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LS ESCOLA TÉCNICA

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Cintia Carla Silva

MENINGITE

TAGUATINGA - DF
Outubro: 2018
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Cintia Carla Silva

MENINGITE

Trabalho disciplina de Clica medica,


LS Escola Técnica.
Meningite
Prof. (o): Jean Carlos Silva Batista
Turma: TE2M1

TAGUATINGA – DF
Outubro: 2018
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SUMARIO

1.0 INTRODUÇÃO 11
2.0 O QUE É A MENINGE? 12
3.0 TIPOS DE MENINGITE 14
4.0 COMO SE PEGA MENINGITE BACTERIANA? 15
5.0 PREVENÇÃO DA MENINGITE 16
6.0 SINTOMAS DA MENINGITE 17
7.0 TRATAMENTO DA MENINGITE 19
8.0 VACINA PARA MENINGITE 20
9.0 SEQUELAS DA MENINGITE 21
10.0 CUIDADOS DE ENFERMAGEM 22
11.0 CONCLUSAO 24
12.0 BIBLIOGRAFIA 25
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1.0INTRODUÇÃO

Este trabalho aborda o tema meningite: de um modo geral causas, tipos,


tratamento, prevenções e sintomas.
Espero com esse trabalho se útil para um melhor aprimoramento.
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2.0O QUE É A MENINGE?

Do mesmo modo que o pulmão é envolvido pela pleura e o coração pelo


pericárdio, o sistema nervoso central (cérebro e medula) é envolvido pela
meninge. A meninge é uma membrana que serve como barreira física contra
agentes infecciosos, sendo composta por três camadas (acompanhe o texto com
a ilustração abaixo):
Pia Mater: é a membrana mais próxima do cérebro
Aracnoide: é a membrana do meio, localizada entre a pia mater e a dura
mater.
Dura Mater: é a membrana mais externa, próxima ao osso do crânio. É a
camada mais grossa e opaca.
O liquor (líquido cefalorraquidiano) fica localizado entre a pia mater e a
aracnoide.
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Cérebro e meninges
Como já referido, meningite é o nome dado à inflamação das meninges.
Em geral, a membrana aracnoide e o líquido cefalorraquidiano são as estruturas
mais comprometidas.
Apesar de ser habitualmente causada por germes infecciosos, a meningite
também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases
para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e
cirurgias cerebrais.
Apenas as meningites bacterianas e virais são contagiosas.
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3.0 TIPOS DE MENINGITE


Meningite bacteriana
A meningite bacteriana é a forma mais grave. Esta meningite costuma ser
causada pelas bactérias Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae ou
Neisseria mengitidis. Outras bactérias, como a Listeria monocytogenes,
Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo B também podem ser a causa,
mas não são tão comuns como as três primeiras citadas.
Com a inclusão da vacina contra o Streptococcus pneumoniae e
Haemophilus influenzae no calendário vacinal de vários países, a ocorrência de
meningite por essas duas bactérias vem caindo drasticamente, principalmente
entre as crianças. Porém, nos adultos que não foram vacinados, a incidência de
meningite por S.pneumoniae ainda é alta. Atualmente, a Neisseria mengitidis,
também conhecida como meningococo, é a principal causa de meningite
bacteriana em crianças e adultos.
Algumas doenças de origem bacteriana, como a sífilis e a tuberculose
também podem complicar, evoluindo com acometimento meníngeo.

Meningite viral
A meningite também pode ser causada por vírus, normalmente da família
dos Enterovírus. A meningite viral é menos agressiva que a bacteriana, com taxa
de mortalidade bem mais baixa e com resolução espontânea, sem necessidade de
tratamento específico, na maioria dos casos.
Os Enterovírus são os agentes mais comuns, porém, uma variedade de
infecções virais podem complicar, acometendo as meninges, como, por
exemplo:
HIV.
Herpes.
Caxumba.
Varicela zoster (vírus da catapora e do herpes zoster).
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Epstein-Barr vírus (vírus da mononucleose).


Citomegalovírus.

Meningite fúngica
A meningite fúngica é uma forma rara, sendo, geralmente, resultado da
propagação de um fungo através do sangue para as meninges. A meningite
fúngica é típica de pacientes imunossuprimidos, como nos casos de portadores
de AIDS ou câncer.
A meningite por fungos não é contagiosa e sua principal causa são os
fungos Cryptococcus e Coccidioides.

