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1.14. Serão Salvos Pelos 144000.

Os chefes das TJ dizem às suas vítimas que durante o Milênio, os 144000 terão poder para purificar do pecado e da imperfeição os que então estiverem na Terra.
Senão, veja o que diz o livro das TJ intitulado A Verdade que Conduz à Vida Eterna, Edição de 1968, página 106, parágrafo 12: “Eles terão um poder que até agora tem
faltado a todos os governos humanos: o poder de purificar as pessoas do pecado e da imperfeição”. Ora, só Deus, mediante o sangue de Cristo, pode nos purificar dos
nossos pecados (1Jo 1.7; Sl 103.3). Apresentar-se como purificador de pecados equivale a intitular-se Salvador.
É digno de nota que todos os integrantes do Corpo Governante são, atualmente, segundo eles mesmos pregam, membros do suposto grupo dos ungidos. Logo,
quando os líderes das TJ dizem que os ungidos vão purificar do pecado os seus súditos durante o Milênio, estão mesmo é sonhando alto demais. O que eles estão
dizendo, é que eles vão purificar as pessoas dos seus pecados. Não são eles extremamente pretensiosos?

1.15. A Grande Multidão Está Subdividida em Dois Grupos

Dissemos acima que as TJ pregam que os cristãos estão divididos em dois grupos: os integrantes da Grande Multidão e os 144.000. Mas a divisão não pára
por ai. Seus líderes subdividiram a Grande Multidão em dois grupos: os que se casarão e gerarão filhos e os assexuados. Sim, eles afirmaram que os injustos que
pecaram por ignorância e morreram (ou morrerem) antes do Armagedom, serão ressuscitados para também terem a oportunidade de herdar a Terra, mas fizeram
constar que os tais receberão um tratamento diferenciado dos demais que se salvarem, isto é, não terão filhos: “...Após serem levantados dos túmulos não participam
no trazer filhos ao mundo...” (Seja Deus Verdadeiro, capítulo 23, parágrafo 15, página 274, grifo nosso). Como que entre parênteses observo que aqui há uma
incoerência, posto que o Corpo Governante interpreta que o fato de a Bíblia dizer que “ ‘Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado (RM 6:7)” [TNM], significa que
os ressuscitados não responderão pelo que fizeram antes de morrer (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, Capítulo 21, parágrafo 3, página 175);

1.16. Dormem na Morte

Uma das doutrinas das TJ é que quando se morre não se vai para o Paraíso Celestial, nem tampouco para o Inferno. Elas crêem que ao morrer, a pessoa simplesmente
deixa de existir, e que assim permanece até à ressurreição, quando então volta à existência, caso ressuscite. Mas, desde de 1918, esse quadro mudou em relação aos
que pertencem aos 144.000. Segundo as TJ, naquela data, todos os integrantes dos 144.000 que até então já haviam morrido, foram ressuscitados. Afirmam
textualmente que os apóstolos pertenciam aos 144.000 e que, portanto, ressuscitaram em 1.918, juntamente com os demais membros desse seleto grupo que então já
haviam falecido. A partir daí, todos os que pertencem aos 144.000, não chegam a dormir na morte, pois ressuscitam (em espírito, e, portanto, invisível) no mesmo
instante em que morrem. Crêem que enquanto os parentes, amigos correligionários desse falecido estão cá sepultando-o, o mesmo se encontra lá no Céu, pois já
ressuscitou. Aos componentes da grande multidão, porém, não ocorre o mesmo. Eles continuam dormindo na morte, isto é, quando morrem, não ressuscitam de
imediato, mas passam a integrar o grupo que desde os primórdios da Humanidade vêm morrendo com direito à ressurreição, o qual ressuscitará após o Armagedom.
Aqui está, pois, mais uma afirmação das TJ acerca dos que elas crêem ser a grande multidão que herdará a Terra.
Agora vamos à exibição das provas do que acima afirmei:

1ª) “...nenhum dos apóstolos...ou outros semelhantes a eles foram levantados da morte até...o dia do juízo que começou... em 1918” (Seja Deus Verdadeiro, edição de
1955, página 271, § 10);

2ª) “...o ‘dia’ para ‘a primeira ressurreição’ de cristãos fiéis para o céu já começou. Sem dúvida, os apóstolos e outros cristãos primitivos já foram ressuscitados à vida
celestial...”. (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, edição de 1983, página 173, § 21);

3ª) “Mas existem...os remanescentes, um restante dos 144.000. Quando serão ressuscitados? Não há necessidade de que durmam na morte, mas ao morrerem,
ressuscitam imediatamente...” (ibidem, § 22).

1.17. Outras Crenças Sobre os Dois Grupos

O ex-TJ Aldo Menezes, em seu livreto intitulado As Testemunhas de Jeová e os 144 Mil, 1ª edição de 2004, Editora Vida, às páginas 10-11, nos dá importantes
informações (além das que já alistamos acima) sobre o que as TJ dizem quanto ao que toca aos 144.000, bem como ao que, segundo suas crenças, sobra para os da
suposta grande multidão, que tomamos a liberdade de transcrever parcialmente e com adaptação:

144.000 Grande multidão

Serão.reis e sacerdotes no Reino de Deus. Serão súditos do Reino de Deus.

