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oglobo.globo.com

Após suposta compra de pacote de


fake news, PT pede investigação da
campanha de Bolsonaro
Bruno Góes
5-7 minutos

Partido solicitou apuração de possíveis crimes de abuso de poder


econômico e uso indevido de comunicação digital. PDT quer anular
eleição

18/10/2018 - 18:17 / 18/10/2018 - 20:34

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante


entrevista Foto: Marcelo Theobald/Agência O Globo/11-10-2018

BRASÍLIA — A campanha do candidato do PT à Presidência,

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Fernando Haddad, protocolou nesta quinta-feira uma ação no


Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a Corte abra uma
investigação com o objetivo de apurar possíveis crimes eleitorais
cometidos pela candidatura de seu adversário, Jair Bolsonaro
(PSL). No documento, o PT diz que a campanha de Bolsonaro
cometeu "abuso de poder econômico" e "uso indevido de
comunicação digital".

O pedido é baseado em denúncia publicada pelo jornal "Folha de


S. Paulo", segundo a qual empresas estariam favorecendo a
campanha de Bolsonaro ao comprar pacotes de divulgação em
massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. Ainda no
documento protocolado pelo PT — um pedido para a abertura de
uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) —, há também a
indicação para que, caso sejam comprovados os crimes, o
candidato do PSL seja declarado inelegível por oito anos.

Segundo a reportagem da Folha de São Paulo, empresas que


apoiam a candidatura de Bolsonaro firmaram contratos de até R$
12 milhões com serviços especializados em "disparar" mensagens
por meio da ferramenta.A campanha petista quer que o WhatsApp,
de propriedade do Facebook, apresente no prazo de 24 horas um
"plano de contingência" para suspender o "disparo em massa de
mensagens ofensivas ao candidato a Presidência da República
Fernando Haddad".

O partido pede ainda que seja decretada a busca e apreensão de


documentos na sede de empresa Havan, uma das citadas pela
reportagem, e na residência Luciano Hang, o dono da companhia.
A intenção seria encontrar evidências da relação deles com
"empresas de comunicação digital" e com "a campanha de Jair
Messias Bolsonaro".

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O PT também pede a quebra do sigilo bancário, telefônico e


telemático de Luciano e mais quatro empresas que seriam
responsáveis por disparar as mensagens: Quick Mobile
Desenvolvimento e Serviços, Yacows Desenvolvimento de
Software, Croc Services Soluções de Informártica e SMSMarket
Mobile Solutions. A campanha pede, por último, que os
proprietários das empresas citadas pela reportagem sejam ouvidas
pela Justiça Eleitoral, assim como o representante do WhatsApp
no Brasil.

Em nota, o WhtasApp informou que vai investigar a denúncia de


divulgação sistematizada de fake news por empresas e que já tem
banido centenas de milhares de contas durante o período das
eleições brasileiras.

"Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica


contas com comportamento anormal ou automatizado, para que
não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação” -
explicou.

A empresa afirmou ainda que "está comprometida em reforçar as


políticas do WhatsApp igualmente e de maneira justa para proteger
a experiência do consumidor".

PDT QUER ANULAR ELEIÇÕES

Mais cedo, o PDT anunciou que irá pedir a nulidade das eleições
presidenciais de 2018 por conta da denúncia publicada no jornal
"Folha de S.Paulo" nesta quinta-feira . O presidente do PDT, Carlos
Lupi , está reunido com outros integrantes do partido para definir o
formato dessa ação. Ele pondera que as fake news têm se
transformado no grande problema desta eleição.

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— O problema das fake news é muito grave, mas agora a compra


do envio em massa de fake news contra o PT foi para um outro
patamar. É crime. É abuso do poder econômico. Vamos pedir a
nulidade das eleições, isso aí vai dar um oba-oba bom —
disse Lupi ao GLOBO.

Após a publicação da reportagem, Fernando Haddad acusou o seu


adversário, Jair Bolsonaro (PSL), de ter criado uma organização
criminosa para distribuir mensagens falsas de WhatsApp contra o
PT. O presidenciável afirmou que a campanha do capitão da
reserva está utilizando dinheiro de caixa dois para espalhar fake
news no aplicativo de troca de mensagens. Disse, ainda, que
recebeu informações de que Bolsonaro pediu, em jantares, para
empresários darem esse tipo de apoio irregular à sua campanha.

O GLOBO procurou a assessoria de imprensa de Bolsonaro, mas


não obteve resposta. Em uma publicação no Twitter no início da
tarde desta quinta-feira, o candidato do PSL deu uma resposta
indireta às críticas de Haddad, atacando o PT. Ele não negou, nas
redes sociais, o apoio das empresas para a divulgação de
mensagens pelo WhatsApp:

"Apoio voluntário é algo que o PT desconhece e não aceita.


Sempre fizeram política comprando consciências".

Em outra publicação, Bolsonaro diz que "o PT não está sendo


prejudicado por fake news, mas pela verdade". Segundo ele, os
petistas "roubaram o dinheiro da população" e "mergulharam o
país na violência e no caos"

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