Sumário
I. Introdução
II. Sistemas discretos
III. Propriedades da transformada
IV. Relação plano S plano Z
V. Métodos de discretização
VI. Erro em regime
VII. Projeto-plano-z
VIII. Sintonia de compensadores PID
IX. Projeto no plano w
X. Erro quantização
APENDICES
A) Diagrama de simulação
B) Critério de Jury
C) Exemplo de PROJETO NO PLANO Z
D) Tabela de transformadas
E) Bibliografia
3
Microcomputador
Clock
y(t)
y(t) y(k) u(k) u(t)
Conversor Algoritmo Conversor Processo
A/D D/A + zoh
0 0 0 0 0V
0 0 0 1 1V
0 0 1 0 2V
0 0 1 1 3V
...
1 1 1 1 15V
entrada saída
(Vi) D3 D2 D1 D0 Vi Conversor D3
0V 0 0 0 0 D2
1V 0 0 0 1
A/D D1
D0
2V 0 0 1 0
3V 0 0 1 1
...
15V 1 1 1 1
entrada saída
(Vi) D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0
0V 0 0 0 0 0 0 0 0
19,5 mV 0 0 0 0 0 0 0 1
...
5V 1 1 1 1 1 1 1 1
SINAIS DISCRETOS
I) INTRODUÇÃO
A notação y[k] significa uma seqüência de números, real ou complexa,
definida para cada inteiro K.
A seqüência y[k] será chamada de sinal digital ou sinal discreto, e o índice
k é o tempo discreto.
Exemplos:
1) seqüência degrau
0 1 2 3 4 5 6 k
2) seqüência delta
0 k
Reescrevendo a equação 1:
a[y(t+ t) – y(t)] + yt = u(t) t
y(t+ t) = (1 - t/a)y(t) + u(t)t/a (2)
definindo: T=t = cte (período de amostragem)
8
t = KT (instante de amostragem)
y(t+t) = y(kT +T) = y[(k+1)T] = y(k+1)
y(t) = y(kT) = yk
reescrevendo a equação (2):
y(k+1) = (1-T/a) y(k) + (T/a) u(k)
Esta é uma equação à diferença de primeira ordem, linear.
y(t)
y(t) = t
0 1 2 3 t
yk T
y(k) = kT
0 1 2 3 k
b) Ganho
O sinal de saída é multiplicado pela valor a. Este valor pode ser positivo,
negativo, maior que 1 ou menor que 1.
c) somador
A tensão de saída é a soma dos sinais de entrada.
a c=a+b
b
Exemplos:
a) yk = 2uk + 3uk-1
2
u(k) y(k)
-1 3
z
V) TRANSFORMADA Z
Um sinal continuo (no tempo) pode ser discretizado (no tempo) através de
um dispositivo chamado amostrador. Ele é representado por uma chave que é
fechada em instantes discretos tk durante um intervalo de tempo dk. Ele gera um
trem de pulos de duração dk.
dk
tk, dk
f(t) f*(t)
tk
Para simplificar a análise matemática suporemos um amostrador ideal, tal
que a duração dos pulsos seja desprezível e que este trem de pulsos seja
representado por um trem de impulsos de mesma área.
