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TÍTULO IV

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

FISCALIZAÇÃO

DÍVIDA ATIVA

CERTIDÃO NEGATIVA
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
FISCALIZAÇÃO

Art. 194 - A legislação tributária, observado o


disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral,
ou especificamente em função da natureza do
tributo de que se tratar, a competência e os
poderes das autoridades administrativas em
matéria de fiscalização da sua aplicação.
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
FISCALIZAÇÃO

Art. 194 ...


Parágrafo único. A legislação a que se refere
este artigo aplica-se às pessoas naturais ou
jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às
que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal.
A legislação sobre fiscalização

Regula em aplica-se às pessoas


caráter naturais ou jurídicas,
contribuintes ou não,
Geral relativa a mesmo que imunes
um ou isentas em caráter
ou tributo pessoal.
A competência e os PORTANTO,
poderes das APLICA-SE A
autoridades fiscais. TODO MUNDO
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“A lei pode impor obrigações acessórias às
empresas, ainda que não sejam contribuintes
do tributo.”

(2ª Turma, REsp nº 89.967/RJ, Rel. Min. Ari


Pargendler, abril/1998)
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
Art. 195. Para os efeitos da legislação
tributária, não têm aplicação quaisquer
disposições legais excludentes ou limitativas
do direito de examinar mercadorias, livros,
arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes
industriais ou produtores, ou da obrigação
destes de exibi-los.
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO

Art. 195, Parágrafo único. Os livros


obrigatórios de escrituração comercial e
fiscal e os comprovantes dos lançamentos
neles efetuados serão conservados até
que ocorra a prescrição dos créditos
tributários decorrentes das operações a
que se refiram.
JURISPRUDÊNCIA
STF
SÚMULA Nº 70
“É inadmissível a interdição de
estabelecimento como meio coercitivo
para cobrança de tributo.”
JURISPRUDÊNCIA
STF
SÚMULA Nº 323
“É inadmissível a apreensão de
mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos’
JURISPRUDÊNCIA
STF
SÚMULA Nº 439
“Estão sujeitos à fiscalização tributária
ou previdenciária quaisquer livros
comerciais, limitado o exame aos
pontos objeto da investigação”.
JURISPRUDÊNCIA
STF
SÚMULA Nº 547
“Não é lícito a autoridade proibir que o
contribuinte em débito adquira
estampilhas, despache mercadorias nas
alfândegas e exerça suas atividades
profissionais.”
JURISPRUDÊNCIA

STF
“I- Inadmissibilidade de apreensão de livros
contábeis e documentos fiscais realizada, em
escritório de contabilidade, por agentes
fazendários e policiais federais, sem mandado
judicial.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
STF
“II- Espaço privado, não-aberto ao público,
sujeito à proteção constitucional da
inviolabilidade domiciliar (CF, art. 5º, XI).
Subsunção ao conceito normativo de ‘casa’.
Necessidade de ordem judicial.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
III- Impossibilidade de utilização, pelo
Ministério Público, de prova obtida em
transgressão à garantia da inviolabilidade
domiciliar. Prova ilícita. Inidoneidade
jurídica.”
(STF - HC nº 82.788/RJ – RJ – Habeas Corpus
– Relator: Min. Celso de Mello – Julgamento:
12/04/2005 – Órgão: Segunda Turma –
Publicação: DJ 02/06/2006)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
É defeso à administração impedir ou cercear a
atividade profissional do contribuinte, para
compeli-lo ao pagamento de débito, uma vez
que este procedimento redundaria no bloqueio
de atividades lícitas.
(Agravo Regimental no Recurso Especial nº
2005/0027.678-4 – Rel. Ministro Luiz Fux – DJ
13/03/2006, p. 213.)
LEI COMPLEMENTAR 105/01
Art. 6º. As autoridades e os agentes fiscais
tributários da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios somente poderão
examinar documentos, livros e registros de
instituições financeiras, inclusive os referentes a
contas de depósitos e aplicações financeiras,
quando houver processo administrativo
instaurado ou procedimento fiscal em curso e
tais exames sejam considerados indispensáveis
pela autoridade administrativa competente.
LEI COMPLEMENTAR 105/01

