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_EDITORIAL_

Lei Rouanet: do necessitado ao oportunista


Muitos criticam o uso de recursos da Lei Rouanet, mas poucos sabem o que de fato ela é

Equipe Cine Show | [Outubro, 2018]

A todo momento vemos circular nas redes sociais, acusações de mau uso dos
recursos da lei, que em vários casos, o artista sequer apresentou algum projeto,
ou casos como o do maestro João Carlos Martins, que foi aprovado para receber
mais de 25 milhões de reais onde sequer ele mesmo sabia de tal solicitação,
posteriormente foi descoberto que a empresa solicitante havia feito o pedido sem
o seu consentimento.

Nada contra os artistas, mas a lei que serve para fomentar a Cultura, não deveria
financiar projetos que podem sobreviver “com suas próprias pernas”, pois são
bem recebidos pelos consumidores e, por isso, não necessitam de recurso
público.

Os que falam mau da lei, ou que espalham péssimas opiniões, em sua maioria
não sabem do que se trata, ou ao menos como ela funciona. Só no ano passado,
em 2017, 1,1 bilhão de reais foram arrecadados pela Lei Rouanet. Portanto,
como muitos pregam por aí, acabar com a lei, seria como rejeitar algo que é bom
devido ao fato da sujeira que se encontra ao redor.

Enquanto isso, mesmo sem os incentivos fiscais e recursos de captação da lei,


podemos ver grandes produções de cinema independente, inclusive premiados
em festivais nacionais e internacionais. O Cine Show entrevistou o cineasta
maringaense Érico Alessandro, produtor do filme “Escolha Única”, premiado em
diversos festivais. O filme está disponível no Youtube, e a entrevista você pode
conferir em nossa página e também no nosso canal.

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