T
f(t) f*(t)
vezes =
F*(s) = L[f*(t)] = f(kT) (t-kT) e- st dt
k=0 0
F*(s) = L[f*(t)] = f(kT) e- kTs
k=0
11
Onde o termo e-kTs introduz funções não algébricas que fazem com que a
análise de sistemas amostrados utilizando a transformada de Laplace seja
inconveniente. Para evitar esta dificuldade, será feita uma mudança de variável:
z = esT
que transforma o plano complexo S em um outro plano complexo chamado
plano Z, e que permite definir a transformada da função f(t) que é idêntica à
transformada de Laplace do sinal pulsado f*(t). Então:
F(z) = Z{f(k)} = f(kT) z - k
k=0
F(z) = Z{f(k)} = f(kT) z -k = b k z -k
k=0 k=0
Para que exista a transformada Z, a série deve convergir. Ela irá convergir se |r|
<1, neste caso:
dy y(t) – y(t-t)
dt t
12
Fazendo t=KT e
t = T
O filtro passa-baixa é mostrado a seguir:
vo/vi = 1/RC
R = 1000 s + 1/RC
Vo
fazendo 1/RC= a
C=1 F
Vi yk = y(k-1) + aTuk
1 + aT
PROGRAMA MATLAB
w1=1000;
w2=400;
uk1=0;
yka1=0;
yka2=0;
RC=.001;
T=0.0001; % quanto menor T, menor a amplitude do sinal de saída
hold on
for t=0:T:x*6.28
u1=sin(w1*t);
u2=sin(w2*t);
%for X=0:.01:b
%u=sin(X);
y1=(T*u1+yka1*RC)/(T+RC);
y2=(T*u2+yka2*RC)/(T+RC);
%y1=0.048*u1+0.048*uk1+yka1*0.905; % Tustim com prewarping
yka1=y1;
yka2=y2;
13
uk1=u1;
plot(t, u1)
plot(t, u2)
plot(t,y1, '*')
plot(t,y2, '*')
end
hold off
14
PROPRIEDADES DA TRANSFORMADA Z
1) Linearidade
Se {f1(k)} = F1(z) e {f2(k)} = F2(z), então {a f1(k) + b f2(k)} =a F1(z) + b F2(z).
2) Deslocamento
Se {f(k)} = F(z), então
n-1
{f(kT+nT)} = z {F(z) - fk z -k}
n
k=0
Exemplo:
a) yk+1 + 2yk = uk
{ yk+1 } = z{y(z) – y(0)} = zy(z) –zy(0)
{ yk } = z{y(z)}
{ uk } = z{u(z)}
considerando as condições iniciais iguais a zero: y(0)=0:
(z+2)y(z)=u(z)
y(z)=u(z)/(z+2)
3) Atraso
{ y(t-nT) u(t-nT) } = z - n{y(z)}
6) Convolução
Dados dois sinais discretos, uk e gk. A convolução entre estes dois sinais é
definido como:
k k
Yk = gj uk-j = gk-j uj = {gk}*{uk}
j=0 j=0
ANTI-TRANSFORMADA
Então:
F(z) = -10 z + 10 z
z-1 z-2
Da tabela de transformada: fk= -10 + 10.2k = 10(2k-1)
O módulo vale:
|z|= eT
Para o sistema ser estável no plano s, deve-se Ter <0. Substituindo na
equação anterior, verifica-se que o módulo de z deve ser menor que 1, |z| <1.
j Im(z)
Re(z)
Plano S Plano z
OBS: Deve-se lembrar que GT(s) pode incluir um segurador de ordem zero.
z = esT
então:
G(z) = 1-e-aT
z - e-aT
1) Caso 1
G1(s) G2(s)
X(s D(s Y(s
X*(s) Y*(s)
) ) )
Y(s) = G2(s) D(s)
D(s) = G1(s) X*(s)
Y(s) = G1(s)G2(s) X*(s)
O sinal X*(s) já é um sinal discreto, e ao passar pelo amostrador de saída
não sofrem alterações. Então é feita a discretizaçao do produto das funções
G1(s)G2(s).
[G1(s)G2(s)]* = G1G2(z)
Y(z) = G1G2(z) X(z)
2) Caso 2
G1(s) G2(s)
X(s Y(s
X*(s) D(s D*(s) Y*(s)
) )
)
Y(s) = G2(s) D*(s)
19
T C(s
R(s) G(s) )
E(s E*(s)
C*(s)
)
j
constante
= cos
j1 = cos-1
-1
Re (z) Im(z)
0 1 0
0,1 0,9 0,09
0,5 0,532 0,290
0,8 0,313 0,32
21
1 0,199 0,309
1,5 0,016 0,22
2 -0,056 0,12
d = n 1 - 2
MÉTODOS DE DISCRETIZAÇÃO
H(s)
H(s) = 1 H(s)
(s + a)(s + b)
Propriedades:
1) D(z) tem a mesma resposta ao impulso que D(s)
2) D(z) não preserva a resposta em freqüência de D(s)
3) Mapeamento plano s - plano z
secundária
j
Faixa
Im(z)
js/2
primária
Re(z)
Faixa
- js/2
secundária
Plano z
Faixa
Plano S
Exemplo:
G(s) = 1/(s(s+1)) para T=1s G(s) = (1 - e-sT ) 1
s s(s + 1)
G(z) = (1 - z-1) z [ 1 ]
2
s (s + 1)
G(z) = 0,368 z + 0,264
(z - 1)(z - 0,368)
Propriedades:
1) D(z) não preserva as respostas ao impulso e em freqüência de D(s)
2) Mapeamento plano s - plano z. Se D(s) é estável, D(z) será estável também.
