo
plaaodaC3Sla-cdasn:laçõesc;ac11U1Silcasu.-cdosscgau:lllosdacasl.ll.
- cdasn:laç&sllitc11U1Sàcast1 -,crCD1ctam11&11lcilor,,..c:ontinll&Çin,a
maiorcsillformaçõessobu1.ubc.asla•.
AHIERARQUIA

JJ. DA HIERARQUIA EM GERAL

Falamos da hierarquia, ainda não a dcfmimos. É pr«iso çomcç.ar pot


duasrazõcs1clarclacionadas..P0tumlad11,ahlcrarqlliat1111sislcmanada
menosqueafonaacomcic11tcdcrcfcrbiciadaspartcsaolodn;di:outro,éo
a&pcdodosislcmaqucCSC11paaosmodcrnos'".
Paraoscll50comllftlmodcmo,abicrarquiatumacscaladcordtn1e1>1
qucasinstánciasinfcriorcsi:sliio,c1:11succssãorcgular,cn&)obadasnassupc-
""'"·A Hhlcrarqllia01ilitar'',«HlS!ruçioartifu:ialdcsubordillaçãoprogrcs-
.i.. docomandan1c·c01·chcfc aosoldado, podcscrvir eomo=mploUpieo.
"fra1ar-sc-ia, c11Uio, de uma autoridadc•istcmaticamc11tcgraduada. Ora, a
hicrarquiailldianaémCS1110W11agradação,masoãopodcrocmautoridadc;é
precisofambcmcssadistinçio.Podcmosf87.é-laj~mcsino110intcrlordc
n11W1piliprialrad.içio.As!.im,0DicioodrWRQUmUJo<kOzfordnmdiz,110
vcrbclchi•TDtrhy: HI. cada umadaslla&dMsõesdos1111jos. .. 2.Autoridadc
"" .utori<ladi: suprema (rui• ar domin/Qn) cm asslllllos ugr~ .. 3. Corpo
Jc ua:rdOICI ou clero orpniz..do cm 01dcns e graus succssMJ,s.. 4. Um corpo
de pessoas ou de coisas coloaulas cm graus, ordens, ou classes, um acima do
ouiro""'. Vê-se o sen1ido original do 1ermn: traia-se de uma gradação rcij-
giosa. É o sentido que COUCl"YaDIDS,mas loraando-o um pouco mais pn:ciso.
Admitiremos que, sendo deiJlllda de lado toda i<h!ia de ordem, a pcrspcdiva
religiosaordcnaum•dassilicaçlodosserC!lscgundoseugnudedignidadc.
Qbsc,..,.,mos que a prcscnÇ1 da rdigi.lo D.ão é indispensável, e que o mesmo
scdátodasasvcuscmqueoselemenlosdifcrcnciadosdeumconjuntosio
julgadoscmrclaçãoacsscconjunto,1an1ofilosofic:amcn1cquantonaRcpll-
ll''"'"í""
bijc.a de Plal.io. Definiremos cnlio a hierarqllia como pri11dpio de
dtJJe/D11oil~deiuncmjwrloemn:llJ{4otJacmjwrla, lic.a.ndocntendido
quc,namaiorpartcdassocicdadcs,tareligi.ioqucfontea:aoisàodocon·
juntocqucagradaçioscri,aWoi,dc1W1lurczarcligiosa.(Nalntroduçio,§
7,rcfcrima-n05àncCCSlidadcdcssaoisào.)
Trata-se de cona:po;iM:s que nos sio complelamcntc estranhas, pois
DOSl.I socicdadc iguaij1"1a pensa czalamentc o contr.,;a, como Tocq11Cvillc
nos fez ver. Na époa moderna, a hierarquia se tornou "colralilicação social",
istaé,hierarquiaenvcrgonhadaoun.ãoconscicn1c,rcprimida.Anoçãasc
tornou incompreensível alt mesmu para inllmeros membros da inr~ll1gtnrsia
indiana,cducadosqucsãoàcuropéiaesubmctidosqucC!llioàinlluEnciadas
idtiaspolilic.a5modcmasbA mais.dcum..tailo'k.Nãocspanla,porconse-
gu.inlc,qucabierarquiascjaapcdra·de·loqueparaosauttJJCSmodemosque
cstudamosislcmadascascas,comofoiparaosmais.antigoscoscr.iparaos
mais recentes.
Uma vez isoladai a hierarquia como uma o.imples questão de valores rç.
ligiosos,rcstavcrnaturalmen1ccomoclascarticulacomopodcr"•ccomo
.. dcfincaau1oridack.Nocapnulolll!lcrior,liguaosopriadpiobierVquico
loposj"°dopuroc doimpuro.Ora,tcmosdcrcamlicoerq11Ccssaopo-
oíçio,pur11mcolcrcligiosa,mionosdiz111dasobrcoluprdopodcrnasocie-
dadc.Nioaoo11tceeamcsmacoisa11umalcori.ahindutradicionalque,'"nlo
d11.respcitoàcasta,oclaresvalamuitodcpcrto:a1coriadaswzn:r<r,Adcm.W.,
nlosepodcfalardascastassemtocaroas"lll!"'oàsquaisosHiodusrclacio-
nam com muitafr<:qil~nciaasprõpriascastas. Háboasrazõcs,cntio,para
csludaras'"""1'1o mcsmonaf11diallll1iga,ctomarprccisacmscguidaarc-
l1çãocntrc~ccuta,cmparticularsobo!ngulodarela~entrehicrar­
quiacpodcr. Podcr-sc-.tcm seguidaconsidcraralgumCEmplos,rogionals
ouloc:ili,dcg:radaç.iodascwas.

31. A TEORJA DAS VARJ~': PODER E SACERDÔOO

Emtc, com cfci10, na lndia, uma outra hierarquia que nlo •do plll'O e
doimpuro,ahicrarquiatradicio.WdasquatroWJnrO,"corca"oucstados(no
Knlidodcss.apalavranaFrançadoAntigoRcgi.mc),qucdistinguccmquatro
ca1cgmias:nomaisalto,os8râmlll!caOUsaccrdolcs;abaixodclcs,osKsha-
1riyasougucrrciros;dcpoi.sosVai.shyas,nousomodcmosob«:IUdoosço..
mcrcianlcs;finalmcnlcosShudras,scrvidorcsaucriados.Airub.lornarcmos
maisprccisohWoricamc111coco111ddodcssasea1cgorias.Scriioncccss.trio
•trcsccotarcomoquin!lcatcgoriaosloloeiveis,quc!l.tomantidosforadesse
c"'1juoto.Arclaçãoc111r<:o.Wcmadasvaru.ascodasjasi oucaslasfcom·
plcu.Osi.odõlogoscolif11t1dcmàsve1.csasduascoisas,priilcipahnc111cpor-
quc • titcralura dássieasõsc ocupa.dasvarnas.. Éprccisofazcralumadis·
tinçãobaslari1cdara,nacootinll&çiodcSclllfl"'.Dcou1.rolado,nioparcoc
qucafücraturaaatropolõgica«:a:11tcfaçaplc111justiça.timportüciadoca-
'l""matradiciolllll,mcsmodopontodcvisladascastasoosc:11tidocarito.Foi
1U•RdcatcadCociadcsc:eo&idcraraclassilicaçãodas\11J118Scomoum1pu-
'"csimplcssobrcvivtociasc:mrclaçãoalgumacom1nalidadcsocialcon-
lcmp01ânca, como observava Hocart•. Mais perto de nM, rccoaheoeu-sc
qucatcoriadasvanwtiohaalgumasfllDÇÕCSDl~pocamodcrn.1(§33),mas
nnn~• se tc111ou esclarecer esse raio. Com «:lação 1 isso, ~ preciso antes de
tudochllmaraalcoção paraumasimilitudcdcconsti1uiçãoeotrc1hicrar-
'L"iadasvama&cadascas.1as.
É gl'l?i' 1 Hocut e, mais prccislmc.uc, 1 Dumtzil, que se pode ver a
hierarquia das wmas a.lo malll como uma ordem liac.ar, mas como uma série
de dicotomias 011 de coeaisa.111CaSlvos. O coojunto das quatro vamas se di·
vide cm dois: a(&]limacategoria,adosSbudras,seopõcaoblocodaslr&
primciras,Qljosmcmbros.sio"duas-_.nascidos",oosentidodequelo-
mam partcoa iniciaçio,scguodo oa&cimealo,e oavidareligiosaemgcral.
Esscs.duas-vczcs-OISCidos,porsuavci.sedividcmcmdois.:osVaishyassc
opõem ao bloco formado pelos Kshalriyas e pelos Brãmaocs, que se divi-
dem 1ambtm cm dois. Falamos cm outro trabalho desse aspecto, disçu!ido
pela primeira""" nos comentários riluais vtdieos denominados Brdlr-
m"!'ll {800 a.C. ?; d. Ap. q. Digamos apenas que o qlli.obio dos Sbudras to
scrviçocaservidio,cqucosVaishyass.iocriadorc.sdcgadocagrieultoru,
os "abastecedores" do saaifkio, como diz Hocart, aos quais foi dado o
domioio sobre os aoimais, coquaolo que aos Brãmaocs-Kshatriyas foi dado o
domfnio sobre .. todas as criaturas". Voltemos à soLidariedadc das duas pri-
meiras dasscs e à sua distinç!o: o Ksbatriya, como tambtm o Vaisbya, pode
ordenar um saaiflcio, apenas o Brãmaoc.s o pode oficiar. O rei, ponaoto, t
privadodequalqucrfuaçiosaccrdotal.Vf-scqucasériedcdicoto111iassobre
a qual repousa a hkrarquia, se t muito semelhante fonnalmcnle à das çastas,
sc t, tambtm, rcLigiosa no c.sscncial, t ao mc•mo tempo mcoos .istemãtica e
difcrcotccmscusprindpiW'".
Podc·sc,parccc,reprcscolarcssaquadripartiçãodasocicdadevtdica
tardiacomoorcsultadodoacrtsci.modcumaquartaea1cgoriab1rtspri·
meiras,asquaiscom:i;pondcriamàlril"'rtiçãoiado-curoptiadasfunçõcsso-
ciais {Dumb.il) e, nos primeiros livros do ~da, à triade: Moir.mG11-kf<dro-
vi( ou: o prindpio do sacerdócio, o do imptrio e os clãs oo o pom. O Sbudn
aparcccnumhino1ardiodoRigvcd.a,par1:tccorTCSpondcraosaborfginC!l
(comoosd4s11oudw)ol)iotcgradmoasocicdadccomoservos»'.Obscrvc-sc
bem: o Brámaoc t o saccrdOlc; o Kshatriya, o membro da cbmc dos reis; o
Vaishya,oaiadordcgado/agricultor;coShudra,oscrvidorlliollvrc.Essa
dassifieaçãopermancccrtidêolieacmsuaformaa1ravtsdelodaaUtU11tura
caté00S$0Sdias,rmturalmcn1e comdcsliz.a.m.c11\nscmodifu:.açõcsnocon-
tcúdodascatcgorias.Emparticular,c.sscscr.ãotmicocsquomaqueosle.ICI011
cliWcosdohinduísmoulilizarioparacaraaerizaraspessoascs1Wfunçõcs
,..sociodade,mcsmoquandoapareçamg;ruf0$co~og,qllaltdoc11\ioo
lugar do:sscs. grupos 110 esquema ser~ sempre ambfgoo. Se. dll\ida, esses
lc'1o•s.ãoconlcmporlncosdodesellYO!vimc11todascasw110seatidocstri10
dutermo,ma<ésemprckvamasqucela.sereportario,ésempreatravb
J1> varn1> que eles a vcrão. Em primeiro lupr, esses ICXIOS vchlfão o aparc-
umcn10, 011C1'6cimo dc fa10 dc uma quinta catcgoria. a dos ln1Qdvcis, pr<>-
domandoaocoalririoq11C"aiocxislcumaquinla ... ".l.sokvasimplcsmco1e
• 1pl1car o esquema u:Wc11te: os lo1ocávcis do fora-dc·wma como os Sbu-
Jr0> cram ClGeriores aos "duas-vezes·IWISCidos".
É intcrC$$8nlc seguir K.ane"' e..,,. como os latos clbo.icos deíU><m os
Jcvcrcscüocupaçõcsdasvamas. ParaosSbudrasolrabalbotdosmais.
11mplcs:•uall11icatarcfatobedcccr,ouscrvir,scmiavcj1("'ç~anitm­
l"l-.I. Manul,91).Emoposiçioaclcs.,osduu·VC7':S·llasódos!!.iovigorosa·
mente caractcrUados como semellwllcs por um ltiplo deYCr comum: o CSIU·
d.~osacriflcio,odom(adh.)Vl)'Wl""'ijyud•111am, Oaut.X,3),oumelhor:cs·
1...taros1cr1oss.agrados,ofcrea:r.aaiflcloscdonativosaosBrlimaocs.Difc-
'ºmcnl1esipors11&Sfon1csdcl'«Ul'SOS,quccorrcspo11dcmhaüvidadcsou
•"-Up;IÇÕCS cm sumafaculra1i.w: º"""" irca, o Brãmaae lcm o privilegio de
rn,inar.dcollciarossacrillcioscdercocbcrosdonativos;oKshaltiya,odc
pru1cgcr10dasascriaturas;oVais.bya,odcviverdalljVicul1ura,docom&cio,
J. niação do gado e da 115ura (01111~ ibid.). Maau diz as mesmas coisas, com
1'«1ucnadifcrc11ça:mtrêsgaoha-pácsd0Br&manc.ãofacul1ativospar1elc,
"'"'in1crditosaoKshatriya,odcvcrcomum(dhannlJJdosduas-vezcs-llllSci·
do< sc opõe ao que se faz para viver (/J}i"""4trham) (X, 76-77, 79). O Brãma·
nctcaractcrizadoporseisa{ÕCl(X.7S;l,88),duqualsapcnasirts.ãow.
munscnlrcclccosoutrosd11&S·VCUS-nascidos(l,fl&.90),céprccisolr1duzir
hlrrnlmcnlc no primeiro dbtico 1 enumu•?o das seis ações braminicas pa·
••><= atU.girocaritcr 1otal,complcto,da11ividadedoBrimaac, tal o;omo
u1ilaprcssocmcópulasdeopmtos::MfazcrCS1udarccstudar,fazcrsacrill-
'"'c>lcrillcar,darcrcccbcr..•"(li1ualmc11lciden1icocmX.,7S).VC·sequc
ot\\11<cpçioanligafoiconser.iida11ocssc11cial:101demdoscscalutosacs·
1<nle.1 o;omprccndc: o ser.iço, a atividade ccooõmio;a, o domlnio polltico, o
•••crdócio. Ao m""'"'º tempo, com uma l6tPca imperturbável as íoales de
"'ursoi;CSl.iosubordinadas,cnquantofacullativas,aosí""rcligiosos,mes·
""''luc"'5oocasioocaquiloquclcndcmosaooll$idcrarcomoum1c:ontra·
,1,,~<>,0"8bct,que0Brim.neécaracterizadocmrelaç!oaosoutrosd118$·
>~1c•n...cldospclasalivid1Jcoinc...,nciai>,ouai11da,cmmattriadeel>Siaoc
ok"'uriflcio,pcloocrviço - rcliaiOM1,évcrdadc:.
Al~m da bom~ncld1dc 1nrm1d1 dP diversas. csptcics de duas·vc-
1~0-n.w:idos nopl1nocucml1L,o lnçnQIJC m1io contrastacomo.W.cma
dascwastalvezsci•o.ccnlocolocadosobrcaíunçlo.maisdoqucsobrc
scunasdmcato.
HA algumas partiallarid&dcsa serem observadas no que concerne l
hierarquia das nmas no hindulslllo clássico. O Brâmane possui naturalmen-
te osprMltgiosquc a litcratun.cnumera. Elo é inviol:lvel - o - = · to de
um Brimane é, como a matança da vaça, o pecado maior - , e inWncras pu-
aiçócs <'âo sc aplicam a clc: J>ão podc scr alacado,~oaícrTO.,OOndcnado
a pagar uma mulla, ou banido. O Brãmanc imtruldo (çmfriyll) csli cm
prindpioiscntodcim~os,coBrimancéfavorccidopclalcirelati""aos
objctoscneonlrados,quccmgi:raldcvemsercntrcgucsprincil"'lmcnteaorci
cqucslloBrãmanequcosenconunupodcconscrvarconsigooudividi.rcom
o rei; do mesmo modo, apenas os bçns hramãnicos sem herdeiro não cah<m
aorci(Yê-sealumao:crtamisluradasduasfuaçõcs).
Lcmhrcmosquc,cnquantonopcrfodo>'édioooBrâma.I1ceracaractcri-
>.adopclaíunçãosacrifü:ial,nopcrfodohlndu,cmconoordinciacomodcdl·
aiodosacriffciocsuasubslituiçãoporoutrosritos,oBrlmll\Céantcsdctu-
do a pureza. Além diMn, o ""ma bramânico se scgmenla, mesmo oo pcrfodo
cllls5ioo,cossaccrdotesdostemplosp(ihlicos,oslkvo/lllca,sindcsprc1.ados
por .o;cus colegas. Hoje as linhagens de Brâmanes esl.io classiíicadas, cm
ra>Aodolugardasca.uasqueclcsscrvcm,comosao:crdotesdoméslicos(l'an·
Jlll> CtllSIU Rtp<Pf 1911, 1, 310), sendo os mais elevados os Brâmanes ins-
lrufdos quc nio mais prcslam scrviços.
De uma maneira geral, a hierarquia das vamas se apressa de iníuncras
maneiras no lra\amcnlo diferenciado que lh<OS é rc.cMdo. Isso se ~ com
rapidc1. no cam dos ca>tigos. Se por um lado existe geralmenlc p1ivilégio ou
imunidadc,aomcsmo!Clnpo,,ob/ustob/ift,coBrimancladrão,por~m­
plo,épuoidomais!ICVl:ramcotequescusinferinrcs.Hãpootmdiflccisdcill-
Lcrprctar,nudcilltcrprctaçlodclicada.Assjm,ManudispõcqucumShudra
oin pode carregar o corpo ele um Br&manc (V, 104), o que nio &e compre-
endc do ponto dc oisla da purcza. Mas cncontram-sc, sobrctudn a par1ir dos
Dharmasutras de Oautama e Vasistba, disposições, muito difundidas depois.
qucparcg:mLI6gic:as.Sioaquclasqucprc=cvcm,scndoiguaislodasascau·
sas, umaduraçãodcimpurezac:rcsocntc paraumcstatutodccrcsa:11tc:cm
caso de morte, os parcnlcs pr<Wmos são impuros durante dez dias para os
Brãmançs,dozi:paraosKshat.riyas.quinzcparaosVaishyasctrintaparaos
Shudras.Ainda11osnossosdia.,aliondeaortodnxiaprcvalccc,aproporçto
vai11.omesmoscnlido(asdurat{Jcsmaislongass.iofrcqiicntcmcntcc11cuna·
das). Ora, cm virtude do .Wema, cspcrar·se·ia o inYCrw. Com cfcilo, a im·
plU"czaémaispodcrosaqucapurC?.a,cogolpcqucclarcprcscntawdc...U.
scrmuilomaisgravcdoqucogr1udcpure1.a1ocrrcc""'1uiAl1do,queen
m1is elevado. Ou bem nln tn11&Cguinu:as ainda ("'llCO&r nn .. p1ri10 do Wcc

..
~.::.~:.:~~;.;:,,~'!~~~e=.~=.~r~~:·:~ :,u:~~:.~·:~:~·~~11,.'. ·;~~~º.~~'.'.~.~;~:
oulraspresaiçõcs caminham na mC$1Dadlreção(porCK1Cmplo,quelugara
6jua~atiagirparaq11eumapcssoascjapllrificada,Mllllull,62),e11coo­
lramosagradaçloiDvcrtidacmalguoscasos:asaim.,em""""dcmort.iaa1ali-
dodc,8rihaspati(Ã,auca,J4..lS)prescrew:resput.iY11mclllcdcz,se1c.dnçoe
lrt.. dias para os Brãmllllcs e as vamas seguintes. O mesmo valia, comove-
rcmm(Cap. 8), para as c.tpiaçõcs.
Disscmmquc0&tClll.0&clás&icosellplcssawmcmlinguagcmdcvamao
que dc\'Cria em seu lcmpo ser um si.uema de o:asias cm csu1do oasceatc. A
palavra j~ti nio cstli ausente, mas ela I! geralmente çoofuodida com...,.
!"'(cxcetoemYajiiaval..kyall,69,206),c,scguadoKaoc,oaccoloscdcsloca
da função para o ll&Scimento. A~m disso, deparamo-nos com nomes coocrc-
I06 de grupos dc rcfcn!nc:ia, como os ctllJ'!ll/a (ou dllJ4tlla) a que j' rcreri-
111os,eoulrosdeCS111u1ooubemcquMilcolc(colocadosforadaaldcia,Ma-
auX.J6, 51) ou eolãodisliDlamcole superior. Eoquaotoos1e>:1osbudistas
IC!lcmu.l>hamdc:Slkwnatpoca.muitoao1iga.aeo:isl~nciadcfa10dc.,.._
tksp1cadasctambtm dcprofisslics iofcriorcs,os1e11ohindusoonnativoi
1prcseolamsobrctudoosgruposqueclcsnomciamco1110produtosdecru-
,.,..eo10 entre vamas. Trata-se da teoria muilo elaborada da "mi.uura de
•&rflllS"",quedavanascimco\oac.aleKOriasmista..,infcrioresecmsi111esmas
maisoumeooshicrarquizadas.Considcra-scquc.,....lcoriafoiulilizad.apa-
r1ooogrcgarasjblircaisàsY8foL1.t.dillcildizercomoessc.gruposcolram
nadassilicaçãodasvamas..Aosolhosdosmaisbaixos,pelomcnos,clcsU.C.
p.reccriam e>:lcriorcs, e, colrclanlo, repele-se que "nio czWc uma quiola
(...,na)"" e percebe-se a tendência de os ~gar aosShudras. l.soproduzdcsdc
ranini(stc. Va.C.)umadistinçãoeo1reosShudras,poisquesçfaladcShu-
dr1.1 "cxduldos" (ninnmifa). Mais tarde. ~ressões como "os (ll1Poos", os
"c>1c1"11<l<HC\o;.scmulliplicam,capal&Y1"a"inlocã.,,l"(wF.DV1)nàoédcto-
do desçoohccida. A dWinçào, que durante muilo 1cmpo não se coascguiu fa-
•t• tm tcoria, 1crmiaa por sç impor: os Shudras adquiriram direitos, 1orna-
r1m-scdcfalomcmbrosda$0Ciçdadcrcligiosa,coscxcluldossàoosquin-
'"'·osln1ocãveis"'.
Há um ponloqucdcvc..,rck:slacadoooqucscrcfcrcàsvama.\,oda
rclaçãoeo11.;cilulcntre8rãmanccKshllriya,fü:adacmépoçamui1aaolip
ccml'igoral~llO!IMISdias.. Ttala-scdcumadisiioçioabsolutacnlrcYo:crd6-
cioercalcza. Fa.laodoçomparatiwmcntc.orcipcrdcusuasprcrroplivasre-
liPosas:nioYcrificamais,clefazsacrifitar.Opodcrcsli,110abwluto,su·
bordinadoaosaa:rd6cio,aopassoquc,dcfato,osaa:rd6ciocst.tsubmc!ido
ao pod.,,..... &lalutoe podcr,ceo11SoCqilc11lcmcolc autoridadccspirilul e
aulorida<k temporal. são absolu1amen1c disii111os. Os lc.<los ditos 8'jji.
nr"!JllllOSdiumissoeomumaclarczaClllrcma,c,scjalioqueseteobadilo
acsscrcspcilo,cssarelaçioowteadcimudescrY1:rdadciracaindahojcot.
Porcxc111pl11,aobriglçiododom, porpa"cdospodcrososcdosricos,la.l
eomoes1áprcscritaoos1e11os,n.ãopcnoanecculclramo"a;aoeoolririo,os
soberanos sempre fouram os Br4m8llCS viY1:r - e seus. cquivalenlcs 11cs11 rc-
laçio - eomomandatáriosdctcnas,açõcsteslcmunbada.o;pclasinscriçõcs
ro!gWsobduasrubricasdifercotcs(doaçõcsaoslcmplosccstabclec:imcoto
dceol6niasdcBr.imancs).Adifcrc11çao;omoOcidc111e,u161ieoporcio:m·
plo,parecceonsistirnofatodequcnalndiajamai.cl<istiupodcrcspiritual,
uma i!ISl.inçia espiritual suprema que fosse ao mcsmD tempo um poder tem·
poral.AsuprcmaciadDcspirilualjamaisfoic"P'cssapoliticamcnlc.
Ençootramos,cotio,oatcoriada.o;varnas,cssadifcrcociaçiocntrccs-
Latutoc podc,.,.qucaeoosideraçiodahicrarquia emgcralparcciac.Ugir
(§Jl).Esscfato,maisan.tigoqucasea"as,éfundamc111alparaclas11Dscnti·
dDdcqucahicrarquiaohpodiasemanifcstarcmcstadopurouma\'CZad-
quiridacssadifcrcnci.açáD. Elaaparcccránovamcntcnopadgafoscgui.olc.
lssoniDétudo,poi.tercmosdcooslcmhrarigualmcntcquc=dois
ptindpios, absolutamente disiintos um do outro, s.lo aD mesmo 1cmpo so-
lidirios cm sua DpOSiçio às oulras catcgorias dc quc a socicdadc sc eollSlilui.
DCMlcos~cstloal"asduasforças",rcprcscn1adaspcloshome.,.
aosquais,scgundoMaou,foramdeixadas"todasascrialuras"'.Emsuasub-
miM.iDaosaa:rdódo,arealezapanicipadcla.
É preciso !catar c:aradcrizar os principais aspectosdarclaçioeall'C
/6'~casla,e~c.atcgoriaccstado,ou,maisaalllmcatc,CD1rcosi$tcm•
da. castutalcomo podcmosobscrvardirctamcntccatcorild.Nsicadas

._ __
nnw. Essa i! llftla tarefa que se impõe, priacipalmcatc se nos lcmbr11J1110S
de q11C os autores d4Wcos sempre oos falam das wruas e de que, oos nossos
dias, os Hindus falam com muita frcqDancia du casw usando a !iJl&uaiem

Em primeiro lugar,• passqem se !orna comprecm.IV1:l n.ioOO cm


•Wo do pl"C$lfg:io que as vamas .Xvcm à tradiçAo, mas tambfm cm razio da
l>omologiaj:i usinalada cnlrc os dois sistemas, arnboo e&truturais., lllllbos
culminando oos Brãmaacs, l.aDlo como wnia, quanlo como uma tal casu ou
1ubcasla partic:ular de Brãmancs que pode ser tomada como rcpl'CSCllWllc
da...,.,,.. Dllftl território determinado (se forem várias,• mais-1taclcntrc
clM). Em scgulldo lugar, as vamas oferecem a \llDlagem de lp<eseotar um
modclÕ ao mesmo tempo universal oa lndia e muito simples com •cla~o à
prulifcraçâodasc:aslas,oubcastaselc.,modeloapropriado,poroomegllintc,
cntrcoulros,parafacililaracomparaçãocnucrcgiõcsdifcrco1cs,scgwidoas
palavras de Sriniws"'. A relação i! mui10 apro:Jiimada daquela que, para
M•n,c:Oslcco1rcaao!l1cscburgucsia/prolc1ariadodoscsaitospolflicosco
•1uadromaiscomplicadodasdasscssociais,quci!daalçadadasobrashiol6-
rica<. Erisle uma tclld!ncia de repartir as infi..mcras castas cDstcmcs num
1crrit6ri<>delenaiaadocotn:uq111.trocatcg<>riasclásslca<(eaquin1a,tradi-
ci<>nalmeolc Dão é nomeada). E>:iacm, tambtm, particularidades regionais.
AMim, no Sul, Dio aistcm intcna~os cn1rc Brimancs e Shudra.; a.
pr6priasc:astasmarcials.siioCOllSidcradasC0111oiolegrantcsdosSbudrasc
nâocstãoprcocupadascomisso.
Emtc ai um modo de clas6ificação muito cÕlnodo, com relação (ou
romosuplcmento)110Saitériosdcpurcza,dccujacomplCJádadej'falamos.
Teria s11a imponãru:ia. crcsddo na époça moderna, çom o aumento das facili-
dadcs dc transponc e, maisaioda,comorcgistrodasca<tas110Sreccnsca-
mentos deccnais empreendidos pelo governo na õltima pane do século XIX,
epanicularmentceml901,quandoscil1Sistiunumagradaçã<>dccsta\ulosna
cscaladccada"provfncia"?Srinivasédcssaopiniâo.Évcrdadcquccsscsrc-
ccnscamcntos foram a oçasião perfeita para que inõmcras castas apr=ntas-
sem rciviodicaçõcs quc tendiam a f..,.,r sancionar pclo podc:r pol/1iço um cs-
1atut1>maisclcvadoquescucstatu1oreal,cparaquccssasrcivindioaçõcs,al-
gumasvczcsjUS1ifieadaspotdisscr1açócspublicadas'"',fosscmc"PfCSSMde
maneira mais ou menos vcrosslmil na linguagem das varnas. As wrnas se-
riam ª' um instrumento de mobilidade, ma,<; a reivindicação é uma coisa, a
obtcnçã<>doqucfoircivindic.adoéoulra.Alémdomais,ascircunstâncias.dD
muitDparlicul.arcs(d.Cap.7).
Devc·scnotaralgunstraçosdaosmosccntrc"'1'!'1'Ci/Jli,pois,longedc
serem i;oisas complctamel\\C heterogêneas, os dDis çonccitos reagiram um
sobrcD<>utro.Anoçãoqueosmodcmos,mcsmoosaolr<>p61ogos,possucm
daswma.< é inDucnciada pela casta.Assim, diz-se frcqücntcmcnte que os
verdadeiros Ksbatri)'ll> foram CXliotos h.i muito lcmpo, que os Rajputs, ÍUD·
cionalmcnlc os Kshauiyas dos tempos modernos, úo ",,fo mais; coasldc·
ram·sccomoirregularidadcsnafud.iaantigaaasccnsã<>aotronocàdigioi·
dadcdcKshatriya,dcdiaasliasdcumaorigcmdifcrcn1c.Supõc-scemtuofo
issoqucahcrcdilaricdadcémaisimportantcqucafunção,oqucscapLic:a•
ca<ta, mas oi<> à vama (•cima§ 32). DD ponto de vista das wmas, qu.olqucr
um que reine de mancin estivei e se submeta ao Brimanc ~ um Ksluitriyii.
Alo!mdisso,cssasc:atcgc>riasnincramrigorosamcntccndógarnas..Éprovivcl
qucosKshatriyasscmprctcnhamsidQpoucoscvcrosncsscassunto.Navcr·
dadc.asituaçiDpartieularconsignadaaopodcrtcvi:rcsul1adosn016vcise
duráveis: cm primeiro lugar, uma fácics de poLiginia e de regime de cor de
pele que não corresponde ao ideal braminicosc çonscrvou tranqililemcntc
nesse nlvel e cm ~is inferiores até umn ~poça bas1an1c recente; cm scguo·
dolugar,cstandoafunçãoemrclaç!Dcomaforça,cramn.ficilsct<>rnar
rei do que Brâmane: o nlvcl bluitriya e o nfvcl intodvcl .ão aqueles onde
~fáalcnlrar,vind1>dcfora,DBIOcicdadcdueu1a11.
lnvcrsamcn1c,oiobastadlzcrqucosistcmadaseastl'$finllueru:iado
pcla1coria dasvarnas. Eatprimcirolug11r,acóst~nciada1coriadopurocdo
1mpuroprcssupõc:pclomcnosarclaçiocst.abck:cidanasVlll"ll&5cDlrc""·
·~rdóciocrcalu.a(§ 32;comparalivamcolc§25.2). Eiósterazãocmdi>.cr
queaoposiçiodopurocdoimpuroéalgorilual,catémesmorituali.la.Pa·
1aquccssc1ipoidcaldehicrarquiapudcsscapareeer,craoo:ccss4rioquca
mi.\luraquesccocoolracomumco1c(cmlodapartc?)cnlrccstal11tocpodcr
!<&Cdci;fcita,masissonãocrasufícicnlc:paraqlll'ahierarquiapurascdc·
"'nvolvcsscscmcu1raves,craprccisoaioldaqucopodcrfossc:absol111.amcntc
1nlcrioraocstatuto.E.sassãoasduascondiçõesqucvcmosrealizadasaarc-
laçioci;1abclccidam11itoccdoco1rcBrâmanccKsha1riya.
Emscgundolugar,dcfcndcmosa1cscdcqlll'alcoriadascasoasrccor·
rc1mplici1amcntcousub-rcp1iciamen1càsY3l"llasparacomplcl:i·lanolrata·
mcnlo do poder. Com efeito, na teoria da purc;r.a, um comerciante vcgc1aria-
no dcvcria logicamcn1c 1cr prcccdéncia sobrc um r<:i quc como camc. Ora,
••roi.<asn.iosãoassim,cparacomprccodcrcsscfatoéprcciso,cmparticu·
lnr.lcmbrarquc,aosubordinarrciaosaccrd01c,opodcraoci;laluto,alcoria
Jo.•varnascstabclccccntrc eles uma solidariedade queosopõcconjuo1a-
mrn1cà•outrasfunçõc•sociais.Essaq""-"1ãotdclicada,impol1anlccc><igc
"madi>cussiocspccial.

J4. HIERARQUIA E /'ODER

A maioria dos auu>rcs conlcmporâncos ~ c...as coisas de uma outra


1nancira. Nas g~açõc.s anteriores, cJ<CCto a 1e:odêocia arWocr:i1ica, para
01ucmao:xisléociadcumagradaçiodccstatutoscra6bvia,ahicrarquiacra
'""' frcqiitncia negligenciada como traço central do sistema, mas os melho-
••• autorci; matcrialWI'$ lentavam cxplid-la a partir de outros traços (Ncs-
n<ld). Um ünico autor cootcmporâoco, K. Gough Abcrlc, assumiu SOliaho
, ... 1arcfaiagrata"".Nosoo.\SOSdias,01ais1111illdc,ahicrarquia,ouao\ci;a
e1i<1eodadcumaordcmdcprcocdtncia,dcu111agradaçiodccsta1u1os,sc
impõe, mas e vista apeDUdoedcrior(''cslratifiaçjosocial'')c dciD um
ruld..oirrcdlllM:l.bnoç&scomidcndasfundamcntaiscclarasdcpodcrc
de riqueza. A li1crarun. -tcmporlnea arrasta como uma bola de Cldhio
essadualidadcn!oresolvidacnem111csmovcrdadciramcntecaractcrizada'"'.
Namaioriadasvcus,aulorcsquccstudamagradaçiodoscstalutos
dascas!asnumarcgiãodetcrminadafazcmumadistinçioco1rcoqucacot1·
lcec"nosutremos»cna''zooamcdiana»dcMagradaçio.Osc.11rcmos,ondc
opurocoimpurocsliocmcvidêocia,s.iocons1dcradosporclcsmcoosim·
ponanti:squcazoaamcdlana,naqualrcCO!lhcocm,co111rv..io,aaçiodo
poder. Concluem, cm •uma, que •uas categorias são suficientes para a in1c-
k:cçio do sis1cma: scgundo clcs, uislc uma congruêocia, no fim das coo1as,
cotrcadisr.nDuiçiodopodcr(cdariqueza)coCSl•tuto(rclig:ioso),ucclo
naturalmcntc'"oosenrcmosM,Olldcaqucdadol111~csobn:1udoapre­
.;cMl\cia do sacerdote sobre o senhor do solo são disculfvcis. Ouanlo mais se
insislc,comonãoscdcixadcfazcr,oassit\laÇÕCScmqucedodcadepc11deo.
eia material do sacerdote cm faccdosscllb01csdosolo,maissc arrufoaa
congruência aigida. Em definitivo, afuma-se cm prindpio que o estatuto
hicrtrquicoi!coisadcpouc.aimportánciaaliondcclcn.iolomarilida,pura
e simple<mcntc, uma silUaçio cconõmieo-polítiea. Dcstrevcr essa alitudc
~aparajulg.t-la:clacoloeaaqucstãodc""bcrscnossalarcfaéforncecr
umac.aradcconf11111açãoaosprcconcci1ossociocên1riCO$dcnOS$8Sp<tlpriu
soçicdadçs,oufv.crobracicntffiea.Eisumailustraçio:

(<nl1<oloprd&sQIUocop•d<C<011lrt>kq.. <1u<><r«ml<lto1<•fon1<1pmdu1~
..,)•<Om:loçlo....,~perf<i..,p<>Baillecm<ado~oclleonrloomonpd<zl<m_.
(oP«"'-""""1)noÁOl<mo ... ....,_..,,.., ..... ..,..,....,oloprn1..11ead<•1<fWO
lopr«Vn6rnl<'>noin1eriorcll~<looldc ......
Des1aquci uma cxpresdo particularmc11tc uborosa: eis ai wn Lraço
fundamental do sistema das <:asl3$ reduzido a uma ~rigidez toda especial"
... extremidades da ordem social. Comprccadcr-K·i que pn:ícrirfamos um
oulrocaminho.
Par• nós, ao conlrúio, o que aoontcceraosCXLrcmost CSSC11cial. E
(>lcruo nos emanciparmos das repn:se11laçõcs fam~iarcs: colocamos de bom
1t1•dGnoccntroocsscocial,n1pcriícriaorcsto.Aqui,aGccm1rúio,porquc
.. 1ro1adchicrar<1uiaccmlcrmosmaisgcraisdcreprcse11laçõcs.cdcsocio-
logia,ocngloban1ctmaisímponan1e<1ueocnglohado,domcsmomodoq11C
" ronjwuo t mais imponantc que as partes. ou que, para um dctcrmDlado
wupo,seulugarnumoonjuntooomanda•uaorganiz.oçãopr6pria.Opostaà
pr«:cdcnle, nossa tcntativ.a comporta, já disscmll:!., dois tempos: awn primci-
ro 1cmpo. recorremos à idcologia, QUC dá conta facilmcntc dG quadro global;
num segundo tempo, eaconlrando na "zona mediana" um fator coru:rcto - o
pndcr - do<jualatcoriadapurozalliodácontasimcdialamcntc,n6socon-
•ÍJcruemos no momento devido. (Ad. 1970: referência a R. Apthorpc. ver
r...r~cio. p. J71).
Op1occ..sotcpistemologiauaeotce><Cmplar,pois,íumndo-oosnonlw:l
,\,.poder, interditamos a romprccns.ão do sistema indiano naquilo que oca-
••<lcrit.a, a saber, a •ubordinaçàodopoder,ao mesmo tempo intelcctual-
n1<ntc pcrfoila e p1alicamcn1c Limilada - veremos isso num llwaote. Não se
1•olcriain1crpor comclarczaumaallcmatiw: oubcmpartimosdasreprc-
"'"lao;Qcs ooliScicntc. e se.....; do conjunto para as parte., colOCllldo em
""dCnci.o com o mesmo golpe um fato sóLido e desapercebido - a muito an-
l!jll .,,Cularização do podcr na ladia -,oucntioscpancdocomportamcnlo
1•doscpodcnemdarcon1adoconjuntoncmcstabclcccrfmalmcn1capes-
'"i""'cn1rcasconccpçõesindia11&Sca.no.sa..
AcabamosdeCllpordua.teot.ativasrcíercotcsàrelaç.ãocntrehicrar-
'IU••cpodcr.011.B11toao6s,aqucstãoquesccoloc.adcsdeagoraéarelaç.iio
<llUC wrnac <:asl1.Antcdpandoalgo doesludodasgradai;õcsdccstatutos
wntrclos que se pode observar, reconhecemos por lllltcdpaçio que elas
0111bncn1aopodetu111Jugarqucahicrar<juiatc6ricadopurocdoimpuro
nA" prcvC. À primeira vista, tum CJ1emplo dessa componente "residual" qu~
o«mfronlaç.ãodaobscM1ç.ãocdaide<1logiadcvcoormalmcotccolocarcm
,.,JCru:la. Será preciso anDli-lo IÃO pro:clsamcntc qll.Bllto posslvc~ ele hasta-
n• 1~11 cnquaato. Eatrctanto,quandoorciou wa bomcm dccastarcalQUC
""'" carne 111ma prcccdenaa sobre um comerciante ou um agrio;ultor vcgc-
l•11•n<>, a bicrarquia da purc1a rcl1Liv.a nio é s6 complctada - isso levaria à
0<01n1Mlaçio -,claéconlr1dll1.Scriprecirodizcrqucaidcologiamcntc111
1011•mcdiaria"da ..... laJo•c•t•luLm,uurccollhcccrqucumí•torCSlra-

...--f<)"""".< __ ....,_, __ ,.,,..,,.11 .......... - .......


dn"(_.,..__ ......... - .............
_ ..... - .... ,_,........ ~.,
- .....)l--· ...... -·
...-..,.......,,,,,n111 ...... 01
ohn à idcolngia vem aqui cnatrab..W.çl-la, uma vez si1uadm m ciarcmm cm
seus lugares?
ComcçaremosporCJb&erYUquc,pnrimportantequcseja,ahicrarquia
ou,sobsuaformacnacrclacparóal,agradaçaodoswatutos,nãoétudCI.
Eladciu.foradclaopodcrcsW1distribuição,mas,scndo....U,,,11ãovaicla
rcflcti-lodcalgum1manc:iracmsimcsma,jliqucnAooa1acadcfa10?Altm
disso,cmgcral,aidcoloiP&oricalaouordcoaodadomaisdoqucorcpro-
duz, e a 1omada de consdencia e sempre, de raio, uma cscollui de uma certa
dimc11Sãocmprcfen!ociaaoutras:s6sepodcvcrdc1crminadosaspcctos,
tornando-sccegoaouuas.rclações..tcmpnrariamcntepclomcoos.MasCSS11
csptcicdccomplcmco!aridadcpodcecuuluriraumavcrdadciracontradiçio
quandosctratadcordcn.arC>11ustiwmcntcodadoscguodoumpriadpio
6oico. Nn nosso caso, por um lado, n poder aislc na wc:icd.adc, e o Brimaoc
qucpcnsasuahicrarquiasabcdissomuitobcm;pornutrolado,ahicrarquia
nãopodc,sobpcoadccontradizcrscupróprioprindpio,lhcatrihuirumlu-
garoomotal:éprcciso,cntão,qucelalhedeumlugarscmll>çdizcr,clacst6
oondcnadaafccharosolhmquantoa....,qucstãoparaoãodcsl.ruirasi
mes01a. Em outros termos, uma vc:i subordinado o rei ao s.accrdo!c como a
c:Wtêocia mesmadahicrarquiasupõc,~ prccisocnlãolhcdar um lugardc-
poisdos.accrdotc,cutesdnsoutros,amcnosqucscqucirancgarabsolui.a-
mcn1csuadignidadccau1ilid.adcdcsua(unçiio.Osautorcsbramãoicmsc11-
tcmalgumacoisadcssc1ipo.pcrocbc·scissonasuamuciradcconsidcrar1
realc>.anointcriordatcoriadodharma.ComoLiogatodcmoostraemsua
bclaobrasobrcasrclaçõcsdodha!"nlacdodircito,orcitcndcaaparcccr
ncss.atradiçãocomowninstrumcntnquascprovidcnci&lquecfctuaalipçlo
cntrcomundotc6ricododharmacomu.ndorcaldaquidchaim.Editaado
umarcgraabsoluta,cssc.autorcscstãomuitnconscico!csdanaturczauans-
ccndcntcdcssarcgracd.aimpossibilid.adcdcfazê.lapassartalcqualomfa-
tos.Graçasanrc~canrcicomnjuizsuprcmncmparticular,comotraçodc
união entre a sapiêoc:ia bramánica rcprcscntad.a por seus consclhciros e o
muodocmplricodoshomcmtaiscomoelcssio,odharmareinadoalto,scn:t
1cr,oquclhcscriaíatal,dcgovcnw.
V!-sc,cntão,queaisiemrazõcsintcrnasparaacontradiçioemcausa
RCS1acomprccodcrcomocssacootradiç.iop&lescraocita,ctaqui,1mcu
vcr,qucatcoriadas......nudo:vcscrlcvad.acmcomidcraçlC1.E:ssatcoria,
com efeito, e desde o Inicio, VI! nas duas primeira.'! vamas "as duas forças"
quc,uroidasdcumamancirasingular,dcvcmrcin.ar&obrcomuodo;clapcr-
mitcdcsscmuciraqucoprlocipcparlicipccmalgumgraudadignid.adcah·
soluta de que ele é o scMdor. Observemos, adcmaii, que nio cD.lc ront"•
diçio om auiorcsclissiCOIL, porque eles sempre lal1m cm varnas, meu10
quando podcmm supor que eles l~m cm vil.la a .,..,icdadc .tu <Mii>. Nc~
sentido, Mlm<l.'I nm que dialilllJllimOll uma hier1101ul1 dr 11111c1a rnmn prind·
pioM..,i1l<liA!into.Nncon,<ilod<>••Ulotc• d••l'"""''•iuuH<"ni,.,l•l•••••
"' apoiar al.criormcotc, dado q~ se uata de gov.mo ou do temporal cm
gera~naswmas.. Um• razlo•maisparanio.s~osabllÃ\<amc111e
ercconhcoennossualigaçioimpllcitalalcomocstaserdlclcnasgnulaç6o.s
dccstatuton:ais,cmq~opodcrvcmdcalgumamllllCiracootrabalançara
pureza ü nJ~ •~dbiru ficando sempre submissa iJlJ nlW!I primdrio ou
•dos~mlatk!.
AWm como o IO&lltO da Virgem de Miscric6rdia recobre sob SUl!l OU-
,.. dobras os pcc.adorcs dc todo tipo, a hierarquia da purcza rccobrc, eoue
uutrM diversidades.. seu próprio contrário. Temos af um ucmplo da com-
plcmcotaridadc, qw: pode iratt a contradição para oobscl\llldor,cnlrcoc11·
ilohantccocoglobado.Espcraodoqw:nosral!liijariicmosdcra10comes6C
f•..Omcoo, sublinhamos já que do:mos um pll$SO para fora do dualismo do
'"religioso" e do "politico-ccon6mico".doidealismo cdomateriafu.roo,da
forma e do con1cõdo. Apres6Cmo-1>0S cm re<:onhcccr que nl$so fomos ajuda-
di>< pcla tendência crilicada: por sua insisl~ncianaYCidadc unilatcr.isobrco
l">dtr,clanosobrigoudo:algumamaaciraaapcra:bo!·lo.
Lembremos q~ o que ím:mos aqui foi apenas marcar a iolrudo do
poder nodomlnioda hierarquia. Adcsçri'1odopodcrscráobjctodcum
••pílulosubscqücnlc(Cap.7).

35. GRADA(."ÓES DE ESTATlfTO REGIONAIS


(RECENSEAMENTO DE 1901)

Considercmosagoraahicrarqula1afcomoes1'<kscri1acaoalisadana
llccralura moderna. Todo trabalho sociogriliw na lodia, se não t muito CS·
1><ual,Mpiradcfatoasê-lo.Mualgunstrabalhosacstudammaisparticu-
lumcolc.Paraoomcçar,darcmosrclcvoaos.csforçosdcRislcydcdc1ee1'-la
'~'"'""ldas"prOYfocia!i",norcccmcameotodcoeoalde 1901'".0cmprcco-
1l1mcn1ocralouWvclc,scduranlcacxpcri!ncia,surPramseusiorooYCl>ico-
h•cse11>limitcs,.1c..,pclome11osom~ritodccolocarcmrclcvodifcrcoças
l~'ll"d'"' entre as provfncias na apUo:a'1o de um prindpio llOM:rsal. Tratava-
'" de oblcr uma classificação dilS cas1as segundo uma ordem de prea:d!ocia
•1•iccndidapclaopiniãop6blU:aindfgena.
Foram considerados os seguintes crittrios: wrua de pcnial:ncia; se os
llr~manc• aocitam ou não '31111 oferecida pela casta col!Sidcrada; se ela t
""1\1dapoTBrlmaocsdcc•talUlllClcvado.poroulrosBrimanesouporseus
1~h111iosY<Crdolcs;ocelapulicaocar;amc11todccriaoçascioterditaorcca­
••mcntoduvi6Yaa; ...;1proí!Mlo;or110deocrouniosc1Vidopclobarbc:iro
''l""ºutroscspc<loli&tu,dctuaccut>ounlo1orccintodcccrtoslcmplos;
quit1111"8cmscuprilldpiomuiadefinidamcntcdivcrsificadacscgaicntada
scgundoaso.itW1çõcs,urcgi6coctc.,...
Gostaria do ialrodmirumaracrw 001ocanlc accrtostraçosquc,l
primciravisla,parco:m~partiçUJarmcntcdarasdahicrarquia.Dii·
tinguimos,dopassagem,CDtrccrit~riosabsolu1os1iradosdomododcvidada
~a,ci:rit~riosrclativostirado&daati1udcdasoutrascmíaccdcla.H.tum1
lcra:iraci;pécic,scniodcaitlirios,pclomcoosdclraçosqucpodcriamscr
distinguido&oumaprimciraabordagcmcomotrrl(osimponoscamiOdccom-
binadosdcsançõcse111íaa:doinl"cri01.Sãocsscslraçosqucív.cmdoSul,c
espccialmcnlcdoKcnla,nalitcratura,umacspécicdcparafsodaabcrnçio
hicrarqui>antc.Olhando-o.Xperto,oocotaoto,pcrc:cbc-scqucclcsprov&o
menos do principio hiertrquico que do poder. Tomemos o exemplo da cscalll
dasdlsl6nciasq11eascastasmaisbaiJ:asdoviammanlcrcomrclaçioàsquc
lhcscramsupcriores.Apr0Kimaodofo111esaparcn1cmco1cdivcrgcotcs,ve-sc
que essa escala era muitosistcm,tica{b851a colocarem quadrososdaclm
rcunidosporHuttoo,pp.69-70).11.SOoãocraumcos11uoc,craumvcrdadei-
ro regulam~/o. Seria possfvcl até duvidar, pois wmo ~ que um Brimaoc
Nambudirijamais1criaperubidoqucumPulayantivcsselll1rapassadodiaD·
tcdck:olimi1cdc11ove11tacsciapassos?DomC$DIOlllodo,nodistri10Yizi·
nlwdcT=-Uy,oi11aScostasdcumllllodvclBS111ara.sdosgolpcsqueele
h1oiarcccbidoportcra1rMo;ssado,usandosand61iasnospts,aaldciadewn1
c&\lamareial(Maravar).Ospróprioshabilantcsusams.andtliasdcÇO\U'O,OS
ll'~pcs. llio clialiaarom 11uaca uma impureza, e é evidente que a aldeia aão
fora polulda, mas prcteodcu·sc .implcsmclllc m111\er um sfmbolo de •u·
1c1çiio,Talvczo mcsmoaooo1cccsscparaamaioriadasrcgrurclativasao
"">lutrio e das regras 51111LuArias de que Huuon fcm:ieceu um q111dro
(pp. 70.14). Na1uralmcotc regulamentos rtgiosououlrosoonscguiram fixar
ira1us de costumes. t ..aturai, lambtm, que os crilérios propriamcolc dilos
rc.,ullc111,cm6llima111âlisc,doililcma.Nãoscrianccc..&riodi>Linguircolrc
oqucrcsullaracionalmc11lcdopriod"piohicrã1qWcoctadmilidooomocos·
1umc,coqucoconlradizctimpos1opclopodcr.Scévcrdadc,porcxcmplo,
rnmosupuscmos.,quc a escala dasduraçõcsdolulorclalivasàsvarnasfoi
•rhi1rariamcntciavcnidaparaosBr:imaocs,cisalcmprindpiowntraçodo
pr>1kr,cnãodabicrarquia,mcsmoquccle1cnhasidoaooi1obástc11losC01110
r•prcs...iodahicrarquia.Algutmpodc:objctarqucdcssamanciraatrihufmos
opodcraosBrlmancs,111asctcsparticipamdcma1'CiracfctiYadopodcrdo
Jnmfnioritual,porcxcmplooocasodasc:xpiaçõcs.

Jo. UM F.XEMPLO LOCAL (/NDlA CENTRAL}

l'arasc1crumavisãoprccisadamancirapdaqualoprindpiohicr!r·
•1ukoscczprcssanosis1cmadaso:aslas,éprccisocvidco1cmcntccstudaro
•1ucaoonlccc11umpoolodadocolrcasc.aslascoacnltasqucaleocxistcm.Por
oul1olodo,foipossfvclpera:bcrqueasrcgrasqucprcsc:rcvcmparaosmcm-
l""'dccadacasla,qucclcpodcmoun.ioaceitarscmdccair,cstaouaqucla
.-ptcicdcalimcolo,ousimplcs.mcotcligllaparabebcr,s.ioumadasmaniCcs-
101<'\csmaisdlmodasclcnoiarcobscniarc:omrcl'IÇloaoprlodpiohicrirqui·
'"Eudigo:"delllllarcobscniar'',poisn.iohastaregisuarasregrasqucos
lnlcm11Phosofcrcccm,tprcàsosabcraindascccmqucdreunstinciascs-
'"''cgrasprcsumidassãodcfatoapLicadas.Noprimcirnpcrfododascnlrç.
'"'"'q1teincidiam11CSS1Sques100..,oon1cnto11·seapcll8Scmilltcnogarosin·
lu11non1cscrcproduzirasrcgrasqucclcsindicawm.Masoqucsignificarc·
•••como: cu posso, ou nio 1""''0. an:itar ligllaclcX, Katcstcmwtha n.io
1•>Jc citar um (mjoo momcnlo de •ua vida cm que a questão se colocou de

__ ....
'1"rda<lcpancla?DU1Cponlodc..Wa,c.Wcmdlvcrsascsptcicsdcalimco-

.........
. .
., ,..... "' ,...
···----~---····-·-·~·-'"
~" -_
1u •1uc cnrr~pondcm, como MdUm Moni•~I diMc muilo bem"', a .ituaçõcs

., .................. _..., ...


difcn:olcs:oalimcntocom\llllccotidiuollbasc,çonformcasn:giõcs,dc
biscoitos de fermento ou de anoz cozido~ essencialmente familiar e só~
accitodcocMdorcsdcpootooitidamcotciofcrior,oi:sscsco1idotalimeoto
dcscnoiço.Al!çon1rtrio,oalimc111orri1oaaman1eiga(ouo::nosalimcntos
cqulvalcotcs)toalimcotodefesla:suap11n7.amaior,ouantcs•11B.resitê11cia
maioràimpun:u,pcrmitcqucelescjaaccitodcu11111C.mcrodecaslasmaim
qucparaautcrior,oquccooVl!maosfcstinsparaosquaissccoovidamos
vizinhos;sehtsupcrioresentu:clu,Mmlmclhorquco007.inhciroscjadc
cas1aal1.a.A~tipodcalimc11tocst.ioligadoscenosprcparadoscspe~
que podem ser dianmlos de alimento de viagem, eles também com relativa
rcsitEnci.a à impureza cm rv.ãodcs11.1composiçilocdcsuarrcparação,c
que pcrmi1em tomar uma refeição cm circUD$1ãnçias nas quais se prckrc não
c<»:inh.or. Finalmente, se se dt alimc1110 cm pagamento a um superior - um
8râmanc, por «emplo - , isso deve ser feito com alimento en1, que não t
permcáV1:l l impureza e mcs.mo porque será cozido {sidhd); Marriott chama
t.oocommui1aj11S1içadcalimentodosdo11S.Nossoprop6$itoaquinãoéodc
es1udaro alimento cm ~mesmo (ver Cap. 6), masapenasodcaclarara
qucstãotantoquantollcc:c:sdriopartcmprcgarasregra.scorrcspolldcotcsao
es1udodagradaç.iodas.;as1as.
Com r<:laç.io a isso, dispomos pelo menos de um bom es1udo, D de M•·
ycr, fd10 numa aldeia do MalWll. meridional {lndia Central)'°'. Ele não é,
scmdúvida,perfcito,mas11mmos1rariacomplic.açãodmfenõmenmeadi·
liculdadequcc.li$tcooscurcgislrocorre10,oqucfoifci10porscuautor.Sll
scpodcccrumrarr>elco11ãotcrlcvadomaisadlan1caan:llisc,quecontin11.1
abçrtaaolcitm.Aaldciacomprccndcvi.otcctre&..;astas,cCSludarcmossllU
relaçõcsemlrésaspcam:ousod11mcsmDcachimbo,asprCSla""'5dcali·
mento comum, dito l<111Xd, e de alim.cnlo perfeito, dim paJdc/J. No Nordcslc
da fndia, homcll5 de C8Slas de CSlatuto vizinho sc reõncm de bom grado cm
torno de um narguilt (lill#d), do qual todos fumam um após o outro. Isso
scriaiocooccbfvclnoSulporcausadocoatatodosW>ios.,dasalivacdacm-
bocaduradapipa, mcsmoqucse recorTcssca iDtcmiedWios(um len.ço,1
mão). Aqlli, fuma.se o c:achimbo de argillo sem tubo (cilam) iDterpood@.lhc
umtccido.P~·seocachimboquascquccomumcsmui:u1udasquaie
scaccitaigua,catolcriaciatcomidcmcl.Osdadoscstãocoosigoados111
í1guullo.AsC8Slassuperiorcspartilbamocachimbocomquasc1odasasc.u·
tas,ciocluindoapcoas,ah!mdoslatoQvcis(F),quatroouiras.;astu(catcgo·
ria 4 de Maycr, categoria E aqui) e, de maneira varitvcl, algumas das Clllimu
ça.stasincluldas(D).Emalpnscuosum1ecidodifercntedevc11crinterpoo1D

_. . _,..._.-.
---·- ... -
. . -·--·-·"'*'·-··-
--c-.c--~wJ.1..,••º-'"'"'--"'..,,.. __ ..,
en!rc o cachimbo e 0$ Uibi0$ do fumaoic. Em $uma, doze 1 d=scis <:asias
fumam em coojWl\O, o q11e, por um lado,<! basall!c notá..,] l>Om relação a
nutras regiõu e, por outro, mara uma coidcntc cliv3gcm importaolc situada
mais alto que a da intocabilidadc. Notcm0$ 1ambtm que as <:asias infcri01C$
ou não pariilbam o cachimbo (lnte>Qvcis, cs.sc =hisivismo Pão t ~pçio-
1111), ou colio o fazem apeDaS com uma ou dWIS caslu imediatamente infc-
riorcs (duu castas dc minha. categoria E).
Em seguida, f prceiso, .,_-a ver mais daro ainda, hkrarqulzar o ma1c-
rial dc Mayçr. Os fat0$ rclal.ivos ao alimco10 dc fcsta, palla, não são csscn·
<•ais, pois ele oio t ..,rdadciramc.nlc utilizado nessa localidade cm sua
função pr6prk U-se, com efeito, que 1111in banquC'lc o alimento era cm par-
te kacc.a e cm pancpalli: opak.ka,1111incasocomoessc,tcm apena< um
.. 111ido gastronômico, pois todos os que poderiam comer apenas palia, mas
niok.a~cvidco1cqucoiopodcmtomarpancoelc.ll.cstaoalimco10co­
n1um,k.aeca.Podc·scCOllSideri·lodcduasm11DCins:dequcmcuaa:i10kac·
<•,cqucmaceilahccadcmim.kduascoisasnãocstàonc~cntc
lig•da., pois cu posso me mostrar imp~antc cm minha. accitaçio e aprcscn·
ioraomcsmolcmpooutrascara<:1crlstiçasqUÇf;m:mqucosoutrnsscrecu-
"'m • rcçcbcr hcca de mim. O que<! essencial t a opinõão comum dos OU·
lrt>•cmrclai;ãoa111Qn,ca.iomiahaopilliãopar1icutar60breosoutros.To-
mcmns,clllio,c:omocrittrio.,...acialparaaordcmocgundo1qlJIJarranja-
•cmmaseasus:qwa&11Aracntonrl:«c11d4NJ111tnrquts1do?Oblcrcmos
...,moquadro(Pig.Li)cmqucacastaconsideradasccolooaoadiagooalc
undc se !km OI YUticas. a castas que aceitam dela o k.acca - o que forma
um1cs~deescadadcuqucrdaparaadircilaaapartcbaixadaí>gU<a-,
olllborizonlalacasbsdrisquMclaaecitaobo;ca.
A cscolba de......., critério principal leva a modificar um pouco o
qrup1111cntopropostoporMayt:r,asabcr,cindirsuacategoria2cmBeD.
Paaore..iaatc,aoscu3com:spoodcnossoC,tornando.scscu411=<1Ec
•ouSl!O!i.'õOF(lntodvl:is).L.imi1ando-llOlisc:mpreaconsidc:rarkacca,percc·
1.. rmosnoquadroU111aparticularidadequedisliagueascastasdacatcgoriaB
1lrtodasasoulras:asoutrascastas,cxo:1oas(al1imas,F,sóaoci1am(horlmo·
!ol)k•ccadascastasmaissuperiores.Aocoolririo,ascastasBfom"lam,ncs-
" relação, um rclingulo e""' pacto: 81, 82, 63, 84, 85, comem em conjunto
"ol1mcnlo comum! Or1, BI reprcsc:ala os Rajputs, casta dominante, diga·
"'"'<L'>l1ri!&i1nCMCl113",cogrupo8rcprcscnt1oqucoossoaulmchama
.Ir "'cutu aliada'". A cornenulid..ie <! tio mais not""I porque o grupo
'""'l"CCnde i;utu ·•ocmdoru" como o okiro 64, que •ocita kacai de uma
•a11aez1crior1ogrupo,n11r11rplntolrn.,c•obrctudoobarbclro,BS,quc,mo-
11-.dn por 1uu run~!\c• 1k1m~&1ku, " .,..,110 de 'IU•t•o du i;uta e. cm si
"'"''" cxd.W..., J.. u ~. rm ''""'" 111•1111•. 1111111"'nf\...aodc1nforioridad<! e
F"ia.1•
GfHaçAode ....1•1<>1--ol,_de.U..0100...,....,lodoMolo'a(S<.. odomdodoode
A C.Moy<1.C......altd/ÓNlr/p.pp.ll-IO~

"""'"'º~~u':::'.::;~·~::.- bona!o.10lmon1< 1m QUEM elo 0«1to tol a1;.,.., 0 0 .. ,.;.

