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Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima

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O PHS, seus membros e organizações parceiras não se responsabilizam pela autenticidade das informações produzidas ou
divulgadas por usuários deste Guia, tampouco pelo eventual uso indevido dessas informações por terceiros. Este Guia tem
objetivo de orientar organizações de saúde no uso da ferramenta de cálculo de emissões do Programa Brasileiro do GHG
Protocol, não caracterizando aval ou garantia por parte do PHS ou de seus parceiros em relação aos resultados obtidos pelos
usuários. Todas as marcas citadas nesta publicação são propriedade das respectivas organizações.

Elaboração
Projeto Hospitais Saudáveis

Coordenação
Vital Ribeiro - Arquiteto | Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo

Desenvolvimento
Diego Pereira Ramos - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis
Isabel Santos - Gestora de Sustentabilidade e Comunicação | Projeto Hospitais Saudáveis
Victor Kenzo - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis

Colaboração
George Magalhães - Coordenador do Programa Brasileiro do GHG Protocol | GVces – Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Ingrid Cicca - Consultora de Sustentabilidade | Rede D’Or São Luiz
Jonas Age Saide Schwartzman - Engenheiro Ambiental | Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
(SPDM)
Neilor Cardoso Guilherme - Engenheiro Ambiental | Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Vitor Silva - Analista de Governança | Hospital 9 de Julho

Ficha Catalográfica

Projeto Hospitais Saudáveis

Guia para Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde / Projeto Hospitais
Saudáveis – São Paulo, Projeto Hospitais Saudáveis, 2017

38 p: il. (2017)

1. Mudança Climática – Brasil 2. Meio Ambiente e Saúde Pública – Brasil I. Projeto Hospitais Saudáveis. II.
Saúde Sem Dano. III. Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima.

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Índice

Apresentação 4

Contexto da Mudança do Clima 6

A Mudança do Clima e o Setor Saúde 7

Sobre o Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima 10

Sobre este Guia 12

Iniciando o Processo de Elaboração de um Inventário 13

Tipos de Emissões 14

Níveis de Abrangência de um Inventário 15

Estrutura das Categorias 17

Preenchendo a Planilha do GHG Protocol 18

Combustão Estacionária 20
Combustão Móvel 22
Emissões Fugitivas 26

Escopo 2 – Emissões Indiretas por Consumo de Energia 31


Compra de Energia Elétrica 31

Escopo 3 – Outras Emissões Indiretas 33


Resíduos sólidos na operação 33
Viagens a Negócios 38
Outras Categorias de Escopo 3 45

Envio dos Dados da Planilha 46

Crédito das imagens 47

Links úteis 47

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Apresentação

O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) tem o prazer de apresentar a edição 2017 do Guia para
Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde. Este documento
é uma atualização da versão lançada em 2016, incorporando as modificações apresentadas na
ferramenta GHG Protocol versão 2017.

Apresentamos aqui o resultado do esforço de nossa equipe e da inestimável colaboração de membros


e parceiros que acreditaram nesta iniciativa e que compartilharam conosco, desde cedo, o sentimento
de urgência por uma ampla mobilização de pessoas, organizações civis e governos, necessária ao
enfrentamento do desafio da mudança climática.

A ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol é importante indutora das competências
necessárias para inventariar emissões de GEE. Trata-se de metodologia amplamente utilizada em
diversos países e organizações. Por atender aos mais diversos setores, a ferramenta contempla
numerosos recursos que, à primeira vista, podem intimidar usuários menos familiarizados ou limitar
sua aplicação em setores em que é menos conhecida. Um dos objetivos deste Guia é facilitar às
organizações de saúde o uso das ferramentas do GHG promovendo um ambiente favorável ao debate
de questões comuns em direção à formação de consensos, compartilhamento de experiências e
construção de conhecimento.

Para tanto, evitamos uma abordagem de simplificação que pudesse limitar o potencial das ferramentas,
ao contrário, buscamos promover o acesso integral à ferramenta, para que a incorporação dos
inventários de emissões se incorpore progressivamente à cultura de gestão do setor saúde.

Entendemos que inventariar emissões de GEE não implica inaugurar novo capítulo na gestão de
recursos e processos em hospitais e demais unidades de saúde. Observamos que, em sua maioria,
os dados necessários para compor os cálculos já são rotineiramente administrados pelas
organizações. O consumo de insumos, as relações com fornecedores de produtos e serviços, bem
como os principais processos internos ou externos já são gerenciados com vistas à eficiência e
qualidade da atenção à saúde. Nesse sentido, critérios ambientais e, em especial, emissões de GEE,
pode ser aliados da boa gestão e adicionados às práticas com relativa facilidade.

O Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima propõe o engajamento do setor saúde no combate à mudança
do clima por meio de uma matriz que combina a defesa de políticas públicas (Liderança), o
fortalecimento da capacidade de resposta às demandas crescentes e situações desfavoráveis
(Resiliência) e o engajamento do setor saúde no esforço global por uma economia de baixo carbono
(Mitigação). Inventariar emissões de GEE beneficia essas três frentes de ação, como exemplo para a
sociedade e por permitir identificar vulnerabilidades e gerenciar os esforços na redução de emissões.

O engajamento do setor saúde no debate sobre clima é movimento natural e necessário, que aproxima
a assistência à saúde ao enfrentamento da principal ameaça à saúde pública no século XXI. Reverter
o aumento na carga de doenças por causas ambientais se apresenta como oportunidade singular para
preservar os avanços em saúde e qualidade de vida conquistados nas últimas décadas e também a

4
como forma de contornar a escalada de custos na assistência, particularmente frente aos desafios de
financiamento do setor.

Uma versão preliminar deste Guia foi apresentada e discutida por especialistas durante o VIII
Seminário Hospitais Saudáveis, em setembro de 2015 em São Paulo. A edição lançada em 2016,
incorporou contribuições dos primeiros usuários e, entre as alterações, destacamos a redução de três
para dois níveis de abrangência, agora limitados à Básico e Avançado. Com esta alteração, buscamos
estimular o benchmarking e acelerar a disseminação dos inventários no setor saúde. Nesta edição do
Guia, destacamos a inclusão das alterações promovidas pelo Programa Brasileiro GHG Protocol na
ferramenta, em sua versão 2017. Dentre essas alterações está a inclusão das informações da antiga
ferramenta para emissões por transporte, que passam a ser incorporadas à uma única planilha e o
detalhamento do cálculo de emissões para deslocamento casa-trabalho.

Desejamos uma boa leitura e que este Guia seja um estímulo para continuidade dos trabalhos de todos
que já participam, e que mais organizações de saúde comecem a inventariar e gerenciar a redução de
suas emissões unindo-se à campanha global Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima.

Projeto Hospitais Saudáveis, 2017.

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Contexto da Mudança do Clima

A mudança do clima é a maior ameaça à saúde pública do século 21


Comissão The Lancet

Esta afirmação foi feita em 2009 e, desde então, a crise climática tem se agravado. Enquanto a ciência
demonstra a gravidade dos cenários futuros, já começamos a sentir seus efeitos de forma cada vez
mais evidente.

Se as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) não forem sensivelmente reduzidas, a mudança do
clima imporá danos significativos e, possivelmente, irreversíveis em questão de poucas décadas,
comprometendo áreas tão diversas como abastecimento de água, produção de alimentos, qualidade
do ar, desertificação e perda de biodiversidade, conflitos e movimentos migratórios, desastres naturais
e, certamente, fortes crises econômicas, implicando no empobrecimento de grandes contingentes, em
especial as populações atualmente já vulneráveis.