Exemplo:
D(z) = a
D(s) = a/(s+ a)
1 - z-1 +a
T
D(z) = aT
1 +a T - z-1
Propriedades:
a) É de fácil aplicação
b) Não preserva respostas ao impulso e em freqüência.
c) Mapeamento plano s - plano z
j
Im(z)
Re(z)
Plano z
Plano S
Exemplo:
H(s) = a/(s+a)
Então: H(z) = a = a(z+1)
2 (1 - z-1) +a z(2/T +a) + a - 2/T
T(1 + z-1)
Propriedades:
1) transforma todo o semi-plano esquerdo do plano s, no círculo unitário do
plano z.
2) Não preserva respostas ao impulso e em freqüência.
3) Mapeamento plano s - plano z
j
Im(z)
Re(z)
Plano z
Plano S
28
s = 2 (1 - z-1 )
T (1 + z-1)
* = 2 tan(T/2)
T
*
T
Para baixos valores de não há distorção, pois tg() . Para (T/2) <
17 , teremos * = .
o
Para todos pólos e zeros desejados, substitui-se [s+a] por [s+a'] onde:
a' = 2 tan(aT/2)
T
Neste método deve ser feito um ajuste de escala para preservar o ganho DC.
Exemplo: D(s) = a
(s+a)
29
Fazendo o pre-warping
D(s,a') = a
s + 2 tan(aT/2)
T
Calculando D(z)
D(z) = a
2 z-1 + 2 tan(aT/2)
T z +1 T
O ganho DC do filtro no plano s vale D(s)=1.
D(t = ) = lim a = 1
s0 (s+a)
No plano z, o ganho DC vale:
D(k = ) = lim ak =1
z1 2 z-1 + 2 tan(aT/2)
T z +1 T
K= 2 tan(aT/2)
T a
Propriedades:
1) Ele mapeia o lado esquerdo do plano s no círculo unitário no plano z.
2) Ele preserva a resposta em freqüência para uma freqüência específica e para
o ganho DC, e comprimi a faixa de freqüência de *= para =
3) A resposta ao impulso e de fase não são preservadas.
Exemplo:
D(s) = s
(s+a)
30
D(z) = 1+e-aT z - 1
2 z - e-aT
Exercício:
a) Discretize o sistema abaixo por todos os métodos vistos na teoria, utilizando o
comando C2D no programa MATLAB ( T=1ms):
100
s + 100
resistência Medidor de
temperatura
na entrada com erro finito. Para não Ter erro deve-se colocar um integrado na
malha, ou seja Ter o equivalente a dois integradores na malha.
E(z C(z)
R(z) ) G(z)
B(z H(z)
)
O erro é definido como:
E(z) = R(z)
1 + G(z)H(z)
G(z)H(z) = K (z-zi)
(z-1)N (z-pi)
R(z) = Rz
z - 1
onde: R é a amplitude do
sinal de entrada
e*ss = lim R = R
z1 1 + G(z)H(z) 1 + lim G(z)H(z)
z1
Kp = lim G(z)H(z)
z1
Para se ter erro zero, quando se aplica uma sequencia degrau na entrada,
Kp deve ser infinito. Para kp ser infinito implica que a função G(z)H(z) deve Ter um
pólo, ao menos, em z=1.
