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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil


Centro de Tecnologia e Geociência (CTG)

CARTAS DE SUSCETIBILIDADE DOS SOLOS DO


DISTRITO FEDERAL ELABORADAS SOB PARÂMETROS
PEDOLÓGICOS

Disciplina: Pedologia Aplicada à Engenharia Civil


Professor: DSc. Silvio Romero de Melo Ferreira
Discente:
Ana Karine Santos Dantas
Bruno Diego de Morais
Fellipe José Reis Brandão
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SUMÁRIO
■ ÁREA DE ESTUDO
■ CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
■ OBJETIVO
■ METODOLOGIA
■ RESULTADOS
■ CONCLUSÃO
■ REFERÊNCIA

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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL
Localização de Brasília

■ O Distrito Federal é uma das 27


unidades federativas do Brasil e está
localizado na região Centro-Oeste do
País.

■ Possui uma área de 5.184 km² está


dividido em 31 regiões administrativas,
sendo Brasília a capital federal do Brasil
e sede do governo do Distrito Feder

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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL
■ Relevo:

■ O Relevo constitui-se de planaltos, planícies e várzeas, caracterizando


o cerrado;

■ Em geral o relevo é plano, com suaves ondulações, com altitude


variando entre 600 e 1.100 metros do nível do mar e sendo o ponto
mais alto o Pico do Roncador, com 1.341 metros, localizado na Serra
do Sobradinho.

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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL
■ Hidrografia:

■ No Distrito Federal localizam-se as cabeceiras de afluentes de três dos


maiores rios brasileiros - o Rio Maranhão (afluente do Rio Tocantins), o Rio
Preto (afluente do Rio São Francisco) e os rios São Bartolomeu e Descoberto
(tributários do Rio Paraná);

■ Distrito Federal foi dividido em três comitês de Bacias Hidrográficas (CBH):


Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, Comitê da Bacia Hidrográfica
do Rio Preto e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Maranhão.

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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL
■ Vegetação:

■ A vegetação do Distrito Federal, região de cerrado com condições


ambientais como pouca água, falta de umidade no ar e acidez no
solo, adaptou-se e é composta por árvores de galhos e caules grossos
e retorcidos, distribuídos de uma forma esparsa;

■ Também existem gramíneas, várias espécies de capins, que se


desenvolvem embaixo das árvores e umas espécies semi-arbustivas;
a mata ciliar composta por florestas estreitas e densas, formadas ao
longo do leito dos rios e riachos.
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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL

■ Clima:

■ O clima predominante no Distrito Federal é o tropical sazonal, com


verão chuvoso e quente e inverno frio e seco, com índices de umidade
em torno de 68% no verão e em 25% no inverno.

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ÁREA DE ESTUDO: DISTRITO FEDERAL
Média de temperatura de Brasília
■ Clima:

■ A temperatura média varia de 13º C


até 27º C, com média anual em
torno de 20º C;

■ A média das precipitações anuais


ficam entre 1.200 e 1.800
milímetros.

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CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
As classes de solos identificadas no Boletim Técnico n.53 - Levantamento de
reconhecimento dos solos do Distrito Federal, foram:

Latossolo ■ Glei pouco húmico


Podzólico ■ Glei húmico
Terra roxa estruturada ■ Solos orgânicos
Brunizem avermelhado Laterita hidromorfica
Cambissolo Podzol hidromórfico
Solos litólicos Areias quartzosas
Solos aluviais Afloramentos de rocha
Solos hidromórficos

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OBJETIVO
■ Este trabalho tem como objetivo a elaboração de cartas de
suscetibilidade dos solos do Distrito Federal, tendo como base os
parâmetros pedológicos extraídos do Mapa de Reconhecimento dos
Solos do Distrito Federal e do e do Boletim Técnico - n.º 53,
elaborados pela Embrapa em 1978.

