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EKABÓ!
TRABALHO ESCRAVO CONDIÇÕES DE MORADIA E REORDENAMENTO
URBANO EM SALVADOR NO SÉCULO XIX.
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DISCENTES: BARBOSA, Lucas
2SILVA, Vilma Patrícia Santana
SOBRE O AUTOR
BIBLIOGRAFIAS:
José Reis - A rebelião escrava no Brasil - A história do levante dos Malês 1835
Clóvis Moura - Rebeliões da senzala: quilombos, insurreições guerrilhas 1981
Décios Freitas Insurreições escravas 1976
Kátia Mattoso - Ser escravo no Brasil 1982
Ianni Octavio - Escravidão e Racismo - 1988
Apesar da grande quantidade de referências sobre o momento histórico, pouco se sabe sobre as
condições de vida dos escravos na cidade.
FONTES PRIMÁRIAS:
Censo de 1855 - feito pelo Presidente da Província João Maurício Wanderley
Continha : Nome, sexo, idade, naturalidade, qualidade( branco, preto, crioulo, pardo, cabra),
condição (livre ou escravo) e Profissão.
As listas foram feitas por quarteirão - contendo o número da casa e a quantidade de moradores por
domicílio.
Trabalhou com os seguintes quarteirões: Freguesia da Sé - 20ª, 21ª, 22ª, 23ª; Santo António - 13ª,
15ª, 16ª, 18ª, 34ª, 11ª, do 2ª Distrito; Pilar - 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 20ª; Penha - 4ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª;
São Pedro, 1ª, 15ª, 17ª, 18ª, 20ª, 22ª; Santana 3ª Trabalhou com 9.375 casos;
A freguesia da Vitória -> Relação dos escravos africanos e nacionais residentes na Freguesia da
Victoria - Subdelegacia da freguesia em 1849.
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Graduada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal da Bahia. Mestranda em Urbanismo pelo PPGAU -
Universidade Federal da Bahia.
A coleção das leis e resoluções da Assembleia Legislativa - Arquivo Municipal - Arquivos do ano de
1835 e 1878.
Resoluções que incidiram direta ou indiretamente sobre os escravos
Leia de 13/05/1845 Proibição de alugar casas a escravos
Lei de 2/06/1835 regulamentação dos cantos de negros ganhadores, impostos e taxas
1854 - > o barão de cotegipe, João Maurício wanderley lançou um projeto de lei proibindo o tráfico
interprovincial de escravos que não foi aprovado, mas surge restrições a saída de escravos como a
cobrança de taxas e impostos (pg 25)
Relatos dos viajantes estrangeiros - Mesmo que tenham tido curto tempo de permanência de lugares
e análises superficiais carregadas de preconceitos pela inflûencia do exótico e visão etnocêntrica
INTRODUÇÃO
O estudo se concentra em meados do século XIX -um período entre os anos 1835 - quando se deu o
levante de escravos urbanos de maior vulto ocorrido em Salvador. A revolta dos Malês, na qual os
escravos que exerciam suas atividades na rua e muitos do quais habitando longe dos seus senhores,
foram os principais responsáveis pelo movimento e 1872, ano em que foi realizado o primeiro censo
oficial abrangendo todo o país.
● Reis -> inventários dos anos de 1800 a 1850 - 13% das pessoas não possuíam escravos.
● 65% proprietários de menos de onze escravos.
3. DESCRIÇÃO DA CIDADE
● A cidade de Salvador acha-se assentada sobre uma falha geológica que divide em cidade
alta e cidade baixa, está constituindo uma estreita faixa de terra no sopé da encosta, que
abre para a imensa Baía de Todos os Santos, considerada pelos viajantes estrangeiros que
por aí entravam como um dos espetáculos mais belos do mundo (pg 16)
● O cenário urbano de Salvador no século XIX caracteriza-se sobretudo pela presença do
elemento negro, impressionando aos viajantes estrangeiros e dando lugar a inúmeros relatos
sobre essa população espantosamente tão numerosa (pg 16)
4. PORTOS
● Porto de Salvador no final do século XVIII - > Ocupava o primeiro lugar em relação aos
demais portos do Portugal ultramarino.
● 1808- Abertura dos portos .
● 1855- 3.170 trabalhadores do porto ; 43.3% escravos
● Grande movimentação
Estima-se que tenha desembarcado na Bahia na primeira metade do século XIX, um total
de 300 mil escravos vindos do Golfo do Benin.
Atividade mais lucrativa era o tráfico de escravos nas mãos de poucos negociantes
o sistema escravista entra em total declínio com a promulgação da Lei de 04 de Setembro
de 1850 que extinguiu por completo o tráfico de escravos no Brasil (pág 23)
CAPÍTULO III - Presença Escrava nas Freguesias - Apreensão do espaço urbano de Salvador
delimitando suas dez freguesias e caracterizando suas ocupações; As especificidades do escravismo
urbano e sua relação com a configuração do espaço da cidade.