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í"OM QUE INFl!llJORflS se l'AllTIUIA O CACUlMB01 Lcrbori1U1Ual0><olo• ...,.,.i.
""'"'1<'1º·--·

.. ..,.. ...... oçad<•eadopm


.... ponodopupo
•rommu<llnçod<oeadoont<~ a •.,.... PG<•Jau--
.,,1,·,criacspcrarvcrBscdCMOlid.arii<..ardcB5paraprc.<Crvarscucua1mo
1.... uiioacontccc,catém.. moscoh<crvaquÇumacasiainfcrior,D3,nAo
,,1,olorlccc nenhuma dircrcn~a e occi!a hcca!antodobarbciroBSquan!o
''"' uutrn• B. E mall: u cw.lao C, 4uc '6 aceitam k~cca do Brâmane, c:stão
olm1ticad81iporlrbcas1.. (DJ,l!l,1!2)ahlii.nidobarbciro(cxcc!oocar-
1UUlciro CI, que apcnu D) 1nfcrlori1•). Ora,,.. C "10 casl:as ""ll"lariaaas, ao
1'""" que ,.. B ttm um rcalmc d.. r•rnc l!i& at, cnt,o, a promiscuidade
'"'"l""•q11edcv11..:por•~Anw11•l11io"•"•c•hmaptiblica(dos6do.in·
lo1oorr.,m1111mh1'n1dnolhlm1m••.•l•"'""""l11mpokkn11tuin.:lllM'IC2).
Eis aparentemente "" falta o prindpio do puro e do impuro, Nu.sa fonua, o
nos""""""
fale> é, acn:di1am<>S, 1!.Dico dias. Para comprcendé-lo, é preciso
lcmbrarqw: ascastasBcstiolllUdascm1on1odacas1adopodcr,Bl.(Dc
rCSl<>,algumasdelassietdominanlcsnasaldeiasvizinhas.) Eisoponle>cm
que,comohavfamosdeiudoe111revcr,opodcrpanicipadapurcza,qucem
principio o nega, e no qual se trai, em ou1ros.1crm<>S, a solidariedade das
duasprimcirasvarnas..
A consideraçiodoalimcntomalspuro,pakl<4, faz-nos ressaltar dois
ponlos:l.cOJJ\oj'dissc,clenioéutili...OOaquicmsuaplenacapacidadedc
alimcn1<>defcsta,quede..,riapcrmi1irasscguraraçomcnsalidadec11trcas
casla<, de estatuto vizinho, de B e de C; 2.. o exchasivWno de C sc dciu. mar-
car ne> scn1ido dc quc cssas castas rccw;am quasc 1odo palh bcm como o
kacca(oqucéabsurdo),aopassoqucosB,aoronu,ri<>,acci1amgcralmc111c
o pakk.a dos C (OJ apar<>a: romo inferior aos outros C, mas não se preten-
deu modilicar cm detalhes a ordem do autor); D, ao conlririo, se comporta
normalmente aceitando o palia de Iodas as c.a1cgorias supcriorcs; o palrka
csláquaseioulilizadocmEcF.
Emdclinili'.'O,oprincipalcnsinamcnlodu.sasondagcmlcvaàoposiçio
de 8 e de C, cuj<> ce>mporlamcnl<> ronjWll<> deve ser ..,rilicade>. Em face das
"caslas aliadas" cm tomo do poder, q,.. testemunham aqui uma dCllpr<:OCU•
paçãocumasolldaricdadc~pcionais,osCparccemcragcrararcsc"'8ca
dobra sobre si mesmos dos vegetariano!, até o ponto cm qllC mcsmo os
BrâmaaCll nio os levam nem um pouço a série>. DW:m-nos qui: os B são
faUSlososcconvidamromgcncrosidadcasnulrascaslascmsuasccrimôllias
familiares, scguidos11USCromportamen1opcl0$earpi111ciros(Cl).Aoçon-
lrári<>, os fazendeiros {O) se mostram BY3JCOIO$ e só convidam 0$ membros
de sua casta; ao mesmo ICmp<>, pmam de puritanos e, sc são roavidados, io-
slslcm cm rc.cebcr o alimento cru e o C01:iaham em casa. Comprcc:llCk-sc
melhor que sc !rata de se afirmar cm face dos B pelo fato de que, nas outras
aldcias,amcsmacastafupartcdogrupodos"allados",
Vimosopodcrcoatrabalaoçar,dcfa10,vitoriosamc111c,apurcza.Nwoa
forma menos cspctaclllar, o raio cstã muito dif1111dldo. Eis por qw: IOmamos
cuidadocmiodicaraeimacomocssaposslbillda<kfoiabcrupela1Coriadaii

17. ATRJBUIÇÂO OU INTERAÇÀOl

Entrcostrabalhosrcccn1csquemarC1D1oin1c1cssccrcoccntcpeloca-
ludo das manifC5lllC{lcs da hierarquia, dcler-11oa-em111 numa paqW.. de
P. M. Milhar e, JObreludo, nos IJabalhos de McKim Marrintl
PaulineMaharcaa:illlculançar IUU110bn: um••f"'<lndircr.:111cda-
<l""lc que ~udam .. om M1ycr. Nlo oc Ir ala dt um1 lutma 1t• lnlen~lo ob-
""""'da, e a técnica~ adacoucvisla. &sa.foiapri.meiralclll&ti"".islc111a1ica
dcC$labclca:ro11111aaldcia,apartirdascl.a&sificaçõcsdcS1cvcmo11,waacs-
caladepoluiçõcsiolcrcasla&(YCrCap.6)e,comcssabuc,umag:radaçãodc
c.<1a1U1osde caslas"".Q11e111oao:s1cú11imopo1110,011:sllltado~muitomais
darodoqucsepodcri.acsperardepoisdoccticismoprofcssadocom
fn>qiiêociapeloscspecialistas,cm particularparaarcgiiocmcausa(Ullar
PradcsboQdcntal): pelomcnosdczcsscisdasvin1ccdW1Scaslasdaaldcia
c.<làoclassilicadas""mcontradiçãocmquiozcca1cgorias,casprincipaiscli-
vagcns aparecem llitidamcnlc. No aguardo aioda de complcmcolos c>entuais,
oalcanccdaordemliocarassimoblidaCSl.í,infcliz:mcnlc,1i.mitadopelofato
de que oãosabc:mosllBdaM>hrc os grupos cm causa,c,.çc1oseus1>0mcsc
1ambémsuaprofw.i.01c:órica.
Ostrabalhostc:órico:swbrcahicrarquiadcMcKimMarriotto:sliofon·
damcnladosoac11ptri~nciaadquiridaoumaaldciadoocstcdoUuarPradcsh.
Apanirdcumapesquisadc!alhadaaiodaintdila,clcfoilcvadoaCOllcluir
que o pleno desenvolvimento da gradação dos lugares, sua plcoa"clabo-
ração",rcpousavaoumdctcrminadoo6mcrodccoodiçõcs.Emsuaprilllcira
obra,cscritacml9.53,qucjimcocionamos,Cas1eRarikurg.clctc111ouverili-
car.,....hip61csccmcincoregiõcsdaf11diaccoocluiupanicularmcntcquc
umadascoodiçõcsncccsúrla..dcumahicrarquiaprccisacdci;cll\IOlvidacra
umgrauclcvadodeiotcraçãodascastascmsW1Scapacidadcspcrlincolcs"".
Em 1959,cssa..uãofoio.istcmatizadaouman.igobastati1cnot'vcl."l111crac·
tional aod Allribulional llu:orics of Gaste Raoking""', que devemos resumir
cdiscutir.Esscanigomarcaumprogrcssodcsscscsludose,""111cntraraos
dclalbcsdasdi.'iCOrdânciascomoautor,dprccisodcslacardcmaocirabrcwe
ACusaspcaospositivoscdizcrcmqucav:is.iiopropostaporManiollparca:
iru;uficicotcdopootodcvislaaquicxposlo.Aoposiçioco1rça1ribuiçãocio-
1craç.io não dciu de lembrar, por um lado, nossa distinção rJpida cnlrc
criLl!riosabsolu1oscrcbtivos.Atcoriadaatribuição,paraMarriot1,l!aq11ela
1egu.ndoaqualolugardcwoacas1adcrivadascaradcrbticasdçseumodo
dcvida,altooubailoscgundoos<:ritériosdapurczarclativa.Oautorcritica
..... 1coria. Demonstra com succi;,so a iosllfi~ocia do esquema de Stcvco·
10o,qucé.cupri.llcipalrcprcscotaotc(p.93,cf.aquimcsmop..97,11ota25a).
Não se pode accitar lodos os argumentos de MarrioU (pp. 94-96), mas cstá
daroqueatcoriaditadaatribuiçãoéi.ft$uliciente.Marriouopõoaelaateo-
ri.odainteraçio,qucatribuiasimcsmo,eparaaqual"ascastass.ãodis!ri-
bWdas conforme a cstrut11<a da interação cnirc elas" (p. 96). A íórmula é
obscura,maséprccisoaprová-lanamedidaemqueelaaccntua,nâoma.isa
casla c1n si, mas as relações entre as caslas. Aqui Marriou faz sua parte nu-
ma rução salutar (.UOos Lcach caminhar na mesma direçio, acima p. 8S,
noia21c)aoin$lslircmd1Wcsptcicsdcintcraçio:"'ofatorituali7.adodcdar
e dc receber alimento, e o fato de dar e de receber serviços ritualsM. Em ou-
tros termos, ele lembra oportunamente aos que haviamsccsquccidodisso
q..eaintcrdcpcndênciacacspccialinçãoprofissionalfazcmpartedosistc-
ma das castas e insiste, com mais força, nas trocas de alimento. Na .,.çrdadc,
MarriOlt nos parccc retomar a linha de Hoçarc, o qual não ci1a, nOladamcnte
quandoscrdereàmancirapclaqualospr6priosaldc~ô$c.slabdeccmscus
julgamcnlos de supcrioridadc/inforioridade e quando repõe cm lugar de
honra os serviços religiosos que as castas prestam umas às outras. Guarde-
mos esta f6rmula: "Uma ocupação é uma csptcie de componamenlo que
constituiumserviçoprcstadoaumaca>taporoutracasta"'(dir·sc·iaanlcs
que é um servi~o prestado ao conjunto po1 intcrm~dio de suas castas). É bem
"'rdadctambémqueaimpurczan.ioéalgoinato,massocial(p.98),cjáti-
ramt1Snos.<;0pr"""itodacla.'5ilíçaçâodosalimcntt1SpropostaporMarriou.
Masn.io podemos continuar scguindo-oquandoprclcnde rcdllZir•
gradaçiodoscstatutosaumarclaçâodequantidadeedcqoalidadcdosscr-
viçosprcstadoscmíaccdt1Sserviçosreccbidos.Seissoío=lendocmcon·
sideração,orcipassariaàírcntcdoBrâmane.cécuriosoconstatarqucoau-
tor,quccstavacnlrctantoaíastado,noqucrcspcitaaorcconhc.:imcntodofa-
torcligioso,daquclcsquccriticamos,cstádcfatodiantedamcsmadificulda-
decnfrentadaporclcs,ados."cxtremos":clcrctornariadcbomgradoàteo-
ria '"atn'bu<:ional" para dar conta do lugar do Brâmane (é verdade que se
mostraansiosoporencootrarparacssatcoriaumafunçàodecomplemcnto).
Do mesmo modo, quando tenta definir paracadanrnaum "caminho de
avanço"próprio,clepcrdcdcvistaabicrarquiaqueaindaaquiseimpõc:é
possM:~ com efeito, destacar um "modelo bhatriya" ao lado do modelo
braminico. mas~ um modelo subjacente, de algum modo ao:anbado. e, quan·
to ao modelo vaishya. ele o é ainda mais, ao ponto de ser diflcil tomã-lo mais

"""· Scjaqualforalcgalidadcdafníascqucincidc.OO.caintcração,cm1i.
e pela reação contra uma visão uoilatcralmcntc "atril>ucional", é prcci&o
coll'o'it,11olímda.<contas,queOfidoisfato•aCS1lnptcocn1c1:0quevcm... t
Mart"iott lcat•dodc rato aenglobu• in1craçlo n.at1lhui~lo A hierarquia,
cm prindpi<>, é atribu/,d<> de um lu11ar • çada drmrnlo' ""' fflll{dn llO c<111
1umo.Maispn:cisamco1c,tioocupadoclcc.s1cjacomagradaçãodosc.s1a1u-
10•{<"'r~r•111kirrg),Marrloltfalbanoaprccndcropr6prioprinc:lpiohicrir·
4uico,aomcsmotcmpo, parcçc, que anricntaçãoparaocoojunlo.Aolcr
•ua primeira obra nos pcrgunlamos por um montcnlo se ck não eslava ten-
1ado como ou1ros a rcduzir o princ:lpio hicrárqllico às condiçõcs prcsumidas
de suasmanifcslaç6cs. Estamos de acordo cm que hierarquia e divisão de
1rabalhocs1Boin1imamcn1cligadascntrcsi,maspclarclaçãoaoconjuo10,c
ludoissoimplieaalgumgraudcscparação,islo~,atribuição.A"interação"
niioconscguiriasubslituiraoricnlaçãoidcológic.aglobal.
A DIVISÃO DO TRABA\.110

Os.islcinadascaslascomprcc"dc umacspcciali7.açãoc11inainlcrdc·
l"'ndenciadossrupusqucdcco11S1il11i.Acspcciali:r..aç.;iocomport1111nase-
l"1'IÇ~ocntrc esses grupoo;, masclacst,oricPlada para asnci:cssida<ksdo
<nnjunto. &sa rclaçãoaoconjunto,sobrca qual~prc:cisoinsislir,aprrncima
od,.i...indntrabalhodahicrarquia.Elad~tinguctambtmdcmanciradccisi­
'"ª'°'"'ªindianadcdivisãodotrabalhosocialdafonnaccoPômicamodcr-
,,.,quccstioricntadaparaoprov1:i1oindividualcabandonaanincrcadoa
"llulaçàodoconjunto,pclomcnoscinprincfpio.
A.uinalamos que, 110 passado, o aspco:to profissional da casla havio
'h~m1do a atenção e que exi.tira uma tendência de explicar as caslas pela di-
vlJo do trabalho indllSlrial (nio rcligioso), tc11dência q1LC fazia as castas dc·
morem, por exemplo, das corporaÇÕCll de profwào. Aacscc,.tamos qllC, c11·
!1<1uincnlc, a Litcr11ura dos 1111os 50 parccia, ao ro111r6rio, tcr ncgligcnciado
'""""'pco:toccinputicularsua[ormaaldcã,frcqilcntcinc11lccbamada"sis-
h1na1111mlni"(!i21,nota21d).Aalcnçio,lcgffimacm•imcsma,atribufdaa
""""'upco:tosdo1iiilcma(purocirnpuroctc.)scfaziaarompanhardc111na
•l«•~omia arbilriria entre "c,..ta"' e "aldeia": lcndia-se a considerar a casla
.oinuuinacsptcicdcsubllinciao.r:parada,aopassoqucurclaçõcscntrc
•••l .. CSlavamligaduao .. uttmlinenlccmplricohahitual,aaldcia.lssoNio
1h1<oumuito:multodcpreaaalnlordcipendendadascas1a.seimpõscdeimu
•Ir •parecer como um fcntimonu onanhu a llf(lprla cuia. Mu CMB brc\'C in-
'"ll"~""i• inicio! d1 antr<~"'l''tll• •odo111c..., <An•1"' me parece rc .. lad<>r1
·••••lun•diliculdodo•1>rlnd1•Al•u1111•11"·lrrm11•m"Jc11nrnr.1d1«1flW:rdo
doclcmc,,toaocoajW11oc•darelaçjoentreoquetcndc11105adistinguir
.;:o111oaspcc10.rcligioooscaspcd05Diorcligiosos..

fl. CASTA E PROFISSÃO

H.t wna ccru relação entre casta e prol"issão. Nio t 11.1111 ickntidade
purae.õmplcs.Assim,cmccrtoslimit~podc-..:rc.;:orrcraumganha·pio
difcrentcdaquelequcttradicioaalDacastadaqual..:fupartc.Alémdisso,
tbu.taa1ccvidcn1eqw: os.islcmadascasl.BS"io~ puraclimpl1tS111cntcum
sistcmapr0Ílssiooal,ac.s1.aniofidfntieaawna.;:orporaçlodcproross.lo.
Essarclaçiodcuorigcmadificuldadcscmal-co1cadidos,sobreludoporq11C,
.;:omoscviua.oCapltulol,tcndia-seat:0mprecadcro!iislcmacomoumsis-
lcma puramcale industrial, cm que os aspectos religiosos seriam secuad.I·
rioS'". BoapartcdadiliÇUldadcdesaparcccria..:..:admitissc,comHocart,
qucc:u.tacprof..sãoeslãoLigadasporiolcrmtdiodarcligiio,oquctevidca·
lcparaoscspcciali!.1"5rituais.;:omoobarbcirocolavadciro.Sc,comcfcito,
tWoe>1at11lodcpurczarclalivadaproíl!iliàooqucimporla,cnl.iopodc:-.c
imaginarqueproílSSÕc5.õmilarcs.nesscscn1idopudcsscm&ubslil11iro11co111-
plclaraproíl!iliàotradicionaldosmcmbrosdcumacai;ta,apcoil5comacoo·
diçãodcnio..:rcmmc11DSpuril5quccla.M"51icaainda11madiliÇUldadcim·
portantc:tqucareLigiãoW.;:onsidcraclaramco1ccmalgunscasosallpçAo
cotrccastacprof...ão.Háprof"issõcsrcligiosamcnlcoculr"5q11esiocicen:i-
dasporio'1mcrascas1aSdifcrcn1CS"'1•.
Ficaaiadaoíatodequc,oacscalageraldapurc.....n:lativa,mtraços
«>flSidcrados proímioaaispcsam muito com rclaç.ioamiraçosolioprofis·
•mnais. Uma casta tão marcada religiosamente como a das "pessoas do çoU·
rn"nioganbariaoiulacmiolrodwirrefioamcntoscmM:usoulrostraçoscos-
!Umciros: <e nos nossos dias ela quer põr um íun ao seu opr6hio,cla1cnta
dar um fun à funç.io que o justifica. Os =mplos. citados por MdClm Mar-
11011 e>:Íll"m csclarccimcmos., mas ck tem razão num ponto: a mC>JDa a1ivi-
d.dc polui muito mais se t ob)cto de uma upcciali7.ação do que quando t
uc1cidanoiotcriordacasa.Comparandooe.statll\orelativodeduascastas
dcBcngalaqucscde.dieamàpesca.Bh.Mukhcrjccobserv11quc,cnquaoloos
K.oiNrta pescam para si mesmos mesmo sendo agricultores, os Namasudra
'1VCmdcsuapcsca,epropl'H:considerarquctavcodadopc:ixcqucinfcri1r
111acstcsültimoscmracedosoutros.Podcr-sc·iasupor,anlcs,quetapcsca
rnqllllnloatividadcespceializadao~aàagricullura(càpcscapori;oota
própria) que faz a diferença. Altm disso, pode·M:wmprccndor: a atividade
r•pcciafü.ada t dirctamcn1c rclatiw ao sistema, 8 mma t apenas um traço
t·n1rcoutrosdacastaparticular'".
CoMidcrandoascaslasdaquiloqucthojeoUllarPrade.h,omaispo-
1•11lo""dos c.stados iodianos, wrrcspondenlc li partc ocidcntal dovalc do
<langcs,Blunlwmtalav:arcccntcmen1cquc,apartcumpc:qucoon1lmcrode
«<eo;<'ocs(umatriho,0$qU11trotiposdcMuÇ11lman0$SUpcriorcscascas1as
"'1Arias).crapossfvclíl1Alrwrrcsponderacadacastaumaocupaçãoouum
Mrupodcocupaç6escooc:us(O!SfeSys1mi,p.233).Distinguiacastasfuncio-
""''· cujaa.uociaçiocom uma profissãot tradicional, 1cndoes1a,M:~ndo
dr.pr.:ccdidooueausadosU11formação,coutrascmqucaassociaç.iotaci·
<lrnial,masantip,i;omoosAhirouvaquciros.,qucsc:i;ostumarelaciooarà
1nl>ochamadaAbhin>dosprimcirosséculosdacracristã.Bluntcla..ifü:ava
••profl<SOcsc111d01.cgruposprincipais:l.Aagriculturaém11~0maldeími·
ol•Í'.diflcildis1inguircnlrcpossuidoresdc1crras(cvi10apalavra"propliCti·
1uo"")ccultiV11dorcs,aindaquccxistisscmalgumascas1asdcpossuidorcs,co-
""''"R6jp6l("filhosdcreis'')cosllhuinhiJF<M1Bh~mihiJF(dcbMmi,tcrra);
1,~ l1mbém al~mas castas de especialistas de certas culturas (nem ind115Ívas,

..... ____
,....,._...,
, -~por~-- _.___
.--.................--....i--.
(_ .... .,...
· - ...... - p l l ) _ , _ _ _ ... _ _ _ _
. . . . . .,..__
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'" t.1<'"9-·1--...·.pp. ... '5.Bb.Mu...jot."C...·~-~·.
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_ ..,_...,.._..,_u,o.ow1-.-... -.)..-•.-'""llpololoco·
--~--·-·-·,....·-·---·-----...
:=: . .":'~;:.....:.;.·=.:,~-==..::.:::::=
~~~~~r.:; . ;.~:.::~.-.-~=:~.~ :~.:..-:.:. ~::.:.=..::
.
nomacl.Wvas).20•trabalhadon:sllgrlcola>,ca1cgnriabao.1an1cvaga,com
olgumasfuaçõcscspcciaisccastasdcoriiJ:m1ribal.3.Asocupaçõcspas10-
rais., cm que a relação 1radicionaltCS11Cila (dos\lllqueiros, açim.a, diuiJ>.
guc:m·scospas1orcsdegadopeque110).4.Asprof....OO.imlrul~coma.so­
ciaçãoCSlrcitacalgumasY1:zcsfuaçõcsçspcciais.5.0transportecaY1:nda
ambulanto., em que a associação t C5lreila e cm que as funções são sempre
cspcciais.6.Caça(tribosaborfgincsctc.).7.PcscacnaYl:gação(proJissão
marcada,Lrêscast..,).11.Comérciocindl'.lstria(a):funçõcstradicionaismas
indefini~ cz. o B<111i)'ll ou comcrdan!c (Vaishya). 9. Comércio e indl'.lstria
(b):funçõcscspcclí1CBSclO.Comi!rciodcalimcnlocbcbidas(9clOsãopu-
ramoatc funcionais). ll.Sahimbancosca1orcs. 12McndigosccriminMOS
especializados.
Eu.a dass.ilicação t muilo arbi1dria, pois não coloca cm cvid~ncia as
castas prof1SSionais mais. marcadas religiosamente. E111re1ai110, um falo ele~
scrrcssahadodcimodia1o:équcamaioriadasocupaçõcsi!rcligiosamc11lc
marcadac,mais.cmgcralainda,prccl$.amcntedcfmida,.salvoparaocomtr-
ciocmgcral(dcY1:mscrdis1inguidososart...,nalosalimcnlarc.,amiúdcreli-
giosamcn1cpcrtioco1cs)c,sobrctudo,paraaagricultuu,cmcspccialnoquc
concerne à mão-de-obra. Teremos de nos lembrar disso Veremos mais.
adiantc,nascqilênciadcBlunl,cmqucmcdidarn;mcmbrosda.....iaprati-
camaproflS$iioquclhcsest'idcalmcn1calribuld.a,ouumaou1ra.
EnquanloapcsquisadcBluntincidcsobreaproflS$.ãoLradicionalda
caslaindcpcndcntcdcscunomc,Ghucyc,porsculurno,cuminouaq...Uão
lingiaisticamcnu:"º· Obscrwu qou: rn; nomes das casias são, cm boa parto.,
nomes de ocupações, mas não são os (micos: há também nomcs étnico. ou de
1ribos,nomcdcsci1as,nomcsqucindlcamou1raspartkularidadcsainda.O
mCMJoautoracn:sa:nlaqucomcsmonioaCOlltccccomosnomcsdassub-
Cao.1as,quemarcam mals.distinçõcstcrritoriais.doqucprofissionaisouou-
lras. Conclui-se que a proflSS.iio é uma das difcrcn~ a mais marcaolc talvez
dasdifcrcnçasqueservemparadcsiparumg:rupovistodcfora,umacastL
Mas ....,.. designação prof1SSional ~ mais. cxlcrior que real, mais. "atributiva"
que efetiva, pois acm todos os membros e>cerccm necessariamente CSSOI pro-
í....to; aconlccc alé mcsmo dc uma subcasla sc dislinguir no inlerior de um1
cas1adcsscgêacropclonOIQCdcumaou1raproflS$iio.As.$im,segundoBlunl,
osKJllr/Jrdc Uuar Pradcsb se distinguem cm pcscad,.,.....carrcgadoresdc
tgua,criadosdemulbcrcs;ouaindaosl<ha{ik,cmpcdrciros,~ordociros,lru­
tciroseocadcdon:sdctoucinbo(bek""vlilt).Crcmosapcrccbcraquidoisca-
sosdistin1os.Numdelcs,aproílSSãoindicadacomportaumadifcrcnçadcci;·
tahlloqucacarrctaprovavdmcnlc umascparaÇ8o: pode:1er que os outros
Khllfik. lenham deixado de praticar o inicrcasamcnln e<1m :1ew irmãos con·
Y1:rtidoscmaçouguciros.Nooulroca•u.aprufwJln1MoJ<1.,rímnccidnape·
nas a e1iqueta de uma dMdo fundada na verdade: de outro modo. Vejamos
osdctalhcsproíissionaisq11eaparcçcmnaM:gmcn1açãod.ascas1asdosolci-
ros:deilcadadeladoadistinçãocntrcfabric.antcsdcpotcscfabriç.an1csdc1a-
lhas,éprccisooonsidcrarverdadeinmcnrccOn'loportadordcumalcancc
profwionalofatodcutilizarcmboisouasnosparaotransporle,ouaindaum
grande tomo ou um pequeno, uma pedra ou a mão para a modelagem (Bou-
glé, Ghuryç)? Pcnsaria, antcs, q11e csscs 1raços foram u1ilizados para dístin-
guirgrupn'lqucdifcrcmcntrcsidcourrasma.nciras,parauprimirdifcrcnças.
Blun1prc1cndiacsrudarasmodilicaçõcssohrcvindas.Aqucslãotdcli·
cada. Na medida cm que se pode atribuir CS5aS modificações à profwão, po-
dc-sc dizcr que só câslc ci.'óão ao n!vel da casta ou scparaçio ao nMll da•Ub-
<a<tascadifcrcnçadces1a1u1ocntrcaprofissãoan1igaca110V11.forimpor·
1an1c'".Estalislicamcotc,agora,Bluntsccsforça,eomhascnasioformaçõcs
fOJnccidas pclorcccnscamcnrooficia~ cm ver que proporçiodos membros
de um.acasladc prof...iiorccoohc.:idacxcrccdcmanciracfctivacssapro-
r'-'São,cqucporccnragcmdcpcssoasoumaprof.....;odctcrminadapcrtcncca
c.r.s1adaqu.olclaéaocupação1radlcional.Aagriculturatcvidentemcnlca
ocupação maii importante, as caslas de agricultores a cxcra.:m cm 90%, os
niio-agncul1orcs cm 43%, conlra 42,2% para sua própria prof!Mio. O faro de
~uccastastradicionalmcntcnô.oacrfcolasKlCnhlmdiriJidoemliograndc
rncdidaparaaagriculluraéalribu!doporcsscauloramudançasmodcmas
nndomfniocconômico,ao:ilaaidéiadif11ndidadcqucarufoadosancsaoa-
10santigos(lccclagcm)obrigouascastasqucdelcsviviamasedcdicaremà
.1gricull11ra.lssoéj11Sto,semdúvida,masapcnascrnpartc:houvedccadência
Jcccrtosartcsanatose.cmoon,;i:qüência,aumcntodc•upcrflci""cullivada.,
noradamcutcporampliaçãodairrigação.Masqucprovarcmosdcquoisso
"'ͪ uma situação absoluu1mcnlc nova? Nós a admitiríamos se pcnsásscmoi;,
com0Blun1,qucdcve1crhavidoum1cmpocmquccaslacprofiss.áocoinci-
<loam com cialidio, mas essa suposição é gratuita. Nio se pode esquecer q11c
a •gricul111ra - assim com vaga definição ~ mais uma ""pt.:ic de ocupação do
<1ucumapror.....;overd.adcira - ~ umaocupaçãnrcliKlosa.mcolcno11lrapara
omaioriadascastas(hiumprcconccitoconlraousopcsso.Jdoaradopor
[ldrtc das castasclcvadao)c rcspcilivclnoplanonão rcligioso;qpem tem
.occ<sodirctoounãolilcrra-csscéopoo10importaotc-oãovêocoh11111
rnoonvcnien1cemscaprovci1ardoladamaociraq11clbcíorposslvel.Vimos
acima que a rclaçiocotrc profw6csagrícolasc.;as1astvaga'".Altmdisso,
Blun1colocacmcMd&icillaC11.1.bilidadc - mfnima,masconsidcrb.,]- de
oonas profwôc& que Llo para a maioria especial.idades aldeãs, com frcqii!o·
ciarcligiDUD1Colcmarcadas:osliuiros=rocms11aprofissãocm76%,os
joalheiros cm 75%, os docdros c 1ostatltNu de grdos cm mais de 60%, os bor-
bt:itru e lawukiros cm 60%, os carpinteiros, tcool{lcs, oleiros, fabricaatcs de
6lco cm 50%. Isso t lio mais oot.tvel quaoto se !rata de proí...õcs cujos
mercados são limitados e /Is oua sofrem CDllC()m!ncia industrial (fabricantes
dc6lco,m:i:lõcs-a1ceelagcm,porunto,niodc..saparcee11).Esscfa1000&
rcmctccvidcnlcmcolcàintcrdcporulEnciaaldcicntrcagricWtorcsccspcda·
listas, que estudaremos agora. Pro'iisoriamcnlc, concluamos dessa revisão
prcliminarqucaligaçãocntrc.;as1acproíissãotsohrctudoumaqucstiodc
cstatuto,qucoqucimportataprofwãobcrcditária,dcsdcqucclan.ioscj1
contraditapoloCllCrdciodcumaproÍ1ss.iomui1oinfcrior,cq11eos.isicmatc-
nllaprovavelmcolcscmpn:comportado11maplaMicidadcdcssc1ipo,aopasso
q11cascspccialidadcsaldcis,ri1uaisounio,corw.i1ucmscuo1klcosóliclo.
Ascas.1asdccspocialistas,011maisc.ta1amcn1cscusgruposlocaiscrc-
gionais,1cstcmunha.Dlcom frcqiifociaumasolidaricdadcprofissionalcstrci-
la.Elasforamaproximadas,ocsscscntido,llsn......,.corporaçõcsmcdic\lais.
Seu privilégio ou monopólio jamais foi atacado, mas elas defendem sua po-
sição impcdindo a conoom!ncia cnlre os scus mcmbros c apoiando com soli·
dariedadcomcmbroquccntracmconllitocomumpatrooo(boico1aodo-oc
altmcsmoconscguiodoscuboicotcporumaoutracasta)''•.

-12 o "SISTEMA JAJMÃNÍ"

421.Genemlidada

Gcncrali1.0u·sc o costume de chamar de ..s.islcma jgjMIN~' o si.ucm1


corrcspondcn1cllsprcs1açõcscconlraprcslaçõcsqucligamàaldoiaocon·
juotodas.;as1asct maisoumcoosunivcrsalnalodia.Erograndcmcdida,
trata-se da cçonomia natural cm oposição à cconomi• monctiria. Trata·sc

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o,s 'tsomd 9 OV•t:IJ e :inh.iod 'Jopd:udwo oe of.i•t" "'°' sopd,.dwJ
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90 ~p :mb W.lo\ll"d ~ ·:1111:.s:»d 3.Ul111:is Jlr.I opoo r Wlll 'Jl!IJRJ R"
~ m:lpodw-"lf'd w '"!"m:ipv ·1~ '"P!IU:IS OIO$\llll oo 'llli'ClmeJ 'x·11c1
·(ooz·d'1on1e)o11•'1"!P :ipoW]rq.idm3 mn'!'1i:rsuoo'o1d111x:i Jod'opod
o!Jl!:>o:i :m:ip opf~U] Jlll'W!llf o :inh 1J!3U1111 p1 3p 'oP•i:IJ ll:Sr.lp mi""''
3P""!l,l$31p1113"lJ30.J!3<1Jl!C!R:IS'l!l(CUl!dn:isOl311!tJ,,,_JlplQ:I""'"'"""
111xi um "P 111.ri x o ':1p1pmqauo<1.,, 111Noni1 ~ n111 'o!li'9!!A!.rd '"" ''1'1!'11'~
!Z"P"'I ~(.llU'I o) erolf'l!d"' ''llºJ 1mno "'l!'J "3Jl00 .., '"!"!"º"'!"'" '!rll
-:llR1Dm1103POW1Jl!d>.rd>nh:11:inh1p>p1p]pnh1oours:iw'>1>unn11n!ll'~I"
-fldmn9:01u>OlllSlt.)Opopn131''hllu1>.Jll!P.WllJl'"'f'ºPX-110J1:0p....,,.
-:ud "'" """!' opn1 oP!"!J3P """'N ">13 0103~ op º~""° Jod (>1u~n!•
um) }'N 3P 'OJ!Xjn<j 3p '(l!yomdj OO!~Wop >lOPl:l:lll'l 3p ~llRJ ""'3>:'
>p {JR11!'PD) º~ill!"fld o,, :1uew!llf1nd :(oP<>a "lod >JU31111!l"!P3"'! "P""""U!
:n Olllo:> up.rnid 1'1Uo:> 1P opu31111 .lllOU) .,"ll3 SOf'i'OltOI[ ""li""~
"3llllW!JS:.rod('f!llUPll'P)SOSUJ!n>.190lf.1l:rztlJUJ'lllh~1:.nh•,.omooupwlr>{
""!ldr.i!Pll!Cl"l-'ll""!'!P"'n·oo!P;tA"!'JJ!Q"15"1''1.,l"'ºf11~nh1plf!I!'~
"l"'!" :110"'3.ld J"3 ~ :1111111.lOdlll] ~ ""°~" o~ooo V ·,.,.wpr.ilJl.D"' 0111
-o;i ~"'!'S: wn riOJdmo onh ll'lr.I 3J1 ~J:>q> o~ uew!Df o ~100..,.-,!io[OW!I'
~nb x-~A ·( .. .ropr.i!J!Q8S,. • 0F190do .rod) ,,:111nr.1mmis .. 1D1.Jl1dls onh ºlf'
·~U10fdJ>!JJ8d'Dlll'WflffMOJ~Op111(lfoll(3"3llrl!ST.l'3l"!0l!lllll~R-"1111tJ
~ "º
·et:»dm> >13 >Tlh 10S!3d l oFRi~l mo:> OIJIRd o no lopd3JdWJ
º"'~pR.nrd:><·R]pllllJ!P'ol111!Pll0>'8111]1Jl}"ISil""PWf<if•-"1f'duo111'3W
Dl3D '!"PW{Df8.... R[1d R 3µ8d epcll W> """;n!JR 0'1' 50p""!ldlllJ "{)
"OWJ310r
W!m~o~S8oqm;....,•!:1PfR "!' 3P1P!"""'º"· 'PºP"llll!lfl !"J odwo1
011nm 311111mp :mb O[!llb' 'OflU> ~pood'hluo::i OllJ o ~'!:IA,SO~S!P"l ..,~~
_,,,. so opn1~•qm; 3 so1npoJd so "l"!P"lllJ d!n!~~ m• 1110 no""""'"'!' w>
l!A1JIOG:IU3 no IUD00113 :inb 'u""!P"! "!3Pl11P "P~J 1!0IOD003 lp Wi'C!Wr1
Trala·sc apenas de tardas ecrimoniW., todas as outras s.io cxprcssasllll'
rnunro/illpagot1.
Qual é o priodpia do sistema dito faijrnW.i? O de que. por um lado, ele
aniculaadMslodotrabalhopormciodcn:laçõcspcssoaisltcn:dit"1as:ea-
da famOia dispõe, para uma larda especial, de uma familia de especialistas.
Odcquc,poroutrolado,ck:rcgulamcnladcmaru:iracostumciraa<pra-
laçôe<ccontraprcstapks:paraastardashabituals.opagamcntosefazcm
natun:1.acnioseaplicaindividualmcntcaeadapres1açiioparticular,masvi-
geportodooano,comoé11aturalnuman:laçiopcrmancntccmmcioagrl-
colo: pode ha...:r fomcdmcnto çotidiano de um poui;o de alimcnlo, há sem-
prc o dircito a uma qua111idadc f11<11 de grãos por oeasiio da colhcita, bi, li·
nalmcnte,prcscntcsobript6rios(scralmcntccmdinhciro)quandodasprio·
cipaisfcstasdoanocsohrctudodasgrandcsccrim6niasfamiliarcs,quci.io
umaocasiãofavor.tvclparaosprajddacasa.Umfatosublillhaasolidarieda-
dclimitadamasdcli.,....U..im.tauradacn1rcjojm4rtcp,gjll:cmmuitasrc-
giõcs,aquclcsqucs.ioco.WderadososprincipaisseMdorcsdaaldciadcshu-
tam de uma dotação de terra do íUJ>do comum, do qual dispõem colctivlt-
mcnle seus patr6cs"<.
É aqui queseaprccndcoponlo fundamentaldadivisliodotrabalho
que t pa,,c integrante do sistema das ~as. Como Huuon não fala dele, e
comoc= "sistema" é, com toda evidência, pouroconltccidonafrano;a,a
nào,<:.pcloscspccialistas,ccomo,poroutrolado,podi:-secompre<:nde-lo
melhor com um C11cmplo concreto, resumiremos a primeira monografia alo
oíicialdcdieadaaclc.Osistcmanãocradcsconhccido,aindaqucsetcnhio
faladodelcsobarubriea"comunidadedcaldeia",c81untlbcdtllflltupr
cm scu livr,,..... Mas um mission"1o amcriClllo, Wiscr, \l:YI: o mi!ritode ser o
primeiro a dcscrcvê-lo cm detalhes tal como o ob6crvou auma aldeia do
UllarPradcshocidcntalantcsdc\930.

~- ... oq.Oo~loldllo--•-""'-"'~•-•
:"w"!':"_..,_ • ...,_ ..... __ """'°"<*»"""°'d.-
<2<1.tu~- ... ,_.-..,_._I"'"~..,.-- .. -
:-:....-=:!..-....:::.-;..":':..:":::=."".::':_
~~=.::~::~~=E::~~:.::
~=~!o=:.,':..,?".'.::::=..-=-~
:=:::-_:..:::~=..==:.=.=~~-=
~::~=.::...::::::;T,::=:;:.~;:..~~:.
42.2 UmEumplo

Karimpur ~uma aldeia de 754 habitanlcs situada oo Doab, entre o


Ganges e o Jamaa. Os Brima11es sio a cu.la do111inante no sc111ido de qvc
dlspôc:111damaiorpartcdosdireitossobrcalcrn;sio,ao111csmolcmpo,a
osta mais numerosa (41 fam01as num total de 161, que pertencem a 24 cas-
tas diferentes). Wiscr fomea:u um quadro completo das prestações e contra-
prcslaçóes. Em primeiro lugar, oskdm kamevlll~. "trabalhadores" e especia·
llslas desfrutam de um certo níunero de COllc<:MÕes.. Em particular pequenas
superllciesdctcrralhessiorcscrvadas,asqu.alsclesailtivamscmpagaralu-
iuol. O Brimanc encarrepdo de acender a fogueira da festa de Holi dcsfru·
1adcmcoosckumhc.:tarc;onorisla,dcumpomarcdeumapequcnapar-
rcla;ocarpiDleiro,olW:iro,ofabricantedc6lcoeoalfaiate,colavadciro,
respe.;tívamen1c,dc55,46,35c15arcs.Épouco,m8Sissomareaoearálcr
defunciimáriosdaaldeiaell:rcidoporessagcntc,ecssapr.iticacstámui10
difundida. Quanto ao mais, dividiremos as rdoçõcs cm cama cm algumas ca·
tegorias. Traia-se naturalmente de relações permanentes, pessoais (ou de
família a íamOia) e hereditárias. Disli11g11ircmos dcpe11dentes (A) e traos-
fonnadorcs e gimerciantes (B). Anotaremos cada easu çom um nÍlmero de
0<dcmnagradaçiodcsccndcn1c,dc1a24.
Catquria AI: Dependentes com funções de manutenção permanentes e
duci1osfW}Semgrão.D11as.,.,zesporil110,porocasi.ãodascolhcilas,6espe-
'"'llslarca:bcmdccadaum dcscuspatr6csdotaçõcsfutasdcgrãoba1ido..
Sáoelcs:oBrimanc{l),ocarpinlciro(8),obarbciro(9),ocarregadordc
!guaeckpalanquim(10),oolciro(14),olavadciro{l7).(0soutros,scsc
aprcscotarcmparaotrabalhonocampo,rcccbcmumabraçadadccada«>-
lhei1a,umaespo!cicdccaridadequcoãoscdc.,,rccusarcq11ercprcscn1adc
l.4a2,81ibrasckgrào).
Calqurio Al: Dependentes com funções cerimoniai>., que recebem cm
cadaocasiãopagamentoscostumeiros.Porocasiiio~grandcsfcsu•<doano,
o,;cLientesdacasarca:bcmpequcnosprcscn1es,masalgun.espcciallslasio-
lcMmativamcolcoasccrimôoiasfamiliarcs,qucsãoparaclesocas.iõcsdc
boa remuneração - sobn:tudoocasamcoto! Rcc11ronlramosaquia maior
partcdosprccedcntcs,outros(sublinhados)sãonovos:
Brâmane (1) 1Mtalogúta (2) que se~ tambtm como mensageiro;
flonJta(S);barbc:iro(9);c.arregadordcligua(10);1avadciro(l7);ceslti-
'11(18);/iuiro(20);mt11digom11'1'lma110(21)scmfun~prccisa;da11'wi­
~amu"'lmª"" (24).
f.Ma.duascalcgoriasjunlü<<>rrespondemaoníodcoccn1raldosistc-
mo. Destacamos cm nou, a 1'iulo de uemplo, alguns detalhes sobre as

_
funçõcscospapmentOl'dobarbelrn'.,

--. . --._. -... ........ .-.1"·"·-·-·-.


..... ......... ~_ ,..................... ... . ........
~ - -........,... _,.., ...... ,.,_.,,.,..,P'"º-"°
, _..
-.-..- .
11ootw.. ... 1.....,
~--
S.gucumac.atcgoriacmqucarclaçãopessoaldcdcpcndéncia~ainda
marcada,maismarcada,scscqviscr,doquenasprcccdcoles,masqucnio
coml'""'odecspccialislasrituaisouccrimoniais,csimapcnasam.ão-de-obra
apfcot.(comudusãodostrabalbadorcssazonais). Dcircmosdet.dodois
guarda nomeados pelo estado e escolhidos nas cm.las inferiores, bem como
as mc""'l"irt!Sc os pastores. Rcsur. um a:no oíuncro de pessoas pagas por
diaouporm&.Trala-..e,deíato,dclrabalhadorcs"niiolivrcs",submetidos
a um empregador, que só trabalham para outros com sua permissão e
frcqiicolclbelllcpa&3J11comsc11trabalbodfYidascon1rafdascom..,uscohor.
Pordia, 14trabalbamfn:qiicolcmcolc,44oc.asionalmeolc;porm&,apcnas3
(a1rocodcumarckiçiopordiacS,61'1lpiaspormts).
Catrgon11AJ:Dcpcndeolcsqueco"5lilucmamio-dc-obraagrfcola(io-
dica-scon6mcroporcastadoslrabalhadorcs"írcqiicotcs",dcpoisostnba·
lhadorcs"ocasionais"ccomodenomioadoronÍlmerodeíamlliasdacas!a):
Hortelões (6) 2 mais 10/26; carpinlciros (8) O mais 6~ cam:gadorcs
deigua (l0)3mais 13/19;pastorcs(ll)3mais 1/6;CCS!ciros(l8)3mais
3/7; curtidores {19) 4 mais 4/8 (lembrar que =as pc=ias, os Camar, são a
mio-de-obra por ua:lo!ncla, tendo-se cm vista seu n6mcro na plaoíclc: do
G>mgc5); lillcirm (20) 1/8 {um mensageiro, um guarda); mendigos muçW-
manos (21) lmaisS/8;o:ardadordoalgoclão(2l)l/l;lvaqueirodc11maou-
traaldeiatcmprcgadopormts.
Chegamos "liº'ª àqueles que cbamo transformadores e comerciantes.
Arelaçâopessoalsubsislcparaaprimeiracatcgoria.
C111egori11 Bl:Artcsãos lrlJISfonnadorcspagoscm oalUJeza por uma
proporç.ioens1umciradoprodu1oqueclesmaoipulam paraoluaodcseu
p.1lriopessoal:losladorcsdegrio(l2)cfabricanlcsdcólco{16).
Ca1~a Bl: Ancsãm transformadores pag<1$ cm csptclc segundo
umatarifaCOSlumcira:joalhciros(4),alfaiatcs(13).
C111~11BJ:Vcodcdorcsdeprodulos:hortclõcs(6);pastorcs{ll);
comcrcianlcs{15);comcrciao1csdebracclctcs(2:2).

. . . . . . --·-·q--•...,.. ·-·-·..-·-•""PP
~•-o11opuo....._o-.-.i.-po1.11oo,por_..,,._.,.

·---•--(-)(oo,...llbnod<pb••-..i•-llbno••·

==~~=:-==~~~==
~~~~~~~;;2:~~
~::E~:.~::~=;~g==-E:
NOfM:OsespccialislasdacatcgoriaA,comoocatpi.ntciro,podcriam
figurar cm B quando se tr•tusc, ~m da manutenção (da carroça), <k traba-
lhos coromcndados cspcdalmcnlC (por acmpln, a construção de um carro
debois),pelosquaiss.liopagosemscparadocmcadac.aso.Poroutrolado,
nOle·sc que, m...mo quando uisle apan:ntcmcn!c uma compra, o preço da
mercadoria dão ~ um preço comercial: assim, o leite custa 1 arma para o
Brima.nc, 1 anna e meio para os Oll\ros: tambtm aJ intcrvtm o estatuto, o tc-
cido das rclaçõcs pcMOais oo i.nlerior da aldcia.
Wiscr aprcsc~a o sistema como sendo globalmcnle mais ou menos
•imi!trioo: um membro de uma casta qualquer, com cxceçlio da& mais bai>:as,
é,ncslaordcm,senborcscrvidor,cha.vcria,scgundoW1SCr,trocadcscM·
1os: por c.-:mplo, um art<'$io ql18.lqucr é empregado por Brimancs e, inver·
'3JDcotc, enquanlo cbcfo de casa, emprega um Brãma.nc para •Uas ccrimô-
oias domtsticas. É vcrdadc que pD<k clislir uma cena rcc:iproc:idadc. mas cs-
.a rcciprocidadc é bicrúquica, o quc Wiscr, idcali7.ando o &istCDl1 à s111 ma-
11cira,curiooamc11!cnJocomcguiuvcr.Elenola,cnln:tanlo,qucobarbciro
não serve os lixeiros. M...mo entre os Brlm1.11cs surge do só uma gradação
de cslatulos, mas 1ambtm uma dWinç.ão nftida entre a função de aplnrador
..grh:olaeadccspeciali$1a.Comcíeito.osBr.imancscs1ãodivididoscm7nf·
vci.o; diferentes. Apenas 3 familias (cm 41) servem como .accrdolcs. A pri-
mci1a, de pos10 l,servcasdcposto2e3;r<Xiproeamcntc,clafscrvida,ço..
mo as dWIS outras familias de posto 1, por um .accrdotc de uma aldeia vizi.
nh.o,dccstatulosuperior-cooformcarcg:radadistinçiogcralentrepodcr
e ••laluto, que Wr.da aqW se manifesta. A segunda familia de .accrdotcs, de
(Xl!'lO 3, SCr\'C os Brâmanes de posto inferior ao seu (e~ de posto superior,
cm 34 - aceção não ~da.) e uma pequena pane dos Dão-Brimancs; a
1uceira, de posto 6, serve o rcslo dos 11lo-Brimancs (aceto os 6-i:iros e os
Mu1ulma11os)"'.Fmalme11tc,11otc-scqucalgunssioscrvidoscnãoserwm.É
"casodosBrâm111csproprictúiosquc11ãocxcrccmtrabalhoalgumparaos
!lulros(36/4lfamllias),foeasodo"contador''(l),do"lrabalhadorcmatcr·
ros.. (7),cmaisoumcnosodascastasderomerciantcs:joalbeiros(4),hor-
lclõe.I (6) (estes cm prillcfpiotem scuspr6priosjajmaos), pastores(ll) e
mmerciantcs(l5).
VC-<SC, então, que, m...mosc nosescalõcsmfdiososcspc:.;ialis!assc
"'""'"'reciprocamente uns aos outros cm sW1Scapacidadcsparticolarcs,o
"'tcmanàotdemanciraalgumaigualil"1o:porumlado,opostotalniti·

-(-- ...- ......... -" ...


t l ! A w . d o _ ...... _ .. _ ... _ _ ...... _ .. __ • __ _

........ - ..- · - - .... - ........ - ........ - ........ bor


-..~-~...,.....,.,.)

[~~;.~:ç:ªI:~ê%:==
damcotc marcado; por owo, e sobrcnuln, clc opõe vigorosameolc duas
fuoções:adcpa1riocadcclicu1ccspccializado,c"6podemvcrdadciramcn·
tcosteatartoda.magnifkfnciaaquclcsquodisp&mdafontcpriocipaldari·
q11ezacdopodcr.1tcrn.Osistcmaconstitlli,cmsuma,UD1dispositivoquc
lbcsasscguraosserviçosdo&cspccialislasc,in-.irsameotc,asscguradcma·
neiraindirelaasubsistbcildoscspecialistas,dando..lb.. direitos,1imilados
masrcais,sobreosprodutosdosolocobcm·CSlardcseussenhorcs.

423.DiscussiJo

Esse "sistcmajajmaoi" deu lugar, nos ~llimos anos, a uma discwd.o in·
ten:ssantcq11eilus1rac:.omdarc7.1adlfieuldadcqucsentimosdcíazi:rjustiçl
li hierarquia e que, conclativamc111c, oolocacmqucstio oossosmodosdc
pensamento mais habituais e mais arraigados. A universalidade do sistcm1
foiC011tCS1ada,quasesemncnbumflUldamen1~.0coutromodo,adis­
eussloccnuou-secmprimeirolugarnaaprcOaçliodosistcma.Diuemosq11C
Wiscr o idealizava um povco cm sua i11tcrprctaçio. Ele via no sistema não só
uma segurança para m pobr~ mas finalmente, com um rele>o dos graus
mo!diosda hierarquia, uma espécie de harmonia igu.alitúia bem poueodc
ac:ordoçom oconjuntn, mas qw: lembrava um pouc:ooqiwlroidfl.i.;odo
"c:omunidadc de aldeia" fornecido pelos administradores romSnlico. do co-
"'C9' do stc:ulo XIX.
Bcidclmandcdicov.aosistcmaumaan:ilisccomparatioa,dcgrandcmt-
rilodocumcnla~masquepadcccporseuautor,cntioCSludantc,t~·lacseri10
semtcrcrpcriênciadiretadainstinaiç.i.,...Elccritic.aW1SCrcomrazio,co-

............. ___ . ........ ___ ___ _


<4 IU _ _ _ _ _ ,... .. _i;.i..wlll\atp<t."'"'..... ..,............. .,....,,_

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.,,,_"""""'"iowiop~·-·-·"·'"'·PP-7'1~-·-·

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. ~!~~~~f~3.
mo í~mos aqu~ mas vai muito mais looge: o sistema comporta lldla desi-
gualdadc u rcpaniç.io do poder, logo, cle r<:prcscota uma forma dc "uplo-
r•çio"edc''coerção".Oaspceto"rilual"tscÇ1LndáJio,oaspc:c:toewo6mi-
co·polílico, COD1andado pc:la r<:laçio ao .rolo, csscoci.el. Em suma, quem diz
hicrarquiadiz"uploraçio".Materialisioodoutridrioeccgo,Uioradieal,
qucumaulordclcodêncUiariAloga.,mascxperimcolado,K.Gougb,sedcu
•OlrabalhodccxplicaraBcidc:lmanqucelcesiavacxaaerando.Scmpredc·
fcndcndoumjulgamcnloopos!oaoscu,Bcidclman,comoW"iscr,l\ioconsc-
guia aprccndcr a bicrarquia. Paracbcgaracla,foi pn:cisocspcrarocrl!ico
dcBcidclm3Jl,0rcnstein"'.Acrfticatradical,ccnsuraBcidclmanpornio
"crq11eosislcman.iocorWstcapcnasdar<:paniç.iodcsigualdosmciosdc
prnduçào,ma..,aomcsrnolcmpo,c c.pcci.elmcole,dc oulrosaspcclos:clc
1nui1uicotrcosqucdi.lpôcm dcsscsmcioscosdcqocdclesnãodlspócm
uma intcrdcpc:ndênci.a cm suma favorivcl aos 6llimos: os ricos dependem
dospobrc.cmccrtamcdidagraçasaoaspecto"rilual".IS$0,00ÍUOdo,tcor-
r<:lO. O sistema comporta ao mesmo tempo desigualdade e, como dizia Wi-
\Cr, uma certa scguranÇ1 para os iofcriorc.. Não t llidispeo>savcl seguir
Orc...icinquaodoclcinsislc,conuadizcndoa"uplorao;ão",ooaspcdo"fun-
<10nal"dosislcmacnquantocontribuiç.ioparaacocs.iosocial.
NCM<:ponlo,rcaparca:aq11C5lãodarclaç.iocn\fcosaspc<tos''rcll&io-
""" e os aspectos "cconõmicos". N6s a dcizamos cm suspemo a prop6silo
J. intcrpn:taç.iorcligioudc Hocartcdadiliculdadcdcsu.ageDCrali7.1ção.
Tomemos como c>1Cmplo os Canr.U ou "pessoas do couro". Tcoricuncnlc,
clo.\sioinlodvcisporesiarar.âo.cncarregadosquecstâodolraosportcdo
llóldo morto e do 1ra1amcn10 de •uas peles. De fato, clcs sio uma casta muito
numerosa da plank:ic do Ganges, cm sua maioria 1rabalhadorcsagricolas
'n.iolivrc.",mcsmoporqocolratamcntodoçollfOsócoo1ribuiriaparaa-
hm<ivência de uma pc:qucoa parte dclcs. Dir-sc·ia, colão, que a teoria~,;.
1ul"racioll8.lizasua"uploraç.io"?UmartigodcDavidPococka1acacs.s.a
•1uc•lio 110 qwidro das "rclaçõcsj<ljnrhli'~~. Pococlc llilroduz uma distinção
<n1rcoqucckcbamadce.pcci.elidadcsrcl.igiosas.- asllnicas,.scgu.odoclc,
\'Cnladciramentcjajmbri- e aspseudo-cspeci.alidade.econõ"'icas,qucli-
"ªlmcntcrcconbcccsc~rimircmnalinguqcmdasan1criorcs.(Elcdistin·
~uc, além disso, 11cssas(il1Una..,c11lrcadcpendê11cia pessoal do trabalhador
não ~we e as ÍUDÇÕCS propriamente arcesanais que participam cm graus di·
..,,rsosda.ccooomiamcrçaoliJ.)Essadis.lioção,sc111d(lyjda,éanaliticamcntc
íu.il, e j~ vi.mos dc.spoatar D& c11umcnçio de W"ISCr, mas se se 1ra1a do siste·
llla em seu co11jun10, ela. parece evitar o problema mais do que rcsolvt-lo. Se
sequerintrodwiropc111tode'lisl.acco116mico,podc-sere1omarlodososas-
pcctosetc11larc11primi·losne.ssalioguagcm(poder-se-iadi1.cr,porclCmplo,
qucocstatutosccqirimcdcíatoquaoti1ativame11tc110"preço"dolcilc,are-
li,;ão na remuneração relativa do Brãrnaoe ele.). V~-sc com menos clareza
como se poderia cíc.1Munc11te distribuir os ratos entre essas duas categorios
Ião diferente..: religiioccco1111mia. Pococlicscapadcs.""diíiculdadedislio-
guiodowlm:1udocntreoqucdepcndcdascondiçõçscconõmico-poUtica.lo-
caiseoqueniodcpcndedelas..Ocpcnderiadclas,porciwmplo,arelaçioeo-
lre propriclh'ios. e trabalhadores aio IMcs (mos e= ftllim05 sio tambái
"pcswasdocouro",aiti!riogcral).
Fab-se com írcqUn.cia de "cconomia primitiva" sem nnca deímir em
qucbascscgeneralizaumtcrmoe..pecificamcnlcmodcmoparaapLicá·loa
wcicdadcs tio diferentes. Dcímirem05 a cconomia pelo valor e pelo mcrca-
do, como Mauss, oupclanecasidadcc pela u1ilidade,comoasND1tiand
Qutrits"'?Oprimcirosentidoseriamuilocstrcilo,aplicando-sc:apcnasaal-
gumasprofü.sõcs. Entre1an10,adivisãodo1rabalho 1105 parccc à primeira
viola possuir ncCCMariamcn1c uma face econômica. Se nostr111Sportarmos
cmcsplrilo~fndiatradicionalcscvinnosoculliYadormedirdcmancirasu­
ccssiva a pane do rc~ a do personagem que: 1cm um direitocmincnlc &obre 1
terra, depois as partes do Brimaoc que o sem: como saa:rdole domhlioo,
do barbeiro, e assim cm seguida tal•u ali! a do lavrador intocá..,,~ n.io
1erlam05 n6s uma imprcss.lo de um fcofuncno compar.iVl:I ao do mercado,
ondcaspreslaçôesdequalidadcdilcnmlesionavcrdademcdidasnamCS1111
unidade, reduzidas portanto a um denominador comum, o que: ullrapassaw
vi.•ivclmcntcareligiio?Falar-sc-iacntiodo''valor"dasdivctsaspreslaçôe&.
Uma vis.ão como essa scria, 1111 meu cn1cndcr, um crTO, pois uma wp
simililudee>3.eriorcscoodcriaumadifon:nçaprofuodaentn:dnisfcn6menOI
tio pr6>:imos.. Esse falo não escapou a Mu: Weber"'. No mercado, todos OI
comprad11JU,lod05osvcndcdorcss.ioiden1icoscnquantoial,cadaumpro-
curandoscupr6prioprmocito,eoaj11StamcntoscopcrademaneiraioCDJl5·
cicn1cpclomccanismodoinctcado.Aquiaçonlccccoisadiícrentc:nlos6u
relações, cm sua maioria, 5io pessoais, mas elas lamWm o são em virtude de
uma<>rgallizaçiocooa:rtadacotico1adaemalgumamcdidaparaasatisfação
W...ncccssidadcsdc•odosaquclcsquccntramnosislcm1dcrelaç&s.Oquc
scmcdeeíetivamcntcaquié,dcalgumamaneira,ainlerdepeod~ocia.Sca.
prc..taçõcsdiretamcnlc religiosas e as prestações "ccoo&micasHsccoofuo-
dem,isso•C011tcçcnointcriordaordcmprcscrita,rcligiosa.Asncccssidadcs
deunscdcou1rossioC011cebidascomodifcreolcscmfunçiodaca.ta,da
h1crarquia,masofa1ooiodcvcdissimularcss.ooritNtu;doparaoconjun10
Jo''.ilitcma"intciro.,..Dircmos,cotão,qucadislribuiçãooa'1cadifcrecs-
"'ncialmenlc do mcn:ado cm que da ocorre cm virtude da intcrdependEncia
de 1odos.Scolharmosbcmparaisso,..,virmosocul1ivador$Cdcsfa>J:rdc
umapartco~AvcldesuacolhcitaemprO\leitodctoda11111asériedeagcntcs
di(crenles,..:ntiremos6nalmcolcqucniocslamosnouoivcrsodoindivfduo
cconõmico moderno, mas numa espécie de coopera1iva cm que o objetivo
primeiroéodcasscgurarasubsistêociadctodoscmru.iodesu.afunçjoM>-
nal,quascodcpartilharoprodutodccadaparceladctcrreno.Arcfcreocia
•1uc,dcumlado,..:fazcomrelaçioaoilldiOl{duoqucbuscasuasV3Dlagcnsé
fci1a,dcou1ro,comrclaçioà€olt1illid11Mhifflfrquka.Açrcsccotcmosac.'IS&
nposiçioareivindicaçãosocialistamodcrnaetcmostrtstcrmosquepodc-
mo.colocarcmséric:
1. coletividade hierárquica - distribuição mais ou mcnosconscicote
dos recursos;
2.individualidadcsanArqoicas-rcgulaçãocXlcma,automftica;
3. individualidadcsrcgulamcotadas{ou)rolclividadc iguaLitúia- rc-
gulaçiocoll.<Cicntc.
Em suma, o sislcma das ca>.1as deveria, anles, surgir como menos "cx-
p~>rador" do que a sociedade dcmocnllica. Se o homem modcmonio vt isso
fp<>rquenãomaisconccbcajusliç.aforadaigualdade.
QuccooseqQêociatirardissoquantoaosistemajajmani?Queclccso:a-
pa àquilo que chamamos ci;:onomia, porque se (undamcnla numa refcrêocia
1mplrci1aaoconjun10,quetdaordemdarelig:iio,ou,scscquiscr,dosvalo-
r<• úllimos. Ele amana a essa referência aquilo que de outro modo seria
<mnllmico. Ezprime numa Linguagem uniforme aqu~o que distinguimos, e
niln há nisso ocnhum abuso e nenhuma fraude, nem 111oito menos um ícnl}.
m<nn super6cial, mas a CS'ltncia da coisa. Tambl!m aqui o poder cstt cnglo-
hadn. Limitado, reportado a omra coisa. Ekolocstiauscntc,ocméoquc
"'"".<em cssc cnglobamcnln"". falamos diante de uma difü:uldadc? Talvc1,
1n .. nosdcscmbaraçarm0>dclaA<ri1rcnunciar1comprccodcrn011SOobjC10.
All!m diuo, o que ~ &CODleCendo aqui, no ítm das contas, tem seu
cqllivalcntccniren61-Aldlodc1U11pilltorcélcbrcpodc6Crv.:ndidapor1U11
grande oWneto de milbõcs 11\Ulla dctcminada tpoca porque concordamos,
cm Sllllla, cm rcdllZir ao dcoaminador comum da economia Lodos os produ·
1oscmdososbc115,a1tmcsmoosprodutosquccmoQMOlidiaspanicipam
o;adavezmaisdcum"8101rcligioso.S<ircstaaclcsscrcmdcdaradospro-
pricdadcinalicn.Jvcldcumgniponodiacmqucsuavcndaforscolidaçoiao
sacr~fgio.

4J. CONCLUSÁO

Tomando a sistcmaµi;,,..,,,; como tipo fundamental da divi!ião do tra-


balhona lod.iatradicioaal,tcotcmosrcuniradcscriç.iocm algumaspalavras.
Exislcm,cmsurna,duascsptcicsdccastas:aquclasqucposs11Cmosolo
e as outras. Em cada aldeia, uma casta (ou muitas castas) po5SUi o solo. A
cKpfCSSãotproposi1adamcn1cvap,scrácsclarccidamais1ardc(Cap. 7).Es-
.a casta t, assim, "dominante", ela desfruta do poder ccon6mioo porqllC
disp6cdosmciosdcsub&isteociac1ambémdopoderpol/tiço,cmvirtudcde
wasubordinaçãoemunidadcslcrriloriaismaisvasla,digamosdc•uasubor-
dinaçãnanrc~ cuja funç.inclarcproduznae>ealadaaldcia. Ncssceasn,arc-
t.çãocn1rc casta c proí....;;otvaga. Poisa funçãoscabrc,cm 6ltima lll>tli5e,
à força: n que na ideologia cll&ic.a c.sLi rcscrwdo à wrna bhuriya l, de fa·
to,divididoporumgraodco(lmcrodcçastas,
Todas as outras castas !.io dcpcodcolcs. De maneira geral, seus mcm-
bros ob!Cm acaso dircu. 1111 iodirctameolc aos mcios dc subsislCncia por in·
tcrmédio de rclaçócli pcs.oais com os membro... da casta domioa.olc e Clll W-
1udc das fuoç6cs quc podcm ClCrccr c quc slll"gcm como ococsstrias aos
olbosdacastadomiaantc.Aligaçiocn\rcca.tacproí..sãotfracaooqucdiz
rcspci1oàsfunç6csqrio;olasio1cmcdiárias(culliv.ador,am:ndilirio,capa1.az
clc.),tfortcnoqucrcspcitaàsautasdccspccialistas,cmgraodcpartcmar·
cadasrcligiosamcntc,càmio-4e-obranJo-livrc,gcralmco1cintoo:ávcl.
Eisoprimeiropoo10,sobrcoqualtodoses1ãodcacordo.Tudooq111:
scdlzcomumcotcsobrcopodcrtvcrdadcironcsscofvcl,t.1Q:loquctprcd·
sotomarcuidadocomnaspcdo~dasrct.çõcscromnconjuolodu
id~ia.s recebidas, que limitam muito cstrilamco1c, por 0.1Cmplo. o poder
económico, que se tende 1 coil$idcrar sob o modelo moderno. Mas f verdade
que, nc- nl...:~ os valores rdigiDl!OO estio cm recuo, como dcmomtra o falo
dcumgrupoqualquer,llioimportaqual,lerpodido,emcircu.nslãaciasfa.
vod...,is, se tomar .;ast.a dominante D\l.IJla localidack dctcrmirlada. Esse Uaço
cs!idcarordocomadesYaloriz.açiodopodcr,Írlclllldaaa!eoriadasvamase
•uposuparaabicrarqlliadep~.
S6 '!"";...,é, cvidcnlc, apenas um aspcdo do lotal. Dominan1es e dc-
pcndcntcs vivcm sob o impérlo dc lllJl sistcma dc idfias no qual o asp«to dc
"podcr.. qucisolamoscst;i,dcfato,cnglobado.Aidtiacsscncial,noponlodc
•-istaprcse11lc,éaoric11laçãoparaoco11junto,quc,mcsmoqua11donãoé
ronscicnlc, determina as mtnimas atitudes porque ela preside acspcdali·
1açâo ca interdependência. EsSll oricntaç.io, q\LC lcgitim~ aos olhos d05par·
1iripa11tcssua po6içiorci;p«tiva,•urgc C0>11oocontririodcumfcnõmc110
cronômico suic10 ••11111. O fc11ômc110 ccon6mico supõe um sujeito individual,
caqui,aocontrário,éotodo- sesequis<:r,a"comunidadcdcaldcia"c11·
quaritoinseridanumaordcmncci:ssllria- qucestásendnvis.ado.Essavisio
Jcumconjuntoordcn.adoquccomandaolugardccadauméfu11damc11tal-
mcnlcrclig;e>sa.Etl\Ointcriordcssavisãoglobalqucsesi1uamasdivcrsas
Junçiic:scci;pccialidadcsqucnosparcccmscrincgavclmcnlcrcligiosascmsi
n1c•mas.Nâoéporaçasoqucascspcçialidadcsmarçadas,dopontodc\ÕSla
<lalinguagemrcligiosacmvigor,sãoaquclascmqucoclocntrccaslaepro>
fl>.\âo é o mais estrilo, e mesmo nos nossos dias o mais cst>Mll. H.t razio cm
d1>crqucsãoelasasmaiswri1amcnlejajm/Jni,masnãosedcwpcrdcrdc
1-...1a o ratodcqucclasservemdemodcloboutras.Assimcomnvimosa
1Jcolngiadopurocdoimpuroscrvirparaacxprcssãodc1odosostiposde
«>i.US. também aqu~ como a conotação etimológica de jajm/Jn nos lembrava
rncidcn!almcntc,arclaç.iopropriamc11lcrcligiosadáafonnauni...,rsaldarc·
la.;ão. Emprega-se um Brãmane, um gcneal~a, um barbeiro, emprega-se
•lé mesmo um carpinteiro, cmprcga·sc um trabalhador não livre inlocá'Jc~ e
rndo issn, por assim dizer, com base no mcsmn modelo. Em ou1ros tcnnos, o
'rdigioso"éaquiomododcc:xpressiounivc..a~c;...,~perfcitamco!ccoc-
1<n1csesesabcqucaoricotaçioglobalércligiosa,qucalinguagcmrcligiosa
1'odahierarquia,cahierarquia-nCCCMariamcote,o;omovimos-éado
l"""cdoimpuro.
O que aos mostra a divisão do trabalho Pão é uma justaposiç.lo mais ou
"'""'"gra1ui•adclarcfasrcligios.ascdetarcf3'nãnrc~ou"cco11ômi·
'''"", i!aomcsmotcmpoofuodamcntorcligiosocac:xprcssãorcligiosada
rnlcrdcpcndeoóa.Dijllmoomclhor i!adcduçãndaintcrdcpcndên.;iaapartir
dorcli&ilo.
Aprcsscmo>nn1cmacruc:en1 .. quccasac:oach1sãonioci;got1ospro>
l•lrn1.. coaobjcl•M okc&ludn, n1comonnlnlcriordn.U.cm1jajm1ni. Ela
•1,..nu1wdli1a1l1uarN.,,td1dtlrn•11u~1lrmucano•livrarm<>o1dcumf1I·
"''"'~'lcm•
Ali!mdis&o,16uial:eo,;.jmui,ei!precisolembnl·lo,paralcrminar.
Mesmo mo alclcia, o dinheiro repraen!a um papcl, ada vu mai$ ercsccntc
nos nossos <lias, m.u q11e olo daul da i!poca modcm1. Depois, e1ill:cm oulfa&
cspceillizações, s6lidu (aldei.u de tca:l&cs) ou urbanas. DeiamO!l !udo isso
doladoporqucDO&parcccuquc,nncstado1!1181.aaldciadolipocom:ntce
oj1jmaniconccntr1YB1DoensilwDc1110maiornoqucconcen1c1es&easpec-
todosislcm1ducutas<".
A REGULAMENTAÇÃO DO CASAMENTO
SEPARAÇÃO E HIERARQUIA

Para1odoomundo,ac:astatcarae1cri7.adapclaobrigaçiodcsccasar
nointcriordogrupo,acndogamia.Aprimcira>ista,portanto,cscguadoa
mai11rpartcdalitcralura,ocasamcntotdaalçadadascparaçio:ascastassc
'fp•ram umasdasoutrasaoproscr1M:remocasamcntonocrtcriordc111D
K•upo, bem comoaointcrdii.an:mosc:onui1oscacomunidadcdcalimcnto
<nlrc~pcrtencentcsagruposdiferenlcs.Nwncertonlveldascgmen-
1n1:iu.ac:astaprcscr1M:aendogamiacasscgura,assim,suaprõpriarepro-
d"'õ.l.o.Pcrtcncc-scàcasta,ouantcsàsubcaslactc..dopaicdamãc.Naver·
•l•Jc,cisalumavis.ãoscmd6vidaesta1islicamcntcsuf1eicntc, mastcoriea-
•nonlc muito simples e muito estreita, que levaria à multipLicaçiiodasu-
'tl•'>l;~. Aqu~ como cm outros BSSUD!OS, ...:remos o principio hicrárquiro se
unpor:ckenglobadealgummodooprindpiodcscparaçio.Dcpoisdctcr·
mu•lcmbradoaimpor1inciadocasamcnto11cssasocicdadccasdiversasrc:-
~··•de que ele t objc10 no llfvcl da casta e no nlvcl do .,...c11tçsço, reswni·
u·ono<1visiocomum,qucaccntuaacndogomia,para1cntaralingiremsc·
1U1JaumaYisiomaisgçral.Ac:rcscc11tan:m1JOSalgu11Sdctalhr:ssobreaswbdi·
''"""'da o:a>Ja cm relaçio com o inlcrcasamcnto e lcmbraremosotratame11-
1u 1lo cMamcnlo do ponto dc visla du wmas na litcratura sânsaita antiga.

