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Impacto da norma ABNT NBR 6118: 2014 no orçamento de uma

estrutura em concreto armado


Impact of standard ABNT NBR 6118: 2014 in the budget of a reinforced concrete structure

Luana Ferreira Borges(1); Antonio Carlos dos Santos(2); José Victor de Lima Jaculi(3);
Leandro Mouta Trautwein(4); Rodrigo Gustavo Delalibera (5)

(1) Mestranda em engenharia civil, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)


(2) Professor Doutor, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
(3) Engenheiro civil, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
(4) Professor Doutor, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
(5) Professor Doutor, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Universidade Federal de Uberlândia – Campus Santa Mônica – Bloco 1Y – Sala 1Y31 – Av. João Naves de
Ávila, 2121. 38408-100. Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. E-mail: luana_f.borges@hotmail.com

Resumo
Em 2014 foi lançada a nova versão da norma brasileira de dimensionamento de estruturas de concreto, a
ABNT NBR 6118:2014, substituindo a versão anterior, a ABNT NBR 6118:2007. Dentre as novas
especificações encontra-se: a inclusão de concretos classe II de resistência, com valores de resistência
característica à compressão acima de 55 MPa até 90 MPa; critérios para cálculo do módulo de elasticidade
em função da espécie mineralógica do agregado.
Neste trabalho foram realizadas simulações de custos para avaliar os impactos da classe de resistência do
concreto e do tipo de agregado sobre os custos de uma obra de porte médio na região Centro-Oeste do
Brasil por meio de uma ferramenta computacional. Um edifício de quatro pavimentos projetado em concreto
armado conforme as versões ABNT NBR 6118:2007 e ABNT NBR 6118:2014, teve o custo da estrutura e o
custo total de materiais avaliados para diversas classes de resistência do concreto e diversos tipos de
agregados. Comparando-se os valores obtidos para o projetado estrutural segundo a versão 2007 da
norma, o CAR (concreto de alta resistência) foi o item que mais elevou significativamente o custo da
estrutura do edifício conforme o esperado. Embora as diferenças entre os orçamentos para concreto de
resistência usual e para CAR não foram surpreendentes, os custos relativos indicados com base nas
porcentagens calculadas podem apresentar diferenças relevantes ao extrapolar a estimativa para o
orçamento da estrutura de um edifício de grande porte.
Palavra-Chave: orçamento; projeto estrutural; alta resistência, tipo de agregado.

Abstract
In 2014, a new version of the Brazilian standards for concrete dimensions was released – ABNT NBR
6118:2014 (Brazilian National Standard (NBR) No. 6118: 2014) – superseding the previous version from
2007. The new specifications include: the class II resistance concretes (with a compressive strength and
characteristic resistance values between 55MPa to 90MPa); criteria for calculating the elastic modulus as a
function of the mineral species in the aggregate.
In this study, simulations were performed for evaluate the influence of the concrete strength class and the
type of aggregate using a computer program. In each simulation, the quantitative value of materials and a
budget for the supplies were determined. The structure of a four-floor building was dimensioned as outlined
in both versions of the standard: ABNT NBR 6118: 2007 and ABNT NBR 6118: 2014. The type of aggregate
was found to influence the cost of the structure and the total cost of materials when the values calculated
based on the two versions of the standard were obtained. The use of high strength concrete (C60) led to an
increase in the cost of the structure analyzed. Though the difference between the budgets doesn’t seem very
significant, when the percentages found are applied to the total value of a large-scale construction project,
this difference may become relevant.
Keywords: budget; structural design; high strength; aggregate type.
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1 Introdução
O concreto armado é o material estrutural mais utilizado no mundo. Sua elevada
capacidade e empregabilidade fazem com que ele seja exposto a diferentes situações. A
nova norma técnica que aborda projetos de estruturas de concreto no Brasil foi lançada e
atualizada em 2014: A ABNT NBR 6118: 2014. Esta versão da norma traz atualizações e
novos procedimentos, em comparação com a ABNT NBR 6118: 2007, que irão influenciar
na elaboração de um projeto estrutural em concreto armado. Cerutti e Santos (2015)
afirmam que a versão 2014 coloca a norma no mesmo nível de atualização das normas
internacionais mais conceituadas, refletindo o esforço da ABNT e da comunidade técnica
brasileira de atingir “um elevado patamar de qualidade no projeto e construção das
estruturas de concreto” (CERUTTI; SANTOS, 2015, p.558). Dentre as novas
especificações apresentadas, destacam-se a inclusão de concretos de classe II (com
valores de resistência característica à compressão acima de 55 MPa até 90 MPa) e os
critérios para o cálculo do módulo de elasticidade em função dos agregados que o
compõem.