A principal causa da mudança no clima é nossa dependência, a nível planetário, dos combustíveis
fósseis. Reverter este processo exige que a sociedade se mova em direção a uma economia baseada
em fontes de energias limpas e renováveis. A transição para uma economia de baixo carbono é uma
urgência para o planeta e também para a saúde pública.

6
A Mudança do Clima e o Setor Saúde
O setor da saúde pode ter um papel central para ajudar as sociedades a se adaptar aos efeitos da
mudança climática e aos riscos que esta representa para a saúde humana.
Saúde Sem Dano, 2016

A mudança do clima afetará diretamente a capacidade dos sistemas de saúde de desenvolver suas
atividades, não apenas devido aos desastres naturais, progressivamente mais intensos e frequentes,
como principalmente pelo acesso limitado a recursos essenciais como água ou energia combinado à
crises sistêmicas de ordem econômica e social.

Este alerta tem sido repetido por centenas de cientistas e pelos principais órgãos internacionais, como
a Organização Mundial da Saúde, o Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na
sigla em inglês) e a Comissão para Mudança Climática e Saúde da The Lancet que estudam os efeitos
deletérios da mudança do clima sobre a saúde pública.

Torna-se imperativo, portanto, que as organizações de saúde participem ativamente do combate às


causas do problema, não apenas dos esforços de adaptação, como são geralmente chamadas as
ações em resposta aos efeitos da mudança climática. Cabe às organizações de saúde assumir posição
de liderança também nas medidas de mitigação contribuindo com seu esforço e exemplo para a
redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o combate ao aquecimento global.

7
A mudança do clima implica aumento da demanda e maior pressão sobre os custos da assistência
cobrando dos sistemas de saúde capacidade de resposta sem precedentes. O resultado deste desafio
dependerá da habilidade das organizações de saúde em ampliar sua eficiência no uso dos recursos
humanos, materiais, naturais e financeiros disponíveis, mantendo ou ampliando suas operações,
mesmo que em condições adversas e evitando contribuir para o agravamento da crise. A esta
habilidade podemos chamar resiliência.

Trata-se de produzir mais e melhor assistência, mais efetiva, consumindo menos recursos naturais,
emitindo menos Gases de Efeito Estufa e não ultrapassando os limites do meio ambiente. O setor
Saúde deve reconhecer a importância e a relevância de seu papel de liderança, engajando outros seus
atores e servindo de exemplo para a sociedade.

Para cumprir este objetivo ambicioso, o PHS, a organização internacional Saúde Sem Dano e a Rede
Global Hospitais Verdes e Saudáveis, se pautam pelo compartilhamento de valores, conhecimento e
experiências. A interação entre as mais de 20 mil organizações de saúde que atualmente compõem
essa rede faz com que acreditemos no sucesso do Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima e que as ações
de liderança, resiliência e mitigação possam ser disseminadas por todo o mundo a partir do setor
saúde.

Conheça as instituições que contribuíram com a elaboração deste Guia

Saúde sem Dano


Entenda melhor quem são e os objetivos da atuação das instituições, que contribuíram com a
elaboração desteO
Guia e para
Saúde semtodo o engajamento
Dano necessário
é uma coalizão entrede
internacional ashospitais
partes que fizeram parte
e sistemas da
de saúde,
equipe: profissionais da saúde, grupos da comunidade, sindicatos e organizações
ambientalistas que se propõem transformar mundialmente o setor saúde, sem
comprometer a segurança ou o cuidado do paciente, para que seja ecologicamente
sustentável e deixe de ser uma fonte de dano para as pessoas e o meio ambiente.

O Saúde Sem Dano promove programas para o setor saúde que visam a redução
dos impactos ao ambiente e à saúde pública. Para saber mais sobre o Saúde sem Dano, acesse:
https://saudesemdano.org/

Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis

A Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis (HVS) é uma comunidade de


organizações de saúde dedicadas a reduzir sua pegada ecológica e promover
a saúde pública e ambiental. Trata-se de uma iniciativa da organização
internacional Saúde Sem Dano, representada no Brasil pelo Projeto Hospitais
Saudáveis. A rede HVS instituiu e coordena a campanha mundial “Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima”,
além de manter uma agenda ambiental para o setor saúde composta de 10 temas e uma comunidade
virtual de profissionais de saúde a HVS Connect. Para saber mais sobre a Rede Global, acesse:
http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp

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Projeto Hospitais Saudáveis

O Projeto Hospitais Saudáveis é o ponto focal no Brasil das organizações


internacionais Saúde Sem Dano e Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis. O
PHS é uma associação civil, sem fins econômicos, criada por profissionais de
saúde e ambientalistas com a missão de transformar o setor saúde em um exemplo
para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do
trabalhador, do paciente e da população em geral. Atualmente (abril de 2016) o PHS congrega 527
membros individuais, 129 membros institucionais, entre hospitais e outras unidades de saúde, além de
10 Sistemas de Saúde que administram cerca de 220 hospitais e outras 900 unidades não hospitalares.
Para saber mais sobre o PHS, acesse: www.hospitaissaudaveis.org

9
Sobre o Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima

O “Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima” tem como objetivo conclamar as


organizações de saúde ao redor do mundo a tomar medidas concretas contra
a mudança do clima e em defesa da saúde pública ambiental. Organizações
de saúde podem e devem manifestar-se frente à mudança do clima,
assumindo compromissos de redução de suas emissões de GEE. O Desafio
2020 oferece às organizações participantes ferramentas para medir e relatar suas emissões GEE, bem
como guias de apoio, seminários técnicos e prêmios em reconhecimento aos avanços alcançados.

Esta campanha se fundamenta em três pilares que definem os compromissos das organizações
participantes:

Mitigação – Reduzir a própria pegada de carbono do setor saúde;

Resiliência – Preparar para os impactos do clima extremo e alterações na carga de doenças;

Liderança – Educar equipes de saúde e público em geral e promover políticas de proteção à saúde
pública face à mudança do clima.

Para saber mais sobre o Desafio 2020, acesse: http://www.hospitaissaudaveis.org/

Participando do Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima


O processo de redução de emissões de GEE torna-se mais efetivo na medida em que se é capaz de
obter dados qualificados sobre as fontes e as quantidades emitidas. De fato, gerenciar emissões
implica medi-las por meio de metodologia padronizada e minimamente acurada, o que também
contribui para que se identifique prioridades e oportunidades de redução, bem como permite que se
avalie os impactos das medidas tomadas e a evolução dos resultados totais e setoriais ao longo do
tempo. A figura abaixo resume as etapas básicas desse processo.

Figura 1 - Etapas do Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima

10
a. Adesão ao Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima: para participar formalmente desta iniciativa global
é necessário acessar o site do PHS, www.hospitaissaudaveis.org e seguir os passos indicados.

b. Inventário de emissões de GEE: faça o download da ferramenta do GHG e utilize as instruções


deste Guia a partir do capítulo “Iniciando o processo de elaboração de um inventário”.

c. Estabelecimento de metas de redução de emissões de GEE: após o conhecimento das


quantidades emitidas por cada setor em sua organização, será possível melhor avaliar seu potencial
de redução e estabelecer metas voluntárias.

d. Gestão continuada de emissões de GEE: o monitoramento de emissões de GEE deve ser


continuamente aprimorado por meio da sistematização dos dados coletados e sua consolidação em
períodos determinados, tendo sempre como referência um ano base.