■ As cartas de suscetibilidades correlacionam características genéticas


dos solos com suas propriedades geotécnicas, de modo a produzir
informações a respeito da:

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OBJETIVO
■ Solos problemáticos: ■ Estradas:
Suscetibilidade ao colapso; Suscetibilidade quanto ao uso como base
em estradas;
Suscetibilidade à dispersão;
Suscetibilidade quanto ao uso como sub-
Suscetibilidade à erosão; base em estradas;
Suscetibilidade à expansão; Suscetibilidade quanto ao uso como
Suscetibilidade à ocorrência de solos subleito em estradas;
moles; Suscetibilidade quanto ao uso como
reforço do subleito em estradas;
■ Fundações:
Suscetibilidade ao assentamento de
fundações rasas;

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OBJETIVO
■ Aterros sanitários: Suscetibilidade quanto ao uso como
núcleo em barragem de terra-
Suscetibilidade quanto ao uso como enrocamento;
camada de cobertura de aterro sanitário;
Suscetibilidade quanto ao uso como rip-
Suscetibilidade quanto ao uso como rap em barragem de terra-enrocamento;
camada impermeabilizante de aterro
sanitário; Suscetibilidade quanto ao uso como
tapete impermeável em barragem de
terra-enrocamento;
■ Barragens: Suscetibilidade quanto ao uso como
Suscetibilidade quanto ao uso como cut- talude de montante em barragem de
off em barragem de terra-enrocamento; terra-enrocamento;
Suscetibilidade quanto ao uso como Suscetibilidade quanto ao uso como
dreno de pé em barragem de terra- talude de jusante em barragem de terra-
enrocamento; enrocamento;
Suscetibilidade quanto ao uso como filtro
em barragem de terra-enrocamento;
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METODOLOGIA
■ Fez-se o levantamento das unidades pedológicas que ocorrem no Distrito
Federal; para que então, fossem identificadas suas características geotécnicas;

■ Partindo desse levantamento, foram elaboradas matrizes pedológicas, as quais


correlacionam qualitativamente as unidades pedológicas à suscetibilidade,
fosse esta em relação aos problemas geotécnicos (colapso, expansão, solos
moles, dispersão e erosão), fosse em relação a aplicação em obras (fundações
rasas, estradas, barragem de terra-enrocamento, aterro sanitário);

■ O grau de suscetibilidade foi hierarquizado em três níveis (baixo, médio ou alto).

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METODOLOGIA
■ Assim sendo, em áreas onde ocorria apenas uma unidade pedológica, o grau
atribuído foi dado em função das características geotécnicas daquela unidade
correlacionadas ao problema geotécnico ou a aplicação.

■ Nas áreas onde ocorriam associações de duas unidades pedológicas adotou-se


o critério utilizado por Amorim (2004), que considerou que a suscetibilidade
final adotada para a unidade de solo composto seria a mais desfavorável dentre
as apresentadas pelas unidades pedológicas constituintes.

■ De posse das matrizes pedológicas, foram elaboradas as cartas de


suscetibilidade.

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METODOLOGIA
■ Neste trabalho optou-se por utilizar o programa QGIS 2.8.2, trata-se de um software
gratuito para criação, edição, e análise de informações geoespaciais em conjunto
com informações não gráficas.

■ O mapa pedológico georreferenciado e compatível com o QGIS (formato shape) foi


baixado no site da Embrapa, acoplado com a tabela de atributos de cada unidade
pedológica. A carta referente ao Distrito Federal encontra-se georreferenciada pelo
Datum WGS 1984, zona UTM 23S e código EPGS 32723.

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RESULTADOS

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CONCLUSÃO
■ As cartas de suscetibilidade elaboradas nesta composição científica, por meio de
software específico para ambiente SIG, revelam-se como importante subsídio para
estudos preliminares e pré-projetos, para os quais seja necessário o levantamento
de áreas suscetíveis a problemas geotécnicos ou, de áreas com potencial para
exploração de jazidas de materiais, ou ainda, áreas onde o solo apresente as
características mínimas para suporte de fundações rasas.
■ Vale sobrelevar, que embora as cartas de suscetibilidade elaboradas com base nos
aspectos pedológicos do solo sejam de extrema relevância, é notório que a gênese
do solo atua de forma a produzir as suscetibilidades, todavia, não intrinsecamente.
Outros fatores, tais como a geologia, o clima, o relevo, o uso e a ocupação, também
desencadeiam diferentes comportamentos do solo, de modo que considerar a
atuação dessas variáveis concomitantemente é, a priori, uma opção mais plausível
na produção de cartas de suscetibilidade.

