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O Belo e o Estético
Definir a Estética pelo Belo seria ignorar o trabalho de todos os artistas que se
afastavam do conceito de Belo definido, além do desprezo por todas as
observações feitas pelos pensadores pós-kantianos em relação a essas obras.
Também seria estranha a dissociação da Filosofia da Arte na Estética, já que esta
deveria ser o seu núcleo.
À Estética então passa a ser definida como Filosofia da Beleza, onde a Beleza
incluiria todos as manifestações de arte que não tinham (ou ainda não tem) relação
com o Belo, como o Trágico, o Cômico, etc.
O Campo da Estética
Até a revolução estética kantiana, ninguém questionava como a Beleza podia ser
propriedade do objeto estético.
A Beleza é uma construção do espírito do contemplador que é projetada diante do
objeto.
Na Estética Objetiva, a beleza de um objeto de arte é advinda de suas
propriedades, qualidades. O contemplador apenas “capta” a beleza, sem a
possibilidade de intervir sobre ela ou modificá-la. A Beleza é absoluta.
Para Platão, esta Beleza está presente apenas no mundo das ideias, distante da
interferência humana.
A Estética Objetiva, tendo Kant como principal propulsor da ideia, reflete que
para determinar se um objeto é belo ou não, recorre-se às faculdades do
contemplador (inteligência e vontade aliadas ao juízo de gosto). Logo, a beleza
não seria uma propriedade do objeto, já que a bagagem do contemplador é que
determina se o mesmo encontrará ou não beleza em algo.
A Reminiscência
O “Banquete” e o “Fedro”
O Caminho Místico
A Beleza Absoluta
A Reminiscência e o “Mênon”
Por causa das contribuições dadas por Platão, a ideia de esplendor, luz, brilho,
sempre ficou ligada à concepção de beleza.
Aristóteles abandona o idealismo platônico por completo no que diz respeito à
Beleza. Segundo ele, a beleza não depende de uma ordem suprema residente no
mundo suprassensível das Essências Puras, e sim da harmonia ou ordenação
existente nas partes dos objetos, entre si e relacionado ao todo.
Em relação ao Belo, este exigia uma certa imponência, grandeza, além de sua
proporção e medida nesta.
Aristóteles parece ter pressentido a Beleza como campo que incluía diversas
categorias além do Belo.
Para Aristóteles, as características essenciais da Beleza seriam a harmonia e a
grandeza. Além da influência grega no conceito de beleza induzi-lo à incluir a
medida e proporção.
“A Beleza consiste em unidade na variedade”
Plotino e Aristóteles
O fundamento da visão de Plotino sobre a Beleza é Platônico.
Plotino se opõe ao pensamento aristotélico, uma vez que este só admite a Beleza
no objeto formado por partes, composto, excluindo as partes, o simples,
abstraindo-os do que seria belo. As partes também deveriam ser belas.
À exemplo de uma cor pura, que por não ser formada por partes, não poderia ser
considerada bela.
Beleza do Simples?
É questionável aferir Beleza também aos objetos simples pelo fato de que para
encontrá-la, seria necessária a comparação com outros objetos, como por exemplo
as cores ou uma sinfonia. Para dizer que uma cor é bela, é preciso conhecer outras
cores que provoquem o desagrado. Do mesmo jeito com a música, pois, há a
comparação de um movimento ou notas específicas com outras.
Existe forte influência dos pensamentos de Platão no discurso de Plotino, uma vez
que o mesmo referencia o plano divino onde a verdadeira Beleza habita, o
arrebatamento místico após a conclusão do percurso seguido para encontrar a
Beleza Absoluta, também como a ideia de Reminiscência proposta por Platão.
Plotino e Kant
Para Plotino, o gosto seria a faculdade da alma, uma vez que esta tem noção do
que é o a Beleza.
É possível que Plotino, apesar da primazia dada ao estudo da Beleza, tenha
admitido outras categorias no campo de estudo da Estética.
Plotino e Bergson
Para Plotino, a Beleza é uma luz que paira sobre a Harmonia, sintetizando a luz
platônica e a harmonia aristotélica.
A luz que dança sobre a harmonia seria, é também a máxima intensificação do
ser.
A Beleza é resultado do triunfo da forma sobre o obscuro.
Uma vez que a satisfação do juízo de gosto é desprovida de interesse, todo fim
comporta um interesse como motivo de julgamento, trazido sobre o objeto.
A afinidade é algo que o sujeito descobre no objeto, tendo a capacidade de excitar
as faculdades do sujeito de maneira harmoniosa.
A satisfação proporcionada pelo juízo de gosto é uma invalidade sem fim.
A Liberdade e a Necessidade
Beleza e Verdade
A Ideia e o Ideal
Liberdade e Necessidade
Liberdade: modalidade suprema do espírito, aquilo que a subjetividade contém,
m e pode captar em si de mais elevado. Permanece puramente subjetiva, sem se
exteriorizar.
Chocando-se com o que não é livre, o sujeito é induzido ao combate e desespero.
O estado natural do homem é a contradição e o dilaceramento tanto perante a
natureza como também dentro de si mesmo.
A suprema aspiração humana seria superar a contradição através da comunhão
com a Ideia