Como ter mais segurança na definição de metas e estratégias de redução de emissões:


A avaliação do comportamento das emissões de uma organização ao longo de dois ou mais anos permitirá melhor
planejamento das estratégias e definição da meta de redução.
É possível realizar inventários de emissões de GEE de anos passados retroativamente, desde que se tenha registros
que permitam recuperar as informações dos períodos correspondentes. Muitas vezes esses dados estão disponíveis
nas áreas de controle financeiro, engenharia, compras ou gestão de materiais.

Esses dados serão ainda mais úteis ao processo de decisão se puderem ser associados aos dados de capacidade
instalada e produção de cada período.

11
Sobre este Guia

Este Guia para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde foi
desenvolvido pela equipe do Projeto Hospitais Saudáveis e colaboradores de organizações membros,
com objetivo de auxiliar na elaboração de inventários e dar apoio para o uso da Ferramenta Intersetorial
(planilha de cálculo), desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG Protocol.

Saiba mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol:


O Programa tem como objetivo estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação de inventários de emissões de Gases
de Efeito Estufa (GEE) de acordo com a realidade brasileira, proporcionando aos participantes o acesso a instrumentos e padrões de
qualidade internacional.
A metodologia é divulgada por meio da planilha do GHG Protocol, que é uma “ferramenta utilizada para entender, quantificar e
gerenciar emissões de GEE” originalmente desenvolvida nos Estados Unidos pelo World Resources Institute (WRI).
Para saber mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol, acesse: http://ghgprotocolbrasil.com.br/

Ao disponibilizar este Guia, o PHS busca estimular as organizações de saúde a medir e gerenciar suas
emissões de GEE, auto avaliando seu desempenho e relatando seus resultados de forma a estimular
a evolução constante dos inventários divulgados, gerando um processo virtuoso de avanço no
gerenciamento das emissões de GEE dessas organizações.

Quem pode utilizar o Guia?


Organizações de saúde no Brasil interessadas em gerenciar suas emissões de GEE. O uso do Guia
não implica necessariamente na adesão ao Desafio 2020 ou no envio de dados sobre emissões para
o PHS, embora estas sejam ações desejáveis.

Para foi criado o Guia?


Este Guia tem como objetivo auxiliar as organizações de saúde brasileiras no desenvolvimento de
suas capacidades para medir e gerenciar emissões de GEE e auxiliar no uso da Ferramenta
Intersetorial do Programa Brasileiro do GHG Protocol (planilha de cálculo de emissões).

Qual o custo para utilização?


A utilização do Guia, bem como a participação no Desafio 2020 são gratuitos.

Ao utilizar o Guia já estou fazendo parte do Desafio 2020 - a Saúde pelo Clima?
Não. O Guia é uma ferramenta para auxiliar no cálculo de emissões de GEE. Este cálculo é parte do
processo de adesão ao Desafio 2020, que implica em medir e estabelecer metas voluntárias de
redução de GEE. Para aderir ao Desafio, consulte a site do PHS ou clique aqui.

Como faço para utilizar sempre a versão atualizada do Guia?


O Guia terá edições anuais, concomitantes às edições das Ferramentas do Programa Brasileiro do
GHG Protocol. Ao longo do ano poderão haver revisões da edição atual para eventuais correções ou
complementações. Para verificar a existência de versões atualizadas deste material, acesse o site do
PHS: http://www.hospitaissaudaveis.org/

Envie suas críticas ou sugestões sobre este Guia para coordenacao@hospitaissaudaveis.org.

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Iniciando o Processo de Elaboração de um Inventário

Para iniciar o processo, é necessário fazer o download gratuito da Ferramenta Intersetorial do


Programa Brasileiro do GHG Protocol, disponível em http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-
de-calculo. Trata-se de uma planilha Excel, sendo a versão mais atual a
“Ferramenta_GHG_Protocol_v2017”.

É recomendável que a planilha de cálculo seja adquirida no site do Programa Brasileiro GHG Protocol,
pois no processo de download é solicitado o e-mail do responsável, por onde serão enviadas as
atualizações que podem acontecer na planilha. Além disso, pelo fato da planilha ser aberta para
edição, se for recebida por e-mail pode ter sofrido alteração acidental, impactando nos cálculos de
emissões.

Uma vez realizado o download, renomeie a planilha com o CNPJ de sua instituição (sem pontos ou
traços) seguido de underline e o ano de referência das informações prestadas, conforme o exemplo:
se seu CNPJ é 12.345.678/0001-96 nomear a planilha como 12345678000196_2015 para o inventário
de 2015.

13
Caso sua instituição seja composta por várias unidades assistenciais, cada uma deve utilizar uma
planilha própria e independente. Uma unidade pode ser um hospital, uma unidade básica de saúde ou
um centro de diagnóstico, desde que caracterizem claramente unidades ou filiais distintas, tenham
CNPJ diferente e/ou se localizem em diferentes endereços. Se sua organização está realizando
inventários em diversas unidades poderá, se desejar, consolidar posteriormente os dados obtidos em
cada unidade em um relatório geral integrado, no entanto, é importante utilizar desde o início planilhas
distintas para cada unidade, para evidenciar o perfil das emissões de GEE de cada uma delas.

É importante observar que após a inserção de cada dado, a planilha realizará todos os cálculos das
emissões de GEE automaticamente, atualizando o resultado final imediatamente após cada nova
entrada. Esse recurso pode ser útil por dar uma rápida ideia do impacto de determinado item no total
de emissões calculadas até aquele momento. Esta funcionalidade também serve para simular os
efeitos de determinadas medidas que se cogita empregar na redução das emissões, por exemplo, a
substituição de fontes de energia ou a redução do consumo de certos insumos.

Tipos de Emissões

Os Gases de Efeito Estufa (GEE) são emitidos por diferentes fontes primárias. Essas fontes podem
ser agrupadas de acordo com a forma como os gases a ela associados são emitidos, sendo esses
grupos definidos por categorias.

As categorias são classificadas conforme responsabilidade e controle das emissões pela organização
relatora.

Essa diferenciação ocorre com a finalidade de evitar a dupla contabilização da mesma emissão por
organizações diferentes.

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Escopo 1
Escopo 2 Escopo 3
Emissões diretas de
Emissões indiretas de GEE Outras emissões indiretas de GEE
GEE
Todas as demais emissões indiretas
Emissões de Emissões da geração de
que são consequência das
responsabilidade e eletricidade ou energia
atividades da organização, mas
controle direto da térmica adquiridas pela
ocorrem em fontes que não são de
organização. organização e utilizadas nas
propriedade ou controladas pela
suas atividades.
mesma.
Exemplo: emissões da
queima de combustível
em fontes fixas como: Exemplo: energia elétrica Exemplo: serviços de transportes
óleo Diesel usado em comprada da concessionária terceirizados, tratamento externo de
geradores ou fontes conforme fatura. resíduos, viagens de negócios.
móveis e a gasolina
utilizada nos automóveis.