51. /ltll'ORT,lNCIA DO CASAMENTO

O cuamcnlo domina 1 vida 011<1•1 do llh1du e ocupa um anndc lupr


''"' •u• rcliailo A 1m1~"''""" ""lol olu •aumonlo.., dciP ""'"""um
graodco6mcrodetraçm.É•1;Cri.m&niafamiliarmaispres1iPosa,qucrcilne
omaiorofunerodepcs50Mccon&li111i,oosdivcrsosnlvcis<Oeiais,aprin<ipal
ocasiiodcrcuniãodemcmbrosdacastacdcoulraspcssoas.Étambéma
mais dispendiosa, e o casamcoto de wna lilba i! cm particular coohecido co-
mo a prin<ipal causa dc cndMdaftlcoro do c:amponÇs indiaoo, 1ão imperativas
sãoascici~ociasdopresllgioati!mcsmoparaospobrcs'".Paraiofuncru
caslas,acclcbraçãodoc.asarncnlo~aocasiãocmqucumsaccrdotcBrãma·
oci!indispenúvc~bemcomoossclViçosdobarbeiro,dolavadciroedcou­
lru castas (serviços, al~m disso, que dcV1:m ser muilo bem remunerados). é
aocasiãodcccrimôniasprollfcrasedcprCSlaçõc.•complio:adas"'. Finalmeo-
lc, ~ como seria uatunl, uma questão CSlrilamcnlc codilicada para cada cas-
1a, 1cndo ccnos usos o valor de a:i11!rios hicrMquicos posi1ivos., como oca-
samcn1odccriaoças,aio1crdiçãodor«asamcn1odasvi(lvasca11!mesmo1
ausência do div6rcio. Por •ua propria oalurc7.a,o casamcnloconslilui,pan
grandcpartcda.•pc5S0as,aarticulaçãocntrcndomlnindaca5!acodomlnio
doparcnlcsco,casrcgrasdeparcntcscoconccrncn1csaclcs.io1ãoclabor1-
d.asquan111asoulras. Nãoscriadccspanlarvt"oadulli!rioscrduramcnlc
cas1igado,sobrctudoco1rcçastasdifcrco1cs,ccorwa1arqucasrclaçõcssc·
maisanlcsdocasamcolos.iointcrditas - provavclmcnrccmtcrmosunivcr·
saiscntrcascastas,difcrcorcmco1cdastribos'".
Oquclraduzocomo"casamcntodccrianças'"(U1/llllimeniago)dcsigna
ofalodccclcbraroc.asarncntomui1oantcsqucacnabl1açiopossa1criok::in,
ainda cm idade muito reora, sobretudo no que di1 respeito à lillla. O costume
C5lf.ouan1cs,CS1ava,cmvigorcntrcosBrâmancscascas1asallascmll"•al,
cYaliacomoslgnodceslaluloclcvado.EmprcgooiroperfciloporqucCMe
foiumdoslraçoscomba1idospclosrcfonnuladorcscnmo1CY01lan1csparaa
mentalidade moderna, an mesmo tempo que desprovidos de fundamearo rc-
lig:iosn bas1an1c claro. Eolrctan10, n costumc i! anligo; para os lcgisll.dores d11
dhanna, tratava-se es<cnàalmcnrc de casar a lilha aorcsdapuberdadc, •
uma sanção sobrcaatural incidia sobre o pai que do obcdcocssc a esse mn·
damcnlo.Aidadcdardha,pr6priaparacssccasamcnlo,foidiminuindocom
01empo.OrcsultadomaiscscandalosoparaOli111odcmosera1uisthc:iade
jovcns"viõvas"qucnuacabaviamvividoçomscumarido"'.
Eolrc os Brinlaneã, o cas&n1ct1lo tende a ser CUlico (moaapmia) e ia-
dÕS..OllÍYC1. Digo "1endcH porque o dcvo:r dc 1cr um filho f112que a wcrilidadc
da união 1ornc lcgllimas as aa:çõcs, 1omando o homi:m, nesse c:aso, uma sc-
gunda csposa. Quan10 à iadissolubilidadc, cll sc e!<primc, em primciro lugar,
pc:laincxillhciadodiv6rcio(podcbavcr,quandomuito,scparação)c,paraa
mulhcr,pclliaterdiçãodorecasameoloapósavi~Niodi:vccspaalaro
f11odcoparociroiJlfcriordocasamcntocarrqar1odoopcsodcsll&iadisso-
lubilidadc,masaviÍlwlcva,oulc:vavaaiadarcccolcmcotc,umavidadcpc·
ni1Cocia....Nascast8$rtgias,aflkicsédifercotc,clislcalpollginiahicrarqui·
•.ada.masorecasamcotodasviíivaséigualmeotcilllerdilo,céprccisolipra
usasa..t:as,oocsscncial,ocostumedasd1i(cspo1-11''virtuosa"),pcloquala
mulher priacipal(pclomeoos)sc imolava na piraíuncráriadescumarido
(costume pra1io;ado às ve>U tambtm pelos Brtimancs e proibido cm boa hora
pclosh1glescs)"'·
.E$cro:vçu-scalgumasvczcsqucorccasamco10dasviíivascsuwin1erdi-
lo entre as castas cm geral. A primeira vista, isso~ muito incuto: a maior
portcdascastascamaioriacsrnagadoradapopullçàoopcrmitem,umapar-
1c considcr.ivclda população conhca:até mcsmoodivórcioccasaasfilbas
olcpolscoioanlc.dapuberdadc.M .. éprccisofaleJUmadi.cPlo;ão:ocasa-
"'º"lo verdadeiro, o primeiro casamento de uma mulher - casamento
/1tJnid11<> - ~univcr....Jmcoteíinico{masoiioindissolíivcl).Adifereaçasefaz
cnl1caislasqueinlcrdilamecastasqucpcrmilem,apbsoprimcirocasamcn-
h>, cm c:aso de YÍUVC7 ou de div6rcio, uma espécie inferior de asamelllo da
mulher - casamc111ostcw11Urio'".Emoposiçâodire1aàausêncildec:asa-
111rnto secundário da mulher, o Ç()$(Umc do kvira~o - seria melhor dW:r do
u:mi-lcvirato - CSl~muitodifundido,pcrmitindoàviúvasecasar{casamento
u:cundãrio)comoirmiocaçuladeseumarido(comexdusãogeraldoinnio
m•><VClllO)"'·

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~powm""'"'r"-
Só diremos aqui algllmaapalavrasdo pontodcvistadoparcnlesoo. O
lugardocasamcntono&âlcmaikpan:nlc.'IWcKplrcitoémuitodifcrcnlcno
Sul(asrcgiõcsikllngu-.dravldlca)cnoNor1c(dcUnguaindo.:lria,comal·
gunia simplilicaçio: a rcgiio marala, de lingua indG-tria, é uma rona de
1ransição).Noprimcirocaso,0G11S11D1enloi!ccnlral,poisasrelaçõcsdcafi·
nidadc fundadas nele aprcscntam um grande dcscnvolvimc1110, aponrndc
equilibrar pcrkilamcntc as relações de consangüinidade. No Norte, ao con·
mlrio, à primeira vista, o casamento teria um papel quase tão secundário
quanto cm nossa eulturL Ea!rcl8.QIO, de um laJo wmo du outro, cxislcm
grupos cWgamos, e,.., no Norte o casamento entre parcnl.., próDrnos i! in·
tcrdito, C$S.I i111crdlçãorccobrcentreosBrâmancs,cmprindpio,M:n.indc
fa10,umac11tcnsiocumaelaboraçãocmqucwpodc:riacnco11lrarumafrau·
de suspeita. De fato, um estudodc1albadomos1rouque,.., a expressão ai
cstiauscnlc,cporwimdiurrcprimidapclaortodoxia"ariana",asrclaçõcs
dcafinidadcoudoqucnoSulscria"aliança"(alinidadcampliadacpcnna·
ncntc) representam um pepcl imporcante. Apesar da presença de um outro
1raç0.doqualfalarcn1.osadiall1c,ahi~ia,capcsardain1crdiçãodoca­
s.amcn111 entre parentes prmi.mos, os papéis e as prestações cerimoniais que
resul1am1111Suldaaliança~casame111111arnbémes1ãoprcscn1csn11Norcc.
Afâcic.dravfdicaalfoilomadaincomplclacinconscicnlc,mascsUsuhja·
ccntcaoqucoçorrcdcfa10.Éinczato,porcan10,pretcndcrqucao;as1aeo
parcntcscosejamdomfnioscmabsolutodislintos:clcscslàounidospclaim·
ponância,cvidcn1cparaao;aMac,quan1oaoparcnlcscocslruluralmcnlclan·
1ocxpllcito,quan•oimplíci10,doeasamcnto"'

52. ENDOGAMIA: A VISÃO HABIT1JAL E SEUS LIMITES

Paraoscnsocomumocidcolal,a"c.a>la"éantcsdctudoumgrupo"fc.
chado": permanente, CJCdusivo, aulG-suliçicntc. Um homem de casta X, ..,
casa com uma mulher de casta X, e os ídhos que tiverem pcrcca:m à casta X
lssopodcM:rc:<prcssodcdivcrsasmanciras,di:r.cndo-scqucogrupo..,rc·
produzporsimcsmodcgeraçãoemgcraçio,M:"cndG-NÍlne"etc.Analiti-
c.a111cn1c,eEslcalacombinaçiodcdoistraçosdislin1os:11casa111c11loéfcilo
ooin1criordogrupo(c11dogamia)-ou,an1cs,tproibidosccasarforadn
grupo - e a filiação - transmissio da qualidade de mcmhro do wupo - de

___----o-.
__ .
pcndedosdoisp.W..Oprimeirotraçosopõeao;aMaàtriboeàmaioriada•
sociedades, que tokram o casamento fora mesmo quando quer que ele arnn

!l~"'* ... ,....,_. ,,__"'.~ .... -..- ..... .


d-•..,-"'....,..,_.
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.. _ _ _ _ _ _ _ _ ,, ......... 111 l ' k l _ , , _.....

... __..... ,... ,~ .......,. ..


tcçag<rolmmrenoiatcriordogrupo.Osegundo1raçoopõcacasl.llaoclã,
em q,.. a íi.liaç.io t (lllli-)linc.ar, ...,.to cm 1.iaha paterna qv.anto cm lioh• ma-
tcm.a. Tanto o cli qu&11to • easla dcpcodcm cm s111 dcílllição da rqvla.Dlca-
taç.iodocasam.coto:odiKíazaCOlllpanhar-gcralmcotc,cmtodoçUO-
dacrogamia:obrigaçiodccasam.cotofora;acasta,aocootrVio,comporta,
cm relação ao seu mododcítliaç.io, aobrigaçãodocasam.c111odcntrodo
grupo"'. Notemos de passagem que, cm relação a uma tribo que se de·
co111põecmcli>,asocicdadcdasc.a.o;tasrcprescotawoaordemsupcriordc
complczidade, porque cada C3$la possui geralmente SCllS clh aógama., ou o
rquivalcntcaclcs.
É ""rdade, grosso modo. que o .sislcma das castas define grupos erul~
gomos, mas isso oaturalmcotc tum pouco simplos demais para ser ""rdadc.
Niio nos esqueçam~ cm primeiro lugar, de que a casca, se •urge cm geral
romoauto·wíocicnlccmtcnnosdc•111rcprodução,t,alo!111disso,Cilrcita-
mcntcdcpcodenlcdasnulrasraslasdopontodc...Wahirilrquicocem'lirtu-
dedadivis.indn1rabalho.Seriasuprccodentequecsscstraçosoiiosercnc-
lÓ!.<l:memnadanaorgaoi7.açãoiotcrnadacasta,ecmpartiçularnocasam.cn·
to. Al4!m disso, j.â percebemos que n.io o! cm geral a pr6pria casta, mas uma
'ubWvi>.ão da mesma natureza, um segmento, que o! a unidade de cltdop111ia
noseotidodcgrupoforadoqualocasam.eotocstáinterd.i~.Teode·sc,
mesmo .....;m. a aacditar que o sistema seja mais rlgido do que o o! 1111 reali-
dadc. poclcr-se-ia imagioar 111uito comumcntc quc toda con1ra""'oção à rcgra
da endogamia 1c....., aulomalicamcntc à cJU:omunháo. Ora, acoatccc cm
ccnos casos que um homem X se casa com uma mulher Y e que scllS íilbos
""ͪ"' lcgflimos e, mais uni~dc ainda, que 11111 homem X tenha r.thos com
uma mulher Y sem que nem ele nem eles sejam expulsos do grupo X. Na
rcalidadc,oprioápiocsscocialemludoisso~oes1atu10:a:rtasim:gularida·
drs'>âosancionadasllinlplcsmcotcporumaquedadccstatuloc,noíundo,é
•c.igênciadam11J1utcnçiodocstalulodognrpoquccom11J1daacodogamia.
Em suma, as o:astas se rcprodL1Z-Cm a si mesmas porque isso é uma condição
J1aplicaçãodopriaápiohic ...... uicoqucasordc111..0ra,oprinclpiohicrilr·
~uiroq ... ordcna.ascaslasc>CUS>Cpocotosnãoseintcrrompcoollmitcda
un1dudcdccndogamia,ctcpcactraocla,demanciram&isoumcnosdeliw.e
0<"'"1m<nlocndógamonio1111Cocccssariamcotccõojugi:sdccstalutoigual.
Fmalmentc,quandofalamosdcClldogamiaoudculiidadedee"doganlia,116s
noscolocam.os,,ollfvddaregra, dodircit,.,masoque.cr4 q"" aconlccc
mesmo1Napritica.cauo«nloem.todaautcDSJodaunidadedccndop-
mia,masapenaso111111&açio-1mi6dctcrritorial-dcla"'.
Scarcgulameotaçiodocasameotobiddufos.selin>itadaàcodogamia
pura e s.implcs, seria prccisorcconbcccr um grande nümero de aceções.
Masvcrcmosquccssasuceçóesdes.aparcçcmemgraodeparte.cforcmi>l-
trod!Wdosdoispri..adpiosprais:
1. a endogamia t mais um corolário da hierarquia do que um prindpio
primeiro;
2. é preciso dlstingllir entre o .;a.sarnento primeiro e os casamentos
subscqiic~c11/amoriasuniõcsniiolcgl1imas""'.

SJ. HIERARQUIA DOS CASAMENTOS E UNIÓES CONJUGAIS

Lembremos, cm primcirolugar,q11Cncmasrclaçõcssc""aisaotcsdo
asamcnlo, nem o adultério, s.io tolerados. Depois, que o ünico casamento
vcrdadcirocple,,o,pcloqualscs.aidacatcgoriadosccliNtáriosp1raadas
pcssoascasadas,éoprimeiro.Masaccrimôniapclaqualatransiç.iosccfc·
1uaé imponantcsobrctudoparaamulhcr,cé prccisodislioguirocasodc
um sujeito masnLino e u de um sujeito fcmininu. No caso dc uma mulher,
chamaremos o primeiro casamento de casamento primbio. Uma """ coo·
traido =e casamento, uu bem clc t i.adissolfJvc~ mesmo COlll a morte do
cônjugc(castassupcriorcs),oucnlioamulhcrpodc,ap6samoncdomarido
oumcsmoap6sodivórc:io,conll'airumaoutrauniãn,lcgl1ima,masinfmit•·
mentemcnosprcstigiosa,mcoosritualiz.ada,mcnosdispendiosa,aquccha-
marcmoscasameotoUt:Wtdbio.Ocasamc11tosccuodárin,scododeumcsl•·
tutoinfcrior,émaislivrc,tivczcsmuitomaislivrc,queoprim4rio.Noeaso
duhomem,scuprimcirocasamcoto!lllsctornacasamcntoprilJtip11/.cnu-
ccrc111ítlhos,cdcprcfcrtlldlimcnioos.Masohn111c1111cmafaculdade,acj•
cmcasodccstcrilidadcdcssc:primcirocasamcoto,scjalivrcmcolccmoutru
castas(régiasctc.),detomaroutrascsposas.scjacmritoplcno(occcssúio
paraacsposa,seclaoàosetiYcrc:asadoantcs),scjacmri10si:cuodirio(si:•
cspos.ajá tiver sido~). Há assim, paraohomcm,casamcntossupleme11·
tarcsoum1'>idi6'ios,comumahicrarquiaçorrcspondc111edascsposas.
Parece que aqui se pode dizer que duas f~cics estão cm oposição: um•
f~çicsbraroãnio:a wastiluldapçla monogioia(cxa:to esterilidade) e uma fi
cics"r.!gia"poligloica(cmqueascsposassubsidiúiupodcmsi:tdccstllutu
1nfcriora1>daprincipaleosfdhossã1>ronscqiicn1cmcolchicrarqllizadDS).A
poligínia i! ami6dc $0f0ral llll$ cast.u médias (natur&lmeotc fünitada por
r<11Õ:$eçonômi.;as).ll!Sislarnosncss.aidfia:lrala·SCC111todoscsscsca....dc
casamcnlos,isloi!,dcuni&:samjugaislcgf1imasq11Cuoc111n.i<>Mlindivlcluos
111;os.,wavtsckl"'cmgr111dcmcdida.fa111niasoupcqucnaslinhagcns.Altm
disso, <> homem e.asado que tiw:r meios •ulicient"" pode ter uma ou mesmo
•.1iriasconcubillll$; uma taln:laç.ãosódcpcndc dosinlcrcs.s.ados,eosprodu·
lDSdclloi<>siolegft.imos,osfdhDSoi<>herdam(ootémapcnasumapanc
infcri<>r). Emswna,pcrccbi:-scquci!pn:cisnapLicar,aoladodcoossad.is·
unção de kgilimidadc (entre caamcncos e outras uniões), uma oulra dis-
tinção, que é uma distinção bicrúquica,dcestatulo (principalmcolccnln:
casamcnl<>primáriocprincipal,porumlado,easoulrasuniõcscmgcral,dc
oucro)"'.
Umexc:mplocspclaculardautilidadcdcs.s.adislinçiooostfon>ecido
por Chamlnrd çom rcllçio ao Malwa (lndõa Ccnual). Ele cneooi.rou 011ma
ca.o;ladc nível mi!di<>"mcrcad<>Sdcmulhcrcs"cmqucclassão,àprimcira
"'1a,compradasmaisoumcnoslivrcmcntcaos.cuspossuidOTC&.lssopodc
parcccrmuil<>cspao1osopanalodia(tcndo-.ccmvislaqucofaomso"c.a·
"'mcnto por compra•· jamais cllisliu cm lugar nenhum, não mais que o nio
n1cnosfamoso"c.asamcntoporrap10").Épri:cisoreflc1irqucsclra\aoc.'lSC
<.1."10dccasamcntos.sceundlrios: IL'imulhcrcscm qucstãoj.1iforamc.asadas
(primariuncnlc) com lodos os cuidados e com 1<><la a solenidade bab~uais, e
qucsi<>DSmaridos.qucaspodcm'°""ndcr''cmscguldaoucotãoabandooi·
las a outro bmncm qualquer cm [roça de um papmcnto cm dinheiro. Tio
c<lrcmoqv.antoscja...,..casorcprucntaumc><emplodalibçrdacledoca-
"'"'º"'º""cuodãrioeMIC11111billllcomoqucacabadcscrdito50brcoca-
.amcnlo prim&rio no seguinte fato: põe fiou ao primeiro de uma maneira
onc•pc:rada ....
Há uma diferença imponantc entre o Norte e o Sul do pa!s. No Su~ a
JifcJcnçadces1.a\utoi!oi1idamcntcmarcadacn1reasduas,..pi!cicsdccasa·
n1cnlocsc11Sprodutos,1odasasvcuscmqucwcspc:r111ancccmnamesma
f.mJlia. No Norte, aocontiirio,adifc•COÇ1~1pcoasderitualedc prw{gio
noqucronccmca0$CÔnjugcs.clanãoétransmi1idaaos.scusdcsccndcn1cs"'.
Aflc:Qbilidadcrclali'8.closistcmaaparcccoocasodDSfüho5ilcgflimos,
1•11maismalconhccidoqucclcscja.Podcr-sc-iapcn.sarqucac:<comunhão
1/>>Capli.;asscaoçasoqucaprcscnladifcrençasdecstatutogrit11111u,cquco
tr•lamcnl<><kumadcsccndénciairrcgularfosscdaalçadadomcioedascir-
c:wwlacias.Prindpiollftivcnal:olilhoilcghUnotcm umes111u1onitidamcn-
1cinfcriorcomrelaçio1011fdhoslcgllimos.Ascircunstânciasenlramemj<>-
goquaatoài.alensidack:càaprcssiod....,.difcrençadcc:statu10:seráoli-
lho relegado a uma posiç&o i.aíerior no interior da casta - posição que será
ouoãotraasmitidaaosscmdcscendcntcs-,ou1odasasrelaçõcsdeixarão
dceKistircomofilhoel~comseupa~ouseráelc~gadoàcastadcsua
m.ic,sccstaforinfcrior(oc:uomaisfrcqttc:nte)?NaallStnci1dcprindpios
Í11'111cs,asituaçáodcdomi.aiaciaousUnplcsmenlcdcforluna,apr6prialoca·
lizaçãoe.íiaalm1:111c,1si1uaç;lodat:&S1a,isoladaounãodast:&S1asdccsmu-
10 vizioho, devem representar ai um srandc papol. Eis como se pode razoa·
vclmenle imaginar as~ com o risco de cometer uma rápida geocrali-
zaç.io, porque a documco1açilo t muito escassa. Pode-sc, cotre1an10, re1er o
fatodcquebastardosnãoíaltavam,particularmcntenascasasounassu-
ccssóc:s dos prfncipcs.. Temos ai algo com que lemporar n = preconceitos
sobreorigordosistema ....

Ainda não termina.nos com o jogo do estatuto no casamento. Temos


dcdistinguiragoraduasí6nnulas.Naprimciradclas,dcvcc.Ustirigualdade
dces1atu1ocotrcosc6njugesnocasamcoloprimeirocprinçipal(lio:andocl.l-
roqueamulherpodcscrdcesta\u1oumpoucoiníeriornocasamenlosubsi-
diário de um brunem - o que to caso, cm certo sentido, de uma mulher já
oasada,istot,seocasamentot5CCundárioparaela). Dircmosqucocasa-
mcnto(principal)éaquiisogâmico.&.aí6rmulaparcce,no...tadoatualdc
nossosconhecimcotos,gcralparaoSuldafodia,ondc,lcmbrcmo-nos,tcos-
1W11C casar-se com o 'I"" chamamos de pareolc prõllimo, cm panicidar a li-
lha de um tio matemo. &sa fónnula exige cvidcotemcntc que se esteja scgu-
ro do cstatuto da famnia oa qual sc csc:olhc a mulhcr ou com• qualsc casa a
lilba,oqueeligc,ewbrcludoclligiaantigamcole,aomcsmotcmpo,que1
urúdadc de endogamia seja limitada aumtcrritóriorcwitocm que todos
possam se conhecer direta ou indiretamente, e que as pr,1icas im:gularcsea
bastardi.osejamww:iouadaapar•niocob;arcmpcrigoocstatutodogrupo.
Em•Uma,af6nnulaisoglmicadcviascracompanhadadc111Daltograudc
f...iparid.adcdosgniposnointcrlord.acasl,....,
Apalavrah.ipc'P"'i.ofoiintrodirzidanofinaldostculopassadopara
dcsigilar111Daf6nnuladifcrcotccncootrad.anoNortcdafodia(sc111quccla
af seja universal)'"'. Nessa f6nnula, uma ligeira diferença de cstatulo, uma li-
gcrira inforiorid.adc dc cstduto da famflia da csposa com rclação ido csposo
éoonsidcrad.acomooormalcnioafctaemnadaoCSla1utodosdcsccndco·
1es lssovalc,lllturalllle111C,paraocasamcotoprii>cipalcnJioC2cluidcmodo
•lgum a endogami.o. f: porque, num casam.coto como =e. • filha se casa
numa família superior à s111. (cm ingle.., shc mania up) que a fórmufa (oi
di.ainada, çom. ou sc111 ru..io, de hipcrgâmica. Observemos que: \, o termo
"hipcrgâmico"oiodcsigoaocsscusotodocasameotooutod.awiiloemque
cxistadifcrcnçadccstatutonoscolidoindieado,111as111ais.prc.;isam.entcofa-
tod.aocutralizaç.iooormativadcumalaldifcrença,cntrcccrtoslimita,oo
casamcotoprimeiro.Porém,otcrmoimplica,paraospelsdafilba,$Cnioa
obripçáo,pclo111coos111Darccamendaçãomuitofortedecoçon\rarcmpara
da um panido superior; 2. ""mo a mulher i! ""nsiderad.a inferior ao homem
cm gera~ a fórmula parece Datural aosintcrc.sados.;l.oqucl!mlli$impor·
1ante,a[6rmul•scalia,oomclhordoscasos,àidcologia,braminico-clissica
e uni'1:t$81, do c:as.amento de uma filha como "dom de menina moça" (.tmiyd
d.V.). O dom I! cm geral uma açjo extremamente meritória: adquirem-$<:
méri1os pelo dom de bens aos Brâmane>, ou melhor: assim $C lracam mali!·
rias·rrima.1 sem valor por bens espirituais. Ora, o "dom de uma moça" i!
uma forma panicular de dom e só I! mcrit6rio se não se recebe nenhum pa·
gamcolo c111 troca da filha; a fdha ai I!, em suma, assimilada a um bem mate·
•Í•l,cscudom$Cfazacompanbardcfatodcdonsmatcriaiscdcrca:bimea-
tos1ãofausiososquanloposslvcl:oa(órmulahipcrgâmieaocstatutosupcrior
<lafamíliadoooivoatomamWcxigcntcqW1ntoàspn:staçõcsqucreccbc:ao
mcsmotcmpoqucaíilha:tudoscpas.acomo.cclasóaccitasscscaliara
um• familia inferior por mo:io de moedas sonantes e pesadas"" balança. mas
precisamente is.o com:spondc cutamcotc à (6nnula do dom: d.io-sc Wll& fi.
lh1cbens•supcriorcscmtroca,nJiodemtritos,masdcalgumacoisamuilo
<.emclhante,asabcr,oprc&fgioouaconsidcraçãoqucrcoultamdeumi.ntcr·
,·....,mcnlocomclcs"<.

.... ,,11_,,,.• _<-...-.... 141 ..•I<«•


... v.. c-.Yu,.,. .. ,.-..._..-.,...,..,__.,.._..,._oolllo·

-~~~T=Êf~~~r~~=~
Ncw:caso,cmc:oatrutccomaf6nnulaisoglmica,aUflidadcc"6ga·
maa55Umcdifcrc11ÇU~deeo.latuto110scuintcriorea\émcsmode
um ocrto grau de inccrtcu. 11C11SC sentido, pois t possM:l lomar uma mulher
taalo num grupo igual qumlo num grupo inferior a1t um certo pon10. Esse
fato1alve•crpliqueaCKistencia,,..planlciedoGangu,porc:a:mplo,dcuai-
dadcs e"oglmicas exlremameate YllSlas que seriam incona:blveis no Sul.
Pork-,;e dislinguir formalmente entre uma hipcrgamia obrigat6ri.a e
uma hipergamia faaillativa, mas nossos conhecimentos apenas permitem
aperceber que a distinção só tenha, de falo, um pcquc1111 intcrusc. Supo-
nhamos uma easta que não fosse scgmcn1ada, mas composta de um ocrto
ntimcro de clãs auma wsta e>aensão territorial. É assim que aparece, ,;epn·
doalitcratura,arastaRlljpfll{ouscriamclhordi7.crasuboastadosRajpul.!.
propriamenteditos?)"'.Scosclb.sãocsiri1amcn1chierarqulzadosentrcsi,
como é o caso, sempre cm principio, aio se poderia casar com um igual.
porquescdcw:riaf1171:rumcasamcntoforadocll,c,dadoqucnioscpock
casaroomumamulhcrdccstat111osupcrior"',ahipergamiascriaobriga16ri.I.
N11ma outra (6rmula, da qual clistem m11itos c.. mplos, aio .ão os clis que
,,.;nhicrarqui1.adn<,mMagruJ"'mcntnsq11cs..indanaturc1.adasubcasla,cm-
boraniiotcnhamCMCnomc,equcsâo - curiosamente - assinalados por
ntimeros. Ne5se caso, pode-se f=r um casamento no interior de um dcssc:s
grupns(isogãmicos),1aa1oquan1oforadclcs,scndoahipcrgamiacotãoapc·
nasfacultati"3.VcrcmosumClCcmplo.
No moddo tliirieo da hipergamia obrigatória e, num grau menor, no
caso da hipcrgamia facullativa, observamos depois de muito tempo qllC OI
homens aumentariam na pane inferior do grupo cndõgamo, porque as mll·
lhcrcs se~·- de preferhcia own grupo superior e, aocootdrio,a me·
n0i< que se rcconcssc a vm1 poliginia maciça, as mulheres aumentariam na
partcsupcrior.Aprimeir1diliculdadctn:wlvida,paraoshomc11Sdccstatu-
toinfcrior,poruniõcscommulhcresdcm11rascaslas,asegwida1>seriapcl1>
infaatiddicidasíillw.,cootraoquc1>gDVllm1>inglêslut1>ucomsuCCMO.EM.a
r.it11açâo(illfaatiddiodasídb&soopico,rupluradacodogamianabasc,poli·
gíniadllSpodcrosos)tcaraacrlstic.adosRajpulS.

llUS1rcmooagora~quc.1õcsc,pl'racomccar,adi$1U.çàocntrçÇj)­
samco10 primário e casamcotoscc:undário. ElaCllpliÇj) um disp<JO.itivoquc
conslituiria,dcoutromodo.umac.<c:cÇáodopontodcvistadacndogamia
Acootcoccm diversosgruposquc, pl'raasscguraràmulhcrumagrandc li·
bcrdadc dccasamcato(SCCU11dário)oudcuni6cssc.tUaÔ!emgcral,ocasa-
mcnto primário seja reduzido a uma simples formalidade ritual. N1> Su~ as
Dcvadas.iouprostitutasrituais,cmccrtosdistritosasBasavioumoçascoc.u-
rcgadas de dar um filho ao pr6prio pai, no Malabar (Kerala.) as moça.'l Nayar
para assegurar a filiação matrilinear, e, fato 0111.ive~ no outro cmcmo do
l"'!s.asmoçasNcwarnoNcpal(comumobjetivoqucaiodanâoficoudaro)
"'º casadas primariamente com um de~ um objeto, um fruto, ou wo ho-
mcm quc logo desaparccc dc suas vidas. DepoisaDcvadasipodcseprosti·
1uir,aBasavicaNayarpodcmtcruni6csc111qucrcprcscotarãoopapclso-
<0al normalmcoic atribuído ao homem (1ransmi1ir a liliaçào unilincar), a 1110-
<;a Ncwar talvcz possa tcr uni6c:s com um ho111cm dc c.1atu10 illfcrior ao scu.
O caso Nayar .i bastante motivei e merece pelo menos uma breve
menção"". Uma moç.1 do estatuto mais alto entre os Nayar ~ antes e.asada
mm pompa com um Brãmane Nambudiri, cujo lulo ela e scw mhos VCSLir.io
mais1ardc.Hajaounliocoabitaçãoerilualdcdiv6rcio,cssarelaçâoseinlcr·
rnmpc logo, e a moça contrai cm seguida casamentos sccundários com ho-
mens diferentes, de c.slaluto pelo menos igual ao seu, seja com Brimancs

_
N•mbudiri, seja com Nayar. A dificuldade aqui reside no falo de que o csp<>-
'º primtrio Dio é um objeto, mas CJ<atamentc um homem, e um homem não
'~de casta mas também de vama muito superiores: um Brimaac, enquanto

__
•1uo os Nayar do considerados com1>Shudras. Eis aqui, então, um casamento

........ - -
( _.., ....... .._ .... _._,,_ __
... -1 _ _ ..._.. ....................... ( - - ) • d o

:=:.:=-..:..::::-;:-.7~~~-::..-=-:c:..-;.
,_~

;;~~.s~~~~§~~~~::=:=""?....:.
d~gual maior como casamento principal! Mas, olhando bem, não há nada
estranho: do poato de m... hierirqllico U. llaveria um easamcnlo dc:s.igual
para0Brimuc,porquc1relaçloé,aoconlr.irio,dasmaishoorosasparaa
moça.(t•uraziodc5er:assqpanrparasiumcsposodowat111omaisclo:-
"""°possM:l).Ora,prccisamcntc1quiloquci!umcasamcntoparaamoça.e
para11SNayarnãoofparaossaccrdotcsNambudiri.Plracles,apcnasoli-
lho mais velho contrai casamento, com uma moça Nambudiri naturalmente,
aopassoqueoscaçub$siotratad11Scomoemoutr11Sl11garcsosioosfdbos
ilcgltimos: eles llio herdam e devem .e conlcotar com tOllcubinas Nayar,
5eodo também Nayar .,. fdbos que nascerem dessas uniões. Quanto ao casa-
mento ~Mio da moça Nayar, ele é, para o Nambudiri que af ligura como
"csposo",apcnasumritualooqualrcpr=otaopapclatribllldoaopaiem
seu próprio easamel\lo (amarrar o /Ili no ~oço da mulher), um rito de
~cmnoqualnioe>eistemarido.Ocasoi!crucial.Scscimagin.....,quco
casamentoínsscçomudadoemgcralpclnprindpiocndogâmico,elecoi>Sli-
111iriaumaellCCÇãorcdibitória.Sc,aocootririo,.ccompr""odcaeodogamia
como o resultado- gcralemoossosdias- dalciscgundoaqualumacaslll
niopcrmitetomarrimjugcsdcumcstat11lo11rlido1F1011r~inícrior - crc:cipro-
camentc recusa cônjuges de eslal11lo11irido1F1~11r~ superior quando nisso oão
vê nenhuma objeção -,entãobastaverqucaqllCSlionãoscconstit11in11m
casamento para o Nambudiri para.., ler ai uma comédia poss!vel. Percebe·""
com esse cia:mplopor q11C i!occcs.sáriocomideraro prindpiohicrirquico
comoprimciro,enioprincfpiodcscparaçio,ouumasupostarcpulsa,romo
dil.iaBougli!'"".Obscrvcmosaindaq11C,contrariamen1eaoqueocmprcgoda
mesma palavra por certos autores poderia sugerir, a simbiose d11S Nambudiri
e d11S Nay:;ir não tem nada. a ver com a hlpcrgamia: existe mesmo diferen?
dccstatutonoscntidohabitual,mascssadifcrençadccstatulonãoo!ncUlra·
lizada,clal!,aocontrf.rio,pcrtincntc- nomaisaltograu-,poisi!aprOÇW"I
dc11mpai60cialcdcpaisfisiol6gicosdomaisaltocstatutoq11Ccstácom1
manutençãodar.liaçãopatrilincar,naraizdainstituição"<.
Pode-se tomar como cia:mplo rçlatMunentc simples de hipcrgami• o
caso cl.issiro dos Brimmcs Rarhl de Bengala. Eles estio ~didos cm dlW
•Ubcastas,Kulin(litcralmcutc"dc(boa)linhagcm")cSrotriya.OsKulin,su-
pcriorcs,eramtioproairad11SeomomaridosdasmoçasSrotriya,qucehcp·
vamae5posardczenasdclas,r10eebcndodccada.,,,.pr=ot..ssubstar1ciai>
Naturalmente el..s não podiam manter tanias esposas, de modo que elll.\
permaneciam com suas famllia.'i e recebiam esporadicamente a visita de loCU
marido {di.J111Siçio similar à das moças Nayar, que as.•im rcccbi•m seus ma

""""''"-<r-·~ .. -··....--.-----...... -
--~-oqoilptn<WOdo _ _ _ .. _ , . . . . _

_ _ .... _ ... _ ....... _ ••• _ .......... - - ...

-·-·---- ...
~Do

--~.~---·"-·-·'"'' ' - ·~···.


'•'
lloporpmkll-Drimoncallalticailknpla.

1idos secundários Nambudiri ou outros). O Kulin, além disso, exigia a ada


'"'um pagamento. Os lilhos eram çom frcqiiência criados cm suas familias
malcmas. A insti1uição não escapou de um julgamento da Suprema Corte,
<1uc dcactou que os maridos mantivessem suas esposas. Um detalhe: os
Sr01riyaeslavamdividido<cm1rês,casubdivis.ãoiofcriorcracodõgama,ao
pa."'°qucasdua,<;supcriore.•davam filhascmcasamcntoascu.<;supcriorcs.
l<nmndus.iodarclaçioinvcrsa),asabçr,aprimciraapcnasaOliKulin- e
pNiprios mcmbrm -, a segunda aos Kulin, aos membros da primei-
" ' " SCU.'l

'" dlvis..ão e a.; mcsm ..... O csqucma (F"ig. 2) mostra que, cm nümcm igual,
o <Cm levar cm conta a poliginia dos Kulin, as filhas oãn casadas aumenta·
riam cnlr.: os Kulii•, os homens "ão casados na segunda divisão dos Srotriyas
Nc!i.<;ec1<1:mplo,apcoasadivisãDmaisbaiu.i!cndógama,aopassoqucaslrês
""''""''lllcniu"'°damcsmaordcm cmrclllÇiíuàcasla,têm rclaçõcshi-
i><•Jâmiças facultativas. Tais siu111çõcs k\111111 a cooduir que a casia era
rndógama num .eolido mais eslrito que seu scgmenlo, mas não basta dizer
""i:éirnposslvelrcdllZitodispositivoaumprillclpiodccodogamiapurac
"mplo:..<' hi IUJla ~cndEocia.dcse assegurarem maridos de pml1>clcvad<i, e,
•1uand1>issofimpossfvel,1>grup<>sefccbawbrcsimcsm1>.Jáinsistim05na
1rncadcbcns(um•m11Ç1,com1><:-<"°""'cd.i.a.bcir1>cmtr11C.1.dcprcslfgio).
Use e.uinÕ>llacaist~nci1 de um1fónnulanoqwolacasiasesegmcota
cm unidade& u&ioaladu pl1f n~mcn111 llt dois casos. No primeiro, o grupo
supcriortmarcadoporumn(uncromaior,porc><CmploosAgarwal(Vaisbyas.
do(iujaratcdoPanjab)lbo\os''Wltc"(supcriorcs)cos"dcz"(infcriD<cs).
As duas divisões são codõpmaa. Os membros são Cl\tc11didos como u20f1JJ"
(de eslaluloinlcirn) cul0/20''(dces1atutodimi11uldo).Corrcspondc:ndoà
segunda di.;.;;o uma degradação do es1atu10 pleno, não surprecodc c11co11-
1rar os mcsmos gnipos c:rógamos nas duas divi$õcs. Os dois modos dc di-
visão, cm 20 e 10, e cm dis, aio se "rcconam" de maneira alguma, e sua
runçâotdifcrcn1c(Bh111t,p.49).
A outra fórmula, difcrcntcdaaotcriD<,t maisdifundida.Actedita-se
pcri;ebC-la na Maharasbtra, e t muito frcqiicote cm Ullar Pradcsb. Os clãs
dacastaMaralhiischicrarquizamcmcioconfvci>dcCSlatutodccrcsçcotc
corrcspoodcntcs a números cn:sccotcs: 5, 7ctc., 96; ocrcscimcmodo oúmc-
ro podc scr comprccodido pclo íato dc que cada nlvcl con1tm os prco:dcn-
tcs:cxislcmcmprinclpio96clãsnototal,coscincoprimeirosCSlãocootidos
nos sele segundos (oscgundolllvcl~ então, cons1itu!do,dcfa10, por dois
clãs).AcstudiosaK.i.-..timagioaocoojuntooaformadcdrculosconcfolri-
cos,scndoosmcnorcs•uperiorcscmcstatuloaosmaiorcs.E.scsgnipos.,por
n;io serem nomeados e por serem talvez rclatiwmcntc inst'...:k. são da o.ato·
rczadasubcastacoãodogrupoe•ógamo:o!posslvl:l,dcíato,conlraircasa-
mcnlo no interior dos. cinco clãs, e as mulheres o Ía>J:m o~·~cntc
porquc"oscinco",scaccilamreccbcrmulhcrcsdosgniposinfcriorcs,rccu-
sam-scadá-lasacl...,..
A m~a dispo6içio l\Umtrica t eocomrada cm Uuar Pradcsh sem
que, ao que s.aibamos, os menos numerosos sejam inclu(dos desta vcz nos
maisnumcrosos.Altmdisso,scasdcscriçócs- já antigas- indicamgcral-
mcnlc a bipcrgamía, elas são com írcqiiEncia complexas e coa.fusas*. Toma-
rci o cxcmplo dos Brimaacs Sarjupari ou Sarvari~ quc CSludci. Essc grupo
pode ser chamado de casta ou subcasta segundo sejam csscs Brlmucs con-
siderados çomo uma vama ou romo sendo tambo!m uma casta. &tio locali-
'.ados na partc orieotal do cstado, indicando scu oome 111J1a localizaçio "par•
além(alCSle)dorioSarju(orioRapti)"cujmlimitesprimcirosestiobojc

"-ll<anot.'1'-'*-PP"'·"'-
_Kaao _____ .... ___ ....
!li~1':':1~=--~·;:;.~~~=-~~~~~ ,~.-

Lao!ooo'(<f°"°"'r"'c.11tLJ<.l!lll«.M-.t"'6.W--C-.pW~- .....
~-°"'*"tr•c.iv.wm•.._~.--. ... M........_..__,._,..._11

f~~~~-%~~~
ultrapassados. Tem-se rqiclido, e i.mpres.o, que eles compreendem "as Ir&
casascmcia,astreztcasas,c .. cc1110cYi111ccciacomil".ÉdiflcilconscgWr
uma caumcraç.io 51!.U. dos ''Uts e meia" e dos ~1~". A palawa ""casa" pa-
rece fazer uma rcfcrtnóa, nlo •um çll, mas a um ghipo patrillilcar loealiza-
do, digamos a um grupo local de liahagcm e aos seus dcsccadealcs, mesmo
queclcslcnhami.mig:radoparao11troslugarcs.(Ogrupoconhcu,comoou-
lr~umao11lradivisão,estacmdW1Sscçõcs.)Apcsqllisaconl'1n11aqucocs­
t~utoéa1ri1Ufdodeíato"àquclcsdet&llugar",comoaos"TivaridcRam­
pur""{scadoTi"3riumdosllllllosvige111csaacasla),i.ndcpc11dcnlcmcalcda
fórnnila global citada. Esse po1110 t essencial sob muitos ponlos de .W.a.
Primciro,ac.as1atimcnsa,1alvczdoismilhõcsdcmcmbras.Ascçlosupc-
riorémuilopoue111111111crosa,cascçãoiafcrior,cmboraBgr11pcaCOJ11aga.do-
Jamaioriadacasta,e1111S1iluiumaunidadcdccndogamia(lc6rica).Ogru·
pamc1110 cm que se <:asa de falo t 11aturalmc111c muito mais ~rilo. Além
disso.s6scalribuiumaat1:11çiomuit11coaccalradacmlcrm11Sdeestatutoao
nlw:is superiores. Uma d=111de1kulas es1t cm llSO, cvidc111cmc111c i.asufi.
cicalcsparadisti.nguirocstatutodcqucmqucrqucscja.SiooslflWosbabi·
1uai.. ~ rcgi6cs: Ttvari, Dubc etc. Ademais, hesita-se até mesmo cm falar
dcc>1a1u10.Agrandcq11CS1ãotimpcdirorc10m11dcumarclaçiodci.n1cr·
<""'3mcnto,cofa1odcdar11D1acsposainícrioril'.aogn1podoadorcom rc-
laçioaodonalirio.O"cstatulo"dcq11escfalaaã11tcmncnbumcfcilofora
lla rclaç.ãodc i.n1crc.llllllc11to:scria melhor falar de uma ccnacspo!cicdc
roMidcraçõooudep~rgW,ai11damaisquccssaqualidade,parccli7.adaao
extremo, era alribulda a cada V1'Z a um pequeno grupo local 1111rcgional
Ncssase11ndições,t1cntadorcoru;idcraraf6rmulaglohalcom11WDaraci11na·
111.aç.ão operada num momento dado, cnV1'1h«ida e mais ou menos csq11Ccida
ilcpois,produziadoumafórmula"total"cmumacscala.dcprcstfgioque,por
•uapr6priana1urcza,tc11dcascpulverizar.Éte11tadora1émcsmogcncrali-
'"''·ºquccxplicariaadM:nidadccaconfusãodasdcscriçõcs..Legcndari.a-
mcnlc, por acmplo, vt·sc um rei de Bengala, Ballal Scn, iotcniir para codifi.
cara.prca:dênc:iascmccrtascutas.Oqucémaisimponantcaindaéquc,
lan1o•quiq1Wttonaf6rmWaidcal,mai5oume11asRajput,qucass.iltalamos
onlcriormc111e,ocst1tu1oouscucquivalcntcéa1ribuldo11ãoascgmcn1osdc
•·osla, mas a tl"'JHl' ~os. A difcrenÇll com relação aos Rajl'1'15 é que
de<prctcndembicrarquizardisintcirm,qllalldnsctralaaquidcli.nhagc11S

_
l<>cali7.adas"'.Subliohcmosof81o:V1'mos,dcumlado,ocstat111oscligarà
•ul•caosscusscgmcatm,j•c"Prcssoseslcscmpartcnaformadcagrega-

_--- .
Josdegrupose16pm1111;dcoutro, nó.<oV1:masscparcclizarcntrcgrupos
~1uiA cU>pmoo. Em oU\rOI tcrmOA, neMaS vastas o:astas cm que a hipcrga-

-----·- _ ... -
"•'"--<P•l ..... _.. ................ ..._. _ _ _ ..
..... -................................
....... .......... _............................
.......
-~ ~
... ......... ...
~- ..
mia permilc distinguir cswutos diferentes sem romper a unidade da easla, o
c.lalu!O sc liga do MI IOI grupos cDdógamos, mas lambo!m aos grupo. Cl'.6-
gamo:s.. l"50podcCllplicar1 facillclade com quc o ind/gcna, prcocupado S1>-
brctudo com o CSUoluto, pus1 de""' a outros, designando ambos em todas
asocasiõcscomotermoj{Jli,"114Scimcolo",qucdcsignat8Dloaeaslaq~to
seus segmentos"".

Sll. CONCLUSÀO

Emrcsumo,dopo:ntodcvisladoconjuntodalndiabirulu,aendogam.ia
i! apenas, Da i!poc.a modorua, um resultado médio e geral, Dum nlvcl ou DOU·
1ro,doprindpiobierirqllko.Comcfei10:
l.ascparaçãonuofcchamentodeum!VllpoCOmrclaçãoaoaltorc-
sullafundame111alme11tcdofecballleo10dosoutrosgruposcom rc-
laçãoaobailo(Nayar);
2. alémdasuniõcsilcgltimas.,cujosprodutos.s.iomaisgcralmentcdes·
valorizadosdoquccxcomungados,oseasamcntossàobicrarqu.iza-
dos,sc11doocasame11toprimário(dcumamulher)regulame111ado,
mas podendo ser tomado lktlcio, ao passo que ocasamc1110 se·
cundário,011dcelccmtc,podcscr111aislivrc.Asin$tilulçõcs1cndem
a manter o c:Matuto do grupo, mas não impedem, como s11plcmc1110,
aproliferaçãodccstatutosinferiorcs;
3. Daformadcbipcrgamia,ahicrarquiapcnelranoinlcriormcsmodas
instituições do casamento e do parentesco. Ela não"""' apenas
"temperar"' ac11dogam.iadoscgmc111odccas1a e remeter a endo-
gamia c.lrita a um nfvd superior (casta). ela produz ali! mesmo em
ccrtoscasos(Rajput)umarupturadaendogainiaDolimitcinferior
ao grupo.
Repilamos que~ nada diMo Cllistc, 110 momento atual, um acordo
calreosc.pecialislas.Entrclaalo,tbaslaateapr~.-çloprogrcssoqucum•
tal visão representa com relação às visões cnrrenlemcDIC admitidas.. Por
cxcmplo,.-çmosagoraaimp>Mibilidadcdcprc!cndcrqucao:aslae11pare11·
u:sco sejam doisdomlniosabsolutamcntec.lanques.E, sobretudo,ILllÍÍIC&D·
doodo111inioco11Sidcr1do,sôobtcirios11111aimagc111inJ1ni1ame111cmais.-ç
rosstmndascoisasscsupusermosqucoshomensvivam aascastasoucnlio
respeitem de forma automática n:gras draconianas nu cntio sejam CKWmUn
gados, o que, de res10, contradllia o esp!ritodo sistema, m.U. preocupado cm
dassificarbicrarquicamenteaspossibilidadc.human.udoqucemculuirou
punir quem não CSIM:r cm c:onfonnidadc com o ideal F...tou conYl:ncido de
q11e,Lidascomcsscesplrito,muitasdasbi1... mço••1•11rcn1u.elorn•i•n1
comprccnslYcis. To121cmos UID exemplo complicado de dassllicaçio e de rc·
laçõcsdc•ubcaslasnoUttar Pradcsh, ondclaisdisposiçõcsDiosãoratH:I.
Trata.se da ca.sla Dhanllk no distrito de Cawnporc segundo oC""5W' de
1911. BlunlcHunonrcfcrc121·scaoca..oro121oumacuriosidadc"".Exislcm
cinco subcaslas, cujas rclllçócs mudam de uma parte do dislrito pua nutra.
Eslabckcc11dnumahip6teseramávl:lparanambicnlc,suporcmosqueafá·
cie> ~ hipcrgimica. Pndercmns, c11tio, tol\Struit o esquema seguinte, cm que
a ordem hori:r.onlal,dacsqucrda paraadircila,com:spondcaumcstatulo
hipo1clicamcn1cdccrcscc11lc;canrdcm..,11ica~dccimaparabaim,auma
scparaçãncrcsccntccotrcassubcaslas.Osoümcm<corrc.poodcmàordcm
dacnumcração(l:LallllgbBJSaclc.).
Vê·scqucaordcmdassubcastas(horizontal)wriaparaasüllimas:Je
um postomaisbaixo11&primcit1linhadoqucnasscguintcs, 1c2mudam
sW1Sposiçõcsrespcdivascnlrcasduasprimcitascasduasflltimasliuhas.É
mesmo um çaso de diversidade gratuita. É muito pouca coisa, e csus mo·

.,
dançasscc"l'licamscscrcOctcquc,scndoacastapouconumcrnsa,adassi·
r.rn~io das subcastas deve levar cm oonsidcraç.io diferenças no comporta·

Sepc1110Çto<llG1t&Dlwonul<,ddlfilod.cltao1""'(U.P.)

...O:::!!:::.=!<c
,.,----

l'J [] l'J(~ D)
['] [] [] ['] []
(•)N~"'°'º"'""""'"'"'(""'""'lu)q""nloodmd<m•nlc..,...m<nlO
O c-......,_...,,...,ni11uoum01>1"'"'P"'"'°
meatodosgruposloeail..Paratcrminar,notcmosqucamllduçamodcrna
ma&. frcqiicolc na mattria coD&iate ooscuamcntos catre su~asdifcrcnle>
da mesma casla (DOU lt2e). Comprccmlc:-se melhor.,..., fato se se admite
qucacndogamianâos6CS(jlipdancWJtic1UraumnM:ldcscgme11taç.iofi·
u. ,.,.. tambtm t inais waa impLicaç.lo da hierarquia do q,.ç wa prindpio
i.adcpeodcotc.

57. A TEORIA CLÁSSICA: CASAMENTO E ''VARNA"

O que cm geral se Yo! na teoria cl.6ssica é, ou bem alguma coisa muito


difereotc da realidade modtrua, e até mesmo arbitrária, ou cotão a imagem
de um cswlo de coisas i.aIU1itamc11tc mais fluido, mais flcxfvc~ que o de hoje
Ora, se as diferenças saltam aos olhos - e, cm primeiro lugar, trata-se de
varnascnâodcjatis-,vcrcmos,cntrclanlo,qucavisãogcralqucsedcprc-
endcdocstadomodcmoaproxima,dcmancirasingular,dcn6scw:stC>11os
antigos. É incgávl:I que eles apresentam dificuldades. Limilar·n05·cmosao
csscncia~ tcn1a11docaptarscu csp(rito,c deixaremos de lado aslo:risascau·
mcraçôc.sdos"mistos",istoé,dospretc11SOSprndutosdosCMamentosoudas
uniõcscn1rcvarnasdifcrcotcs,dcsi&Jiadospornomcsqueparcccm~nirosc
profissionais, mas podem ser lambtm nomes de caslas verdadeiras. No mo-
mcnto oponuno, sugcrircmos uma intcrpn:taçào, tal.,,z arriscada, dc alguns
pontosàluzdocstadomodcrno"'".
P:oncomcçar,podc-sccstabclcccroprindpiodcqucocasamentomc·
nosprcícridotocasamcntonoi.atcriord.awroa.Ouantoaoscasamcotos,ou
1<1aisemgcralasUlliões,c11\rcpci.soasdcwrnasdiícrcntcs,ostC>11ostratam
dclcssobdoispontosdc.Waprincip.ai.:d<>pootodcvi.1ad<>casamc11to,cm
primcifolugar(porcxcmplD,Manulll.t2css.),dcpoisdoponl<>dc.Wadas
categorias de pcss<>as •upostamcote pr....,,nicntcs de uni6cs desse tipo, os
"mistos" ou misturados (Ma.ou X, 6-39). A isso se dcv.: acrescentar 115 pontos
de .Wa menos importantes, como a classõieaçiiD rclatiw dos fdhos de mãe>
dcvamasdiforcntcscomrclaçãoàhcrança(ManulX,ISlcss.).
Atroriados"mislos'"oudosprodutosdcuniãocntrcvamasdifcrcnlcs
d4tingucduaso;atcgorlas,segundoopaisejadces111u1osupt:rioroui.aferi0f
ao da mãe: noprimeiroaso,auoiãné1111u/oma,Litcralmcnte"aolongDdD
cabelo'", como se disséssemos "segundo a c>:1cnslio do fio", cm suma, con·
forme à ordem natural (sendo a mulher, de um ponto de .Wa geral, inferior
ao bomcm). No <aso con~ririo, a união é ""a contrapclo" ou "ao;..,.,,,..., do
sentidodoc.abclo".prariloma. Nos dois casos. oprodulodc uma tal união
1cmumes1atutoinfcrior(veradiante),masa<>rdemnalur1lofereccprodut01

_,,.... ........ ...__,_


!•~ ~-·- ...... - .. -·~ "'" .,, .. " " ......... v.. ..-...
supcriorcsao.dasuoillescootraaoalure7.a"'.Nãoficaclarascaquiselra\a
dcumauniãosuualqualqucroudcumcasamcato.Ouaado,cmou1raspas·
sagcos., eles se OQJp&m do cuamento, o. autorçs nada hm sobre essa dis·
tioçio, mas c.icluem de falo, com relação ao casamento, a uaiãof11Dli/<r
ma. S6 as uniões 1111uloma podem ass11111ir o caráter de um casamento, se
bem que 11111 casamento como esse ocm sempre seja aprovada. A qucslão i!
conf1101adapclascoosicleraçõcsrelativasàherança,oasquaiss6siodassili·
cadososlilbosdc um bomcmeclemulhcrcsiguaisouinfcrioru,porquei!
ra7.lll!velidco1illc:arodirei1oàherançacillcgitimidadc.
A propó>.ito da regulamentação do casamento, os autores parca:m
amb(guos e contraditórios. De um lado, declara-se que o cuameoto devi:'"'
entre pcsooas da m""'1a vama, ou $C d~ que o casamento implica isso, e, por
outro, rcconhccc..,;cquenem todososfilhossãodumcsmotipo,c,mcsmo
aqu~prevC..,;cquca:rtasuniõcsinte~podcmscrcasamcatos.Niosc
trata de uma mudança acontecida oa época da redação de um t~o dctenoi-
nado, pois todos os t~os aprcscolam cssa diliculdadc. Assim, Gautama,
quc.aprop6>.itodocasamcn10,prcscrcvcaeodogamiadcvaroa,mcocõou
também a existência dc mistos. Do mesmo modo, Yajiíavalkya. prcscrcw o
casamento na vama ou (para um homem) apenas na VlrJl8 imediatamente
infcrior,masmeociona,aotratardosmistos,todasascombinaçõcsarwlt:tm<i
po.«lveis.Manuaprcscotadiw:rsosdfsticossUCCMiVOS..cspcdHcos(ll,12-15).
O primeiro recomenda que um duas-w:7.CS·nascida espose primeiro uma'°"'
çadesuavarnac,dcpois.scodcscjoolcvar•isw.moçasclewma..inferi<r
rcs. O Kgundo indica que uma mulher pode se casar tanto cm sua VlrJl8
quanto numa varna superior. A possibilidade de c.asami:nlo praliloma fica,
çnl3o,dcsçartada.0dlslicoKguiotcexcluiumacsposaÇíldl>tparaumBrâ·
mancouumKshatriya,oforcccndocomoru.cioparaes.acxclusãoafalodc
quccssauniiocooduziriaàdegradaçãodadcsceodénciaaopmtadcÇfldr/J.
(Obscrw:mos que, um poui;o mai-5 adiante (17), Mano não çondcna nem o
casamenta, nem as relações sexuais, com uma Çüdr/J.) Tudo isso aparece
comumentc cm oulros t.mos. Com relação a observações contemporâneas,
oumcsmodcformadiJcta(RcftOu)oomoawdliodcoulraspassagcos.,é·sc
lentado a compreender que a esposa principal.mãe d0<filhosdccsuituto
rlcno, dcve ser do mesma cstalulo, ma.. também que se pode acrcscenCar a
,.....,...,c..<posassccundária..illfcriorcs,cujosfühostambtmscrãoioferiorcs.

______ __ _
hsocorrc.!lpoodcpc:rfeitamcntellhicrarquiadosíilhos,qucfaz.epiirofilho

- - ) 0 _ _ ..... _ _ _ _ _ _ l _ _ ..
,,., r.... ... - - . - - . . . . . ........ - .... --.....i-o-c-_......
_,...._.,...._ .... ,.._..,
-.............-----·--
......... . . - . - . ................... 1"....

.......................... ................_
~,....---·-··-
""""i"""N'"'""'"'"'_'_............ , •• -.......
~
º-"°""""""i,,....
--.......
'""""""')<, ...

.... - .......-"".._.
--
principal - o w.ico, cm •wna, que t ao mesmo tempo legitimo e natural -
nascidodeumeas.amco1<>isoglmicopclagr•daçàodo.filho..c.....,dirios,
que s.io ou lcgftimos ou cutio naturais. A espos.a Çlldnl de um "duas·ftzn.
nascido" t frcqile111emc.ntc çonsidcrada, sob o signo do pruer, oposta ao
dlwma (Vas. XVIII, 18), e Diosc lrata ai apcnu de concubinato, poi5 Vasis-
tha fala de um cu.amc1110 desse tipo (.cm m11111r11 ou f6rmula vtdic:a). mas
não o lprol'll de nenhum modo(!, 25-26). Há rcfcr.!ocias dimas à ccrimllnia
mcsmadcssctipodcc:asamcolO(Manulll,44):amulhcrÇiidrildcvetocar
apcoasaflmbriadaroupadomaridoctc.Ora,vimO!lacimaMBlluproscrcver
cs.cc:asamcntoparauduasprimciruvamas.Pcrc:cbc-sc,enlAo,WDadis-
tioçáoeotreoquco!p<IS5heleoquco!rccomeod.ivcl:oidealtclaro,apriti-
caacrcsccotaaelc costumuiafcriore<c,cm faccdtstcs,osautorC$as5U-
mem atitudes vaNvcis de vm a outro texto, e att me<mo nWD teicto: assiia,
Maau, altm de algumas palavras sobre os pratilomas ahomilllldos, i.ndic.a ao
mosmo tempo o que s.c faz e o que seria melhor não f;ucr. (Cf. Ili, 155, onde
C«lu.ido,rlddhaoBrlmmecasadocomumaÇlldnl.)Seriaprtciso,eotio,
rccoubeccrncssestcll.os,porumlado,rccomcndaçõcsdcdh"""a,deoutro,
prescrições propriamente jurídicas, e, ligando e de alguma maneira domi-
nando, rccomcodaçócscprcscriçõc:s, a preocupação maior econstanle de
hierarquiz.arosc:asamentoscasuoiõcs,ascsposascosfilhosunscomrc-
laçãoaos outros. Vê-se oilidamcntc os casamcnl°' se hicrarqui:r.arcm cm
trêsc:ategorias:l.ocasam.entoÍfltc""""a,indispcns.âvclaosdua.<-vezc.s-nas-
cidos paraamaoutcnçàodocstaluto da linguq<:m (c~cclopara algunsdis-
posilivosprc~osparasuarcconquWaquandoacontcccdecleserpcrdido)
capcnaspcrmilidoaos(bomcns)Çri.W;2.paraos"duas-veu:s-nascidos",o
casamenlocomumamulhcrdccateSo•iaduas·vezc.s-oascidainferior;l.para
osmcsmos,casameotosi;.omumaÇiidrilquc,cmboraexistcntc,o!duaconse-
lhado..Podc-secomprccnderquccstal'.ihimacalcgoriacmbaraccO!lautorcs::
podeumcasanicntopar1iculanneatesemrccitaçãodemantrawtirverdadci-
r:uncn1c um dl13S·vezn.naseldo, ou seria ele \lDI modo de unir a mulher
Çii.W,quc,Mvcrdadc,dcssepontodcvisla,niotmaÍ$doqucumacono;u-
biDa? )...., parece acootwor oa ambiglüdade da posição do filho de WDI
Çlldrildopontodcvisladalcgitimidadc,oudaherança.Ora,Manudispõc
{IX, IS'l-IS3) que, se um Brâmane tem um filho de esposas proveoieatu de
c:adauniadasquatrovaroas,aspartesdahcrançaserAorcspcçtivamentc,em
do!cimos,oaordcmdcc:rcsccntcdasvamas,4,3,2e l,Wo~,elctransen:vc
cm proporções a hierarquia de i;ondiçôcs e supõe implidtamcntc lcgflimo o
filbodaÇíldril. Ora,aoC011Lrúio,clcdcsqualificacsscfilho,atribuiodo-lbc
apcoas aquilo que seu pai lhe der cnquantoYi....:r. Na hicr~rquia d<» filhos
secundúios, vma parle doo. au1oru coloca no '11timo lupr, o dtcimo-tercci·
ro, o filho da mulher Çiidril. De um modo m1Í$ pn~>lem,tlrn, ro•lc·:ic: rer-
gunlar K algumas complio:a,õcs dew5 lcllU• nlu l"""''lam dt· ~ma ouln
fonte. NAoc><ii.liri.ocnllo comnnol1>o><arnnlrm1Mdmo •lno•flin<>diíc·
da c11Lrc os Kshalri)"'? Se,...;,,, fosse, o esquema blcdrquicoc.Ugiria, ao
mesmo tempo, que os CO$tWDC$ Kshatri)'ll fossem Rdmitidos mesmo sendo
•ubordlnados, e quel>lo&e recusasse aoBrlmaoeumapn=nogatlvadc q11c
osKsbalri)"'faziam usoabW1dllDtc.Do11dcdCC01TCSSCmtalvczmuitasdili·
culdadcs.Masaindal>loestomosabsolutamcn1cocnosdcqucho11VCMCuma
rclaçioes1reiu.c11trcaspre&eriç6escapdticadafpoça(dcquctpoc:a?).Os
slwlrasl>lolfaJ>SCUver8Jll 11&1iDguagem das\llnlasas prãlicasdeCISlas?
Aqui, $Ó se pode !cotar rçco11$1ntir uma parte do esquema coDDCltual que cs·
se.11ci1osaprcscnl801.
REGRAS RELATIVAS AO CONTATO
E AO ALIMENTO

CollCluitcmosocstccaprtulooo:studodascaractcrlsticasquc,comoa
cndogamia,parca:màprimciravistaserdaalçadadaseparaçiodasdiforco·
los castas cnlrc s.i. Com uma cxoeçio, colrc!anto: a justiça, ou mais geral·
mente a autoridade interna à casta, será rclcgada a um capitulo posterior
(Cap.8).porqucaautoridadcin!emasedcixadilicilmcn1cseparardaau10-
ridadccxtcmacporquccstamanlo!mligaçõcscs1rei1ascomopodcr(Cap.7).
 primeira vista, podcr-sc-iaser1cn1adoaagruparconjuntamclllcas
•cyasrclalivasaocasamenlo,aoalimcntocaocontatoflsicodlrctocindlrc-
10,;ob a mesma rubrica, a das regras de separaçioou das interdições de
""rnnta1o"nosco1idoma4gi:ralcvagodotcrmo,ccss.a1cndtnciao:sttprc-
'ººlcnalilcra1ura.lssoseriaumcrro.Jtscpcrçcbcuquc,noquccona:mc
oocasamclllo,ascparaçiocslaw.maisimpLicadapclabierarquiaccnglobada
nela do que constitula um priadpio fundamental distinto. Do mesmo modo,
•ndiscu!irmosasformasconaclasdcmanifcstaçiodoprindpiobicriirquico,
romoslcY11dosaabordar!anlooalimcnloquanlooutrasformasdecon1a10
fblrodirclDC\/ÍmOJ,cmparliculu,qucasrcgrasrclaliwslMlalimentopcr-
miliam a:rt ... rcl1ç<'lu entre calas. l!m nenhuma instincia aquilo que parca:
•110cidonlal provirdawipar1çiooodciuir.olarpcrfci1amcntcdarclaçioc
d1hiuarqui1.AArcp1•<1u' .. mn1111 ..•rl1<cvcmcntccmrcvistal6se1prc·
•<Dlam clalM>raJa• n• mrollolo 0011 •1ur IM"t"1il<m urlas 1daçõc& e,'"' me.mo
tcmpo,prolbcmoutras,c,..propor?ocmquces1iollgadasàhicrarqlliacà
divisão do trabalho.
A SCpllraçâo comoprindpiogcral t oqueQlácm realce cm nosso
csprrito,céprcciso,noquellu:dizrcspcito,noslivrarmosdaquiloquccla
apresc:ntadcdiliculdadcnadcímiçioinicialqueutilil'.1I11os.Nofimdascoo-
tas,ascparaçãorQultadaorgmixaçãodoconjunlo.Comojáindicamasdc
passagem, temas aqui um caso particular de uma lei CS1111twal: para um gru-
po situado num conjunto, sua relação ao conjuoto privilcgia ou comanda su.o
afirmaçãodistinlaesuacocsiointcrnaw•.Poroulrolado,nan11lrapoola,de
algummodo,cadaumdosagcntcsconcrclosdecon1atotemscucarae1erçs
próprios que comandam"' particularidade• das regras relativas a etc.. O
mesmo acontece com oalimcnlo,cspccialmcnlc imponaolc,enãobavcria
grandeprovciloemconsiderá-locom.oummodoparticulardecootatollsl<X1
iodirclo.Asn:!1fasrelativasaoalimcntosãomuitopróximasdasdocasamco·
to, mas ainda assim t preciso tomar cuidado no levar muito longe essa apro-
ximação.
Dcpoisdealgumasobscr\lllçOOrelaLiva.<aocontatocàinLoc.abilidadc,
nffinosrefcrircmos.OOrctudoaoaLimcnlo.