Segundo Cerutti e Santos (2015), o avanço no conhecimento das propriedades do


concreto possibilitou uma maior precisão na definição do módulo de elasticidade quando
não são realizados ensaios específicos para sua determinação. Vários estudos
comprovam que a origem mineralógica do agregado influencia no módulo de elasticidade
do concreto. Yildrin e Sengul (2011) verificaram que concretos obtidos com o uso de
basalto, dolomita e quartzo tiveram módulo de elasticidade maior que aqueles produzidos
com agregado calcário. Ahmad e Alghamdi (2012) observaram que, para várias
combinações de mistura, o módulo de elasticidade em concretos utilizando agregado
calcário é maior que ao se utilizar basalto de origem vulcânica. Alexander e Mindess
(2005) e Haranki (2009) verificaram que concretos com agregado graúdo de granito
apresentam valores de módulo ligeiramente maiores que os de calcário. Marriaga e Yépez
(2011) verificaram que, para concretos de alta resistência, a origem do agregado
(metamórfico, ígneo ou sedimentar) tem significativa influência no módulo de elasticidade.
Parrot (1979) apud Haranki (2009) desenvolveu uma equação para estimativa do módulo
de elasticidade do concreto em função da resistência à compressão do concreto (entre 20
e 70 MPa) e da origem do agregado utilizado (arenito, calcário, dolomito, quartzito, etc.).
Além destes, a influência da origem do agregado no módulo de elasticidade é abordada
por Arruda et al. (2013); Magalhães et al. (2006); Uysal (2012); entre outros. Ahmad e
Alghamdi (2012) e Haranki (2009) afirmam que a influência da origem do agregado é
maior em baixas relações água/cimento.

A adoção do uso de concretos de alta resistência (CAR) foi um dos fatores que
contribuíram para atualização da norma ABNT NBR 6118: 2007. Com o uso de elementos
mais esbeltos surge a necessidade do uso de concretos mais resistentes. De acordo com
Damas et. al. (2015), os pilares são as peças estruturais nas quais há maior benefício do
uso de CAR, sendo possível reduzir a seção transversal, o emprego de menores taxas de
armadura e um melhor desempenho estrutural. De acordo com Caldarone (2009), a
definição de alta resistência em termos de um valor aplicável universalmente não é
possível. No Brasil, segundo Tutikian et al. (2011), são considerados concretos de alta
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resistência aqueles que possuem resistência à compressão variando de 55 a 80 MPa. A
resistência depende de muitas coisas, como a qualidade dos materiais disponíveis e as
práticas de construção (CALDARONE, 2009). O concreto de alta resistência pode
comportar diferente do concreto convencional em muitos aspectos (CALDARONE, 2009;
DAMAS et al., 2015). “Menor microfissuração, maior módulo de elasticidade, maior
resistência e menor ductilidade são algumas de suas propriedades” (DAMAS et al., 2015).

Com base na revisão bibliográfica apresentada, percebe-se que a nova norma traz
modificações na forma de projetar uma estrutura. O objetivo deste trabalho é avaliar qual
o impacto no orçamento de uma estrutura em concreto armado devido duas modificações
na nova norma de projeto de estruturas de concreto: A utilização de concretos de alta
resistência e a determinação do módulo de elasticidade considerando a origem
mineralógica do agregado.

2 Metodologia
O edifício analisado é um prédio residencial localizado na cidade de Valparaíso de Goiás,
Goiás. O edifício possui 4 pavimentos, uma altura total de 15 metros, lajes pré-moldadas
treliçadas com enchimento de poliestireno expandido, paredes de alvenaria de 15
centímetros de espessura e 1.046,26 m² de área construída.

Foram realizadas simulações com ferramenta computacional variando-se o tipo de


agregado e a classe de resistência do concreto, para analisar a influência destes fatores
comparando-se os custos de uma estrutura dimensionada conforme a ABNT NBR 6118:
2007 e a ABNT NBR 6118: 2014. As hipóteses de dimensionamento são apresentadas na
Tabela 1. O dimensionamento foi feito, para cada hipótese, considerando os estados
limite último e de serviço. Em cada caso, calculou-se o módulo de elasticidade inicial,
módulo de elasticidade secante e resistência média à tração do concreto por meio das
equações contidas nas duas versões da norma. As informações foram lançadas na
ferramenta. A Figura 1 é a representação do lançamento das características.