Tabela 1 - Escopos das Emissões de GEE

É importante notar que a ferramenta foi planejada para atender às atividades dos mais variados setores
produtivos, o que resulta em grande quantidade de campos menos relevantes, ou mesmo, não
aplicáveis às organizações de saúde.

Este Guia visa auxiliar os gestores, indicando os pontos que requerem mais atenção durante o
preenchimento da planilha e destacando as informações prioritárias a serem apresentadas por uma
unidade de saúde.

Níveis de Abrangência de um Inventário

A abrangência de um inventário de GEE pode se estender por todas as categorias e escopos,


buscando dados mais detalhados e muitas vezes mais complexos. Nesse sentido, este Guia
estabelece um conjunto de fontes prioritárias para compor um inventário de GEE de uma organização
de saúde segundo critérios de relevância. Esse conjunto de fontes é chamado [Conteúdo Básico].

Isso não significa que fontes que não aparecem na relação do [Conteúdo Básico] não devam ser
incluídas nos inventários. Os esforços para ampliar a cobertura são sempre positivos.

Visando estimular a produção de inventários progressivamente mais completos e representativos, bem


como subsidiar a permanente discussão sobre abrangência e relevância entre as fontes de emissões,
estabelecemos outro nível, designado [Conteúdo Avançado], conforme a Tabela 2.

15
Níveis de Abrangência

Escopo Categoria [Conteúdo Básico] [Conteúdo Avançado]

Combustão estacionária Óleo combustível, óleo diesel, GLP, gás natural, lenha

Gasolina automotiva, óleo


diesel, óleo combustível,
Combustão móvel Opcional etanol, GNV, gasolina de
aviação, querosene de
Escopo 1 aviação
[Conteúdo Básico], gás
refrigerante (HFC-134a),
Óxido nitroso
Emissões fugitivas recarga de extintores de
(N2O)
incêndio, outros gases
refrigerantes
Outras categorias Opcional

Compra de energia elétrica Sim


Escopo 2
Outras categorias Opcional

Resíduos
Sim
(Tratamento fora unidade)
Viagens a negócios Opcional Sim
Escopo 3 Deslocamento casa-
Opcional Sim
trabalho
Outras categorias de
Opcional
escopo 3
Tabela 2 - Níveis de Abrangência do Inventário

Observações importantes:
Carbono biogênico:
Para cada categoria de emissão, em cada nível de abrangência, espera-se que seja informada a respectiva
emissão de carbono biogênico. Esse dado é calculado automaticamente pela ferramenta a partir das
informações prestadas e identificado nas tabelas de emissões totais como CO 2 – biogênico.
Uma proporção significativa das emissões de CO2 tem origem na queima de biomassa. Sua queima resulta
em emissões consideradas neutras em termos de impacto climático, pois o CO 2 é gerado através de um
ciclo biológico e não um ciclo geológico, como no caso do CO 2 de origem fóssil.
Nos termos do Protocolo de Quioto, o uso de biomassa e de seus subprodutos como combustíveis
alternativos é considerado uma importante contribuição para a redução nas emissões de GEE.
Biocombustíveis: O consumo de biocombustíveis não é neutro em emissões de GEE, pois também gera
gás metano e óxido nitroso (N2O).

16
A classificação entre [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] busca ainda facilitar o
reconhecimento das fontes prioritárias para as atividades de assistência à saúde, destacando dentre
a variedade de opções oferecidas pela planilha, aquelas que melhor representam as emissões típicas
do setor.

A definição dos níveis de abrangência [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] também tem
como objetivo melhorar a comparabilidade entre os resultados obtidos por diversas organizações, o
que possibilitará estabelecer um benchmarking básico e consistente para o setor. As organizações que
aderirem ao Desafio 2020 poderão fazer parte desse benchmarking a partir do atendimento integral do
[Conteúdo Básico].

!
Os inventários que não contemplarem todos os campos do [Conteúdo Básico]
serão recebidos como inventários em desenvolvimento, sendo estimulados a
complementar o preenchimento.

O [Conteúdo Avançado] inclui, além do [Conteúdo Básico], a categoria “Combustão móvel”, o gás
refrigerante (HFC 134-A), recarga de extintores de incêndio e outros gases refrigerantes, na categoria
“Emissões fugitivas” e a categoria “Viagens a negócios”, este último muito importante quando são
consideradas organizações com intensa atuação nacional.

Para as instituições de saúde que realizaram o inventário de emissões como [Conteúdo Básico],
recomenda-se a inclusão de mais categorias buscando a abrangência do [Conteúdo Avançado]. Com
isso, é possível obter maior conhecimento das emissões da instituição e desencadear ações de
mitigação.

Estrutura das Categorias

Para auxiliar o preenchimento da planilha, esse Guia apresenta, de forma padronizada, as seguintes
informações de apoio para cada categoria de emissão:

• Definição: dos principais conceitos (quando necessário);


• Preparação: indicação das informações a serem coletadas previamente;
• Preenchimento: localização na ferramenta do GHG Protocol para inserção das informações
coletadas.

17
Preenchendo a Planilha do GHG Protocol

O inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) será o produto do preenchimento da planilha do


Programa Brasileiro do GHG Protocol.

Essa ferramenta é dividida em abas, posicionadas na parte inferior da planilha e identificadas pelo
nome e por uma legenda de cores. No cabeçalho de cada aba é possível utilizar o “Menu de
navegação” para ir diretamente à aba selecionada. Os campos para preenchimento estão claramente
identificados pela cor “laranja claro”.

Figura 2 - Tela da aba "Introdução" da planilha

Cada aba da planilha possui orientações específicas, para as quais recomendamos a leitura atenta.

Atenção: Para cada ano inventariado deve ser preenchida uma nova planilha, sendo que a versão
da planilha do ano vigente, ou seja, com os dados atualizados para cálculo do ano anterior, é
disponibilizada em março de cada ano.
Recomenda-se fortemente que a estrutura e os fatores da planilha NÃO sejam alterados. Deve-se
preencher apenas os locais indicados.

As abas não coloridas “Disclaimer” e “Atualizações” apresentam, respectivamente, o Termo de


isenção de responsabilidade e a lista com as modificações realizadas em relação à versão anterior.

Na aba cinza - “Introdução”, preencha o nome e endereço de sua organização, o nome e telefone do
responsável, a data do preenchimento e selecione o ano inventariado.

A abas em azul refere-se às emissões diretas advindas de fontes da organização inventariante ou


controlada por ela (Escopo 1).

18
A abas em laranja refere-se às emissões indiretas provenientes da aquisição de energia elétrica e
térmica que é consumida pela organização (Escopo 2).

As abas em amarelo referem-se às outras emissões indiretas, não relatadas no Escopo 2. São
emissões que ocorrem em fontes que não pertencem ou não são controladas pela organização
(Escopo 3).

Ao final de cada categoria desses escopos, apresenta-se o total de emissões de GEE calculado
automaticamente com base nos dados inseridos, incluindo o CO2 - biogênico.

Figura 3 - Tela com o total de emissões calculado por categoria.

As abas em cinza ao final apresentam informações gerais, com destaque para a aba Resumo onde
você encontrará os totais de GEE emitidos em cada escopo e categoria. É nesta aba que você vai
conhecer o resultado final do seu trabalho.

O restante das abas em cinza são informações de apoio, como: Fatores de Emissão, Fatores
Variáveis e Fatores de Conversão que podem ser observados nas respectivas abas.