Falar de interdições de c:ontato, mQmo <esccntcndepor·'contatn"


apcnasoc:ontatollslcodirctoouindirclo,scndoucluldod..... c:onsideração
ocaso do aLimcnto,é apenas uma maneira muito grosseira e c111erior de
agniparumccnonOmerodefatos. Éprccisoevilarisolarcsscaspcaodas
relações de ~a e proçurar para ele um prindpio de ~Li<:aç.io c:special.
Cairlamos, enlio, numa armadilha, à mano ira do autor de um dos lrahal~

______
gcraisconsulladossobrccssaqlLCS!ão.SlCY1:1l$0D!Cndeacrplicaraim·
porlinciaquescalribuitantoaocasamcoloquanloaoalimcotocàbcbida

_____ _
atravtsdesuaconslderaçãocomoformasdcc:ontatoparcio;ularmcotegravu.
Elcdistinguecntrepoluiçãocllcma,quepodescsuprimidapormeiosBsico:i
""_, ,...._

__ . ___ __ .....
(---..-;.--......----
,....., ... ......,_ ..--..,-(-
e..... .. _ _ _ _ _ _ _ _ .,_.,...... ... _
-.,_:R.F-on.l!.-.---...11---...0._-1,,.
(--do-)•·-·-(. -.-........ _, __ ..
.. _ _ . _

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. (. . . .,. .-.. -· . . . -u-. __ ,_
,.._~
- - ·.... -~-·"'"( .......... _ _ ,_)<lo _ _ .... _ _

pon•-·-·-~·--
~-"',.,,,...,.

t~~.Y::.~:::.s~=·:.=-=:=:=:-.::·.
(banhos, limJl"za nn caso~ um nbjc10), e poluiçio intcma - tal como pode
rcsul1ardaabsorçâodcalimcntos,oudcrclaçõcr.scxuaisnncasodamulhcr
-,qucseriamaisgravc,pnrqucn.!iopoclcmscrapticodosaclaosmesmo.
rcmédim.SóumaJl"qucnapancdosfa1osfic.C%plicodadcssamancira.Po-
dcserqucnnçõcsmaisnumcoosscmclba11tcsaessas,supos1aspnresseau·
tor,cstcjamprcscntcsalgumasvcxs,massua1cntatlva,110fündascon1as,ti·
ga.ummundomuilodifcrcntcdccrcnçascdcrcprcscntaçõcsàsidi!iascsJI"·
<ializadasdosmodcmossobrcalimpc>.acahigicnc.Ocasodamulhcr6i:a·
1actcrislico,poiscomoscpodcahslrair1udooqucdizrcspci1oaoscucstalu·
tocaoseupaJl"lsocial,tudooquccstácmrclaç.ioaofaloalcpd,....?
Naveldadc,osra1osdcqucsc1ra1aaquicstiocstrci1amcn1cligados,
cmprimcirolupr,àgradaçãocfc1ivadascas1ascàdivisãodotrabalho,É
preciso aqu~ já se disse, dar um amplo espaço ao poolo de vista "in1cracio-
nal" de McKim Marriott. Mas eles estão ligados também, cm segundo h1pr,
àsid6iassobrcaimpurc1.a,uamcdidacmqucclasullrapassamaimpurcza
pcrmancnLcdcça.ia:impurc•.anaYiapcs.wal,qualidadcsdosobjctoscmrc-
laçào com a impura.a. Se se .... bc que a hierarquia não 6, cm gera~ comia·
mcnlcaprcciada,scse"8bc,porou1rolado,quca1coriadopurocdoimpu-
<uaindacstácmsuainfância,scscsabc,linalmcn1c,qucamaioriadospcs-
qui.<adorcscslámuitomcnosintcrc.<sada~asp«1osrcligiososcnquan10
<>•Íalos,cmsuasdivcrsidadcsrc!Ponaiscnosdclalhcsinfinilosquclhcssão
1111:rcntcs,c::xigcmumaatcoçãomrcmaparascrcmdcscri1osdcfonnacom:-
1a, comprccndcr-sc-ã por que nos ((ln\cntamm aqui çom algumas obscr-
va~õcs sumúias.. O csscncial foi dilo quando !ralamos da passagem da impU·
rcr.apcs.oalclcmporáriaàimpUre>.apcnnancnlcdceasta,damul1iplioação
Joscriti!rioshicdrquicoscdagradaç.!odoscstalu1os<ao.
Quando Kc!hr, aparcntcmcn!c pcn.<ando cm Bengala, distingue as
ca<1as inferiores cm ordem dccrcscen!e,scgundoclas poluam pot((loLaLo
umV3Slldete1Ta,umV3Slldcbronzc,opj1iodostcmploscosfliodcsuaha·
hi1~.-ão"",parcecqucclc,àprimciravisla,mcdcin1cnsidadcsdcpoluitâosc­
~undo a na1urc>.a do in1crmcditrio nooontato. Masisson.âoé1âosimplcs.
N<,,;doisprimciroscasos,diz·sequcoYDSOdelcrTa,emusonacasadcum
llrfomanc - suponhamos - e tocado por uma pessoa de uma casla suficicn-
Lcmcotcimp111a,dewserlllbllitllldo""equcumvasodcbronzc,nasmcs·
mas coodiçõu. d~ ser submetido a uma limpc1.a. No terceiro e no quarto
casos,di1.-scquc:,dcí1to,ocrtuo:as1asnio1Emodircilodccntrarnoplitio
dotcmplo(paraoosccrtif1a11"111C111dcq11Csctratadcpoluiçào,scril'lncccsú-
rio que o p!lio fosse, quando poW""~ livrado da impurcza Dm contrafda,
doqucbácxcmplosooKuala)cqucoslntoebcis.nãopodcmrcsidirn.1al·
dcia, mas numa cabana diferenciada. Em •uma, e como jli \/Ímos (§ 35), a es-
cala de Kethr rcconc a critérios cdmodos numa rcgiio dada, mas hclcrogt.
ncos,pararcpartirascutascmgrandu.:McgoriasdcQtatuto.Noquc:dlz
rcspcitoàpollliçàopormciodoslugan:s,podcr-sc-iacomeçarpclacozi.nba,
o lugar da casa mais. vulncrlivc~ cm relação cvidcn1cmco1c com a vulncrabi·
lid.adcdoalimentocdocomcnsal,oquccomplicau.mpoucoaquCMâo,por-
qucac07jnhattambémolugardcccnasprcscnçascspiriluais,talvcz1J1CCS-
1raiscmprinclpio,comoeocasoexplrcitodcccrtas1ribos(Conll'Íbulionslll.
p.38).
De uma maneira geral, com relação a uma família ou a uma dctcrmi·
nadacasa,acscaladoscontatosproibidosouevitadoscnquantoimpurosrc-
pr=ntaafaccvividacomrclaçioacsscsujcilol"'rliculardainlcraçio11Ja•
duadadas ca.1ascntrcsi. Essacooslalaçãoaparccccommuiloclarcza,..
(Jnicapcsquísafcila- atéondceus.aiba-sobrco,...unto,ojámencion.ado
uabalho de Paulino Mahar"". Com efeito, bastou que essa pesquisadora,
prcocupadaemCMudaragradaçãodoscslalutosdascastasnumaaldcia,cs-
colhcsscparascuqucs1ionáriodcentrcvis.1as11c>,ecri11!riosdecontato(quc
indulam dois relativos ª"alimento) para obter de uma t'.Ptica vc~ uma gra-
dação não só das castas mas tamb!m, complcmcntanncntc, dos critérios 011
das fonnasdc contato, DU pc1DmenosdeumapartcdclC5. É, com efeito.
ooláY1:lqucosinformantcstcnhamcl,...ilicadoscisdas1rczcformasdccon·
1a1onumaordcmíwi.Sãoclas(ordcmdeinlcnsidadcC>'CSCCntedoconlalo).
l. tocar as crianças; 2, locar voo!; 3. fumar o mesmo cachimbo (mas du
pelo mesmo bocal); 4. tocar vasos de broru',e; S. fornecer alimento (rilo
{pllkkd);6. fomcccralimentocozido(kacc.t).Ali!mdi.so,cillcoootroscrilé·
rios foram colocados na Wínhança imediata de ires
dos prco:edenlcs. Em
particular, tocar um recipiente de água,cntrarnoambicntcondesceslli<:<>·
7jnhando e toçar um nso de ICITa es1ão sensivelmente no Dfvel da poluiçJu
maisinlensa(adoalimcotoditok<lml).
Sçjam quais forem os méritos e os eDS.inamcntos dcs.a pesquisa, cio t
~mitada no sentido de que íwi prilldpios sem wudar sua aplicação: se••

El<-.---·-----h--·-·--
------·-.......... -t .... _,. ...... ,...._ ......_ .........
. ------"'-.. .
... --~-1""'*"'-
_M. ....... -,. .............
==:.:.::""'.,.;,=:::-..
-,-
y -..... -....... , , . , _ .. ldlll'I
.................
:'.':".:.'7~'··..- 111·0,. . _ _ _
P".
traiadeadc:ntraracozinhaoudetocarumvaso,.eriaprcícrM:\..,bcrcm
q11ccircunstinciasaquestlosccoloearcalmc111ccq11aléarclaç.iocotrces-
<asintcrdiçõcscos.scrviço&domtslicos.prC$1adOliporccrtaso:aslascnãopor
outras.. Por cl<Cmplo, para cmpn:star um fato a um outro contexto, ~m
dcvetocarosvasosdcbroll7.Cscavasilhas11jatlimparcgularmc111cporum
Kahar (o;a>.ta pura: carregadores de 4gua); altm disso, se um cachorro nesse
meio tempo lamber os pratos, isso não causa nenhuma ÇO!l[plieacão (U. P.
oric111al,obscrwçiopc:ssoal).Sc:riaprcciso,comefoito,dislinguircolrco
contato geral e ocootatocspcciali1.ado. Porcu:mplo,comoéqucolavadd·
ro,quenonoalmcntctcmtoda~bcrdadcpar1cntrarnaeasa,apoluiquando
avcmdccorarparaumcasamcoto?Sugcriu·scqucclcaioapoluieoquanlo
ag<:ntcpurifieador,quandovcmbuso:araroupasuja,masclcapolui11.1cir-
c11nstância particularporq..eagecntãocomoqcntcprorano, fonccedorc
1ru1aladordostccidOlidcqucdispõc"".Mas,paracsdarcccresscsponlosca
relação entre os priDdp~ da qual ct.tamos ralando bá muito tempo, e arca-
lidadc vivida ainda, t prccisoquescfaçampcs.quisasiDlcmiYasapartirde
h1pólcsi;,ra>.oâvci$.
Amcsmacoisascpodcdin:rcomrclaçãoàintoeabilidade,apcsardas
coniribuiçõçi; réccntcs"ll. RcunamOli alguns ponlos já obscrwdOli cm {llllras
rclaçõe5parafv.crscnliroslimitcsdenoswsconhccimcn1os,SC111rctomar-
mm ao principio (t 2.5.1). Definiremos. a intoeabilidadc: da maneira maisoor-
rcntc: pcla scgrcgaçio nos. eascbrcs - ou no& bairros - dislinlos das eatcgo-
rias mais impuras. E..c traço é pan-indiano,do mcsmomodoqueauso-
<iação a uma função religiosamente pertinente (esquartejamento do gado
morto e consumo de sua carne:, tratamento do couro, fun~ crematória ou
limpc7.a do lixo ou dos.c1crcmc111os,criaçãodcporcosc consumo de sua
<arnc). Já nos defrontamos af com um problema; o lavadeira, embora ele lC·
nh3umaocupaçãoligadaaumaimp11rczadMmaisg:riwcs.aiot<:Eluldoda
oldcia, nem o barbeiro nos lugares cm que ele tem, como no S11~ funções re-
l<&i<~ ruacrúiu. lllSO se deve ao aspecto pessoal de seus serviços. que se·
rl1mtorn1d<>111111pooalvcispor1C1111N1tl'Õc:5scell:llfosscmio1ocávcis?Entrc·
lanto, vcrem<>0em seguida qllC o la\lldor t intocável paraos lotocá"'is"°
UllarPradc&b.
Alt!m de$$Cll aspeçtos scrais. as diferenças regionais se impõem. Á
primeira vist:a, o Sul t muito mais rigorO!(I que o Norte, e tem-se a imprwio
dcqucoque110Sult.eotido~c11tctn0Norte,emgrandcmcdida,
quc:stâodcctiq11Ct.a.Tcmosqucmati7.arcsscjulgamcoto:tvcrdadcquc110
Sul o sentimento de intcrdcpcndencia t mais marcado (funções musicais dm
lotochcis nas fClllas familiarc.s e mais ainda nos templos, [unções a1t mÇ$lllO
de ..ccrdócio cm que a intcrdependo!ncia t claramente morada)""', e Dio
deve c.ausar surpresa o fato de çons1a1ar que o Su~ çomplcmentanncote,
accntu.aadistânciacfoimuitomaislongenaimpos.içãodcinc.apacidadcao1
muito-impuros. Mais precisam.cote, çonstatamos nas regras de distincia g•·
duada do Kcrala muito mais traços impostos do que regas f110óonais paq
prcscrr.uapuru.adossuperiorcs.Poroutrolado,sctvcrdadcqucoquadro
corrcspondcntcaoU1tarPradc.sh- nio$6000CMc,ondcafâcicsrcbiU...·
mcntcpoucorcligiosaassociadaaoseultivadorCllJl/foiobscrvadabt"lllito
tempo, mas até ml:llmo no lcstc, onde a sociedade t muito mais hierarquiza·
da - trclati..,..,.cotcpoucoaccotuado,notamos,cotrctanto,qucoCllpccia·
lisufuner~rio,oMahabrahmaoa,aíinspiraumhorrorpropriamcntcrcligio­
'"-'• e cmprc.•tarcmos a Blunt um quadro da inln<ahilidadc que mostra wm
suíiciênciaqucoãoe>tamosdiaatcdcumaqucstàodcetiquctapurac•imple&.
N.iGsiJcxi.•tcumaCllptcicdcc<>J1coninciacotrcosCam.ar(pcssoasdo
couro). os Dom (funções funcrtriu), os Dhobi (lavadciros) e ou1ros mail.
mas eles são intocáveis uns para os oulroswmo se as polui~õcsdcorigem
diferente fossem distintas cm li mesmas. Num total de vinte e cinco caslM
~e intod""is, czistc apcDas um pequeno nümcro delas qoo nio eo&i·
dcraastrê>castase111qucs.tãocomointocáYCis,asabcr,rCllpca.ivarllc111c,se·
te para os Cam...-, oito para os Dom, nove para os Dhob~ ao pa$$O que uit,.
lc111 trczc delas para m Blwiai ou lixeiros. &ta.nos diante, nesse caso, du
lris espécies mais poderosas de impureza. Embora as mulheres Canlar c~er­
çam com frcqüéncia a f110çio dc partcirll$. B impurcza dos Canlar é wmple·
mentardavcneraçàodavaca.Bluotoonsidcra,paravintcccincocastasinfc·
riorcs,qucaquclaspcrtcno:ntcsa cincocastastipo(asprcccdentl:lle um•
outra aparentada aos Dom) sio coMidcradas como intodvcis. D resultado.
postocmordem,~oscguintc:wnacaota(bcm·•uccdõda)col>Sidcraticin<<>
çomoin•ocávcis,scisselimitamaqu.atro,oitoatl'U,sclcaduas(""ndorn
mo iotod.vcis os 00111 e os Dbob~ como to e.aso d"' Camar, ou os Cama• o
osBlaangi),mõs,ímalmcote,comidcram1pcn""uma.Podc·..,..,r,rcwrren
..
,o-.s.s-.. ..
lllua~p.102) .
1-•m~,....2S-moi0>-(UnarP.-d.

.""""""-
• A - q .. ........-1 .... _ l l l - I
-"l"'loqw....._-IMolll
do ao quadro, quedadcsordc111 apareoleemergeumaocnarcgularidade,
lanlomaisobãc......ivelq111.11toaetratadc1odaacxtcnsiodoE.lado.Elasc
deve, por um lado, aocdabclccimcotodelaçosdc parcntcscocntrcccnas
caslu,comopor.,..,111plocntrcosD<lmccastasdcrMtdasdcle<.Emtodo
i:aso,vê-s.o:como,oonfvcl111aisbaixo.apreocupaçãocomocsla\utoai.nda
est:i.prcse11te"".
Us.o:terápcrccbidoq11eBllltlt,1<:guindooCtnsusdaregiiode 1901,
dcíuieaintocabilidadcoomrclaçloaumacasladctcnnioada,aopassoquc
06sa1omamoscmtcrmosabsolu1osou,s.o:scquiscr,comrclaç.ioàscastas
não s.o:grcpdas. Alfm disso, Biuni não oferece um crit~rio preciso.
A prop6sito da intocabilidadc cm &e•al. o leitor moderno sem dâvida
fará uma pergunta como a seguinte: por que castas tão amplas como os Ca·
mar de Uttar Pradcsh, que representam antes de ludo a ma.<;Sa da mão-de-
obra agrloola, mio-de-obra Dill livre, são precisamente elas consideradas
como iotocáveis7 Nio c.Wiria ai pura e lÍmplcsmcotc uma "raciooalizaç.io"
dc•ua opross.ioc de sua e>:ploraç.io70bscm:mosem primeiro lugar que
do sabemos cm absoluto como t possível que os Camar s.o:jam mais nume-
rosos que lodos os outros Intocáveis da resiãotomadoscmconjunlo.Maiii
cien1ilicamcnte,apcrguntadC'ICriascrformuladadascguin1cmancira:qual
~a relação entre a expressão religiosa da oondiçiio de Intocável e a funçAo
geral, espécie dcscMdãoagrlcola,d=ascastas?Semprclcndcrcsgotar1
signilicaçàodofa10,qucK tomarAmaisclaraquando1ivcrmostratadoth
dominância cdopodcremgcral,podc-scdi1.crapcnasqucainfcrioridade
rcligiosasólidadcssascastascxprimcccnglobadcfalosuadcpcodênciae•·
1ri1acmfaccdo<.dominan1icsnoplanoniorcligi""":osjnlimosconheccm1
maior sujeição. Ou ainda: asolidaricdadeltiedrquii;acntrcasduasvarnu
•upcriorcsscreflctcaqWoofatodcqucosquccslãomalcrialmeolc•ubmc·
lidos ao mais alto grau s.ão ao lllCSlllO tempo \IÍStos como supremamente
impuros.

Aprcparaç.iocaabsorçlodealimcolos~objc1odcrcgrasvariad ... i..


quaisscligatudooquescrcfercàáguacaoi:achimbo.BlU11tc11umc1asclc
cspécicsdc"tab~"qtKiocidcmsobreasscguUucsqucstõcs:oomqucmrn
mcr,qucmprcparaoalimcolo,quctipodcalimento,quaissioasobscnth
ciasrituais.,dcqucmaccitaraágua,comqucmpanilharumcacltimboc,li
nalme11lc, de que rcdpic11tcs a pessoa dC'IC se s.o:Mr (Dlunt. p 811). V~-sc q11<

_____
algumas dessas regras não estio diretamçntc ligada•• ço•ta t'.\>mc~•ndo I""

.,, ..,-ololt.......... .__ .... ,............. __ ,


llo<Ulipor .. , , _ ... """"'"""'""'"'• ... ..._ ...........
~.._~.,,
<MCSBSpcdosmaisgeraisdasaeaçasci.UWrelativ.uaoalimc1110,pode-
mos c11con1rar po111os de compançin nas sociedades sem castas e melhorar,
assim, nossa comprcclllio. Como fizemos a propósito da impureza cm geral,
rons1a1amos, por um lado,quealndiaapresc111a,com relaçioaoalimen!o
001.ido,cmparticular,1taçosquepodemscrc11conlradoscmoutraspartcsc,
porou1rolado,quecssasidéWestioclaboradasnalndiadcumamancira
todac:opccial. Por c><emplo, certos produtosdavacasioutilizadosparaa
preparação de alimcn1osrcsi$1.e111es à impureza e que pcnnitem,em co11-
oçqüéncia,rclaçõcsenlrcQlSlasquescriamimpossfvcis110planodoalimcnto
01dinllrio.
Tomemos, cm primeiro lugar, um ucmplo cnco111rado no interior do
parentesco. Em meio hipcrg.lrnioo, eomo vimos, um pai dd s11a folha cm ca·
umçn10 e d6 ao mes1110 tempo bcPS materiais a u111a íamJlia de um estatuto
••pcrior.Numcasoobscrvado,aclaboraçioécomplctacoalimcntorcprc-
"'"laumduplopapcl.U..bólico"".Porumlado,conformcaíónnvladodom,
Dpaidacasadaw.abclccccomoumpootodchonraoaioreccbcrnadacm
noca,nadaalt!mdacoosidcriçioqucafamniadcscugenro,deumC$laluto
•urc1ioraoscu,(azrccairsobrecle.Diz-scqucopai(ouoirmiomais..,.
lhll) da casada não deve, a~ o casamento, aceitar alimento, nem mesmo
'1!,ua, da famOia do casado. O alimenm é aqui um dom ma1erial mínimo cuja
rccuu é simbólica. A recusa é unilateral, pois o jo>em marido romc ~vrc­
mcntc na casa dc scu sogro quaado ali pcnnanccc. Mas "'lui t prcciso rc-
monlar à cerimônia do casamento, na qual encontramos um detalhe ccrii1ur
nialcxucmamcn1cdifundidonarcgião,mesmoforadocasame1110hipcrgi-
n1i«>. Por oxasii.o da ccrim&tia, a família da noiva oferece ao noivo uma re-
feição matina~ e razpartc datradiçioqueonoivoscfaçaco11vidarcomin-
...... ênciaan1esdcaccitaroco11vitc.Oqucscc.<primeaquiéopos10$11pcrior
Jonnivo:paraco11sentircmcomcroalimcnlodcpc..oasumpoucoinfcrio-
rc•,onoivoc.tigcumprcscn1c.Ac~nciata1endida,masclapodcscrcii:­
«'-'iva, aumcnlar de forma com.idcri..,I as prestações wbrc as quais se
•mrdouantcr>ormcnlcclcvar,assim,aloagasnegociaçõcs.
VC-sc que o w.abclccimento de uma comunidade de alimento c111n:
l"'rcnlcsporafinid.ldenãoéimcdiatocconlinu.oincomplc10.Seria~..,[
'"I>''"como subjacente a esses USO$, a i.Uia de que 111 familias de linhagem
ohfcrcn1cqucocasamenlouncpossuem11macssl!ndadistin1a,eissotcma
1cr, pau .:omcÇ11r, com seus alimcnt0$? Seria preciso levar cm consideração
"uln1'Ía1os..Masnãoscp<>dcdcilcardecvocar,nosscscntido,osparalcl0$
n!in indianos: panoo Nucr, por cllCmplo,ogcnronãoacciu.dcimcdiato,

__ _.
'""' W dcpo>S de algum 1cmpo, o alimento do família de sua noiva°' .

... o...
_.___ ___ .,.......,..,...
....-"""--.--,,...,-w..,..111-...
.. ......,_,
.... ,.",..,,..,,. ..... ___..,
... ,,_,...-#......,_ ..__ ... _ ......
~ ..,.......,--~--
Vejamos agon. 'Cf'111 rdatn. à absorção e à preparação do alimcolo
ordiairio i>0 io1eriorda íamllia. Niose !tala apenas de evitar oçon1a1odc
"i"nlcs pohaidores (mesmo da mesma casta), mas de precauções gerais, En-
tre os Brâmanes, o comensal~ ser puro (ele se banha e tem o busto nu) e
se colocar ao abrigo ele toclo conwo impuro. Come .ozinbo ou aum pequeno
grupooum"canto"puro(cau.U) da cozíoh.o ou num loc.alvizinbodacasa
cuidadosamenteprcservaclodciolrUSÕcs.Todocoo1aloimprcvistonãos6dc
um homem ele baixa casta (h vezes. att mesmo de sua sombra) ou de um
animal, alt mesmo de qualquer paooa da familia (mulher, criança, homem
que não fosse purificado para a rcícição), tomaria o alimento inronsumf·
vcl"". Acrcdila-sc que o alimento C07ido ordillário t particulannenlc wJ.
oerlioc~ u.sim como o comensal, sobre quem os tc>Xos dizem que csc~ mcnoi.
puroaotermioararefeiçiodoqueantcsdecomcç!-la.SemdCMda,asrc-
llTISesiãoloogcdescr1iocscri1asparaosnão-Brâmao....,.Nofimdascoo·
1as.pareccqucs6sepodccomerladoaladocomosparcs,queobospcdciro
em11.cral oãocomccomscusC011vidadoscquca rcfciçãoniotareuniio
plclllldcoonvt:rsasquccollhccc:mos:turnaopcraçãottcnicaqucs6dtlugar
a uma margem muito escrita dc liberdade. Psirol6gica e lingüislicamentç, t
considcrávclaprcssãosobreo"comcr".Noqucconccmcàprcparaçãodo
alimento, sabe-se que a mulher meftSlruada, pelo menos cm termos mui10
11.crais,dcvcscabsl.crdcssclrabalho.Nasocasiõcssolencs,pelomcnos,cp1·
ratodasasçastas,acozinbeiradcvt:scrtàopuraquan1oocomcosal.OBrl·
mancénaluralmco1cocoiinhcirocscolhido,cércspci1adoncM&fuaçio,di·
rigc-sc-lhe a pal.avra b011orilkamente como "Pandit". É comum ocr,
1ambtm,un1Brãmancqucscrvcumaeastamuitot»iixascrsubstitufdopar•
oritualdeluto,aopassoquecuidadaoo1.inhaporocasiiodc111nbanquetc.
Nãotdccspao1arquccsscalimcntoto1idiano,cujocozimcnloecon·
•umocl<igem tantas precauções. e que t tiovulncr;ivc~comooprõprioco·
mc1151I, à impureza, não"°""" em geral passar de uma casta a uma oulra. e,
parmalsln1imamcn1cqucaprcocupaçãod.aimpurC7.auna1udooquccon·
cerne aoalimcntoàinstituiçãodascastas,podc-sctcnlarcompreellderpur

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~~~~f.~~~~.:§-2
que "alimcnt<> cozicfo 1prcsc11ta ç.aractcra tiD panio;ularcs. Ji foram pro-
p<t<tas divcrsas bip61cscs. t evidc11te quc a tcu mcwi.ic:isla j' mcoc:io11ada
de Slc....,11S011 56 dá amta de uma parte do complexo: 5C o alimcnlo era um
agcn1cpndcrosodcpoluiçiDapcnasporq11cfosseingcridoc.ctOl'1UISM'par·
te integrante de quem oabsorveu,Dio.ccomprccncleria nem a diferença
cr11oialcn1rcocrucocmidn- umfrutomaduroéconsumidoscmpropa·
ração alguma -,ncmapurificaçiodocomcnsal.Huuo11,por.c11tlll'l\O,rc-
motcàsnoçõcsanimislasàsq11aisscrccom:11durantca:rtotc111poparase
oxplicaras"panicipaçõcs"entrcascoísasoucntrcohomcmcosobjctos,c
particulanncntcànoçãodcsuu/-JIU/Toualmamatcrial.Estamosaquimais
perto de umacomparaçiohcm orientada e de reprcscntaçócssubjaccntcs
aos usos, mas a noção cm si mesma esi4 sujeita a caução"'<.
Comparativamcntc.pndc-s<:considcrarfatmpolinésiosaindamaissur·
procndcntcsporsercportarcmasocicdadcsquc,.caccntuamfortementea
auloridadcdochcfcca"cstratií1C.ação"°"ial",11ãoposs11cmadislinçiodo
puroedoimpuro, 111asapcnasanoçãodosagradoproibido(1Qtw).Tomo
omprcstadmdcscnvolvimcntmfcitoscmcursoinéditodcMai...sobrcopc-
<adocacrpiaçionaPolinésia"".Oalimcntocozi<fopoluiaf\orcsta.Nosfcs-
1ia<f11ncr"1os,oalimcntocraCOl'idoseparadamcn1cparaaspcsSMSdcpos·
ln•cgra115difcrcntClidctabu.CoalcrDS•CS1osdc11mapcssoatabuimpor·
lontccausavaamortc.AspcssoastabucramalimcntadasporOlllras,nioto.
cavam D alimento com as milos; as pessoas que haviam manipulado O morto
"roem" {Mauss) o alimento com os dentes sem o tocar com as mãos.. Ao
pa.<.\Oqueoalimcnto(kai) conduzprova....,lmcnteaopccadocll morte, a
tgua(wai)fa7dcsaparcoorcmospcrigos(Fon1andcr).Numse111ido,opcca·
do fundamental é oCOl'imeoto, que faz desaparecer acss!nciadascoisas,
dcMacrali>"..a (Ma= .csundo Marincr Martin e Hocart para os Tonp). Tra·
1orqualqucrpcMOacomaLimcntoco:ddotumainjúriagra....,.
Mui1osdcsscstraçoscvoeamumparalcloindianom11ilopr6Jiim11,cpa·
,. todo. eles os indianos sugerem uma intcrprctaç.io. Por wn lado, o alimcn·
luparticipa,umavczcozido,dafamRiaqucoprcparou,clcé,parcoo,apro·
1oriadooomou111obje1odcuso("8SO,ro11pa),mas111aisintimanici>lcainda-
r"'mtcral11dapcnctradonocorpo,aingcstiots611mapartcdopr<>CCMO-,
..:mdlivid.oporq11cclcpasso11domundonaturalparaomundob11111ano.Não
h.l•falgodcanálogoaopcrigodo .. csUdioclemarginalizacão"nosritosdc
l'ª~"'gi:m, cm que não se cst.I mais numa condição e ainda não se csU. cm
<'Utra,emque,conscqiicnlcmcnlc,sccMicrposto,abcrtodcalgumamanci-
'"· lo mh innu~ncia-1 No próprio lndia, a maior par1C dcs.scs ritos corres·
po11dcaumaimpw-ez11quel111d11Zairrupçãodoorpriico11avidasocial;ora,
Ma13"dcorgãnlcoa.qui,comoll&CKr~o.e,comadiferença11cocssária,sc
nio impureza verdadeira, pdo mCl>OS pcrmcabiLidadc eJU:Cpcional à impUrC-
za.,., Dondcobanllopreliminar,quc, cn1rctan10,nâotsufkic11tc porque,
comosabem0$, op11FOtimpD(c111c diante do impurocapcnuo sagrado
trilllll'awbreelc(do11de,11Dque.eguc,orccursoaosprodutosdavaca).
AhicrarqLIÍllgoraldosalimcntos,qucdAaorcgimealimc111ardccado
caslaocuvalorhictUquico(/ooJlilbooparaBlunl,ditftllloidiurusparaStc-
""11S011),tin1cr....anl.csobrctudocmsuasclii.3gcnsprincipais.qucrcmdcm
àbislória(..,11cra?odavac1cinl<>CabilidadcdosquccomcmcarucdcV&Q,
inferiorizaçãodoregimcdccarnccdoco1W1modcá.lcoolcmrelaç.ioaore·
gimcvegotariano,d.165).Mascssaclassilicaçáodosalimcntoi;remeteno
csscncialàd.assificaçãodoshomenscàsrelaçõçse11tregruposhumanos,11lo
~ um dado primeiro que resulta de uma clusilicação uriiversal do puro e do
impuro"".Nodc1alhc,ain1erprc1açãotdcLicada:ofatodcqucBrámllllCSSC
absl.cnhamdctomalesscdc..,,scgundoalguns,àprcscnçadegrios,clcmcn·
lo "vivo", mas eles se abstêm também da çcbola e do alho. Além diMo, asdi·
fcrcnças regionais proliferam: cncontram·5C Brâmanes que o.io comem car·
nc mas comem peixe (Bengala), e q11e àl; comem mas se abstêm de ovos (U.
P.oricnlal).Émaísfrcqücotceoronlrartraçosqucsóahist6riarcgionaldo
pop11lação nos poderia[..,.,, compreender. Do ponlo de YÍSla atual, ludo isso
constituiantcsdcmaísudaumquadtodccritiriosab<olutosqueascaa..
utilizam para se diferenciar hierarquicamcnlc: assim, Brâmancs comem car·
ncaliondctalw:zacoocorrênciadosvcgctarianosn.ioscfaçascntir,ou
cnlioaliondccsscsBrâmancsparticularcsconcordaramcmocuparW11apu·
siçãoinfcriorcmrclaçãoaclçsO.

64. O ALIMENTO E A BEBIDA (A ÂGUAJ NAS REL.AÇÔES DE C4STA

Já há muito tempo foi observada uma o:rla coinçidfncia cnll"c com~n


...!idadccconubi.olidadç:ointcrc.asamcntosup6ccmgoralqucasduasp1r
1cspodcmcomcrjuntas,cocasanumtotmcsmoaocasiloprincipaldc1~u

~c-·-·--ow---._.
- - ... - . . ....................... (cl .... _ ) _ _ . - .... _..... .
, ....... _

=~~~1i~~~~~·-~
niôc.< de pcMOaS da mesm1 casta (ou antes, subcula etc.) em la] medida, que
ck:i! fr"'jüentcmcote,colrcBSCISIBSm~iBScbaius,ccomosfw:icrais,a
ooaoi.iocmqucogruposceo<l$lltuiemasscmbltiacjulgaoslitfgioi;oupro-
damarcgras.Mas.scmdlh'ida.,procurou-sccomafincoligarousubordinar
umdostraçosaoutro.ParaScnan,scndoacomcnsaLidadcdcoaturczamc·
nca<c.'1rilae maisvarUvclrcgionalmcnte,i! oconflbioquci!fUQdanlcalal.
lluuon,argwncntandoque s6sc pode, sem queda, tcrumacoo.;ubinadc
uS!arclativamcotebaixacomacondiçiodcDioscaccitardcla..enhumali-
mcnlo pcrtilienlc, inverteu os lermos, mas precisamente uma concubina nio
i!umacsposa,coo:asamcn1ooãoscrcd117àsom1dasrdaçksSCJ;Uaiseao
foi o de se usar o mesmo pote. Biuni, com aproximar os dois upedOS e as rc-
vas co,...cspoodcntcs, da.,, a primazia aocasamcatopclomenoshistoriat-
mcn1c. Stcvcnson observava que o drculo dccomcmalidadeulocoiacidc
... 1amcn1ccomodrculodcconubialidadc"".N1~1queslloessen­
<oaloobrcaqualBlun1insls!iacomraziocr11scguinte:quemmziahou?Os
oulorcspre«dcnlcsparcccmtcrtom1do~~n1105Clllidorcslri­
todc"poMibilidadc dccomcrnomesmogruponOll,CD1110àsvczasediz,
""na mesma linha". Num scn1ido mais amplo, não llt ncnhum1d6vida - pua
u Nonc pelo menos - de que castas mui1o~podcmcomcr1omcsmo
tempo o mesmo alimento, nos banquetes, i.\olando-sc mais ou menos umas
,111.,outrasquando,;cuestatutotmuitodifcrcotc(cf.f36[M1)'C•],f64.4).
Na rçalidadc, acc~ação de ali..,cnto e intercasamCMo siio ambos irn-
11ortanlcs à sua maneira e estrita..,cntc rcgulamcolado&. No U.tcrior da casla,
tmlc paralclismomasniocoincidência,csobreludooali"'coto, poropo-
"~áo ao ca.<amcnto, corTcspondc a rclaçõc:stanlo fora quanlodcntroda cas-
11. Éoqucvamosvcrooquc,;cguc.AellpllSlçãodizrcspcitoàlndiadoNortc
'l"rlkulanncntcaoUnatPradcsh(partcocidcn1aldaplanfciedoGB11gCS).

rH.2 Alimenros Ordinário e "Perfei10"

Asrcstriçõcsàtraosfc~nriadosalimcntoscncrccastasvariam,;cgundo
nhrodcalimcoto.Elas!.ionulas,parca:,panoalimcntocru,qucMciCi"'
Mnni<>11 chama de alimento do dom. O Brãmane que realizou um serviço ri·
iuolparau..,acastainfcriorrcccbc,porc~"'Plo,frcqiicntcmcnte,umapc­
'l"rn~ quantidade de alimenlos dive.-, alguma coisa como a matéria-prima
olr umarcfciçio,sidh.t,oucmgcralprovisôcs.Asrcstriçõcssiio,aoconld·

'" -1. . c-.,..,11-•·-.poi.ou_,__·P"'-•'*w»•-.


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....._____
_.., ___ .._..,
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rio,mil.ximasparaoalim1n110cozidoordiúrioo11cotidiano,àbascde,sc·
gundoasreg:iõcs.,amncozidooubolachasdefarinhadctrigocozidasase<:<l
(cap41i). &se é, cm iado-ariano, o alimcnlo impcrfoilo, kocc<I (hindi), Ylll-
ncrávcl à impurez1. c re:scrvado il primeira vista aos parcntcs 1111 aos mcm·
brosdogrupocnd6gamocaosscnidorcsdcca.~amuiloinfcrior.Enlrccg..
scsdoisc111rcmoscst.topollk<l{blndi),oalimcnto"pcrfcito'-,quccom.islc
de bolachas de trigo fritas 1111 manteiga (pim1 acompanhadas de lcguma
tarnbémírilos(obscrvc-scopapclprotctordamantciga,produtodavaQl),c
tambémdcoutrospratosrcputadosp1Uos,comogriostorrados,porc1templo
0161'i1,amnesto11l"adosobrcarciaqucntc.Falarcmosmaistardcdacombi·
naç.iiodcriunt,arrozamassadonopilãodcpoisdcumtratamcoto,cdcdllhl,
iogiine, aomcsmotcmpopuro,ap1oaconsc,.,,,.rcUquidoobaslanlcpar•
lornar C0115UmfYcl o ciulll ao qlJll foi misturado. &se alimento "pcrfdto'',
maisdispcndioso,éodasfostas,dosbanquctcsintcreastas,dasrcfciçõcslc-
v.:.scdasviagcru..
Blunlapoota,paraoUttarPradcslt,adiforcnçacntrcosdoistiposde
alimcnto.Considcrasctcnw.cuiscas1as.Entrcclas,trinlacscisin1crdit11D1
todokucdquenâotcnhasidoprcparadoporum mcmbrodogrupocndb-
gamo(oupcloguru,mcstrccspiritlllllqucéasi;imiladoaopai),aopas50q110
só dez caslas se limitam a aceitar opa)<kl quando este t preparado por:
membro da easta,guru,docciro"'c:senidor Kahar (carregador dc;igwi)
Respectivamente d = i s e tn:T.C castas occilam karrl cpt>klc<I, altm ~
prca:dcntcs, apenas de Brimancs(cdc Rajputsnocasodcalgumas).F'"inal·
mcnlc:,csobrcludo,cnquaatodcuiitocaslassóaccitamkaccddccast.asdifo·
rentes das precedentes, quarenta e cinco occitampoklrd 111Smcsmascon·
diçôes. Vê-sc.portanto,qucapossibilidadcdclransforênciadcaliatcntoco·
1idodcumacaslaao11traéconsidcraYClmcn1campliada111açasaofHlkk/J.

64.J A Água e o Coc/1imbo

Sempre noUttar Pradcsb,asrcgrasrelativasàãguaoJiovizin.basda·


quclas cooo:crnePICS aopa)<kd.Aindat preciso fazer umadistioçio: "Um
homem de casta alta pcrmitir6 a wo bomem de casta baiq que este cn~h•
seu /O!<} (copo), 111as 1llo bebe•'
a igua contida no IOfd dCllSC homem"
(Blunt,ibid.):YCmosaqui,ainda,qucoobjctopcssoalparticipadaçasiadr

__. -·--{l•--.·1--.
-v..
,_·-·º--·...---·-·-.
- 1 ..
..
~J•Jl(Mdllol-):_•,,.,.,........_--

.~~~-=~-==~=-~.:.:..:·:~:..~==
...
=:-....::::.::=..."'i":""'.:..::::::!--::-~"':.
_,..~<f~-·
...........
"'upimv.idor e muirio,cissonosexplicacomoallgua, que tem si um
ogcn1c purificador, pode, um•vcz •propriado, porusi:m dizer, por um ho-
mem, se tomar pu11 11111 outro homem um "'=[çuio .X impurca.. Elll geral
bcbc-scaosgolcs,semtoarorecipientecommllbios,eumBrlmancsó
podcYÇJ1crparauml111oc:tvd•áglll.q11CCSlcdcvcr4bcbcrcomasmão6.
Ali!111disso,ascastasscn'isabaatecem.Xáglll.scusseaboru:"todasascas-
tq tomam áglll. dos Barhai (c:arpinleiros), Bari, Bharbbunj• c HaMl (100•·
dores e doceiros), Kalw (carrega.dores de água), Nai (barbeiros)". lr.so é
imporlalllcparaollcanccd.si.a1enliç6cs:pode-scn:cusaraáguadca:rtas
cas1usccho110Stasscgunul11poroutrascomopar1cdcscuscrviço"".
Ellloutro1luprcs11sit11.1çiotcomplclamcolcdifcrcotc:"1mosuma
difcn:oça.mv.itofortcscimpor,emn:laçioacsscponto,aospcsqulsadore<
llo CM.nu .X 1901: um Brimanc do Sul oâo aocila água de ncllbuma ouira
c.ula.Parece,..SCmais,q1>eoSulnãolcmneohum11SOgcneralizadoeqv.iw·
Lco1caopokk4equeacas1.aa!i!mui10111aisfechadasobresimcsmL
No Uttar Pradcsh, só se fuma com um membro da mesma ca&lll. Ob-
..,...,,mos q1>e a qucstlo 1!. oa rcalidadc,complcu.:háocontatodoslibios
romacmboeoduradocachimbo(clci!diminufdoco111acolocaçiodas111'os
cmconchacntreocachill:lbocosl.lbios - domcsmomodocomoquudosc
putilha um cigarro -, ou mCSlllo com um tecido), U o fato de que oo hn<>-
k•h ou oarquili! fumaça i! csfrillda na i1gua. Vimos que: cm 0111ros lugares se i!
11101>hhcralcscfu111a,comprccauçõcs,quascquccom&mcsmaspessoas
u1masquaisscbcbe"".Adcmais,oiosccocontraohoohhcmtodososlu-
~:;;."J,~le está ausente cm muitas regiões) e, cm geral, nem mesmo o ca·

64.4 AQuu1iJodoFa10

Na rca~dack, a literatura dos CtllSIU, feita 111csmo com muita cons·


.i~n<Ía,n.io satisfaz com relação a esse ponto. Perguntou-se com frcqiio!ncia
•1nlormanlcsdccadacastadcquaispcMO&Sclcspodia111ounãoaocitartal
,.po!cicdcalimcntoou 6gua. Nãohád6vidaalgumadcqucaprcocupaçio

......... -~..,_.......,,,_ ............. _. __........_


'"'"•bicrarquiaccomascparaçiocstáprcscntcnãosónoobscrvador,mas
lomhém no infonnante, c que ele responderá de bom grado a e.se tipo de

. -----.-·-.. . . . .-.. ---pol.)


.,,_.,
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- -_· ,,.._..,
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l - -......
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n - l _ l e r _ _ I .........
...

r.-.....

·~ ~~2~~;,~~;:;;;;;:.;;;.:;.
pcrgllllla. MP o que s.igDifica calamente uma negação como: "n.io aceito
k«d da um1 Cam4r'', ou mcsmo um• alirmação como: "posso accitarkacc4
dama1Brimane".ScriaÍQlCfalallte1o11berscaques1iooc:colocaoaprátiea,
1eolnfon1111ntealgum1\'CZ111vidlousoudÇ$5.af&culdadc.Eaquiaparcccm
11divcrYSo;spécicsdc~emquescpodecoloearcss.aques11D.
AMlraiamos, por um lado, p drcwWâocias do serviço e, por outro, os esla·
belccimcntosmodc:roosdarela(r.. tauranlesccaf~dasaldeias,aindacom
frcqüôr>cia manridos por Brlmanes). Nas pequenas viagem., um homem de
boacastas6fariumarefciçlolcM:,C1ipcrar:illlévoltarparacasaes.ebanhar
para depois fazer uma refciçlo YCl"dadcira. Se se traia de uma longa viagem,
o ho ... cm ou a famllia fuio eles mesmos sua comida; assinl, os soldados do
c•i!rcito inglês durante muilo tempo rw:ram cada um sua pr6pria comida.
Nãoacontcccomcsmocomatgua,quei!llCcc:siuiriopodcraccitarpclomo-
nos de algumas castas (um Kayastha do U. P., por exemplo, s6 c•cluiri os lo·
tocáveis e os Muçulmanos), e a que.siio i! aqui muito mais pcniocntc. Re1o
Iam os ícstios por ocasião das feslas familiares e outrascircuns1beias,q11C
são as vcrdadeiras ocasiões em que castas diferentes se reüm:m e onde todu
as disposições são tomadas para que iMo aconlcÇ<i, como veremos.
Em suma, o assunto cllgc u"'a consideração sociológica das cir·
cul>Slinciaseda<relaçõcsqucacompanham ncnn.<umodcaLimcnto.lntro-
dU7imosdiscrc1amen1ecsscpontodcvistanoquepreccdcu - oascqiihcil
de McKim Marriou - quando distinguimos entre ahmentn cotidiano e de
serviço, e entre alimcnlo de fwa e de viagem. Para citar um exemplo, 1
propôsitodckaccb,uminformantcKa)'Utha(dislrilodeGorakhpUr, U.P.)
declara em principio qllC "'comerá" cm casa de quaisquer Kayasilui e quo
"pode comer"' ou "come habitualmente" lambém na casa de Brimancs e d~
pcssoas.Kshat1riMasn<1p>dlie11clclÓcomeunai:asadcparcntcs.Finalmco·
tcclcoc:lcmbradctercomidoumaveznaC3-<adeumKshauri,porOU$Ô.lo
das eleições (N. B.: cir,unsdncia moderna). E os Brâmanes? Elo comeu n.
casa de duas familias (uma cm sua aldeia, outra cm outro lugar) por cw;asij,,
de(es1asdcfamllia,to11Sur1cHúciaç.io.(Na1uralmcn1eclecomeu.nacau
d<Mas pessoas., por ocasiàodcfllllerais,o alimcntopakk4 preparado pari

'"""'' Eis-noslcvadosadizcrumapalawasobrcosbanquctcseoquantoo.;,.
siãoprincipaldecomcasalidadc.hifclizmente,alitcnlura50bree&SCassunlo
~ CSU$.<8. Já fizemos alusão aos dados de Ma)"l:r (§ 36) e co!Walamos qut'
nessa regi.ão da fndia Central o alimcntopakJciJ não~ utifu-.ado de mam:uo
racional. O mesmo 11.io acontece cm Rarnpur. distrito de Gorakhpur. Utl••
Pradcsh{pcsquisa pessoal), cm quecssa fonna dc.OOahilidadef dcsenVI~
vidaeondevcmosintervirac&51adocozinhcirocuum.. traÇ06 Ofimdulu
tofafocasiiodctodaum1striedcrdciç<\u.diHtrdr1tKl"'.uprs.<o.. do
vem comer dc•J:$$CÍt BrlmlUIU. que, com c•tr oto. ""l""nJcm o luto paro 1
fornília. O alimento tpoüb, 001.ido pot uon lhAm•11r ''"''ª""bncnlc n ••
ccrdolc da familia (pumlrif) - o qual dclcpri, se for o aso, a um outro
Drâmaoc a dircç.!o do ritual propriamc111c dito - , e servida por Brim1.11 .... A
<a.iallqiialpertcnoc1famlliadomortocxcrcc.c111rct1.1110,wnainfluE11áa:
um Brâm1.11c de c.laluto pouca coisa mais alto nio aceitar• cozinhar ouma
<audceastamuitobaiu.(Tcli),camcsmacas.apodcr.iterdiliculdadcdc
reunir o o~mero de Brim1.11es oc:çcsstrio para a refeição. Em segundo lugar,
"'m uma refeição de arroz ("11411), da qual tomam parle os membro. da famf·
h•. DS parentes vindDS de fora - eles troperam dahi e ciJUll como prcsc:ntc
paraobanquctcp<dck4- cmcmbrDSdogrupocnd6garnoquchabitaoolo-
<al - mas de m1.11cira algum• nc-·~cntctndos,c dcpoisdcl ... osmc11-
dig,,., DSrenunci1.11tcseositincrantcs prcsc:11tcs. Vcmdepolsuma..,rdadcira
rofciçàoinlcrc.asta,abcrtaatodosaquclcsqucacompanbar8.lllosd... pojDS
domonoaolocaldac:remaçio.OalimcotopaWécozidopeloBrâmanc,dc
manciraapcrmitirqucomaior11(imcrodcpcM01SoC01>S11r<1a.E111re11.11to,
""ca.tas superiores podem se: absl.er (o Kayastha não comeria, m... moaMim,
no<:a<adcpcssoasTcli).Alémdisso,asuscelibilidackdasdiferelllCScastas
ocrá poupada com diversos .scMços lUccssims e com a instalação dos grupos
drcstaluloviziohollpartcunsdo.outros,oquclcwaqucmuitosgruposdc
ln1ocávciscomamàpartc
Tat.c>..,jamDSmclboragoraoqoodctc6rico1!111asregrasqucn11'
''" 1<arwni1idas pelo Cmsw: para uma grande parle (circunstiocias ordid·
""-')•implesmcntcnãoaislccomcnsalidade;c,qllllndoaques1.iosc:coloca
<lc verdade, disposições gerais permitem rcali7.á-la cm escala muito mais am-
plo que o rigor das regras poderia f~r crer. O exemplo citado tWz .seja
p1ulicularmc11tcamplo,porcausadarclalivaOe>:ibilidadcdosentifnc11todo
lmpuro.jáaMinalada,masclcpropõcumcorrclivoparaasvisõc:sbcrdadas
olopcrlododali1eraturaClllcl>Siva.
Alémdofatodcquc,cotrcosBrãmaocs,algunssc:rccmamapartilbar
111limcntocomum, insistem cm rccc:bcrsWI parlecrWlcacozinham eles
1oróprios,oquc,tutoqll8.llloaumaccnaafctaçãodcpurc>a,podccom:s·
1•>ndcr,n.iocsquoçamos,aumgostopcssoal6".Jáaludiaofatodcqucncm
lodn• <>$ rcprcscnlalltfOS da subc:asla que habitam o mesmo lugar 1omam par·
loJobanquctefamiliar.Podcsc:rqw:partidpemdobanqw:tcdos ... trangci-
"''... Maisai11da:1ír011tcitadacomcnsalidadcpassacmccnoscasos110i11-
hrnor do p<6priogrupocWpmo: parcotcspatrilincarcsdam.....,aaldcia
lrnH>ínrmam cm briga o rim da comensalidade, e esse componamcoto é
•nuotodifuadidoM>. E..slamDS longe da teoria.scguodoaquala unidadcro-
mcllSalcoincidiriacomawaidadcckcndogamia.Mesmoqucocasoscjaex-
a:pcional,<lccnsinaanio1omarcomofavascoo1adas.asgcocralizaçóçsquc
resul1amoa...:rdadcdosquestioúriosutili7.ados,cc11Si11&solm:tudoqucsio
111.aisos pcsquisadorcsdoqucosinten:ssadosqucprocuramligarnumdado
oívcl os divcr&OS aspectos do sislcma que, como se percebeu, funcionam cm
!llvcisdifcrc111<:s.

65. SOBRE A HISTÓRlA DO VEGETAJUANISMO

65./ DoVedaaMWIU

Ovcgctarianismoscimp&atodaapopulaçãohioducomorormasupe-
riordaalimcotaçãocconstilui,oalndiacootemporâoca,umadasnormasc:s-
scnciaisrcla1ivasllalimco1açiocaocstatulo.Comfrcqüência5Catribuiuo
Yl:gclarianismo à população que os Indo-europeu.< encontraram inUalada
quandochcpramaopals.l,...,éimprovtvcl,pormuilasr111.ócs.Primciro,o
Y1:gc1arianismu ~ cvidcn1cmenlc não um traço ""primitivo", mas um falo de
c[çva<lacivili>.. çâo,dcsconhccidodassoçicdadçsmcnosdifcrcnciadas.cmto-
doomundocnãotcm raltcspro(undas,napróprialndia,non/Y1:lpopulor
ou1ribal.Dcpoís,supoodo-scqucumapopulaçãoprj!-iodo-curopéiadal11d.ia
lcnhasidocfc1ivamcn1c...:gc1ariana,n.ioscima&ioacomoscu...:gc1.81Uni1·
mosctcriaimpostoaosinvasorcs.Finalmcolc,apc..asosBr"°3ilc5coàoos
Kshalriya.<scloroaramlrad.iciooalmcnlcvcgc1arianos.Narealidadc,oslex·
los coolam uma hisJ.6ria diferente, queAlsdorf rcccntcmcntc rccm1stituiu
oumopflsculosubslancial.Resumircmosaquiosprincipaisclcl!lcolosdcssa
hisJ.ória,acvolução.doVcdaaohiodulsl!IO.noqucdizrespcitoaosaçriflçio
sangrcntocaoconsumodccaroc;odcscnwlvimentodaidéiade~
sd("não·violência",ouan1esaustnciadcvouladcdcmalar)cdovcgc1aria·
ni!.monojioismoenobud.ismo;arclaçãocntrcasduasséricsdcfatos;dirc·
mosalgumaspalavrassobrca...:ocraçãodavaca"".
Oslndianosvédicostinbamcmaltaoon1aacriaçãodcgado,cscpodc
supor que, como muiios outros pastoru, eles não maiasscm as reses sem
boasrazõcs,razõcssacriliciais.,cqucsócraoollSumidaacarocdosanim.,.
sacrificados. Em oulros lermos, existiu uma aliludc religiosa cm face do p·
do,qucn.iosuprccndc,equcck...:scrtomadacomopontodcpanidadaqui
loque mais tarde se tornouavcdcraçãodavac:a,jlicckbradaoovcdlsmo
coinosfmbolocósmico,mãceoulrizuoM:..... lclc.faajlo"'am1mal""&fado

. _____ . . .,..,.-, .,_.-·--·'"-"


-·n-·--·-,...
U..l""'-.-.-t"'--~-v-
'"'"""',,_,
,. . . ,. , __,
....,,~
.... -.-.._ .. -.Ml)<eoo.
....
'""'""''""")
prcfcridoparaosac:rifJcio"(Alsdorf).Ostra1adosrilualsczprimcmc:ssc<:.$1a•
dodc ooisas,csurgc a noção, que ler~ êxito,doscinooprodutosdlvaca,mis·
1urabçné6cacpurifü:adora.Aomcsmo•cmpo.11ossutrasdoriu1aldomésti·
cocdodharma,uma,,..capodcscrmortaemccrtasocuiõcsrituais:nocullo
ancestralcparabonrarumb6spcdcdislinto(ob6spcdci!ditog<>:lfura,«que
mata uma vaca", pelo gram~lico Pan.ini); um louro i! sacrificado num sacrlfi·
cio particular""'.
Se passamos, para simplificar, às Leis de: Manu,lcmosumasituação
b~anlc difcrcn•c, que Alsdorf esclareceu. A carne conscrw •odo seu valor
nasofcrcndasaosanocslrais(lll,247css.;u"lapass.agc"'duvidosa,271,
menciona talvez a carne de ""ca). Na rc:gulamcntaçio razoavcLmcntc comp6-
cada do alimcn•o (V, 7 c ss.), cnumcra"l·sc as espécics pcrmilidas c proibi-
das,irWMc·se narclaçãocntrcsaaiflcio(oupclomcnosconsagraçiorudi-
mcntar) cconsumodccamc,eseaprcscnta umadcfcsadosaerürciocdo
rcgimcdccamc(30,39);poroulrolado,ovcgctarianismoi!lou....00110dfs-
licoSJ, no qual aah$tcnç.iodccarnccquiwlcaccm ... criflciosdocavalo.
Di1-seigualmcntcquc"malar11osacriflcio11ãoématar"(J9),aopassoquc
umpoucomaislongc(44-5S)allhi'!u"i!cclcbrada.Noçonju11•0,oid~110"
''""" imp6c•ullcicn1cmcntcparaqucaoon1radiçiio$CJasc11tidlcocom·
ptomisso seja llrmado. Ahdorf cita lcxtosda grande epopéia que OO<Joboram
d<itua,~ocxposlaporManu.
Mais !arde, na época doscomcnl~rios, o\/Cgctarianismoscimp6s,c
nio$Cf;w:mmaisrcfcrénciasaosacriflciocaorcgimcdccamc.tlutilizado
umdosproccdimcn1oscorrcn1es,qucéodcdcclararqucc:sscsi.-,cmbora
cunformcsaodharma,niosãomaispraticadosporqucsctomaram .. odiosos
anpovo",ouaindaporqucniooonvêmàcraatualdomundo,dcgcncrada,a
era Kali"'<.
!li2 ODatn~ntodD Ahil)'Bil

Porqucessaspriticassclomaramodiosasparaas~?Dondc
vcmcssaalrif11JdqucscimplicjjcmManu,is1oé,nomaistardar,pcnodo
comc~o da era crisli.? O que aconteceu depois do fim do pcrlodo vtdico?
UmcictraordiniriodeM:nwlvi.mentocspccula1ivoocom:u,aomcsmotcmpo
cmq1>Casocicdadcpassa0lldavama.àc:a.o;ta. Dissorcsullaafigw-adorc-
nuncianlc -cssapcrsonagemqucahandonaavidasocialparascconsagrarà
sua liberação - eoaparecimcotodasduasgrandcsdisdplill8Sdclibcração,
o budismo e o jinismo. As.inalemos sumariamente o desenvolvimento no nJ-
vcl da ahutu".t c do vcgctarianismo. A ahiJruD o.io é dcsconhccida dos nossos
contcmporlncos, pois Gaiidhi fez dela uma arm~ pulfli<:o. e tradU1ju otenno.
clcmcsmo,paraoipglês:11a•Miale11ce.Prcfcririamos"nào-dano",masM1-
dclcine Biardeau1raduziu maioprccisamcn1ecomo"ausCnciadodcscjode
matar". Esse sentido etimologicamente c"3lo é também historicamente cs-
scncial, romo sc pcrçcbcrá no quc scgu...,.
O termo aloif11Jo!, e um ccno constrangimento dianle da morte de um
scrvivo,ja aparece no Veda, onde pode tra\ar-scapcnasdaambivalancia
univcrsaldoa1osacriliciaf"<.Maiscluass.ioalgumaspassagcnsdaChan·
dogya Upanishad: "o homem s.ibio não causa nenhum mal às criaturas, cxcc-
10 no caso de rilos sagrados ...". A al1útuD e qualro outras qualidadcs s.ão a
rccompcns.adosaeriflciointcrior&V,quctendcasubs!itulrosacriflciovtdico
noolvcldopcnsamcn1odequcmatácmviasdcsctomarumrcnunciaolc.
Asindicaçôcscronológ!çascxtrafdasporAlsdorfdostcxtosbl'.idicosc
jinlslassâomuitointcrcssantcs.OBuddhascrccus;iadarseuavalàimcr·
diç.io de comer carne e pcizc: ~que o animal não seja mono pelo mon·
gc, Oll que se ac:rcdi!c nisso de boa fé. Em suma, o rcn1111cian1e tem seu ideal
e sua moral próprios, mu nio pretende impô-los ª"" bomc11S-quc-Wvcm-
no-mundo. Mesmo cnlrc os Jioistas, é s6 mais tank que a camc e o iUcool
sãointcrditosequeaprcocupaçiocomaah~passapor1m1CXlraordini·
riodescnvolvimcnto.~cmn•liguasercsvivos,eajguadc:vescrrervida
porq11alq11crpcssoaaa1C$qucclascjabcbidapclomong.,....Dc111anc:iragc-
ral,scaalri1J1Sil rcprcsco1aumpapclrcdl1Zido oadisciplina111oll4sticad°"
Uudislas,cla é, aocoolrário, muilo importante, e e&1ácmrclaçãoes1rci1a
comado111rioa,para0$Jioislas.Arclaçâoco1rcaahiJ?s.<ilcado111riuda
1ransmigraçiocdarc1ribuiçãodosal0$ÍOimui1odiscu1;da;claparca:scim·
por,.OOrOlludoscscad.mitcumaligaçãoprofundacntrcrco(inciaccrcoçana
1ransmigação..Ficaclaro,cm1odocaso,qucaahi1?1SiJéa.nto:sdctudodaal-
çadador<:nuncianlc enq111J1to"arligodoprogramaquccomandalodasas
•11asconduwdcabstcnçãoposs!..,isparaaobl.cnçãododcsapcgo1otalnc-
rcss.irinàlibcração"(M.Biardea11J-.
Em•uma,aopassoqucc.....,;idéia>.,.o(uncirniaisnarcnúocia,classão
wntradit6ria>cmManu.Esscwntrastc•ugcr<:aconclllS.iodc11ucovcgcla·
rianWnoscimpõsàsocicdadcbioduapanirdassci1asdcrcn11ocian1cs,co-
lfcasquaisojioismocob11d.ismo.Scmdll.vida,cssa<duasdisciplinasdcli-
hcração são apenas o. dois le~cmunh0$ maioro:s que lcm0$ de um dcscovol·
•imcnlD mais vaMo: a ahiJ?ssiJ """' de mais longe e foi ainda mais difundida;
n.ioémcn°"""'dadequctorcnuociaotcqucmparccelê·lalcvadonlt&uas
consc11Uência> alimcnlarcs prlitica• e lê-la dado como exemplo para a ...ciC·
dddC hindu de um c~cmplo mais elevado que osvalorcsbramãoicos dosa-
crifício. Mas Alsdor( se desvia dcMa condllS.in 1ãn fortemente sugerida por
«eUlrabalho.Oucra1.õcsofcrcccparaisso?Scgundodc,lrala·scdc11mmo-
""'º"'º"'plrll11algcraldafodia,qucs/Jcncon1rounas"hcreslas"wodiçôcs
parlicularmcnlc íavorli..,i>"". Apóia esse ponto de visla no falo de que
a11/1il1i.riJdoimpcradorAshokanãotpropriamcntcb6dica.Mesmoqucfos-
""""'im - c,,...pontotcontrovçrw -,iso.on.ãoscria•ulidcntcparadc-
mmu.trar que o btamanismo fosse a<Sim lào "não violcnlo" quanto ojinismo,
oq11céwn1radilopclostcRl.oscotudad°".Éprccisoconsta1ar,scmdüvida,
qucnvcgctarianismoscintcgravamultobcmnasidéiassohrcopurocoim·
rurn.Comcrcarnc,paraoHindu..,gctariano,éoomcrcadá""'·Masoãosc
rr•loes<juCCCrqucohinduWnopopularmodcrooconhcce,lanloquaoloo
hramaoismo antigo, o wnsumo de carnes sacrilidais. Akdorf oão encaminha
•11an:DClliop111"a,,...lado.Scclcimagina.crradamcolç,maodc1tCUrducom
scuspredcccsso~qucooep:tarimlsmo(ca"hi'!".f)podcscrcomprccndi.
docomo1raçoprimi1ivo(uNnk/lt),iMoacontçccscmd(rvidaporquc,so.
bretudo,cxislcíalha118represeataç:losociol6gieadaoituação - qucdomi·
nou a lndia duranlc mais de um m~ - cm q11c o bramanismo e as sci1as
agiram umas sobre as 011tras. Em suma. quantas cspécics de autoridade cspi·
ritual existiam? Duas apenas: o Brãmailc e sua tradição, o rcnunciarllc e suas
sci1a...Quan1osía1orcsdciniciatiwcdcinvcnçio?Umapcnas,orcnuncian·
1c,dian1cdcqucm0Brimanccraumra1ordein1cgração,dcagrcgaçiolio
cficaz,quc,nofimdascontas,absom:u,ouquasc,todososscusrivais.Exis·
1iurivalidadcnacstimap(lbLicaco1rcasduascspécicsdc"cspiri1ualidadc",c
iMobastaparac"PlicaroCJU:CSSO,ocndurccimcntodasdoutrinasnamcdida
cmquc,pcnc1rand1>nomund1>socialpropriamcn1cdlto,class.iorctDmadas,
noqucccomolheinlcrcs..a,peloBnlmaoc"'>.{Nãonoscsqueçamoodcquc1>
Kshatriya conlinuou, lradicionalmenlc, a comer carne.) Em suma, D Brim•·
nc1cr,adD!adDDVCgclarianismoparanioscr•upcrcla<.<ificadopclorcn110·
rianlccnquanlochefocspiritual.
Nadamaisnalural,p<>rtanlo,qucadD!aropoo!DdcvisladaJacobi,pa·
raqucmaahi'!'l".fCSlavanaorigcmconlinadaaorcnuncian1ccscgcncraLi·
1.Dll soba influência dojinismo e do budismo. De fato, o Artbashas.J.ra a
impõe apcnasao"crrantc" (parivn>jaka, I, 3),c Mcghlcncs dá uma indi.
caçi1>quc,emsuma,cst:ipr6'lmadcssa""'.
VDllcmos a Alsdnrf para 1irar proveito de suai; obscrwçõcssobrc a ori·
gcmda..:ncraçãodavaca.OproblcmabistliricoaquiéapassagcmdoCSl1·
dovédico(animalhonradocsacrificado)paraDCSladobindu(animalvcnc·
rado, cuja morte constitui crime igual li morte de um Briimllllc e cujos produ·
lml"'""ucmvalorpurificallirioiasignc).VimmqueamisturadoscincoprD-
d11tosscin1rod11>.iufinalmcn1c,csccspcravaumdcstaqucparaapurc1.a;1
prcdominãnciadaahÜ!IJlsc impõccvidcntcmcnle paraczplicaramudan
ça"";masissoésuítcicnlcparadarcontadolugar1odocspccialdoanimale
de sua assimilaç.io ao Brámanc? ~ possfvcl pressentir aqui uma in1cm.ifi·
caç.ioscn1clhan1cllqucladovcgctariarlismo,mastprcciso,scn1d(lvida,ck•·

.
'61 Jl_<.,,..!!•J•........,.pw1Mo11..i ..... -1<1pro ..... .-J1MrW .. u•

- - -- ___.
""'--N "-°"'.......,.'Pº..........._--..... ,.-... -.--..,.oJ-•
·-(""""-~"ll:M)

. -. ... ..............................
--...
'6LJJ..,,..i. ... _1m,1111p.!!~ld"-."""'·ll.777J.--•P"
---·-----~dli'I"""'"

,~~I~~~~~~=
l1carumacircu11S1iaciasocial:aoposiçjodopurocdoimpurofoiaplicada
num conu:.110 social cm que se opW1bam o Brirnanc e o lntod..,~ este cn-
<arrcgado do gado c aquclc, modclo dc purc7.a, assimilado à vac.a (d. acima
tl'i.4).
PODER E TERRITÓRIO

71. JNTRODUÇÁO

Agiremos agora como se j.i tivéssemos lcrminado com a ideologia da


<a'lla e comcçlisscmos aqui, conforme nosso método, a ...:ririear o que de fato
c"1inawciedadcda..casla..semrigurardirc1amcnlcnaidcologia.Narcali-
Jadc, oão C$S(llamos a constelação conscienlc que chamamos ideologia, por-
que falta trMar do governo da o:asla, ma. só poderemos íu.C-lo comodamcotc
dcpoisdccsclan:ccrq11ali!oobjclodoprcseotccapkulo.
L.imitaodo-nos, pera o momento, à organizaç.io social, com o que nos
<><11paremos?Podcr-se·iarespandcrji,apriori,apartirdenossapr6priaso-
<icdadc,quedcvcmospcsq11isartudooqucaidcologiaperccc11dciDrdcla-
do,cis.ocom:spondcriamuitobcm,.lprimciravisla,.lquiloquechamamos
de domlnio polltico-ceonõmico, por oposição ao domlnio rc~gioso. Ma.\, oa
n:alidadc,aodcscrcvcrosa..pectosdasocicdadcparaosquaisaidcologia
nosdirigia,jicncootr11111ostraças.clcmc:ntosoufatorcscslranhosàpmpria
1Jculogia,dosquaisclanãotomavaconsciêt11:iacmsilllC$QIOS,ma..osquais
ela"' contentava cm cnvo~r de alguma maneira cm sw linguagem global.
Dcsdi: o começo fnmos Dhrigados a Ílll'.cr rcfcr~ncia ao falo de que os
ol&icmuclcca>l.. eoncrcl..,p<>rnl""'içãoaomodclotcórico,cstavamorga·
ni7admnum•extcnr.fn1c11lltlflal dctcrminada,cstavamcootidos,dcalgum
modo,aumq111llruH1h'dal Dilfmntan1o·nll••111lrtiVCZC.comcssct11ço,a
prop6silod•1epnrnlaçi"•J1hlN111111la,r1prnp6sitodosistcmaj•jmani,
<11>Cvimo1Íu1M·ion11 11uinl•1hw 1!1• ••J1oldrl1rnmoum1unidadc Olllnlo
aojajmani,scinsistimosmuilonaorieo1açãod.adivisãodolrabalbocom«:-
lação ao conjunto, ai vcodo um falo fund.amcnlal, um fato, cm íaltima aotli5c,
de ordem religiosa, COGSlalamos ao mesmo tempo que: essa inlcrdcpcndõnc:ia
misturavaaspcaos«:ligimoscaspcaosnliorcligiososcqucopivôcmtoroo
doqualclascorganiza- aeastadominantc - cslavan1aisimpl!ci1odoque
nitidamcntcrcconhccido.F"malmcole,C>ludandoahicrarquianoscnlidocs-
lriloedci><andodeladoaqucstiodaordenaçãooudaautorid.adeporcausa
desuacomponcn1cdcpodcr(daqualsc1ratará,porcssarazâo,nocapjluJo
scguintc),limitando-nos,portanlo,WJll:l"ctarncntc,àgradaçãodoscstatulos,
pcrccbcmosqucopodcr,dCS\'alorizadocn1provcilodocstalul<>nonlvclglo-
bal,scigualavaacledemaocirasub-rep1fdanosnlvcisin1crs1iciais.ÉYCrda·
dcquc1>fatocorrcspoodcà«:laçãocstabclecidacn1resacerdotcc«:i111
1coriadasvarnas, masprccisamcntcesla pcrmaru:cc impHcitana idcologil
dasca.ilastalcomofoiclais<>ladaaqui.Dcsscponlodcvista,jircconhccc·
mos,cn1ão,aclristênciadopodcr,ccomoclcscsi1uaooio1criordcumqua·
dr1>deidéiascdcwlo~conlid1>oos6milcsdesscqwidrn,masodcfor·
mandoa1tumccrtograu'".
Terrilório,podcr,domininciaaldcãpmvcnicntedaposscd<>solo,cisal
oqucjáscimpôsan6s,caquilodcqucvamos1ra1aragoraes1ámuitopr6.
limo dis.'IO. Se att aqui fizemos nO<SOS passos ooincidircm com os de Bouglt,
V"Jmosnosbcneficiaragoramaisdoqucaotcsd.apcsquisa«:CCnlc,pois..tio
ar as queslõcs que ela estudou com predileção e wbrc as quais cmtc um
graunOláYCI JccomcnsocntrcosC$p«iall<1as. Emconscqüénóa,podcrc·
mDSscrbrcvcs,tcndocmvista<>cuidad<>maiordcsubslituircsscdomlDio
parci.alnoquadrodllconjunto.Amudançadcnlvclcoloçaumproblcmadc
voabulirio. Temos de definir sobretudo o que entendemos por "poder".
Trata·sccxclwivamcntcdopodcrpolítico,scndoodomfniopolíl.iaJdcímido
como"monop6li<>d.aforçalcgítimasobrcum1crrilóriodc1crmiaado".Opo·
dcr~assim,ar01çalcgflima.Adcfiniçàopodcparcccrbojcmllitorcstri1•
Ela1cmavan1agcmdccorTCSpondcrmuitobcmàsnoçõcsindianas:opodcr
é mais ou muos okf111'11 >'tdico, principio da varnados Kshatri)'I (litc,.I·
mcnle as"pc&&0as do império"), éa força legítima porsuasubordioltflo
liicrárquica ao bmlrmfJll e aos Brâmanes. Analisaremos succssWamcnte: u
quadrolerrilorial, os direitos .obre o sol<>, a aldciacom.cl15d11111inuua

11.. _ _ _ _ _ _

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Terminaremos com algum1$obsc....,.~sobrc o ponto de vista cconOOiic<>

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,....,_,.~-~rn......,....-.-,-..,,.