Art. 6º, Parágrafo único. O resultado dos


exames, as informações e os documentos a
que se refere este artigo serão conservados
em sigilo, observada a legislação tributária.
JURISPRUDÊNCIA

STF
O Plenário, por maioria, proveu recurso
extraordinário para afastar a possibilidade de
a Receita Federal ter acesso direto a dados
bancários da empresa recorrente. (Continua)
JURISPRUDÊNCIA
Observou-se que o motivo seria o de
resguardar o cidadão de atos extravagantes
que pudessem, de alguma forma, alcançá-lo na
dignidade, de modo que o afastamento do
sigilo apenas seria permitido mediante ato de
órgão equidistante (Estado-juiz).
(RE 389808/PR, Rel.: Min. Marco Aurálio,
Julgamento em 15/12/2010, Publicação no
DJE nº 25 em 07/02/2011)
TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO

Art. 196. A autoridade administrativa que


proceder ou presidir a quaisquer diligências de
fiscalização lavrará os termos necessários para
que se documente o início do procedimento, na
forma da legislação aplicável, que fixará prazo
máximo para a conclusão daquelas.
TERMO DE INÍCIO DE FISCALIZAÇÃO

Art. 196...
Parágrafo único. Os termos a que se refere este
artigo serão lavrados, sempre que possível, em
um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados
em separado deles se entregará, à pessoa
sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela
autoridade a que se refere este artigo.
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
Art. 197. Mediante intimação escrita, são
obrigados a prestar à autoridade administrativa
todas as informações de que disponham com
relação aos bens, negócios ou atividades de
terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais
serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas
Econômicas e demais instituições financeiras;
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
Art. 197. Mediante intimação escrita, são
obrigados a prestar à autoridade
administrativa todas as informações de que
disponham com relação aos bens, negócios ou
atividades de terceiros:
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes
oficiais;
...
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes
oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas
que a lei designe, em razão de seu cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou
profissão.
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
Art. 197, Parágrafo único. A obrigação
prevista neste artigo não abrange a
prestação de informações quanto a fatos
sobre os quais o informante esteja
legalmente obrigado a observar segredo
em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR
INFORMAÇÕES AO FISCO
São obrigados a
dar informações ao
Fisco Salvo se
a lei os
obrigar
Mediante intimação ao sigilo
administrativa
escrita:
Os tabeliães, escrivães e demais serventuários
de ofício;
Os bancos, casas bancárias, Caixas Econ. e
demais instituições financeiras;

As empresas de administração de bens;

Os corretores, leiloeiros e despachantes


oficiais;
Os inventariantes;

Os síndicos, comissários e liquidatários;

Quaisquer outras entidades ou pessoas que a


lei designe.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 347. A parte não é obrigada a depor de


fatos:
II – a cujo respeito, por estado ou profissão,
deva guardar sigilo.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de


exibir, em juízo, o documento ou a coisa:
IV – se a exibição acarretar a divulgação de
fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo.
CÓDIGO PENAL
Art. 154. Revelar alguém, sem justa causa,
segredo de que tem ciência em razão de
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja
revelação possa produzir dano a outrem:
Pena – detenção de três meses a um ano, ou
multa.
JURISPRUDÊNCIA

STJ
“O dever de prestar informações não se
restringe ao sujeito passivo da obrigação
tributária – contribuinte e responsável –, mas
alcança, também, a terceiros, na forma
prevista em lei.”
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“Nesse sentido, a regra contida no art. 197 do
CTN estabelece a obrigação a terceiros de
fornecer dados que subsidiem a fiscalização
tributária.”
(REsp nº 147.215/RJ – Recurso Especial
nº 1997/0062.763-2 – Rel. Ministro Castro
Meira – DJ 13/06/2005, p. 217.)
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO
FISCO
Art. 198. Sem prejuízo do disposto na
legislação criminal, é vedada a divulgação,
por parte da Fazenda Pública ou de seus
servidores, de informação obtida em razão do
ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e
sobre a natureza e o estado de seus negócios
ou atividades.
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Art. 198......
§ 1º. Excetuam-se do disposto neste artigo,
além dos casos previstos no art. 199, os
seguintes:
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
I – requisição de autoridade judiciária no
interesse da justiça;
II – solicitações de autoridade administrativa
no interesse da Administração Pública, desde
que seja comprovada a instauração regular de
processo administrativo, no órgão ou na
entidade respectiva, com o objetivo de
investigar o sujeito passivo a que se refere a
informação, por prática de infração
administrativa.
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Art. 198. ...
§ 2º. O intercâmbio de informação sigilosa, no
âmbito da Administração Pública, será
realizado mediante processo regularmente
instaurado, e a entrega será feita
pessoalmente à autoridade solicitante,
mediante recibo, que formalize a transferência
e assegure a preservação do sigilo.
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Art. 198. ...