Para sistemas com tipo 1, o erro será zero.
e*ss = lim RT
z1 [1 + G(z)H(z) ] (z -1)
e*ss = R
lim (z -1) G(z)H(z)
z1 T
Para se Ter erro zero, Kv deve ser infinito. Isto significa que G(z)H(z) deve
ter, no mínimo, dois pólos em z=1.
O termo erro de velocidade é usado para indicar o erro para uma entrada
rampa. A dimensão do erro de velocidade é a mesma que a do erro do sistema,
isto é, o erro de velocidade não é um erro de velocidade, mas um erro na posição
devido à entrada tipo rampa.
e*ss = T2 lim R (z + 1)
2 z1 (z -1)2 [1 + G(z)H(z) ]
e*ss = R
lim (z -1)2 G(z)H(z)
z1 T2
A constante de erro de aceleração é definida como:
Exemplo
a) Determine o ganho K para que o sistema tenha um coeficiente de amortecimento de 0,7.
10
K (z – 0,8) (z + 0,8)
O lugar das raízes, junto com o lugar geométrico de constante, igual a 0,7
é mostrado na figura abaixo.
36
|K| = 1
10
(z – 0,8 ) (z + 0,8)
EXERCÍCIOS:
1) a)Calcule o ganho do sistema para se ter kp=50, sendo aplicado
uma seqüência degrau unitário na entrada.
b) Qual o valor do erro em regime, e da saída em regime.
K 5
(z-0,9) z
10
(z-1) (z+1)
K SOZ 100
s+100
z K SOZ 100
z-1 s+ 100
c) Calcule Kv
d) Simule este sistema
b)
Z Z
Z - 1 Z - 0,2
c)
Z Z Z
Z- 1 Z - 1 Z - 0,2
Resposta:
Figura Entrada Entrada
degrau rampa
a Erro finito Erro infinito
b Erro zero Erro finito
c Erro zero Erro zero
PARA O PLANO S
R(z) C(z)
+ K G(z)
-
F(z) = C(z) = KG(z)
R(z) 1+ K G(z).H(z)
H(z)
Explicação:
Critério de ângulo: para um ponto pertencer ao lugar das raízes (isto é, ser
solução da equação característica), o ângulo da função G(z)H(z) naquele ponto
deve ser ±(1+2L)180o.
Critério de módulo: escolhido um ponto no lugar das raízes, o módulo vale |K| =
1/| G(z)H(z)|.
A localização das raízes, isto é, os seus valores, definem ainda algumas
especificações do sistema como, por exemplo, overshoot, tempo de pico, tempo
de acomodação, etc. O método do lugar das raízes permite que se escolham os
valores dos parâmetros da função de transferência, que satisfaçam às
especificações do sistema.
Com o uso deste método, podem-se prever os efeitos sobre a localização
dos pólos de malha fechada, quando houver variação do valor do ganho de malha
aberta ou forem acrescidos pólos e/ou zeros na função de transferência de malha
aberta.
= 180(2N +1) [ N=
0,1,2,..... ]
n-m
= (p1 + p2 +p3 .....+ pn) - (z1 + z2 +
.....zm)
n - mde entrada e de saída do Lugar Geométrico das
Regra 6: O cálculo dos pontos
Raízes no eixo real do plano z é realizado com base na equação d(G(z)H(z))/dz=0.
42
1. INTRODUÇÃO
O projeto do lugar das raízes no plano Z é uma técnica onde se busca
colocar os pólos em malha fechada em determinado local, para atender às
especificações do projeto. Algumas vezes, pode-se obter o resultado desejado
alterando-se apenas o ganho, em outras vezes será necessário acrescentar pólos
e/ou zeros.
43
Plano S Plano z
KC(z) G(z)
-
D(z)
C(z) = K C(z)G(z)
U(z) 1 + K C(z)G(z)D(z)
Exemplo 1.1: Determine o ganho máximo que ainda pode manter o sistema
estável. Período de amostragem T=1s.