........... _p>llloo.<l--*So<.IVl.IOil.plLl-1,_-...-•-

ê~§1::E@?:~~.§§1
72 O QUADRO TERRITORIAL DE FATO: O "PEQUENO REINO"

Alitcratura1111lropol6gic.acontcmporâncasublinba frcqiicotemcntco
fato de que ns si.uemas de castas concretos c.uão - ou, antes, estavam -
ceullidns num quadro territorial de escala muitomodcsla.Osantropólogns
:IOCiai$ eoceul\raram ~ o que bllSQvam paralelamcole, à força. no nfvcl d.a
aldeia (d. § 74): um conjunto social de eKlcnsão limitada, c.uabclccido num
terri16riodcflflidoeauto-sllficico1c, umapcqucnasoeicdadcquc,porscus
carac1ercs,nioc.ucjamuiloa[aslad..ad..a1ribo,objctoluibi1ualdcscuses1u-
dos,cqucoãofaçamcntiremascooccpçõcstcrritoriaisqucaaistênciadas
naçôc:s alimenta entre nó&. Com boa vontade às ~LC.• sc fala da ncccWdadc
dcumsistcmadecaslaslerumac.ieasàolimitadaoo~ço,csobrcascon·
•cqüênciasd.:sscfato.Umavczreconhccida,comoaqui,aidcologiacomum
>.Obre aqualtodnsçs.scssi.ucmasconerctnsrepous.am,o fatndafragmcn·
taçãoterritorialéscmdrnrid..aalgumaimportantc.Obscrvar·sc-áqucc.scfa-
10c.uáem rclaçãoes1rcitacomaidcologia.~fato: l.aidcologiaignorao
1crritóriocnquanto1al;2.umaideologiaqucprivilc~oterrit6rio,quco
Vdlorizassc, favorcccriaevidcncementca unilicaÇ<iotcrritorial,política,por·
lanto;l.aidcologiadaocaslas,comojáscdisscalgumas...:us,supõcesus-
1"ntaadivisàopol!tica(d.Comnbmi0tlSIV,p.8).
O fa10 da compartimentação tcrri10rial não é absolutamente novn.
Jaclwln,cntrcoum>S,numanignantigncitadnporHuuon,jáfaziameoçãoa
cl" Contudo.foiEricJ.Millcrque,numbrcvcartigodcl9S4$0brcnMala-
har (no Estado de Kcrala), o formulou com clarc1.a: "um si.ucma de scg:mcn-
t.iç~n territorial é um corrclato ncCCAA.irio dc um si.tcma dc castas rlgido""".
Miller encontrava no Malabar uma pequena unidade 1erritorial, nnlfl!(o
nome é comum no Sul) que compreendia um certo oflmcro de aldeias (de-
1um). Co11$latava que, "para todas as castas inferiores, Ç$$jl unidade (nat!J
cranlimilcdasrclaçõcssociaisnointcriordacasla,aopassoqucasrclaçõcs
fnradacastacstava111emgrandcmcdidaconli111daoàaldcia"(p.4l6).Apc·
nasascastassupcriOFC$pnssufamumaorganb-.1çãnqucsccslcodiaatodoo
nod e pan além dele, mas sem ultrapassar as fronteiras dns reinos.. Apenas
"' Brâmanes Nambudiri transcendiam as fronteiras polJticas'2>. Eis aí uma
rolaçãocntrchicrarquiaeterritórioqucscaliamul1obcmàcomplcmcntari·
J•dccnlreclcs.Millcraacsccntavaqucauniformidadcdccultu13cstavacm

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!'(:lação C$11'(:Íla com ag linhas de scgmcnlaçào 1crritorial, de iú..,;I d.ifcn:nlc
segundo a> castas.
Mcsmorcdw:ida à noçiosimplilicadadc quÇcada "'pequeno reino'"
possuía um .W.cma de caslas cooaetamcnlc mais ou menos diferente do.;.
1inho,aques1ãotcmm(lkiplosaspcdos"'.Voltarcmosafalarsobn:aau1nri-
dadcdorcinoqucscrdcrcàcasta.lnsistiu·scnofatodequca>"hicrar·
quia>locais"dccas1asdifcriam11magdasou1ra.<.E,comcfcito,cadaaad1cm
sua população e sua hist6ria prliprias,dondc a>diícrcnçasquc podem ser
muitomarcadasnãos6oon6mcro,nonomc,na[unçàodascast8$(ousub-
casu1s) presentes, mas tam~m llO desenvolvimento dos difcn:nlcs critérios
hicnlrquiro.. Em partic11lar, muito deve: ler dependido da população bramá·
nica,da(s)\lllricdadc(s)dc Brãmancsprescnte(o) - cmaisaotigamcnteda
popularidade maior ou menor cnnscguida pçln jini•mo e pcln budismo"". É
prccisopçnsarigualmcntequc,no"pçqucnon:ino",on:iouchcfcpõdcdcs·
fn11ar. cm face dos Brâmanes., de 11ma pn1Cncia, de uma clientela, de uma in·
llu~ncia consideráveis. Pcll5C·sc na comensalidade das castas aliadas ao po-
dcr numa aldcia do Malwa (§ 36). Isso podc contrihuir l"'ra cxplitar como os
traçosdomododevidaro!gio(rcgimcdecarnc,poliginia),aindaqucdcsvalo-
ri1.adn<comrclaçãoaomodclohramânko,pos."'m1crrcsistidocscofcrcccr
como clCCmplo durante muito tempo a uma parle das castas"'. Ao contrário,
o dc .. pan:cimcnlo do n:i cm vastas regiões sob a administração muçulmaria
possihili1ou. como J;.,,,..,. H1on:s supõem, o aumento da inllubcia do
Br.imanc,paraaqualfalm,.mcon1rapcsos(Con1ribu1ionsVll,p.SS).
A..sinalamosacimaquc,cnquantoascaslasproíissionaissãocommaio
frcqiiênciadcsignadaspclollOmc da profissão, sua>subcastasn:c:cbcm cm
gcralnomcsdetcrrit6riooudc:localidadc.Scgundoaesludio..aKal"Yé,cada
subcaslaligadaaumlcrrrit6riodctcrminadotcriaumaorigcmdifon:ntcdai
ouuas,cacastascriaapcnas.um·•~çotc"rcsul1antcdcsuajllSl•J>O$Íçiopu

77<.V----.. ·-·-...._ ___


--·-.-·---(-]lb) __ . .,. _
....
~ ... - - . . . - . . . . - .. - ( 1 3 6 .. jlotfB.S.C<U--.. ..
----i"'--~"&).

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§?;_Ê]É'.~3~~:S~=~
ramcntcc11tcrior,comoaooo1ccccomosolcirosd0Maharashtra(cf.§26).
Elcsaiodaoãoolciros.
Sempre scg11.11do Miller, a dominação britinica fc> dcsaparcom:m os
compartimcntoslradicionaisou,comodizSrinivas,"Libcrouodji.nndagarra.
fo'',pcrmitindo,cotrcoutrasc.ois.as,qucçadacutaha<taotcamplllscunissc
numa base lcnitorial muito mais vasta numa associação, !ai como ainda
acooteccnosnossosdias(fll3)"'.E$tliforadcdllvidaqucinl'.lmcrasca..-as
nusubcaslasaprovcitaramcimu1stiociasnOYBSparasccstcndcrparaali!m
dc•uasantigascircunscriçõcs.Assim,cm UnarPradesh,ascastasdcBrâ-
man"' .ão muito c<tcnsas e cocxislcm, amilldc 'l(irias delas, num determina-
do distrito; mas, se ficam05no aspcdoquaolilalivodapopulação,verilic.a-
mos cm cada caso que um pcqucoo ol'.imcro de dislrito:!., oo ccotro da irea de
dislribuiç.ãoatual,coot~magraodcmaioriadogrupo,cqucasircasassim
dcímidasn.ioscrccobrcm.lôcomosccadagrupotivuscaumcotadoi.nscnsl·
velcprogrcssivamcnlc,assimscmislllllOdoaosscusvizin.hos.Scmqucsc
tral1WCo=·~colccadavezdcumaunidadcpo11!ic.anoscotidocstrito,
o fato coofuma. a hipótese de uma complicação rcccruc da população com
rcllçloaumperfodoantcriordccompartimcntaç.iorcgional.
Ea!Jctaoto,dcvo:·scfazcrumarcscN11:nãosepodetomaraopédalc-
U"1 1 tcoN provcllic1Hc da dcscobcr1a ck Miller. A compartimentação do
pcqueoorcinoclc\"iaaerm;lximaoospcrlodosdcinslabilidadccdccsfaccla·
111catopolllico-=.:etoumaccr1amobilidadcdosgucrrciros-.111asalndia
conbcccu WDWal, ao alteroãacia com ele., per/ado. de uoilicaçiio política
cmpandesl!sladoscdcmobiLidadccspacialpelomcnosparaccrtasc&slas
quccortt:SpODdiam.opcssoaldoK"""rnoouaosmcrc.adorcs.Oc:asodoKc·
rala~ uc:cpc:imW, e j6 a região tamil vizinha, menos irw~vel que a planície
d0Gangcs,mostra,porsuabisl6riapoll1icacsuapopulaçãoa1ual,qucoiso-
l1mcnlodaspcqucnasuoldadcscrafrcqiicotcmcnlcpcrllirbado.Éprcciso
imaginar anlCS wn• W•dlncia de a rçg:ião se dobrar sobre si, ccnamcntc suli-
~•cntc pva diversificar seu sistema do dos vi1jnh0!., mas nio para se colocar
1oabrigodasialluêoO..cdostraos1.ornos(basl1pc....,oosfaminloscoo
1cpovoamcoto). Haveria aqu.i toda uma história a cscrcvcr, mas o que pode·
nn.... r.,..crt&ótcntarrccupcraralgunsfragmcntos'>I,

'l1 'IN5-C-lol>l...... -•llr...opolp<lo~l>l.S.A.ll.oo-o~J<


,,...,._ .. _,.,......, .... ..._,.~....._,.,,.._.,.,..,1,.,..(-""8..IVl

'""•'l'IJ
·-•R.•·-·-·. -······-...-. . . . . . . R<poo-.•-c..o.-.
•1,v......... Mlllrt ...-1-11,.1>. ....... ,._.1,.... •..,!••-... -.:.1.,,.......

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................ .... ------..- -
bmk ...

. ..... ......... ...


73. OS DIREfTOS. RtGIOS E OUTROS, SOBRE O SOLO

Aqucstiodaapropriaç!odosolo,nosc111idomaisgcraldo1ermo,sc
aprcscntanaturalmen1e11.11c:onsideraçioprcscntcdopodcrcdotcrrit6tio.A
!errata posse mais importa.ate, a línica riquc1.a rcconhcâda, e es1á, ao
mcsmotcmpo,cstrcita.mc111eassociadaaopodcr>ObrcoshmncD$. Era as-
sim, pelo menos alo! uma época recente. como o é cm geral nas sociedade&
lradicionaiscomplcus""'.
AC0J1teccqucaqucs1iodosdireitossobrcosolo,scfoimuitodiscu1id.a
nos séculos XIX e XX, ainda não foi relacionada ao •istcma da.< castas. Co-
mo jli nos rcferimo.., cm ou1ros 1rabalhos, a alguns a>pedos da qucslio, quc
scrádiscu1idanovamcntcnascçjoscguintc,scrcmosaquimuitobrcvcs""'.1'
forom fci1asmuitaspergun1asqucnio..Ooirulcpendcntcsumasdasou1ru.:
craorci,nalndiahindu,proprielúiodo..olo?Eraele,noslemposantigo!.
umdc ... ouumsc,..,j,dor?EUsliacn1ãopropricdadccole1iva,umacspéâcdo
comunismo, nll "'comunidades de aldeia"? A concepção do rei como fun-
âonário pago da ordcm p~blicao!umaracionali1.açãorcsuhantcdascculari·
>.ação da função régia e dodom,nio polltico, que leve grande êxito na li1cra-
1ura an1iga. Ouan10 à.s "comunidadcs"", na mcdida cm quc clas aisliam, rc·
prcscnlavam uma indivisão no interior da casta, ou da Linhagem, dominante
{§ 74.l).A pesquisa de uma"propricdadc" do solo o! um falso problema,
porquctudomrn;traacomplcmcn1amladccntredircitosdifercn1csqueinci·
dcm sobre o mcsmn objeto, tanto os da "'comunidade"" quanto os do rei. É
notável,alémdisso,qucamaioriadosadministradorcsinglcscstcnbaabor-
dado....,,qucs1iocomconccpçôc<ocidcntaisgcrais,maisoumcnosídosóli-
cas,cniocomllconccpçóc,;cspeciaisdodircitoingl&.quceslavammcnos
afa.<lad ... darcalidadcindiana.
Domcsmomodoqucadislribuiçãodogrionaárcaa..-ultivaroO:!Omos·
traumaséricdcdirci1osdcorõaem mui1odifcrcntequcsccxcrccmdcfolo
>Obrcacolhcita,lambômacadciaàsV1r=longadc"inlcn11cdiários"c11trco

_
rcicocultivadormos1rauma•upcrposiçãodcdirdtosin1crdcpcndcntcsc,
alémdisso,instávcisnosdc1albcs.SóondcorciaLicnavaseuprópriodircito
e>.clava p;ira quclodososdircitosfosscmn::unidosnamcsmamJio,como

"·--.... -- ......... .........


l"J.LA ........... - - . ... " " " " " - ' ... ~~-dfl5
"",,,,,.._,,_,,,,__pp.:U-2<.--Vlll.pp.91JIC-.•- ....... ...

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_"'"~-·....,... ~

;:~~ª~~~~~::=.:~:=
aoontcciacomcertasdoaçõc&picdosas,équesecria""alpunacoisap;irecida
a uma propriedade. Mcsmoaf,en1rctan10, aallcnaç.iocrascm dõvidaim·
poMlvclemprincfpio.
Em suma. longe de uma !erra detennill3da ser posta cm relação e•du·
•ivaoomumapcssoade1enninada,realoumoral,cada1crracnmpor1avadi·
rcit0<diferen1esafcrcn1esafunçõcsdislintascqucsccxprimiamnodirei10a
uma parle do produtn, ou a uma renda por parte de quem a cxplmava. A
partcdorcicmparticular,lnn&cdcrcprc.scnlarumacspécicdcsaliriopcla
manutenção da mdcm, aprimia um direito global sobre toda.• as terras, mas
limi1adoparacadaumadclasscgundocssapcrccpçào.Ain1crdcpcndCncia
dascaslassecxprimiaaqui pclaclislênciade dirciloscomplemcn1arcsuns
ansou1ros,dcntrcosquaisodorcicndncxploradorda1crracram•pcnas
0<prinçipaisantisdcU111acadciaàs..:.t.c.scomplc><a.
Em suma, o .lslcma das castas é mui10 oposto àquilo que chamama<dc
propricdadcimobili;iria.Oqucacontc...::nc....-cde>mfninpodcrialcr.idodc-
Ju1.ido 11 p,;,,,,· da< caradcrcs ~rais do sislcma. Dado um objeto, o soln, que
na.•wcicdades tradicionais complexa.• cm geral t da maiorimponAncUi e
c<lá in1imamcn1c ligado ao poder polrlico, pode-se prC'-'lr que o sistema das
castasnãoocolocarácmrelaç.ioc•clusivacomumindivfduoouumafunçâo,
masocolocarácmrclaç.ão,aoconlr'rin,comoconjuntodasfunçõcsquco
,;,1cmacomporta.Scosdirciloseos111mcirni;"'1.ionapráticadelinidos,cles
""r.indircll"" fragmentários, complcmcnlar"" uns da< outros; sem d<r.vida
haver:! um direito eminente, mas esse será um direito submetido aos valores
e, cm WllSCqiifnci.a, sujeito à sua funç~o. Além disso, o sislcma não toma co-
nhccimento da fim;a. cxcc10 de uma fmça submc1ida a elc: elc es1á desanna·
Ju por esse ladn,écssc:scutcndiodcAquilcs. Nâos6ofavorrég:iomas
1ambémain1rusãoviolcn1apodcmac.odai1Wan1cmudarosli1ularcs,in1ro·
Juúrdircilos nnvos.. modiíicaroquc parecia scrcm dircitosesllivcis (sem
comi..olocarnoprindpiodcinterdcpcndênçia).A história indiana soube
<ommuitafreqiiénciavcr0<dominan1csassimrcdu>.id0<aocs1ad<>dell"rcn
te'- os gerentes aodc dependentes"'. Eiswmoosislcmadascasias,pcla
fugmcn~açâodos··dircilos"c por sua insegurança, reduza importância que
c.•lamos inclinados a atribuir à apmpriaç.io do solo. Trata·..: de uma es~cie
Jc role tivismo, mu muitnmaissutildoquc imagiuavam nossos predecessores.

A noçJD de domlnlnd11, de ca.~la dominante, rcprcscnta a aquisição


m11io sólóda e maia ~1il du• coluJo• de •nlrupologia oocial ua ludia. Para
aprui!·laplcnamco1c,6proeisokmbrarrapidamcntc:a~6riaduidi!ial
sobrcaaldciailldiarui.

74.l.A "ComunUlodedeAl"'1iu"

Falou·scduran1cmui1olcmposob"'a"comunidadcdcaldcia"('ii/111f11
conununity), e a c.tprcssio BS.Sumiu scnlidosum poucodifcrcn1csdcsdco
çomcçodoséculoXIX.Aprimciraclapaéadasdcscriçõcshojc"lcbrcs(ci·
lasporadminislradon:singlcsesdoprimcirotcrçodoséculo(Wilks,Fifllt
Repor!, Elphinstonc, Mctçalfc ele.). Eles dcsçrc,-çm a aldeia como uma ••pc·
qucnarcpüblic.a" auto·sulicicolc, com seus pr6priosfuncion:irioscqucso-
lm:viveàrulnadosimpérios"'.D.i·scénfascsobrc1udoàautonomiapolltica;
alndiatcodcaparcccrumacorrco1ccnc.aracoladacujosanl!isscriamasal·
dcias..H.incssasdcscriçõcsparticularidad~rcgionais(aldcias/61darcgião
de Dclhi dcscri1as por Mc1c.alfc), h.i 1raços gerais reais (jajml11ri), M também
umaccnaidcali1.açãn.E$1am0<nal!pocaromân1ica,cosgrandcsadmi.nis·
tra<k>r~ desse pcrfodo, um pouco paternalistas. dir(am0< hoje, queriam de·
fendcrasins1i1uiçõcsind!gcnncnn1ranprc1cnsõcsrcformadorasd0<buro·
cralascdoulililari..mo.Aidcalil.açãuaparcccnoíatodcqucaligaçãodaal·
dciacomopodcrccn1ral(apar1cdcvidaaorcicaossc11.1rcprcscn1antcsso-
brcascolhci1as,anaturc1.adac.a1cgoriadcaldciaolicialondci..soc.Wissc)
l!minimi1.adac,maisainda,apontodcoaspce1odcsigualítário1crpassado
cmbranco,talvezporqucclcparcccssc,ncssai!poca.oormal.Scmprea"co-
munidadc"con1inunusuamarchasobomantudaigualdadc.
Na época viloriallil, a .. cumunidadc" tuma um outro sentido, cm rc·
laçiucom uromunismosupos1od0<primi1ivosoudapré·hisl6riai0Jo.cu·
ropéia. Mux dc•loca a ~nfasc da auionomia polf!ica para a auiarquia
ownômic.a.Sc.linalmcn1c.clcatribuianroiapropricdadcdosolu,dcsor1c
que •c•I~ h comunidade> apenas a posse cm comum, ele considera as comu·
nidadcs.oomo"ooojU11tosdeproduçio"onderci..a,cmco...cqii~ocia, uma
divisão do trabalho sW genuU. Maioe cnvcreda pela procura de ves11gios do
comunismoda1crramdo-curopcu.Éootávclqucess.csdoisautoru,bebcado
nam....,,afonte, tellhamíalhadoem rcconhcccroq1Kclaaprescntwde
mais. importanlc. Com deito, Man: cita CampbcU e foi nele que Maine bau-
1iu o cssencial dc sc11S dados antcs de ir para a ladia. Ora, CampbcU diz cla-
1amcn1c que a indivisão é dos dominanlcs e se ru. acompanhar da sujeição
dosoutroshabitaotcs-.Man:sccsqueccudela,eo!prccisodizcrqucMaioe
arcc11S011,poisnãoapr<M:itousuapcrmaaCocianopahparamelhorarsuas
conccpçôcsrclativasacsscfa10.Aqui,comoemoutraspartcs,11111arata~da­
dcpcrscguiuacrudiçãoeuropéia.Alioodeclaaistia,aindivisãocstavarc-
lacionadaadoisfatos:oparcn1c:sco,ouantcsaorganizaçãodaslinbagcmno
grupodominantc,porumlado,c,poroutro,aunidadecstruturaldcsscgrupo
cmfaccdcou1rosquc1criampodidodispu1arsuaposiçãooudiminul·lapou·
coa pouco.
F"lll3lmen1c, num terceiro período, os Indianos nacioo.alistas, apoian·
do-scnasdcscriçõcscnou.scrúpulosdoslpglClie!ldoprimeiropcrlodo,rons-
1ruíram para si uma imagem iddica d.a comunidade de aldeia, imtiluiç.io se·
cularedemocrática - niotinhaasua,....mbléia,oramosopancayatdeal-
dcia? - qucsóadominaçãoioglcsapodcriaarruioarirrcmcdia..,lmcntc.
TrataremMdaquestàodopancayatnocapftuloscgulntc.Q1Kcnsina-
mcnlos>epudctiurdç..,..avatarcsda"'romunidadc"?Emprimcirolugar,e
prccisorCC<Jlocarosclcmcntos..irdadcirosnoquadrodadomil!ãociaedaro
dcvidol1183ràforçacàconquistaquctomamasposiçõcsimtoM:is.Dcpois,a
,;1,..çãonaaldcianiotindcpcndentcdascircunst!nciaspol!ticasregion.ais·
o"'dcspo1ismo"scrdlc1ccmumg:rauqualqucrnaadministraçãoaldc.i,quc
nõoé apenas a reprcscntaçiiodosiotcrcsscslocaisem íaccdopodcr, ma>
1ambém o con~ririo. F"111almcn1e, reconhecendo que a ucomunidadc dc al-
dcia'" nasccu de um ponto dc vista ocidcntal inaplid...,l à lndia em scu ron·
1nntn.porqucahicrarquiacadominâociasâooniprcscntcs,carelaçãoao
...110 mcnm fondamcntal do que se supunha, t preciso reconhecer dcscnml·
vimcntos regionais oonsidcr.tvcis da &O~daric.iadc comunal (oomo entre os
J.i!).a c:rogamia de aldeia (no Norte), conselhos de aldeias atestados, por
ncmplo,narcgiiolamil1114pocaCola"'.
74.2. A Ctutu Domi•IWlle

No inicio dos Cllvdol inlcl!Sivo& da antropologia .socia~ pare« que i:cr-


tos autores pouco"" deiurlllll 11JTcbatar pela idéia da "oomurtidadc de al-
deia": a aldi:iacrac;onsiderada,scniocomo indepeodcn1cdo meio, pelo
mcnoscomoisoUvc~e1tiúasccracoloo:adamai•sobrcosçaractcrcsgcrais
doqucsobreoscaradcrcacspcclficos,maissobrcabasclcrritorialdoq11e
wbreaidcologiadi:C1$1a"".Éumpoucoforç.arascoisasdi7.crqucainlro-
duçãodaooçãode"casladomidantc"tcvccomoprimciroméritocolocarck
nO\'O a casta no primeiro plano ao dar um contcíido mais preciso;\ idéia vaga
dc"solidaricdadc"dcaldeia,emsuma,tiraraaldciaindianadll$limbosso-
ciol6giros onde ainda dmmia. O segundo m~rito é o de ter isolado, no nM:l
daaldcia,oaspee10Dio-ideol6gicoqucnosocupaaqui.Nionoso.:upamos
dorcioo, mascoOSllll.amosnaaldi:ia, de maneira reduzida, oprindpioda
runçãortgia.Apalavra"domidância"ébcmcscolhida,emsuaoposicãoa
"estatuto" - pelomenosnaai:cpçiiodostcrmosquccscolhcmosaqui. Vc·
jamos essas coisas mais de peno. O termo, cmprCSlado ;\ antropologia da
Áíriea (""linhagem dominante" oum grupo terri1orial), foi introdu7jdo por
Srini....._ Num artigo sobre uma aldeia do My.mrc, public.adocm 1955, ele ok-
linia a caSta dominantc da scguio1c mancira:

P-->edll<rqucu... eu1otdom1Mot<q.. ndo<loto•m<or""""'"'<P1<p>n(l<,.ot<


.,.,..~àou1..,eq .. ..Jodou<""'"'"bémumpod<r«<HMl<nó<oo,.,U<""p"'poo>d<-
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b"'""l"'"kw:al...,fo•mu1to1>oua"'.

[)(:finiçãomuito~qucéprccisodisc:utirctornarmais?rcc:isa-É
um falo que, numa aldeia indiana, uma (ou mais de uma) casta dispullha
aindarcccntcmcn1cdodircitosuperiorsobrca•te11asousobreamaiorpar·
te das terras. "Direito superior'" d..vescrcnlcndidoaquicmrclaçioaosou-
trosaldcãos, odiroi10 do r<:i,clc mcsmo supcrio• aoprcccdontc, nãointcr·
vindononlvcldaaldcia.Foifrçqücntcmcn1cassinalada,porcxcmplo,adis-
tinçào cnlrc ocupantcs de plcnodircito, pussuidorcs, cm suma, do10mit>

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(origina.isoupotCO"<lllistaouatribuição)coxupantcsillferiorcsou"CSlran·
gciro>"tolcradospclosprimciros(Co/l/ribuli011SIX,oOUL!il7,20).0bsc,..,,,.
mosao1ciiormen1equeaindMsio,quc:,paraMaioe,porcumplo,fomccia
sua maior força à "comunidade de aldeia", era aa realidade a indivisão dos
ocupantcsdedireitosupciior,a indivisãonoin1eriordacas1aoulinhagem
dominanLe. Como CampbcU havia subLinhado (ibid.), a "comunidade de al-
dcia" CSlt sob a dcpcndincia dcssc grupo.
Ocrittriodcnfll!lcrointtoduzidoporSrinivassurprcelldcwnpouco.É
mcsmoncccs.s:lrio,paraacas1aquedomina,noquedizrcspcitoàtcrra,ser
também a ma.is numerosa para "dominar" cm geral? Observemos, antes de
tudo, uma circuns1.inda de fato. Na maior pane do tempo, quando se dispõe
dcd..dossufidcnt1;.<,pcra:b<:-sequcasCM1asmaisoumcrosasnumaaldciai
'<io.porumapanc,acasladominanlec,poroutra,acasla,namaiorpane
do tempo intocável, que fornece a maior pane da mão-de-obra, um pouco
romose.u<.a<CasqucCSl<ioem rel.ç;iomail;imediata,dcdircitoedcíato,
roma terra tivessem as maiores p<>Wbilidadc.s de crescimento oumtrico. Eo-
tmanto, isso não seria suficiente para inuoduzir o nümcro como um dos
mtério<dadomin.incia.Sriniva•ojllSliliciioumartigodedicadoàcastado-
minante na mesma aldeia"', no qual eq>lica que o CSlatuto real de waa fllliea
cmcomaca..iaemdiícrcntcsaldeiaspodedepcnderdonümcrodebome11S
que ela pode armar para um combate, e que os pr6prios Brâmanes se sentem
in..:gurosquandosliopouc:onumcrosos.E.uaemergeodadaforçabrutalsó
;urpreende cm termos. Mas com isso não se demonstra que t ncccsúrio
tamWm à casta pujante em terras ser numerosa, pois a ela muito íacilm.cotc
"' liga uma clientela. O oõmcro tem tamWm uma incidência moderna, nas
dci~ões, ma.s ainda nesse caso ele pode ser fornecido por uma dicotcla com
muito mais segurança do que pelos membros da cas1a dominante entre os
quaisacmtênciaderioalidadcsoude"facçõcs"fprovávcldcsckqucscu
número seja muito g:randc. No mcsmo artigo, o autor íntrodll:l um novo
<ritéri<ldcdominãnda,ograudcirulrução:trata-seaquidecondiçõcsmo-
dcrnn, e se poderia falar tamb!m das relações, ou dos emprccndimenlos, fo-
r• da casta, em partkular na cidade.
Háwn pontoqucnosafi!Sladcsscautor,poiselcpareccafllâosóse
contradil.Cr,mastambl!mjogarporterraludooqueoalorizavacsscconccito.
(O ~u.ando ele fala de ""dominância ritual" a pro~ito dos Brámancs, que não
-..io nem numerosos nem ricos cm terra (ibid., p. 2). Pensa-se naturalmente
nosUSU>simétrictJ$daJ"'lavra ""c.<talUlo"pclosautorcs,quc,niocontentc:s
cm falar do csta\U1o quc ele• chamam de ritual. acrcsamtam o '"C>llalu\o se·
c:ular'' para duignar de t110 1 dominlaçia, o podçr etc. (d.§ 34 e llOla 34b).
Nes6e poalo, uio haveria mllÍI diferença, no essencial, cotrc"cslatuto" e
"dominãnciai",termOJq~dcsiparllmaspcaosdjfçrçntcsdamcsma.;oisa.
Preferimos ma.ater erdre OI doia wa. distinção fundam.cotai, inscrita, como
v:imos,napr6prillteoriadas.....,...,scnãodasast.as"<.
Ma)':lalarg011oconc:citodcdomiainNaocon&idcrar,alémdaaldcia,
doisoutrosn/Y1:is,odapcqucm1regiiocodopcquenoreino,oodcosdomi·
nantcsnãosioSCJJ1prcOJmcsmos,emboracDslamccrtasligaçôcsentreelcs,
pelo meom oo ocu CAcmplo. De •ua aotfue, como da de Coho ..., se dcprc-
eode uma proposição muito evideote, a de que aislc homologia entre 1
fuoçãodedomio.iociaoonlY1:ldaaldciacafooçi.ortgilioonlY1:ldcumtcr-
rit6rio mais vasto: a ca.'lta dominante reprodiv. a função n!gia da aldeia.
Eowocremos seus crittrios principais: 1. direito relatiwmente çmincote w.
brc a terra; 2. como resultado, poder de distribuir terras e de empregar
mc111bf06dcoutraso:astastaotonasf1111çõcsag:rkolasqv.antooasf1111çócsdc
cspcciafulas, de co<'Slituir uma clientela numerosa, até mesmo uma força
armada; 3. poder dejllSliça também: os nolá,.,isdacasta dominante com
frcqilênciasãoeocarrcpdD$dcarbitrarlilfgiosemou1rMc.istasoucorn:
castMdiforeotcscpodcmsancionardclit"'pouoosimportanlcs(§82);4.dc
umamanciraseral,mooopóliodaordcnação:scocbcfcdealdciacscolbido
pcloEstadooioétomadodccnlreD$llOlá""isdominantcs,clcs6podescr
seu Uwrumcnlo, a men"' que p<>OSua qualidades pessoais fora do comum; 5.
a homologia wi tão longe, que a çasta dominante é freqüentemente uma CU·
tan!gia,umacastaaliadaàscastMrégiM(Maycr),ouu111acastaqucaprc·
si:ntaearactcrcssi:mclha.atcs(regimcsdccarnc,poliginlactc.)"'.Arelaçlio
entre Brâmane e casta dominante ta me&.ma que cJCislc entre BrãmatlC e rei.
Entende-se que os Brimanes podem ser tanto dominantes como podem ser
rcis;elcspcrdcmcolão,comrelaçãoaoul1osBdimancsqucosscrvc"'como
saa:rdOlcs,suaeara.;terlslicadecasta(d.Wiscr,§42.2).

74.J. Faciions

__ _____ ______ _
Éprccisodi7.cralgumaspalavrassobrcumfcnômcnoqucacornpanheo
dominância e é como ela uma qucslão dç falo e não de prindpio. A aldc11

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indiana,nogcral,cst:idivididan.aquiloqueeminglêssedcnominou/41Cli011J

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Diremos a mesma coisa cm írand&, mas rcs6alvando que u;sasjoclioos {cm
ponuguês: facções) não lém nada de "faccioso" ao senlidoda Rcwluçio
Franccsa.Conbcce-seb,mu.i101empoaimportinciadasq11C1Clas,dasrivall-
dadc.s, da chicanajurfdica na aldeia indiana. Cilamos acima um lemor de
Mctcalfebascadoncsscfa1o(n01a74a).Dcvc-sea0searl..cwiseaseusco-
laburadori;s,numcsludodarcgiiovizinhadeDclhi,talvczonomccccrta-
mente o primeiro estudo sistcmttico do fenômeno. A aldeia colá dividida cm
g>Uposrivaismaisoumcnospcrmancnlcs,dcnlreosquaisosmaispodcroso.
compreendem pelo menos uma fração da casla domin.onlc ao mesmo tempo
qucumadien1etarcc:ru1adacn1rcucas1asdepcndente&Opontoim.port.antc
écvidenlcmcntca cisão da casta ou linbagcmdomiamleemdoisoumais
fragrncntosqucnemsemprcsegucmncccssariamcntcuclivagcosdaslinha-
K•ns. Essafacçõesseservcmdetodasasocasiôcsdc:a1ri1oscde~1fgiospara
<e afrontarem, pode-se até mesmo P""""'
que elas se sentem mu.ito mal se
n.io as •uscilam. Lewis forneceu um c..<qucma muiln preci.<o das pcrtinCncias
cdasrclaçõcsdcssasíacçõcs,qui:nãnpossuemapcnasrclaçõcsdchoslilida·
de, mas também relações de sjmpatia e de neutralidade. Pode-se pcguotar se
olcnãorcilicoucsolidilicouumpoucodcmaisrelaçõcsqucscriamnavcrda·
de maÕs Ruluantes e amiúde maÕs ambfguas"'. E também, talvez 50brctudo,
"' seu c•emplo, no qual clislcm cliwgcru; nbjetiv:as (as facções fumam cm
"'parado),nãoseconsliluinumçasolimi1c,ocampcsinatol"frcprcscruando
•f,:10bmuito.ponlosdcviMa,umtipoabcrrrantccmrclaçloàfodiacmgc-
ral. É certo, cnlrclanlo, que Lewis colocou n dedo num fatn importante,
mc..•mo que as coisll sejam cm geral, çomn cstarlamos iodinad0$ a acreditar,
mai.,nuida.<cin...iáveõ..Ofatoéconlinnadoporoulr0$trabalhosqucsc\18·
lcmdomcsmocooccito,cmparticularodcDhillon,que,Lcndoparticipado
d.opcsquis.aprca:dcn1c,CS1udoudomcsrn.omodoumaaldeiadoDccioec:o-
lucoucmcvidênciadifcrcnçasintcrcssanles{papcldoparco1cscoporal'mi-
d•JcnoSul)"'-.Oíatoglohal~acis.io,nointcriordaaldeiacdaprópriacas·
l•dominanlc,cmunidadesquenãoderivam dcncohumprindpio1radiçio...
n>I, cm que a adesão de cada um CSI~ submetida antes de 111do cm grande
porlcascusintcrc..scs,cmsuma,umaimportantcadcsiomiplncaaosag:ru-
l'•DICD\0$eàsdivisõcsquercsul1amdacas1a,doparcnlcscodcllohagcme

__ .. __ ...-......- - --
d•.iosociaçãolocal.Surgcmlod0$0$liposdcques16cs.Empanicular,lrala·

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sealdeumfcn6mcDOlipdo.deummodoW.dapoueoclaro.àorgani7ação
1radiciooal,ou,comoamlliorili1Cmdâvidaes1áindinadaapensar,deumfa·
10 moderno, ligado b mudançaa rco:otes in1rodu,.idas pela inserção da al-
deia num conjunlo ccon6mico e polftico qllC age ímtementc sobre ela? É
daro que as mudanças conlemporâxas multiplicam as causas de atritos, mas
isso não significa que o fenômeno cm si mesmo seja rcçcn1e. Con1entemo-
ROS com uma obscrvaç!o, à guisa de transição para o capitulo seguintc. Do
ponlodcvislaformal,ofatoparcçcc:scarLigadoaumcarae1credcautorida.·
de: como se vai ocr, nes.c aislema 11"1 homem só pndc ter uma auu1ridadc
inconteslccm rclaçãoapcssoasdcças1adominadaouinfcrior.Nointcrior
dcumgrupodcc•lalutodc1crminado,aautoridadcémui1omaispluraldo
qucsingular.Ébcmconhccidoofa1odcquc,foradasfunçõcsoficiais,rara·
mcntesccn<011lraumcllcfcou/ttldtrânieo,aop;woqucaau10ridadeca
inlluênciasãoamiâdepartilhadascntredoisouv.ãrios"anciãos".

Podemos ir mak longe e, depois das implicações políticas do .Wcma


dascaslas,csludarsuasimplicaçõcsccon6mica.••GMtariadceolocaraquia
ques1âodaaplicabilidadeàlndiatradkionaldaca1cgoriamesmadaccooo·
mia,e1ambémaques1io,lipdaàantcrior,dolugardariqucr.amobiliária,
dodinhcirocdocomércio,oasociedadcindiana.ColocaraqllCSl.àonãoo!rc·
soJ...;.la,masédcspcrtardl'.Mdasctambémindicaralgunsobjc1osdces1udo.
Em primcir!ssimo lugar, é preciso lembrar esse falo elementar, mu
muitasoczcs.c.o;quccido,dcque,cntrc n6smcsmoo.,foisónoíundostculo
XVIII que a economia surgiu como uma categoria dislinta, indcpcodcnlc dl
polrtica"".Noq11Cconcemcàlodi.a,UJr10utrofato,doqualmuilosaspcC100
são eonhccidos e csludados, mas que csca!N' com írcq~õncia cm si m~•~
cm •ua amplidão e cm seu car,tcr fundamental, é o de que a dominação ia·
glc.<11cmancipouariquczamobiliária,subsli1uindoumrcgi"'cpol(ticode11
potradiciooalpor11111rcgiP1cdctipomodcmoqucgarantcasegurançad<,.
bcM como uma de suas tarefas fundamentais, um regime que, com rcbiç&o
ao antigo, abdica cm favordariquczaomaparcedcseupoder.Atra ... for
maç.in da terra cm mcreo1dnria é apenas 11m aspcctn dcs.i.a mll<bnça. Sem
dúvida. cústc 111. fodia oontcmporãnea uma c.ícra distinta de atividade
econômica prnpriamcatc dila, mas foi n gim:mo i.ngl~ que a toraou p<>MI·
vcl .... Entretanto,sãc>ia!Uncrososa111orcsqucll!ohesil.amcmfalardceco-
n<>miaoafodiatradicicNwd,scmnuncadil.crcomoclc.adcíiniriam.~di­
ficuldadcnos•UJgi11j'•propósi1odosior.cmajajmani.,masnãosclimitaa
dc.Algur>S811\otc.pan:a:mpcrccbcradificuldadc,porqucaioscparam.n
polílicodocconlimico;infclizmco1c,oqucparaclc.dcfincodomfoio"polf·
1ico-cÇ<Jnômiw" é n "podo:r" no scn1idn mais Yl&O· Ora, o "poder" é uma
noçãoquc,cmborarcprcsco1cumpapclcco1ralnaciônciapolllicacontcm·
por<inca,nuncaj11S1iíicoucsscpapc~tãoohscuroclcé.Eo1rctanln,cssama·
nçira de pmccder tem urna "3<1lagcrn, a de que podemos fa>.cr alguma coisa
com:pondcraodomlnio pol!tico-cconômiconalradiçãoindiana,a .. bcr,o
dnmíniodoa11ha'°".Dcfato,cmtodocstceapk11lo,aliondcdisscmos"poli1i-
<o", supusemos alguma coisa como uma compoocolc ccooi'l:mica impllcita
ncssc"polkico".Éocasodadomin.inciaqucé"riqucza",posscdcinlcrcsscs
imobili:írios, ao mesmo tempo que poder polflico. Mais precisamente, n que
rara<1cri>.ae.<S11sixicdadc,comomui1asoutras&Ocicdadestradiçionai.,,écs-
"'lig.açãonomesmofenômcnodcdnisaspcc1os,cssaiodistinçãocolrcclcs.
Podc-scdi1,crquc,damcsmamanciraqueoreligiosocnglobaascumodno
p111f1ico,opol/1icocnglobacmscuin1criorocconilmico.Adifcrcnçai!queo
l"'mlco-cconômico é dcsueado, nomcadn, cm posição subordinada, cm face
dorcligi"'°, anpusoquc ncconômico pcnnancccindistin1onninteriordo
político. Com efeito, pode-se, nosl...tos hindu., estudar arealcu,mcsmn
~uc clascjaob)<:todcmcnosc11idadoscomrclaç.ãoaosaccrd6cio.Mas,sc
dermos um pa<;SO a mais e çoloc.armos a questão dn comerciante, os lcD.os
normal~ cm •uma,"' ealam. Eslamffi. assim, rcdo1.id"' a uma questão de
purofaio:cmqucmcdidaariquc1.adocomcrçian\cdgar8lllidapclopodcr
régiooo,ao~dcpcodedeoimcsma?Eprcciso,cnlio,cxptoraros
dM:rsos perfodos bl.16rima pua lealar ver o que acooieccu ai com relaç,io •
.,..., 16pico. A i.ref• t dillciL De uma pesquisa rápida parece rcwl!ar que a
situação variou mvitodc wna~pocaou de uma regiãoparaovtra"". Fois.O
oosperlodosdeunificaljiopollticaeoosgrandcsreinosrelativamenlepoli-
ciadosqueon:isciatcl'QSOUpebprosperidadcdorcinocfavon:ccu,cmsca
pr6prio interesse, o com~rcio. Seria preciso, ademais, prever essas fl11-
1uaçõcs,porquo:aidcologiacmudccilsobrccssaqw:stão.
Vt-scqucoiocraum1a11d.iciapergunlarscscpodcfalardccconomia
na lnd.ia tradicional. A implicaçio "cmoftmica" maior do sislcma das castas
é,scscquiscr,aino:rtczamcsmaqucacabamosdcindicar.Pan:çcmcsmo
que Weber linha rv.io cm ver uma Ligação parlioular entre o comércio e aJ.
gumai;sci1as, sobn:tudoojin.Wno,equc a hW.6ria econômica fossc nesse
scotidotributária da hist6ria das hcl'C5ias, do que se falará um pouco no
Capftulo9.

"'_m,
----po1Maw-.. .
'50.CL•-•DO. _ _ _ ........, .. _ _ _
...,..pp 1"2• ... - ,.,. ... . . _ _ ..... ,_,,,, ....... _ _ _ _ _ _ ...
11_..., __
_......,,..,.....i-- •p<op6oL>"'
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- · · - - - - .. ....._-.. _ ... _W"•""·-
-"" .. º"")"'- .. -·l""--q"'"''""r-<"•~--·111
..... ,.....1.,..-
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- .... -. ....... - -.. --... -(•--..-w-
~-:::-..z:~·1?_;::.~~::~
O GOVERNO DAS CASTAS
JUSTIÇAEAl!TORIDADE

81. DOPODERÀAUTORIDADE

A maioria das castas possui 6tgãos de governo, e mesmo aquelas que


não os possuem =reem, de maneira difusa e não fOT111alizada, uma autori·
d.ade sobre seus membros e podem, por exemplo, excomungar e exilar um
dclcs.Masaqucstão1'âoscrcsumenisso:nãosóosconlliloscntrccastasdi·
fo1cotcs podem exigir que uma aulOridade superior seja reconhecida, mas
1amWmascastasrccorre,,.írcqücntemc11teawpcriorcspararcsoM:rscus
ronRilos internos, e veremos alé mesmo que a cxomunhio ~um ddcn·
"'" ofidal. Quando, numa aldeia, membros de uma Cli!a domillada ou de·
pendente vém pedir a um 1101.ivcl d.a casta do,,.inantc ""'*arbitrar um lit(gio,
cksrcmnhco:cmsuaautoridadccnquantoirbitrooujuiz.Passamos,aqui,do
podc:ràautoridade.Scaforçasclcgitimaaoscsubmeteraosideaisbramâ·
nicmcsctoma,assim,podcr,opodersc\'i,110110SSOcxcmplo,invcstidopç-
I<>< submetido!. de uma autoridade judicial AMim reconhecido, intcrioriudo
dcalgummodo,pçl06wjcitos,opodcrsciguala,oumacsfcra~cular,à
autoridadeporcueleocia,qucéaauloridadcrcl@osa:domcsmomodoquc
o Brãmanc tem autoridldc cm m•léria religiosa, o dominante tem autorida·
dccmm .. ériljudidlrla Ohocrv•m0l,cnllo,cntre11Sdoisprinclpiosopostos
duc.alAlutocdopOOcr1tqul•1lencl•- occundloria-qucj'bvlun11Sco·
cnnlr.donagr•J•ç&n d1•~ol .. 1Mno l!lo ai .. n>besquc 11111obriprom 1 Ía·
1ardo n<><lcf r ti~ dnn1i11~11•I• •111 ... ,lr lo1AI 1l1•ulorlJaJc intcm1&Uo.la.
Em malbia dcjll5li?, os lulm clhsico:s são muito claros: O rei, cscla·
rcàdo por Brimaus cspccialist.u do dhamra, dislribui a jUS!iç:a em Ioda sua
soberaaia.Oir-sc-iaqueaautoridaikjurfdicapencoccaosBrâmancs,caau·
1oridadc: judiçiúia, 10 re~ De mucira geral, a íuoção rtgia aparcc.c no&
Dhamrlllluutnu como a solu?o quase miraculosa de um problema 1cnivc~ •
molaqucpermi1cllprcartieularumsobrcooutrodoisunivcrsosdeoutro
modoioCOftcilibci&,odaforçacodalc~odoidealeodoíalo''•.Graç.as•o
re~ em particular, o BrimaDC permanece mmsccndcotc com relação à admi-
nislraçlio deste mundo. Scndo a função csscoçial do rci a dc prcscrvar o sis-
tema du vamas com o impedimento de sua mistura, ele po:soufa oaluralmc11·
le autoridade sobre as Ç&SW. A dupla 118lurcza reaparece de m811cira .:viden-
te ooofvcldas.uçócsjudiciirias..Aopassoqucorei proclamava um casli-
~o, os Brãmaocs prcsi:rcviam - lls VC7J:$ para o mesmo alo - uma ~iaçlio.
A dislinçlio nem sempre t clara, e cxisl.c pelo menos um coolqio entre as
penas.. Rccocontrarcmos a e"J'i.açào oa época moderna para as faltas religio-
sameole ma.is gravcs. Noqucdizrespciloaogovcmoda..caslas,um outro
traçocl!ssicoscimpõc::os1c1tosíalamdaobrigaçãodoreidcconsidcraros
11SOSe COSlumcsdosagrupamcoloscon.<liluldoscm linhagens, corporações
etc., a1t mesmo, e principalmente, 05cosmme<doshc~tico:s. MC$10o nos
oossosdias,tpos.J"<Cl"<Crdominantcsarbilrandolilfgiosemíunçàodoscos-
1umcsdccadacas1apar1icular.
épossfvcl,portaolo,ante<dce<ludarcmdcl~og:rupamcnloin1cr­
oodacas1a,vcratéqucpo1110elat,oucra,regidadocncrior,pcloreiou
porumaau1oridadcreligiosarcconhcdda.Comoafuoçãorégiascrcflc1cno
olvcl da aldeia, paMUCmos da jurisdição rtgia li da casla dominlllle oa al-
deia, mas af deveremos discutir a e.WCncia de um ser scmimftico, a aWm
chamada"asscmblti.adaaldc:ia",comoagcnlcdcjustiç.a.Tcrminarcmos1cn-
l811docaraderizaraautoridadcemgcral.

82 A AUTORIDADE SUPREMA EM MATtRJA DE CISTA

ScodoorciojllizporexcelEocia,ojuiz•Uprcmo,pode-screprcscnli·lo
tradiciooalrocotcrcscrvaodoparasiasqucstõcsgravcscsccsun1indoc:oma
corte de apelação cm qualquer oulra causa julgada por w111 outn imthcia.
costumcira011nio.hwcrsamcntc,clcpodc:riarcmctcr1essctribunalc:os1u
meiroasquesl.õcsaclc•ubmetidas.Normalmcaleauxiliadoporumcomit~
de Brlmancs pcrilos no dluvnul, podia delegar sua •utoridadc a um deles""

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Vt-sc, cm alguas eamplm, que o rei intcm!m dirct.amcatc 11& hierar-
quia dascas1aspararcfonú-laou rworaposiçlorapcctivadcdifcrc:lllCS
~as ou subcu!as (estas '1llimas especialmente onde cxisl:c hipcrpmia,
§55)8. O rei podia ai~ mesmo promoVl:r hVl:7Uumacai1&011íazcr uma
pcMOapassardcumacastaparaumaou!Ja.ComrclaçãoaoUUarPradcsh,
váriastradiçõeslcocüriasdc"fabricação"indiv:idualD11colctlYa,dcBrâma-
nc.o;sãorcla!adasporNcsficld.lmpor1an1ce,em•uma.maisbema1C$1&do,t
o papel do rei na excomunhão e 11& reifltcgração de um ucom1111&11do. O rei
podia CW>mllngar não s6 uma pcMO& (cm Cochin sua dccisio era r>eccssi-
11a), mas também lodo um grupo, <:00Íonnc testemunho de Baroda e 11111
c>Cmplo impn:ssionanlc de O'Malky para on..a. A sanção régia cn
frcqücotcmco1c occes.úria para a rcinlcgração do cxomwipdo. e ..,,. prer-
roga1iva foi 1raosmi1ida aas sobcraoas mogóis e mesmo, d11raruc 11111 brt\O:
por!odo,aogovcmoiflglb.Obscrve-scqucum1gtll>dcpa.rtedoscxemplos
provCmdcrcgiõcsafasladascdcdi.uritosmon1anhososoodcacastacrarc-
la1ivamcn1Cnuidacoodca organi7.1ção1radicionalscmantinha,poropo-
<içào.comrclaçãoaoNorte,àplaofcic,oodcacooquislam11çulmaoaprivara
<>SHindusdc scussobcranospr6priosc,comoobscrvo11 lbbcisooaimrc-
laçãoaoPanjab,osrepcLirasobainnuênciaünic.adosBrâmaoes.
Ao lado do conirolen!gio,tcmos CJCcmplosdecontrolc religioso: na
Cachcmira,oDharmaSabhascreuoianntemplon!giocjulpwassunlOSre-
l•livus à casla, podcndn inclusM: se pronunciar a rapcito da exclusão. Com
frcqiiCncia, um Brimanc, um "guru" Dll um membro de uma scila am:ilia a
11L"ll~nciajudiciàriadacas1a, oplJllc/tydl, ou mesmoasubslitui. Não espanta
••:rarcligiãnintcrvircmassUDloscomoa mortcdeuma"8<.11D11arcintc-
graçãn, quando sc trata de prodamar uma expiação que tem um aspc<ln p11-
rili<al6rio. Observe-se apenas que, 10 mesmn tempo QIJÇ n Brimanc, aparc-
<e aqui 1.ambtm a scita"'<.
Observemos com Hunnn que essas funções eram remuneradas (Mani-
pur), c fl0lcmos a <:011tinuidadc co!Jc a antiga justiça r6gia c a justiça oíicial
Jehojc.Scjamquai.sforcmasnovidadcsinLroduzidaspclajustiçaillglesa,ela
n.incraumaoovidadec11q111111ojustiçaolicial,comoscacast10uaaldciati-
vcssem ali! então baatado 1 si lllCPllU, çomo mu.itas vezes se im•ou. Ate
mesmo as petições sob as qlllia 1Ubmusinm as autoridades do Cmnu e que
visavam a obler, para um dctcnninldo gn.ipo, o rcconhcdmento govcma-
mclllal de um estatuto desejado lcdemunham, à sua maneira, as pn:nopli.
wsdopoclerncsscdomlnio""'.
É possMI im.p..r u funç6cs jlldil:Wias do rei como di$tribuldas IO
longodaeadciadcoubordiaaçiolcrritorialeclu:gaado,apartirdclc,amse111
reprcscntanlcslocak,oupcrmuecerulol.igadasamrcisoudiefcsregionall
porclcsubmctidm.Enstc,asslln,coatinu.idadedosobcr8'Wlati!mçhcíesro-
giO>laisclocais,ati!osdomiaantcsdalldeil,comoobservouO'MaUcy.O.
senhorcsdoM!lodcumapequenarcgilodislribulamajU$liçaàmanciradol
senhores locais e r«Cbiam llio s6 multas, mas também dir(:itm sobre os Cll·
o.amcnlos clc. E!.sasfunçócs,nasrcgiõcscm queforamrc.c:onhco:idaspclos
lnglcscs. se perpetuaram, por exemplo, para os Zamindars do Ul\ar Prlllr:di
~Léaaboliçãodozamindaric1D 1951.

NasobrasrclatiVa<àhlstória1Dodcmadalndia,fala-sedcbo1Dgrado
do COMClboou assc1Dbli!ia de aldci.a, nomaisdasYCZCSCOID acxprcss&o
"pancayatdcaldeia". Voltarc1Dmàpalavra"panc.aya1"(§84.l),dir(:1Dmpor
cnquantoqucclapodcdcsiga.arlH.dicioual1Denlclodareuniioparaí1111dl!
j~iça ou de arbitramçoLo, seja qual for sua dimensão; t, CID suma, um tri·
buoalcm\u1Dcironu1Dscntidomuiloamploeali!mcsmo,11Dca5llda1W1C111·
bléiadc=ta,u1D6rgãoclCClll.ivocati!lcgislalivo.Nuoo;ased.;fioi11bcm11
queseentcodeço1Daexprcssio"pano:ayatdealdcia",m~oalitcra1uraio­
diaoa do si!o::ulo XX CID .,.iieular, cstab.;lç<;;C-SC uma ligação c:om a ooçio de
"comunidade de aldeia", que criticamos an\"6. No.. termos de um1 crcnÇI
IDllÍto difundida, a "comunidade de aldeia" teria tido Piais 0111Denas uoivu-
salrnçoLc como órgão o ~pano;ayat de aldeia". A CCOPOIDi&ta Vera Aoslcy
formulaessacrcni;adcmanciratoda~çv.lar:

116muo<otcmpo,._hc«u..quo-doopootts,....J...SO.do~ ....... ru
raodcdln0>doollal"1oeclolpoduadoopuo::ap1deolde1a.A111_....,_..,..,_,

_
("1>odo<>")«111l......_•- . . •ldeolcalUtdulomumallpçk>poclemlll. ..1rea-""

A mesma idéia pode ser eaçonlrada cm toda a literatura, ou qu ...

----··-rfJk
.
.......
_..
_____-. ................
-- ... .._
-~ .....
. . ._____
. . ..---
Acreditou-se tlllloJloCMI idstiluiçio, qllC ela eomc~ou a"'" pc.quislda. Oo

.................
_.... ""'--'"'... _,,
_,,.. _ _ _ ..., _ ......., . , _ ... , , , _ IK"'io<H•o<f!-.I pll)
~

..,. "-""~' .,...._,...,._,,,,W••• ,..,


pesquisadores do C~IUUJ de 1911, aprcssadDS em estudá-la, chegaram a rc-
mnhco:er sua a~ocia em ""818s rogiões da lndia. 81UDt oDS diz quc: cla nio
o.W.ianaplaofcicdeUltarPradcsb,eoCtnmsdeBombaychegaadizi:rque
ola é um mito"". Como uplicar isso? Algui>S ditão que essa coisa rulmeotc
omtiu: se uiofoi possfvclencoolrar seus raslrDS~ porqueadomioaçioio-
Bicsa a cbuuiu, ecomoezpliçare11tãoqueaClisle11ciadaiosl.ituiçioseja
alcsladaemo:ertDSlugares?Háumaoulraerplicaçio,queuigiria,paraser
plenamente amvioocnle, um estudo hist6rico de Ioda a literatura sobre a
quostio. Um fato, ademais, rico de ensinamento, uma crença chegou aqlli a
001>Stilllirscuobjeto.Aereoçaytafndiaantipectenaacomouma"demo-
aaciadcaldeias",eparascrcmdemocraciasas"comunidadcs"dcviam,11e-
«S5ariamcote, ter seu 6rg.ioreprcscntativo. Eso.e6rgio lbcs foi dado"'. De
que maneira? Com a reunião, aa mais perfeita iooo!ncia, de fatos hetcrog!-
ncos cm tomo de algu.os dados CQlos até a obtenção de um grau de c:on-
.Weocia e dc geoeralidadc dcscjadas. Reuaamosembrevcalgumasobser·
YaÇÕC$paravcrcomoissofoipossfvcl.
Em primeiro lugar, uma boa parte da literatura em causa igoora os
pancaya,tsmaisbcmatestad06,DSpancayatsdccasta;clainclui,ponanto,no
"pancayaidealdeia"umscntidovago,umpoucocomoscscfalasscdejusti·
~a rural. Emsegundolugar,todasas-e1.csque,sobatgidedosdCN11inantes,
1lgunspcritDSsereõru:mparaarbi1raroujulgarcootendasintemasàaldcia,
pur=mplonumacast.adCN11inada,ouc111recascasdil'erentcs,pode-scfalar,
numscatidojãmaispteciso,depa11cayatdealdcia.Ora,cssesc111idot,crcio,
oqucpredD111.inanoscsailDSdeMunrocdcElphimtone,comlaotcmcotc
ciladas. Esses grandes adminWradora do começo do súulo XX CSlaVllm
prcocupadDSeni.rcgulamcotaromaispossl-elascontendaseDstentcsnonl-
l'l:lda"aldeia",pormciodcpancayato.,cemevitarquetodasclascompare-
<UM:mdiantedajlOOçaoficial"".

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... ,,._F-of1Att/Sdf-•-19SO.p.I0,-0C-<1o-•-..,.
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;;,:;:~-::-i-:-;: :-.:.·.~~ =~-=:::':'.:=:.=
Emterccirolugar,ot.erw-1equc,aho11dcscrcuniss.ec111as.scmbltia
paradc.cidirsobn:asq1JCS16c!icomunsi"aldcia",es1ivcssccmcausaacolola
de imposlos 011 a adminislraçio da aldeia em geral, isso era emfNim'irollJlfU
uma prerrogativa dac:aslllduminaalc.Sc:riamclhor íalar,porCODSCguiale,
11csscsc111ido,dcassembltiaoupanç.af"ldosdom1.naau:s,cnãodcaldcil...E
rclativamcntcsc:cwulirio,dopoatodcvis.l.adopodcrdedccisãocfctivo,q11C
a rclll>iio seja às~ p~blica, que os dominantes se ajuntem segundo a tr ..
dl~o local ou as o:Uo:IUISllnc:ias dosrcprcsc111antes dosdomiaados. Fmal·
mcotc, cm quarto lugar, não se dcYC im8@:inar o íuncioqmcnto da aldeia, cm
panicularograumaloroumcnordcarticulaçiocdc[ormalizaçiodcsu.
íunçõçs,comoindcpcndc:ntcdopodcrrtgiooua:11traJD<.Tudooqucsc$8he
lc11dca111oslrar,aoconllirio,quctudoissodcpc11dia,cdcpc11dcaindlltojc,
d11es1abck:cimcD1odcumarclaçiosatisfal6riaco1110podcrce111ral.Talvo
scpcra:baagoracomoscp6clc,aomis.turardivcrsasespéciesdcrcuniokr.
dc~bcral.ivasetitarprovci1odaidcali7~i;ãoda "'comunidadcdcaldciaM, COlll-
truir um .er mis.tcrioso do qwd 5C pode dizer ao mesmo tempo qllC ele aislc
e que não existe. J11111cmos a isso alguns raros mas notltvcis documcntoo
hisl6riços,comoasausgravadasnapcdradaasscmbléiacdascomissõcsC1·
p«ializadas da aldeia de uuaramerur no rciao Cola no stcolo XII, e eo111·
prccodcrcmoscomownpalriOlisntoc111lutacontraadomiDaçâocstrangcita
pôdcvcslitaimagcmaultantcdcumadcmocraciaaldciqucs6scriasoaa·

_ ..---.-·
brcada1111ép<:Qmodcrna"".

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g~~::~-;§2~ª~~~;.=3
Deixando de ladoaadmini..lraçiodaalde.iapara coasidcrarapcnasa
justiça,coocluiremos,por1K1UOl11n10,qucolouislia,aasv&pcrasdaco:n-
qW...aiaglesaeWvo.,._cxocpciouis,paacayatdcaldciaeoq11&11toinsli·
uiiçiopcmumentc,dlsrillU.dospaacayau.dccwa.Havia11111 pancayatda
easla dominante Da aldcia,c havia rcuaiócsdc irbitrosoujulzcsadhoc:,
u:mporiri01-S6o~cntoeoTCÇODbccimcatoporpar1cdogDVCTDO
podiamprowcarauisl!nciade=dadeirospaaca)'lllSdcaldclii.

84.1. "Pancayat":APalD~racaCoifa

A autoridade suprema oo interior da casta t, ali onde ela Clãste, a as-


:scmbltia de casta (ou mais cxatameotc de um fragmento da CISll.). Essa as-
:scmblfu. i! frcqiu:nlemcotc chamada de "paocayat" oa lit~cprovavcl­
meotc de fato. Mas a significação da palavra ultrapaslóll cm muito wc cm·
prcgo.Apalavrapml,flyaltformadadcpmlc(iade>-ariano),"óoco";cvoc:a,
portanto, de imediato, mais um pcqucDO comitê do que uma 1S1;Cmbltia ou-
mcrosa. Eis por quc Blunt supilc, para o Uttar Pradcsh, quc cla dcsigoc mais
ocomitêqucdirigcaasscmbléiacquccoolaoomaisdasvcl.acomóoco
mcmbros.Narealidadc,apalavradc:.jpaumareuaiiodcalgunsoOÚYCÍS,
""quatrooucioco"comodirfam.,......Rcco:rrc-:sca11111comitacomoc.se,Dio
Mlparadiripraasscmbli!ia (U.P.),masdc11111aforma111.uilogcncralizada
paraarbitrar11111litlgio.Alémdis.<o,algunsgrupmdistinguem111.uitoeula-
mcntcasdifcrcntcscspécicsdcrcunlõcs,dccomi1êsoudeasscmbltias(d.
mcuSow-tlUft,p.268).A..scmbli!iadeCISl.aé,c111.virtudcdaautoridadc
dequci!rcvcslida,ocaso111.aissoleocdc11111arculliiocomo......_&sa!I
rcuoiilo:scmgcraloãosioapcoasjudicilrias,poisdcumladoclaspodc111.scr
•implcsmcntearbitrais,deoulroaasscmbli!iadea..tapodctcrfuoçóesad·
mini.<trativa:s ou uccutivas, e ali! mesmo legislativas, na medida cm quc pode

. . . -.pod<-.. . . -·---.. . .
v....,..,__ptt>No _ _ _ _ _ _ ._.__ .. p.odo

(t"il.-pp.11•&).

~-==-==..r.:a.--..:--=r&!:.::;:-;;~
. . :.Es:-~:::~:-::_~~::.
=:,.._"""::=4:r;:".. ~":'".,!.~vk!:-i:-"..!~

~l~~~~~~;]~~;~~::~..;
modificar o CO&lume, Ucidlr por eamplo lllio mais lolcrar o ruasamcnto de
vi6Yu,oumodilicar&1n:tJNdciatcrcasamcn10.
Oque•palrmiplllldyalckvcevocarcmprimcirolugarparanósées-
.,. aw~ pbual, guardil. do c:ostumc e da concórdia, a quem se recorre
cmparlkllWparaadccidodccoaflj1os- paraarbilr.t-losouparacondcnar
oquctco11lr.trioaoCOS1umc.Elatformadaçssc11óaJmcotcdcumpcq11C110
11flclcodcnoü.a.oudcCJpecialistas,aoqualscpodcmjun1arcspcaadorca
mais ou menos ativos. Sempre lembrando qucparaosiDlcrcssadoscD&lc
C011tinuidadccntrcasrcuniliesmaismodc..lasccfCmcrasdcssc1ipocaqucJ.,
quccxcra:aauioridadc1uprcmannintcriordao:as1a,fprccisodistin&uir.é
prcOsodislillguircspcc:ialmcatcocasocmquccaslasdifcrcntcseslãocmjo-
lº•P"'º11:mplonoarbi1ramcntodcum1co11tcl>daintracawopclosdomiou-
tcsdolugar.
Alilcralurarca:atcfrclatMuncn!cpobrcsobrc1loS$Clllblaadeo;uta
csobrcopancayatiD1racutacn1pral.Rcsumircnlos,eatlo,paracomeçar,o
quadrorcgion.aldaasscmblti&decastadadoporBluntparaoUttarhadl:lh
scgundooCenmsdel911.À$-rarcmosalgumagCJ>CFalizaçio"".

84.2. A ksembllia ~Casta (U.P. etc.)

Bluotdislingucu~castas,confonncacaManão1cllhaasscmbltia,tc·
nbaumaasscmbltiapcrmanenlc(asabcr:dotadadcumpcssoalpcrmanoo·
lc)011umaasscmbléianãopcrmanc111c.OprimcirocasofcllC011U'adoOOD1
írt<jltbciaenucascastas•upcriorcs,asc:aslasdc"duas-vczcs·oascidos",dai
lrêsvaroassupcriorcs.Aautoridadctcnliodifusa,éa"opiniiop{lblica"
que, co..Cormc o caso, m:om1111p Oll bok:ola, altm disso, efetivamente. O
caso a que Biuni chamadJ,pancayalniopcrmanc11lctaquclccmqucau·
scmbléiasóscrc6oc1pedidodcumculp&do,dcpoisdcs111comllllidlden
ler cxcluldoscmdcci3ioformal: elccot!o rccom:dcssaati!udccolcliva
diutcdaasscmbttia,dcmaneira1oblcrsuarcintcgaçiopormciodcu1111
sanção a sc.r dclcrmiQda. A bem dW:r, CS!ia5 reuniões parecem ua:pci.....U,
cpouconumcrosassãoascastasdasquaisscpodcfurqucasconbcçam
rcalmcotc;cisaf,cn1sum.a,umlipoiDlcrmediáriocoucoprccedc111cco ..

