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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Instituto de Matemática e Estatı́stica - IME


Eduardo Arbieto Alarcon

TEORIA COMPLEMENTAR

1 Campos Gradientes

Em certos casos, para determinar a priori se um campo é conservativo ou não, é útil a seguinte propriedade:

Teorema 1 Seja U um conjunto aberto de Rn e F⃗ : U ⊂ Rn → Vn um campo vetorial de classe C 1 (U ).


Nestas condições, se U for simplesmente conexo e rot F⃗ = ⃗0 então F⃗ será uma campo gradiente, isto é,
existe ϕ : U → R de classe C 1 (U ) tal que ∇ϕ = F⃗ .
( )
x y
Mas a recı́proca não vale, por exemplo o campo vetorial F⃗ = , , 0 definido no
(x2 + y 2 )2 (x2 + y 2 )2
aberto U = R3 − {(0, 0, z) : − ∞ < z < +∞} é uma campo fechado rot F⃗ = ⃗0, com função potencial
1 1
ψ(x, y, z) = − em U , embora U não seja simplesmente conexo.
2 x2 + y 2
Por outro lado o teorema (1)(pode determinar quando ) um conjunto não é simplesmente conexo.
Por exemplo, o campo G ⃗ = − z , y, x
definido em U = R3 − {(0, y, 0) : y ∈ R}, é fechado
x2 + z 2 x2 + z 2
⃗ = ⃗0), mas não é conservativo, então U não pode ser simplesmente conexo.
(rot G
No caso de subconjuntos em Rn , para n ≥ 3, o seguinte teorema caracteriza os conjuntos simplesmente
conexo:

Teorema 2 O complementar de todo conjunto fechado K ⊂ Rn , n ≥ 3, de dimensão k, 0 ≤ k ≤ n − 3 é


simplesmente conexo.

Por exemplo, seja um ponto de P ∈ Rn n ≥ 3, o conjunto {P } é um conjunto fechado de dimensão 0, logo


pelo teorema U = Rn − {P } é simplesmente conexo.
Sejam P0 ∈ R4 e ⃗v ∈ V4 um vetor em R4 , o conjunto

L = {P0 + t ⃗v : − ∞ < t < +∞} ,

é um conjunto fechado de dimensão 1, logo R4 − L é simplesmente conexo.

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