§ 3º. Não é vedada a divulgação de
informações relativas a:
I – representações fiscais para fins penais;
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
Pública;
III – parcelamento ou moratória.
JURISPRUDÊNCIA
STF
“... a comunicação de possível crime ao
Ministério Público não configura afronta ao
sigilo fiscal (CTN, art. 198, § 3º, I).

(HC nº 87.654/PR – Paraná – Habeas Corpus


– Rel.: Min. Ellen Gracie –Julg.: 07/03/2006 –
Órgão julgador: Segunda Turma)
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO
FISCO
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
prestar-se-ão mutuamente assistência para a
fiscalização dos tributos respectivos e permuta
de informações, na forma estabelecida, em
caráter geral ou específico, por lei ou convênio.
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO
FISCO
Art. 199...
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União,
na forma estabelecida em tratados, acordos ou
convênios, poderá permutar informações com
Estados estrangeiros no interesse da
arrecadação e da fiscalização de tributos.
POSSIBILIDADES DE DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES PELO FISCO
1
Nos casos de requisição regular pelo Poder
Judiciário, no interesse da justiça.

2
Na troca de informações entre as Fazendas
Públicas, desde que autorizadas por lei ou
convênio.
POSSIBILIDADES DE DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES PELO FISCO
3 Na troca de informações com Estados
estrangeiros, desde que autorizado por
tratado, acordo ou convênio.

4
Por solicitação da autoridade administrativa,
desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo.
POSSIBILIDADES DE DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES PELO FISCO
5
Informações relativas a:
1) Representações para fins penais;
2) Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
Pública; e
3) Parcelamento ou moratória.
REQUISIÇÃO DA FORÇA PÚBLICA
Art. 200. As autoridades administrativas
federais poderão requisitar o auxílio da força
pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço
ou desacato no exercício de suas funções, ou
quando necessário à efetivação de medida
prevista na legislação tributária, ainda que não
se configure fato definido em lei como crime
ou contravenção.
CÓDIGO PENAL
Art. 316. (...)

§ 1º. Exigir tributo ou contribuição social que


sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
devido, emprega na cobrança meio vexatório
ou gravoso que a lei não autoriza:

Pena – Reclusão, de 3 a 8 anos, e multa.


DÍVIDA ATIVA
Arts. 201 a 2O4, CTN
Previsão
Legal

Fato Obrigação Crédito


Gerador Tributária Tributário

Fato Lançamento
Jurídico
Suspensão
Extinção

Crédito Exclusão
Tributário Dívida Ativa
Dívida em fase de
Ativa execução
Termo Certidão
de Inscrição na de Inscrição na
Dívida Ativa Dívida Ativa
DÍVIDA ATIVA
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza,
regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora
não exclui, para os efeitos deste artigo, a
liquidez do crédito.
JURISPRUDÊNCIA

STJ
“Nos tributos sujeitos a lançamento por
homologação, a declaração do contribuinte por
meio da Declaração de Contribuições e Tributos
Federais – DCTF elide a necessidade da
constituição formal do débito pelo Fisco.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA

“Caso não ocorra o pagamento no prazo, poderá


efetivar-se imediatamente a inscrição na dívida
ativa, sendo exigível independentemente de
qualquer procedimento administrativo ou de
notificação ao contribuinte.”
(STJ - AgREsp nº 443.971/PR, Rel. Min. José
Delgado, DJ de 28/10/2002).
TERMO DE INSCRIÇÃO: INDICAÇÕES
OBRIGATÓRIAS
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,
autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
responsáveis, bem como, sempre que possível,
o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os
juros de mora acrescidos;
TERMO DE INSCRIÇÃO: INDICAÇÕES
OBRIGATÓRIAS