Tabela 1 - Hipóteses das simulações realizadas


Resistência característica Versão da norma
Hipótese Agregado
à compressão (MPa) ABNT NBR 6118
Hip 1 25 — 2007
Hip 2 60 — 2007
Hip 3 25 Arenito 2014
Hip 4 25 Granito 2014
Hip 5 25 Basalto 2014
Hip 6 60 Arenito 2014
Hip 7 60 Granito 2014
Hip 8 60 Basalto 2014

Destaca-se que, na hipótese 2, devido à falta de normalização para o grupo II de


resistência na antiga norma, foram utilizados os mesmos métodos de cálculo de
dimensionamento de concretos de classe I de resistência para simulação da utilização do
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concreto C60.

Figura 1 – Exemplo do lançamento das características na ferramenta computacional.

Nas simulações foram consideradas as situações mais críticas para estado limite último e
estado limite de serviço. As dimensões dos elementos estruturais foram alteradas sempre
que necessário ou quando possível, de acordo com a resistência de cada concreto
utilizado e do seu valor de módulo de elasticidade.

Para cada simulação foram feitos quantitativos de materiais e orçamentos para insumos,
possibilitando uma comparação de orçamento de materiais gastos na parte estrutural do
edifício. Para o orçamento considerou-se a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) referente ao Estado de Goiás do mês de
setembro de 2015.

3 Resultados e Discussão
Os valores calculados de módulo de elasticidade inicial (Eci), módulo de elasticidade
secante (Ecs) e resistência média a tração (fct,m) para os oito casos são apresentados na
Tabela 2. Sobre a hipótese 4 (Concreto C25, agregado granito e uso da versão 2014 da
norma), não houve nenhuma mudança significativa que interferisse na elaboração do
projeto estrutural em relação à hipótese 1 (Concreto C25 e uso da versão 2007 da
norma), fato que se explica pelo fator αE (Fator apresentado na nova versão da norma de
estruturas de concreto, que depende da origem do agregado utilizado) ser igual a 1.
Devido a isso, considera-se que o dimensionamento referente à hipótese 4 é igual ao
referente à hipótese 1 (Tabela 1).

Na Tabela 3 é apresentado um resumo dos orçamentos obtidos, em moeda brasileira


(Real), para as simulações realizadas considerando o mês de setembro de 2015. Estes
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valores foram obtidos dos quantitativos dos materiais utilizados para construção da
estrutura em cada caso. Para a determinação do orçamento, foi considerada a tabela
SINAPI referente ao estado de Goiás para o mês de setembro de 2015.

Tabela 2 – Resumo dos módulos de elasticidade inicial, módulos de elasticidade secante e resistências
média à tração.
Hipótese Eci (MPa) Ecs (MPa) fct,m (MPa)
Hip 1 28.000,00 23.800,00 2,56
Hip 2 43.377,41 36.870,80 4,60
Hip 3 19.600,00 16.905,00 2,56
Hip 4 28.000,00 24.150,00 2,56
Hip 5 33.600,00 28.980,00 2,56
Hip 6 29.128,35 27.671,93 4,30
Hip 7 41.611,92 39.531,32 4,30
Hip 8 49.934,31 47.437,59 4,30

Tabela 3 – Comparativo de custos das simulações


Hipótese Custo da estrutura (R$)
Hip 1 e Hip 4 241.407,04
Hip 2 277.392,75
Hip 3 252.505,25
Hip 5 240.466,83
Hip 6 283.924,55
Hip 7 280.064,40
Hip 8 272.797,51

Observa-se o impacto econômico causado pelo uso da norma ABNT NBR 6118:2014 e
concreto C25, em comparação ao uso da ABNT NBR 6118:2007 para a utilização de
agregado arenito (Hip 3) nota-se um aumento de 4,60% no custo da estrutura; para a
utilização de agregado granito (Hip 4), o mesmo custo; para a utilização de basalto (Hip
5), uma diminuição de 0,40%. Já em relação ao concreto C60, para arenito (Hip 6) notou-
se um aumento de 2,35%; para granito (Hip 7), um aumento de 0,96% e; para basalto
(Hip 8), uma diminuição de 1,60% (Tabela 3).

Considerando como referência os custos unitários básicos de construção disponibilizados


pela Tabela PINI (dados referentes a setembro de 2015), que traz para a construção de
prédios populares de quatro pavimentos padrão normal no estado de Goiás, o custo de
R$ 1.293,77 por metro quadrado, pode-se fazer uma comparação orçamentária entre as
simulações. Uma vez que a edificação possui 1.046,26 m², seu custo global é avaliado em
R$ 1.353.619,80. Com isso, utilizando o custo da estrutura (Tabela 3), e o custo global,
calcula-se qual a porcentagem do custo total é representada pela estrutura (Tabela 4).