9"'Bl-•d<.ppl04-ll~-po<-pp . .'6M.N-.....,_. _ _ A
pp.7 ..L(_. _ _ _ "):"A _ _ _ _ lll _ _ _ ,._
JooW;~_..lll•MJooro.....-.--af'""Msr.-..,<1-""-I.•"'

-.-VU.1!SO, .. !-O,p.Mll·1't(-·-1: ..... ..,..._o1 ... - -

~~~~~~~~I~
gui.a.tc.Aocontrario,o''paDcayalpcrmancotc"talcsladoco1rcceomcqua·
lruuulraso:aslasdarcgilo,dasqll9isoitcntacoitosãoouprof1ss.ionais(ses-
"'ntacscis)oubaixas(vinleeduas).&sepoaludcvc""'observado.
Nesse caso a assembléia ou panc.ayat possui um ou mais digoitolrios
l"'•maocotes., eoc.arrcpdos. de lc\lat u infraç0ç$ ao seu conhc.:imenm e de
<DJ1voci·lacmcasodcoe.ccS&idade(p.I06).Essaspe..soa.sioscmprcmcm·
brm do comitê. Na maior pane do tempo cDstc um chefe, hcred.itirio ou
clcito,gcralmentevitaUcio,qucéoprc:sidcolo:daasscmbléia(SlllJl<lllccl.;.).ç
pudcm exisliroulrosdipitáriosmaisou mcoosc.sl"'cializados,ousimplcs·
mente muitos membros do comitê, eles mesmos hcrcditú-ios ou eleitos,
eh.amados pllilc, lilcrafo1eo1c "(wn dos) cinco... Não é sem dúvida Dldis·
pcnSlivel a clisthcia de um chefe ou presidente. Em outras regiões ele pode
laltar,mcsmooumaDlganil.oçiomuiloarticuladaealiva(Sa.u-caslc;Srini-
vas,J.Bar.:doisn~ávcisiotervi!msuc:cssivamcn1c).
Aasscmbléiaàsvczcsécoovocadacspccialmcntc,clapodc,iambt!m,
commais{rcqilbciatalvcz,sccoPSliluirapcdidodcumqucixosoporoca·
.ião de um dos banquetes que marcam as cerimônias de famdia (casamentos,
funcrais)cnosquaisosmembrosdalraternidadccslâoprcscotcscmgraodc
n~mcro, ou ainda numa das graodi:s pçregrioa~õcs regionais, ou quais até
mci;momuitasfralcmidadcs,corrc.spoodeole>amuitasaMCmbléias,pode0>
"'enc.oo1rarcdiscutirrcformasaf;w:rnoscostu0>csdasubcasta.
O grupo que se rcWu: cm assembléia solene é amiúde chamado, como
diz Biuni, birld1uiou"fratcniidadc"",lcndoalcadaumdoschcfcsdcfamOia
dircitoàpalavra;gcralmcotc,cmUnarPradcsh,aasscmbltiaédirigidapor
um comitê, oo mais das vezes composlo de cinco membros; mais raramente
opancayatéformadodcrcprcscotantcscscolhid0&.Jllsciosisliuoola10de
que a asscmbléia concspoodc cm geral, 111> Nonc pelo menos, a um !rag·
mcnlotcnilorial dasubcasta. A subcasla f, de falo, uma unidade teórica
m>i.<doquccfctiva,~pornilidoscc.asarnumaclClco.sáodasubeasta(oumais
cmgcraldcumasubdivis.ãodacasta,qucpodcscrdcordemsul"'rior:"sub-
'ubcasla"porcxc111plo),111asoiosecasacfclivamc111cseoãoourngrupomais
rcslrito,lcrri[orialmcntclimi!ado,qUl'éogrupo"efctivo"ooco111al.odas
rclaçõcsintcruasão:asla(Mayer,aci.ma§36)cqucscrc(mecmasscmblo!ia.
/\ coisa toda é puramcnlc empírica, e cssc grupo nio constitui uma unidade
cm façc de outras da mCMJla c.ptcie que cm si coPStituiriam a subcasta; CS·
''"gruposmalsccollhca:m.EissoqueBhmlcharnadc"scç.iolocaliodc-
l"'ºdentc'-. A cxtcuão tcnitorial da assembléia, sendo ela uma quc.stão
puramente empírica, pode variar muito. Por exemplo, a asscmbltia de urna
c..Cadc~MCOlll001lavadcirosdiopcrsosoarazãodcuml"'qucoo
níuncrodefamniasporalckia1cr•u1n.c.<1cllSâDmaiordoqpçadcumacas-
1adcagrioul10rcscompopui.Ç;10dc...... numapcquenarcgião.N.iocspe.1111-
ria, cnlão, nem um pouco cDOGlllrar DD M)Sllrc uma assembléia de lavadei-
ras oujajurisdiçlot co>orme(doilidislrilos?, SriniYas, €.A.). De resto, ao
mcsmoU.P.,ccomccnczascscgencralil.a,aasscmbltiaCSludadaporBlunl
éapcnasomaisvasto,omais.ok:nccomaispoderosodospancayal.'lquo
podem dcmaneiracfctMisc reunir. Gough indica para o Sul (Tanjorc)•
c~ênciadcpancaya1Sdcasl1deam:ndatáriosLimitadosaumaünica.i­
dci~ num caso cm que a casia dominante rcg;a muito estritamente as rc·
laçõcscntrccastasnaaldcia(V./.,pp.44c"5.);issoprDYa,,.,lmcntcniocii·
clufa as..'\Cmbléia< de dimensão maior. Pode--. ""r pancayats cm muitos"'·
vcis,qucrsctratcdeumacastatcrritorialmentcscgrcgada(Saw-<d.ffe)oudc
uma caota dominante numa área determinada (Jats: L:W), e:io:cpcionalmen-
lc mcsmo com representação de um n(vel ao outro""'. No Panjab, as çirçuru.
cri~C... ~Utc>ii\lllS >ão dcsig>ladas pelo nümcro de aldeias que .e julga que
das englobem"'.

84.J Compettnâa,Procedimemo

Já as.<inalamos que a compelência da a..scmbléia ultrapassa o domlaio


dajU>tiçainterna.Elapodcproclamarregraseexcrccrumafunçiodccon·
trok..... Ela lambém defende conlra terceiros os intcrc= profü.sionais do
grup<>como umacspécic de privilo!gfo. Biuni enrontrou de formarcla1iv•
poucarcgulamcntaçãodasl6cnicaoeatribuiofatoàsmudançasrcccntca
Em compensação, >J:la·sc com muito cuidado pela manuntençâD das rclaçóc:a
de jajmani: por um lado, pune-se um membrD que prc1endeu enganar o pll•
1r.õo;por1>ulm,boic<.>1a-scnpa1r.iDqucprctendc,scmra4D"'tflcicntcao11
olhos da casta, põr fim aos scMços de um de seus membros Dll substitui-lo
por um DUtro: o grupo t aqui solidário - é um dos raros. easo& cm que Wu
acontccc - daquele membro cujos direitos profissionais cstão amcaçadDO. A1
=arccipmddadc:dosscMçosw.iemc:ausa,às,,.,zcsosprivilégimdl
prllpriacastaforama1acados,cclaosdcfcndcdcmanc:iraindircu.colocando
fim a um Dutrn dos seus scMços.. Acontece, para chamar um cstrangcirn ~
razãD,dequcacas1achcgucacontarcoma:10lidaricdadcdcDutraeasi•.A•
sim,rcspcdivamcnlc,nDSlr~Cxt:mplosscguintcs(Blunt,pp.243--246):
- osbarbcirosboiootamasdaaçarinasqucsercrusaramadançarporoca·
siãodcseuscasamcaios;
- cm Goralihpur, u.m roceiro tcnla pôr ftm à pr.ttica dos Camar quc, como
ele aacdila, e.tio Cn>eDOnando o ~o (como sempre .., •11SpCita que
eles façam); ordena a seus 8l'Tcndatários que dilacerem as peles de todos
os animais mortos sem causa apan:ntc. Os Camar respondem, ordcnan·
doqucsuasmulhcrcsn.loscjammal$aspartcirasdosrllhosdclcs;or,..
cciroc.apilUla;
- cm Aknu:dabad (Gujcrat). um banqueiro que csl.t pagando a reforma do
lctodesuacasaM:indispõccomumconfcilciro.OsconfciteirosM:cn·
lcndcm com os fabricantes de telhas, que pa~m a se recusar a fornecer
tclh:uaobanquoiro.

Segundo o abbll Dubois, essa Mllidaricdade de casta agia alé mesmo


oonlra o E.'\lad.,.... Nos n""50Sdias, a Mllidaricdadcàs11Cicsfuocionacm
scntidoilm:rsoccmoposiçioaocostumc:paracoioçarlimaatividadescon·
sidcradasinfamanlcs(§\7).
Dopon1odcvislapuramcn1c intcmo,éccrtoqucaasscmhlliaeaLé
mesmo, mais gcrabncnlc, o p<1nc.ayal lcm "um certo poder jurfdico e julga a.s
infraçõcsconf<lfmeocos.Lwnc"(BlunL,p.104).Masrcsultadosfatosj.tcila·
00. por Bh1n1 que se trata, cm certos ca.<;0<, não mais de uma atuação penal
m... i;ivil,p.orarcgularlilfgioscrurcosmcmbrosdogrupo,eaLileraturarc·
<enlei...Wcnisso.Ouascscpodcriadi:r.crqucatarcfadopanca)'lllésobre-
1udoadcrcgularosconflltos,scjaporarbi1ramenlooupclaprodamaç.iodc
uma<c:nlcnça (cf.Gough,V. f~pp.44-4S). Enlrclanlo,issoscriail!Suíidcntc,
ruiscst.tforadcdllvidaqucacasta"scocupadcdisciplinarscw;mcmbros".
Seguindo o abbll Dubois, O'Mallcy insistiu nisso cm lermos mu~o felizes-.
fljw;tio;adacaslatcmdccididamcolcduasfaccs,cvoltarcmosatralardisso.
Biuni fornece uma lista da. infrações que são comunicadas às assem·

.. __
liléias.Emscu.c>romplos,trata·scM!bn=ludodacomc....alidadc,docas.amcn-

______
........... ......... -_,...
-......... ..-- ,.....-...
. -- ,
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.......... ....................
... - 1 · · - - - l - ( • . . . . W m ) - - q......
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.

~.:;:-~~r:;;;;-~;~:;

~~~~~~ª~~~-:§ê}
1ocdoscost11111cs(dMlrcio,adulterio.concubinato),daproílSSiioedecrimcs
hindus (morte de uma YllCll). ~m do falo de que, cm ma1éri1 de casamento.
porcxcmplo,sc1ra1ecomfreqOénciamaisdcli1ígiosdoqucdcdcLitos,1alvc7.
scjaumcrroquen:rdcímirdcdin:itoacompctônriadospancayallldccasta:
dadaaelislénciado:<1ribunaisofio;Ws.cs1amosdiantcdcumaques1ãodcfa-
lo:asasscmbltiastradiciOlllisscocupamnaluralmcnlc,cl!lprimcirolugar,
dctudooqucnãochcpaostribllflais.oítcials,masBluotarirmaadian1cq11e
"1aramcnleaoompc1tnci1dosmagistradoéinvadida"(p.1l6).E.mgcral1
coisa ~ muito variiivc~ bastante menos ma1cada (!i 85). A compctéocia do
pancayaté 1cstri1amuitomaisdc fatodoqucdcdircitopclaCJd,uêociack:
uulrosproccdimcntos.
N.io"" pode cnlrar aquinosdclalhcsdoproa:dimcoto,com ojun·
mcn10, o nrdálio e cm geral as s.an~ religiosas que o apóiam"'· Diremos
apenas que, quando ele é •uficicnlcmcntc conhecido.o proa:dimcolooio
parcccjllSlificarojulgamco1011mpo'""'condcsccndcntcdcH11110n,para
quem ele é extremamente .unplcs, sem formalidades e livre das regras relati·
va.< à prova (untrammtll~ by tht law of niiknff). No Uuar Pradcsh, Biuni
obscrvaainfluênciadostribunaisoíiciaisY11riávcis,maslambémcxistcmdi·
fcrcnças,1civa.<.tambtmvarii...:io.,quantoaocstabclccimcnlodosfatoscao
modo de decisão (unanimidade ou mio. frcqiicnlcmcnlc unanimidade do
consclhocmaioriadaasscmbléia).
Podc·scpc•guntar,tcndocmvistaoqucscs.abcdcoutroslugarcs,sco
•vlo formal t antes um cmprt.timo recente ª°' modos ocidentais. Marcr
dcr.c:rc...:,cmmatériadcclciçõcslocais,arcpukaque..,cxpcrimcotaqu.ondo
umvn1odadocomasmiioslçvan1ad.a<fa.surgirumadivisão:1odasascspi!
cicsdc negociação e de acordosscriofcilasllO.'ibaslidorc.,masaclciçici
scrá, nasupcrRcic. uniminc. Ele lembra ac.<se respcito"oidcaldopancay111,
qucsódcvctomardcci.õesunâoimcs,scjamelas1caisouape..asaparcotes"
ci'5Dscaplic:apcrfcitamcnlcaopani;ayatdccas1a.Lcwfaas;inalatambém
1h~1radilionofmf/lrodofruchingoUJ1animousvndi"°".
AinRuÇnciadostribunaisoficiaismodernossobrcopani:ayali!conhc·
cida, mas e preciso lambém pcllSU, ao passado, na influencia dasjllridi~
rtgias, marcada no Uuar Pradcsh no nome dos digniulrlõ"da as5Cmblli&.•.

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84.4. A Excomunhiio

Apcoamaisgravcqucaassembléiadccastapodc:pronunciar - sob
reserva, talvez, da aproYaÇão da auloridadc suprema - é a cxdus:io. É
tambéinsociologi.;amcptça111aisinlcressantc,"csptcicdccxcomunhãocivil,
de 111onc oo mundo", dizia o obbt Duboi< (1, p. 36). Na rc.alidadc, Wslcm
nuançao.,cosautoresíaumdlstinçõcs;oaWDuboi<di<lioguccxclusõcs
mai< ou menos radicais, com reioiegração mais ou menos ficil, ou complc·
1amcnteimp<>Ml-cl,porcxcmploparaquc:mcomeucarncdcvaca(pp.37-38,
43)'". Também para Srinivas (E.A.) a exclusão é definitiva - Brâmane que
coabitou com uma mulher Pãria - ou 1cmpor,ria, a1é a reintegração. Scgun-
do ffMallcy, é-sc cxcluldo por 1oda a vida, por um pcrfodo dcfinido ou a1é o
cumprimcn10 da apiação, fl'UY"'âlta (p. 75); acrcsccnia que a seoicnça de
cKOmunh.io lcmporária nem sempre é aplicada, mas às..,,..,..
comutada se o
culpadopagarumamultalouv.ivcl"".
Biuni cita i.nümcros acmplos., mas sem mui1m esclarecimento., e sem
muilosdctalhcs, 1alvci porque ae•comunhãosejarara,,....nossosdias. Eo·
trcla>llo, tal-cz Wslam outras di<lil>ÇÕC>. a rucr. Assim, Huuon, que rv. a
di<linç.ãoacima, identifica a CC&Saçiodcoomcn.""lidade (iolcrdiçãodo ça.
chimbocdaá8ua,oqucd.inomcsmo)caccssaçãodosserviçoscspccializa
dos {p. 93). Mas com ccrlc7.a cxislcm casos., no Uuar Pradcsh cm parlicular,
cmqueumacoisanãolcvaàou1ra.E,comcfei10,umaqucslioscooloc.a,a
dcsaberscaassembltia,quclcminconlc.slavclmcntcopodcrdcrcjci1arum
descusmcmbro.,possuiautoridadcsobrcosscMdorcs.Arcspos1aéccr1a-
mcntc •im no caso da casta dominante, mas também se pode pcrgunlar se a
cJ<Comunbão 1oial não czigc a sanção de uma autoridade cltcma à <nta. De
fato,Duboisaa1ribuiao"fl\lfUDU,naíal1adclc,aoschcfcsdc1ribo.oi"ccon·
•Ídcra como não definitiva aquela pronunciada pclm parcnlcs., a saber, o
grupo local; vimos aciaia o rei i.nlcrvir (§ 82). Na aushcia de uma ~ai sanção.
~romcnsalidadcpodeccssarscmqucosscMdorcsscabslc11bamdcscMro
culpado•".
Exi<lcm eolãograus,e,aoladodacJ<COmunhãovcrdadcira,dcfinitiva
outcmporãria,seriancce&Sáriofalardc11111acsptciedcboiçotc11â11acomp.-
nhadodc5a11ÇÕCSdccisivas.
Frcqiicolemcntco i.ntcro:ssado suporia sem muitas dificuldades a cx-

. .-.. . . _____ . . . . . .--·--hllo. . . _,..._ .


romunh.io,mas,quandosurgcaqucstãodocai;amcnlode.cusfübos.clcfv

_...- --..----.--. -
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~"=~ .::-::~ ..::.:::::: .~·::-:::.·.:·!~'. :;"."~:~::::.:-: :""'" .............. -
grandcscsforçosparaobler11111rcilucgraçãoc,aomcsmotcmpo,adosfi·
lhos;ll$Slm,odcNtcrclawloporSrini-..€.A.,cs.táligadoaoCBS11D1cnlodo
filho da mulher de cswuto 1111pcito (d. Sous~Mt~, p. 311}"'.
OuuitoàrciatcgrltÇio,vimosqucclac.ti,;..amiúdcasançioda1uto-
ridadcrcligiosaca.1émcsmortpa.Elacompo11a,comcfcito,ri1osquc!llo
ao "'esmo tempo cçiações (ptrzyaçcitu.) e purificações (peregrinação ao
Gangcs,1rata111cntopcloscinooprodutosdaw.ca),césimbolizadaporwn.
rcfciçãoofcrccidapcloculpadoàasscmbk:ia(cçomrrcqilênçiaao&Br.ún1-
ncs). Essa formalidade da rcfciçio à fraternidade se generalizou como
sanção,totalouparcial,declcli1osmcnosimportan1cs.E111gcral,aajustiça
dceasta,ac!!piaçâoscmisturadcmancriacsln:ilaàpcnapropriamcntcdil1;
i..soéoaturalscsclrala,Blltcsdctudo,com1>scvcrá,dcimpcdirumapcrdl
decslalUIODUdcaaliWtr.

84.5. Cur6terGemldaJwi.uiiçãodeCClsra

Contdl< ... q.......- ... «1111p<to! .... - _ . ............ b._lada ... to!$
noq .. l""hornc"'da<asUo<Ofl5Ml<nmq11<001n10 ...... caftpulAÇkldacaw...,...quolf
al1><«>nlnumm<mbn>da<»ta(llutl<>ll • .,.<u.pll'J)

Uma fórmula como cs.ta di conta da natureza profunda da cxomu


nhâo:u,.,homc111Lnroadoimpuroporconlatosgra=comwbstâaciuuu
pcssoasimpurupõccmpcrigo,poraquiloqucHuuonchamadeºconLájio",
ocstatuton.ioapcnudcsuaramniamasdclodooseugrupo:tpreciso,por·
tanlo, se separar dele, tal como se amputa""' membro gangrcmulo: maio do
~uc uma punição, é u111a medida de salvaguarda"'. É r~...:J falar de "n:pll·
L•ç.io"",mcsmoporque~cm..oi&uparauquai5scpodcriafcchlroo
olhosscW.inhoscuriososniolivcs.cmosolhosbcmabcrtos.Assim,orignr
da decisão é menos (unçiio d.a "concentração territorial» da pnlpriacuu
(ibid.)doqucdofotodcclavivcrcm con1110111aisouP1cnoscs.trcitoC0111

-(.,_,. _--.. .-o. -. . _,.,.-.


castas riwis cm alatulo, por um lado, e, por outro, com superiores mais uu
mcnn<cxigcn1cs"'<.AssimseQPlicaqucsepossasancionarofatode1crba

... ,...,..,_,_ .. .,...,.....,.._,.-~-ro~·

___ .., ...... ___ .__rio


191<-..o"---·-·-.. _.. .......... - ..-...,,--...
(ApB.-
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_ ................ -.""",__...- .. e...... _ _ _ _. __
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Do .... - _ ....... _.. ..... _ . . ... _
-.1crr"•
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tiJo com uma sancHl.i• ou se ter vermes numa ferida: essas são ofensas me·
norespara ocstalutodogrupo. C-Ompr...:nde·Ktambfm, oqueespan•ari
o~Dubois{ll,461),queatentadosgravcsaopróllÍrnocàordcmp6blica,
comoamortccoroubo,llioooloquemcmpcrigoocstatuloda.;asta,po$·
... m parecer menos gra..,. do que uma contravenção às regras de alimento.
Mas1udoisso.sórcprcscntaumapancdaa1ividadejudiciáriadopan-
cayaldccasla:commuitarrçqüêoçia,clescocupaemrcgularLitlgioscnue
nsmembrosqucnãos.iodcimcdiatopcnincntcsparaocstatutodogrupo,e
ele o rv, insistimos nisso com os autores contemporâneos, com muitn mais
íl~bilidadcepacieociaparachcgarllco"':i/10,40.Dir-sc-ia,cnlâo,parafa­
,,,....., aspecto entrar na fórmula citada, que nbom entendimento entre
•cusmcmbrosepartcin1cgrao1.:dosinlcrcsscsdaea.<1a? l:1SOscriacvidcn-
1cmcn1e U..uíicicnlc. A visãn estrutural nos pcrmilc, uma vez mais., ir mais
lnngc.AjUSliçadccastalcmduasfaccs,umavolladaparancxterior,eéuma
1us1içapcnal,aoutravoltadaparaointcrior,el!umajustiçadearbilragcm,
Jc cooc::iliaçilo, que 1cndc ao mesmo tempo a rcstabc:lcccr a concórdia e
aman1ua1m1oridatkdopancoya1.0bscrva·sc,comcfcito,quccssaa11lori·
daJc,fortequandosctratadeprcscrvarocstatulodogrupo,éínicanooutro
casn.Ci1am-sccomfrcqilênciafórmulassolcncscnmo"avozdopancayatéa
'º'deDcus"ou"oreidac.astaéacasla";clasassumcmncsscoontcXloum
s.:n1ido preciso, a primeira como uprc""1o de um picdow desejo cm relação
com o duplo aspcCLn assinalado:~ pn:cioo obedecer cm outros aMUnlos o
pancaya•qucdcícndcn0S$0CS1a\U1o;ascgundacomnrcconhecimcntnimpll·
ci~odo faludcquc a autoridade no intcriordaeaslat cm grande medida dc-
"""da da auloridadc ri!gia c cm scral da au10ridade ...tcrna (§ ll5). Em •u·
ma,acaslatcntaoutcntavas.:rsc:uprópriorci.
Sublinhcmosporcnqwinloaíraqua.adopancayat.Anlcsdeludn,jãsc
disse, uma grande parte das easlassupcriorcsnâopossui uma assembléia,
dcpoisscobscm:quecxistcmgrandcs...,,riaçõcsnaatividadccnaau10ridadc
daasscmbltiaemaiscmgcraldopancayalaliondcelcscxistcm,nointcrior
de um mesmo nfvcl social e numa mesma região. É verdade que a situação
prc,;cntc,naqualsc: plantciaa incfic.áciadopancayat,éatribuldanamaior
pa1Ccdotcmpopclospropriosintcrcssadosauroadcçadênciarccen1cqucos
od1<,ervadnrcsatribucmàsinfluéndasmodcrnas(àdominaçãoinglcsa,como
•cim• ele.). l:ISO é passive~ mas sem dúvida n~o corresponde a toda a vcrda-
Je· cl!Íslem boasra•flcspara pcnsarqucaautoridadedopancayatscmprc
tlcrcndcu de circuns1.lindasc1<1cmas. Em lodo caso, é sugestivo manlcr a
"lirmaçãodcqucocar61er<:<incdiadordopancayaléamarcadcsuasabcdo·
no, cm partk11l1rnoqueoe rcforcaofatndcqucclcoonhcccsuarclativa
fr1quczoparatudooqiwnlo1llngcocM11utndogrupo1".
85. RELAÇÓES ENTREJURISDJÇÓES. A AIJTORJDADE EM GERAL

Na observação coo1e111porhca, i:mcem três principais órgãos de juui-


ça: o paocayat de casla, o da cas1a do111inante c os trihlinais oliciais. Qual t,
paracomcçar,an:laçiocaucosdoisprirnciro.colilti1110?NoTanjorc,sc-
gundoGougll,osBrâmanes,quesiodominanles,co11SCguiramrcccn1cmcntc
impedir que as ques1õcs internas à casia, mesmo as erimioa.is, fossem submc.
tidasàpolfcia;aocootririo,algumasqueslõcsinlcrnasaosBrámanes,q11e
não l"'f>.'UCm um pancayal de cas1a, foram levadas, durante algum tempo ao
menos, lljUSliça olicial. Srinivas, no Mysorc, ~formal: é·sc mais mal visto por
lcwrques1õcs àjmtiça olicial do que aos dominantes, isso~scntidocomo
um alcnlado li oolidaricdadc da aldeia. No Malwa, Mayer, rdcrind<>-SC a e&Y
ronstatao;io,dcclara,aorontririo,qucniocxislcalincohumíatoqucmostn:
essa rcpugnincia. Lcwi..,penodcDclhi,con."11ataacxislÇoci.adcinQ<r1cr01
procc.«o10oíiciaisentn:facçõcs:asquc."11õc.'striassàoaccnadasassim;U.O
sccomprccndcnamcdidac<r1qucsctratadcques1õcsdcdircitoss.obreu
tcrra..<,qucnâo!\ãogarantidaspeloEslado.EntrcosK.aUar,Dumoolmo:slra
o futado sc apoderando dasques1iicscriminais com um sucesso limiiado
(numcaso,dcpoisdctcrperdidonajuuiçaolicial,rcuniu-<eaassc111blti.adc
casla e se julgou oculpado,d.Carstairs);cos.luma·sc apelar à policia nu
quc.tõcsintcrnasàcas1a,corccursoaos1ribunai<1Minalaavootadcdc~
truir nad..,.r"'1io. poroposiçioàarbitragcm que sc procura na casta.Se·
gundoBailcy(Orissa).oEsladnprivouaaldciadcscudireitodcjulpro
criminoso.Umacastarootinuaaras1adadarom11nidadclocal(os"dc!J.iLado·
rc.dcGanjam")csórcrom:aostribuoaisoliciais.ScguodoBcals(Mysorc),
ésómui1otardiamcntcqucscrccorrcltjUS1içadofutado.
Qual~agoraarcLação,najustiç.atradicion.al,cn1rcopaacayatdcCM1a
corccursoàju..iiçadosdominantes?A!iques1õesintcrnasàcutadocnca
minhadasaumouàoutra?Nocasodcpopulaç.liounicasta(Kallar),a11niu
casta pr=nlc (c11CCl0 os scMdorcs) é dominan1c: as duas jurisdições si: coo
fündem. Gough parece indicar que as queslõts continuam scodo inlcrnlll ~
casla;..:ria normal que houvesse a possibilidadcdcapcloaosdominantc•,
que, ademais, l"'f>.'UCm a jurisdição se a ordem da aldeia~ perturbada. Se·
gundoSrinivas,osclicntcsrccom:mnormalmcnlcascuspatrõcs(ques1&odr
familia indivi<a) ou apelam a eles; a juuiça dominante wli mais bem <i1u ..I•
do que a jurisdição de casra,muitoespalhada. lnvcrsamcotc, para M1y1:1,
poucu dioputas .ão levadas diante dos dominantes. Lcwi> indica um1 oi
tuaçãoçomplc>:a(cxistiriamcntrcosJat•algulL'ipancayai..dcfRCÇAocMlgu111
pancayatsdedã).EmBailey,opancayatdcca>.1.a,muitocneruo,pan:ccine
.Wcnlccomrcl1ç.ioàquiloqucclcchamadcpancaya1dcalde11
Em •uma, r~in1 uma grande di.,.,nid.dc rm rcl1çi11 ''"" d!Mda i:.1m ••
circun.ihü.. loM.·~l.c ah..i1>ri1 Pode"" J"~•.<nlu·11,.Ln . .,ucai...C0<alo1
dieiooal,alémdccxprimiradominãnc:ia,tcndcmaioaoarbitramcntocàrc-
coociliaçiiocqucajustlçaoficialscM:dcinslrumcn10àchicanaeàin1riga"'".
Podcmosgcocralizareap!"CSC11taralgum11$CODclusôcssobreaautori·
dade "ºsistema das casl.11$? Depois da hierarquia, estudamos o poder polfli·
co,demanciraapoderaprcerulcrnoprcscn1ccapftuloacombinaçãodeum
cdeoutrooaordeDaçioounaau1oridadenoplanocmqueestaémaisflicil
dc:sccompn:.cnder,opla.andajU51iça.0b.erYamos,naluralmcntcaodom!·
niodaau1oridadc,adicotomiaqucrcinacmtoclaasocicdadecn1rcodom!·
niorcligiosoescuopos1o:aau1oridadercligios.acstánasmA""dosBrlima.
ncscomumaadjunçionol:i..,Ladosrcprcscnlantcsdasscil11$(Cap.9).A
au1oridadc temporal está nas mios do rc~jui7 supremo e mais cm geral ins·
trumeolo accutívo da lei do dhanna. Donde de forma clássica duas csptcics
dcsançõcs:oscas1igosprocl.amadospclajU5liçartgia,ase"Piaçõcsimpos1as
pelos Brimancs. No nível da aldeia, os dominantes rcproduicm, naturalmen-
te cm miniatura, a função régia. Eles pos.•ucm não só poder sobre os domi-
nadDS mas lambtm auloridade aDS scus olbos, a ponto de frcqiicn1emcn1c sc
rccorrcraclesparaarcsoluçãodclitfgiosintcmos.
Oqucdizrcspci1oà~rihuiçiiodaautoridadccn1rcasia•difcrcntcs
<'.por1antn,bastantcsimplcscmuitobcmconhccidn.Aqucotãodaautorida
dcnointcriordcumnlvelsocialdc1crmi11adoémaisdelicada.Og:rupoefeti·
'"Odas11bcaMatcmscusanciãos,ami6des1111asscmblt!ia,1alve:zsc:uprcsidcn·
lc. mas a idéia predominante é a de uma autoridade coletiV& ou plural: numa
ha-<C mais restrita, o grupo de uma casta numa aldeia tem também suas pc:!l·
'°"'influcntcs,qucdispõc:mdcumaccnaautoridadesobrcsc:usiguais.Para
1amotprccisoaindaqucos111cmbros&ejamsuficicntementcnumcrosos,e,
ncssccaso,sobrctudoscsc:lratadacastadominantc,tom1n1osacnoontrar
um fenômeno noiáve~ com frcqüCncia percebido, e que mencionamos a
propósito das facções: esse tipo de influênâa~ mais plural doquc.ingular.
N.io existe. como regra geral, um 6nico chefe, nem formal nem não fonoal,
mais muito. "lldcrcs" mais ou mcno. cm CORCOrTência entre.;. O amiào de
11ma linhagem tem uma dignidade eminente, mas prccisamcotc por essa
r01iíoclcc.1tánomaisdas..,lC.'lumpoucollpartcdasquc.1tõo:sc01idianas,
d..sncgociaçõcscdasintrips,n11$qUaioumapcssoamaisjovcmCSlámaisà
'"nlade. l,....nãoétudo,c..,constatouum pouooportodapaneumcsfacc·
l•menlo considerável da autondadc. É cssc um fenómeno modcmo, rcsul-
1anle dc influências dcsorga.nizadoras rcccntcs7 Aacdi1aria antcs q1te a mo·
dcmi1.açiio só fc1 accnwar o quadro, pois ele tem uma cxplii;ação CSlrutural·
rK>Jc.&evC·lncomouma implicaçãodahicrarquia.Oprindpiobicrárquico,
wmplctado pcl• dominlnci1, tem como rc•ullado a concentração da autori.
Jadc:numadctermin1d1<ul1naoca&l""'1UC lhcsãosupcriorcstantodircla

... ,_., ..... ~,.,-v,.,.,.,.w.,..1-r1N·1-<--pp--


1...._,...,4'"''"'" 1-... .. •• •-JVp .. -.1-~- pM
ppWio•'"'""''""''""""'"'',.."' ,, ..
qU8.tllO 1>11 medida cm q111: lio dominantes. Complcmc,.tarmcntc, CKistc e.J.
gv:madifK:uldadeparaacomlilulçiodcumaaulnridadecnlrcaspcssoasdc
cstalutoigual.Porm.;,.,q11escjaainclinaç.ioàdcpcndencia,capc:sardaau·
toridadc quccmuadoparC11tC1COcdaliohagcm,a1utoridadcdeumbo-
mcm Dão pode ir muitoloagcc.nlrcseus iguais.Som dr.vida, são apeiw 11
relações com os de fora, as rclaçõc.s com o poder atemo cm particular, que
fwidamcn1amvcrdadeiramatc11u1oridadcncr.scplailo. \lt-sequcCKistcum
wishfU/thinkillgno adágio"orcidacastat aeasta". Éaquiq11Csedovca:>lo-
or ocaso do "chcfo da aldcia" 1K1111cado pclo Estado, aiada qucsua1ulori·
dadesósejarcalseoortescondiçõcslocaisforcmprccnchidas,istoé,scclc
parcoor10&dOJJ1in1111csser1ligaçioc111rcclc.s.copodcrpolltiço,Na1ural·
roente existem fonnas de: influl!ncia ma.is complaas. sobretudo 1>11 tpoca
moderna çom os. novos modos de relação, pollticos., proíissiona.is e ei:onõmi·
ros,cnlrcaaldciacowcri..,.....
CONCOMITÂNCIAS E IMPLICAÇÕES

91. lNTIWDUÇÂO

Propõc-scocstccapílulolcmbrar,ouc><1rair,umccrtootunerodetra·
wsqueacompanhamdcfaloo.istemasocialquclc11tamoscsboçar,s.ejaçs..
"'concomitância visla ou nio como imp~cacão. No n(vcl da orga.nizacio.,..
<Íal,osaspcdos"pol(t~cconômicosnisoladosnnCapítulo7,osquaisdcs­
"ciiemoscomo enccrTadosmaisou mc110&logicamc11\coosistemafunda·
mental das reprcscntaçócs. constituem já uma primeira esptcie de impli-
'~çõcs, ou de conC0111itiiK:ias, co"' rclaç:io ao sistema idcológiço. Tratarc-
mos aqilldcouuosaspçaos,edcaspçaosmilltodiversos. Em primcirolu-
!l<I'·
assinalaremos uma imtilillçio social que transcende a sociedade: a
rcnúnciacafonoasocialq1>earen{mciacomaoda:ascita.Emsegundolu-
K"'· dircmos algumaspalavrassobrc implieaçõcsculturais: atolcrincia, a
imitação, a concepç!o do tempo. Em terceiro lugar, enumeraremos algumas
1mplicaçõcsdiacrôllicasooqucCODCCroeaospr6priosgrupossoc:iais..Com
cfdto,asidfiaspossuc:m imp1ieaçõcsaoplanodoacon1ccimcnto;àbicrar·
•1uiacorrcspoodc umalendinciaàcidodosgruposdce51a1u1o;infcli:zmentc
~ pcsquio.a ainda C5IA pouco Bdianlada nesse campo, eis por que vamos aos
.unlcnlarem11&Sinalar11sum.. rdaçõu.deratooudcidéia,aliondcpodc-
mo•ci;pc:rarscrcconllcçam1ist1rdcafacc"dinAmica",oucinttica,dosis-
tcm1dosgrupo1cujafK11ul'lkafoipornllle•poU•"'·
92. A RENÚNCIA

A ço11eot11itincia m.W. c:apaal""" t c.oaslilulda pela cmtêocia, oa ~


priasocicdadcdascastas,1oladodo.sislcmadasça<1as,dcumainslituiçio
que a contradi>. Pela !1lo6n.c:ia, um bOlllcm pode morrer para o mwido..,..
cial,=:aparàrcdcdccstrit.aio1Crdcpcndênciaqucupuscmoscsctomar
parasimcsmoscuprópriofimcomona1coriasocialdoOcidcn1c,apooto
mcsmodcscrq1L11SCc:ortadodavidasocialpropriamcntcdita.Eisporquccu
chamcicssapcrsonagc111,csscnlnunciantc,dcumindividuo-fora·do-111wido.
Essamanciradcvi:rfoipropostaoumavWiodcconjun1odas!1lligilla
dafndia,Ncssces1udo,quccst.ircprodwidomaisadiantc(Ap.B),pretc11-
dcu-sc111os1rarquc,pormciodaintroduçãodcuma(lnicadicotomia,a1a·
bcr, a distinção Clllnl homem-no-mundo e individuo-fora-do-mundo, podi1-
sc a1ingir uma vWio unilicada c ordcnada da prolifcraçio indiana dos 111ovi·
mcnlosnlligiososc1:$pcculalivos.ceot11pnlcndcraoml:$mo1cmposcudc·
scnvolvimcoto cronológico. Rc111ctcndoolci1orparacssctrabalho,contc11-
lar·mc·ciaquicomalgumasobscrv.1çõcssobrcarclaçiocnlrcosistcmadD
CMCa<caren(lncia.,..
Foifd1aascguintcobji:ção:ounundan1cabandonasculugaroaM»
cicdadc. morre simbolicamcotc para o mundo, is.w esta claro. Mas ele vivi:
de esmola e prcp aosbomcns-110-mundo.~clcjamais escapar.ide fato•
complcmcntaridadc.nuneasair~realmt111edasocicdade;comopodcriaclc,1
partir disso, desenvolver um pcnsamcntoindcpendcn1c,u111pcnsamcntodc
individuo?Arespos1aêsimplcs:bas.lasimplcsmcn1ccoostatarofa10,me<1110
que ele signifique aquilo que os atores imaginam"" mais importante do qiw
aquilo que oobscMidor doe>;1eriordcscr""-'comoaconlccimen1osrcai&,u
rcprcscntaçõcs111aisimportantcsdoqucocomportamcnlo.Ali!mdisso,aob·
jcçio nlpousa num mal-cotcndido: abandonar a.ocicdadc t nlllUDciar 111
papel con.;reto que ela alrihui ao homem (como membro de tal casta, pai de
famíliactc.)cassumirdiantcdclaum papel univi:rsal paraoqualcl1 nl<'
possui equivalente, não~ dcixardcmantcralgumarclaçãodcfatocol!lscu•
membros. Naturalmente,paraosociólogo,orcnuncianteçsrjnasocicdadc
no scnLido de que ela organiza suas rclaçõc.5 para ek: tambtm, m"' o rcn\ln·
dante é 11m homem qvc abandona seu p.opel social para assumir um papel ao
mesmo tempo Wliw:rsal e pc&50Bl; ~é o fato crucia~ subjel.ivoc objetivo.
ConsidcrandoagoraoamjuntoquecnglohaasocicdadccorenUJ1cian-
1c, «instala-se que nesse amjun10 estão equilibrados, por um lado, um mun-
do de eslrita intcrdo:peiui!ncia, onde o indivíduo é ignnrado, c, dc oulro, uma
1ns1.ituiçãoqucpõ<:fimàintcrdcpendênciacinsta11taoindivíduo.Nof1111das
contas, o .Wcma global não ignora complclamcnlc o individuo como a dcs·
crição apenas do .Wema das castas poderia f=r acrcdilar. Podc·sc até
mesmo pcrgunlarscosistcmadascaslastcriapodidocxislircdurarindc·
pcndcntcmcntedarcn6nciaqucocontradi;>_Esscpontoéímponaatcparaa
comparação com o Ocidcnlc: uão se ~i aqui às voltas com uma OP"'ição
'61ida, wmo se se rcconhc~ c;odusivamcnte aqui o individuo, la o homem
colctivo.Poisalndiapossuiosdois,distrib11fdosdcumamancirapanicular
Trata·sc, cnl.âo, de descobrir o homem coletivo no Ocidente - e Wo não é
1~0 difkil - para formular a comparação, não da forma de lima oposição en-
1rc A c B, mas sob a fonna dc uma di/1<ttn{a na di.<1ribuiçlo c no m./cc das
pancsdc(A +B).
Podc·sc perceber a c.omplcmcntaridadc entre socicdadcdascaslasc
rcnuncian1cscnosvollarmosparasuaorigcmhistórica.Podc-scdlzcrquca
socicdadcvédicascjarclativamcntcind1YÍdualistacomrclaç.ãoàdascaslas.
Nofinaldopcrlodo~co,nasUpanish.ads,vê·scodcscnvolvimcntodcuma
cspcculaç.iofdosófü:aqucincidccmprimciroluga.rsobrcoscruDivcn.al.Es-
"" especulação foi feita por Brâmanes e Kshalriyas, que sc isolaramjUSla-
mcnlc para sc dedicarem a cla.A partir dal sc podc rcprcscn1ardcforma
csqucmitica a passagem às caMas e à rcn6n.;ia por meio de um duplo movi-
mento: por um lado, a sociedade, sob a ~~de dos Brâmanes, vai se fllW cada
vc•maisnascatcgoriascs.Lritamcntcinlcrdcpcndcnlesccntradasnopuroc
noimpuro;deoutrolado,ofdósofoind.ividualisladacraprcccdcntcvaisc
tomarorcnunciantc,hinduouhclcrodoxo.
Paraalgunsantropólogos,tralar·SC·iaaquimaisdc"cultura"doqucdc
.acicdadc.Ora,adislinçlioqucintroduzimospermilccYÍtarcrrosgrossciros
e grandes dificuldades 111 wmprccl>Sio do próprio Hindu wntcmporinco;
podemos ir mais longe: só rw:mos aLé agora perceber wmo os valores de
<l!olasàorclatiW:adossobainíluênciadasscitasanimadaspelosrcnuncian-
lcs, e Wo hã muito tempo. Quando escrevi antes: "A ordem das caMas ~ res-
peitada mesmo quaadu ela •u•ll" à l.v. da verdade SCCl"1a como uma
que.tãoproíana'',cupcllAolVICnlâocom muitaprccisãonasdeclaraçõcsde
um campoae& do Ullar rr.dct.h hw•timos nesse Livro sobre a uturc~.a, a
LO:.Utu1rcllgiosadaacon•.,1"'"""dcc..11.ciMricrancces&ãrio,sobrctudopa·

:':.n~.:,~~~~~ .~·.~~l l•.:~'.,'".~'.'.11:~::.:.~~'.~~:.~.::."º:.~~~' a~~:~;'.~:::::


il>di$pcnsáYC1 mamar UllllO, cm que gnu e cm que formes essas Ç(IJlCCpçôcs
perderam,upr6priaf..dia,ocartitcrabsolulo - religi.,,.,,- de•uaorigemc
de•uaooen!nci.o,foramdcsqualificadaspelacdosãodcformasrcligiasassu-
periorcs - superiorcsdopo111odcvis1aindiano - mCS111oquandoosistcm1
das castas Ç(IJltinuaw cm vigor, ou melhor, se afirmava e se companimentaw
çomoorganizaçâodavidano11u11M10.lnfolizmcn1.:cssa~/IUÍVWl(4odosw­
lorcs[undameotaisdaca5lasobaaçiodasdisciplinasdesalwçãoquep~
pllftham uma rc6giio illdividuallindatdiflcildc scrdisocrnidanoeswlo
atualdoscstudos;abordan:moscssaqucstãoapenasquando[alarmosd.u
sci1asna5CÇãoscguin1cc,maisadian1e,name<lidacmqucrcligiõcsdifcrcn·
tcsagircmumpoueoàmancindasscitas(§I04c ....).
Anlcs que a rcnW:u:ia pudesse scrcoMidcradacomo\IDla inslituiçio
"puramente rultural", ela.produziu um tipodcgruposocialdamaior im·
ponãncia:asci1a.Asci1apodeus11D1ir1oclasascarae1erfslicasdcsscsujcito
cminco1cdaantropologi.aanglo-sa:<â,ocorpo<t1/tg1011p.a~bcr.ogrupoco­
mopc:.s60am0talquepossuidireitossobrcascoisascumchefo.Dcparamo-
n05aquícomascitaouscusreprcsco1an1cs,cémaisdoqueboradecsdale·
ecrumpoucosobrcsuanaturc~.a.

93. A SEITA EASCiSTAS, EXEMPLO DOS UNGÂYAT

Jãobscrvciantcs,muítobrcYCmcn1c.aiotcraçàodarcn(u)ciacdobio·
duWno mundano oo domlnio das formas rcligi"""' (Ap. B, § 2 e 5$.). Qbscr.
w-scumrcnõmcnoan.ãlogo,noqueconcen1ca05grupossociais,cntrescit1
e ca.ta. {;:cômodo chamar "seitas", sem prcjulgar sua semelhança com aqui·
lo que chamamos com o mesmo nmnç, no domlnio cri.<tão, aos agrupamen
tosrdigi0505indianosquesccaractcrizam[acilmcnlcapartirdarcn0ncl1.A
seita indiana~ um agrupamento religioso consliluldo csseoci.almcotc pc:ln•
renunciantes adeptos de uma mesma discipLina de salwçiio,c SCÇ11.11dari1.
mente porscussimpaLÍlall!cslcigos, cadaumdosquaispodccscolbcr um
d"' rcouociaotcs como mescrc espiritual ouguni. Tomando-5C a palavra num
sentido mais amplo, inclui-se co!rc ,.. seitas o budismo e o jinismo. l!m
principio, a adesão a \IDla seita~ para o bomcm·no-muodo \IDll qucsUo in
dividual,qucscsupc:rpôcàsobscrvaçôcsdcca51a5Cmuoblilcrar,casci11
rcspc:ilaCSSll5obscMndll.\,mcsmoquaodoasrelativiza,ecrilic.aardigllo
mundana do poolo de vista d.I religião individual. Alo!m disso, 1 sci11. P"""
oicn1c d.I rcn'1ncia, p055ui1f1ruldadedc rcautar indepc:ndcnlcmcnledoa

V!-5Cquc,empriadpio,perli~nci1ac.&11cpo;:r1ifl<lnri1lsc~11n1n
1ca:memo,.,.,isdifercnlcs.Sllpoderiae1Uurumconfütoocaocil1octnrnu
5C clldusiv1, nlu ali em fie.e de outr"' 11<:i111, m11 ~m f11~ duo v1lnr•• de ca
11.c imnuae&SC "'""""'"'1~"''""''""1"'"" ,,,1, ........... 1.............. •···-
prccndc«q11eumaatin1ckÇOJ11.0CS&atcootrúiaaocspfri1odocoojua1o:sc
claawnlcccaoacuo,"6C>1CCpciooalmcolcdc:ii<arAtrao;oo(vcr,cntn:1an10,
abaili:o).Oquesec:oastataacimadcludoéumdcslizamcntodascilaparaa
casla:qucaadcsiosectúiasc!ransmitcdcpaiparafüho,capmibmdadc
surge.nointcriordogrupodccas1.a.dcumadiYis.ãoi;.orrcspoodcolcàsci1a,
scjaltS!aofundameato,oulalvezsimplcsmcolcos.ig:ao,dadivisào.Asduas
scçôcspodemapare<:crÇOJ11.0subeaslas.oemscmprcin1erditamoin1cro:asa-
mcnlo colrc elas, como a:r!as caslas de mcrcadorcs oo Gujcra~ cm pane
"hindwi", cm parte jinisus"". A ade&ão SCClãria pode 1ambém aparecer, bem
comoaprofüsão,comodifcreociadoradeumacaslaparticular.Emtudoi.5·
so,a scitas6fazaa-csa:ntar um aitérioou umacausadcdistinç.ioàquclcs
qucacaslajáconhccc;oãosclratadc"caslasscdiriao"propriamcolcditas.
Acoatccc 1ambém de a seita degenerar cm uma casla. Suponhamos que
umgrupodcrc11w.cian1csscau1opcrpel11C,admi1indomulbercs,lllliôcscon-
jugaiscrcconbcccodocomoscwiosfilbosdcscwimcmbros:ei.511111grupo
que se parca: a uma casta oova, tanto maio qu.ando admite um rcai.it.amcnto
c>rtcrno. Que cslc termine, e temos uma casta verdadeira. A caractcrlslica de
uma a..ia scaãria desse 1ipo é que os filhos são iniciados como membros da
scita:cxi.stcpclomcl\OSUP1rudiolcn1odcdisciplinadcsalvaçãoquesc10rna,
assim, bercdiiirio. Conbcccm·sc casiascomocssa oa lndia do Norte, por
cxemploosSadhsdoUuarPradcsh.Emoutroseaso&,aÇ&S1ascçúriarcçrvta
cmscupr6prioscioosrcnw.cian1cscc~ba1ários(GosaindcUllarPradcsb)""'
e até mesmo talvez, num nlvcl in1ermcdi,rio, sacerdotes que sub$1i-
mam os Brámancs para uso da casta, ou mesmo de outras caslas de
me•marcgrascc1iria,ouaindacomosaccrdotcsdcalgunslemplos..Concc-
bç.sc, assim, no limite, a pmibilidadc de um pequeno sistema de ta$1M loc.a-
li.r.ado, oo qual a scila lcrA •ub$1i1uldo o bramaoi.5mo. Eiãstc pclo mcoos um
si.<lcma dcssc gênero relativamente bwan1e corihecido, que tomaremos como
exemplo.
OsYuuJ41iva,"Sbivaltasbc«iiwi;'',aindacbamados~1oomosc
carregassem sobre.; um pequeno 1ioga, emblema de Sbiva, co1Wi111em uma
,..;1adeum dcsc11..:ilvimcntosocialparticulannc11lc ricocarticulado,con-
<en~rado cm su.a maior parte no atual Eslado de Mysorc e reprcscolaodo cm
.. usdi.<lrilossctcotriooaio(Dbarwar) umapartcimportantedapopulaç.io.
Tra~a·.C ai, do po11~11 de vista soei.ai, de um 1ipo de sislcma de castas di.<lin10
- com uma importante rc.scrva; a .ci~a assume assim o valor de um vasto
srupodcpcninêocia:esU·scoarcgiãol.lngayatooHindu"<.

..... ,,_,_J_ ... llojO<Ol,<l_""'f ...... plll.~.-~.pp7l.

tlbSol>ft .. ......_,_.., .. ,,~,,...._, ..... _ _ ppll>I]~,_...,.,.,.,.......,

---·-•-'"""'""""'--0-C.-.I""""_,
'" ._ .. , _ ,....... _ _ ...... ,,.... _ ... ,.,,..,.,,.,, .. ..... •(...-•<"..
~

-· •••""~•---• · • · - - --• ''~""-· _ . . _ ' .. , _, .......... , _ _ . . . r


Distinguem-se trt& nlw:ia oocillio pronápai>: l. um nlw:l superior que
comprecndcduas""casl.IS",OI~ n11 ... ccrdolcscalguMmcrÇ11d~
ditOlibtP!jiglll,qucadmitcmcnlJcck:.relaçócshipcrgãmicas(pod011doOli11•
ccrdotcs "" casarem com mulhi:rcs prnw:aicn1cs dm mercadores sem red·
proádadc)"";l.umnlw:liotcnncdiirioquccomprc•mdcquascsetc111a"caa.
tas""prof....;Ollais,toclascbscndógamas - csscsdoisnM:islnmadoscmcoa·
ju.ntorcüncmtodOliOliU!lgayatcroselllidoCS1riLo,cara.;1crizadosporcun·
garcm o linga e por um vcgcwianWno CSlrilo; 3. íllllllmcnlc, um DM:I iofc·
riorcom:spondcotc.lsca51.115impuraso11in1oc:.ávcisdohindu.t..m.o;csscspu·
pos.niosãovcp:WW.os,c,nosoOSSOlidias.,cmtodocaso,aqualidadcdo
Lingayal 11osen1idocslritolbcsérec11S11da,cmboraOlisaCCrdotcsl..inga)'al
ofkiem para ele< {sem aceitar panilhar seu alimento, o que fazem para O&
l.inpyatpropriamcolcditos;vê·sequcasrcgrasdecomcDSalidadchind1ü
<iocmg:randcmcdidacon\laditas)
Na""easta""Jaogamasioreuutadasduascspécicsdcpcrsonapns.reli·
giosas. Em primeiro lugar, OliJanpma, no sentido cslrilo, são sacerdotes que
aliciam para °' lifü da seita, um pouco como °' Brâmanes para °' Hin-
dus"'. Eles vivem cm nr<llhs 011 mOSlcÍroi; - cada aldeia tem o seu - e estio
ligados individualmente a um dOlicincograndcsmathsquccorTCSpondi::m
aos ánco meslrcs lendários da scila. &ses ...a:rdotcs sio também os "gll·
rus""oumes1rcscspiriL11ai$d01iadcptOlilcig<><.quccsLào,assi.m,ligados,pnr
seu intcrmtdio, ao• cinco moolciroo. Muilos <lesocs traços - mOSlcirm,
funçãodc"guru" - cvocamarcnúncia,masaseilalcmlambémrcowtcian·
lcspropriamcotc ditos,osvirQ/<ra ou ""de..,,.pcgadOli d:aspaixõcs"",qucpoo
•ucm seus próprios m!ISlciros e cujo grande problcma, lantocm •11Bwid1
pessoal quanto cm seu proselitismo cm face dOli leigos"', é a /lhakli, o amor
dcvotopcladiviodadccscudcscn\l(llvimcnlo.Dcacordocomabhalti,1m1>-
sofiadascilatumaformademonismoqualiftc.ado:nomaisahodc1uau
ccll5ào,oí1elalíngcauoiiocs1rcilacomscuScnbor,nioafusãoindis1int•
no divino.
Bhandarhrsublinbnuoparalclismocnlrecssaorganizaçiocaorpnl
zaçãobram.tnica,ccotreorilualdosVirasllhial"lascodosBrimanesortodo
1ns (Snr4n11). Parece que se icm aqui uma proliferação caradcrhlica de r~oo
depassagcm:iniciaçàonascita{csptciedc"batismo"),cscolhackumg11ru.

-~~::--~::.~:===~
}lprfpmlo•,,,--..... --0-.. . . -.. _-pnl_ .
, . -- ... -------·-·-
~.=---- . .- . . . . . . . . . .....- . . . . - . .
"'º_-.._._,.. ........... ~p~
~ ~-
ingrcssooosaccrdócMf'l:.Tioi;laroço1110isso,c111ai&fwldamcotal,toas-
pcdo de rcoflocia sobre o qual Uisisli11 Farquhr. E.se upcdo t, ..:gwido
ole, devido a 11ma iallueac:ia jinisla, tendo a ..:il• sido na orisl:m - 110 otculo
Xllou11mpo11co111aisccdo-11m111ovimeotodcrccooquisu.~dirigi­
docoutraojinis1110.lssocxplicariaovegc!ariaaismo,atcstadoaiadacm11os·
sosdõas.
Ocullo,individllal,tdirigicloapcoas•Shivasobdoisaspcctoi.:soba
fo.-111adofüiga111inialuraquccadaumcancgasobrcsicsobaformadoguru
ou sacerdote Janpma (lillf'l ""ambulante""). A seita aprcscoui OllU"os traços
not;i,,..,is.Emprimeirolugar,aimpurcza,mcsmoaquclaqucchamamosime·
dia1aoupc.<SOal,1alço111otprovocadapcla111ortccte.,tncgadacs.cpro-
damaaigualdadeeolrelodososhomeos."Oodccstiverofui&o,dizcmclco,
ali es1;i também o Lrooo da divindade", diz-nos o ab/11 Dubois. Somos assim
levadosasupor(ootadamcotcEn1hovcn)quco111ovime1110teriasidollllori-
g<:mdirigidocontraacas1a.Ora,uo~llSdascj1a,scgw1doscL1Spttlprios
tcnoscasinscri~cst;loaiodamalcstabclecidas,casuposiçiot,nocsta­
doao1al,ioõtil.Comcfcito,ancpçãodaimpL11CZacdahicrarquiasodalt,
dcfa10,11a1uraloonfvcldarc11W.cia,poisorc11uncian1etrar1$CCndeOmundo
weial.Bas1a,cntlo,suporqucrcnunciantcscosinaramabomcns-no-mundo
•uapMpria...,rdadccomo...,rtb.dcabsolu!a,s.cm!crtidoaio!ençiodesu·
primir os outros a.1pcctosda casta, coutcntudo-se cm degradá-la assim de
um fato religioso• um fato puramente social"". O movimento ler-se-ia dc-
pois fmodo, cm rv.io dc scu •uccsso na rcgi.lo (adcsão dc mcmbros dc difc-
rentes ca.uas) e da pre...ão cio hiodlllsmo ambiente, numa espécie de brama·
n~orcformado.
O de5aparcci.men!o da ooçio de ÍmpUrcza, que tomamos como base
1deológicadascas1as,capr<:scn?degruposqucscparc.ccmhas!antccom
as caslas çolocam um probkma strio na pcrspcdiva que w;:olbcmos. À pri-
mcira vis!a, ou bcm oào deverfamos falar dc eastas com rclaçio aos grupos
Lingaya!,oucntãode..:mo.dcscobrirquaistraçossubslitucmaquiaimpurc-
'.a,.. função que lhe: atribulmos. Podc-..:,emprimeirolugar,considcrara
.imbiência hindu domio111lc, e nos depararemos ÇOO\ ela ap1op6sito dos
Muçul.nianoscdosCristios(§t02-t04).0bindlllsmocovirashivalsmocstão
e.ireitamcntc misturados, s.cus a<kp1os coabitam com Ír<:Cjilência"" mesma
.1ldeia,11omaisdasvcZC511os11ossosdiasemposiçioderivalidadc,eparti-
lh•m os scr'o'iços dos mesmos. especialistas. Mas Ili um outro aspedo. Obscr-
"''"'c quc o pcquçno •Wcm• de caslas mais ou menos ioçomplctoqucos
Linpyalwru;ti!uemc~'-arupado.OOaégidedasci1ac,11cssesc:11tido,dc­
l>CndecM.n:itamenledaredocia, .. j•elapura, ..jaclamcdiatizadanossa-

--·-·--·_ - ___
... ................. _"'' ..... ..,.._......
•)t.-....
- . .-
11~10! .................. .., ...

.........._ . . . . . . M . . . .. .
'"""'""'_,_ .
·-··--~-
a:rdotcsprópriosdascilLEitafumtr•çocspccW,poisclclliotcocontra·
do11&o:aslashilld11&-Pode-r.cpergu:ni.rscc.suocomplcmen1~catre
aslacrca!rocialliosub&tinliemalgum1medidaacomplcmeo1uidadedn
purocdoimpuro.Emoutrmterm115,aóaprescoÇ1dcrcounciaatcsdevot.o.·
dosàbhaktic,.twxodclcs,dcsaocrdnlcsquepanicipamdadoutriruicda
digaidadcdosm1uncian1cspresctvariaosl..iitgaya1daimpllfe7.lle,aomcsmo
1cmpo,1codcriaamao1er1dMsãocmcastas,jtquccssadMsãocst6dcf110
coo1idan.1dcímíçiodmsaa:rdolcsjaopma°".

94. TOLERÂNCIA E IMITAÇÂO

N01ou-scíreqBco1cmco1e1quiloqucfoich1r11adode1olcrãnciadosln-
dianmoudosHindus.~ficil..,r1quecom:spondccssctraço1111vidasoc:ial.
Mllilascastas,quepodcmdifcrircmscusmodosceoslumcs,Yivcmlado1
lado,CS1.andosc111prcdcacordoco"'oçódigoqucashicnrqulzacscpara.
Fica-scconlcolcc111scocuparwo posloalioodcoOcidcotcapr""'oucx·
clu.i.Podc-scsuporqpe,q111U1lomais111alca.,çlmcotci.nlcg:radaforasocicda·
dc,111aiortavariabiLidadcpcn11ili<la,111a.oqucacoolcçcaqu.itmaisradi-
cal.Adifcrcnç.arcconhccidadcumgrupo,qucoopõcaou1Jm,sctoroaoo
csqucmahicrárqu.icoopriodpiomcsmodcsuai.nlcgraçãonasocicdadc.&
você co111c carne de vaca. vooó deverá aceitar ser cJas.ificado catre m lolod·
..,is,cs1Jco111cssacoodiçãosW1prá1icascrálolcrada.ElaslJcall!W6e.cãn-
daloscvocêiosislirparaqucsuapráticascjarcconhccidacomoi.ndifcrentc,
ou para entrar c111 contato flsico com ..-cgctarianm. Mais do que uma ortodo-
"'8, o hindufsmo conhcoc woa "ortopraxia.~ (Staal). O traço t imponantc IW
rclaçõcsco111mrcounciao1cs,scus"disclpulosdcsalvaçio"c•uasscitas....
Em lipção com• toluindll assim definida, a hierarquia das castas ar-
rasta um ouuo uaço. Sem dQvida a tcadtocia a Uriicar, e 1 imicar os s11pcrio-
rcs c111 partõcular, e:&t.t um pouco por Ioda partc. Mas cla asswac, 110 caso iD-
diano, um dcsen.oMaicnto cnrc1110 e pr.,.,..,.,;lmcnlc llnico. Nos trabalhos
<0n1e111porãncos,fala-scdclasobrecudoc1111crmosdapalavra·•sansaili-
'ªçio",asaber,aimi11çiodosBrãinaaa,aadoçãodc1raçosbr1111lnicosou
associados aos Brilllancs. Ji se disse ludo 1 fl\'Or ou cooua esse termo
liilgüfslico.Suavogase111d(Mdasedcvr:aofatodcqueclcconotaao111csmo
lc111poaforçadatcn~nciaaimitarcscuobjctopriacipal.Elc1C1P,co1rcou­
l•O$ ini;:oovcnicn1a, o dc substituir a C11p6'açioe dc isolaraúnitaçioda
primcira~daimilaçãodasegunda.ouadoo:slrangeiropicWgioso(oos
nOM06di.as.,ocidcotalizaç.io"),todo$0..do'5prcscntcslambé111.F.,nalmcntc,
olcrmooãonosdizoc111cmquecomis!ceiatamcoleaúnitaçãooc111como
acontccedcncmtod0$.,. Hiadusestare111.,SlllSCritizad0$"se atcndEncia

Vol!arc111osafalarsobrcissournpouco111aisadiantc,aprop6silodc
'""' coPSCqiltllCias diacrlinic:as. Empresta-se 111ais um signo social do que um
traço pcrtineolc - cissorcligiosamenle,tcaticamc111coudcoutromodo.
Eis por que falarcm()S nesse caso de cinprtslimo attfNcco. O cmprbtimo
fornece seu sentido ao clcmeolo cmprcsiado, e a maior parte do tempo o an-
tigo traço funcional não dcsaparc.;c: o 11cwo (prestigioso) lbe f superposto.
Comogeral111cotee>islchomogencidadcdopontodeYislacsttuu1ralcll\feo
nfV'clpopularcooM:lcrudilo,ocmprtslimoacssc(ll1únos6fazacrcscco1ar
umdou/Hn.Al<!mdisso,cicistcmdoisp6\osprincipaisdeúnilaç.io: oãosóo
Brâmane mas também o rei-, e isso up~ca ao mesmo tempo a imilaçáo do
...trangeiro,seclcfortcmporariameotcdominaate,cofa1odcquc,como11
scmoamfliodciDtcrdiçõcscdcfa1orcsadvcrso5,•sansaitizaçioaiadacs-
tcja por ser feita cm muitos dom falos.. Ela deve ter-se intensificado na ~poca
m11Ç111manac,aoladoda ocidcntalizaçã11,11afpocamodc111i:cnquantoas
eamadas superiores se modernizam, u eamada.s inferiores tcllCkltt a se
Qsaosaimar-.

95. JMPUCAÇ(JES DIACRÓNICAS: AGREGAÇ.j"O

Scjaqualforoaspcdoconsidcradodahlstóriasocialouculturaldalo.
diadurantcumpcrlodosuficieotcmcntclongo,scmprcsetorurilac1KOC1·
traromCS111ofcnômcoo,asaber,oaumcoloporagrcgaçõcssuccssivasdo
oõmeroda.scategorias,dosgruposoudoselcmcntos.Scacontcccrdcscligar
csscfatoàtolcrll.ociacàifniiaçio,cmaiscmgcralàhicrarqui.aeàcomplc-
mcolaridadc:bicrarquiza·sc,em~dccxduir,acomplemcolaridadcpcnai·
te a iiucgração mais frOllXll e maior ao mesmo tempo de elementos CSll"a·
llho..Dcfato,oproccssoassumcfonaasdiversas,'lucsc:riaoccc:ss.êriodis·
tioguir.Mastodaselasleodcmauscgurarurnaccrtapcnauêociadaíorm•
poriotcgraçãodoclcmcotocstranbo.
No que conccmcaosgrupossociais,jáno&dcparamoscomocasodc
castas(scrvidoras)qucparcccmformadasdc:gruposhctcr~ocosqucoc
toroaramsubcaslas(KatYt).Altmdisso,Clei$tcmdoisaCCSS05pri.ilcipaispc·
losquaisumgrupocstranbopodiacntraroumconjuntolcrritorialdccascu.
Umcst.tsituadooonlvelintocãvel:mCMoooosnossosdias,podc·scobsctvar
grupos que csi.iocmproccssodc tramiç.iodetribo paracascainlocávcl;i!
complctamcntciocxatodizcrqucissoscproduzscmmodificaçãodos<:0$1u·
mcseda.scrença.o;deumtalgrupo.,.,pois,scelcpodcoooscM1ramaiorpar·
te de: seus traços próprios, fica muito daro, ao mesmo tempo, que o ooojunto
i!pcr1urbadopclaacci1açiodahcterooomia,scmcontaroscmprtstimosquc
se produzem nessas condições. A outra possibilidade de = a um .Wem•
dccascascsiáoon!veldadominincia:aforçapcnaitiaconquislargrandcsou
pcqucoosrcinos,escfalaírCQilCnlemco\cdacoovcrsãodosin~
Acontcot: a mesma coisa, direta ou iodirctamcotc, na çsçala da aldeia. O rc·
sultadocr:i,cmsuma,aintrusãodc11.01dircitosupcrior°'tcrra,qucimpcli1
o antiso para um lu&31 inferior. Eis ai uma das causas do empilhamento dOI
direitossobreatcrraqucocxploradordcviacwnprir.
Paraasgrandcsc:111cgoriusoclals,oproccssohW.6ricopodc1•:rracil.
mcftle deduzido: de tr!s 1'11.nÇ(ies i.ndo-curoptias se pa5Sll, natpocavtdioa, a
qualrovanias,prCMYelmcalcpelaagrqa"°Daquartaposiçãode1U11apartc
dos aborigincs. 05 Iatodvds formam cm seguida uma quinta alegoria, du·
rantcmuilotcmponãotccollhccidac1J1\corla(d.t32).Flnalmcntc,coma
101cgraçãoparcialdos1D1odw:istcaliudanosnmsosdiaspclarcformagaa·
dhiaoa,quc lhes d.l.odircitode coitar aos templos hindus(Ttn1pkélrlry
Acts),aparcccdcfato1U11aSCJ:1acalcgoria..Ca1J1 dcito,osnio-Hi.nd115,os
Crislios,osMu~lmanosctc.,qucattcotioCS1avamçonfu.ndidoseo1J1osln-
1oc.ivci..,dclcssioagon1dislinguidosnamcdiclac1J1qucC011\i.nuamcxcluldos
d0$\Cmplos.
Do pooto de vista da cultura, a imitação, ou antes o cmprútimocztrln-
seco, isto t, o c1J1prêstimo a superiorcs dc certos traços comosipossociais c
nãooomotraçosflUlciooais,de1crmioa,noscasos1J1ais.slmples.UJ11.1.supcr·
posiçiodclraços;jádcmosalgunscxc1J1plos.Mas,sesc1ra1adcfcnõmcoos
101clc<1uais,esscc1J1prtstimoc:nrinsceotcrmioaporacarn:wuma1J1odili·
cação i.ntrtDSc:a.... Assim. oostculoXIX.o oeo-biodulsmosceoostilu.i por
umare.spostadosiotclcc:tuaisaodcsaftopoUticocsocialdo()çideotc.Dcfa·
10,qucrcodosalvarobi.ndulsmo,criou-scalgobastantcdifcreote;sca
•P••tncia foi salva, sobrou IUll profundo mal-<:otcodidoao mesmo tempo
oomrdaçioàrctigiiovivl.dopovoceo111re~oaospr6prlosvalorcsoc:i­
dcntais.EmddiDi1ivo,niosc1ocouoobiodulsmo,apenuforamcriadas.sei-
las n0Ya$.... Deve-se ac:redilar que os Brámancs tenham reagido cm tpoca
rccuadadiantcdasMheres.ias"jinislacblldistadeU01modoanálogo.Ovo:gc·
1ar1ani.mocrafu.ndonalnessassciLBS,cscusrcnu.nciantcsgo:u.vamdeum
graodcprcstlgio.OsBrãmaoes,coiviadescrc1J1dcsdusilio:adosçomochc·
f.,. "'Pirituais, dcw:m ler sido tomados pela cmulaç.io e devl:m ter tomado
cmprCSladoow:gctarianismo; provavclmeotcattmesmoarivalidadccntrc
rcnuoçip\csc Brâm.llfl.cslcnhaintcnsil"ieadoapr'tiu.vegctariana..Scmprc
sc pode penar que o regime vegetariano se !ornou IUll traço braminim fun·
<lamentai"<. Sem düvida alguma, não se lrata aqui de um cmprtstinlo Cllrfn·
.w:opurocsimpla,porq11Cobonord.acanc:coocordacomas~iasdcim·
purez.a..Eolrclaato,fQ1DCU1D01U<azóesspficleo1csparascpcnsarquccsac
supostocmprtaimoscj&llDlcadctlldo um episódio ao proccosodereab-
sorçãopclobillduflimoduMbcrcsis.s".Ora,cw:i!m=moolipodoprOIZ6SO
hist6ricoiod..iaaocmqucscm:oahceedcforauma'·es1.ognaç.10".EDstiuca-
1agnação llC$SCSCJ1tido, porqucoiolrlnscoocstavasubordilllldoaoeXlrfDsc.
co,istot,ooíimd.asconlas,porcausadaprcscoçadahicrarqiH..sobSUI
formapura.Scessavisãoforjusta,clanoscosioaalgofundameo!al,asabcr,
qucabicrarquiaculmiaa.., .... rcalidadc,cmscucon1ririo,nrcnunciaotcl

96. ESTABJLJDADEEMUDANÇA

É precisn llOlar aqui brcvcmcolc uma implicaçãn do .W.cma que i! da


mainr importincia. É sua relação com n !cmpo. A sociedade trad.iciolll.ll em
seral se~ W!YC~ ela se livra do lcmpn vivido por meio do mi111, que tram-
fcrc a realidade vivida para n plann da clcmidadedn pcmameoto, e por
mciodnrilodcpassagcm,qucregularizaocscoamcntodadura?ooumaK·
ricdccstadoses!.ávcis,comoçalhasqucsccomunicasscmpormeiodccclu-
sasriluais"'".Cnmrcfcrê11c:ia ao"lcmpodasorigcos",quci!aausl.oci.ado
lcmpo,nlioscproduziuaadano1cmpo,anãoscrdcgcocrc:sctnciacomrc-
laçãnaomndclointcmpnral.
Essa propriedade d.as sociedades tradicionais es1.á aqui cm scus;r•u
mPmo e se expressa com muito luxo: as quatro eras ()up) marcam a dcF·
ncrcsa!ocia progreso.iYll domwwlo e separam por !rês iraosiçõcss~ 1
cn atua~ a era K41i, da cn divina; a noção de /uJ/iwujyd ou "proibição .... Cfl
KaLi"i!utilizadaooslraladosparacxplicarodcs11SOdccostumcslllcstadoo
nos tcl!los antigos. isto t, cm suma, a dislãnci.a com relação ao Veda.... Nadl
muda, colio, oo plaon dos valores para a mcolalidadc hmdu lrad.iciooal. Tu·
do muda,talvc7.,masaoscafastardosmndclos,portaoto,comaperdloda
significação.
Aindiforcnçaparacomotempo.oacontcciiontn,ahistliriaoalitcr1
lura e oa c:ivilizaç.io indiana cm geral, toma muila .irdua a tarefa do historio
dor e privilepscmdCMdaaperspectiY11socinl6gica,mcsmoparaoe&tud"
dabWóriadafndla. MascDstirla,ocssascond.içõc..., umahist6riada lndl1
qutcllhaWDscotidoc:ompar'vclaodahisl6riadadvili7'11çlo~A,ou
mcsmodaChina?Podc-..,imagioaraamplitudedasqllCSlõcslevantadaspe-
lotraçodequoosocupamos.Nionoscdcnderemosaquisobn:essepmito,
q11e já discuti cm outro lugar. E..sçrevi antes: "se a história t esse movimento
peloqWllWDasociedadescr~latalqwtlé,cl<istem,oumscotido,lantas
hist6riasqualitali\131Dcntediferentcsquaotasforemassocicdadcs(ou:tipos
de sociedades)". De rato, a pesquisa das coDS1111tcs ruodamcntaisdacivili-
za.çioindiana - renúoc:ia,lugarcspedficodarcalcza,hicrarquiacomasim·
plicaçõe>obsc,..,,dasaquimesmo - libcracorrelativamcotewoaccr\aidéia,
nmaccrtaforma,dcdcscovolvimcotohislóriro...
Devo me contentar cm chamar 11 ateoçio para um único upec:to da
qucstâo.Nalndiamulicional,asigoilicaç.ioes1i1ãocomplet.a.mcotcligada
aomodcloimutávcldasocicdadccdavcrdadc,dodJrQm!11,quclodoorcsto,
priwdodcscotido,podemudaràvootade.Scmdr.vida,otemporalcslisu·
hordioadoaoci;piritwtleenccnadooele.MasoreioãoCSl.ãsubmcúdoao
.aa:rdote,oanbaaodbanoa,scuio11arclaçloperlineotc.Tudopocle,
cntão,acontcccrooplanoqucchamamosdcpolllico,tantoqKodharmasc·
jacootraditoquaolo,sobrctudo,queelcscjasuficicotemeoter.. peitado.Ne-
ohumaparccladcvaloroudcintcrcssclotclcaualscliga.porcm:mplo,ilcs-
tabilidade das dinastias: oio há 11ada nos tenos sobre esse ponto. Se um mais
lortcimpuscrscureinopor11:1ciosduvidosos,podc-scimaginarqucclcdotc
ricai:ocotcos8rãm111cse"scanaoje",nãolbcraltarioellmplices.Essaindi-
fcrcoça~ oo funclo, dcv:ida ao fato dc queoanhac..1.ácootidooodbanoa
como numa golilha incorruptfvcl: nenhum risco de rontaminaçio.. A hislória
dalodia,d.....epontodcvista,rcpoUSBsobn:CSSCaWrdoticilo,a.Mcumpli-
c1dadc,daforça - scjaclaucrcidaporwoKshatriyaouporqualquroutro
• cdos&accrdotcs.Eaquique,emboapartc,oslougosdiscursosedilicantcs
dacpopfiaassumcmtodoscuscotido:trata-scaquidclo.;ukaraos''régios"
csscpaáodcsastrosoparasuasambiçõcspoUtic.as.
EmsU111a,poreausadocn&]obamcotodoÃ:.fllllllnobtullnuln,dadesva·
lorízaçiod<>anlr11comrelaçã<>aodJranna,alndiascviucondcnadalliosta-
hilidadepoUlica. Vaiscrprccisoooslembrarmosdi.soquandoelascabrir
amplameolc hi.Uiaspollliasmoderuas.Somosteotados agcncralil.ar. o
que ~estivei 0U111asociedadc aãot aquilo que corrcspondeaossc11Swlores,
aopassoqucforadosvaloresscsituariaaárcadl.modilic.açlo?~l!:lpo-
dcrádizcr«mruloq111ahip6tclcusimcxprcssanJoff6eildcscrvcrifi-
cada,c&Obrctudoqucopmdcproblcmatodamudançall05"3lorcscda.
mudança com.o wlor. RCSUI a~ que <kvc cid..tir uma relação entre a cs-
1abilldade da 1>0flll& C O IDOlliinento do ac:ont..cimcnto, cotrc o que sc pc11a
coque acontece.

