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,QWURGXomR Outros assuntos que podem


ser do seu interesse agora:
Caos de acor do com o " Ox ford English Dict onary " significa:
...
1. Um a br echa abert a no v azio, um golfo abert o, um vácuo, ou
abism o.

2. O " v azio sem form a" da m at éria pr im or dial, as " gr andes


pr ofundezas" ou " abism o" do qual o cosm os ou ordem do univ er so
evoluiu.

Há um grupo de definições adicionais, m as elas são ir relevant es à est a


discussão. Quando o caos é ut ilizado na m agia, não há lugar par a
confusão ou desordem .

O caos é o pr incípio criat ivo por det r ás de t oda m agia. Quando um


rit ual m ágico é per form ado, indiferent em ent e da " t radição" ou out r as
variáveis nos elem ent os da perfor m ance, um a energia m ágica é criada
e post a em m ov im ent o para fazer algo acont ecer . Em seu livro
" Feit içaria com o Mecânica Virt ual" , St ephen Mace cit a um precedent e
cient ífico par a est e princípio criat ivo.

Cit o:

" Par a m ant ê- lo em for m a sim ples, vam os confinar o nosso exem plo à
dois elét r ons, que são port adores de car ga negat iva. Vam os dizer que
eles são um a part e do vent o solar – par t ículas bet a, com e eles er am –
fluindo do sol a m ilhares de quilôm et r os por segundo. Digam os que
est as duas vieram pr óxim as o bast ant e par a que suas car gas negat ivas
int eragissem , causando- lhes o r epelim ent o de um a pela out r a. Com o
elas realizaram est a subst it uição em im pulso?

" De acor do com a elet r odinâm ica quânt ica, elas r ealizar am ist o at r avés
da t roca de um fót on " v ir t ual" . Um elét r on cedeu- o, o out ro absor veu-
o, e assim eles repelir ão um ao out ro. O fót on é " virt ual" porque ele
não pode ser per cebido por um observ ador ext er no, est ando
com plet am ent e cont ido na int eração. Mas ele é suficient em ent e r eal, e

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a em issão e absor ção dos fót ons v irt uais é com o a int er ação
elet rom agnét ica oper a.

" A quest ão que é relev ant e ao nosso pr opósit o aqui é de onde o fót on
vem . Ele não v em de um elét r on e se aloj a no out r o, com o se fosse um
pr oj ét il at ir ado de um a para o out ro. Os elét r on em si perm anecem
inalt erados, ex cet o por seus im pulsos. Ao cont r ário, o fót on é criado do
nada pela t ensão da int eração. De acor do com a t eor ia at ual, quando
dois elét r ons est ão pr óxim os um do out r o, suas " ondas" int eragem , ou
cancelando ou refor çando um a à out ra. As " ondas" est ão int im am ent e
ligadas à car act eríst icas com o car ga elét r ica, e nós poder íam os dest a
for m a esper ar que as car gas nos dois elét r ons m udassem . Mas a carga
do elét r on não t eve nenhum a v ariação; ela sem pr e é 1.602 x ( - 19)
coulom bs. Ao inv és disso os fót ons v irt uais surgem do v ácuo e agem
par a r eaj ust ar o sist em a. A t ensão desovou- o e pela sua cr iação a
t ensão é resolvida" .

Aust in Osm am Spare ent endeu est e princípio com respeit o ao


fenôm eno m ágico m uit o t em po ant es dos cient ist as descobr irem os
fót ons ou com eçarem os exper im ent os na área da ciência do caos.

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A art e e a m agia de Spare eram proxim am ent e relacionadas. Supõe- se


que exist em m ensagens em seus desenhos sobr e sua filosofia m ágica.
Um a pint ur a par t icular de Mr s. Pat t erson t em sido r elat ado que ela
par ece m over - se; os olhos abrem e fecham . Spar e é bem conhecido
por seu sist em a de ut ilização de sigilos. Sendo um ar t ist a, ele era
or ient ado m ais v isualm ent e.