Vale mencionar que o preenchimento da planilha é extenso e pode ser realizado em etapas, não
necessariamente na sequência das categorias apresentadas no Guia.

Qualidade dos dados

Mantenha a mesma fonte de coleta de dados, por exemplo, o consumo de óleo diesel pode ser
fornecido tanto pela área de “Manutenção” quanto por “Contas a pagar”, nesse caso, busque manter
o critério, ou caso mude de um ano para o outro, justifique e ajuste a série histórica de dados para o
novo padrão.

Recomenda-se que utilize, sempre que possível, o valor das faturas de compra e armazene em uma
pasta, visando garantir a qualidade dos dados de maneira que eles possam ser sempre auditáveis.

Principais atualizações da versão 2017

As principais atualizações que ocorreram na planilha de cálculo “Ferramenta do Programa GHG


Protocol versão 2017” foram a inclusão da ferramenta auxiliar de transportes com possibilidade de
cálculo de emissões para passageiros e carga, inclusão do cálculo de emissões de deslocamento de
funcionários casa-trabalho e outros ajustes. Essas atualizações estão detalhadas na aba
“Atualizações” da planilha de cálculo.

19
Escopo 1 – Emissões Diretas
As abas em azul representam as emissões do Escopo 1 – Emissões diretas – ou seja, as emissões
de responsabilidade e controle diretos da organização como, por exemplo, emissões da queima de
combustível em fontes fixas ou em fontes móveis, como por exemplo veículos automotores.

• As abas “Processos industriais”, “Emissões agrícolas” e “Mudança no uso do solo” não


precisam ser preenchidas, por não se aplicarem diretamente às atividades das organizações de
saúde.
• A aba Resíduos sólidos, referente aos resíduos tratados na própria unidade, é de preenchimento
opcional e requer detalhamento técnico que deverá levar em consideração as características da
instituição e da tecnologia empregada.

Combustão Estacionária

Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Viagens a Deslocamento


Efluentes sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas energia elétrica negócios casa-trabalho
na operação

Definição

Fontes de combustão estacionárias incluem todas as fontes de emissões de GEE fixas, ou seja,
emissões do consumo de combustível em equipamentos fixos.

Preparação
[Conteúdo Básico]: Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:
➢ Óleo combustível (litros);
➢ Óleo diesel (litros);
➢ GLP (toneladas);
➢ Gás natural (m3);
➢ Lenha (toneladas).

Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):


➢ Geração de energia (p.ex. gerador);
➢ Produção de vapor (p.ex. caldeira);
➢ Cocção de alimentos (p.ex. cozinha);
➢ Aquecimento de água (p.ex. boiler).

Preenchimento

Na aba Combustão Estacionária:

1) No campo “Selecione o setor” (linha 36, coluna “D-F”), selecione a opção “Comercial ou
Institucional”;

20
Figura 4 – Tela da aba “Combustão estacionária” para preenchimento do setor

2) Na “Tabela 1. Fontes Estacionárias de Combustão” (linha 45, coluna “B”), insira os dados de
consumo de combustíveis indicados em Preparação desse item:
➢ Selecionar o combustível na coluna “Combustível utilizado”.
➢ Cada linha deve conter apenas um tipo de combustível.

Figura 5 - Tela da aba "Combustão estacionária" para preenchimento.

21
Combustão Móvel

Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Viagens a Deslocamento


Efluentes energia elétrica sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas na operação negócios casa-trabalho

Definição

Fontes de combustão móveis incluem fontes de emissões de GEE que não possuem localidade
específica, ou seja, aeronaves, veículos automotivos, veículos utilizados no transporte de documentos
e funcionários e em outras atividades sem local fixo.

Observação

• Categoria não necessária para completar o [Conteúdo Básico].

• Para calcular as emissões decorrentes de viagens a negócios, em aeronaves/veículos de terceiros,


utilize a aba Viagens a Negócios no Escopo 3.

• Devem ser informados somente dados da frota própria da unidade e no caso de frota de terceiros
para os serviços de ambulância. Nos casos dos demais serviços terceirizados que utilizam
transporte, esses devem ser relatados em Transporte & Distribuição (Upstream), quando houver
relação com a aquisição de bens e serviços, e em Transporte & Distribuição (Downstream),
quando não houver essa relação. Ambos no Escopo 3.

Preparação

[Conteúdo Avançado] Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:


• Gasolina automotiva (litros);
• Óleo Diesel (litros);
• Óleo combustível (litros);
• Etanol (litros);
• GNV (m3);
• Gasolina de aviação (litros);
• Querosene de aviação (litros).

Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):


• Automóveis;
• Motocicletas;
• Caminhões;
• Aeronaves.

Observação

Além da opção por tipo de combustível, há opções de consumo de combustível por tipo e ano da frota
(litros) – mais precisa – e por distância percorrida por tipo e ano frota (km) – menos precisa. Somente
uma opção deve ser preenchida.

22
Preenchimento

Na aba Combustão Móvel:

1) Em “Transporte rodoviário” (linha 22, coluna “B”), há 3 opções de preenchimento, somente uma
delas deve ser preenchida. Os exemplos mencionados na seção Preparação desse item dizem
respeito à opção 2.

As 3 opções de tabela para preenchimento estão na ordem da mais precisa para menos precisa em
relação à qualidade da emissão calculada:

➢ Opção 1 (linha 33, coluna “B”) – por tipo e o ano de fabricação da frota de veículos

Figura 6 - Tela da Opção 1 em “Transporte rodoviário” da aba "Combustão móvel"

➢ Opção 2 (linha 97, coluna “B”) - tipo e quantidade de combustível consumido

Figura 7 - Tela da Opção 2 em “Transporte rodoviário” da aba "Combustão móvel"

23
➢ Opção 3 (linha 159, coluna “B”) - distância percorrida pela frota.

Figura 8 - Tela da Opção 3 em “Transporte rodoviário” da aba "Combustão móvel"

Em qualquer opção escolhida, os itens aplicáveis à organização devem ser preenchidos em cada linha,
selecionado a partir da lista da coluna “D” e informando os respectivos dados mensais OU anuais.

2) Em “Transporte aéreo” (linha 413, coluna “B”), os combustíveis aplicáveis à frota da organização,
selecionados a partir da lista da coluna “D”, devem ser preenchidos em cada linha da Tabela 6.

Figura 9 - Tela de "Transporte aéreo" da aba "Combustão móvel"

24
3) Preencha o consumo de combustível também para os modais ferroviário e hidroviário, se aplicável.

Figura 10 - Tela das opções de transporte na aba Combustão móvel.

25
Emissões Fugitivas
Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Viagens a Deslocamento
Efluentes sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas energia elétrica negócios casa-trabalho
na operação

Definição
Emissões fugitivas incluem todas as emissões não intencionais (ex. por vazamentos) de gases
utilizados para refrigeração, isolamento, nos extintores de incêndio e óxido nitroso (N2O) proveniente
dos gases anestésicos.

Preparação
[Conteúdo Básico]: Levante os dados de compra de:
➢ Óxido nitroso (N2O) (kg)

➢ O óxido nitroso é utilizado na composição de gases anestésicos;


➢ Para a obtenção desse dado, recomendamos adotar a compra total desse gás no ano
inventariado.

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de compra de:


➢ Gás refrigerante HFC-134a, utilizado nos sistemas de refrigeração (kg).