4.0 COMO SE PEGA MENINGITE BACTERIANA?


O modo mais comum de contágio da meningite é através do contato com
secreções respiratórias de pessoas infectadas. Ao contrário da crença popular, a
meningite não é transmitida com tanta facilidade como a gripe, e um contato
prolongado são necessários para o contágio. Familiares, colegas de turma,
namorados e pessoas que residem no mesmo dormitório são aqueles com maior
risco. A meningite é transmitida pela saliva, porém, compartilhar copos e
talheres parece não ser um fator de risco grande. É preciso que esse
comportamento se repita com frequência para haver um risco elevado. Já a troca
de beijos, principalmente se de língua e prolongados, é um via perigosa de
transmissão.
Contatos ocasionais, como apenas um comprimento, uma rápida conversa,
ou dividir o mesmo ambiente por pouco tempo oferece pouco risco. Mesmo que
durante uma aula você sente ao lado de alguém infectado, se esta exposição for
menor do que seis horas, o risco de contágio é baixo.
As bactérias não sobrevivem no ambiente, não sendo necessário isolamento dos
locais onde foi registrado algum caso. Fechamento de escolas e salas de aula são
desnecessárias e só servem para causar pânico na população.
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Não há risco de transmissão de meningite durante velórios. Primeiro,


porque o falecido não respira e, portanto, não libera bactérias nas secreções
respiratórias. Segundo, porque em um velório o tempo de exposição é bem
menor do que seis horas.
A maioria das pessoas que se contaminam com o meningococo não
desenvolve doença. A bactéria fica na orofaringe durante algum tempo até ser
eliminada pelo sistema imunológico. Apesar de não desenvolver a meningite, as
pessoas contaminadas podem transmitir a bactéria para outras. Na verdade,
apenas 1% das pessoas que têm o meningococo na saliva adoecem, o resto
torna-se apenas transmissores assintomáticos e transitórios da bactéria.
Portanto, já se pode perceber que existe muito sensacionalismo em relação
à meningite. Antes de entrar em pânico porque algum conhecido está com a
doença, é preciso lembrar que nem todos os casos são causados por bactérias (os
mais graves), que para haver contágio é necessário um contato mais próximo e
prolongado, e que a maioria das pessoas contaminadas não adoece.
A meningite bacteriana também pode ocorrer sem ser por transmissão
entre pessoas. Raramente, algumas infecções das vias áreas, como sinusites e
otites podem complicar, evoluindo para acometimento das meninges. Usuários
de drogas endovenosas ou pacientes com traumatismos cranianos, em que há
exposição da meninge, também encontram-se sob risco de desenvolver
meningites.

5.0 PREVENÇÃO DA MENINGITE


Todos aqueles que tiveram contato prolongado ou íntimo com um
paciente com meningite bacteriana devem iniciar tratamento profilático com
antibióticos nas primeiras 24 horas após a identificação do primeiro caso. Os
contactantes devem ficar em observação por 10 dias (não é necessário
internamento) e devem procurar atendimento médico ao surgimento de qualquer
sintoma.
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A profilaxia reduz em 95% a chance de infecção, além de eliminar o


estado de portador assintomático da bactéria, reduzindo, assim, a cadeia de
transmissão.

6.0 SINTOMAS DA MENINGITE


A meningite bacteriana é um quadro grave e agudo. Já a meningite viral
não é tão grave e o paciente costuma melhor espontaneamente ao longo dos dias.
O problema é que, habitualmente, não é possível distinguir uma meningite viral
de uma meningite bacteriana apenas pelos sintomas. Inicialmente, todos os
quadros de meningite são semelhantes.
A partir deste ponto, vamos nos ater mais aos sintomas da meningite
bacteriana, pois esta é a forma mais grave.
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O período de incubação da meningite bacteriana é, em média, de 3 a 4


dias. A maioria dos pacientes são internados 24 horas após o aparecimento dos
primeiros sintomas.
O quadro típico é de febre alta, rigidez da nuca, intensa dor de cabeça e
prostração. A evolução para sepse é rápida, e quanto mais se posterga o início do
tratamento com antibióticos, pior costuma ser o prognóstico.
A crise convulsiva também pode ser uma das manifestações inicias da
meningite.
Na meningite pelo meningococo podem surgir um rash, que são lesões de
pele avermelhadas que, às vezes, causa confusão com outras infecções, tais
como rubéola, sarampo ou até dengue.

Rash da meningite
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Quando a infecção ultrapassa as meninges e atinge o cérebro, temos o


quadro de meningoencefalite, podendo ocorrer convulsões, coma e paralisia
motora.
O diagnóstico é feito através da punção lombar, onde consegue-se aspirar
o liquor para avaliação laboratorial. Através desta avaliação é possível
determinar não só a existência de meningite, como também a sua causa.

7.0 TRATAMENTO DA MENINGITE


Até o advento dos antibióticos no início do século passado, a meningite
era uma doença com mortalidade próxima dos 100%. Ainda hoje, com todos os
avanços, pelo menos 15-20% das meningites bacterianas evoluem para óbito.
Trata-se, portanto, de uma doença muito séria.
A meningite bacteriana é uma emergência médica e o tratamento com
antibióticos intravenosos deve ser iniciado o mais rápido possível, de
preferência logo após a realização da punção lombar. A demora de apenas
algumas horas pode ter influência no prognóstico. Se há suspeita de meningite, o
paciente deve ser encaminhado imediatamente para um setor de emergência.
Na meningite viral, antibióticos não são necessários e muitas vezes o
paciente nem sequer precisa ser internado. O tratamento é apenas com
sintomáticos. O quadro só é preocupante em recém nascidos. Porém, a distinção
com a meningite bacteriana não possível de ser feita apenas pelo quadro clínico,
sendo a avaliação médica indispensável e urgente. O diagnóstico diferencial
costuma ser feito através dos resultados da aspiração do liquor pela punção
lombar.
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8.0 VACINA PARA MENINGITE