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,


autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:
III - a origem e natureza do crédito,
mencionada especificamente a disposição da lei
em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
TERMO DE INSCRIÇÃO: INDICAÇÕES
OBRIGATÓRIAS
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,
autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:
V - sendo caso, o número do processo
administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos
requisitos deste artigo, a indicação do livro e da
folha da inscrição.
NULIDADE DA INSCRIÇÃO
Art. 203. A omissão de quaisquer dos
requisitos previstos no artigo anterior, ou o
erro a eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela
decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada
até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao
sujeito passivo, acusado ou interessado o
prazo para defesa, que somente poderá versar
sobre a parte modificada.
Lei 6.830/80
Art. 2° Constitui Dívida Ativa da Fazenda
Pública aquela definida como tributária ou não-
tributária na Lei n° 4.320, de 17 de março de
1964, com as alterações posteriores, que
estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal.
...
Lei 6.830/80
Art. 2° ...
§ 8° Até a decisão de primeira instância, a
Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada
ou substituída, assegurada ao executado a
devolução do prazo para embargos.
A omissão ou Mas a certidão
erro em um poderá ser
dos itens do Causa a substituída ou
termo de nulidade da emendada até a
inscrição na inscrição e decisão de 1°
dívida ativa do processo instância,
do art. 202, de cobrança. sanando os
CTN erros.

Será dado novo prazo para defesa ao sujeito


passivo, relativa ao item modificado.
JURISPRUDÊNCIA

STJ
Súmula 392
A Fazenda Pública pode substituir a certidão
de dívida ativa (CDA) até a prolação da
sentença de embargos, quando se tratar de
correção de erro material ou formal, vedada a
modificação do sujeito passivo da execução.
JURISPRUDÊNCIA
“In casu, verifica-se que CDA embasadora do
executivo fiscal engloba vários exercícios num
só, sem que haja discriminação do principal e
dos consectários legais de cada ano, o que
impossibilita o exercício assegurado da ampla
defesa, posto dificultar a exata compreensão do
quantum exeqüendo. Dessarte, depreende-se
que a CDA em comento não atende aos
requisitos dispostos no art. 202 do CTN.”
(STJ - Recurso Especial nº 2005/0152.273-0 –
Rel. Ministro Luiz Fux – DJ 18/05/2006.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“A substituição da certidão de dívida ativa é
permitida até o momento em que for
proferida decisão de primeira instância, mas,
tão-somente, quando se tratar de erro formal
ou material, e não em casos que impliquem
alteração do próprio lançamento.”
(REsp nº 826.927/BA – Recurso Especial nº
2006/0051.444-7 – Ministro Castro Meira –
DJ 08/05/2006, p. 191.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“A indicação, na certidão de dívida ativa, do
nome do responsável ou do co-responsável
(Lei nº 6.830/80, art. 2º, § 5º, I; CTN, art. 202,
I) confere ao indicado a condição de
legitimado passivo para a relação processual
executiva (CPC, art. 568, I), ....
(CONTINUA)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“... mas não confirma, a não ser por presunção
relativa (CTN, art. 204), a existência da
responsabilidade tributária, matéria que, se
for o caso, será decidida pelas vias cognitivas
próprias, especialmente a dos embargos à
execução.
(CONTINUA)
JURISPRUDÊNCIA

“É diferente a situação quando o nome do


responsável tributário não figura na certidão
de dívida ativa. Nesses casos, embora
configurada a legitimidade passiva (CPC, art.
568, V), ...
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
“...caberá à Fazenda exeqüente, ao promover a
ação ou ao requerer o seu redirecionamento,
indicar a causa do pedido, que há de ser uma
das situações previstas no direito material
como configuradoras da responsabilidade
subsidiária.”
(STJ - REsp nº 835.443/PE – Recurso Especial
nº 2006/0072.989-0 – Rel. Ministro Teori
Albino Zavascki – DJ 30/06/2006, p. 205.)
JURISPRUDÊNCIA