Observação

Indicamos o preenchimento da Opção 1 - Abordagem por Estágio do Ciclo de Vida por tipo de
combustível, por ser mais precisa. Para conhecimento, a Opção 2 - Abordagem por Balanço de Massa
(Compra) e a Opção 3 - Triagem: estimativa baseada em fatores de emissão e taxas de vazamento
padrão dos equipamentos também são formas de coletar as informações para esta categoria.

Existem outros gases que são utilizados em instituições de saúde e precisam ser conhecidos, assim
como a sua relevância para as emissões totais. Alguns exemplos que estão sendo estudados por
hospitais são: SF6 na cabine primária, CF4 e C2F6 em equipamentos de imagem, entre outros.

Preenchimento

Na aba Emissões Fugitivas:

1) Em “Emissões de Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado (RAC) e Extintores de


Incêndio”, na “Tabela 1. Emissões de GEE por equipamentos de RAC e extintores - balanço de
materiais por estágio do ciclo de vida” (linha 55, coluna “B”):

➢ [Conteúdo Básico] Óxido nitroso (N2O):

➢ Selecione a opção “Óxido nitroso (N2O)” na linha 60, coluna “C”;


➢ Insira os dados de compra de Óxido nitroso (N2O) (kg) na linha 60, coluna “G”.

26
➢ [Conteúdo Avançado]: Gás refrigerante HFC-134a:

➢ Selecione a opção “HFC-134a" na linha 61, coluna “C”;


➢ Insira os dados de compra de Gás refrigerante HFC-134a (kg) na linha 61, coluna “G”.

Observação: Caso o gás utilizado na organização não conste entre as opções relacionadas, este não
faz parte do Protocolo de Quioto e logo, não faz parte do escopo do inventário de emissões de GEE.

Figura 11 - Imagem de tela da “Opção 1. Abordagem por estágio do ciclo de vida” na aba Emissões fugitivas

27
Emissões Fugitivas
Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Viagens a Deslocamento
Efluentes energia elétrica sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas na operação negócios casa-trabalho

Definição
Efluentes incluem fontes de emissões de GEE provenientes do tratamento de efluentes líquidos
realizado no terreno da instituição.

Preparação
Levante os dados de:
➢ Quantidade de tratamentos aplicados sequencialmente;
➢ Quantidade de efluente líquido gerado;
➢ Quantidade de componente orgânico degradável do efluente em DBO (demanda biológica de
oxigênio) ou DQO (demanda bioquímica de oxigênio);
➢ Tipo de tratamento aplicado ao efluente.

Observação

Estão sendo levantados dados mínimos para o cálculo de emissões de GEE provenientes de
tratamento de efluentes, por meio dos passos 1, 2, 3 e 4, sendo que este último sem o detalhamento
da quantidade de nitrogênio no efluente. Porém, caso a instituição queira detalhar, é necessário buscar
os dados com empresa especializada.

Preenchimento

Na aba Efluentes, selecione “Efluentes líquidos”:

1) No passo 1 “Tratamentos sequenciais aplicados aos efluentes”, selecionar a célula na linha 34,
coluna “E”, indicando se existem dois tratamentos anaeróbicos sequenciais ao efluente gerado.
2) No passo 2 “Dados da geração de efluentes líquidos”, preencher a célula na linha 39, coluna “D”
com a quantidade de efluente líquido gerado.

28
Figura 12 - Tela dos passos 1 e 2 da aba "Efluentes"

3) No passo 3 “Dados da composição orgânica do efluente”, preencher as células na linha 46, colunas
“D” e “E” com a quantidade de componente orgânico degradável do efluente e com o tipo, sendo
DBO (demanda biológica de oxigênio) ou DQO (demanda bioquímica de oxigênio), que podem ser
verificadas por meio de uma análise de um laboratório especializado.
Este passo pode ser finalizado sem o detalhamento da quantidade de nitrogênio no efluente.
Porém, para uma melhor precisão no cálculo, é necessário conseguir estes dados por meio de
análise do efluente gerado.
4) No passo 4 “Tipo de tratamento aplicado ao efluente”, selecionar a célula na linha 58, coluna “D-E”
com o tipo de tratamento aplicado ao efluente.

Figura 13 - Tela dos passos 3 e 4 da aba "Efluentes"

5) No passo 5 “Recuperação de CH4”, preencher a célula na linha 64, coluna “E” com a quantidade
de metano (CH4) recuperada no tratamento, caso ocorra a recuperação. A recuperação pode ser
por meio de um queimador (“flare”) ou utilizado para geração de energia (eletricidade, calor, etc).
Este tipo de recuperação deve ser selecionado na linha 67, coluna “D-E”.

29
Figura 14 - Tela do passo 5 na aba "Efluentes"

Os passos de 6 a 9 só podem ser preenchidos caso exista dois tratamentos anaeróbicos sequenciais
aplicados ao efluente gerado. Caso contrário, não deve ser preenchido.

30
Escopo 2 – Emissões Indiretas por Consumo de Energia
As abas em laranja referem-se às emissões do Escopo 2 – Emissões indiretas – que são as
emissões decorrentes da eletricidade comprada da concessionária de distribuição de energia
ou energia térmica adquirida, como vapor. A aba “Compra de Energia Térmica” também não
precisa ser preenchida devido a sua baixa representatividade no setor.

Compra de Energia Elétrica

Combustão Combustão Emissões Resíduos Viagens a Deslocamento


Efluentes Compra de sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas energia elétrica na operação negócios casa-trabalho

Definição

Compra de energia elétrica inclui as emissões de GEE provenientes da aquisição de energia elétrica
e térmica que é consumida pela instituição. Neste escopo, as emissões ocorrem fisicamente no local
onde a energia é produzida, sendo estas fora do limite da instituição.

Preparação

[Conteúdo Básico] Levante os dados de consumo de eletricidade:


➢ Energia elétrica comprada (kWh) mensal ou anual, para a unidade inventariante (essa informação
consta na fatura de energia elétrica).

Observação

Caso a instituição utilize o mercado livre de energia, é necessário verificar o fator de emissão das
fontes utilizadas para o cálculo da emissão, sendo que deve possuir a unidade tCO2e/kWh para
multiplicar pelo consumo anual.

Emissões totais em CO2e = consumo de energia elétrica x fator de emissão

*O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação de energia elétrica em que o consumidor


pode escolher as condições comerciais, conforme conveniência. Isso inclui: gerador, valores,
quantidade contratada (a partir de um mínimo de 500kW por CNPJ), período de suprimento, condições
de pagamento, etc.

Preenchimento

[Conteúdo Básico] Na aba Compra de Energia Elétrica:

1) Preencher em Sistema Interligado Nacional (SIN) a energia elétrica comprada (em kWh) mensal
(Tabela 1, linha 36, coluna “D” até “O”) OU anual (Tabela 1, linha 36, coluna “P”).

31
Figura 15 - Tela da opção "Sistema Interligado Nacional (SIN)" na aba Compra de Energia Elétrica.

➢ Preencher com dados somente da unidade inventariante, e não com dados de outras unidades
de um membro grupo;
➢ Somente as organizações da região amazônica devem inserir dados em Sistema Isolado do
Amazonas (linha 110, coluna “B”).

