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Myrian Vers Bapista PLANEJAMENTO SOCIAL intencionalidade € instrumentagio ‘Venas Eprrosa ~ Cons So Paulo ~ Lisboa 2007 A racionalidade do planejamento Somes toes planers ale see mais iporense rasnar tome xm Honjo ge pro flan J. Priedasan 0 termo “planejamento”, na perspectiva lbgico-racional, -teferese 20 processo permaneate © metédico de abordagem racional cientiia de questdes que se colocam no mundo soca, Enquanto processo permanents,supde agfo continua sobre um onjunt dindmico de sitaagbes em um determinado momento histrico. Como processo metédico dé sbordagem racional € cientiia, supde uma seqdéncia de atos decisrios, ordenados emmomentesdefinides ebaseados em conhecimentos teéricos, clenufcose tenicos. Nessa perspectiva, © planejamento refere-se, 20 mesmo tempo, selesto das ativdades necesirias para tender questOes determinadas ¢&oximizagto de seu inte-relacionamento, levan- do em conta os condicionantes importos a cada cao (recursos, razos e outos) iz respeito também, a decisto sobre os cumin. ‘hos a serem pereoreidos pela ago as provideaciae neceséias| sua adogio, a0 acompanhamento da exeeusio, 0 controle, 8 saligdo © redefnito da agi. ° cso de rasionaidade do planjament en fincada em uma logicidade que nore natraimente 4 abe at pessoas, leando-s a plang, mexmo sem se aperceberem de Que o estfofazendo. Decor do tio ds intlgéncin nam proces de rctonalizaio dace dao, Ai, Calor Matar (spud Fiera, 1996:14) nos dia que "0 plenjamento nfo € rms que a tenia de vba intengo que 0 homer fem de gorerar asi propi ao fare de impor is creunstinit 4 ecg da oo humana”, Neste enfogse pancjamento€x feramenta para pensar ac denro de un sistemfaanalicn rréptis estado a stages, prevendo ees limites sae owldades,propondo-e objets, defnindo-ecnatégas Jf no inicio dos tempos, o homem refeia sobre as quendes que o desfavam, exrudava as diferentes aernatvas para soluciont-las ¢ orgenizava sua agto de maneica légica. “Enguanto assim feria, etavaefeivando uma pritics de plane mento. Da observagio dessa prtic, de sua anlisee sistemat z7%o racional, do dominio de alguns prineipios que regem os processor natura, ¢ dt incoeporasto dos conhecimentor Aesenvolvdos em diferentes éreas do pensamento, reultou 0 scervo de conhecimentos ede prtias de planejamento al como encontramos hoje Essa sstematzapto fol algo que surgiu do inerssse « do empenho dos detentores do poder de decisOes em larga escala, ff quis tinham em vitta se insteumentlizarem paca 0 nortes siento das agBes nas situagbes com se tabalhavam, Desafiados pela complexidade cada vez maior dos problemas que tinham ‘ane Enfrentac, foram percebenda que mudangse efetvae no exam conseguidas a part de meras reparagdes € arranjos insctucionss. Foi fcando cade vex mais clara a necesidade de se conhecer em profundidade - probleméticse a intencional dade dos que sbordam, de denis com clases os objetivo, de explictarminacosamente os mecanismos que posibitariam semdanea 2 com ese senda gue, como anal Tragcenberg (1967), co planejmeataenguantoinserument de dcisto aparece ligado 2 mmodeanidade: a eevlupto econdmico-socal, is mudaagas ‘deolégicas e de estat de poder. No eatanto, como bem aponta Emeron Blas Merhy(apud Gallo, 1995:117), x ampl- tide de seus espagos de aplicagto va exigir uma compreensto precisa do selasio ene s consttuigio dese campo de stber teenol6pizo, que € 0 plancjament, ca natueza do espago tomade coma objeto deinervengto, de forma peri pree> der as "ponbliades de oper inseumentalmente sobre & reaidade du peticas socials na produsfo de dererminedos reraladae “-Bnguanto process racional,oplanjamenco se organiza oropereedes complexe einterignds, que, conforme Perea (01965), fo a equines: 2) de relerto ~ que diz respeito ao contecimento de adios, 3 ante ecatado de sltenativas, & superastoe recon traglo de concsito ténics de diversas dicpinasrelaionadss om a explicgto « quansiicaro dos fatos soi, eout0s, 1b) de decisio~ que se refere 4 excoha de alternatives & etecminagto de eos, 4 deiaigfo de prazos, a3 ) de so ~relaconads execupto das decsdes. 0 foco central do plansjsmento, Onieata-se por momentos que a anvezedem subsiiada plas escolhas efevads na operasfo anterior, quinto 08 aecessrios processs de organizaios 4) de txomada de etext -operso de xtc dos procesos es cits da asf planed, com vistas 20 embasameto do planejamento de agbesposterors [Ems oper sinterelaclontm em um process dintmico 180, que pode sr assim zepresentado: pscisko —_ A, REREEEAO oo STOMADA DAREHLEXKO 4 Aan desse proceso levanos aidentifar, nessa dimensto esacionalidade,adlmens polltco-deisva que désupore ico: poltico asus agio ténico-adminisratia planejamento como processo politico Bees needs deere png item fons ‘stom manson drone demon. BJaer Ube Rivet ‘A dimensio politiea do planejamento decor do fito de) ~-que ele é um processo continuo de tomadas de decistes,inscritas } nas reaps de poder, 0 ue earactesiea on envolve uma fungio| polities "No entant, tradicionalmente, a se trata de planejamento, 4 tafe era dda nos seus aspectoetenico-operatvos, sco ahecend, no seu procesamento, as tensbese press embutas| as relagies dos diferentes sueitos politicos em presenga/ Hoje, temse a clarezn de que, para que plncjado se efeive na dceeio| desejada, & fundamental que, além do conteido tradicional de einen da eealdade para o planejamento da ao, sejam alidos 2 spreensio das condigdesobjetias 0 conhecimentoe acapoura das condig&es subjetvas do ambiente em que ela ocore: 0 jogo de vontades polities dor diferentes grupos envovida, comes AB forss a ariculato desses grupos, saianas ou asincompatil=

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