STJ
“É possível o reconhecimento, de ofício, de
matéria inerente à nulidade de título
executivo.
(CONTINUA)
JURISPRUDÊNCIA
“No entanto, ‘(...) insignificante defeito formal
que não compromete a essência do título
executivo não deve reclamar por parte do
exequente um novo processo com base em um
novo lançamento tributário para apuração do
tributo devido, posto conspirar contra o
princípio da efetividade aplicável ao processo
executivo extrajudicial’.
(CONTINUA)
JURISPRUDÊNCIA
“Tendo o tribunal a quo declarado, de
ofício, a nulidade da CDA, somente em
razão da falta de indicação temporal da
origem do tributo, culminou por afrontar o
art. 202, III, do CTN, aplicando-o com
excesso de rigorismo formal.
(STJ - Recurso Especial nº 2006/0052257-
4 – Rel. Ministro Francisco Falcão – DJ
01/06/2006, p. 169.)
PRESUNÇÃO “JURIS TANTUM” DE
CERTEZA E LIQUIDEZ
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza
da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere
este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo
ou do terceiro a que aproveite.
Dívida oriunda Crédito
do direito inscrito em
privado dívida ativa

Credor tem que Crédito goza da


provar a presunção de
certeza e certeza e liquidez e
liqüidez do tem efeito de prova
crédito. pre-constituída.
JURISPRUDÊNCIA
“Se os valores exigidos a título de imposto e
aqueles cobrados por conta de taxas estão
incluídos na certidão de dívida ativa como
parcelas autônomas, a procedência dos
embargos do devedor quanto ao imposto não
prejudica a certeza e liquidez da certidão de
dívida ativa no que diz com as taxas.”
(STJ - REsp nº 76.351/SP, Rel. Min. Ari
Pargendler, agosto/1997.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“È ilíquida a CDA erigida em função de saldo
de débito fiscal confessado pelo contribuinte,
cujo parcelamento não foi totalmente
adimplido, mas no qual se insere a cobrança
de contribuição declarada inconstitucional.”
(STJ, 2ª T., unânime, REsp nº 258.565/RS,
Rel. Min. Francisco Peçanha Martins,
agosto/2002.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“O STJ vem admitindo exceção de pré-
executividade em ação executiva fiscal para
argüição de matérias de ordem pública, tais
como as condições da ação e os pressupostos
processuais, desde que não haja necessidade
de dilação probatória.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
“A discussão acerca da responsabilidade prevista
no art. 135 do CTN é inviável em sede de exceção
de pré-executividade quando constar o nome do
sócio na certidão de dívida ativa (CDA), pois
demandaria produção de provas, tendo em vista a
presunção de liquidez e certeza da certidão.”
(STJ - Embargos de Declaração no Agravo
Regimental no Agravo de Instrumento nº
2005/0021.903-0 – Rel. Ministro João Otávio de
Noronha – DJ 14/06/2006, p. 202.)
JURISPRUDÊNCIA

STJ
“O crédito tributário só pode ter sua
exigibilidade suspensa na ocorrência de uma
das hipóteses estabelecidas no art. 151 do
mesmo diploma legal.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“O ajuizamento de ação anulatória de débito
fiscal, desacompanhada de depósito no
montante integral, não tem o condão de
suspender o curso de execução fiscal já
proposta.”
(Agravo Regimental no Recurso Especial nº
2005/0015.836-2 – Rel. Ministro Luiz Fux – DJ
18/05/2006, p. 189.)
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
(...)
VI – a certidão de dívida ativa da Fazenda
Pública da União, Estado, Distrito Federal,
Território e Município, correspondente aos
créditos inscritos na forma da lei;
(...)
§ 1º. A propositura de qualquer ação relativa ao
débito constante do título executivo não inibe o
credor de promover-lhe a execução.
CERTIDÃO NEGATIVA
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da
quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa,
expedida à vista de requerimento do
interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de
sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de
negócio ou atividade e indique o período a
que se refere o pedido.
CERTIDÃO NEGATIVA