O sist em a consist e basicam ent e de escrever o desej o, pr efer ivelm ent e


em seu alfabet o m ágico, elim inando t odas as let r as r epet idas, e ent ão
for m ar um desenho a par t ir das let ras r est ant es. O sigilo dev e ser
ent ão carr egado. Há um a grande var iedade de for m as específicas para
faze- lo, m as o elem ent o chave é at ingir um est ado de vacuidade que
pode ser at ingido at ravés da ex aust ão, liber ação sex ual ou m uit os
out ros m ét odos.

I st o cr ia um " v ácuo" ou " vazio" m uit o par ecido com a condição descrit a
na int r odução dest a discussão, e é pr eenchido com a energia do
m agist a. O sigilo, est ando agora car regado, deve ser esquecido par a
que a m ent e subconscient e possa t r abalhar sobr e ele sem dist rações e
dissipação de ener gia à que a m ent e conscient e est á suj eit a. Spar e
reconheceu que a m agia v em da m ent e subconscient e do m agist a, e
não de algum " espírit o" ou " Deus" ext erno.

Chr ist opher Br ay t em ist o par a sobr e os m ét odos de Spar e em sua


int r odução do " The Collect ed Work s of Aust in Osm an Spare" :

" Assim , em sua art e e escrit os, Spare est á colocando- nos na disposição
apr opriada; ou m ost rando por exem plo que at it ude nós pr ecisam os
adot ar para aproxim ar o " ângulo de abandono da consciência" par a
ent rar o infinit o. Qual o diapasão de consciência que nós pr ecisam os
par a at ingir o sucesso.

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" A pessoa deve pr ecaver - se de cr iar dogm as, pois Spar e sofr eu
gr andes dores para excluí- los t ant o quant o possível para alcançar o
sucesso em sua m agia; ent r et ant o um cer t o núm er o de suposições
básicas ser vem de suport e à m agia caót ica.

" O Caos é o pot encial univer sal de for ça cr iat iva, que est á
const ant em ent e enganj ado na t ent at iva de at r avessar as r achaduras
de nossas r ealidades colet ivas e pessoais. Ele é o poder da
Ev olução/ Devolução.

" O Xam ãnism o est á inat o dent r o de t odos nós e pode ser ex t r aído se
nos qualificarm os pelo aj ust e de nossas per cepções/ at it udes e pr epar ar
nosso ser par a aceit ar a espont aneidade. At ingir Gnosis, ou " ângulo de
abandono de consciência e t em po" , é m ais dest r eza do que
habilidade."

Há out ro m ét odos par a ut ilizar o m esm o conceit o que Spar e ex plicou


par a nós. Vários m agist as desde Spar e escr ev er am sobr e seus pr ópr ios
m ét odos e expansões de seu m ét odo bem fr eqüent em ent e em art igos
de ocult ism o, pr incipalm ent e na Gr ã Bret anha. Spare cer t am ent e não
foi a prim eira pessoa na hist ória à pr at icar est e t ipo de m agia, m as foi
ele quem int it ulou- o ( apr opr iadam ent e) , Caos.

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Aust in Spar e m orr eu em 15 de Maio de 1956, m as sua m agia não


m or reu com ele. Houve selet os gr upos de m agist as pr at icando versões
do Caos desde ent ão, especialm ent e no Nor t e da I nglat er ra e da
Alem anha. Nos anos 70, Ray Sherw in foi edit or e publicador de um a
revist a cham ada " The New Equinox" . Pet er J. Carr ol cont r ibuía
regular m ent e par a a r evist a, e j unt os, devido a insat isfação com a cena
m ágica exist ent e na Bret anha no m om ent o, eles for m aram os
" I llum inat es of Thanat er os" . Eles anunciar am na " The New Equinox" e
for m ar am um gr upo. Part e da int enção do gr upo era t er um a Ordem
onde os graus expressavam m ais a r ealização individual do que
aut oridade, e a hier arquia além de som ent e exigências organizacionais
não exist ia.

Em algum pont o, por v olt a de 1986, Ray Sherwin " ex com ungou- se"
por que ele sent ia que a Or dem est ava deslizando na est rut ura de
poder que ele t inha int ent ado ev it ar com est e grupo, e Pet er J. Car rol
t ornou- se conhecido com o o líder d’ " O Pact o" . O I OT cont inuou à
pr osperar e é ident ificada com o a única or ganização int ernacional do
Caos at é hoj e. O I OT t em t am bém espalhado- se na Am érica, e possui
sedes em Encino, Califórnia, At lant a e Georgia.