São irmãos de Jesus. São filhos de Jesus.

São a noiva de Cristo. São amigos do noivo.

São templo do Espírito Santo. Não são templo do Espírito santo.

São o Israel de Deus. São estrangeiros que se juntam ao Israel de Deus.

Receberão imortalidade. Receberão vida eterna.

São o corpo de Cristo. Não são o corpo de Cristo.

1.18. Sabe-se Quem é Quem

Os líderes das TJ, além de dividirem os seus liderados em dois grupos (a grande multidão e os 144000), ainda os ensina a se auto-identificarem. Um diz: “Eu
pertenço aos 144.000.” E outro diz: “Eu não pertenço aos 144.000; antes integro à grande multidão que herdará a Terra”. Isto despertou a nossa curiosidade de tal
maneira, que formulamos a um TJ a seguinte pergunta: Como vocês conhecem se uma pessoa pertence ou não aos 144.000? E ele respondeu: “A pessoa sente”. Sente
como? perguntamos. Eis a resposta: “Sentindo, ué ?! ”. E se esse TJ apelasse para Rm 8.16? Já vimos no tópico VI, o que dizer nesses casos.
Bem, já vimos o que as Tj pensam dos 144000; mas, e os evangélicos? Que temos a dizer sobre isso? Há duas opiniões entre nós, quanto a quem são eles:
1ª) seriam um número representativo, e não literal, a saber, seriam o conjunto do povo de Deus de todos os tempos e de todos os lugares. Este autor, embora
respeite os que assim pensam, não comunga da mesma idéia.
2ª) seriam 144.000 judeus, destacados dentre os filhos de Israel que se converterão quando se cumprir o que nos dizem os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo
aos Romanos.
Por “comprados da terra” deve-se entender, neste caso, segundo nos parece, que os tais serão enviados como Missionários às nações, durante a Grande
Tribulação. O vocábulo “terra” na Bíblia, às vezes não designa todo o nosso planeta, mas apenas à Pátria dos judeus (2 Rs 11. 19-20; 13. 20; 15. 5; 25. 3; 2Cr 22. 12;
23.13, 21; 33. 25; 36.1; Jz3. 11,30 etc.).
O Reverendo Antonio Gilberto, referindo-se aos 144.000, disse: “... Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande
Tribulação para testemunharem de Cristo no lugar da Igreja... Certamente é o cumprimento do que está predito em Isaías 66.19: ‘E alguns dos que foram salvos enviarei
às nações... eles anunciarão entre as nações a minha glória’” (Daniel e Apocalipse, 4ª edição de 1.986 – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, página
130).

1.19. Diálogo com um Ancião Sobre os Dois Grupos

Certo dia fizemos a um Ancião (líder das TJ) a seguinte exposição: Pelo que vejo através da Bíblia, os cristãos primitivos não estavam divididos em dois
grupos. No que um cria, todos criam; o que um esperava, todos esperavam; para onde um acreditava que ia, todos acreditavam estar indo. Mas a religião do senhor,
embora alegue ser uma continuidade do Cristianismo original, está dividida em dois grupos. Como o senhor explica isso? E ele respondeu: “Nos primeiros anos do
Cristianismo, todos os cristãos pertenciam ao grupo dos 144000. Só mais tarde Jeová passou a chamar pessoas sem vocação celestial”. Então perguntamos: O senhor
pode dizer quando surgiu o segundo grupo de cristãos, ou seja, os cristãos da Grande Multidão, com vocação terrenal? E ele respondeu: “Não me lembro”.
Perguntamos mais: O grupo dos 144000 já está completo? Respondeu ele: “Sim”. Perguntamos ainda: Quando completou o grupo, e onde está escrito isso na Bíblia?:
“Não me lembro”, foi a resposta que ele novamente deu. Ele assim se esquivou, porque percebeu que se ele dissesse que o grupo completou em 1935, como a seita
dele ensina, teria que mostrar onde está escrito isso na Bíblia. Porém, a sua “amnésia” não lhe salvou de um confronto com a Bíblia, pois lhe fizemos ver que esse
ensino não é respaldado pela Bíblia.
O Corpo Governante não diz onde está escrito na Bíblia que o grupo dos 144000 completou em 1935, mas alega que a luz brilhou, isto é, trata-se de uma
revelação divina extrabíblica, vindo diretamente de Deus para o então líder mundial das TJ, o Presidente Rutherford.
Ora, quem não pode abrir a Bíblia e mostrar de onde extraiu o que prega, é falso profeta, já que, segundo a Bíblia, a fé, isto é, o conjunto das doutrinas do
Cristianismo, nos foi entregue uma vez por todas (Jd 3). Ademais, se não falarmos segundo à Lei e ao Testemunho, que haverá, senão trevas? (Is 8.20). O que Deus
quer que saibamos está na Bíblia (Am 3.7; Dt 29.29). O que passa disso é de procedência maligna.

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