Art. 205, Parágrafo único. A certidão


negativa será sempre expedida nos
termos em que tenha sido requerida e
será fornecida dentro de 10 (dez) dias
da data da entrada do requerimento na
repartição.
Art. 205, CTN informações para
A LEI identificação da
expedida à pessoa;
pode vista do
exigir requerimen o domicílio fiscal;
certidão to do
negativa interessado identificação do ramo
que de negócio ou
contenha atividade;
Expedida identificação do
dentro de período ao qual se
10 dias refere o pedido.
JURISPRUDÊNCIA
STJ
Súmula 446
“Declarado e não pago o débito tributário
pelo contribuinte, é legítima a recusa de
expedição de certidão negativa ou positiva
com efeito de negativa.”
(Publicação no DOU em 13/05/2010)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“Não se admite a responsabilidade objetiva,
mas subjetiva do sócio, não constituindo
infração à lei o não-recolhimento de tributo,
sendo necessária a prova de que agiu o mesmo
dolosamente, com fraude ou excesso de
poderes, excepcionando-se a hipótese de
dissolução irregular da sociedade comercial.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA

“Não se tratando de responsabilidade objetiva,


tem o sócio, na qualidade de pessoa física,
direito a certidão negativa de débito.”
(STJ, 2ª T., unânime, REsp nº 439.198/ES, Rel.
Min. Eliana Calmon, maio/2003.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“Não tem cabimento a recusa de expedir
certidão negativa de débito tributário a uma
sociedade, somente porque um dos seus
sócios é integrante de outra firma devedora
do Fisco.”
(STJ, 1ª T., REsp nº 73.760/ES, Rel. Min.
Demócrito Reinaldo, junho/l998.)
CERTIDÃO POSITIVA COM
EFEITO DE NEGATIVA
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos
no artigo anterior a certidão de que conste a
existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha
sido efetivada a penhora, ou cuja
exigibilidade esteja suspensa.
Art. 206, CTN Créditos tributários não
vencidos;
Tem os a
mesmos certidão Créditos tributários em
efeitos positiva curso de cobrança
da de que executiva, quando
certidão conste efetivada a penhora;
negativa
Créditos tributários
com exigibilidade
suspensa;
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“Comprovada a garantia do juízo em
executivo fiscal, através da penhora
efetivada, não pode ser negado o
fornecimento da certidão, prevista no
art. 206 do CTN.”
(Recurso Especial nº 1999/0109.918-8 – Rel.
Ministro Francisco Peçanha Martins – DJ
15/10/2001, p. 255.)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“I- Em se tratando de tributo lançado por
homologação, a declaração do contribuinte
‘constitui’ o crédito tributário relativo ao
montante informado e torna dispensável o
lançamento, sendo legítima a recusa na
expedição de certidão negativa de débito.
(Continua)
JURISPRUDÊNCIA
“II- A ausência de inscrição do crédito tributário
em dívida ativa não é causa suficiente à
expedição de certidão positiva com efeitos de
negativa, tendo em vista que tal circunstância
não se enquadra nas restritas hipóteses do art.
206 do CTN.”
(STJ - REsp nº 780.167/RS – Recurso Especial
nº 2005/0150.117-0 – Rel. Ministro Castro
Meira – DJ 07/11/2005, p. 249.)
LEI 6.830/80
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá
à seguinte ordem:
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de
crédito, que tenham cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“I. Ao optar pela antecipação, em sede de ação
cautelar, da garantia ao Juízo para fins de
penhora em futura execução fiscal, pretendendo,
com isso, obter a certidão positiva de débito com
efeitos de negativa, a contribuinte não observou a
ordem estabelecida no art. 11 da Lei nº 6.830/80,
ou seja, apresentou caução de um bem móvel
quando deveria ter efetuado o depósito em
dinheiro no valor integral do débito.(CONTINUA)
JURISPRUDÊNCIA
“II. Se o próprio devedor é quem afirma que
ofereceu a caução real, não para suspender a
exigibilidade do crédito tributário, mas para
assegurar que, se e quando a Fazenda Nacional
viesse a ajuizar a execução fiscal, esta poderia ser
garantida com o bem caucionado, então não se
verifica nenhuma das hipóteses de incidência do
disposto no art. 206 do CTN.”
(STJ - Recurso Especial nº 2003/0133.224-5 –
Rel. Ministro Luiz Fux– DJ 14/11/2005)
DISPENSA DE CERTIDÃO NEGATIVA
Art. 207. Independentemente de disposição
legal permissiva, será dispensada a prova de
quitação de tributos, ou o seu suprimento,
quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade de
direito, respondendo, porém, todos os
participantes no ato pelo tributo porventura
devido, juros de mora e penalidades cabíveis,
exceto as relativas a infrações cuja
responsabilidade seja pessoal ao infrator.
Art. 2O7, CTN
Quando se
tratar de ato
É indispensável
Indepen- para evitar a
dispensada dente de lei
a certidão caducidade
que permita (decadência)
negativa
de direito.
Os interessados respondem pelos
créditos por ventura devidos, exceto as
penalidades pessoais do infrator.
LEI 8.666/93
Art. 29. A documentação relativa à regularidade
fiscal, conforme o caso, consistirá em:
(...)
III – prova de regularidade para com a Fazenda
Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou
sede do licitante, ou outra equivalente, na
forma da lei;
LEI 8.666/93
Art. 29. A documentação relativa à regularidade
fiscal, conforme o caso, consistirá em:
(...)
IV – prova de regularidade relativa à
Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando
situação regular no cumprimento dos encargos
sociais instituídos por lei.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 1.026. Pago o imposto de transmissão a
título de morte, e junta aos autos certidão ou
informação negativa de dívida para com a
Fazenda Pública, o juiz julgará por sentença a
partilha.
(...)
Art. 1.036, § 5º. Provada a quitação dos tributos
relativos aos bens do espólio e às suas rendas, o
juiz julgará a partilha.
LEI 11.101/05
Art. 57. Após a juntada aos autos do plano
aprovado pela assembléia-geral de credores
ou decorrido o prazo previsto no art. 55 desta
Lei sem objeção de credores, o devedor
apresentará certidões negativas de débitos
tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 –
Código Tributário Nacional.
Não há referência ao art. 207 do CTN
CERTIDÃO NEGATIVA
RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
Art. 208. A certidão negativa expedida com
dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Pública, responsabiliza
pessoalmente o funcionário que a expedir,
pelo crédito tributário e juros de mora
acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não
exclui a responsabilidade criminal e
funcional que no caso couber.
Funcionário emite
Art. 2O8, certidão com dolo
CTN ou fraude