32
Escopo 3 – Outras Emissões Indiretas
As abas em amarelo tratam das emissões do Escopo 3 – Outras emissões indiretas – que se referem
à todas as outras fontes de emissão atribuíveis à atividade da organização, como serviços de
transportes por empresas terceirizadas/contratadas, tratamento externo de resíduos ou viagens de
negócios.

Resíduos sólidos na operação

Combustão Combustão Emissões Resíduos Viagens a Deslocamento


Compra de sólidos gerados
Efluentes energia elétrica
estacionária móvel fugitivas na operação negócios casa-trabalho

Preparação

[Conteúdo Básico] Levante os dados de geração de resíduos sólidos:


• Toneladas de resíduos sólidos destinados para aterros;
• Toneladas de resíduos sólidos destinados para compostagem;
• Composição dos resíduos (conforme Passo 3 dessa seção), caso não seja possível essa
estimativa, adotar o padrão indicado.

Observação

Os resíduos sólidos enviados a reciclagem não devem ser considerados.

Preenchimento

Na aba Resíduos sólidos da operação:

1) Em “Resíduos aterrados”, no “Passo 1. Dados do local de disposição final dos resíduos“:


preencha o “Estado (UF)” (linha 50, coluna “D-F”) e o “Município” da unidade (linha 51, coluna “D-F”).
Os dados de precipitação anual [mm/ano] e temperatura anual média [°C] serão preenchidos
automaticamente.

2) No “Passo 2. Dados de atividade da organização inventariante”: insira a quantidade de resíduos


sólidos enviados para aterro no ano (em toneladas) (linha 63, coluna “E”).

33
Figura 16 - Tela dos Passos 1 e 2 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação.

3) No “Passo 3. Dados da composição do resíduo”: insira a estimativa (%) para cada categoria de
resíduo gerado em sua unidade nas células da coluna “E”, linhas 75 a 81.
Caso não possua essa estimativa, utilize o padrão de acordo com a realidade da unidade de saúde
em relação ao padrão de reciclagem, conforme tabela abaixo. Por exemplo, caso o hospital faça a
reciclagem de secos e orgânicos, utilizar a primeira coluna de percentuais.

A tabela abaixo foi desenvolvida com base na combinação de referências da literatura com dados
empíricos fornecidos por membros do PHS. Os valores adotados para cada categoria de unidade
hospitalar visam gerar resultados que reflitam diferentes situações. Destacamos que os valores
adotados foram adaptados para melhor adequação à ferramenta do GHG, de forma que sua aplicação
deve ser exclusiva à este contexto pois não refletem com precisão a real gravimetria dos resíduos de
serviços de saúde, e sim, apresentam valores que emulam o potencial de emissões desses resíduos.

Ainda que esta solução tenha limitações e não apresente a precisão de uma análise gravimétrica
realizada com resíduos da própria unidade, entendemos que atende à proposta de proporcionar uma
avaliação inicial acessível.

A - Hospital com B - Hospital com C - Hospital com D - Hospital sem


reciclagem reciclagem reciclagem reciclagem
(secos e (secos) (orgânicos)
orgânicos)
Composição do resíduo Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%)
A – Papéis / papelão 9,0% 9,0% 13,0% 12,0%
B – Resíduos têxteis 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%
C – Resíduos alimentares 23,0% 29,0% 22,0% 27,0%
D – Madeira 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%
E – Resíduos de jardim e
4,0% 3,0% 3,0% 3,0%
parque
F – Fraldas 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%
G – Borracha e couro 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%
Outros materiais inertes 58,0% 53,0% 56,0% 52,0%
Tabela 3 - Composição dos resíduos sólidos para o setor saúde

34
Observação

➢ Devem ser excluídos da estimativa os resíduos enviados para reciclagem;


➢ Resíduos enviados para compostagem ou incineração devem ser preenchidos nos
respectivos campos, descritos adiante nessa seção;
➢ Resíduos enviados para autoclavagem ou outros tratamentos térmicos sem queima
devem ser considerados nessa estimativa;
➢ Resíduos plásticos, como embalagens de produtos de limpeza, remédios e cosméticos e
luvas nitrílicas devem ser preenchidos na categoria “Outros Inertes”;
➢ Luvas de látex devem ser preenchidas na categoria “G - Borracha e couro”;
➢ Fraldas e absorventes devem ser preenchidos na categoria “F – Fraldas”.

4) No “Passo 4. Qualidade da disposição de resíduos [MCF¹]”, na linha 97, coluna “E”, informe a
classificação do aterro para onde os resíduos de sua unidade são enviados.

➢ Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de
abastecimento e saneamento público que atenda seu município;
➢ Caso não seja possível atestar a classificação do aterro, selecione a opção “A”.
➢ Na linha 102, coluna “D”, caso não saiba a Concentração do biogás, não será necessário
preencher esse campo.

Figura 17 - Tela do Passo 4 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação.

5) No Passo 5. Recuperação de CH4, na linha 108, coluna “E”, informe “Sim” ou “Não” para a
existência ou não de recuperação de metano no aterro para onde os resíduos de sua unidade são
enviados.

➢ Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de
abastecimento e saneamento público que atenda seu município;
➢ Caso desconheça, selecione a opção “Não”.

35
Figura 18 - Tela do Passo 5 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação

6) Em “Compostagem anaeróbica”, no “Passo 1. Quantidade de resíduo destinado a


compostagem”: insira a quantidade de resíduos sólidos enviados a compostagem (toneladas) (linha
131, coluna “F”).

➢ Caso não haja compostagem, deixe esse passo em branco;


➢ Os demais passos nessa seção não precisam ser preenchidos, pois será adotado um default
(padrão).

Figura 19 - Imagem de tela da opção "Compostagem anaeróbica" na aba Resíduos sólidos da operação.

36
7) Em “Incineração”: preencha na linha 163, colunas “D-F”, as emissões de CO2, CH4 e N2O, em
toneladas.

Figura 20 - Tela da opção "Incineração" na aba “Resíduos sólidos da operação”.

➢ Essas informações podem ser calculadas por meio da metodologia do Intergovernmental


Panel on Climate Change (IPCC) (2006), em conjunto com o prestador de serviço de
incineração;

➢ Caso não seja possível realizar essa estimativa, utilize a “Ferramenta auxiliar para cálculo
das emissões por incineração de resíduos” que está disponível na plataforma do Desafio
2020 – a Saúde pelo Clima no site do Hospitais Saudáveis.

37
Viagens a Negócios

Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Viagens a Deslocamento


Efluentes energia elétrica sólidos gerados
estacionária móvel fugitivas na operação negócios casa-trabalho

Definição

Viagens a negócios incluem as emissões de transporte de funcionários para atividades relacionadas


aos negócios da organização inventariante, realizado em veículos operados por ou de propriedade de
terceiros, tais como aeronaves, ônibus e automóveis de passageiros e, se houver, trens e
embarcações.

O deslocamento de funcionários (casa-trabalho) deve ser contabilizado na Categoria 7, utilizando a


aba específica.

Observação

Podem ser incluídos nesta categoria funcionários de outras entidades relevantes (por exemplo,
prestadores de serviços terceirizados), assim como consultores e outros indivíduos que não são
funcionários da organização inventariante, mas que se deslocam às suas unidades.

Preparação

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de:


• Distância percorrida (km) por funcionários (e/ou prestadores, consultores, entre outros, conforme
definição do escopo) para Viagens a negócios, por transporte em aeronave, trens e metrô,
ônibus ou automóveis.