44
G(z) K
G(z) = z . 6,32 -
(z-1) (z-0,368)
Para se desenhar o lugar das raízes pode ser usado o critério de ângulo
que diz que para um ponto pertencer ao lugar das raízes, o somatório dos ângulos
dos vetores formados por linhas ligando os pólos a este ponto, menos o somatório
dos vetores formados por linhas ligando os zeros a este ponto, deve ser 180 o ou
(N+1)180º.
Para se determinar o ganho máximo que ainda mantém o sistema estável,
pode ser utilizado critério de módulo. O critério de módulo possibilita calcular o
ganho k em um determinado ponto do lugar das raízes. Do ponto em questão são
desenhados vetores para os pólos e zeros. Mede-se o valor em módulo destes
vetores. O valor de k será o produtório dos vetores dos pólos em relação a este
ponto dividido pelo produtório dos vetores dos zeros em relação a este ponto.
Pela observação do lugar das raízes, pode-se calcular o ganho máximo que
ainda mantém o sistema estável. Nota-se que um dos pólos termina no zero,
dentro do círculo unitário. O outro pólo termina no infinito, saindo do círculo
unitário no ponto z=–1. Substituindo este valor na equação característica:
1 + z 6, 32 K = 0
(z-1) (z-0,368)
(z-1) (z-0,368) + z 6, 32 K = 0
(-1 –1)(-1 –0,368) + (-1)6,32 K = 0
k 6,32 = 2,736
k= 0,433
45
Pelo lugar das raízes é possível verificar que o sistema sempre será
instável. Para estabilizar o sistema é possível utilizar um compensador na forma:
Gc = Kc z – zo
z - zp
Pela figura acima é possível verificar que o sistema será sempre instável,
pois o lugar das raízes se encontra fora do círculo unitário.
46
Exercícios:
1)Para o sistema do exemplo anterior, calcule Kp, Kv e Ka.
2. COMPENSADORES
É possível alterar as características de um sistema incluindo
compensadores. Estes compensadores podem ser do tipo PID, avanço de fase ou
atraso de fase.
Gc = kc z –zz Gc = kc z –zz
z – zp z – zp
Exemplo: Exemplo:
3. PROJETO NO PLANO Z
Para este projeto vamos definir que o pólo e o zero do compensador devem
ficar bem próximos, para que eles não alterem de forma significativa o lugar das
raízes. Isto evitará que tenhamos que redesenhar o lugar da raízes após a
inclusão do compensador.
Pelo critério de ângulo se o pólo e o zero estiverem bem próximos, os
ângulos formados por eles irão se anular e isto fará que o lugar das raízes não
sofra alterações significativas.
Partimos da especificação do coeficiente de amortecimento e do valor do
erro em regime (ou da constante de erro).
Resumo do projeto:
1) Calcular o valor do erro em regime. Para isto deve-se calcular a
constante de erro (kv ou Kp) do sistema original.
2) Verificar se este valor atende à especificação do problema. Se não
atender incluir um ganho (ke) multiplicando a equação em malha aberta,
de tal forma que o ganho DC atenda o valor da constante de erro.
3) Traçar o lugar das raízes e verificar qual é o valor do ganho (K) que
atende o valor do coeficiente de amortecimento (),
4) Escrever a equação em malha aberta, levando em conta o compensador
e o ganho Ke.
Obs: neste caso os ganhos da planta estão em Kg
5) Para atender a condição do coeficiente de amortecimento (K ) deve-se
calcular: K = Ke.Kc.Kg . Então Kc= K/ Ke.Kg.
6) O ganho DC do compensador deve ser unitário, para não alterar a
constante de erro, isto é:
Kc=(1 – zp)/(1 – zz)
Kg – ganho da
planta
Ke. Kc ( z – zz) Kg G(z)
(z – zp) O ganho DC do
Ke deve atender o compensador deve ser
valor da constante unitário, isto é:
de erro Kc=(1 – zp)/(1 – zz)
48
4. EXEMPLO
1) Dado o sistema realimentado:
z+ 1
(z + 0,5)(z – 0,5)
Kp = 30 = ke lim z+ 1
z1 (z + 0,5)(z – 0,5)
Resultando em:
Ke = 11,24 (com este ganho (ke) na malha, teremos Kp=30).