RESPONSABILIDADE
PESSOAL FUNCIONAL CRIMINAL
Tem que Perde o Vai
pagar emprego preso
JURISPRUDÊNCIA
STJ
“Negócio executado à vista de certidão negativa
de débito para com a Fazenda Estadual. Fé
pública ao documento. Ato jurídico perfeito.
Impossibilidade de penhora sobre o bem
vendido.”
(REsp nº 37.523/SP – Recurso Especial nº
1993/0021.742-9 – Rel. Ministro Américo Luz –
DJ 19/09/1994, p. 24.677.)
CTN
DIPOSIÇÕES FINAIS
Art. 209. A expressão "Fazenda
Pública", quando empregada nesta
Lei sem qualificação, abrange a
Fazenda Pública da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
CONTAGEM DOS PRAZOS
Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou
legislação tributária serão contínuos,
excluindo-se na sua contagem o dia de
início e incluindo-se o de vencimento.
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou
vencem em dia de expediente normal na
repartição em que corra o processo ou deva
ser praticado o ato.
Dia do mês Dia da semana Observações
09/02 Quinta ----------
10/02 Sexta ----------
11/02 Sábado de ----------
carnaval
12/02 Domingo ----------
13/02 Segunda Ponto facultativo
14/02 Terça Feriado
15/02 Quarta de Meio expediente
cinzas
CONTAGEM DOS PRAZOS
Se o pedido foi feito no dia 09/02, a
contagem começa no dia 10/02 e é
contínua.
Se o pedido foi feito no dia 10/02, a
contagem começa no dia 16/02.

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