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REFERÊNCIAS
■ AMORIM, S. F. Contribuição à cartografia geotécnica: sistema de informações geográficas dos solos expansivos e
colapsíveis do Estado de Pernambuco (SIGSEC – PE). 2004. 244 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Centro
de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.
■ BARROS, S. H. A. Estudo dos solos da região metropolitana de Fortaleza para aplicação na Engenharia Rodoviária.
2005. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Transportes, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, 2005.
■ BORBA, A. M. Análise de Desempenho de Aterro Experimental na Vila Pan-Americana. 2007. 145 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro, São Paulo, 2007. Disponível em:
<http://wwwp.coc.ufrj.br/teses/mestrado/geotecnia/2007/Teses/BORBA_AM_07_t_M_geo.pdf>. Acesso em: 20 ago.
2018.
■ CARAMELO, T. A. L. M. Aterros sobre solos moles reforçados com colunas de Jet Grout encabeçadas por Geossintéticos.
2011. 177 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Porto,
2011. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/61247/1/000149393.pdf>. Acesso em: 20
set. 2018.
■ CHUQUIPIONDO, I. G. V. Avaliação da estimativa do potencial de erodibilidade de solos nas margens de cursos de água:
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Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos HÍdricos, Escola de Engenharia, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.

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REFERÊNCIAS
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Recife. 15 ago. 2018. Notas de Aula.
■ COUTINHO, R. Q. Geologia de engenharia. Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife. 06 março. 2018. Notas de Aula.
■ CRUZ, S. I. C. Caracterização e utilização de solos dispersivos nos aterros compactados na Barragem de Sobradinho.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto, 2008.
■ DOS SANTOS, H. G. Embrapa. Definição e notação de horizontes e camadas do solo. 2. Ed. Brasília: Embrapa, 1983. 41
p.
■ FERREIRA, S. R. M. Colapso e expansão em solos naturais não saturados devidos à inundação. 1995. 327 p. Tese
(Doutorado em Engenharia Civil) - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1995.
■ FREIRE, E.P. Ensaio Inderbitzen modificado: um novo modelo para avaliação do grau de erodibilidade do solo. VII
Simpósio nacional de controle de erosão. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, v. 1. Goiânia,
2001.
■ GUERRA, A. J. T. & CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e Conceitos: 3. ed. Rio de Janeiro: 1998.

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REFERÊNCIAS
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da BR-101/PE. 2012. 198 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Centro de Tecnologia e Geociências,
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012. Disponível em:
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20 ago. 2018.
■ MARAGON, M. Tópicos em Geotecnia e Obras de Terra. Unidade 05 - Barragens de terra e enrocamento. 2004.
■ MASSAD, F. Obras de Terra: Curso básico de Geoctenia. 2. ed. São Paulo: Oficina de Texto, 2010. 216 p.
■ MEIRA, Frankslale Fabian Diniz de Andrade. Estudo do processo erosivo em encostas ocupadas. 2008. 474 f. Tese
(Doutorado) - Curso de Engenharia Civil, Centro de Tecnologia e Geociências, Universida Federal de Pernambuco, Recife,
2008.
■ RAMIDAN, M.A.S. Estudo de um processo de voçorocamento próximo a UHE de Itumbiara-GO. 2003. Dissertação
(Mestrado) – Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica, Rio de
Janeiro, 2003.
■ SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo: Editora Pini, 1997.
■ VILAR, O. M.; FERREIRA, S. R. M. Solos colapsíveis e expansivos. In: CARVALHO, J. C. et al. (Org.). Solos não saturados no
contexto geotécnico. 1. ed. São Paulo: Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.
cap. 15, p. 415-440.

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