Para encontrar o valor de kqsi usamos o critério de módulo.
Desenhando o lugar das raízes, é possível observar que para se ter as
raízes em malha fechada coincidentes com a linha de =0,2, o ganho do sistema
deve ser kqsi=0,67.
Note que para kp=30, k deve ser 11,24, mas para atender a condição de
=0,2, k deve ser 0,67. Temos uma situação que só poderá ser resolvida com um
compensador.
Propondo um compensador, com Gc(k ) = 1, isto é o ganho DC =1:
Gc = Kc z – zz
z – zp
Ke . 2,67 = 30
Ke = 11,24
Valor Valor
=1 = 2,67
Cálculo de Kc
Da equação em malha aberta
ke. kc z – zz . z+1
z –zp (z + 0,5)(z – 0,5)
Gc() = lim Kc z – zz = 1
z 1 z – zp
Gc = 5,9610-2 (z – 0,90)
( z – 0,99431)
Gc = 1 ( s + 10)
10 (s + 1)
51
1 10 e
-10T -1T
e
10 1
-10T -1T
e e
10 1 1 10
Para encontrar a localização dos pólos no plano Z fazemos z=esT. Para este
exemplo temos pólo = -10 e zero=-1, no plano S.
No plano Z teremos: pólo= e-10T e zero= e-1T
1. INTRODUÇÃO
Para analisar qualquer sistema é necessário conhecer em detalhes as
características deste sistema, em termos da função de transferência ou através
das equações diferenciais, isto é chamado o modelamento do sistema. E também
é necessário conhecer os parâmetros da equação ou da função de transferência,
isto é chamado identificação dos parâmetros.
O modelo representado pela função de transferência é composto por polos,
zeros e ganho. Quando se faz o modelamento, busca-se conhecer quantos polos
e zeros a planta possui. Quando falamos em identificação dos parâmetros, busca-
se conhecer o os valores dos pólos, zeros e ganho.
Sendo conhecido o modelo e os parâmetros é possível fazer o projeto do
compensador através das técnicas conhecidas: lugar das raízes, diagramas em
freqüência, etc.
Mas algumas vezes o sistema é muito complexo sendo muito difícil fazer o
seu modelamento exato. Mesmo que seja possível fazer o modelamento, algumas
vezes é difícil obter os parâmetros devido à impossibilidade de fazer medições,
pois não temos acesso à pontos intermediários do sistema.
Em muitos sistemas temos acesso apenas à medição do sinal de entrada e
da saída.
Para estes casos é possível modelar o sistema como se fosse um sistema
de primeira ou segunda ordem. Para este tipo de modelamento foram efetuados
estudos e foram propostas estratégias de compensação utilizando o compensador
PID.
Estes compensadores são chamados compensadores de parâmetros
otimizados, pois a estrutura já está definida. Os seus parâmetros são otimizados
dependendo da dinâmica do processo a controlar.
As regras de sintonia de compensadores têm um forte componente
empírico. Elas se aplicam a processos tipo passa-baixa.
Quando o modelo do processo é conhecido, é mais adequado fazer a
análise pelas técnicas de controle como BODE, LUGAR DAS RAÍZES, etc, para
encontrar os parâmetros mais adequados.
Para processos onde o modelamento exato da planta é muito difícil, estas
regras de sintonia ajudam a obter uma resposta otimizada.
53
proporcional
Kp
integral + u(z)
e(z)
KI1 +
s
derivativo +
Kd s
PID
e u
54
A equação resultante é:
proporcional
Kp
integral + u(z)
e(z)
KpTo 1 +
Ti z
-1
derivativo +
KpTd z–1
To z
integral
w(z) + KpToKI 1 u(z)
zoh Processo Y(z
+
z-1 - )
- proprocional
+
Kp
+
derivativo
KpTd z–1
To z
Note que estas correlações podem não ser exatamente precisas, porque
Kp, Ki e Kd são dependentes de cada um. De fato, mudando uma destas
variáveis, pode-se provocar mundaças nas outras duas. Por isto esta tabela deve
ser usada apenas como referencia, na determinação de Ki, Kp e Kd.