VI. GNÉTTCA DOS GRUPOS:


GSÂO.AGREGAÇÁO, MOBILfDADE SOCJAL

Aoaspcdocsttutural.sin<r&>icoda.morfologiaco1TCSpondcumaspcc
1odia.;rônicoqucpodcc111partcscrdcduridodoantcrior.J'll05'crerimos1
de de passagem, mas seria melhor, mesmo com:ndo o risco de nos repelir-
mos, reunir aqlli algumas natas esparsas. Vimos, 110 Capilulo 2 e na ronti-
nuaçio, quc çarao:ercs difcrentcs cstio ligados a gmpos dc olvcl difcrcnle.
A...im,aopassoqucocstalutotprincipalmcntcalribuldodcfora,digamosa
uma casla proíissjonaJ inteira numa ilrca dclcrmioada, t um segmento dcss.I
casta,digamosascç.iolcrritorialdeíatodcumasul>casta,qucfaunida.dc
decndagamiacscreÍlllecmasscmblfia.Poclc-seprcvcroaspcclodiaçrõnioo
corTCSpondcntc: não só em.w1 uma dupla tendência à c...ão e {à fusão ou BD·
to:s) à agregação dos grupos, mas também .;isâo e agregação acontca:rJo cm
llfvcis.difcrcntcs.Éprccisoapcoa<-CIDSidcrarquc,quandopassamosaodia-
crõnicomai!loumcnosobsc:tvado,passamosdac•truturapuraaalgo111ais
complc:110,asabcr,oconjuntoformado,porumlado,dasproprlcda.dcscstru·
luraisc,dooutro,dascoacomitinc:ia..cmpfricasprcsentcscmc.adasituaç.lo
de rato. Além disiio, por comparaç.io rom nossas sociedades modernas, ro-
mos lcvados a disatlir a mobilidade, se n.io dos indivfduos, pelo mcnos d"'
sruposaolongodaordcmcoll$idcradalineardascas1as,cdcvcmoscom.idc·
ruascoisas1amWmdcsscpootodcvisla.
Bougltfalavadcuma''rcpulsa"rccíproc.aqucafas.taria.ossruposwu
dosoutroscomopartkulucancgadasdccletricidadcdemcsmosillalcc•
plic.arilscmdínidaiambáiswif...;paridadc.Narealidadc,vimosqucasc·
paração apareçc cm grlltdc: medida como uma implicação de: uma hierarquia
fortcmcntcacentwida:tporquesetcminvejadocstalutoqucscocupaquc
se toma cuidado com coowos e c:om casamentos imprudentes. A in1cmida.dc
docampohicrilrquioonoqualll!caslascstioíwidascondW'àSuposiçjoili:
qucatcod!nciaà.;isâodogrupocadõgamoscr'fortc.ElcRvcria,comcfc•
to, se cindir Iodas as vezc5 que um perigo para seu csiatuto sursis.sc cm KU
interior, constituindo a cxoomuahlo um cu.o limite cm que o perigo~ grand•
ces1.tcoo<:eouadocmape11Uu.m1ouemalgum1.1pc...,.. Podcriaaconlc
<:er o mesmo quando um1 putc progruoiv• do 111upn 1ncd1lUAC Jl<"kr Ili
llharcmcsta1u1oq1111tdo1Cdc:uotidarir.1&11Cdoumnulf1p111c10rnadacn<1
w:no1dor1. M..,comooulaluln rcconh.endnMl•~•1lnu•1110 incido •nhrc u~l1
acasta,nãoba.laqueumgruposccoaslilu.acm•ubcasu.distirua,tpreci..o
aiodasctomarumaoulracasta,scjaformaodoumacaS!allGVa,scjascll&fC·
pdo a uma )t uislcale. Para taoto, t prccilo que oo sistema cxislam po.-
sições dispoafvcis, ..,ja oo mcamo lupr, scja, lradicionalmcale, • um.1 dislin-
cialimil.ada.Ora,aspo6iç6csdos.istcmaqucfo111cccmumgaaha-pãosiocs-
sencia.lmentededoislipos:cspccializaçõespraf!S$Õonaiseocupaçõesagrfço..
las.Maisczatamentc,tposslvcl,outOt11U-ied0111illante(pelaforça,"1m""
quecssceraogrlllldctemadamobilidadc:),ouenconlrarumaposição,agrl·
colaouespccializada,próximadosdomina.ntcs..Obscrvcmos,aioda,scai.prc
na emplrico, que só a domiuçãa (ou, oo grau mini.mo, uma relação que bas-
ta à domioioàa) pcrmlte dcsdobrar toda a libc:ralidadc c toda a m11JDifü;:én-
cian~paraqueacstatutocobiçadosc)acfolivamcotcrccoobccido.
Nafaltadorccoohc:cimentodcqueoshtemados.gruposCSlábifurcadona
dircçãodoaltoedcqucseuramoçodificado(estatuto)csttneccssariamcntc
menos aberto li mudança do que seu ramo oão codilicado (domioi.ocia), nos
últimm aom, sem dol.vida algluna, euacrou-se basu.ntc a import!ncia da
bramanizaçioouda"san.critizao;:ão''dos.C061umcspelaasor:11Sáosocial.Por
um lado, viram-se ai fa!Oll modcmm - sobre"" quais !ornarem"" a falar no
úlumocapltulo - eoiofatostradidooais;poroutro,esobrctudo,pcrdcu-sc
de vista o fato de que pretender um estatuto t uma ooisa e ~lo reconbccido
é oulra oomplctameotc diferente. O =mplo de gradação de estatutos cm-
prl.'Slado a Maycr (§ 36) """mostrau que o cugcro puritano cm si mCM110
não contrabalança nesse çaso a domináncia. Rcpit.amos, cal.lo, mais uma vez:
t doladodadominánàa,abcrtaàforçacobripdaaooastituirparasiuma
dieotela, que a mobilidade se =•CC&SC talvcz no grau mixima no !iistema
tradicional. A dominioc:ia sobre um tcrril6rio amplo podia alt mesmo abrir
a panada varo.a Ksbatriya. Além diMo,sãoooohccidascm todasasrcgi6cs
dalmdiacastasassociadasaopodereaoc:ctrcitoquepraliçamorouboca
pilhagemquandoascircum.tãaciasocxigcm,oqucoonfümaorcinodaforça
sobreoplanodofato.
No afvcl da grupo endópmo, é a cis.io o mais importante, a fusão pro-
prijlllcntc dita scndo rara scm d!Mda alguma. {Mas podia havcr agrcgação
Jç pessoas c1dufdas de casl.as clcvadascolrc as o;astas baiKas"'.) Bl1111t cata-
logouoscismasoom basccm documcotosdo U1tar Pradcsh.Sua.siodicaçõcs
ctigemconsidcraçãaprudcnte.Scriaprecisodistinguir-1>11dcif.sofor~­
'"I - entrcaaisl.~ociadcsubcastasdisl.iotas,amarc.adCMadistioção,ara·
auoalil.açiodcssadistillção,porumlado,c,poroutro,asubs.lânciadadis-
1inçã<>eacausada<U.lomaiooumenosantigaquclbcpodclcrdadaori·
gem. Dislinguir, cnllo, entre lendas de arigem prestigiosa - cstcrc61.ipo
rreqücotc ou <:MIU Nlua, cm concordlncia oom 1 id~ia da dcguercsctocia
propcuiva de lndu.., cnl&.. e falo• pr<'n:im.,. 00 obsc,..,.,ior (mndcmos.,
portanto)cbcmatcatMloi.Ass.im,oãoscdevelcrumamudançadcrcsidta-
cia por \flis de todos °"
nomes territoriais de subcasias. Ao contririo, 11m•
OO.partcdasci6Õcsdewbc:a&Watribuldas por Blllfltà mudançadcooi-
paçiioouàbrammizlç:lodoocmtumcs(in1crdiçãodorecasamentodasvi6·
vas, adoção do rcpnc vcgctariulo) parecem ratos.. A cisão devida à aus&im
dcintcrcasameatocomliahqcmbastardas,quc Bluntchamapudicamcut.c
demudaflçarelaCioa141.iimpurci.a,tprovllveltantocomoratoquanioco-
mo raciolllllizlçiio o&mod.°'". Cisões tambtm OC01Tcm por causa de wa.
"prospcridackaUJUC11t...i.",dc......,ntimc11tos,cpor uma difcrcnçasccdril
oupclaco11ven.iioparcialdogrupoaumaoutrareligião.Nessclllrimocaeo,
scriaprccisocstabclcocrqucoãosctrata,aocontririo,deagrcgaçãoaum1
mcsmacas1adcgruposdifcrcou:s(verabaim).Emgcral,acomt.ituiçiioclc
umasubQslaoovaporcisãojJt movimento, nointeriordacaslas,ooscati·
do de que o rcsllltado almejado t a modificação do estatuto, oum sentido 1111
noutro, dOli mcmbfos de uma das subQslas que resultam da cisio. Subli·
nhemOliqucoprindpiomotordacis.iothicrirquico:emtodosmcasos,llln
éumasimplcs"rcpulsa"hipottl.ieaqucscparacmd1111Sumasubeasta;ooea-
""daprof....ão,porcumplo,acisãosóscprodw:scaprorw.ioo0011acam:•
la uma mudança de estatuto notável com relação li antiga, num .colido ou
ooutro.Éprcciso,ainda,cvitaraidt!iadcquctudo~scprodw:aulomati·
camcnte: as çirÇ\lll$1incõas u.Ivezscjam determinantes na maior parte d<-.

A eis.ão pode ir mais loogc e ser completada pcla fusão. Uma mudança
dcooipaçio,cspccialmeotenoeasocmqueclaacam:1aumaqucdadccst1·
IUIO, pode levar ao aparecimento de uma casla nova (mas, atcnçlo, 1qul
1ambtm, às racionalil.açõcs!). Pode all mesmo haver, sempre scgw>do Biuni,
aliLiaçãodasubcasiadcstaeadadcsuacas1aaumacaslaClCÍS!catc:"essct1l·
vez tenha sido o mttodo pçlo qual ... as castas íuncionais foram fonnadu"
Ncslieldba...;.a1ribuldo,domcsmomodo,asc.astasprofissioaaisaoajunt1·
mcntodegruposd4tintos,crcocntcmcntcKarvéinsi$Liumuitonesscpon
t,,,.,... Ela lrmw: falos-, que mostnm que populações difereotu oe rcu
niram no interior de uma das posições do sislcma dos grupos. A.Wm, • caM1
dosolcirosooMaharashlratcoastituldadcsubcastascstabclecidasc.d1
umanumtcrritóriomai<oumenos<:Xdmivo,dep~niénciadM:n.ocqur,
..gundo ....,. autora, s6 tem cm comUIO o cotatu!o de cooj1111to que lhe• ~
•tribufdopçbsodcdadc,odcolciro-oquc,•dcmais,cstilongedcoerM
gligcn<Udo como queria. essa.autora. É prcciso,cn1ln,concedcrum lusar

.,._,,,_,,....... ........... (l"l.q .. _ ........ pnmO .. ....,_ _ _ _

:....."""":"'...:-----·-·-..
"' -"'"" .. "••.lM.l.IO. _ _ _ • ,. ,_ ...
-~-
......... ..
.,,.,,.,..~

·-----·----·--··-·
lo",Ullllo.kao.0.1-- pp Ho• "°''"-"''"' ,,.,,.,.,.,_._ot.0<-•
laDIOà íusão 110 IÚYl:ldacuta qUIUllOil fusão11011Ml dasubcasta(OU,anles.,
daunidadçdccndogamia1córieaouro:e.l).Ado111Uoação111uçlllm.llLl,dcpois
adomillaçãoiaglcsa,provaY1:lmca1eal1cruama:rtosaspectosda111obilidadc
social,cclcve111osrc111clcrparaoc:apfluloseguialeadlsaissiodosfatospro-
priamc11.tc111odcmos.
COMPARAÇÃO
AQUE.\TÃOllACASTA
F.NTJ.[OSNÃO.HINllUSEFOU[)AfN[)IA

101. INTRODUÇÃO

Res1a-oosum trabalhocomparativo,aoqllllcstceocapfluloscgu.intc
..:rão dedicados. Em primeiro lugar, lemos de re5poodcr à pergunta: Em-
lcm =tas.fora da llldia? Com frcqllênciascfeladcC8$1as1 prop6sitodc fa-
los japoneses ou malpche., às ..::zes ali! mesmo dos &lados Unidos. Com
rolaçãoacssc11SOmllitoamplodotcrmo,ooos.so,ati!aqlli,cmtodocaso,
parccescrbaslantc<cstrito.Eslivcmospreocupadoscmcldtair,cmsuaani-
culaçãointerna,aconfoguraçioindianadasi.Uiasedosvalorcs,dosgrupose
J<>Sfatossoci.ais,masalgui!mpodcrialcvantaraobjcçãodcq11e,scinsislimos
cm falar de c:asta apenas na prcsco~ dessa configuraç.io, tomamos o termo
1nuliliz.lvclparaadassiíicaçãodcgruposoociais..Alguosdiriamati!mesmo
que nos fedwnos na illdologia e tomamos a comparação in(Jill. A isso rcs-
pot1dcrlamos quc oio aistc ocohuma oeccssidadc para uma classificaçio dc
usar um termo concreto como ~o:asta" e que podcrfamos usar termos abslra-
1<,. ou ncologismos como paradigmas, mais do quc cmpobrcccrmos o coo·
tcOdodolcrmo"'casta"ces1e1>1knnosscu11SOdemanciraarbiU"ária.Mashá
mais:ligamos,cm1uma.aculabcrcnçashindus...buopurocoimpuro.
Se fosse clNÚlrmado que pupos muito scmclh.ont05 aistisscm por aí sem cs·
.. Jipçlocom rcpruent1çóu1cl;,i....,.dclcrminadas,oiodcvcriamcssas
rcptelCDll(<'>c• 1er rnn•ldc1ado• rnmo puramente 1cidco1.U.? No interior
mc...,o du rcll~l'lc• l'"'l"l•n••n•• l11Jlan ... ji cnoon1funOI o caso de um1
oc:1ta como'" l.mJtO~al. "'"' "~" •• '""l1r1rm o lmnura•. mu 1edividcm cm
grupos que tambi:!m podem ser diamados de çaslas. Ac:rcditamos que seja
possfveJ ap6car mo, mu o que dizer dos Muçulmanos e dos Cristãos? Se
eles possuem a..tas, como p:u.lmcntc se admite, sem aderir às n:prcscn-
Uçôes bindus oorrespoodea1es, scu caso llin de111onstra, no pttiprio solo da
fndia,quealigaçiocntreosdoisaspcdoscntrcosHinduséfortuita?
Começarcmosporci:aminarcssaq11CS1ão,anl.;$dCoo:svoltarmospar1
o problema mais gerol da. comparaçãn fora da lndia. Será apenas uma bwn:
rccapitulaçiotcórica:u!r.u.dodeoossnestudoDcar'lcroomparalivofun·
damcolal dosislcma e opondDscu n;:.eonbeci111cntDàsidéiasoom:nt.;$dC
"eslratilicaç!osocial",apresentaremosumapropostasu111triadosfatDSoio-
indianos.

102 OSCRJSTÂOSEACASTA

Em n:laçiD aos MuÇlllmanos, DS Cristãos sã<> menos numerosos e a


população cNtà esl;i menos articulada cm grupos diferentes e menos dispcr·
sana escala social de ÍalD. Digamos rapidamente que wamos 111uito mcno:1
informadDSdDquescriadcscjávcl.Aprimciraqueslâoqucsccoloça,cquc
esláloosedcscrooofortá..,~éadolugaroooccdidoaosCristãDSpclamaiD
ria hindu na sociedade indiana. TomaremDS primeiro o caso do Europeu, de·
poisDdoslodianosc:oo..,nidDS.
Oc:asodoEuropeuíazsurgirumparadoxo.MÇ$moqucsc)ap6bliooc
not6ri<>qucclecomacamcdcvacacaprccicbebidasalcoólicas,oomopro-
va'll:lmcotc fosse o C&SOdDS funcionáriDSin(tlescs, ele nloé,na~pocamD·
dcrna,llatadopUJacsimplesmcatccomoumlotod...,1.Porquê1H;imllitu
razócsparapeosarqucissoscdcvcaofa!Ddcsctcr ....umidoobtibitodo
tcstc111unharsuh111issãocdcfcr!nciaaopodcringlês,oomoantesaomuçul·
mano. Uma carta de um mw.ionári<> observa muilo bem com<> a situaçã<>duo
missiooáriDSnarcgiiodcfalatamil,nostculoXIX,cramaiscotúortl...,ldo
qucadescusantcccssorcsdurantcoperfodDquepn:ccdcuoeslabelecimcn·
ID da dmninaçio inglesa. Eles "(ttWIYam de uma grande liberdade para u
mucirasdevivc:r,comcrc\Ulir''.Essasvantagcns,cotn:t.anto,nãoliçoir...,
sem uma ooouapartida, pois os goycruaolcs sã<> objeto ao mesmo tempo do
um"respeitobip6critacforçado"edcum"dcsprczoin1eriorercal"qucn.I"
siDooisasdemw.ionh\os-.


1111.o.1-~1--

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li) "/<opotl..._ .. M.,-0.,.11....,... .. - . . , ,._.,,..,,._.,_ ...... _
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u.... 1 1 - • . . - - .................. , .. _,__, __ .....
~·-···-··--· -·~
O easo dOli çonvenido& tum pouco difuc,.tc, pois se pode supor qiK
ele. se ab61ivusem espoat1uH•111Dc"tc de adotar um• manei.-. de: viver que
1odi.51J115C1i.'C Oli Hindus ck sua CIUla. Na medida cm que a adedo ao crislia-
nismo se apresc111a como adesio a uma seita quc comporta catOll dogmas,
mMqocrc.peitaOll11SOSsociais.,el.anãoac:am:1atc1'Siol>CCCSS&l'iamC11lc.É
'6poroasiiodc11SOSqueoOWioDiaaa:it•mais,ouaindaquandosua
convivtDciaoãomaisrcspei!aOlllimitc.hiadus,outalvczqwmdodeumdc-
actoprofcridopel.ainslinóarcspooúvclpclaCMla,tsóncssasoç.asi6csquc
oscoovertidOll podem scrcxclufdosdocooíibioou mcsmocxcomwigados.
Espera-se, depois disso, que cxislam diferenças cn1rc oM:i& sod.ais; a si-
luação deve ser grave para wn Brâmane, indifcrcnlc para um Intodvcl. Por
maismalinformadosq11CCS1cj111Dos,perccbe-se,comcfeito,wnagrandc'11·
ricdadcoarcaçãodosHind11$.Podc-selambtmsuporq11Caassoc:iaçãoiadi·
rc1acomopodctquerc.ultadaadcs.ioa11n1arclig:iio1razidapelos.Euro-
pc11S,caindarcprcscoladaporc1....,1cnbapodidocontrabalançar,emccrtas
<ituaçõCll.,osMpe<:tosnc:galivosdaCODVÇrsâO.Altmdisso,Mcon..,rsóCllfo-
1amnwncrosas,sobrctudonascastasinfcriorcs,ciMoexplicatalvezofatodc
clasnuneatcrcmprovnc:adoacisãodogrupocndógamo,1PCS111oqoccsscti·
CSI'
.,,..., sido o caso mais frcqilcntc .... Não fora de d(lvida que os lntod·
vtis lenham, com frcqil!ncia, ao se conv.:rtcrem, rc.pondido ao apelo de
umarcllgiãnigualittriaprcgadapelo&podcrosos,masnãoresultadissoquc
•uasituaçãosocial tcllhamclboradodefato,scjanoambicotc biadu,seja,
comovcrcmos,ooambicntcçri&tâo'"°'·
Para a subdivisão interna dlJ5 Cristãos cm grupos que se parci:cm mlli-
10 a castas, o caso do Kcrala, oadc IJ5 Cristios comtitucm wna partc i.mpor·
1an1c da população, seria ucmplar, mM nio sabemos mais do que gcnerali·
Jades.. Os Cristãos Slrio&, cuja origem lclldária rcmoola a Tomás, disdpulo
dccruto.estloclMdidol,pore11usadahil.l6riacolooiial,c"'"'uitascaa-
rlSSÕcsque,scau1ori1:uaeatreli•comcnsalidadc,sãoc"'•"""'aiori&cnd6-
gamas.Mcsmo05catõlicos,dcorigemmai&n:ccotc,coliodMdidoscmqua-
lrogruposoucastasdisWilos.OsCrist.iosdcorigcmio1oc.ivdparccemtcr
simsprõpriasigrcjas•-.
ParatoruarBgudaaper<:epçiodaforçacomqueosWe"'adascalilu
agiu cm ambiente aislio, ""5umin:.i um caso n:lativameotc bem conheOdo, n
das mi5sõcs eatõlicas u região de fala tamil, pri.ricipalmimlc a "do Madun"
(da região de Madura)'""· O caso t Wre"'o na "'cdida cm que a rcgilo 6
cspcçia!mcntc Wrila cm maltri& de casla. Acasla age impondoaosmil-
sionáriosdivisócssociaisiocopcradas.Essasdivisõc:srcsultam,primeiro,u·
1uralmcntc,doprõprioambicntchind11,dcsdcquc.scc:<1ejaprcoeupadocm
ruli>arconvcr5Õc$cmdivllnosllh<ei5dahierarquiadascastas,..,asclaspcr·
sislcmdcpoisnoiotcriordascomwiidadcsloeaiscristãsumavczcorutituldu.
Roberto de Nobili se inslala cm Madura no começo do stailo XVll.
Adoea costumes iodiaaos, aprcscnta-.e como um n:nunciaalc de origem GO-
brc e se dcssofülariza complc1amcn1e com 05 Ponugucscs e com 05 padre&
que administram as comunidades de pescadores da ~a, 05 Paravar ou "PI·
rava'i"'convi:nidosporSioFraadscoXavic:r.Elecon.scguc,assim,cscapar1<>
oprõbiocomqueosHindusdccastaalLacobrcmsc11Sconfradcscmraz'10do
sc11Scoslumcscdcsuasfn:qüentaçõc.s.Conscgucscf;w:rioiciarnoste>:l111
bindus,sl1$ÇÍlarcurior.idadeciotcn:ssc,co11VCrteralgu"5Nayakkar- 1cut1
do rei - cBrâmaacs"°'.DcsdecntãommiWonárimsãodMdldosemdWll
eatcgorias:"missiooirios-bramcs"ou"·5IUlll)'l!Sis",qucYiYcmàmancir1du
caslas superiores e são al.ivos entre elas. e "missionirios-paadarams" quo
1rabalbmen1rem"Choutrcs"(Shudras)c05lalocâvt:is'°'"·'c•ccbc-sc,011

.,.,.. _•-m-=-""~ ...


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1111<.!;:;..."":,'i!:;~Lll'llk«i.•""--•--""""'-'"''""'

·~~~~::~~~~~
.;artasdOli111issiollárioa,o.catimcnladelUQa"°"'ple111cnlaridadccnlrcCMas
dW1Scalcgorias:apre.cnçadcconfradcs''s11pcriorcs"é1ltilparao1rabalho
dos111issionários"infcriorcs"'""'.Mas,nonM:ldesscs1!.ltimos,adivisãoca1rc
Shudrasclotocávcis.cimpôc;Oli111issiodriOlis6poclc111cntrarc111con1a10
comOliprimciroscomacondiçiodcnãocnlrarnascasasdosPirias.casc·
paraçiocntn:asduascatcgoriasscfazscotirnoculto,llS.'listindoosPúiasao
mesmo ofkio, mas sendo confm.ados a um cdiflcio difcn:otc' ... Roma. cmt.o.
ra,nocomcçopclomc1101,disposlaascaprovcitardaadap1açioouacomo.
daçioaosusos..x:iaisdascivifu'~s11pcri01CS(comc:xclusãodas11pcrs.­
tiçãocdaidolatria),aãodcim11dcscrparticularmcntcsc!Wvclacssadis·
criminaçãoentn: Crislios.até mesmo no espaço 58&fBdo. Chegou.se, não
semalgumadificuldadc,aabrig;i·lossobomci;motcto,cm partesdislinlas
da igreja Oll por meio de um muro, 011 ao mcnOli de uma barreira de sepa·
raçio 1°'1.AobrigaçãodosmissioúriO!ldcvisitarascasasdosPúias,cmpar·
ticu]j!'paralhesofcn:o:rcmOliÕllimossacramcntos(dccrctodoo{lllciodc
1704), provoeougrudcsdificuldadc..,afumaadoOlimissioúriOliq11ccssa
mcd.idalovariaaodcsafctodosShudras. Tcrminou-seporsen:so!Yeratcr,
ali!m dos "pandarams" (os missio""'°' ditos brames 011 sannyasis tinham
cntliodc..aparccido),missiootrioscspcciaisparaosPúias,maslogosepcr·
ccbeuqueissolovavaa11111ad.icotomiaoapfflpriahierarquiacrcprcscnta"3
umacapitulaçãodiantcdoesp{rilodccasta;íoiprecisocotiovoltaratr&sc,
aopreçodcumalutadlflól,impordcnovoaosShltdrasumm!nimodcfra·
°"'.
lcrnidadccristã 1
Einconclusio,velllos,poo1anto,qucftC:ISCcasoasg:randcsseparaçõcs
dosi.'ilcmadascastasscbrcvivemàconvertio.Aconlccco111u1110,natural·
mente, a muitos costume& Porexemplo,obanhoapósosfuncrais,embora
ataaodopclalgn:ja,ICMcinunha1sobrevivCnciapclomcnMfragmcntJriado
scntimeoto d.o impUrera.A adcsioaumarcligiio monoccistac igualitáril
n.io é sufio:iente, mesmo depois de multas gerações. para fazer ~pan:c:cl'
scntimentosprofwulossobn: osquaisrepousaosistcmadascaslas. Nosao
cspantoscr6mcnoraiildascsoubcrmoscomosãolcntasastransformaÇÕCI
desse tipo e tambtm que os CrW.ãos são cm geral minorias num ambicolo
hindu.&tisuma,co11Stata-scavilalid.odcdosscotimutosdecasta,q11eso-
brcvivcm a uma mudança parcial do conjunto das m:oças. e a impothàl
d.iantedclcsdcumam:oç.11rcligiosaimponadacujasimplicaçõcsideológii:.u
conliouampoucodcscnvolvidas'""·

J()]. A CASTA ENTRE OS MUÇULMANOS

Olsli, comoocrir.lianismo,é uma rcligiãomonOCclstadeiaspiraçio


igualiL;Uia,mas,scocasodosMuçuhoanoséassimparccidocmprindpioan
dosCrW.ios,dclcdifcrepeladoraçio,pclocaráler,pclaimportânciadoim-
pado muçulmai>a sobre a lndia - cm particular no Norte - e pelo pr6prio
número dos adeptos d.o rcUgj.io: n.io e><iste ai uma (ofima minoria, mas uma
minoriamaciça,sobre1udoantcsd.opartilhapolnicacntrcfndiacPaqu.iaUo
Também n.ão estamos tão bem informados como dcscjarlamos sobre as ni-
laçõcs entre os Muçulmanos e o sistema das caslas.. Mas os acootccimcntM
poJ!Liços. consideráveis que afciaram neste oéculo as duas comunidades]•
fornecem um quadroconlra o qual situar asqucstõcsqu aos intcreu.tm
maispanicularmen1caqui.Esludando,altmd.isso,aaltcraçãoc:rcsa:ntcd.u
rclaçiicscolrca..d111Scomunidadcs11osséculosXIXcXX,admitiquecl1
pa;wla ralzcs profundas cm dois fatos: a bctcrogcocidadciOÓ81 das doa•
cnmunid.odcseocfcilo,qu.antoàssuasrela~d.oqocd.odopodcrpollliet>
moçulmano' .... Tratava-se,cmsu111a,dcduasso0cdadcscstrangeir.. cn1
ru.ãodaoposiçãodcscusvalorcs,mascstrcitamentcimbric.adasdcfato,re
pousando sua associação ouma csptcic de comproPIÍSS.O l~ciloc rcdpr(l(u
Os Hindus, por seu turno. tiveram de se acomodar, durante loD30S pcrlodoo
ccmvaslasrcKiõcs,sobocomandodcscllhorcspolíliços.q11ellãorcronlMI
ciam os ~alores bram!nicos. e oio trataraPI COPIO lntod>o:is MPI mumo •
pequena população muçulmana das aldeias. OsMuçulmaoOSDCUJ)B\llm J1•
fatonasocicdadcumaposiçiosoperioràq11Claquctcriarcsultadoda1rll
caçiodos valores bindllS. Porq111'.M:nâo porqucCMCSVBlorcscramrontr1
b.ilançados por um fator cknaturcza toda dlfcrcntc,qucrodizcr,1 força,
ilcgltima do ponto ck vist1 hindu, ma. orgaM.ada? 0$ Muçulmanos, por sua
•w, fizeram e faziam COQCC5SÕcl; à coexistência, de maneira variávc~ sem dõ-
vida, segundo os ambientai e,.. é~ masrc:al'.,.· Ess.a~ênciaa:r·
1amcntcagiudcmancir1prof1111dasobrcasdu.ascomllllidadC$:aopassoquc
eicisl.C111muitaschance&dcqucaperdadopodcrpollticopclosHindoscon-
1riblllsscparadc$loQrcotrcclcsocquillbriodon:ligjosocdopollticoc1al-
V1:zcal.ioallcrasscobiadufsmodcm11DCiraootáwl'""',cntreosMuçulmanos
ainl1uCociada<:8Slasefaziasentirdamancirawmopassamosacç~car.A
primeira vista, podcr-oc-iawr alum aspcdodaOS111ose cull111al cnln: as
du.associcdadcs.Mas,seévcrdadcqucosvalorcs(L]1imosn.iowawmafc·
lados- cdissotcslcmuoh.oomovimcatopolltico-,cssaseriaumaviâoi.n-
'uliçicotc: dcum ladocdcoutro,ébcmasocicdadcqucfoiafctada,mas
num nlV1:linfcrioraodcsuaidcnlidadcglobalcdosvalorcs...breusquais
cssaidcntidadcwavafuodada.Ocasot,cocão,dcumgrandci.n1crcsM:M>-
ciol6jp,co, e seria de dcQ:jar que de fosse mais bem conhecido.
Nãodcvccspantarqucsecncontn:mpoucasinformaçócs.mC$111DCnlrc
osantropólogos.sobrcolugarrcscrvadopclosHindw;aosMuçulm1.1>DScm
su.a hicrarquia.wcial: os priodpioocstãoaquicm falta dlaotcdofatobru·
1al'""· Ospttiprios Muçulmanoses1awm cc..1.iosubdlvidldosoumgrandc
númcrodcgruposdc"-'lalutograduadocqucrcprcsentamde&sCponlodc
vistaumacspécicdcrtplic.aclosislcmahindu.Sobreesscpontorcsumircmos
muitobrcvcmcntcoqucnosforoccca~lcralura,limitando-nosaoEstadodc
UuarPrado:.sbt.alwmoclcseaprcscntavadl1n1cdoodcsloc.amco1osdcpo-
pulação que se seguiram à pa"ilha do subwnlincntc'"'· Os Mulçumanos se
Jividcmprimciramcnlccmduasc.atcgorias:oskhrafounohrcs,duccr>dco-
1..srcpuladosdc imigraotcs,dlvididoscm quatroc.ptcics. e as pessoas do
povo,çujaorigcmiodianaireco11hccida,repartidasnumgrandcníuncrodc
grupos que se assemelham a C8'las (rcspcctMmc111c 2,5 e mais de 4 milhõc:o
cm 191t).SioAshrafosmcmbrosdcquatro"tribos"'ouutcs"gruposdc
mbos supostamente do mCS1110 sangue" (Bluol), cujos dois primeiros. cm
principio de origem "ªbc.
têm nome. honorfficos: Saiyid e Shaikh. ao passo
que os dois seguintes possuem nome. ~toiros: Patban (isto t, mais ou me·
nosAfghaos)cMughal.Osprimcirosrcprcscnwiaroum1imigr~olcnta,
r~i•aporpcqucooogrupos,dcpersonagcmreligiosascccmcspondcnlCSmlÜ$

''"' ... ....,.._d...... , ......... ,~,ol_"'-'_P""~"""'M~--


....... - - - .... , ...... ,... 7...... <i!peo<.,..,.,...of .... >l.,,..,..ppl"IH.207J
,,.. :=--:.::::::::.::-.::=..-
""~-PlOO•-IOC"Pl>I
~,.........hM_.. _ ............,......--(.._l_.p
..":.':-............... _..___ 1:1) • ...,

lllo ~~.::._:::.:;~;:.:=::::;;:~~=;::.~
....................
:::~~~~~:.'."::~_ ,,,, ...... .... __
ou menos """ Brimanca lc~radm; - m Saiyid são os dcscendcn~es da filha
do profeta, Fátima, e de Ali - m11> os Shaikhs são muito numcr""°' com rc·
laçàollD!iSaiyids(IJOOOOOc:ontn2SOOOOem 1911)cscadmitequcs11&1
posiçõcsincharam1panirde0111r11>catcg<1ri11>.MvghalscPatham(60000c
960000)corTCSpondcmmaisM>SKshatriy:ashindus,cnaépoçamesmadorc-
ccnscamcntomPa!hansaumC11t1vamaolhmvis!os,cominÍ1Dlcroscoaverti·
dosRajputsdcclarando11CremPHhans. Vé.scqucessascategorill>nãoslo
completamente fechadas, m11> ainda seria preciso dWinguir catre "" dcda·
raçõesdosintc.-.:ssadoscaopiniãosobrcelesdosgruposaqucdl>.cmpcr·
tênccr. Não e>islc entre os A>hraf agnipamcnto (absolutamente) eod6pmo
110scnlidoquedcmosaotcrmo.El:isl.c,cn1rctanto,umaprdcréndamarcadio
pclocas.amentonoinlcriordcumgrupomuitorestrito,obilh,J,,,;(tradllZ·!le
por "drculo de casamento"; sabc·sc que um Muçulmano pode sc ca.Yr
mesmo com sua prima paralela cm linh. paterna, a ídha do irmio de 11eu
pai);ali!m dlssopodcrilmscrdistinguidosdnçonlvçisdccswuto;altmdis-
so,ainda,ocas.ameotonãoéim~vc~oqueçontradiriaaleireligiosa,mu
i!sandooadoporumaqucdadcestatuto,cnessccasoi!gcralmcntc1esposo
quctdcestatutoinfcrior.Vt-scquc,scc>istcumaccrtamobilidadesodal,o
prindpiodasupcrioridadcdasuniõesqueçonscnr.amoestatutoesl.6,cotrc·
tanto,prucntc.Em•uma,osAshrafd.ocontaminadospclocsplritodc.;ast1
scm •UCUmbir a ele completamente. A comensalidade i! livre entre os Ashraf
De um modo scral, sc C1:Ístc entre os Muçulmanos diferenças de costumes, •
interdlçãodcçomcrL-alidadcsóaparcçccntrcMuçulmanoscHindusoucn·
trcMuçulmanosdcestatutomuitodlforcntc(Ashrafcoio--AshraI).
Entre o.<; nio--Ashraf, podc-r.c distinguir trts º'veis de estatuto: 1.0&
convertidos de casta superior, que são principalmcnlc Rajputs - cxccto
aquclcsqucconscguiramsuaadmissãocn1rcosAshraf;2.umgrandcnfllne·
rodcgruposprof...iooaiscorrcspoodcotcslscaslasartcsanaisdosHiad111.,
osmaisoumcrosossiioosJu/IJJtQ,tccclõcscmprincfpio;J.lntoc!veiscoovcr·
tidosqucconscrv.iramsuasrunções..Esscsgruposparcccmscrcnd6gam""
11osc11tidohindudotenno,cscpcrccbcmcsmoumaabwldlnciadccostu
mcshindus,cntrcosquaisalgunsrclati\IOliaocasamcnto,q11Cconacrvaram
Entretanto, o casamento muçulmano t essencialmente um Ç0:11trato, e"" rc
gras rcl~~ivas ao .;a.samcoto çcrtamentc se modüu:aram cm g:raodc mcdid1
pclaiolluénciadasrcgrasislimicas.

NumtrabalhobrilhantcsobrcosPathandcS-t,Barthaosofereccum
caw limite'""· Nada de Hindus nesse vale 1f..iado do oito Indo (anlip

LIMo.l_,._."Jlo_ol_.'Or......... ,.,._ ............... ..,ICM 1-•l"'OI


....... ., ....... l'P .. ,,.. , , , , . . _ , ..... -~-----·· .... ~ ... -
"Fronteira do NO<OC!ile"), ua:to alguns elementos 5Cm imporl:incia. E, cn·
trctanlo.• popvt.çiocstlidivididacm grupos quc 5C par«em muito com
caslas. E..... grupos cslio ligados por alguma coisa cquiv:alcnlc a um sistema
jajmanl, há entre ela uma grriaçio de estatutos, e uma grande proporção
dos casamentos e cnd6pmL A influência do modelo hindu ê evidente, e as
caslas mais bma. sio consideradas impuras (barbeiro, lawdciro ele.), mas
Bartbnãopúaal:paraek:..:tratadcumaqucstiocultural,csuaproposta
~.cm suma, coloxar cm cvidfnda a função loçal desses traços cmpreslados.
Porou1rolado,ck:a<:Rdi1ascrsociologicamcntcindispcosávcldardacasta
umadcíuiiçiomuitoampla,qucadissocicdcsuasjustifü:alivasculturaishin·
dus.Suaconclusão, porconseguin1c,éadcqucsetra1adc um sistema de
c.oslasfuadadonio.obrco rilu~ mas.OOrcadivis.ãudotrabalhoe.OOrea
oposiçio,nodomfniopolltico,cn1rcosscnhorcsda1crracosoumis.Emsua
aMIW:,idcntiíieaacaslaapcnasaoprindpiohicrtrquico,rcmctcacndoga-
mia ao sistema de pan:nlesco, a c.•pcciali>açio profü.si0f1al ao "•istcma"
eco..&mioo, a dominãncia ao "sislcma" polkico, e estuda a congruência dcs-
scs difcrenlcs "sistcmas".
Para5Crmosbrcvcs,obscrvarcmosapcnasocarâterambf&uGc,nofun-
do,conlradil600doproccdimcnto5C~do. Sca inRuênciahinducçlicaa
presença de uma boa parle dos tra~os desse sistema socia~ cllislc um parado-
'" quc ao mesmo tempo fv dele uma abslração e afirma que a castadtw 5Cr
definida cm termos gerais. Em seu prcf~ciG ao volume que contém o C$ludG
dcBanh,E.R.Lcachopcra:bcu,dcclararufoqucnâosepodia5Cpararaqui
cslrutura(noscntido,emsuma,dcorgani1.açiosocial)ccullura(i!Nd.,p.S).
Toca-seaquin11111aquCS1iGgcralquc1W1SCCdcumaintcrprclaçiGij[cralda
distinç.iocn1rcaúlisc$0clo16gica chist6riacul111ral. P!Wula·se,emsuma,
quctodosossistcmassociais,sejaqual(orsuabist6ria,1Cmomcsmotipoco
mesmo grau de rocn!llria e .to, assim, passiveis, com w mumw chancu de
"'cu10,dcumaanilisccstruturo-funciunal'-.Ora,aellpCriência,h1lcorno
euacntcndo,scinscrcvccrnrakoconlracssaalirmaçiG.Aopassoqucére-
latiwmcntcf'cilisolarcsiruturas - nosi:111idoCS1ritodotcrmo - em siste-
mas rela1Mmen1c CSLtvcis e isolados, isso pode ser muito diflcil cm .Wcmas
qucscsabemscrcmculluralmcnlchfbridos,qucsufrcramcmlcmporclati-
vamcnlc rcccnle innuéncias e transformações. Eziuc uma cena plasricula<k
narolaçiodosfdossociaisenlrcsiqucs6aprcndcrcmosaconsidcrarsese-
pararmostC11almcntc,11GScasoscmqucsuare11niàoscimp6c,bisl6riacullu·
raleaniliscsocicilógiça.

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De resto, llO cuo em qllellio, B.rtb foi - curiosamcnlc - lcwdo •
cn&e•ar•sc111clhençacom • llldia bind11 em cc11os pontos'º'« DoMIUO
po!llO de vista, e • ,.nir de um camc crflico detalhado, a relação colrc essca
dois subconjuntos de lraçm ~ u:r ilm:11ida: não.., !rata aqui de: um sistc:-
ma dc casla&, mas dc: um slstema dc patlOftaloc de dicnlcla q11C integr011 Mli-
turgias"dsticaschocartiluw(u:po!l!IOlll'riscarolcrmo).Di:u:ndnisso,tor-
namoos.comprccnslvclamislura.ElaestArlP'dadanoíalodequcoos.doilillia-
temas parentes lêm cm comum o qui: Barth chama de prindpio de ''soma de
papfa'', cu diria aoconm1rioindi/crmciaçdo doos. nlvcis çconómico e polftico.

UJS. A úlSTA ENTRE OS NÃO-HINDUS. CONCLUSÃO

Tentemos agora resumir nossas observações.. incluindo o çaso doos. U.


ga)'81 (§ 93), que qualificaremos cm ra.l.io das circunstâncias de aão--Hindw
por serem csiranhosà rcLigiãodopurocdounpuro.(Comprccndc:-sc:que
poderíamos ioduf·los também no hindulsmo, por oposição às rcligiiks de
origi:mes1rangcira,comacoodiçãodcinduiroohindulsmoarcnW>i:iac,.,_
dos M scw dtst11volvrmui1os.) Condullllos j6, no que concerne aos Pat.ban,
que eles não têm um sistema de: castas, mas são inslru1ivos ooscolido dc q11e
l\06 mostram aquilo para que tendem os Muçulmanos que escapam à estrila
coabitação com os Hindus. Llngayat e Muçul111an0$ apresentam um sistema
dc:gruposqui:surgccomoumarfplicadosistcmahil\d11viziahocdc:algv.ma
maneira amhicnte. Talvez o mesmo aconlcça entre os Crislim do Kcrala,
masoqueconsideramossobretudoc11trcosCrislãosfu111poucodifcrc11tc,t
amanifcstaçâodcdislinçõçsglobais(cntrcBrimanescSbudras,cntrcSbu-
drasc Intocáveis) ao inlcriordacomuoidadcdoscrcntcsnumalocalidadc
determinada.
Háumparalclismocntrcoi;asodosl.inpyatcodosMuçulmaoo&:por
umlado,asjustilicativasidc:olõg:ic.asbinduses1ioauscnlcsma,emlodocuo,
CS1âocoíraquccidasousãocoutradi1ascmtcoria(ncgaçiodaimpurt1:8cnt1c
oslingayat,igualdadcdosercotcscntrcosMuçulmanos);poroulrolado,n
sistcmadosgrupossorrcuahcrações(nãocDstccndogamiacstrila11ascatc·
goriasAsh1afdoU.P.,nãocxisl.cdisjunçãocntrccstatutocpodcrcn1rc,,_

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U>igayat,cm toda partehi11111afle.ibili:7..açiodacomcmalidade).Éprcciso,
cntão,reconheccrqucessasC01Dunid.adesposM1Cmpclomenos.aJssmiacoiso
t/JJ{artaapuardJJm~loden.asrtp<utlllaç{JuO<I deMUWll~.A
caotacst.tcnfraquccida,ouincomplc1a,clanão...i'auso11tc.
ArazãodCSliCfatoC<li11apr6priavi1:inh.ançadomciohindu,gcralmco-
lc e também rc~oalmcntc prcdomiDaDlc. Todos os falos parecem caminhar
nomcsmoscnlido,qucrsctratcdaa1i1udcdoserislio&co11.vcrtidos.d.aíór-
muladifercntccncoutrad.anoSwat,doparadoJ10dosLinga)'al- paradom
apcoasapareotc,poisscpodccompn:codcrocssccasopanicularqucorc-
nuociante,mesmoquandoncgaaaflflllaçãoideológieadasc:astas,niotcm
outraaltcmatiwaofcreccr.Somos,eotão,lcvadosavcrosístcmadcc:astas
comoWDai.ostituio;iuindian.lqucaprc:sçntasuacocrtnciaplc11acsuavi1ali·
dadcllO mciohind11, maspcrseguindosuacllistCocia, sobfonoasmaisou
menos.atenuadas, nosgruposligado.aoutrasrcligiões..Emoulrostcnnos,
nomtioindiono,os1raçosidcológieo;spodemc.<1arausoo1esemccnospon·
tosoucertasrcgiõcs.enquaotoquec.<1ioprcscntesoutroslfaçosconstituti·
vos da casta. Não se pode tomar um ~po oão hindu como iodcpcodcotc do
mcioondcclcvivc,comoconstituindocm simcsm.ovcrd.adciramcntcuma
socicdadc,ctioíortcmcntc,que..:uswloresprópri05ocmpurramaisw'"'"
Podc-sc:csdarcccressasituaçãocomplc.u,essasi1uaçiodctcosiosociológi-
o;a, primeiro vol1111do ao drama, prova...:lmcnte exemplar, do divón:io hia-
du·muçulmano, dcpois rcOetindo sobrc a pcrfci?n fUllCÍooal do sistcma das

À luz dos desenvolvimentos polflicos do 6ltimo stC'lllo, !ais como aque-


le> que !cotamos rci;umir no Apendicc D desta obra, Hindus e Muçulmanos
cmWilucm, do poolo de \IÍsla dos valores 6himos, d""" sociedades distintas,
quccstio,cC<lavammuitomais,associadasumaàoutracagiamumasobrc
aoulrapormciodessaassociação.Umatala.uoci"{docscapa,cotão,porde·
Hniçio,aodomfniodosvalorcsclldw:riçiosociológicarclativamcntcsim·
pies que nelas se apóia: estamos diante de uma mmilfo de bomcn> thviditkn
emdoisgn.ipos,qucdcsvalorlzamrcciprocamcntcscv.svalorescc.stão,cntrc·
tanto, associados. Essaassodação, muito pouco suftcicntcmcoic o;Mudada,
scrndl'.Mdaag:iude1118Dciraproíuodasobrcasociedadchiaduccriouuma
sncicd.adcmuçW.manadcumtipotodoespceial,dcumtipoblbridoqucnão
c.tamosaindacmcondiçõesdecariu:tcri?J11,excctodizcodoquc,abaixodos

lo;'..-
......... _
........................
o>_._..,,.... _.,..~ -------·
valorcs611imosouislimioos,oulrosvalorcs,scgundosci111plíci1os,sãos11pos·

.. ........ _ _ •
......__ ......,..,.,"I
==~::~~2:~~:~~:~;:~
1ospeloco111portamcntodcí•lo.Scmalsabc111oscaraacrizaro:s.sasiluat,lot
silllplcsmcn1cporque•sociololiaavaoçoumuitopouco:aliondeolugm<.I01
valorc.t111alrc:coabcc:ido,co111011CpodcriacopcrarumadcscriçiosalWlll.>
ria de fonbmcnos de um• ordem de complaidade e de tenuidade maior?
Eotrcluito, podcmOI íazcr .U.da umaobocn-açio. Em que condição
cosaco111plicaçáo,atcnsioi.aleriordosM~lmanosnB.lndia-11Cndoclcs,
com Ioda ccrto:za, em su maioria; dcsa:ndcntco de lndõaaos to11.vcrtido&, mu
issoniomudaemlllldaapcrgunla -,podcrialcrsidoscrcvitada?Elateria
sidne\'lladascolslii- ouoc:rislianismoou0Virashivals1110-1M:ssc111ol"c-
recidoouimpostoumaallcnllll.iwaosislcmadascasl1Sco1110sislemasocial.
Ora,éprcdsamco1cissooqucclc..soãof11.cram.Eisporqucscpodcfalardc
uma"influêociahi.adu"quc:sccJ1Cra:sobn:cs.csgrupos.oudapcrm~nci&
de"disposiçõc:spsicológ:icas",oami:dldacmquccadaMuçul111uio,Crist!o
ou Uiipyal 1cm tm algunl grau um Hindu cm si mesmo. O que surge aqui t
ovalorfuncionaldo:s.savísiiotãoelaboradaccomplctadconkm•ocUJ/que
dcscrc:vcmos.Tudosc~ouscpassoo,comoscasrcligiõcsCSl•1113CÍr81
tiv=m lrazido uma mc1LS3!1"m semelhante àquela que o Hindu pode en·
contraranaderiraumascl1acquc<6fv.rcla1ivi1.ar,scmasuprimirousubs·
1ituir,aordcmsocial.Acoisafic.acomplelamcnlcclarascscconsidcraoca·
<0docri.<l.ianismo;clcoàotransfcrcscU$adcp10<paraumasociçda<ko<:W11,
clcscLimilaalular - n.ioscmalgumadificuldadc - contra os aspectos do
sistcmadascastasqucsãop.anicularmco1ccscaodalososparaclc,scmprc·
lcndcr•ubsliluf.lomaisdoqueprctcndcmosVirashivaftas..

/Od. CARÁTER COMPARATWO FUNDAMENTAL

Paraumavisãoglobal,vamosrcív.crocaminhnpcrconido.Aparlir
dadcf111içãodcBou,iili!,cdanposiçãodopurocdoimpW"ocomopril'ldpio
ideológico comu1t1dos1rfs aspcaos imcdiatDS dn sistema das o;as1.as, f~m111
cm primeiro lugar uma aposta. ApostamDS na hicrarqui1 como aspc:ao cona·
citnlc fWldamcotal. AprendcmDS, wim, a «Nlhcccr a hierarquia sem mi.tu
ra,noesladodctipoidcaldcalguma111aocira,ea.cqflênciadaan6liso:mot.
Irou que acscolhafoiboac permitia pôr.li provaacocr.!nc:iadosi!itcm•
Numscgundntc111po,proçuramosreslituiraoin1criordcs.saformaconsdcn
1ccoglobaolc,quccomparamDSaomaolodaVirgcmdcMiscric6rdia,1udu
aquiloqucclacoot~mccnccrracquclhcdáscuscntidosociol{Jgicoprõpun
Tratou-sccmprimcirolugardopodcr,nudadominincia,cujarcbiç.lorcalo
complctacomocstaluto,comahiervqula,1prcndcm""·1coobcccr.Opodor
CSl.isubordinado10Cllalulocm•uarclaç.lodirclacomclc,aU1ut..1cptl
ciamcntcaMimilado1clc1tflulooccundlriocmf1cc d< luJnorato.1'.M11
conf1&11raç.lionoaparcccu clnli<ar ornnmnlu 1tua r.,.,.,J, ••• ~~1,,.
S.agorapr1;1C11U111oscaraacrizarcompara1ivamcotcosistcma<bscas·
tasporumprinc:lpio6aicu,aqualdcksdc...:mosnosapegar?Podcr!.unosll-
carcom aoposiçiopw-o/imp11ro,lomadaDiosomeotccmt.imcsma,mas
cmsuafuaçâowiivcnal,ouainclaàbicrarquiaqucaossurgiuscparadaicleo-
logh;amcotc de todo elemento csinllho. Mas íicarfamos, assim, no interior
daideologi.acsllpoderfamosdizcrdeoutrassocicdadcsoqueclassão,ou
anlcsqucclasnãopossuemcsscstraços,cqucnclasclcss.ãosubstituldospor
outrosfacilmcotcidcatillcá...:is.Arclaçãocnlrces!atulocpodcrémaisvan-
tajosa. como carálcr comparativo porque ela engloba ao mesmo tempo um
traçoccntraldaidcologiacsuacontrapartidadefato. Todas as sociedades
aprcscntamdcalgunimodoa1Paléria-primadcssarclação,mcsmoqoondoa
organilamdcoulramancira.Assim,quascscpodcriadízcr - gr=c:iramcn·
tc-daoossaqucclaoperaai:scolhainvcrsacsubordioaocsututoaopo-
der:claéipalitú'iaidcologicamentec.emlargamcdida,colocaopodcrcm
primeiro plano, pelo menos nisso acredita a cio!ncia polllica conlcmporbca.
Al~mdisso,aqllimc:smo,adisjunçãobicrúqllicacmcausanossurgiu
romoc:.pLicativa,causalmcnlcdessavcz,dcin(imcroslraçosdosistcma.O
pawldedsivo cmsv.açonslituiçãohi.<t6riçatcriasidoaa1ribuiçli1>a1>Brá·
mancdacxclusividadedasfuneõc>-rcligiosas,coouraaposiçáDdorci.Dalde-
corrcriam dois falos fundamentais: por um LadD, a c>:istência dD tipo puro de
hicrarquia,pcrfcitamcolcscparadDdaquilDaqucahicrarquiacstámisturada
namaiorpartcd1>1cmpo,asabcr,opoder;dcou1mlado,aformadcs.o.ahic-
rarquia.a1.abcr,aoposiçâopuro/impuro.Explicitcmoscssc(iltimoponto:a
primaziadosaccrdolc iniroduzum pootodc vista ri1ualistawltad<>, muito
maisdDqucpar1osagrldoc111simCSR10,paraouco:sroaosagrado,cquc
opera, desse ponlodcvista, a disjunção do puro e do impuro,aomCMno
tempoquccoloeaoproíanoentreparêotcscs.Aoposiçâodepurczaé,assim,
afonaaiclcol6aica11«eSSdti<ldo1ipoidcaldcbierarquia.
Na divisão do trabalho também reconhecemos um rcsfduo llio ideoló-
gico. A divisão do trabalho g:raviw., de fato, cm lomo da funçâo de dominin·
cia.Eicistcalum11Cu:lcodadoquccoglobaaideologia,masqucelaaiopôdc
criar. Foi ~amc111c esse aspcao sobre o qual Hoeart insistiu tomando Fíji
<omoba.c,scm...:rtomQosistcmaiDdianocaglobacsscpequcoouaMlrso,
despojado de seu sagrado, num univcno milito mais vasto, presidido não
mais pelo rei mas pelo &accrdolc. Eis, l'llti<>, Hoeart inclWdo num Bougl~
ampliado e simplificado. Prcvcnimosrapidamen1cqucascoosideraçõc:squc
prcccdempropõem,nolimdascuntas,umavisiosobrcaorigemhist6ricado
sistcm•. Podc:·K 1upor que• lndi• pré-iria pmsu'"5c orpaiz.loçõu co1110 as
•poma<W por Hoeart wm "linh.ogcru" cspccWiz.adas no scmço comandado
pela pcuoa tabu do cheiro. A J1.,unçlu - cm r.i mesma pó&-indo-curu~ia -
c111rce.1•1u1oepoder1orl1u•n<lu1ioln11u ... forma~'"dcucalslcm1"hoear·
~~-:::·:_:;'.'. ~~~~.~.~ ~·-'.'"' '":~.~. ~l.1~~ .....~~·1i:r_•~• nlD dc:O..dc ';.' m-Oá""l
nosinlponatqucoaiatcmadlscastasscearacterizacomparativamcntc -
parcialmcnle,scmdCMda,musu!icicntcmc111c-pcladisjuaçioqucdcsac-
VÇ1110SCPtreCS1atutocpodcr.Dircmosques6cxistceastaoodccssccarále1
es1M:rprcscotecuigircm05qucscjadassilieadawmoutror61ulotodaso-
cicdade, mesmocollSlitllkladegruposdecslalutopcrmaneotcscíechadot,
cmqucekeslivcrauseotc.

107. A ESCOL.A DA "ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL H:


CASTA E RACISMO

Oqucprca:dc:scafastamuitodcumavisãoltastanlcdi(undidaa.aso-
ciologiaconlcmporãoea.Fala·sedo"sislcmadcCSlratilic.açãosocial"dcum1
UDidadequalqucrapar1irdeumduplopostulado: 1. qucscpodeisolarou
ab:strairdasocicdadc:globalumtal"sislcma";2. qucumtal"sislcmaMpode
ser caracterizado por traços cmprCSlados adusivamcotc l morfoloPo doo
grupos.scmconsidcraçãodaidcologiaqueemeadaeasosubjazaowmpor·
tamcoto.As$im,cmprega·sc apalavra''çasta"paradcslpartodogrupodc
eslalutopcrma.ncnlccíecbado.Entio,co<OJ1lram·se"eas!as"umpoucopo1"
1odapar1c,atémcsmna.asociedadcmoderna,naÁfrieadoSulcnos&tado.
Unidos; com deito, scgu.ndo o critério que íucam~ o color bM amcriçano t
as.imil:ivcl a um ícoômcno de casla. Diíicilmcnlc se poderia imaginar um
contra-senso mais sólido. Remelemos o leitor ao A pê odice A, omde mostro·
mosqueoraósmoreprescntaoarealidadeumarC$5urgtnciawllll"adit6ria.
na sociedade igualitiria, daquilo que se C"Jlrimia diretamente como llierar·
quianosociedadedaseast<L<'°"'.AtendCociaemc.ausasimplesmcolcfalhou
cmreconbcccra1111lureza,aíuoç.io,auoiver.alidadcdabicrarquia,comoo
indicaotermo"estratilieação"cmprestadokciCnc:iasoaturais..E.ssçtermn
dc:nola,oofim das contas, a adoção de um poolodcl'istaiguali!iria)lll•
considerar, não só ora/duo de hi~rruquia que fica a.a soc:icd.adc: igualit!ti1,
n1astaa1Wm ahi~rorquiapom;.,,, oadecla estiver prescote. lgualit&risnlu
int1énuo,precoocci1owo•raoutrasidcologiascprer:cm.iodcCOllSlruirC0111
CMabase,imediatamenlc,umaciEociadas.ociedadcs,eis05clcmen•01d<
umsocioceotrisrno1.111isíeito.lnsislamosncsscíiltimo.Opiordefcitodeut
gêu.ero de sociologia superficial~ o de dar a impl'CMão do que a pcsqui.o
fundaidcnlalj.tcstilcrmiDll.da,quandoDa"1:rds.dcclaapc..ascomcçou,co-
mocstc1rabalbo,cspcramos,dc"1:tcrmostradu.Supóc-scacas1aconbccida
q11andoscutiliz.ao1erm0DumaclassificaçiogcralF11.cndo-o,sacrifLca-sco
dcscnvulvimcnlocic11Hl'tcoàcomodidadcdudiscwsoimcdiatu,cnquanloque
asociologianãochcgouaolimdcscusWorços.paras.abcrdequeCS16falan-
do1""'.Coolraosmal-cotendidossuciucênlricosq111:fn:qiicotcmcolcred11Zem
aoociulogia(dasucicdadcmodcrna)aumcalcquismoco11furmisla,aantru-
pologiasodalabrcoeaminhodeuma"1:rdadcirasociologiacompara1iva.

108. CASTASFORADAÍND/A?

Suponhamo•qucolcitor,tc11doLidooApolndiccA.concordcqucéum
contra-scmofalardccas1anosodcdadeiguali!6ria.Pelomcoosclcuigir.t
que acnipcmos no mesmo voçãbuJo os fatos scmclhutcs eoconuados nas
sociedades tradicion.ai.., oo Madagascar como nn lapão. Sem cnlrar cm dcta-
lhcs, b6 d1111i disliilçôcs a íazer. O pri.mcito pGl\tO scr.t facilmcn1c ad.mitido:
paraqucscpos$i!falardccas1aéprco:isoquccmtasi.ffftllodccaslasoosco-
1idodcqucoconjunlodasc.utascomprccndctodososmcmbrosdasocieda-
dc.Umacoisa;éumasocicdadcpossuitaquiloaqucsctendcchamardccas-
1adcln1ocá.,.,is{Japão),oufonciros-musici..ias,p.triasoucstran~cirositine­
rantcs,ouaindamisluraras"castas"eosclâs(Madaaascarl;outracoisaéa
co...iituiçàodctodownconjuntodccastas.Paraqucciâstac.uta,tpn:o:iso
~~::.i::.~dc seja inteiramente e sem resíduo constitulda de um conjunto

lllSO não~ tudo, e pedirei que se retorne ao principio que rw:i. Para
decidir se se pode falar ou nio dc um sistema de c.utas numa sociedade, fa-
rcmos a scgllintc pergwita: ocstatutocopodcrcstãonclacomplctamenlc
diswciados,podc-sccnconlraralocquiwlcntcdarclaçiobrahman/ksbalra?
Essapergvn1aapan:ntcmc111eabll&iva1cmawi11udcdcí1U1"imcdia1amcolc
umLimitcdcinlluenciaindiananosudcstcWlic:o.Pormaisimportan1cquc
cssainílu@ociatcnhasidodopoatodcvislacul!uralcalêmcsmosocial,pa.·
rccc,àprimciravWa,q11C""'Mtlhwn"patr~da!ddodlinacdalndontsiafoi
o rei privado cksiwprenopti\/Urclijposas. l...o pode COfTCOpoitdcr, BO
mCS111otcmpo,àsoc:iedack•ut6aooccaofa10dcque,obudismo,alioodc
dominava, favorecia de fato o rei cm detrimento do Brâmane. Em Lodo o CI.•
so,ofatoalcsi'-sólido'-.
Um caso mais revelador ainda, porque mais pr6.U..o cm todos os sen·
1idosdocasoind.iaao,todoCcilio.TodosDSautoresfalamdeCl.Slasno
Ceilão, sempre asi.inalando seu cadtcr bciúgno com relação à lndia. Em gc-
ral cles são imprcssionados, em toda a org.anização soci.al, cspccialmeotc ea·
1rc0&Gngalcscs,pclaamplidãodasopçõcsdciudasac.adaW11,0U,como
disse: Ryau, pela "intcgraç.io frouu" da sociedade. AMioalou-sc que Tam·
biahdefcodia.;ontraoossascrlti<a>atcoriadascaslasdcHoeart.Ela,com
efeito, sem: para o Ctil.Jo. De fato, muilM obras, e çspcda.lmcn1c a ck Piciis
.00.-c o reino kaodiaoo tardio 1• , dcscr"""m uma "liturgia" <:mcmamcotc
claboradacc11trad.anorcicdcumcarátcrburoer'licoaee111uado,dil"crcntc•
prirnciravisladosistcmaindianotalcomoocoobcccmllliolllino&SOSdiu.
Sabc·scquccllislcmmuitopoucosBrimanes,saccrdotesdetemplos,cutrc
os Cfogalcscs (e mesmo entre°" Tarail do Ceilão), ao passo q11C o budismo
domina. Em deímitivo, o Ceilão tem todDS DS caradcn:s da casta, cxeto o
vigor.de um lado,c,dooutro,adisjuoçãoc:rucial sobre aqwlliasislimos:o
reia/çontinuouscodooccntrod.arcligiãodcgrupo(poroposiçãoàrcligi.lo
individual, a disciplina de salvação b~dic.a), bem como da vida polltica e
ccooômic.a'-.
Vcmos,cntio,qucasuprcmaci.adosaecrdD1ctum fatoindianoq""
nioocrcvclouscrdecXpottação:aliulia.,.rtoumaisumaquasc-c:asladn
qucacaslapropriamcatcdit1.An1esc:dcpoisdes11ainflueocia,csscsplÍAC1
sócoohcccraraas"liturgias"c..tritameotcn!giasdcsaitasporHocart.Eue
fatorcforçaoossasadliscscatemcsmoo0$S&hip6tcschist.llrica.