A função das freguesias era, em última instância, o controle dos seus habitantes, na medida em
que congregavam de certa forma a vida social das pessoas através dos batismos, casamentos,
óbitos e atividades assistenciais organizadas principalmente pelas irmandade.
● Realizavam as listas de qualificação eleitoral e o recrutamento de pessoas para o serviço
militar.
● Realizavam censos demográficos levando em conta a divisão por freguesias.
● Exerciam administração oficial, retratando a estreita vinculação entre esses poderes.
● Cidade território sob o qual se exercia a autoridade municipal.
Urbanas. (p 101)
Rurais. (p 102)
Perímetro urbano da cidade de Salvador no final do século XVIII compreendia entre o Forte de São
Pedro na parte sul e os Fortes do Santo Antônio e Barbalho ao norte( zona mais povoada) p 103
O Estudo se limita a base espacial de Salvador no séc. XIX às freguesias centrais, consideradas
densamente povoadas: Sé, São Pedro, Santo Antônio, Passo, Santana, Brotas, Vitória, Conceição,
Pillar e Penha.( Pg 104)
p. 112
● Uma grande concentração de negros
● Na Sé na rua direita do Palácio um comércio de menor porte, com artigos de varejo como
charutos, calçados, perfumarias, tecidos, chapelaria e miudezas em geral.
● A população livre da sé ocupava-se de uma gama de atividades onde predominavam os
ofícios poucos rentáveis, próprio das camadas mais despossuídas, como sapateiros,
marceneiros, carpinteiros, pedreiros, alfaiates e ganhadores (pg 113)
● Presença de funcionários públicos e escrivães.
ORIGEM DA POPULAÇÃO
pg 113
“QUALIDADE”
(p117)
Densamente povoada e bastante movimentada-> passagem obrigatória ao lado sul da cidade, em
direção a vitória.
A praça da piedade era o centro da freguesia - Cantos do cabeça, e do largo dois de Julho( Largo
do Accioli), o canto do portão de São Bento, o canto da ladeira de São Bento, o Canto do São
Raimundos.
Três chafarizes -> Da piedade; A fonte do coqueiro da Piedade; e a fonte dos aflitos, próximo ao
largo 2 de julho.
A área chamada dos Barris e se estendia até o dique. No local onde se reuniam as lavadeiras e
ondes os negros aguadeiros iam encher barris para venda de água. (pg 119)
QUALIDADE
p 122
ORIGEM
p.123
p.125
p.126
Dispersos por essa área semi rural, existiam inúmeras quilombos e terreiros religiosos,
principalmente no Cabula. Segundo Reis, toda a cidade estava cercada por batuques e redutos de
negros fugitivos, os quais não eram fixos, mudando de área conforme a repressão policial. Um
desses quilombos de que se tem notícia é o do Cabula, que em 1807 foi combatido pelo Conde da
Ponte. Segundo Décio Freitas, apesar das batidas policiais esses quilombos suburbanos voltavam a
se reconstituir rapidamente e os negros aí se açoitavam trabalhavam na cidade fazendo-se passar
por libertos.( p.125)
A repressão Policial era também exercida nos batuques, existindo posturas municipais proibindo tais
ajuntamentos. O diário da Bahia de 02/06/1849 notícia uma batida em um candomblé numa roça do
Cabula. O primeiro registro baiano da palavra candomblé designando um local de culto africano
apareceu em um documento policial se referindo a um terreiro no Cabula, em 1826. Em 1838, tem-se
registro de um candomblé em Bate Folha; ele era bastante conhecido, chegando até aparecer em um
mapa elaborado por um oficial que combatia a Sabinada (p.126)
p.128
“QUALIDADE”
p 137
“QUALIDADE”
ORIGEM
p 139
Freguesia do Passo
Habitada por uma população constituída por representantes dos vários segmentos ; famílias
tradicionais ou negociantes, func. públicos; pardos; crioulos e pretos
Continuidade
Freguesia de Nossa Sr.a da Vitória -> instituída em 1552 juntamente com a Sé
p.143
Relatos estrangeiros
p 144
p.146
Continuidade ou descontinuidade?
p 153
Freguesia de Nossa Sr.a do Pilar p156
QUALIDADE
p158
p 165 - continuidade
p.165
p 167
● Os escravos urbanos desfrutavam de uma certa liberdade, de ir e vir, muitas vezes dormiam
em lugares diferentes dos seus senhores. (p173).
● As unidades habitacionais eram chamadas de “fogo”(p.178)
● os escravos que habitavam a residência dos seus senhores, aqui está incluído dependia da
tipologia da edificação ;escravos que residiam com seus senhores em edificações
unifamiliares e plurifamiliares.(p. 174).
(pág 213,214).
escravos só podem andar na rua durante o dia livremente com um bilhete do seu senhor,
sujeito á quatro dias de prisão ou multa de 1.000 réis (p190 e 191)
(p 191)
(p191)
A cidade vivia em uma tensão (p.194)
III CONCLUSÃO