Tipo de Função de Kp Ti Td
controlador transferência
P Kp T/(KE L) máximo 0
PI Kp[1 + 1/(T is)] 0,9 T/(KE L) L/0,3 0
PID Kp[1 + 1/(T is) + T ds] 1,2 T/(KE L) 2L 0,5 L
Onde: ver figura abaixo para o significado de L e T. Note que o sinal de entrada
é um degrau unitário. Na figura K=KE.
60
Tipo de Função de Kp Ti Td
controlador transferência
P Kp 0,5 Kcr máximo 0
PI Kp[1 + 1/(T is)] 0,45 Kcr Pcr /1,2 0
PID Kp[1 + 1/(Tis) + Tds] 0,6 Kcr 0,5 Pcr 0,125 Pcr
PROJETO NO PLANO W
Plano z
Plano W
j = ejT - 1 = j tan(T/2)
ejT + 1
TRANSFORMAÇÃO W'
Uma modificação pode ser obtida através do fator de escala T/2.
W' = 2/T W
Isto é:
z = 1 + W'T/2 W' = 2 z - 1
1 - W'T/2 T z + 1
EXEMPLOS:
1) Dada função G(s) e supondo a utilização de um segurador de ordem zero, com
T= 0,1 s, calcule a função de transferência nos planos W e W’.
ZOH 5
s+5
Plano W:
G(W) = 0,39 G(W) = 0,39 (1-W)
1+W - 0,61 0,39 + 1,61 W
1-W
Plano W’:
ZOH 0,1
s(s+0,1)
Resolução:
G(z) = (1-z-1) [ 0,1 ] = 0,048 (z + 0,967)
2
s (s+0,1) (z - 1) (z - 0,905)
100
s+100
Diagrama de
G(j 1
módulo
)
D(j)G(j)
0 dB
a b
Diagrama
de fase
0º
180
º fase(G(j
))
Onde G(j 1) é o módulo da função G(j), no ponto 1, obtido graficamente (sem
compensação).
Após isto este compensador dever ser transformado para o plano Z, pois
ele será implementado em um microcomputador.
S 1200
Gc O
s (s+5)(s+10)
Z
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MATLAb
s=tf('s')
g=1/(s+1)
gd=c2d(g,.1,'prewarp',1) % CONVERT S para Z
gw=d2c(gd,'tustin') % CONVERT Z para W’
bode(gw)
Simbólico
syms z w
G=0.048*(z+1)/(z-.9047);
GN=subs(G,z,(1+w)/(1-w))
pretty(GN)
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ERRO DE QUANTIZAÇÃO
Como a palavra binária sempre será finita, isto irá introduzir erros no
sistema, chamados de Erros de Quantização.
Supondo a palavra com um comprimento de c bits, será possível
representar 2c números binários.
Exemplo: palavra com 3 bits => 23 bytes = 8 bytes
2 1 0
Bit 2 (2 ) Bit 1 (2 ) Bit 0 (2 )
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
Byte Tensão
equivalente
0000 0000 0V
0000 0001 19 mV
0000 0010 36 mV
Note que para q=0,01 o sistema tende para o valor correto. Mas para a
situação em que q=0,5 o sistema tende para um valor múltiplo de q.
APÊNDICES
71
DIAGRAMA DE SIMULAÇÃO
7 dy/dt 3 y(k-1)
4 y 9 y(k-2)
9
72
d2y/d2t dy/dt y
u
3
Exercícios:
1) Simule no programa SIMULINK o sistema contínuo mostrado na figura acima,
aplicando um degrau unitário na entrada.
2) Simule no programa SIMULINK o sistema discreto mostrado na figura acima,
aplicando uma seqüência degrau unitário na entrada.
a) SISTEMA IDEAL
G(s) = 72.000
(s+30).(s+3.000)
G(s) = 360.000.000
(s+30).(s+3.000)(s+5.000)
EXERCÍCIOS
1000
s + 1000
b0 b1 b2 bn-k bn-1
bn-1 bn-2 bn-3 bk-1 b0
c0 c1 c2 cn-2
cn-2 cn-3 cn-4 c0
. .