Verifica-se que, para uma mesma resistência, o tipo de agregado pouco influenciou no
custo global de materiais, quando se compara os valores obtidos no dimensionamento
segundo ABNT NBR 6118:2007 e ABNT NBR 6118:2014. A maior diferença verificada no
custo da estrutura em relação ao custo global, comparando as duas versões da norma, foi
notada ao se utilizar concreto C25 e agregado arenito (Hipótese 3). Neste caso, a
diferença em relação ao orçamento obtido utilizando a norma antiga foi de 0,82%.
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Tabela 4 – Análise comparativa orçamentária
Custo de materiais Custo do restante
Hipótese
para estrutura de materiais
Hip 1 e Hip 4 17,83% 82,17%
Hip 2 20,49% 79,51%
Hip 3 18,65% 81,35%
Hip 5 17,76% 82,24%
Hip 6 20,98% 79,02%
Hip 7 20,69% 79,31%
Hip 8 20,15% 79,85%

A Figura 2 apresenta o custo referente a concreto, aço e fôrma para cada caso,
permitindo verificar a influência de cada item no custo da estrutura das edificações
simuladas com uso de concreto de resistência usual da classe C25. A Figura 3 apresenta
os custos similares para o CAR da classe C60. A Figura 4 apresenta uma comparação de
custos de concreto para todas as hipóteses e, a Figura 5, uma comparação de custos de
aço e fôrmas para todas as hipóteses em escala maior, na qual verifica-se que, para um
determinado tipo de agregado, o somatório de custos com aço e fôrmas é maior ao se
utilizar concreto C25. Na figura 6 é feita a comparação do custo de concreto, aço e fôrmas
para as hipóteses.

Figura 2 – Comparativo de custos das simulações com concreto C25.

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Figura 3 – Comparativo de custos das simulações com concreto C60.

Figura 4 – Comparativo de custos de concreto entre todas as hipóteses.

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Figura 5 – Comparativo de custos de aço e fôrmas entre todas as hipóteses.

Figura 6 – Comparativo de custos entre os materiais estruturais e as fôrmas para todas as hipóteses.

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Ao se comparar as classes C25 e C60 (Figura 4), percebe-se a diferença de custo dos
concretos. O uso do concreto C60, comparado ao C25, reduziu ligeiramente o consumo
do aço, sem significância sobre o domínio do custo do CAR na elevação dos custos dos
materiais estruturais da obra (Figura 5).

Para a classe de concreto C60, o consumo de aço e de fôrmas são reduzidos


independentemente do tipo de agregado, porém, em quantidades insuficientes para
neutralizar o impacto do custo do CAR sobre o orçamento da obra em estudo (Figura 6).

4 Conclusões
Por meio das simulações de dimensionamento e dos custos estimados com base nos
valores médios de mercado da região de Goiás, indicados na tabela SINAPI (setembro de
2015), verificou-se que as novas considerações normativas sobre a origem mineralógica
do agregado influenciaram no custo da estrutura analisada em valores até 4,60%, quando
comparados aos custos iniciais obtidos a partir da versão 2007 da norma brasileira de
estruturas de concreto.

Para os concretos das classes C25 e C60, com a utilização de agregados arenito ou
granito notou-se um ligeiro aumento no custo da estrutura; com a utilização de basalto,
uma ligeira diminuição. Em relação ao custo total de materiais, a maior influência no
orçamento foi verificada para o uso do concreto C25 com agregado arenito. Com base
nos valores médios da Tabela PINI (setembro de 2015) para o Estado de Goiás, os
valores encontrados são pouco relevantes em relação ao total.

O uso do CAR (classe C60), quando comparado ao concreto de resistência usual (classe
C25), eleva o orçamento referente ao custo do concreto. Há uma redução do consumo do
aço e das fôrmas, que ainda se mostra insuficiente para eliminar a diferença de custo do
concreto para este estudo de caso: um edifício de concreto armado, de porte médio, de
quatro andares, situado na região Centro Oeste. Para outras regiões metropolitanas do
Brasil, considerando um edifício de grande porte, esta análise pode apresentar resultados
com diferenças mais significativas para o custo do CAR sobre os outros custos e insumos
da obra.

Em função da distância entre as jazidas de rochas que fornecem agregados de boa


qualidade as obras, e da disponibilidade de controle tecnológico do concreto, sugere-se
que este estudo seja estendido à outras regiões do Brasil. É possível que em regiões
metropolitanas como a Grande São Paulo e a Grande Rio apresentem redução relativa do
custo do CAR mais significativa sobre os outros custos e insumos de edifícios de médio e
de grande porte.

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