______ ·- ·----
t•ci-..1.1op1.·L-'°""""'"•11-n~d•C.-..,. .._ . . . , . _ .

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lOk.Wll-"'!-..-C-S,.0..",-llJo<..C_ .. _,..,....l,,,, ............
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COMPARAÇÃO (FINAL)
ODEVENlRCONTDIPORÂNEO

Nosº°'"""' dias, o qui: se loruou o .W.cma das castas? Eua é a pcrgun·


ta a que será dediuda a maior parte deste capitulo. Após ler resumido uma
dcscriçioautorizadadas111udaoç:asobscrvadaseumadiscuss.i.orccco1eso-
brcsU1oaturcza,1eotarcmoscsclarcccraqucstiopor111ciodcwoacompa·
raçãoglobalcntrcasocicdadcdascastascasocicdadcigualil'"8,qucscr-
vir;ldccondusiogcral.
Umalitcranara111u.i1oabundan1ctra1adaquiloqui:clachanladcH111u-
dançassociais".NãoscriaaqWolugardcco.Wdcrá·lac111scucooj11Dlo,pois
scriancccs.sárioumaobradis!inlalanloclatricacdivcrsae,sobrctudo,lan·
loclaatrairiacomcotirios,clisciwõcsaltic.ascdislinçõcsdi:valor.Cortc·
mos~palavras:e..salituaturatno111aisdas..,u:s111uitopouco...Watõ-­
ria,a111udan.çaaftcmgcralsobrccslimada,ca1areíadoailicoscriaDio
apenas a de mostrá-la, mas apfü:ar por que ela aconlecc"''· É preciso,
co1iio,nosres1ringirmosawn conjuntodcqucstõcsgcraisrclalivasàsmu-

m~u-- ... --·1.......... ,,,.c..o..,.-,,.,._):O..M.,,_,


_ ..... _ " ' _ ......... .,._,,_ __
Cop.llt,C-Vllppllll••""- ... , - - .. . . . . . . - -... - -
.,~..,..._Pa..

~~~~~~~t=L~z:~r:~~
danças modcnw cm rclaçio com o sistema das castas. Mcsnio &Mini, WDI
brcvediscuasãoõaic:i.alscíazoca:asiriaparaccrcaroproblcmacoloauloao
..tru1uralismopclanoçioikmudaoçaccvi1armal·cn1cndldos.Podc.sccla·
borill" wna lista impor1111tc de fcnõmcnos bas1an1c bem a!cstados, que ser.lo
lomadosàprimcira"'5tacomomudançassobrcvindasnasocicdadcdc: 1780
aos oOMOS dias. Tomemos a agricuhura e os direitos sobre o solo e cnwn1e<
rcmosrapidamcnlcalgumponlosbcm..tabclccidosmislur111do,segundna
ncccs.idadc:, as épocas e os lugares. Cri:..scimcntoda população e passqi:m
de um ..tado de raridade da mlo-dc·obn oom relação à lena cultiváwl para
um ..i.ado de raridade da lena oom relação à mio-de-obra dispolllvcl.
Criaçãodapropricdadc:dosoloelrans1omodaposiçãodcccnascatcgoriu
sociaiscomrclaçãoaosdircitossobrcosolo.A.,...ccadação1111cdpada111ual
do &lado (Llllld &....nue, qllC não é um imposlo) se toma elcwda e iae-
iorlivcl. Crcdmenlo da circulação de moeda e lrwi111iç.io de modos de co-
mv.nicaç.io rápida e dc transporte íarto. Crcscimen10 co...:idcriv<l da ccono-
mia mercaiil~ com rcl~ à CCOPomia I>Mural. lmportidcia das culllll"U. ali-
mentares e indw.triais com .Was ao mercado nacional e internacional. Pros-
pcridade do aiPola e cçulsão do camponês culliwdor, à qual se dcve coloar
11111 freio. Eis ai, parece, um conjunto de fatos suficicntcmcnle slifülo para co-
locar fora de dl1vida o fa10 da m11dança.
Adiliculdadc:oomcçaqWU1dosetraladeaprcciarcsscsfatos.Ocspfri·
to moderno acrcdlla na mudança e es1t inclinado a CJ<ll&C<ill" seu akallce.
Alémdisso,apalavra"socicdadc:"nãodcsignadcmodoalgumamc&macoi·
saparaosdcíen$0rcsdasdlvcrses1cndêociasdasociologia,ouparaosoci6-
logo,occonomistaeohWori.ador. VcrcmososantropólogossociaisdMdi-
dos no momento presente quanto à I>Murcr.a da mlldaoça social a.;ontcdda,
puramente quanlilaliva ou verdadcirameolc qualilaliva, rcsr=iw 011 pro-
grcssiva. Uma coisa t a:na: t q11c a socicdadc, cnquan10 qllldro global, nlo
mudou. As castas mio sempre presentes, a iatocabilidadc ~ scmprc cfclM,
se bem que cada vez mais ilegal. Com isso todos os especialistas CSlio de
acordo. Porta.Dlo,scmprcàprimeiravisla,existi11mudançan<1sociedadco
nio mudançadll sociedade. Esse fato conl•ast• daramcnte com asdccl1·
raçõc:sdefmilivasdi:KMIMarx,quecomtataarufnadasociedadceprcdi1n
ftmdadivisãoclotrabalbohercdltirio:

Al .... 1emirvmpcooquod,.,1odoO.-•~ ....... ,.q..,1<ollo"'rp<loa1..i.


::::=.:-do".'.:".::~~;.,y~~:~=:~~LI~~
qualallolu-a<ailM1ncbl. . (/ll/4.8dc...,..oOcl8S).(lN("-...,.p.80)
..":
Eiii·n011diantcdofato,p1r1nou.1monl1lid1dcpc:lnmono•.. Pl~•
d"'&aslad.as entre muilançu l~cnico cconllmkM e mud11111• r.o<iaU ni11 fun
cionar1.1111otw:1cd1drd1•••""''h"""""'hu··"•···""···•·•····••·--'•
fazMa c.plodir cm pedaços. AI e.sul o fato maior, q11c: nem mesmo a muito
freqiientcwpc:r-awli&çiodamudançaCOASCgucmascarar"'"·
Mas podemos parar ai? E>:istc um problema, pois, veremos mais !arde
cmdc!allu:s,osantropólogosestiod.ivid.idoscmduas1c11dencias:W1Sse1i.
~•os falos modcnios e não v&:m senão• mudança. ou quas.c: outros se
esforçam cm comprccadcr a 50Cicdadc tradicional "estrutural..mcnlc" ou
••fwicio11almc111cH cs6vfcmestabilidadc,ca1tmC$lllO<Cforço. É preciso,
cvidea!cmco!c,oombinarcssc.pon!osdevistariwisclimi!ados.Parafazi!.
lo,éprccisoinstituirumacomparaçãocnlrcasocicdadcdascas!.. casocic·
dadcdc1ipomodcnio.Podcr-sc-á,assim,dcscrcvcrsuair11craçio,istoé,sc-
guirc111ediramudançadcmanciramai.scguracpn:cisadoqucsefaz,sob
acliquctavagactc11dcnciosade"mudanç.asocial".
Pode-se dizer essas coisas com outras palawas. Dizer que niocxistiu
111udançadDsocicda<ké,cmsuma,dizerq11c:11iiocxistiurcvoluçioourcfor-
maglobal:umaforçadcorganizaçiol!âomuda,claésubsti!uldaporou1ra,
11maestruluracstáprcscn\couausc11tc,elaniJomuda.Prcdsamcnt<:,se!c-
mOliod.ircitodccons1a1arquca1taq>1iasmudançasaco111ccidasnioBl!cra-
ram ,.;,.;...,1me111e aquilo que corWdcramoso coração, o n~clcovivo da socic-
dadc, qucm nOll di>: quc cssas mudanças llio ac11111ulam ft& son>brasua aGlo
corrosiva e que a ordem das castas não desabará qualquer dia como um m6-
vcl a1audo por cupins? Qucm oos diz quc u rcprc:scol.aÇÕCS c os valores não
c.<tâojaprofuodamcn!cBllcradoscquc56arusticidadedcnossasn"'iÕCSC
dcnossosmciOlidcioYCS1.ipçãocaausbicia<kqr;aJq>1erid/iaumpoucopre-
cu11 do u1ado alllifO do sistema, digamos no inicio da dominação mogo~ 1105
impc:dcdcvcrtudoisso.Aqucstioqucsccolixancsscpontoéadcumço..
!lbccimcnlo mais preciso da plasticidade de um .Wcma social e da variabili-
dade possfvcl da rclaçio dlt /llfo co!rc sua idcologia c sem outrOli aspccl05.
ComosLl conhecemos por comparação 05 aspcclOli n.ioidcolõgicosdcum
•istcmasocial,éàcomparaçioqucnoscondU:>.Cmcssasrc~Assim,
dcixamosdeladoaestrcitez..dcaossapos.içãoioicial(mudançasn11cdaso-
cicdadc)ccoloeamosaqucstãodcmudançastn1rtl11çtJocomosiitcmadas
~~

Baslacolocar•q!IC$liopM•pc:rocbcrqucclapossuirespos1amamo
noes1ado11ual.Semd6vida,ai.Uiaqucsetcmdosladia.aOlidadccadhcia
de sua sociedade tem rafus subjetivas, mas i.Mz isso n.io passe de imagi-
naçio. O aspccto baMardo da cul!ura da plallfcic~cmrcl.oçãoido
O..càonoswntaj.iumahist6ria,eobsc1YBçõcscasuaisapoolamtraçosr~
ladorcs,wmoonaufoi&iodeumeslilocsiéticodesdcowmcçodo.s«ulo
XIX"''· O modelo telirico que COPlcta"'OS a dcscllhar puri1i1e, por compa-
ração com os cslados observados, fazer uma idéia da modida cm que o $Ís-
tcma rompcu algumas dc su.as ligaçóe$, não só no caso dos Lingayat 011 dos
Muçulmanos, mas tambtm, por exemplo. n11111 fato bastante collhccido como
odocDfraquecimcntoda<rcpresc:ntaç6c$rclatiVMàimpurczanoNorce,cn-
fraquccimcnto Lalvez provocado pelas castas e pelo impacto muçWmano.

112 QUADRO DAS MUDANÇAS RECENTES, SEGUNDO GHURYE

Sociõlngoscanlropõlogosniocomparcilhamacrença- dir-se-iao..;.
shfu/1hinking-qucpodcscrprofcss.adaporo11lroses1udiososdequcascas-
lassccnfraqucccriamprogre&Si....,mcn1csobainnuénciamodcmacnquaiuo
esperam seu desaparecimento purocsimplcs.Scsuasidéiassãocmgi:ral
multopo11copr~.umadivergênciamultointercssantesccrgueucontr•
clasrca:nlcmcntc.Parawmprccndê-lamclhor,vollarcmosaoquadrogcral
da< mudançaS cm rclaçiocom as caslas preparado cm 1932 e completado cm
1952 pelo Prof. Ghuryc""'· Es5c quadro t impor'Canlc cm si mesmo, porque
provém de um autor indiano, e mais ainda como ponto de pmida de uma
lcndêocia,lcndoscuaulorinflucociadomaisdeumagcraçiodcpcsquisado-
rcsindianM na qualidadedechcfcdoativo 0..partamcotodcSocio[opadl
Uoiver.idadedcBombay.
Não t muilo ficil resumir Ghul')'C, pois seu tratamento t bastante d.is·
cllr.âvo;CSLiwntidocmdoiscapítulos,complcladosoacdiçiodcl95l,dos
quais um, intitulado "Castc aod British Rulc», con1ém um julgamento sobre
a dominação inglesa, coquanlo que o segundo. "Caste and Nationalism",
tende àmobilizaçiodoscsplrit ... oa unM:rsidadc.Comdclalhcsmatiz.ado·
rcs,cà.lveiçsconlraditóriosouhcsitan~cs-tra•a-scdcnioscpcrmitirle....,r
para longe do real por Yisôcs parciais, mas uma çena inclina~ bramlnic•
tambtmcsl~prcscotc -,c>trai-scf111al111cn1cumaidéiadirctriz.Noqucsc
gu~rcagntparciaindicaçãodedctalhcscsparsos.
Ghul')'Clcvcog:raodcméritodccbamaraatcnçãoparaaspcctospoucu
conllccidosdomovimentosocial.principalmcntcsobrcasatividadeseasrci
vindicaçõcsdomovimcotoditon.ão-Brimaoc,ioauguradopelofloristaPhulo
cm Poooa cm mead°' do Sl!culo XlX, illlSlrado depois, sempre nn Mahara
:r.htra, pelo Maharaja de Kolhapur, e que se dcscnvol.,,,u no stculo XX, com•
outorga de privilégios de n:pn:scotaçio e de emprego P mill(lriu e b Clll ..

-·-·-i
m~<CO...poo..fC __ ,,,......,......,~,x .. w-•1••"''"'",.._.,_ .. _
112<o nw,.,c-•-.1•» ,._.,..., l"l , ..., v11v111, .... ~-·-•-
consideradas amsadu (dcclaraçio Montagu·Chelmsford de 1917), c panicu·
larmcotcnoSu.l{JllSlicchrtycmaistardcAssod.açãoDravldica-drrMl/4
kal.4grorn). Do mesmo modo para o movimento do& lotocAw:is.
Ghuryc afuma que a hierarquia (oi vivam.1:11tc atacada pelo movimento
oiio.Brámanc:(p.193),uooç6csrcla1ivasàimplll"czabastantccnfraqllCQdas
(p.209)casrcgrurclailiias1Klalimcotocàbcbidamuiloabrandadas,sobrc·
1udonacidadc.AliberdadcdasproÍl5SÕCsoovasfozquca<aslaa:osllS5Cdc
prcscrcw:raocupaç.io.Emcontrapanida,acodogamiacootinuaascimpor
com alguns mati7.u, com uma força não diminu'da (p. 186)""'· O que t mais
caractcrlstic.o do pcrfodo ~o cn:scimcnlo urbano, e ainda assim a casta sc
impõe:. As ca!;las l:Slio apupadas cm bairros, tCm suas casas reservadas, nio
..:mumaspc.:todcmclhoria;criamsuaseoopcrativas,scusbucos,suasma·
lcmidadcs,scushospitais(p.201)csuasassociaçõc:s(p.1!19·191).Tudoisso
rcprcscntanovasformudc"solidariedadc"cdcMcoasc:ifl>Cia"dcçasta,po-
dc·5Cfalardcum"patriolWnodc<asla".
Éprccisoinsistirnasassoeiaçõesdceastamuabltolqucscgcncralizam
e "compreendem todos os membros da casla que falam a mesma llngua", ao
pa<.<;0qucopanca.)'lltdccastacradce>:1.cns.iomaisrestrita(conl'mado,sc-
gundoGhuryc,aoslimi1csdaaldciaoudacidadc).Suasfuoçõcsconsislcm
cmscnirosintcresscsgcraisda.;as1.a,cscucstatutonahicrarquia,cmfor-
ncccrfacilidadcsparaocstudo,cmajudarospobrcsdcntrcosscusmcmbros
e às ..,,.,;s cm kgislar sobre certos costumes. O autor nota que os mesmos
assunloscramantu,oamaiorpartc,cuidadosporgrupamcotoslcmporãrios
corutitufdoscmvW.adcumobjctivoprcciso11 ".Vollandoàcas1aurbana(p.
19)),V<'!-scqucclascrvcscusmcmbrosnacompctiçãocmquccstãocnvolvi-
dos,cspccialmcotcparaaobccnçiodcposlosoucmprcgosbcmremuncra-

,,,.,__ ... ____ .....,_ __ ._,..._k.


dos, cm o~mcro rclativamco1c restrito. Em conclusão: "o aspecto comuoida·

0.0...,.-.""u.u_T_,_. .. ..,_._ _ _ _
.............. ..--(....--·-..---.......... --..
doqoe--.. .

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- - p l O l l .....
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sFJ§;~~iié~;::~~~~
dcdacasu,u.siin,11etoraoumaisabrangenlc,ciacosivo,cpcn11111co1<:.A
caslapr<m!umaparWscmprccrcsa:ntcdosintcrcsscsindividuais'',"oscn·
timcnlo de soLidaricdlldc assumiu a força de um verdadeiro palriOlismo" (p.
192)'""·
O autor idealiza o pauado. mas aa:ntu.o com vigor a 'ompaiçdo çomo
fatomodcmoqua.ndocscnwc(ibid.):"Oconllitodasrcivindicações,aopo-
siç.io m(ltua subslitu.iu a 111liga lwmonia entre exigência e accilaçio", Notc-
sc, ainda, quc GhUIJ" sc COLoca cm guarda C011Lra a ivadualidadc no quc sc
rcfcrcàrcformadocoo(lbio.Omodcmismoconsislcsobrctudocmsccasar
cntrcsubca..tasdifcrcnlcsdamcsmacasta;podc-scimaginarqucasbarreiras
cntrccastasvizinhasdesaparcçamporsuavcz,milSorc.sultadoscriadcsu-
lroso,poisscchcgariaaagrcpr umapoeiradcpcqucoossniposnum pc-
qucnonümcrndcblocosgraadc.cujoC1Cl~vismoc cujabostilidadcrcd·
procos tcriam uma força lCnivl:l.
Em suma, Ohuryc, .cm o c1<primir com toda clareza d=jbeL apontou
umfcnômcoocsscncialaoqualscpodcchamardcsubsl111cializaçãodacas·
1a.ln~mcrosdcntrcostraçoscitadosconvcrgcm,comcfcito,paradco11Dóar
apassagcmdcumuniversocstruturaLDuido.cmqucaênfascscfazsobn:a
iolcrdcpcndêocia,nodcoãocicislcohelprivilcgiado,dcunidadcs66da,par1
umuniversodcblocosimpcocmlvcis,auto-suficicnu:s,csscncialmcnlCidêoli·
cose cm con1petiçio entre s~ um uniVÇrso cm que a casta surge como um
indivfdJlo coletivo (no scn1ido que demos a essa palavra). como uma
substância'"'.

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Nosso autor t à& YeUS desencaminhado por aqlli.Jo que"" poderia
chamardcscu"patriolismo"dc Brãmanc.Pcrccbc-scissooasuaidealizaç.io
dopusadocemmuiwpusagens""çomoaq11elaemquedcploraoratodc
algumas easlas terem dciudo de empregar Brãmaacs como sacerdotes:
··mcsmoocimo... osaccrd6ciodosBrãmaocs... agrandeligaçiodcsolida-
ric.iladcsocialncssasocicdadcíuwocntcdivididafoidcsfcitaporumacasta
alr.isdaoutra".Podc-sc 5uporquo:, se Ghurycdeplorao"patriolismo"dc
CMla,t mais por ligação a um passadoidcaliz.adodoquepelahostilidadc
diaolcdaCMla; parcccquecleacn:ditascrposslvclumalran.t"o:rmaç.ioque
poriafüoàcasta,consc~doobramanismocaintcrdepcrulencia.Mclbor
obscrYador,nioémaisrcali>tadoqueGandhiquanloàrclaçãocnlrcoíutu-
ro e o passado. Assinalo CSlc ponto porque a aliludcé part~hada por outros
cporquccssaalitudccxdusivamc111cbramãniçacoloriutodaatcl\dellcia
polrticaiodiana dita liberal'"•. Sem díivida,llioéprcc:Uomuilacoragcma
umCS11angciroparadcclararqucasiovcstidasantibramãnicas,mcsmoquc
Lenham um lado demag6gico e um pouco Yiolc:nto, são um aspecto positiYo
nalwaconlraacasta.Éprccisodizé-lo,cotrctaoto,eacrcsccntarque,assi.m,
oEuadodcMadl"as..comsuaousuasAssociaçõcsDravfdicas,talvczes1cja
maisannçadonoeaminhododcsaparccimcn1odasi:astasdoquc1odosos
ou1rosEstadosdafndia.Sobrctudo.dçvc-scconcluirqucsuaaboliçãopassa
provavclmcnlcpclasaçõc.sdcCMla,cqucsóoCDJ1lc6dodcumaaçãodccas·
taindicascelamilitaconlraacaslaouaíavordcla.Nãorcconbcd-lotítcar
nointcriordocspfritoiodiaootradicional.Nadatmaisdeplorlivcldoquco
fracasso de Ambcdhr e do Movimento Intocável, pois se sabe muito bem
hoje, opostamcnteaGandhi,qucoslntocá..,issóscrãolibcrtadosdeímiti-
vamcolcporsimcsmos:aboa'l'Ollradedescussupcriorcspolilicosnãobas-
1ariaparataoto.

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np:>Jd sreui wJ11[1l>!ll•d w:> 'Sl!•<>P8l:M:iJ o-,s s:i1wpnm 90 w~ ftl!3J sesinb
.v;d ~"OIUO~ :IJI od!l :m<ip .,(tl!JO" oPRl!331!,. :>JS!XO 0!0 S'IW "'3\1t(U3J
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Rlf'3'!:>1.f!Jl!A""5WlJ90pO!lJIO:MU!011111<U0131:11""'Q:lfl""(]"d"f's~61
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ll!JOi111J"! 1 Wlll[UllW~Woll 'VP!P~m W!Jof9•d 911!1 11113 3 V!ISjlp<lW ns m3 '311lb
·~rqmoe op •103D rp ro1o~wl!8[nf wnip !"ti. J!llR::U 311nr••1:1J31"! U!J'S
man1crpaptisuadicionais,outrossclançarãocmprofis.sócsoovasM"... Dc
fato,aistcaquimaisdoqucum"cquilíbrio",poisonovocsú.subordinado
aoantigo:paraoindi'1'.duo,aiastruçàoéomcio,opostouadiciooaloíim,c
a famíliunsfob<J, graças li sua uadiciooal indivi$ão, o aniig<>c o novo. (Disso
dwmc que, assim incorporando a muda.nca, a familia deve se iriodificar cm
alp.ma medida, mas esse~ um aspecto muilo dc:lic.ado de se de!cctar.)
Parcc:cqucscpockgcocralizarcaplic.aratodo:sosfaton:scom.idera·
dosdc111odcrui2açiooqucacabadc•c:rditosnbreainstruçiocaspro-
Íl>SÓCSmodcmas..Omcsmocomaurbanizaçào,quandosccollSl.ataquccla
nâoproduz"asmudançassociaisoeocssáriasaodcscovolvimco1occooômi-
oo"(SacbinChaudhuri).Comla1aodoqucavidaoacidadc,oomaisdasoc-
~ oonlinua sendo rural cm seu contcõdo e cm seu upúi10, Dcsa.i e Damle
puderam mCSSllO falar de wna falsa urbaoizaçio (f"1<t wtl011i.sali011). Mais rc-
ccnlcmcotc, R. D. Lambert colocou cm qucslão a idéia de que a mudança se
irradiadacidadcpuaaaldeia.ForadasgrandClimctr6polcsedasconur-
baçõcsrcccotcscartiliciais,comoascid.adcsdoaço,aind'1striascadaptaao
meiotradiciooalmaisdoqueselransforma"'°·
Nem todos çsscs fatosdc\o:m ser considerados como ahsolutamcnlc
ncgatíYos.ou•urprccodcnlãÉabsolutamcntcoaluralqucooovocoantigo
secombloem.Osfatoscmquestãos6adquircmseualeana;:rcalcomrclaçio
àsidtiassegundoasquaisamodcmil".1çiodcvia,dcsdeoiofcio,faurcmpc·
daços a sociedade das castas. Essas idéias eram o apanágio de bomcas ma.
dcmosquecoostatawmaincompa1ibllidadeco1rcdoisconjuatosdevalorcs
cqucsupuabamquctudooqucacompanha,nasocicdadcocidcol.al,osvalo-
rcs modernos devia au1omaticamco1c se opor como fator eficaz de dcstruiçio
aosYaloresindiaoos1radiciooais.Ora,aoontcccqueain1craçiocntrcosdois
conjuntostomaouUoscaminbos.

IU. A C4STA ESTÁ SE REFORÇANDO?

M. N. Srinivm., oum anig<> publicado cm 1957 e cm ou1ros 1mos, coo·


tinuaoalillhadcrcflcldodcscumltSUcGhuryecsemostra111aispcssjmisla
4ueck"'".lm.istcdcsdcocomcçodcsçuanigooofatopostoemevideocia

lll<.IC.~-Sot-.IX,INZ.p.U
ll>d.-~-ll-rw..c.... ~1-•~-.p:m,Daal•~ll><.<*,llD.
~--l-o1""""""""7-VlllFUle".-rw..r.pp.L\1-lolG._<l_

_ ,... __ ..
·ai,.1---..··-·PP"'·llt..•.--_.. .. _ _ _ _
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•"'PP"l.'.,hl'f"''"
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--··~·- .... ··-••··-o-•• - • - - .. M.. " oU " ' • • - - - - · -
porMillcr.•tpc>Qmodctuviuasc:asl.ISpcrdcrcmsuabasctcrritorialliml·
uula(o"pcq11CDOrciao'')csecxpaadircmlivrcmcnlcforadcla:"odjinnsaiu
de dcolro da pnaí•"· N• scqlltnd.a, desenha o papel rcprcsc:ntado pcla ca5-
U1napoHtica1p6s 1 independtDCia, em p1rte scguado obras espcciais. em..
dW - para cmprcslm" a \llD oulrO irati.lbo \llDa passaacm sprprccndcotc:

l!.P'rol.podo-ellinMr<IDlll_q... ooóll....,.<a1..,...,1Mt.....,P*
..-im<atoN-clo<allL..o-<lllllll-;&ooonmm1W1l<ok>...,1odoN;.t<-
p<ndo!11<11..,,.....,ddOJm1<1q,......,1naa.,......,.p(tM-d<S-.p.IJ6~

hsonãodcve&ertomadoaoptdalclra.O"cn:scimc11todasoLidaric·
dadc" remete sobretudo ao dcuparccimc1110 das barreiras políLicas e ao
progresso das comunicações que levam a uma arMJdo upadal maior doa
gruposcoocrctosdccu.ta.Ea"concomitincia"supõcumaconstinciatcóri·
cada"""'ª das solidariedades num dclcrmioado momento {do mesmo modo
cm A. R. llc$ai,c!. Cotwib!WOtlS VII, p.33). Na rcalidadc,asuibUou85'0-
ciaçõcs dc casla intcMm cm gcral mWto pouco na vida cotidiana da aldcil.
OautorcitaBailc:y,quemostraquc:oaumcotodasrclações.cucroascllfr1-
'1UCa:ai11tcgraçãodaaldc:ia.MasBailcyoãoconsidcravaas"soLidaricdadci"
de casta fora daaldcia,masofatodcquc - nol;ISO)qucc.st\Lda - ctulas
donriri11dllS,c11ioacasladomioantc,scaproveitamdosistcmaeconômi<0·
polílicomodcmo1'"°'.
Segundo o mcsroo aulor, cxisli11., além d>.so, um o;rcscimcoto dar.
"tcllSÕco"11 "cntrccaslasdifcrcntcs(movimcntoanti·8rÔJnallcnoSul,com·
petição cotrc: as pcssoaa cultas pelos empregos modcnios cm oÍLlllcro rclati-
vamcntc tC$11ito). Essu "lcllliics" ""º intcrpreu.das como mare1dc1PG re-
forçodas.olidariedade&dcmsta.Aqui,oointc:riordopoolodevisla~
grcssisla, o preconceito bramlnlcoi' cocootrado aOora oowmcntc: o mooi·
mcnio antibri\mpc é sclllido como mau cm si mesmo, ao mesmo tempo em
que t evidcnlcmente o lndice de um cnfraquccimeoto do sistema como W.
DW:m·nosaindaqueo{atodceDstirc:m110YOSeamposdea1ividade(apoU·
ticacparticularmentcaaclci$l>CS)rcforçao"podcr"dacasta(M00./"""1,
p.23). N. K. Boscobscrvoudiscrctamcotcquecssctapcnaaumaspc<:10da
qllCSlão,acrC6Ceotandoqueoodomln.iocconômicoacastafoiseriamcolecn·
fraq11<cidapclaintrusãodeumslstcmadcproduçãocdcrclaçõcscconõmi·
""'quclhetC$ltlll>ho"...
Em suma, Srini\lllS teve o mérito de lembrar, depois de Gburyc, que a
castanãocsu.vacmviasdcdcsaparcccr.Considcravaqucclascadap1avada
maneira mais llcdvd às condições oovas e cstcodia seu ampo de atividade.
lntcrprctoucsscfatocomoumrcforçodacastaiadividual.Altmdisso,apu-
scntou esse fa10, impUci1amcn1e pelo menos, como um reforço do SÍSltnlll.
Ora,osistcmaoiocomistcapcoasdcsolidaricdadcs - seriaprcciso ... ber
qucgraudcsoUdaricdadcelc:comportacscscuacscimcntoD.iosccnfra·
qucce para além desse grau-, o.sistema comporta i.ambém inlcrdcpcnden.
cia,cootraaqualomovimcntoantibrãmaoccstavadirigido.
EsludandocondiÇÕCllmuitocspc:ciaisooEsladoAfricano,ondcattos
~lliraosanososGujc:ra1isscailavamtcmporariamcntcpara"fazcrdinbciro"
no comércio, David Pocock, por •uaw:~,cscrcw:uqucalicacoo1ravacastas
mas aio o sistema das castas: "cxisl.cm caslas ... mas o sistema das castas dci-
•ou de aistir". Embora compreendamos sua intenção, podc·sc pcrguabr
como os compoacDlc.s cio slslem. podem sabrcvi""r a ele Cll<jllalllO !ais. Mail
s111ilmc111c,omesmopuqlliladarc11coatro11noEsladoAfriC1J10abõcr11tqllia
•ubsl.ilulda por um oclllida llOW, nlo esuwural, da diferença. Em •uma, 1~
como Ghllf)'C, a imprado de uma passagem da Wrullll"& à .ubsthcia, e ~
aWmqucscde...eiatcrprctar.....,scudilocspirituoso1"'·

115. DA INTERDEl'ENDl.NCLA À COMPETIÇÁ.0

Em obscrv.oçõcs muito breves, E. R. Lcach colocou cm caus.a a coa·


ch1SiodeSrinivas nonfvcl dosistcma.Aeastacstáf1111dadaNinlcrdc·
pendência com uclmão da compcliçio (compnili"") e, "qllalldo age de ma·
ncira compclitivaM, ela age coatra a tradição das .;asw. Se a iatcrdepcndl!n·
ciaé•ubstiLufdapclacompctiçáo,enláoaca51avc11ccu.BBifoydcscnvolveea·
... ido!ian11manigorCUJ1lc'"'.Naaldeiamcsmo,osislcmaé,sc1J1111doclc,
allcradopclaspoMibilidadcsdccmiquccimc1110vindasdeforaepclofa10de
q11easi;as1asbalza&dicgamass.im.arcaisar5uaposiçãodcclil:111cscmface
de ..:w; palrócse..,afinnarn crn co"'pcliçàocom eles. Baileyclltrlliesw
conclw;.iode•uapttipriac.tpcril!11cia(cf.11otal14b),afórmula.scmdllvidaé
c>i:agcradacniio.cri.a11ccessárioge11eralizarliorapida111cntc.
Emsuma,scgwuloBailcy,jiscpassoudeu"'sislc111a"orglnico"aum
sislc111a"sçgmc111àrioM.Auprcss.ão"scgmcntário"dcsipaalgocomoaqWlo
que Du..khciin chamava de (solidariedade) "'cdniea; dirlamos, cm noua
Jinguagc..,,quc.cpassoudeumaes1ru1111aàjustaposiçãodcs11bstbcial
Ainda..nstc111gruposqucco111in11amosachamardc"eastasM,maselcsi.lo
considerados num listcma diferente. Em lermos ba.tantc mais claros, &cm·
prc.cgundo8ailey,11onlvcldoEslado:pclac11pansãodoquadro1crritori1I,
as castas, que, difcrc.i>1cmcntcdas•11lxastas,cram apcn.as"ealcJOIÍMM, ..
tomaram "grupos" ""nb.deiros, entre outras razões pela criação das USO·
ciaçõcsdceasta(sabhlclc.),gruposdcinlCreasccmcompctiçãoumcomoo
oulros, que fazem daseaslas"wiidadcspolflicas".Aeast1nllol!cntãoum
grupodccstat1110,cscriaptcci5oc11coDUarumao111rapalaw1paradesipar
esse novo formato.

.. ...
11'< 0..WP-------.--S-..o/-.13-<.11$7,fl'"'*
·--O.M.~---(

=:.::::-::::=:::.::..:;;.:-,.;..--:::;
~~ - p p . l. . l9t4_ ..

---~,..----------·-·

·~~{~~~~:=ª~;::~~i
Encootramos. pQJl.llll.<>, cm Leach e Bailey, a competição ji BS:Sinalada
par Ghuryc,muin1upre1adl dcsla ícitacomoamarcadc111Datrlftd'or-
maçio do si&lcmL Traia-se da rompetiçio Ml11! cArtAs difetmlu DO plano
ccooômico-polftioo, poio a compcliçlo cm si aio ~ dc.scoohccida DO sislcma
1radicioll8l'is.. Com cfcil<>, parece que assistimos a llftll transição, por uma
parte do domlnio de aúvidadc, do mundo da casla ao muodo modemo.

116. CONCLUSÃO PROVISÓRIA

Terminemos essa confrontação com duu observações. Em primeiro


lugar, a substi1uiçio da intcrdcpcodi!od.a pclacompcliçio~ apcoaslllD ...
p«IO - o aspcao docomportaincolo - dofcaõmcoo. Poder-se-ia dizer
1ambémqucacastaparcccacei1araigualdadc""'•ouq11e,idcologic:amcntc,a
cslrutura parece a:dcr o passo li subslãnci.o, IDnllllldo-secadacasla um in·
divlduocm face de outros indMduos. Obscr'o'111·SC-i que, ocssc pool<>, as
coegcses modemu que rcjeilamos. como a de Krocbcr - a l;Ula como limi-
1c cb. classc - oudctcaM - acaslacomoblocoruigml!1isqucco1rana
conslruçio da sociedade -, se tomam ..,rdadciras11"'. Em outros termos, a
modcniizaç!o da c:ulll pwe« transform•-La naqllilo que os modernos vfem
naturalmente nela. Nltdadc:1urpree11dc:otcnõsso, porque oosdoiscasosM
lraladcumatramiçlo.intclcdualouemplrica,co1rcosdoisullivusos.
Masnio.sedcvcpcrdudc:vislaora1odcqucamodifü:açioalcpda,
por mais real que seja, t uma modifü:ação pwcial. Ela diz respeito ao daml·
Diopolltico-ca.io&micodaYidasoc:ial.ParacoLcndcr•ua•ignifü:aç.iogloo.I.
tpreciso, ai.oda, conh«erolugarocupadopor essedomlnioparticularoo
conjuoto.Ora,napcrspcclivatradiciollal,q11Caquitapcrspcaivacsscneial,
ele não ~ nem autônomo nem e.Cerno com rclaç.io a ela, mas, ao eot1trúio.
cst:icna:rradooumcnglobantercligioso.Essadisposiçioscmanif...iacomo
... rdadcira mesmo quando o que çonsidcramoscomoocoraçioideol6gico
dosistema,aoposiç.iopuro/impuro,seenfraquea:.Nelarcsideosegrcdoda
plasticidade do sistema das castas e lambém a ambigíiidadc das mudançu
confirmadas.Tudoscpassacomoscosistcmaastolcrassenamcdidacm
qucclasU.tcrCM.UOaumdomíoioquctsccu11dirioparaclc.Eisquccsta·
moscmcondiçõcsdccolocarfrcn1cafrcn1casduasopiiliõesapo11tadas:aio
clistiria nos fatoslcYBfltadosncmrcforço,ncm lransformaçãocsscncialdo
sislcma, mas apenas uma mudança que interessa à regiões menores. Pan ...:-
rificar sc as coi>.as rçaJmcn1c sc p.>SS3D1 dcssa mancira, t prcciso dcsc11volvcr
a compwação cmbrioniria que Leach nos propõe. Sem isso apenas verlam06,
comSrinivas,o anligoscmanlcrcsc reforçarsobformasoovu.ou,com
Bailcy, o moderno substituir o antigo: não =guirfamos localizar, nem
mcsmodcscrc...:r,asmudanças.

117. TENTATIVA DE INVENTÁRJO

Pode-sccomcçarpclacnumcraç.iodasprincipaismudançasgcraism•i>
oumenospcrtinenlcscomrclaçãoaosistcmadascaslasnoplaaoideolóaiet>
cnoplanocmplrico.
Noplanoideológi.co,ofatomaiortainscrçãodcumsubconjuntoigu•
liliriononM:ljurfdicocpolltico,scmmodilicaç.iovohmtWcom:spoodcnlc
doquadroh.icrúquicoglobal"".CollSlala-&e,assim,umimpulsorcformill1
QllC, cm relação com o traço prcadcotc, compreende uma modem..i:uiç!o d1
rc1i3iio- oqco-hiDdulamo - ctambo!mumcsfo:rçolimitadopararcformar
os wolumc:s (a iotocabilldadc cm particular). Num plano iotcrmccüário, prin-
cipalmcnlc cmpúko, mas q11e comporta rcssonãncias idcol6gicas, situa-se
aquilo a que chamarei cmthcia de um modelo rfgio cslrangciro: m lnglc:·
..,., que rcitulvam de rato. foram o objeto de imitação ("ocidentalização")
c .. tamcotcwmoosrcisortod~apc:sardcoiorccoabca:rcmparasi
pMprimoswl01CSbramlaiçoscomocuidadodcos-1rariaromc11os
possfvcl. F"u>abnc..tc,trtsíatosoólidosscsiLuamnoplaaocmplric:o:apare-
cimcotocdcscovolvimcatodcprofwõcsmodcmas,omaisdas"""""neutras
dopontodc~rclig:ioso,cdcscovolvimcnLourbaoo;uniliçaçiotcrritorialc

::.:'~;'!~.:'d:'.""'; emancipação do ccon6mico e dcscovolvimcnlo da


E.seslraçossãodcnalurczadi..,rsa,unsaa:itosou•upondoumaacci·
taçioouumarcaçiopositivaporpancdcumaparcela,pclomcnos,dapo-
pulaçào;outros impostos do al.criorou mcsmoresultanlc:sdirc1amcotc, e
como que incorw:icntcmcntc, da dominação ocidental com suas tfcnieas e
scusvalorc:spr6prios.Já se prcssçntc que clc:sdc..,mafctarosistcmadas
castMdcmanciradcsigualcdivc..a
Podc-scaindatcntarclassifocaros1iposdcin1craçioaosqllaisdcram
lugaresscsíatorc:s.Distingamostr6idelc:s:arccusa,amistura,cmquctraços
1radiciooaiscoclistcmfacilmcn1c,cacombioaçio,queosuncintimamcotc
cm fonnas novas de caráter hlbrido e de orientação amblgua. Concordar·
sc·â,scmdlMda,qucasocicdadcdccaMasrc"8iuàmuitoprudcnlcdomi·
naçioinglesacomummloimodcl"ttUN.EQlrctaoto,nonfvclidcológico,di·
zcm·nos que o mOlim de l&S7 foi uma rcaçio violenta conlra uma ameaça de
subvcrsãodaordcmsocial.
Amisturo.aocontrário,éublquacparccc,àpriJOciravisla,scrarGm1a
gcraldcrcaçio,dcacordocomoqucscdisscacima(§9S)dac.apacidadcin·
tcgrativaouagr<:gativadcssasocicdadc.Noo(vclglobal,asubord.inaçioco
Uolamcntocomrclaçioaosvalorcsprimiriosdoqucscpodcriachaniardc
""bolsão" político-.-llmico pcnnitcm a inscrçio do subcoojuato igualitãrio
moderno. Do mesmo modo, a Ubcrdadc das proflSSÕcs novas ~e com a
manmonção dos constrangimentos profissionais rclig:iosamcotc pertinentes
(cstabilidadcdasespccialidadcsrituaisnaaldcia),ouaindaacompctiçiono
nf•"CI territorial maisvastococmtc coma intcrdcpcod!nciaqoafvcldaal-
dcia.amobilidadoci<pacialcom amanutcoçãodosc:arac:tcrcsc:sscnciaisdo
ca<amc1110,1 oddon1Kl11,.ç.õncnrna"s111scritização",alibcrdlldcalimcotar
porocasiiodasvUi1 .. t1ldoi1rom1manu1cnçiodasrograsnacaoa.Oim·
pulw rcformilll t, 1nto• dc tudn, um fcn&ocnu limitado sem grande cícito
pdtiço, apcnu 1>Ary1 S1m.jlc.., vcrdadcor1mc111c, no PanjabcnoU!lar
Pndesh. uma 1udlhd1 1\r 1111wi., m•• mc•mn n"""' ca<o a vontade de rc-
~~'.:~A~~l~~~· IC~.~·:.·.~.~~I::. ~:~·t~lli'.I ,.. -~ft'.·~~~~. (~~~.~ .~~.'~~~ I
....ccomelho, comlalarua .... incfdcia, como cm geral a de seus csfor~
porsafremdcsllllltolldiçlopcla"sansc:riti7.açâo"""'.Domosmomodo,pou-
cas CUl:as comeguiram YU reconhecidas CJU seu ambieale as pre!cMÕco
aorbitaalo:& que haviam julpdo de bom alvitre C"Jlrimir qUBDdo de seus rcs-
scatimca1os.. No q11C coric:eme l ecoaomia, sc a inovaçio se iaseri11 íacilmca·
1cooo.isl.CJUa,scguiu-seque•mcolalidadcmcrcantiloucapi1alisuconseguiu
aoooojua1oavaiiçaralguaspaM05sobrcamcn1alidade1radicioaaldopruU-
giocdosgastoscspetacularescimprodutivos.
A combiNJi;dooW1C1.foiilitema1icamco1c isolada. Ela,co1rctao10,t
cvidcntcoaabll1'dan1clitcraluraquccstudaasrclaçôcs.dasocicdadcuadi-
cioaalcdapolllicamodcroa:ol"'pcldascastasnasclciçõcs.cnumagrandc
par1cdavidapolílicacmgcral,C01Dportauma.pec1odcmanipulao;:io5'bil
dasooadiçócsoovasparaosfinstradiciooaisdcclicolclacpalroa.ato'"".0
oonRi1ocntrcHinduscMuçlll.m.aoos,quclcvouàpartilhadopafs,conc.s·
poadcaumaformapolllica("oomuaalismo'/hlbridacatreorcgimctradi-
ciooaloomprcdomioãnc:iadarcligiiocdanaç.io(Ap.D).
Um fato mlnimo, mas caraderíslico, to emprego dos tribunais JUodcr·
nosparaaobtençioclepriviltgiostradicioaais.Assim,cmrcgiiotamil,Íll·
lcrmináveisprOCCMOSsercíercmàprimciraposição,ouaumaposiçiodc·
terminadi>,nasd41ribuiçócsbonorlfLUSquesegucmacclcbraçiodasíc.stu
nos grandes templos. O Estado de MadJas nos fornece também um exemplo
dcum tipo de rcaç.iomultoinlctcssaDtc(masquc,ioíclizmc111c,a.iopudc
acompaiillardcpoisdc 1950).Trata-sedc rfplicadosmciosccnscrvadoru
dcssarcgi.iomultotradicionalislaaomovimeo1ocàsmcdidasqucvisaftm
al.ribulrao&ln1cdveisodirci1ookcntrarnostcmplosbramioi.;os.Elisli11,
noinlcio,umaresislênriacoolraomovimcn1ogaadbisla,masarcr...,,.11e1
impôs mais ou menos gcocralizadamco1c. e leis (Tmip/e E.nuy Acu) foram
aprovadascmdivcrsosEsiados(cmMadrascml947).1"5lalou-sccn1Jocm
Madraswaacspécicdcrcaçãopouilanadosvcgctariaoosquct"""!Me..-urso
uma vez concrc1i>.ada a independência da fndia: Íll\crdiçio do sac:rifkiodo
animaisnaviziohanç.aimcdiatado1cmplo,C01Docracmlumcdasca5ltiq11<
comiam carne; inlerdiçio, em algumas municipalidades (DÍlldiglll), do
oomi!rciodcamc,mClillloparaosMllÇlllmanos;fioalmcatc,cm&elelnbr"

_____ _
dcl950,ovoio,pclaAsscmbltiadcM1dJas(oEsudoaindaa.locstavadivi

...... ---··,,_ .........


didoenlrc ostamilcosli!lugus),dc uma lciqucintcrdilaossaaificiosan•

- - ---·--·--
lllb,Allmdoperdo_.,.._ ... ~ .. 1 -.... - - -

,.... ... .._,._... . ......... . ...,-.-,_,,_".p.l.,,.._.,.,.


~·--a.._,.-.l'l'»o•
~-"'·~.,_.. ....
llk ~?,t~~~Ê:ª!:E=~=-:
mais em gual (mesmo llOI Cllh"" privados de localidade, de ca:sla ou de gru-
poo de parcntesco). Seado •maioria da populaçlo dada a taissacriflci~ nio
se percebe como uma lei de..... poderia ser ruln11:11te apLicada, nem mesmo
como ela poderia ter Ilido •dolada se a dc111ocracia tÍVC$SC avançado nor-
malmc11tc'""· Mas a razio de !odas ,,...... medidas é dara: 5C os lotocAvei>
cotram110Stemplos,dcscolacamçmpcrigoapurczadascesta.sahasesua
prõpriaidtiadocultocdodcus,cal'.micasoh1çlol!reform'·losàforça,dc
modoquedcW:mdc5erosfautorcsdaimpurcza.Oobjctivofoialcançado,c
1cndc-sca imporovcgctarianisrnoatodos.Acootcdmcntoconsidc'*'"l:a
tolerância hierarquizante lradiciom.J cede aqW o p...o a uma mentalidade
moderna, e é uma mClltalidadc tOlalil"11; a CSU\Ltura hlc:r'1qWo:a t subW·
tu!daporumasubstbcia.l'.micacrlgid.a.Esscfatol!Clllremamc11\csignilio:a-
1ivo:oigualitarismo,saindoda'1:1nalimitadaondccrabcmtok:r8do,provoo:a
uma modific.ação profunda e uma ameaça de 1oiali1arismo religioso.
A cnwncração preocdcntc, por mais incompleta que seja, introdw: o
ponlo de vista comparativo, milito negligenciado, e faz sentir a necessidade
dcumcsquemaçompara1ivoglob8l.

li&. SOCIEDADE HIEll.ÂRQUICA E SOCIEDADE JGUALJTÂRIA:


ESQUEMA COMPARATJVOSUMÂRIO

Oqucprcccdc,cparticularmentca6llima~o,nos.lcvaaconsiderar
asmud.aoçasmodcmassoboângulod.aintcraçãodalndiacdoOcidcntc.c
e.W1i11tcraçãocmsimcsmaapartirdcwnaco111puaçlodosdois1ipoode
sociedade. Pode-se proporaconstruç.iodcummodclocomparativoglobal
dc.scpontodevisla,catarcfal!mWtobcm·viada,porqucnosobriga.acom-
plctar o que deixamos. inao:abado. Com efeito, empregamos çonslaalcmcntc
u01acomparaçãocxpllcitaouimpllcitacomotipoocidcntalmodcrnodeso-
cicdadc,ob6ctva.odoçomoaqWloquccraoobjctodcrcprcscnl.aÇÕCSczpl(ci·
1ascvalorizadas,dcumlado,cstava,aoto.11lririo,subordioadooucramal
coobcQdo,deoutro.Rcsta-noscoloc.arfacearao:cosdoistiposoaformade
umquadroenglobaolccmc.ad.acaso,distinguindoDClcsaidcologiacorcsl-

'"~

.-"'-l"""• --__
"'lmcntc muilo grossciro, ao modo dc um griftco, oadc coadcnsarcmos dc

... _.._ .. ...._....... _... ...,._


_,.._,.. ,...... _ _ ..,
.............
........... --·----(·~
. _..
forma cst~nognlica o que apro;c!>dcmos de maneira a compreender com um

_.. ... -·--·-·- __ . -·.


_
duo não-ideológico. Tentaremos razt-10 oa forma de um esquema, incvita-

-___ .......................
_

t~:.:~:::::1::.:=::=?3S:
flllicoolharaço..r~doçooj1111to.Farcmosfigurar11elcos1crmosde
q11C:nosservimm,prcndcado-nmmcoosàs11acspccificaçãodoqucaoscu
podcrdecoodcnsaçiocà11111~nocsq11C:ma(Fig.S).
Aoposiçiodcba&,glabal,iacidcsobrcoobjctodasrcpn:scntaçõcsc
das orientações maiora,dc um lado(l),àcsqucrda, a sociedade cm seu
eol\junto("ho!Ismo");doouuo(2),àdircita,oindivfduo("individualismo").
Mais do que figurá-lo oo pr6prio =iucma, iosacvcrcmos oo aho de (1)
HoMoM.uoll para dcsignar o homem coletivo, o homem çomosoçícdadc, e
ou alio de (2) HOnlo ,.,.,,.,... para o homem Uuli.;dual""'·
Parasi1uaraprm:imalivamco1cosaspcdospartiCILWcsdcssaoposiçio
fu.ndamcn1al,06!.nosrcfcrircmosaoquefoino1adoan1erionncntccomo
sendo u caráter cumparativo ílllldamC11tal do ~ema das .....ia.: a disjuaçio
hierárquica entre cstatllto e poder, que ser~ rcpro:.scolada por um traço hori·
1.001al que separa o quadro (l) cm uma parte superior: hie'"''I'""· e cm uma
pane inferior: domCnio polftko.ecoo&niçoc1ç_',.,· Esse proççdimeotocor·
rcspoodcaocuidadodcdisliDguircnl<casrcpn:senLaçõc:scos..!ort:lflm·
damcotais, por um lado, e todo o resto, por outro, entre o idcolõgi.coco
Rã1>-idcul6gico,ouanlcscnl<comaiscomcicnleuumaisvalorizaducomç.
ROS cooscicntc ou valorizado. O traço horizontal pode ser tomado çomo um

limiar da col>Sciêocia. Chamaremos Subm111rll'o, daqui cm diante S, o que


es1iacima,cadj•lil'O,a,oquces1iahaimcqucpodcscr1omadocomou
"concomitánciasci.mplicaçõcs"'princ:ipaisdasrepn:sentaçócsvalorizadas""'·
Para a comparação, convém traçar cm (2), do mcsmu modo, um ciJw
l>orÍl.001alqucdcveridistinguirasrcprcsco1açõc:s(undamco1ais(S2)cllW
implica~ôcs(412).JicolocamosooecotrodcSlaffltJLWQUIA,àqualtpnçilo
aacsccnlarimcdialamenteabailoill1arhpmdlnciacsepann;loooscolidojl
disc11Lido. Vem cm S2, de maneira cYidcotcmcotc correlaliva: !GUALDADII,
con1acsfcradcatividadccorw;poodc111c,qucdominanasocicdadcmodcr·
na: «tJ11omia, e i.uobba apollliuJ, oo sentido cm que ela~ coooebida do
manciraprcdomioantcacs.sasoc:icdade(cl.lll9,Urjillt).Emalscinscrcvc

-·-··----..,._.__. ...... .__


domúiio polilko-teon&nko, e nm abslcmos, para CMa cmuidcrltÇio,...,

.. _. ..
8C1cscçntarosou1rottaçosisolados.Paracocoo1raroqucvcmcmll2,procu
remos clcmcolos que, por um lado, con-c.pondcm mais ou mcnm àqul

,................. _...,_""""_'
po.---.-. . ,_

.. =:-.. ..-- ..---......


==.::-..!.::".!:':=.:"'~·.:::..~i-o':
,
~-·-"--...--------..­
~-- ..-- ...-...~
":'-.::..'"=-""~:::=:'doo"",.:..-:·..,-...
1
~ª:ª:.:;..:!t;fª:§1~~~w;
lo que f~mos figllfar cm(!): (SI +ai), e, deou1ro lado, ocupam uma po-
•iç.iocorrçspondcntcaqucla dcal, islot,cstão prcsco1cscm alguma mcdida
nasrcprcsco1açõcsscm alocuparcm..,rdadciramco\coprimeiroplano".,·
Scgucalgumacoisacomo:naçllo,rrlidllointilvidu.al,•ociedatU.Olugardc:s-
sesclcmcnlosêmuilodivcrso.Anaçiio,como"indivlduopollticocolelivo",
dc..,ria,dcdirei10,ÍIKUrarcmS2,mas11maformaidcológica,imporlalltcpc-
lomcnosd11ran1cumpcr(odo,oin1crnacionalismo,anega"",cisporq11clhc
dcmosumaposiçãoparlicular.Éprccisoagorapcsquisar,comparati""°'eolc,
uqucacontece aqui com a religião: ela está subordinada ao indivfdoo (e,
alémdisso,podc&etransformaremfilosofia).Quantoàsocicd.adc,clamcrc·
ce ccrlamcnlc &eu lupr residual: da nãu t mais que uma jUSlaposição de in·
divlduos que conslitui o objeto de uma ciêoçia cm prindpiu up«ia/. Coll5i·
dcrandoan:laçãoS2fap"6--&equeelaé,por11mlado,comoS1/a1,umarc-
laç.ãodccomplcmcnlarid.adc(c11pulsarabicrarquiadcSl!rclegarasocicda-
Jccan:ligiãoema),mast.ambémumarelaçãodcimplic:aç.iodircta:doin-
Jivfduoiloaçãoeàrcligiioindividual.
Eisalgumasrcpn:scntaçõcscalgunsíatosmaiurcspustoscm relação
comparativa.Paracomplclarocsqucma,podc-scíiw:rocsforçodcreconhc·
ccrcmcadaeasuacltistênciadctraçosoom:spondeo!csàquiloqucosvalo-

.._..,...- ._____
----.-.,_.--........
.-------'1"'_----po.
llld.0--"""l""'•••-.q........ ..,.,.._ .......... ......._,_,._
l!ol.Ol-~'"'"º"""",__
__ por_,.......
..., .....,_.• _,_.....,.I<• I••"-
~===::."'.::.~:.::.:•:.:...·:-.....-:=.~:.:--...i
.... º"""""-···-.. --...............................(---"
rcsdoou!rocolocamiluz:cililcalgocomooindivlduocm(i),oholismoc
a hicrarqllia cm (2)? Encoo!ramos na fndiao indivldun-fora·dn·mundo, o
rcnuncianu:,aomcsmolcmpocxtcriorcsupcrioràsocicdadcprupriamcn1c
dila. Elcagc,dcresio,nasocicdadcpclosci1~.qucfomosobrigadosasacrili·
earumpoucoaqui"•.Nafn:nlccnconlramoo,nohipcrnacionalismocno10·
lalilarismo, n:alirmaçõi:.s do conjun1oconlra a a1omi,.ação individuali$lac
rcslduosdchicrarquia umpo11COporrod~apar1c:nacl ....-..:oocial,cm!orau
danoçàode"podcr"',noracismo,cnlim.Nada1cmosainscn:vcrcm(2)n•
P"'içãoocupadacm (l)pclorcnuncianlc:a50CicdadcCSlj!r•11SCCndlda.,...
rdigiolo:$ou na• lilosolias, mas de maneira divc1S11, e linatmcnlc individual.
lrui>lamos ni.>10· o esquema a que chegamos é apenas um gdlico ~lil
paraaron1inuaçô.od.comparaçõo.Er.alamcnrcncnntrjriodcumaí6rmul1
ab.lrala de onde se pudçssc crtrair rcsuhados ""tcóriros.. !l:m rccorso10
concrelo.Talvc,.olei1orqucnrn;scguiua1éaquíscsin1adcccpciDru1dopüf
•ua pobn:1.a e lomcn!e que não lcnhamru desenhado e= csq11Clcto de mait
pc<1occomcamcs.011eelcnoscc11S11n:sobrctudoofa10delhc1crmosfor·
nccidoaquiloq11CtalvcznàodcVCAACsairpcla.porlasdoloboralóriomfllllll·
criro,poisoaspccloinacabadodoesquemaéparan6scsscncial,cpcm.orla·
moscstarindoaocncontrodocsplri1odcnC><$8.pcsquisasc1pagissclnol111
ponrosdcin1crrogaçãovi<1uaisdcqucclces1~ cheio'""·

Tal como cst:i, esse esquema aproxima dois tipos .ociais apan:ntcmco·
lc incomcl'ISU<.ivcis prcscrwndo rigorosamco!csuasdiforcoças. cconcluirg·
moscomcn1and0>-onosdoisscnl.idos:dadirciraparaaesqucrdadoponrodo
visla da reação da lndia ao impaao ocidc111;il, e da esquerda para a dirc~1
pararctoroaraon=ponrodcpartida.
Parao~udodaintc.raç.io,!cmosaliumquadrogcralqucín:qilco!•
mcnteC"láDU$CD!Cdoscstudosdc«111udariçassociais'',inasqucnioprctcn·
de •Ubsliluf·I~ de modo que terminamos, por ....im di1.Cr, com prolegôme·
nos.O""lucmapcrmitcrccncnntraroudcscobrirtrêsfatosgcr,.;,;·
1. Çomo<istcmadas.<:MtasligandoaprofISSâoaoiwatu1oapcna.•por
'<U•a•pcclosrcligiososearliculando-o,quanloaorcslo,cmlomodopodcr,
pudcramscr1ntrnduzidasnovasprufü.'\ÕC<ncu1rascurb.ana<..aopa.W!quc
prníc...00.. vcrdadciramcntc pertinentes (especialidade• da aldeia) foram
pouco afetadas. No mú:imo, ~ possívcl que o jajmani nâ1> liquc rcs1ri10 ª"'
,,.,,.,;çmprnpriamcntcrcligiososcpcssnaisctenhadcixado~parpro­
fi"Wcsquccnbriaantcrionncntc.
2. 0< aspectos polftico-cconômicns são rcla1ivamentc S«Un<L.\rios e
osoladC>Snosistcmadas.....tas.Dondcumapcrmcabilidadcànovidadcncssc
dnmfnio e uma inocuidade relativa de~ cmprWim<:« para S. A polhica do
govcrnoin~•dafndia,quccnnsisliaemnãoscimiscuirnodomfniorcligio·
,.,cnaordcmsocialtradici1>nal(nota 112d),introdu>jndoapcnasummfni·
modercformascdenovidadcsnoplanopolltiro-ccnnômicn,concnrdavan<>-
1a'"lmcntccnmc.ssaconr.guração.Confoguraçâocuja<manifcolao;õc.sncgati·
1·aspodemscrpcrccbidasimcdiatamcntc:asrcaçõcsdDSpríncipcsnãoforam
endouadM pela &e>eicdadc, os Brâmanes não li>.eram do motim de 1857 uma
~ucrrasanla.Aclcvaç.ãodocapilalmobiliário,doscnmcrciantcscdDSusur'·
rin.não•u.citounenhumarcaçàoalémdalncal;ousurário~atébcmcnnsi·
dcrad1>quandonãoscmmtramuitoagrc.,..ivo.
). Finalmenlç, e sohrcludu, fato n~o pcrcchido, a presença d1> indivl·
du1>-fora·do-mundocsuaaçãomilcnarfoigrandcmcntcdccisivaparaapcr-
mcab1lidadcda&0eicdadcindiaoaaosmndosdcpcns.amcnloindividualistas.
Lembrem""-"""' efci10, a ação do renunciante <Obre a mentalidade munda·
na(introduçãodarelipi<>dccscolhacdoamor,rclativV.açãodarcligiãodc
grupo, moralidade subjetiva). A mcntalidadcgcralfora,assim,dcsdeanlcs
do impacto OOdcn1al ou mesmo mogol, penetrada por elementos CCNL!rários
ilquclcsqucn:sultamdahicrarquia.OOcidcnta~cnquantoprcoeupa•foapc·
na.• com o poder, no sentido mail; imcdiatD do termo, •urgia, não só como
um prindpc infiel, mas tamWm como uma espécie de sannyasi de um gÇnçrn
1nu.i1adn,poisaprcncupaçã1>davcrda<k,1>dcsintcrcssccomqucscc:tprcs-
"'· mesmo num ideal modesto como o da scholunhip, ou ainda a prcncu·
ra~ãD bumanit4ria 1>u ainda de progresso &e>eial e de uma maneira geral a
Ji..,iplina moral evocam, e sem dlLvida alguma evocavam no século XIX para
,, m...,.. hindu, ao rarat:1cr!sticas dos renunciantes. PeMC·•• tamWm nos
h<lmcns que forneceram a rcspw;ta ao desalio ocidental. O caso de Gandhi t
evidente. Ram Mohon Roy c'l'rimiu a aluali7.ação pol!lico-social da rcLi~D
como um .. nn~ui que rclorllOMC ao mundo. Além diMo, a dominação i.l'.lglc-
.. rrovavclmcntc rutlvuua rcnQncia romoatitudcdcci;plrit1>,porquc é
Alu.t.dclaquculndlann1•>Jlo1<r1laror•rlri1onovo.Vinoha8havctum
rcnundan1cqucr•"'lhr11 .. 11•ol11n1mcnt1hdadcmundanalradicionaLl'lra
rcafüarum1rcform••l1•6•I•
Em suma, a soc:iedadc: e.ai•""
aberta à iDl'luéncia ocidental por duas
ruõçsprincipais•ndomlDioi:mquecl.oscl'(:fugia.,.crarclativamcntcneu-
lrodopontodcvistadosYBlores,cocsplritocmquccla.ccxcrcialliocr1
absolutamcntcdescollhcâdo.

Tomcmnt1 agora o esquema comparativo no outro sentido, llio mais


pill"a ver como o homem das cutas surge cm faor: do homem do indivíduo -
aq11tlc que era, cm suma, o assunto deste livro-, nem cm que sua çompa-
ração pode ajudar a çomprccndcr a histõria C011temporãnca da fndia -
aq11tlasobreaqual.caubadedi71:ralgumaçoisa-,m3$para11nt1pcrgun-
lar o que o homem das castas pode nos cnsinM sobre o homem do individuo,
sob"' nõs mcsmn<1. Voltamos, assim, ao........, ponto de partida. Lcmbrcmo-
nos dc quc, 11a ln1rodução, hipotcc.amos dc alguma mancira a rcsposta a csu
pcrguntaparacondll7.irolcitoraumapcrspcctivasociolõgicaqua.ndoco10CI·
mos o problema do individuo e quando mostramos, graças a Rousseau, a Toc-
qucvillc, a Durkhcim, a Takott Parsons, que a teoria do homem como iodivf.
d1111é,cmnossapr6priacultura,limitadaoucnglobadapclofatodcsuanalu·
rc1.asocialscrcfttivamcatc,cmaisoumcnoscJ1plicilamc11tc.rccollhcdda.
Masdcsscpontodcvislaocumprímcotodenossalarcfaprcscntcoó
nospcrmitcdcscohar1U11atarcíaoova,qucco!Wstiricminvcncrapcrspcc·
lMlccmcxplic.ara!illcicdadcigualitáriaporcomparaçãocomasocicdadl!
hicr.irqllica de tipo poro, numa obra que se poderia chamar Homo atqUalli.
Tcndochegadoacstcponto,só.cpodc,aqui,çomhiuccmalgunsrcsultMlo.
jimaisoumcnosadqlliridos,dÍ1.crcomocssa.1arcfapodc11:rdefmida.
A partir de um or:rto momento da histõria ocidental, os homens .,.....
ram a .e ver como indMdUOL Pouco importa. que isso nio tenha acoalcdd"
dtl'(:pcotc,aindaq11escpossatraçarCSS01gencscdohomcmindMdual1par
tirdohomcmcolctivodasocicdadcdetipo1iadicio11al.Masoshomensn..1
dcizaram de ser seres socilli$ no dia cm que se conceberam de uma maneira
conlrária,ccs.sasituaçio.clraduzdcmv.itosmodos.Primeiro,aquiloq11eo
homem imagina de .si mesmo se toma de (ato real sob um certo ingulo: • w•·
cicdadc do homem-individuo Dão t, ou não t completamente, aquilo que era
aotcs.Aomcsmotempo,onovoS11bsumLivoassimintroduzídonaYidaood1I
nãoamodific.&tOlalmcntc.Jlobscrvamos,110infdo,q11ecsschomcmide1I
mcntcautõnomocra,noplanodofato,omaisdcpcndcnte~ldcw:uo
semclbante&,ena:rndoaumdcscavolvimcll\Oscmprcor:deotcsd.a<livi&Aodu
1rabalbo. Do mesmo modo, co11COrdamos com o ponto de "'5!1 de Tocqucvll
lc,scgundooqual1dcmocraciaindividualiM1nloévilY1:lacDãocom1con
diç.lodcC!.larcnglobadan111111ideologi1m1ilvMUdogfncrotr1dlciotl.ll
dc1ipouligi050011, t1M:1.dcoulrohpo lilum1u11lr1maaeir1de .. r1
qlle>llo: oc todaa .. r.<>ci«l1dc11pr~M"nl1n1 ,,. mro1no,. "lf•~•ll", modillran
do-osprofunda.mcoteseiwidoolrata.mcoloqucclasrcscrvamaclcs(llOla
ll8d),acomtítuiç.liodeumaovo"S11bsta.ntivo"iDdMdualista.tcmcomoc.oo·
se<;1üeocia aapariç.liodcum ~adjctivo"queoa.;ompai>hacomoscucomple­
mcoloocccs.irioccujocoate(idopodcscrprcvistoporcomparaç.lio
De modo muito pouco preciso, isto i! ..,rdndc, oo cstado aluai. Mas
1ambt111t..,rdadcq11eabierarquia1!11ma11CccssidadeWlivcrsalcqueelasc
manifestará de algunl 111odo,sob fomas ocultas, ..,rgoohosas, pato16gieas
com relaç.lio aosidcail opostoscmvigor.Scscabolisscaescravidiooum
mcioiDdividualis!aaoCXlrcmo - osEs!adosUoidos -,cotãoscobleria,no
ftn1dcalgumas.Ucadas.,porwo1estta.nhaalquimiaimpossl..,ldeeo;plicar,o
racismo: negando 11111a difcrcoçadcestatutosocial,1cr-sc-ia umadiscrimi-
naç.io de preto:.<to oom'li<o (d. Ap. A). Pcrçcbe-sc, do mcsmo modo, como
explicar os fenômenos tolalit!rios, não, o:cnameolc, com fórmulas, mas a
partirdeumaa.nili...tiorigorosaquantopossl..,ldodado.
Terminemos com um exemplo ma.is preciso. Eu o tomarei emprestado
dcum!rabalhoemquetenteiczplicarolugardoiodivlduooatcoriapolflic.a
moderna'""· Pode-se apro>itoar trEs pcnsadorcs políticos: Hobbt<., Rou.seau
cHegeltodosostrEsimportanlcs,parade»c&i.cfrcqllc11temeolcobjc1osdc
abominaç.lio.Asc..,.mçWhabit11a.isnioe11racm dclcsoquet~mcmco­
m11mc..,lamaconLiouidadccntrcHobbcscsc11Sdoiss11cessores.Ora,tudo
ficam11itoclaro11apcrspcdi""deoossacomparaç.lio:oqucrelÍDees5CSlrEs
fdósofoscosop6càmaioriadcsc11<contemporincosi!ofatodeque,par-
1irwlodcumaposiçioaparcolcmc11teourealmcolcindividualista.aoCXlrCmo,
clcsvultamalr.bpau forçaroindivlduoascfazcrouascrcconheccrho-
mcmsocial - sobafon11adocidadio,ooplanopolllico,CDlão,bcmeo1c11-
diclo,ci!acircuns1bciaq11ediMimulaaoatun:zaprofundadofato.Todosos
três possuem a dis.LiDç.lio de ler ultnpa.uado 1 idcologi.ll modcma para atri·
bul-laàrcalidadcsocial,ci!C0111relaç.lioaissoq11eprovocamcsdadalo.En-
quanlo para os libera.is o domln.io polftico i! wo domlnio especial submetido
anormasabstratasco;ujarclaçãoaodomln.ioglobalDãotobjetodciDvcsti-
gação sistcmãtíca, Hobbes, Ro11SSc.1111 e Hcgc~ ao contrário, pensam em lin-
guagem polllica - isto i!, 1111ma linguagem q11e ~.por oposiç.ioaosocial, a
linguagem do individuo moderno - a sociedade inteira. Tarcr1 impossl..,l
naturalmentc,mas~faimpostaporsuai!pocaacspfrilos<11jagra.ndc1.a
consisl.ecmoio..,tcrcsquivadoacla.Éafq11eest•aru.Jiodopcrigopo-
1cncialdcssasm<><0roN,esópodcrc111osccmunrscusautoresscpn:fcrinoos
~ mediocridade il intdighci•. TaM:z agora sc pcra:ba q11e emtc lugar para
uma rctomad• r•dical, <ompu11i"", da< questões dcS5c tipo e que Homo Ili~
1Wrllirwpmu.1judarliomoatqual<Jacomplctaracomciiociaqucclclc111
dcsi01C311\0.
AP!NDJCES
'11ND1Ci.A
CASTA, RACISMO E "ESTlATlFlCAÇÃO"'

ReOexõesdcumaatropólogosoc:ial

Numa";"'..,...,., lla_.iAton ,,.,..... ••• ptop6111ocla"""""°l'A-quc "o ICQIÍll


""''"'"' ...,.po,.1-, plu,.lim.-1.-0"l. li-~ o ...,,..-q.... L<mq..-.1<J>ik>..,U·
dadoo.., • .,..s.. ....... oalooba,0<&bor<l&oqoesllodlcomparw;*>cn11<a1<1i11<ma ...
""'•--q-.e"'po"õndl•,1<posq..,.quoluprlbefo.oonfenclonu-..... ""'·
...... ....,,.,.,~ ....1·.op-....,.""'°"'·""'"~·dc•1111I011111.....,.,.,.
pko<~ ... ...., .. p<ldo,fola«l<"asus"ro .. c1af.....,P.mpo111n1l11,P*-•Pharo
.., _ , . . _ •• ,,.iln...,.<N<pm..,.........,.Un-<loS.l?AlpDi~ua<ri·
'*""....,...s... mafo_lid.,.0100 .... q_,..,._,,_pn>«<l,mentoo0<mo"'"
mum>, oo - qU< oo ant~ que oinllllm up:nf11n1 4o lndio ._.iilm, cm -
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APINDl<EC
A CONCUÇÃO DA REALEZA NA ÍNDIA ANTIGA'

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.. 1iw1.. ooloCL"-""<"'l•i,_,.,,.i.c<o1o<oto..... po_.,..~ ....pon·
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..... P<-•tt.MÂlll.,_,ll60flt<-lllUIUi_,,.,._• ..,,.....,.,.. ••.....,.,,.........
10·-.... q....... _ .... propnodo.<lo--n<oo.• ......_ .... 6ncm
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quc1(apr<1<01aum..,..ono11111sírloldl'ocoquo-..!Asllmd""'mll,_do>1H•-
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•-pon•«l-">b ...... nicadClllCallornyas.
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•p<"*'dcumad...-,.,.dunn1<oquallll)U01n>locamui1G<llnmcnt<oprul>lomo:por
q,..afo.ço""'pod<"""'"""'""'""'"·"q""....,"'"""""""'lõtnrill~doq11<""'"·
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