. .
. .
m0 m1 m2
ao an-k bo bn-1-k
bk = an ak ck = bn-1 bk
k = 0,1,2,…., n-1 k=0,1,2,...,n-2
co cn-2-k
dk = cn-2 ck
k = 0,1,2,…., n-3
zo z1 z2 z3
-0,2 1,05 -1,8 1
1 -1,8 1,05 -0,2
zo z1 z2 z3 zo z1 z2 z3
-0,2 1 -0,2 -1,8
1 -0,2 1 -1,8 1,05 -0,2
-0.96 1,59
zo z1 z2 z3 zo z1 z2 z3
-0,2 1,05 -0,2 1,05 -1,8 1
1 -1,8 1 -1,8 1,05 -0,2
-0,69 -0.96 1,59 -0,69
|bo| =0,96
|bn-1|=0,69
|bo| > |bn-1|
O sistema é estável
G(z) = K (1-e-T)z
(z-1)(z-e-T)
Equação característica:
D(z) = z2 + (-1,368 + K.0,632)z + 0,368 = 0
Obs: para um sistema de Segunda ordem temos apenas uma linha
zo z1 z2
0,36 -1,368 + K.0,632 1
8
K1 (z+a)
(z+b)(z+c)
Kc (z+b) K1 (z+a)
(z+d) (z+b)(z+c)
ts(2%) = 4
n
Para o ponto P pertencer ao lugar das raízes o somatório dos ângulos dos
zeros menos os pólos deve ser 180o. As singularidades conhecidas são: polo-
planta=139o e zero_planta=17o, que são medidas da figura abaixo. Então para o
ponto pertencer ao Lugar das raízes: p - z = 180, isto é:
polo_compensador+139o -17o = 180o , então polo_compensador =58o.
FÓRMULAS
Mp - máximo overshoot
= 1
ts = 4
n
n
= -T = 1
= -ln r n = 1 ( ln2 r + 2)
ln r n
( ln2 r + 2) T
RESOLUÇÃO ALGÉBRICA
Dada a planta:
G(z) = 0,01758 (z+0,876)
(z-1)(z-0,670)
MF = kc 0,0175 (z + 0,876)
z - z(1 + - 0,01758 kc) + + Kc 0,0154
2
1 + - 0,01758 kc = -1,0316
+ Kc 0,0154 = 0,4496
Resolvendo esta equação, chega-se ao valor do pólo do compensador:
=0,254 e do ganho k=13,22.
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1) PHILLIPS, Charles & NAGLE, H. Troy, Digital Control Systems, Prentice Hall,
3a edição, 1995.
2) OGATA, K., Discrete-Time Control Systems
3) OGATA, K., Engenharia de Controle Moderno, Prentice Hall do Brasil.
4) CHEN, C.T., Introduction to Linear Systems Theory, Holt, Rinehart and Wiston
Inc, 1984.
5) KUO, Benjamin C., Digital Control Systems, Holt, Rinehart and Winston Inc.,
1980
6) KUO, Benjamin C., Sistemas de Controle Automático
7) D’AZZO, J.J, & HOUPIS, C.H., Análise e Projeto de Sistemas de Controle
Lineares, Guanabara Dois;2a edição.
8) KATZ, Paul, Digital Control Using Microprocessor, Prentice Hall inc, 1981.
9) BOTTURA, C.P., Análise Linear de Sistemas, Guanabara 2, 1981.
10) CASTRUCCI, Controle Digital,
11) DISTEFANO, Sistemas de Retroação e Controle, Coleção Schaum.
12) BARCZAK, CZESLAU, Controle Digital de Sitemas Dinâmicos, Editora Edgar
Blucher ltda, 1995.
13) DORF, Richard & BISHOP, Robert, Sistemas de Controle Moderno, editora
LTC, Rio de Janeiro, 2001