Há pequenos gr upos de prat icant es do Caos, t ant o quant o prat icant es


individuais solit ários. O Caos desde Spare t em t om ado vida pr ópr ia. Ele
sem pre cont inuar á à crescer, est a é sua nat ur eza. Era nat ur al que o
m undo cient ífico event ualm ent e com eçasse a descobrir os pr incípios
físicos subj acent es à m agia, em bor a os cient ist as que realizam est as
descober t as ainda não com pr eenderam que ist o é o que eles est ão
fazendo. É int eressant e que eles t enham t ido a sabedoria de cham á- la
ciência do caos..

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A ciência do caos m oderna iniciou- se nos anos 60 quando um punhado


de cient ist as visionários com um olho para padr ões, perceber am que
equações m at em át icas sim ples im plant adas num com put ador poder iam
m odelar padr ões em t odas as part es t ão ir regulares e " caót icos"
quant o um a queda d’água. Eles er am capazes de aplicar ist o à padr ões
desgast ados, lit orais, e t odos os t ipos de fenôm enos nat urais.
Equações part icular es r esult ar iam em im agens assem elhadas à t ipos
específicos de folhas, as possibilidades eram inacredit áveis. Cent ros e
inst it ut os foram fundados para especializar em - se em " dinâm icas não-
lineares" e " sist em as com plexos" . Fenôm enos nat urais, com o as
m anchas v er m elhas de Júpit er, podem agor a ser com preendidas. Os
com uns t er m os- fragm ent ais que m uit as pessoas ouv iram at é agor a;
capt ador es est r anhos, fr act ais e et c, est ão r elacionados ao est udo da
t ur bulência na nat ur eza. Não há espaço par a nos apr ofundar nest e
assunt o aqui, e eu r ecom endo que aqueles int er essados nest e assunt o
leiam os liv ros " Chaos: m ak ing a new scienec" de Jam es Gleick e
" Turbulent Mirr or " de John Briggs & David Peat .

O que nos pr eocupa aqui, é com o t udo ist o est á relacionado à m agia.
Muit os m agist as, especialm ent e m agist as caót icos, t em com eçado à
ut ilizar est es t er m os, " fr act ais" e " capt ador es est ranhos" , em suas
conv er sações diárias. Muit os daqueles que fazem isso possuem algum a
com preensão do r elacionam ent o ent r e a m agia e est a área da ciência.
Sim plificando, um at o m ágico afort unado causa um r esult ado
aparent em ent e sem causa. No est udo da t urbulência, os cient ist as
caót icos t em com preendido que fenôm enos apar ent em ent e sem causa
na nat ur eza não são apenas a regr a, m as são m ensur áveis por
equações m at em át icas sim ples. A irr egular idade é a m at éria- pr im a de
qual a vida é feit a. Por ex em plo, no est udo dos rit m os das bat idas
car díacas e padrões de ondas m ent ais, padr ões irr egular es são
m edidos a part ir dos orgãos nor m alm ent e em funcionam ent o,
enquant o const ant e, e padr ões regulares são um sint om a dir et o de um
at aque cardíaco pr óxim o à ocor rer, ou um at aque epilét ico. Refer indo-
se nov am ent e aos fót ons " virt uais" , um a liberação de ener gia m ágica
execut ada apr opriadam ent e cria um a " form a ondular" ( visível pela
fot ografia Kyr lian) ao r edor do m agist a causando t ur bulência no espaço
et érico. Est a t ur bulência causará pr ovavelm ent e um r esult ado,
pr eferent em ent e com o o m agist a havia int ent ado. Assim que a ener gia
é liberada, o cont role do fenôm eno est á for a das m ãos do m agist a, da
m esm a m aneira que um a v ez que a equação t enha sido im plant ada no
com put ador, o m odelo seguir á o cam inho fix ado por ela.