Para viagens de aeronave é possível utilizar apenas as informações referentes aos aeroportos
utilizados. Já para as viagens de automóvel, é possível utilizar as informações de consumo de
combustível, porém é necessário informar o tipo de veículo, tipo de combustível e o ano da frota.

Preenchimento

Na aba Viagens a negócios:

1) Selecione o tipo de veículo utilizado por meio do botão “+” à esquerda.

2) Para viagens de aeronave:

38
➢ Caso possua o nome da cidade ou sigla do aeroporto da partida e chegada, utilize a
Opção 1.

Figura 21 – Tela da opção “Viagens em aeronaves” a partir das informações de aeroportos de origens e destino na aba
“Viagens a Negócios”

➢ Caso possua informações de quilometragem percorrida entre as cidades, utilize a


Opção 2.

Figura 22 - Tela da opção "Viagens em aeronaves" a partir das informações de quilometragem percorrida na aba "Viagens
a Negócios"

39
3) Para viagens de trens ou metrô, preencha o tipo de transporte (metrô ou trem urbano),
número de passageiros e distância percorrida por trecho (em km).

Figura 23 - Tela da opção "Viagens em trens e ônibus" na aba "Viagens a Negócios"

4) Para viagens de ônibus, preencha com tipo de transporte (ônibus municipal ou rodoviário),
número de passageiro e distância percorrida por trecho (em km).

Figura 24 - Tela de opção "Viagens em ônibus" na aba "Viagens a Negócios"

5) Para viagens em automóveis, seguir a mesma orientação de preenchimento da aba


“Combustão móvel”.

40
Deslocamento casa-trabalho

Combustão Combustão Emissões Compra de Resíduos Deslocamento


Efluentes sólidos gerados Viagens a
estacionária móvel fugitivas energia elétrica negócios casa-trabalho
na operação

Definição

Deslocamento casa-trabalho inclui as emissões advindas do transporte de funcionários até o local


de trabalho e o retorno para casa.

As Viagens a negócios devem ser contabilizado na Categoria 6, utilizando a aba específica.

Preparação

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de:


• Quantidade de funcionários e os meios de transporte utilizados.

• Para os funcionários que utilizem transporte público, levantar:

o Tipo de transporte: metrô, trem urbano, ônibus municipal e ônibus de viagem;


o Distância percorrida por trecho em km;
o Dias trabalhados por ano.

• Para os funcionários que utilizem transporte particular, levantar:

o Tipo e ano do veículo (caso não possua estas informações, é possível realizar o
cálculo, porém com menor precisão do cálculo);
o Tipo de combustível do veículo;
o Consumo médio de combustível por dia para ida e volta ao trabalho;
o Distância média percorrida para ida e volta ao trabalho (esta informação é
necessária apenas se não possuir o consumo médio de combustível por dia, porém
fornece menor precisão no cálculo);
o Dias trabalhados por mês;

Preenchimento

Na aba Deslocamento casa-trabalho:

1) Selecione o tipo de meio de transporte utilizado por meio do botão “+” à esquerda (Transporte
público ou Veículos particulares).

2) Para deslocamento por Transporte público:

41
➢ Metrô e/ou trem urbano: utilize os dados coletados na Tabela 1 (linha 35);

Figura 25 - Tela de opção "Transporte público" para cálculo de metrô e/ou trem urbano na aba "Deslocamento casa-
trabalho"

➢ Ônibus municipal e/ou de viagem: utilize os dados coletados na Tabela 2 (linha 248).

Figura 26 - Tela de opção "Transporte público" para cálculo de ônibus municipal e/ou de viagem na aba "Deslocamento
casa-trabalho"

42
3) Para deslocamento por Veículos particulares:

➢ Utilize os dados coletados na Tabela 3 (linha 469) para cálculo da emissão por
deslocamento casa-trabalho com base no tipo e ano da frota.

Figura 27 - Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base no tipo e ano da frota na aba "Deslocamento casa-
trabalho"

➢ Utilize os dados coletados na Tabela 4 (linha 581) para cálculo da emissão por
deslocamento casa-trabalho com base no tipo de combustível e consumo médio.

Figura 28 - Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base no tipo de combustível e o consumo médio na aba
"Deslocamento casa-trabalho"

43
➢ Utilize os dados coletados na Tabela 5 (linha 694) para cálculo da emissão por
deslocamento casa-trabalho com base na distância média percorrida.

Figura 29 - Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base na distância média percorrida na aba
"Deslocamento casa-trabalho"

44
Outras Categorias de Escopo 3

Definição

Observar as definições e exemplos em para cada subcategoria apresentada em: https://s3-sa-east-


1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-Esc0opo3-definicao-
curta_final.pdf

Preparação

O preenchimento dessas categorias não é necessário para o [Conteúdo Básico] ou [Conteúdo


Avançado].

Observação

As categorias Transporte & Distribuição (Upstream) e Transporte & Distribuição (Downstream)


possuem abas próprias para o preenchimento.

As categorias abaixo, são preenchidas na aba Categorias de Escopo 3. Nesses casos, atentar para
os comentários e exemplos de cada categoria.

• Bens e serviços comprados


• Bens de capital
• Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos Escopos 1 e 2
• Deslocamento de funcionários (casa - trabalho)
• Bens arrendados (a organização como arrendatária)
• Bens arrendados (a organização como arrendadora)
• Processamento de produtos vendidos
• Uso de bens e serviços vendidos
• Franquias
• Investimentos
• Emissões de Escopo 3 não classificáveis nas categorias 1 a 15

45
Envio dos Dados da Planilha

Procedimento para envio das informações, após a conclusão de seu inventário:

1) Renomear a planilha com o CNPJ de sua instituição (sem pontos ou traços) seguido de underline e
o ano de referência das informações prestadas, conforme o exemplo: 1318993400165_2016.

2) Acessar o site do PHS www.hospitaissaudaveis.org na área para membros. Acessar a página


“Desafio 2020: Gestão das emissões de GEE” e clicar em “Envio dos dados de emissões de GEE”. Na
página que se abrirá, clicar em “Dados de emissão de GEE na instituição”. Então, deve-se preencher
o formulário e realizar o upload da planilha.

Reiteramos que as informações prestadas serão tratadas de maneira confidencial. Posteriormente,


assim que houver um número suficiente de inventários, um estudo de benchmarking setorial será
elaborado, no qual os dados dos participantes serão apresentados de maneira anônima, salvo prévia
autorização da organização inventariante.

46
Crédito das imagens

Geleiras: https://www.pexels.com/photo/climate-cold-glacier-iceberg-2969/

Painéis solares e torres eólicas: https://www.flickr.com/photos/99206485@N02/12648929455

Links úteis

Definições de subcategorias do escopo 3:


https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-
Esc0opo3-definicao-curta_final.pdf

Ferramenta de cálculo de emissões:


http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-de-calculo

GHG Protocol Brasil:


http://ghgprotocolbrasil.com.br/

Política de Privacidade – PHS:


http://www.hospitaissaudaveis.org/politicadeprivacidade.asp

Projeto Hospitais Saudáveis:


www.hospitaissaudaveis.org

Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis:


http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp

Saúde sem Dano:


https://saudesemdano.org/

47
Desafio 2020 – a Saúde pelo Clima

48

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