Como já explicado, a meningite pode ser causada por mais de um tipo de
bactéria, por isso, não existe uma vacina única que previna todos os casos.
Todavia, há vacinas individuais contra as principais bactérias. A vacina contra
Haemophilus influenzae já faz parte do calendário básico de vacinação.
Também já existe vacina para o Streptococcus pneumoniae, bactéria muito
associada à pneumonia, otites e sinusites, mas que frequentemente é causa de
meningite.
A Neisseria meningitidis, a bactéria causadora da famosa meningite
meningocócica, que costuma ser a forma mais grave de meningite bacteriana,
apresenta uma particularidade. Esta bactéria possui 13 sorogrupos diferentes. 8
destes sorogrupos são responsáveis por quase todas as epidemias de meningite
meningocócica: A, B, C, X, Y, Z, W135 e L, sendo B e C os mais comuns.
Atualmente existe vacina individual apenas contra o meningococo C e uma
vacina conjugada que atua contra os meningococos A, C, Y e W135.
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Recentemente, entrou no mercado a vacina contra o meningococo B. Na


maioria dos países, essa vacina ainda não faz parte do calendário oficial, só
estando disponível para compra nas farmácias.

9.0 SEQUELAS DA MENINGITE


Os pacientes que se recuperam da meningite podem ficar com sequelas,
como AVC com paralisias motoras, surdez, diminuição da capacidade
intelectual e quadro de epilepsia.
A meningite viral, em geral, não deixa sequelas.
Inicialmente, o cliente deve ser colocado em precaução respiratória tanto
em função da pneumonia, quanto em função da meningite. O cliente deve
permanecer no quarto de precaução por, pelo menos, 24 horas após o início da
antibioticoterapia.
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10.0 CUIDADOS DE ENFERMAGEM - MENINGITE


É necessário ainda informar ao cliente e familiares acerca do risco de
contágio. Familiares e colegas de trabalho devem ser orientados a, caso
apresentem febre e outros sinais sugestivos de meningite, procurar o serviço de
saúde mais próximo rapidamente a fim de receberem profilaxia antimicrobiana e
cuidados médicos imediatos.
Os sinais vitais devem ser monitorados continuamente, bem como o
estado neurológico do cliente. Além disso observar sinais de irritação meníngea
(rigidez da nuca, fotofobia, hiperalgesia) pois são indicadores de cuidados
especiais de enfermagem.
Administrar os fármacos logo que forem prescritos com os devidos
cuidados na administração: no caso da ceftriaxona, administrada por via
intravenosa, não misturar com outros antibióticos e deve ser diluído em 50-100
mL de solução salina (0,9%) ou soro glicosado 5% e infundir lentamente.
Monitorar a função respiratória: manter as vias aéreas pérvias, atentar para sinais
de cianose, alterações no padrão respiratório, monitorar oximetria de pulso e
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gasometria arterial, proceder a aspiração de vias aéreas (se necessário),


administrar oxigenoterapia, se preciso, conforme prescrição.
Manter ingestão de líquidos atentando para não haver sobrecarga hídrica.
Evitar constipação intestinal com a administração de laxantes ou emolientes
prescritos.
Realizar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas a fim de evitar as úlceras
por pressão e também para evitar o agravamento da pneumonia.
Proteger o cliente de injúrias: manter as grades do leito elevadas e, se
possível, acolchoadas, proteger os acessos venosos.
Manter o quarto escuro a fim de atenuar a fotofobia.
Manter o cliente em posição semi-fowler (30º) com a cabeça centralizada,
alinhamento corporal e membros inferiores elevados.
As complicações iniciais da meningite podem incluir o choque séptico,
miocardite, encefalopatia, insuficiência renal.
Mais tardiamente o cliente pode apresentar coleções subdurais, empiemas
subdurais, ventriculites e hidrocefalia.
As sequelas dessas complicações incluem surdez ou hipoacusia,
amaurose, labirintite ossificante com perda auditiva.
Alguns autores incluem ainda paralisias motoras, diminuição da
capacidade intelectual e epilepsia.
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11.0 CONCLUSAO

A meningite pode ser de origem viral, adquirida depois de alguma gripe


ou outra doença causada por vírus, ou de origem bacteriana, normalmente mais
branda.
Existem várias bactérias que podem ocasionar a meningite. Uma forma
contagiosa da doença é a causada pelo meningococo que transmite a doença pelo
ar. Outra forma de contágio é o contato com a saliva de um doente.
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12.0 BIBLIOGRAFIA

Fontes: http://www.mdsaude.com/2009/05/meningite.html - 07/10/2018 as


21:12h
Fontes:http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2027/paginas/materia%203
-27.html - 07/10/2018 as 21:12h
Fonte; https://www.mdsaude.com/2009/05/meningite.html - 08/10/2018 as
19:52h

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