Os cient ist as que est ão t r abalhando nest a área zom bariam dest a
explanação, eles não possuem idéia de que eles est ão no processo de
descober t a da física por det r ás da m agia. Mas ent ão, m uit as ciências
com uns de hoj e, com o a quím ica por ex em plo, for am um a v ez
consider adas m agia. A com pr eensão dest e assunt o r equer, além de
algum as leit ur as, um a t ransfor m ação na for m a de pensar . Nós som os
t r einados desde a t enr a idade para pensar em t erm os linear es, m as a
nat ureza e o caos dent r o dela são " não- linear" , e port ant o requer em
um raciocínio " não- linear" para serem com pr eendidos. I st o parece
sim ples, por ém recor da- m e de um a classe de lógica que eu t ive no
colégio. Nós fazíam os silogism os Ar ist ot élicos sim ples. Tudo que nós

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t ínham os à fazer era colocar a linguagem diária em for m a de equação.


Soa sim ples, e r ealm ent e é. Ent ret ant o, ist o requer um pr ocesso de
pensam ent o não- linear. Durant e aquela lição sobr e o espaço de um a
sem ana, a classe dim inuiu de 48 à 9 est udant es. Os pr ogr am ador es de
com put ador for am os prim eiros à sair. Aqueles de nós que
sobr eviveram àquela seção for am à um alt o gr au de m er ecim ent o na
classe, m as o que foi m ais im port ant e, acham os que hav íam os at ingido
um a m udança per m anent e em nosso pr ocesso de raciocínio. Nossas
vidas for am t r ansform adas por aquela sim ples m udança de
per spect iva.

A ciência do caos ainda est á no pr ocesso de descober t a, por ém os


m agist as t êm aplicado os seus princípios pelo m enos à t ant o t em po
quant o eles t em sido descr it os relat ivos à m agia. Um a vez que os
pr incípios dest a ciência com eçaram a t om ar supor t e nos pr ocessos de
raciocínio, os m agist as com eçaram a not ar t udo desde os padr ões
fract ais na fum aça que sai de um cigar r o aos padr ões de sucesso e
falha em t rabalhos m ágicos, que levam a um ent endim ent o do por que
eles falhar am ou for am afort unados.

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O caos não é em si m esm o, um sist em a ou filosofia. É ao cont r ário,


um a at it ude que a pessoa aplica à sua m agia e filosofia. É a base par a
t oda m agia, com o é a for ça cr iat iva pr im ev a. Um Magist a Caót ico
apr ende um a v ariedade de t écnicas m ágicas, usualm ent e t ant as
quant as ele puder t er acesso, m as vê além dos sist em as e dogm as
par a a física por det r ás da for ça m ágica e ut iliza qualquer m ét odos que
for em at raent es par a ele. O caos não v em com um Grim oire específico
ou at é m esm o um grupo de ét icas pr escr it as. Por est a razão, ele t em
sido t it ulado " cam inho da m ão esquerda" por algum as pessoas que não
com preendem aquilo que est á além do seu pr ópr io cam inho escolhido.
Não há um grupo de t écnicas m ágicas específicas que sej am
consider adas " t écnicas m ágicas de Magia Caót ica" . Um Magist a Caót ico
ut ilizará as m esm as t écnicas m ágicas com o aquelas de out ros
cam inhos, ou aquelas de sua pr ópr ia confecção. Qualquer e t odos os
m ét odos e inform ações são v álidos, o único r equer im ent o é que eles
funcionem . Dom inar o papel da m ent e subconscient e nas oper ações
m ágicas é o pont o crucial delas, e o est ado cham ado " v acuidade" por
Aust in Osm an Spare é a est rada para est e fim . Qualquer pessoa que
t enha part icipado de um r it ual que t enha t ido sucesso, experim ent ou
algum gr au do " ápice" que est e est ado induz.

Um a com pr eensão dos princípios cient íficos por det r ás da m agia não
requer necessar iam ent e um diplom a em física ( em bora não sej a
dispensável, se a at it ude linear encravada no est udant e puder ser
evit ada) , as ex per iências em r esult ados m ágicos t rarão o
ent endim ent o necessário.

(MSInc. | capítulo anterior | próximo capítulo | volta)


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Morte Súbita Inc. | Seus Gritos - Nossa Gargalhada


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